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1. Introdução...................................................................... 3
2. Revisão da anatomia funcional do coração...... 4
3. Doenças da valva aórtica......................................... 8
4. Doenças da valva mitral.........................................25
5. Outras valvulopatias................................................40
Referências bibliográficas .........................................43
VALVULOPATIAS 3
SOBRECARGA
DE PRESSÃO
DÉFICIT NA
ABERTURA
SOBRECARGA
DE VOLUME
ESTENOSE
DÉFICIT NO
FECHAMENTO
VALVULOPATIAS
VALVA MITRAL
VALVULOPATIAS 4
ANATOMIA
DO CORAÇÃO
CORPO VENTRÍCULO E.
ÁTRIO D. VENTRÍCULO D.
PULMÃO ÁTRIO E.
Veias cavas AORTA (VALVA CORPO
VALVA A. PULMONAR
superior e V. PULMONAR VALVA MITRAL AÓRTICA)
TRICÚSPIDE
inferior
Figura 4. Em A, valva aórtica estenosada pela calcificação. Em B, valva aórtica estenosada, com calcificação e fusão
comissural congênita. Fonte: KUMAR, Vinay, et. al. Robbins & Cotran. Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Elsevier,
2013.
Figura 5. Hipertrofia concêntrica (à esquerda) e hipertrofia excêntrica (à direita). Fonte: KUMAR, Vinay, et. al. Robbins
& Cotran. Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Elsevier, 2013.
VALVULOPATIAS 10
SAIBA MAIS!
Hipertrofia concêntrica ocorre quando há sobrecarga cardíaca, demandando maior eficiência
do órgão que, como resposta, aumenta o tamanho de suas células, tornando a parede do
miocárdio mais grossa, porém não há aumento do volume da câmara, normalmente provo-
cando defeitos diastólicos (dificuldade de enchimento da câmara). Na hipertrofia excêntrica, o
coração aparece dilatado, devido à sobrecarga de volume, e por isso há aumento da cavidade,
o que provoca defeitos na sístole (dificuldade de ejetar o sangue).
SAIBA MAIS!
Fator de von Willebrand é uma grande proteína sintetizada pelas células endoteliais, que se
comporta como uma “cola” molecular que liga fortemente as plaquetas às paredes do vaso,
mantendo o endotélio íntegro e prevenindo hemorragias.
VALVULOPATIAS 12
SANGRAMENTO
GRASTROINTESTINAL
(menos comum)
CALCIFICAÇÃO ANGINA
CONGÊNITA SÍNCOPE
INSUFICIÊNCIA
FEBRE REUMÁTICA
CARDÍACA
ESTENOSE
ETIOLOGIAS QUADRO CLÍNICO
AÓRTICA
FISIOPATOLOGIA
SOBRECARGA DE
PRESSÃO NO VE
HIPERTROFIA
CONCÊNTRICA
PÓS-CARGA
ELEVADA
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DIAGÓSTICO
DA ESTENOSE
AÓRTICA
GRADIENTE DE
SOPRO SISTÓLICO EJETIVO ÍNDICE DE SOKOLOV
PRESSÃO ELEVADO
ÁREA DE ABERTURA
B2 HIPOFONÉTICA SINAL DE STRAIN
VALVAR DIMINUÍDA
VELOCIDADE DO
GALOPE DE B4 CALCIFICAÇÃO AÓRTICA
JATO AUMENTADA
ICTUS TRÓFICO
VALVULOPATIAS 16
TRATAMENTO
DA ESTENOSE
AÓRTICA
SINTOMÁTICOS DEFINITIVOS
ANTICOA- DEGENERAÇÃO
GULAÇÃO (10 – 15 ANOS)
VARFARINA
Figura 7. Regurgitamento sanguíneo da aorta para VE por insuficiência aórtica. Fonte: https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/7/74/Blausen_0039_AorticRegurgitation.png
VALVULOPATIAS 20
SAIBA MAIS!
Endocardite infecciosa é uma infecção, normalmente bacteriana, que ocorre na superfície do
endocárdio. Essa infecção acomete principalmente as válvulas cardíacas e, as vezes, os sep-
tos entre as câmaras, o miocárdio e até mesmo marcapassos. Essa doença pode ser agu-
da, cuja principal agente etiológico é o S. aureus, ou subaguda, comumente provocada por
Streptococos viridians.
