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Gabriela Maria Nascimento Feitosa – Turma 73

Problema 2.1. – eta, homem teimoso!


VISÃO GERAL DA CIRCULAÇÃO entra em uma grande artéria conhecida como aorta. A aorta
ramifica-se em uma série de artérias menores que, por sua
É constituído de uma série de vasos, cheios de líquido
vez, ramificam-se em artérias ainda menores até chegarem,
(sangue) conectados a uma bomba (coração). A pressão
por fim, em uma rede de capilares. Após deixar os
gerada no coração empurra o sangue continuamente pelo
capilares, o sangue flui para o lado venoso da circulação,
sistema. O sangue captura o oxigênio nos pulmões e os
movendo-se de pequenas veias para veias cada vez
nutrientes no intestino e, então, entrega essas substâncias
maiores. As veias da parte superior do corpo se juntam e
para as células corporais enquanto, simultaneamente,
formam a veia cava superior. As veias da parte inferior se
remove resíduos celulares e calor para serem excretados.
juntam e formam a veia cava inferior. As duas veias cavas
Além disso, o sistema circulatório tem um papel importante
na comunicação célula a célula e na defesa do corpo contra desembocam no átrio direito. Os vasos sanguíneos que
invasores. levam o sangue do lado esquerdo do coração para os
Função da circulação é suprir as necessidades dos tecidos e de volta para o lado direito do coração são
tecidos corporais: transportar nutrientes, eliminar produtos denominados circulação sistêmica.
do metabolismo, levar hormônios, e, de forma geral, manter
o ambiente apropriado para que as células sobrevivam e
funcionem de maneira correta.
A intensidade do fluxo sanguíneo que passa por muitos
tecidos é controlada pela resposta à necessidade de
nutrientes. Porém, em alguns órgãos como os rins, a
circulação não está só relacionada à necessidade
metabólica, mas sim a função excretora, demandando que
grande volume de sangue seja filtrado.
O coração e os vasos sanguíneos são controlados para
produzir o débito cardíaco (volume de sangue sendo
bombeado para o coração em 1 minuto) e a pressão
arterial necessários para gerar o fluxo sanguíneo nos
tecidos.

