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FISIOLOGIA

CARDIOVASCULAR

Prof. Thiago Centini


FUNÇÃO
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA?

• Inclui todos os processos envolvidos na ativação elétrica para contração do coração.


O estímulo para contração do músculo cardíaco é gerado pelas células marcapasso,
independentes do suprimento nervoso. (nó sinusal).

• SISTEMA DE PURKINJE
• A ritmicidade própria do coração, assim como o sincronismo na contração de suas
câmaras, é feito graças a um sistema condutor e excitatório presente no tecido
cardíaco Este sistema é formado por fibras autoexcitáveis e que se distribuem de
forma organizada pela massa muscular cardíaca
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA?
ELETROFISIOLOGIA CARDÍACA?
CIRCULAÇÃO
• Suprir necessidades dos tecidos corporais.
• Transportar nutrientes, eliminar produtos do metabolismo, levar hormônios
de uma parte do corpo a outra.
• Intensidade do fluxo sanguíneo nos tecidos depende da sua necessidade de
nutrientes.
• Coração e circulação são controlados para produzir o DC.
• Pressão arterial é necessária para gerar o fluxo sanguíneo tecidual necessário.
FÍSICA DA CIRCULAÇÃO
• Artérias: Transportam sangue sob alta pressão para os tecidos.
• Arteríolas: Ramos finais do sistema arterial que atuam como condutos de controle por onde
o sangue é liberado para os capilares. Possuem parede muscular forte capaz de ocluir o vaso
ou dilatá-lo com o relaxamento da parede.
• Capilares: Trocam os líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias
necessárias entre o sangue e o interstício.
• Vênulas: Coletam sangue dos capilares e se reúnem formando veias progressivamente
maiores.
• Veias: Conduto para transporte de sangue das vênulas para retornar ao coração, além disso
atuam como reservatório de sangue extra.
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E PULMONAR
• A circulação é denominada de circulação dupla, uma vez que se observa a
presença de dois circuitos: a circulação sistêmica ou grande circulação e a
circulação pulmonar ou pequena circulação:
• Circulação sistêmica ou grande circulação: Diz respeito ao circuito que o sangue faz
partindo do coração em direção aos vários tecidos do corpo e depois retornando a esse
órgão. Ao chegar do pulmão, o sangue é impulsionado para o corpo. Nos capilares, são
feitas as trocas gasosas, e o sangue, agora rico em gás carbônico e pobre em oxigênio,
retorna ao coração.
• Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao circuito realizado pelo
sangue do coração aos pulmões e seu retorno ao coração. Nesse circuito, o sangue sai
pobre em oxigênio do coração, segue para o pulmão, onde é oxigenado, e retorna ao
coração.
• O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio
das veias cavas. Esse sangue é rico em gás carbônico e
pobre em oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue,
então, para o ventrículo direito. Do ventrículo direito, é
bombeado para os pulmões via artérias pulmonares.

• Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue


até então rico em gás carbônico, recebe oxigênio
proveniente da respiração pulmonar. O sangue rico em
oxigênio volta ao coração via veias pulmonares, chegando
a esse órgão pelo átrio esquerdo. Do átrio, ele segue para
o ventrículo esquerdo.

• Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo,


saindo do coração pela artéria aorta. O sangue então
segue para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos
capilares, ocorrem as trocas gasosas. O oxigênio presente
no sangue passa para os tecidos e o gás carbônico
produzido na respiração celular passa para o sangue.

• Os capilares reúnem-se formando vênulas, que formam as


veias, as quais seguem levando o sangue pobre em
oxigênio para o coração. As veias cavas superior e inferior
garantem que o sangue rico em gás carbônico seja levado
até o átrio direito.
PRESSÕES NAS DIVERSAS PARTES DA
CIRCULAÇÃO
• O coração bombeia sangue para aorta e pressão média nesse vaso é alta, em torno
de 100 mmHg. Bombeamento pulsátil, alterna em pressão sistólica e diastólica.
• A medida que o sangue flui para a circulação sistêmica a sua pressão média cai
progressivamente.
• Nas arteríolas pulmonares a pressão também é pulsátil, porém é menor. Em torno
de 25 mmHg a Pressão Arterial Pulmonar Sistólica e a Pressão Diastólica em 8
mmHg. A pressão média na artéria pulmonar é de 16 mmHg.
• As baixas pressões no sistema pulmonar são necessárias para expor o sangue dos
capilares pulmonares a ao oxigênio e aos outros gases alveolares.
TEORIA BÁSICA DA FUNÇÃO
CIRCULATÓRIA
1. A velocidade do fluxo sanguíneo para cada tecido é quase sempre
controlada em relação as suas necessidades teciduais.
2. O débito cardíaco é controlado, principalmente pela soma de todos os
fluxos teciduais locais.
3. A pressão arterial é controlada de forma independente do fluxo sanguíneo
local ou do débito cardíaco.
Pressão, Fluxo e Resistência
O fluxo sanguíneo do vaso depende de 2 fatores:
• Diferença de pressão sanguínea entre as duas extremidades do vaso –
Gradiente de pressão.
• Impedimento ao fluxo sanguíneo pelo vaso – Resistência vascular.
Variação de P = F x R
R = Variação de P/ F
Fluxo sanguíneo
• Fluxo sanguíneo é a quantidade de sangue que passa por determinado local
da circulação durante um intervalo de tempo.