Manifestações clínicas
SE LIGA! Congestão corresponde ao
O quadro clínico da insuficiência aór-
acúmulo excessivo de sangue no siste-
tica se associa à insuficiência cardía- ma venoso, favorecendo o acúmulo da
ca, cursando com dispneia, ortopneia linfa nesses vasos. Isso ocorre porque,
e dispneia paroxística noturna (DPN), o aumento da pressão venocapilar (hi-
drostática) “força” a saída de líquido para
congestão sistêmica (edema de MMII os vasos linfáticos. Assim, a congestão
e estase de jugular), e sensação de é clinicamente caracterizada por edema,
batimento mais intenso, devido à principalmente ascite e edema de mem-
grande diferença entre as pressões bros inferiores (sinal de cacifo +), hepa-
tomegalia (devido ao acúmulo de líquido
sistólica e diastólica. nos vasos hepáticos), estase de jugular
e dispneia, devido à perda de área para
troca gasosa nos alvéolos, que estão
carregados de líquido.
VALVULOPATIAS 21
ANEURISMA/
DISSECÇÃO
ESPONDILITE
ANQUILOSANTE
MARFAN
HAS
CONGESTÃO
FEBRE REUMÁTICA
DPN
INSUFICIÊNCIA
CONGÊNITA
CARDÍACA
ENDOCARDITE SENSAÇÃO DE
INFECCIOSA BATIMENTO INTENSO
INSUFICIÊNCIA
ETIOLOGIAS QUADRO CLÍNICO
AÓRTICA
FISIOPATOLOGIA
SOBRECARGA DE
VOLUME NO VE
HIPERTROFIA
EXCÊNTRICA
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DIAGÓSTICO DE
INSUFICIÊNCIA
AÓRTICA
ÁREA DA ABERTURA
PULSO DE QUINCKE
DA VALVA AUMENTADA
FRAÇÃO DE EJEÇÃO
PULSO DE CORRINGAN
REDUZIDA
SINAL DE TRAUBE
ICTUS DESVIADO
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TRATAMENTO
DE INSUFICIÊNCIA
AÓRTICA
SINTOMÁTICOS DEFINITIVOS
VASODILA-
DIURÉTICOS TROCA VALVAR
TADORES
PRÓTESE PROTÉSE
↓ RVP BRA IECA FUROSEMIDA
MECÂNICA BIOLÓGICA
ANTICOA- DEGENERAÇÃO
GULAÇÃO (10 – 15 ANOS)
VARFARINA
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4. DOENÇAS DA VALVA
MITRAL
Estenose mitral
Como já mencionado, a estenose cor-
responde à uma dificuldade na aber-
tura da válvula. A valva mitral faz o
controle da passagem do sangue do
átrio esquerdo para o ventrículo es-
querdo e sua dificuldade em abrir é
gerada pelo seu espessamento, nor-
malmente provocando defeitos nas
comissuras que conectam os dois fo-
lhetos dessa válvula.
A principal causa de estenose mitral Figura 8. Válvula mitral estenosada por febre reumá-
é a febre reumática, sendo mais co- tica. Fonte: KUMAR, Vinay, et. al. Robbins & Cotran.
Bases patológicas das doenças. 9ª ed. Elsevier, 2013.
mum em mulheres, manifestando-se
normalmente por volta dos 40 a 50
anos. Há outras causas, no entanto, A febre reumática ocorre devido à in-
como a calcificação do anel mitral no fecção por S. pyogenes, estreptoco-
envelhecimento, doença infiltrativa cos do grupo A e um dos principais
(mucopolissacaridose), endocardite causadores das faringoamidalites.
infecciosa e síndrome carcinoide, re- Nestas situações, o organismo pro-
lacionada com tumores neuroendó- duz anticorpos, que quais podem ter
crinos que produzem substâncias se- reação cruzada com proteínas cardía-
melhantes à serotonina, que pode se cas, principalmente da válvula mitral.
acumular na valva e causar estenose, O acúmulo de anticorpos na válvula
porém essas causas são raras. provoca alterações como espessa-
mento, fusão comissural, fibrose e
calcificação, que levam à estenose
devido à redução da mobilidade.
Quando há estenose mitral, é gerado
um gradiente de pressão persistente
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DISPNEIA
EDEMA AGUDO
CONGÊNITA
DE PULMÃO
SÍNDROME
FIBRILAÇÃO ATRIAL
CARCINOIDE
ENDOCARDITE SÍNDROME DE
INFECCIOSA ORTNER
ESTENOSE
ETIOLOGIAS QUADRO CLÍNICO
MITRAL
FISIOPATOLOGIA
SOBRECARGA DE
PRESSÃO NO AE
PRÉ-CARGA
REDUZIDA
PÓS-CARGA ELEVADA
REMODELAMENTO
DOS VASOS
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DIAGÓSTICO
DE ESTENOSE
MITRAL
PARÂMETRO DE GRAVIDADE
ESTASE DE JUGULAR
TRATAMENTO
DE ESTENOSE
MITRAL
SINTOMÁTICOS DEFINITIVOS
BLOQUEADORES
VARFARINA Β-BLOQUEA- TROCA COMISSU-
DIGITÁLICOS DE CANAIS DE DIURÉTICOS VMCB
(P/ FA) DORES VALVAR ROTOMIA
CA2+
DEGENERAÇÃO
ANTICOAGULAÇÃO
(10 – 15 ANOS)
VARFARINA
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SAIBA MAIS!