CIRCULAÇÃO
A partir do átrio direito, o sangue flui para dentro do
ventrículo direito do coração, de onde ele é bombeado via
artérias pulmonares para os pulmões, onde é oxigenado. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA CIRCULAÇÃO
A partir dos pulmões, o sangue vai para o lado esquerdo Divide-se em circulação sistêmica / grande circulação /
do coração através das veias pulmonares. Os vasos circulação periférica (promove fluxo sanguíneo para todos
sanguíneos que vão do ventrículo direito para os pulmões os tecidos corporais, exceto pulmões) e pulmonar.
e os que voltam para o átrio esquerdo são denominados
circulação pulmonar. PARTES FUNCIONAIS DA CIRCULAÇÃO
O sangue proveniente dos pulmões entra no coração no ARTÉRIAS: transportar sangue sob alta pressão para os
átrio esquerdo e passa para o ventrículo esquerdo. O tecidos, por isso tem fortes paredes vasculares e o
sangue é bombeado para fora do ventrículo esquerdo e sangue flui em alta velocidade.
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ARTERÍOLAS: pequenos ramos finais do sistema arterial, A área de secção transversa das veias é em média 4 vezes
agem como condutos de controle onde o sangue é maior que a das artérias, explicando a grande capacidade
liberado para os capilares; tem forte parede muscular, de armazenamento do sangue no sistema venoso.
capaz de ocluir completamente os vasos ou dilatá-los com Como o mesmo fluxo de volume de sangue (F) deve
seu relaxamento, multiplicando seu diâmetro e sendo capaz passar por todo o segmento da circulação a cada minuto, a
de alterar o fluxo sanguíneo de acordo com a necessidade. velocidade do fluxo sanguíneo (v) é inversamente
proporcional à área de secção transversa vascular (A):
CAPILARES: troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, 𝐹
hormônios e outras substâncias entre o sangue e o 𝑣=
𝐴
líquido intersticial; paredes muito finas com numerosos Por isso, em condições de repouso, a velocidade média na
minúsculos poros capilares permeáveis à água e outras aorta é de 33 cm/s, mas nos capilares é de apenas 1/1000
pequenas substâncias. desse valor (0,3 mm/s). entretanto, como os capilares tem
apenas 0,3 a 1 milímetro, o sangue permanece por apenas
VÊNULAS: coletam o sangue dos capilares e juntam-se 1 a 3 segundos (nesse curto espaço de tempo que deve
de forma gradual, formando veias maiores. ocorrer a difusão de nutrientes e eletrólitos).
VEIAS: funcionam como condutos para o transporte de PRESSÕES NAS DIVERSAS PARTES DA CIRCULAÇÃO
sangue das vênulas de volta ao coração, além de serem Como o coração bombeia continuamente para a aorta, a
um reservatório de sangue extra; as paredes são finas pressão média é alta, cerca de 100mmHg. Além disso,
pois a pressão é muito baixa, mesmo assim, são como o bombeamento cardíaco é pulsátil, a pressão
suficientemente musculares para se contrair e expandir, arterial alterna entre pressão sistólica de 120mmHg e
atuando como reservatório controlável para o sangue extra. diastólica de 80mmHg.
VOLUMES DE SANGUE NAS DIFERENTES PARTES À medida que o sangue flui pela circulação sistêmica sua
pressão média cai progressivamente para cerca de 0mmHg
ao atingir o final das veias cavas, que desaguam no átrio
direito.
A pressão nos capilares varia entre valores elevados como
35mmHg próximos à extremidade arteriolar e valores baixos
chegando a 10mmHg próximos à extremidade venosa, mas
a pressão funcional média da maioria é 17mmHg (valor
baixo o suficiente para que pouco plasma flua através dos
pequenos poros apesar dos nutrientes conseguirem se
difundir com facilidade para as células teciduais).
Nas arteríolas pulmonares a pressão é pulsátil como na
aorta, mas o valor é muito menor (sistólica média 25 e
diastólica 8, com pressão arterial pulmonar média de
16mmHg e capilar de 7mmHg), mesmo assim, o fluxo
ÁREAS DE SECÇÃO TRANSVERSAL E VELOCIDADES
DO FLUXO SANGUÍNEO
sanguíneo total é o mesmo da circulação sistêmica. Essa
pressão baixa é devido a necessidade do pulmão de
basicamente expor o sangue dos capilares pulmonares ao
oxigênio para efetuar troca eficiente.
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corpo (acumulando ou desacumulando sangue nas grandes


artérias). Em longos períodos de horas ou dias, os rins
desempenham papel adicional no controle (secreção de
hormônios e regulação do volume sanguíneo).