• O fluxo sanguíneo total na circulação por exemplo é de 5000ml/ min. Este é


o debito cardíaco, por ser a quantidade de sangue bombeada pelo coração
para a aorta a cada minuto.
Pressão sanguínea
• É a representação da força exercida pelo sangue contra qualquer unidade de
área da parede vascular.
• Pode ser aferida em mmHg ou Cm de H2O.
• O mercúrio não pode subir e descer rapidamente.
• Transdutores com uma membrana esticada que forma uma das paredes que
por sua vez fica conectada por meio de agulha ou cateter ao vaso no qual a
pressão será aferida.
Resistência ao fluxo sanguíneo
• É o impedimento ao fluxo sanguíneo em uso vaso, que não pode ser medida
direta, deve ser calculada.
• A intensidade do fluxo sanguíneo em todo o sistema circulatório é igual à do
sangue bombeado pelo coração.
• Pequenas variações no diâmetro do vaso poder causar grandes alterações em
sua capacidade de conduzir o sangue.
Resistência ao fluxo sanguíneo
• O sangue bombeado pelo coração flui da região de alta pressão da circulação
sistêmica para a de baixa pressão.
• As artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias são dispostas em série. O
fluxo em cada vaso é o mesmo e a resistência total ao fluxo sanguíneo é igual
a soma da resistência de cada vaso.
• Essa disposição permite que cada tecido regule seu fluxo de modo independe
ao fluxo dos outros tecidos.
R total = R1 + R2 + R3+ R4...
Resistência ao fluxo sanguíneo
• A resistência total é menor que a resistência de um vaso sanguíneo isolado.
• O aumento da resistência em qualquer um dos vaso aumenta a resistência
vascular total.
• A adição de vasos sanguíneos reduz a resistência vascular total, pois muito
vasos são paralelos facilitando o fluxo de sangue pelos tecidos.
Resistência ao fluxo sanguíneo
• O fluxo sanguíneo por cada tecido é uma fração do fluxo sanguíneo total e é
definido pela resistência e pelo gradiente de pressão.

• A amputação de um membro ou retirada de um rim também remove um


circuito paralelo e reduz a condutância e o fluxo sanguíneo total e aumenta a
resistência vascular periférica.
Débito cardíaco e
Retorno venoso
DÉBITO CARDÍACO
• O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeado para a aorta a cada
minuto, pelo coração. Também é a quantidade de sangue que flui para a
circulação.
• O retorno venoso é quantidade de sangue que flui das veias paras o átrio
direito a cada minuto.
• O retorno venoso e o débito cardíaco devem ser iguais um ao outro.
Débito cardíaco
• Varia de forma acentuada com o nível de atividade do corporal:
1- Metabolismo corporal básico
2- Exercício físico
3- Idade
4- Dimensão corporal
Débito cardíaco
• Índice cardíaco: é o débito cardíaco por metro quadrado de da área de
superfície corporal.
• Mecanismo de Frank-Starling: Quando quantidade elevadas de sangue
fluem para o coração, há distensão das paredes das câmaras cardíacas.
• Como resultado da distensão o músculo cardíaco se contrai com mais força,
fazendo com que seja ejetado todo o sangue adicional que entrou da
circulação sistêmica. O sangue do coração vai para a aorta e para a circulação
rapidamente.
Débito cardíaco
• A distensão do coração faz com que seu bombeamento seja mais rápido (com FC
maior).
• Na maioria das situações usuais o DC é controlado, de forma quase total pelos fatores
periféricos que determinam o retorno venoso.
• O retorno venoso é a soma de todos os fluxos sanguíneos locais e segmentos teciduais
da circulação periférica. Logo a regulação do débito cardíaco é a soma da de todas as
regulações do fluxo sanguíneo total.
DC = Pressão Arterial
RVP
Causas patológicas de DC aumentado

• Todas resultam de resistência periférica total cronicamente reduzida.


Nenhum resulta de excitação excessiva do próprio coração.
Causas patológicas de DC baixo
1- Anormalidades de causam redução acentuada da eficácia do bombeamento do coração.
a) DAC/ IAM
b) Cardiopatia valvar grave
c) Tamponamento cardíaco
d) Distúrbios metabólicos cardíacos
2- Causas que reduzem acentuadamente o retorno venoso.
a) Volume sanguíneo diminuído
b) Dilatação venosa aguda
c) Obstrução de veias maiores.
d) Massas tecidual diminuída.
Curvas de DC
• A pressão externa ao coração normal é igual a pressão intrapleural normal (pressão
na cavidade torácica) de -4mmHg.
• Causas que alteração pressão intrapleural e desviam o débito cardíaco.
1. Alterações cíclicas da pressão intrapleural na respiração.
2. Respiração com pressão negativa.
3. Respiração com pressão positiva.
4. Abertura da caixa torácica
5. Tamponamento cardíaco.
Curvas de Retorno venoso
• Causas que alteram o retorno venoso da circulação sistêmica para o coração;
1- Pressão atrial direita que exerce fluxo retrógrado sobre as veias.
2- Grau de enchimento da circulação sistêmica (medido pela pressão média de
enchimento sistêmico)
3- Resistência ao fluxo sanguíneo entre os vasos periféricos e o átrio D.
Curvas de Retorno venoso
• Capacidade de bombeamento do coração diminuída aumenta a pressão no
átrio D e aumenta a pressão sobre as veias da circulação sistêmica,
diminuindo o retorno venoso do sangue ao coração.
• Aumento da pressão no átrio D causa drástica redução no retorno venoso e
o aumento da pressão retrógrada faz com que o sangue se acumule ao invés
de retornar ao coração.
• A pressão atrial D aumenta e causa estase venosa, o bombeamento cardíaco
se aproxima de zero pois há diminuição do retorno venoso.
OBRIGADO

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