Prolapso da valva mitral (PVM) é uma condição mais comum entre mulheres, cuja evolução
costuma ser benigna. A PVM é caracterizada pelo prolapso de um ou ambos folhetos valva-
res para dentro do átrio esquerdo, superiormente ao plano anular da valva mitral durante a
sístole, gerando regurgitamento de sangue para o átrio esquerdo. Isso pode ser gerado por
várias doenças, incluindo a degeneração mixomatosa da valva. São fatores de pior prognós-
tico quando a PVM esá associada a insuficiência mitral moderada a grave, fração de ejeção
reduzida, fibrilação atrial e/ou aumento do diâmetro diastólico do ventrículo, indicando uma
deformidade valvar aumentada, o que eleva o risco de complicações como AVC e arritmias.
Como a válvula mitral não fecha, direito na sístole seguinte (soma o vo-
ocorre regurgitamente de sangue lume que regurgitou com o “novo” vo-
para o átrio esquerdo, gerando uma lume sanguíneo advindo do pulmão).
sobrecarga de volume nessa câmara. Isso gera dilatação do átrio esquerdo
Com isso também será gerada uma e hipertrofia excêntrica do ventrícu-
sobrecarga de volume no ventrículo lo esquerdo, que precisa aumentar
VALVULOPATIAS 34
Figura 10. Insuficiência mitral: A corresponde à comissura anteromedial e P à comissura posterolateral. Fonte:https://
www.drdiegogaia.com.br/images/tratamentos/insuficiencia-mitral/insuficiencia-mitral-coracao-aumentado.jpg
CONGESTÃO
PVM SISTÊMICA
ENDOCARDITE INSUFICIÊNCIA
INFECCIOSA CARDÍACA DIREITA
FEBRE REUMÁTICA
FA
(AGUDA)
DISPNEIA/
INFARTO
ORTOPNEIA
PVM –
CALCIFICAÇÃO
ASSINSTOMÁTICO
INSUFICIÊNCIA
MITRAL
SECUNDÁRIA FISIOPATOLOGIA
CARDIOMIOPATIAS SOBRECARGA DE
DILATADAS PRESSÃO NO AE
CARDIOMIOPATIAS HIPERTROFIA
HIPERTRÓFICA EXCÊNTRICA
ISQUEMIA
MIOCÁRDICA
PVM: prolapso da valva mitral
FA: fibrilação atrial
DIAGÓSTICO DE
INSUFICIÊNCIA
MITRAL
SOPRO SISTÓLICO
ÍNDICE DE SOKOLOV SINAL DA BAILARINA PVM
REGURGITATIVO (PLATÔ)
SINAIS DE GRAVIDADE
TRATAMENTO
DE INSUFICIÊNCIA
MITRAL
SINTOMÁTICOS DEFINITIVOS
ANTICOA- DEGENERAÇÃO
GULAÇÃO (10 – 15 ANOS)
VARFARINA
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OUTRAS
VALVULOPATIAS
TURGÊNCIA DE JUGULAR
ANGINA
SIGNIFICATIVA
SÍNCOPE SOBRECARGA DO VD
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SOBRECARGA SOBRECARGA
DE PRESSÃO DE VOLUME
ESTENOSE INSUFICIÊNCIA
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
GOLDMAN, Lee, SCHAFER, Andrew L, et al. Goldman-Cecil. Medicina. 25ª ed. Rio de Ja-
neiro. Elsevier, 2018.
MOORE, L. Keith, et al. Anatomia orientada para Clínica. 7ªed. Editora Guaranabra Koogan.
Rio de Janeiro, 2014.
Diretriz Brasileira de Valvopatias – SBC 2011 / I Diretriz Interamericana de Valvopatias –
SIAC 2011. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 2011; 97 (5 supl. 1): 1-67
Atualização das Diretrizes Brasileiras de Valvopatias: Abordagem das Lesões Anatomica-
mente Importantes. Arquivos Brasileiros de Cardiologia 2017; 109 (6 Supl.2): 1-34
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