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Circulações

Regionais
- A Circulação Coronariana -
I – Considerações Gerais
- O suprimento sangüíneo do coração ocorre pelas artérias
coronárias
- O nome deriva da observação da sua distribuição na superfície
epicárdica, em forma de coroa, envolvendo o coração.
I – Considerações Gerais
- A circulação coronariana fornece O2 em quantidade que pode
variar de 6 a 8 vezes a quantidade basal. Transporta substratos e
remove metabólitos, para assegurar condições de trabalho ideais
para a célula miocárdica.
- Representa 4% do débito cardíaco total
- O metabolismo das células cardíacas é essencialmente aeróbio.
II – Características Estruturais

- A circulação coronária é suprida


por artérias, com origem direta da
aorta ascendente
II – Características Estruturais
Os vasos que penetram a estrutura do
miocárdio originam-se em ângulo reto dos
ramos superficiais e percorrem a estrutura do
miocárdio no sentido epicárdio-endocárdio,
dando origem, nesse trajeto, a pequenas artérias,
também em ângulo reto. Por sua vez, esses
vasos dão origem às arteríolas que nutrem os
capilares.
Um pouco de
curiosidade ...
Oclusão
Angio-TC
III – Características Funcionais

-Do ponto de vista funcional, a circulação


coronária pode ser considerada como
composta por 3 sistemas vasculares arranjados
em série :
• Sistema arterial de condutância
• Sistema de pequenas artérias, arteríolas
e capilares ( responsáveis pela troca )
• Segmento venoso ( responsável pela
coleta )
III – Características Funcionais

- O sistema arterial coronário pode ainda ser subdividido funcionalmente em 3


compartimentos :

• Proximal – grandes artérias epicárdicas ( função de condução e


capacitância )
• Intermediário – vasos pré-arteriolares ( resistência ao fluxo sangüíneo,
mas não estão sob controle vasomotor por substâncias derivadas do
metabolismo miocárdico devido à sua posição extramiocárdica ou
tamanho ) cuja função específica é manter pressão em nível adequado
na origem das arteríolas durante o ciclo cardíaco.
• Segmentos distais – arteríolas ( em sítios nos quais a composição do
fluido intersticial e os metabólitos miocárdicos influenciam, a
resistência vascular coronária ).
Representação esquemática do sistema arterial
coronário e suas subdivisões.
IV – Distribuição do Fluxo Sangüíneo
e Resistência Vascular Coronária
A resistência ao fluxo no leito
vascular coronário está distribuída em
série. Como em qualquer outro leito
vascular, o fluxo sangüíneo na
circulação coronária depende da pressão
de perfusão do órgão e da resistência ao
fluxo de sangue. Contudo, a circulação
coronária difere de outras circulações
porque, além de fatores geométricos dos
próprios vasos, a resistência ao fluxo de
sangue é influenciada significativamente
pelo ciclo cardíaco.
IV – Distribuição do Fluxo Sangüíneo
e Resistência Vascular Coronária

Desta forma, é importante


considerar na resistência coronariana
2 componentes o intrínseco e o
extrínseco. A resistência intrínseca é
determinada amplamente pelo tônus
da musculatura vascular circular das
arteríolas coronárias, enquanto o
componente extrínseco resulta do
efeito mecânico da contração cardíaca
no vaso coronariano que perfura o
miocárdio.

Representação esquemática de vaso


intramiocárdico. P = pressão sangüínea
Curvas mostrando a variação no fluxo coronariano esquerdo,
direito e seio coronário e fluxo pela veia cardíaca anterior, comparado às
pressões aórtica, ventricular e artéria coronária periférica.
Registro do fluxo coronário nas
artérias coronárias direita e
esquerda com pressões de
perfusão mantidas em níveis
constantes. Com a assistolia, o
aumento do fluxo em ambos os
vasos.
Em condições normais, o fluxo total ao longo do ciclo cardíaco é suficiente para
manter o metabolismo miocárdico. No entanto, em indivíduos com doença
oclusiva das artérias coronárias e um fluxo coronariano restringido, um aumento
da freqüência cardíaca pode levar a dificuldades.
V – Suprimento e Demanda Miocárdica
1- Suprimento
A- Transporte e oferta de oxigênio
- Adequada quantidade de O2 inspirado
- Células sangüíneas circulantes ( qualidade e quantidade )
V – Suprimento e Demanda Miocárdica
1- Suprimento
B- Regulação do fluxo sangüíneo e resistência coronariana
Como em qualquer leito vascular, o fluxo sangüíneo para o miocárdio
depende da pressão de perfusão da artéria coronária e da resistência oferecida pelos
componentes de resistência. A resistência vascular coronária, por sua vez, é regulada
por diversos mecanismos interrelacionados que incluem :
Auto-Regulação

É a capacidade de manter a
perfusão miocárdica em níveis
constantes em vigência de
mudanças na pressão de
“admissão” ( variações entre
40-130mmHg na pressão
aórtica ).
Pressão de Perfusão
Atividade Metabólica, Controle Neuronal e Endotélio
Compressão Miocárdica

Mudanças na pressão intersticial e


intravascular no fluxo vascular através da
parede livre de VE durante o ciclo cardíaco.
Drogas
V – Suprimento e Demanda Miocárdica
2- Demanda ( MVo2 – demanda miocárdica de oxigênio )
RESUMINDO ...
IMPORTANTE !
Esforço Placa de ateroma
Espasmo
Excitação Trombos arteriais
Hipertrofia Ventricular Êmbolos coronarianos
Estreitamento do óstio de arterite sifilítica

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