INTER-RELAÇÕES DA PRESSÃO, FLUXO E


RESISTÊNCIA
O fluxo sanguíneo é determinado pela diferença de
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FUNÇÃO CIRCULATÓRIA pressão entre duas extremidades do vaso (gradiente de
pressão – força que impulsiona o sangue pelo vaso) e pelo
1. A intensidade (velocidade) do fluxo sanguíneo para cada
impedimento do fluxo sanguíneo pelo vaso (resistência
tecido é quase sempre controlada precisamente às
vascular). A resistência ocorre como resultado do atrito
necessidades teciduais: tecidos ativos – necessidade
entre o sangue em movimento e o endotélio intravascular.
maior de nutrientes e consequentemente, de fluxo
𝑃
sanguíneo. O coração nas condições normais não pode 𝐹=
𝑅
aumentar seu débito por mais que 4 a 7 vezes que os FLUXO SANGUÍNEO
valores de repouso, por isso, não é possível simplesmente Significa a quantidade de sangue que passa por
aumentar o fluxo sanguíneo em todas as partes do corpo determinado ponto da circulação durante certo intervalo
quando um tecido apresenta demanda maior. Em vez disso,
de tempo. É expresso por mililitros por minuto ou litros por
os microvasos em cada tecido monitoram continuamente
minuto. O fluxo total na circulação de um adulto em repouso
as necessidades teciduais, disponibilidade de oxigênio é de cerca de 5000 mL/min. É referido como débito
e de nutrientes, além do acúmulo de CO2 e outros cardíaco, por ser a quantidade de sangue bombeada pelo
produtos do metabolismo. Sendo assim, esses vasos coração para a aorta.
pequenos agem diretamente sobre os vasos sanguíneos Fluxo laminar do sangue nos vasos: quando o sangue flui
locais, dilatando-os ou contraindo-os para controlar o de forma estável por vaso sanguíneo longo e uniforme,
fluxo sanguíneo. Além disso, o controle neural da ele se organiza em linhas de corrente, com camadas
circulação pelo SNC e os hormônios, age como mais um equidistantes da parede do vaso. É o chamado fluxo
mecanismo de regulação.
laminar (porção mais central do sangue permanece no
2. O débito cardíaco é controlado principalmente pela soma
centro do vaso) e é oposto ao turbulento (sangue correndo
de todos os fluxos teciduais locais: depois de fluir por um em todas as direções do vaso e se misturando em seu
tecido, o sangue volta imediatamente pelas veias para o interior).
coração, respondendo automaticamente à chegada de Perfil parabólico da velocidade do fluxo sanguíneo: a
sangue, bombeando-o imediatamente de volta para as velocidade no centro é maior que nas extremidades. Isso
artérias. Assim, o coração age como autômato, ocorre porque as moléculas de líquido que tocam a parede
respondendo às demandas dos tecidos, apesar de precisar se movem lentamente pela aderência com o endotélio,
com frequência de auxilio na forma de sinais nervosos fazendo com que camadas de moléculas deslizem entre o
especiais para bombear a quantidade necessária. meio do vaso e a parede, assim, cada camada em direção
3. A regulação da pressão arterial é geralmente ao centro flui mais rápido que as externas.
independente do fluxo sanguíneo local ou do débito Fluxo sanguíneo turbulento: ocorre quando a intensidade
cardíaco: está mais relacionado a reflexos nervosos que é muito elevada ou quando há obstrução no vaso (ângulo
são acionados quando a pressão abaixa ou aumenta: fechado ou superfície áspera). Gera uma espécie de
aumentando ou diminuindo o bombeamento, constrição ou redemoinhos que fazem com que a resistência ao fluxo
relaxamento dos reservatórios venosos e das arteríolas do
seja maior que no fluxo laminar, aumentando atrito total
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do fluxo no vaso. A tendência a esse fenômeno é A resistência é influenciada por 3 componentes: raio,
diretamente proporcional à velocidade do fluxo, diâmetro do comprimento e viscosidade. Lei de Poiseuille:
vaso e densidade do sangue e inversamente à viscosidade:
𝑣×𝑑×𝑝 Na circulação sistêmica, 2/3 da resistência sistêmica total
𝑅𝑒 =
 consiste na resistência arteriolar que ocorre nas delgadas
Re é o número de Reynolds (medida da tendência para arteríolas. Apesar de seus diâmetros internos serem
ocorrência do turbilhonamento), v é a velocidade média do variáveis (4 a 25 micrometros), suas paredes vasculares
fluxo, d é o diâmetro do vaso, p é a densidade fortes permitem que esse diâmetro se altere até 4 vezes,
(normalmente > 1) e  a viscosidade (normalmente 1/30 o que aumenta o fluxo na mesma proporção. Sendo
poise). Re acima de 200 a 400 ocorre fluxo turbulento em assim, as arteríolas conseguem responder a sinais
alguns ramos dos vasos, se extinguindo nas porções mais nervosos ou químicos alterando seu diâmetro e
lisas; já quando fica acima de 2000, ocorre turbulência interrompendo ou aumentando enormemente o fluxo em
mesmo em vasos retos e finos. determinado tecido.
Quase sempre ocorre esse fenômeno nas grandes artérias O sangue bombeado pelo coração flui da região de alta
e nos ramos próximos. Condições apropriadas para o fluxo pressão (aorta) para de baixa pressão (veia cava). As
turbulento: (1) alta velocidade, (2) natureza pulsátil do fluxo, artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias estão
(3) alteração súbita do diâmetro do vaso e (4) grande coletivamente dispostos em série, sendo assim, o fluxo por
diâmetro. eles é o mesmo e a resistência total é a soma de todas
PRESSÃO SANGUÍNEA as resistências.
Representa a força exercida pelo sangue contra qualquer Os vasos sanguíneos se ramificam extensamente formando
unidade de área da parede vascular. É medida em circuitos paralelos que irrigam órgãos e tecidos,
milímetros de mercúrio (mmHg) mas pode ser medida em permitindo que cada local regule seu próprio fluxo de
cm de água (1mmHg = 1,36 cm de H2O), modo independente e a resistência total seja bem
menor. Porém, o aumento da resistência de qualquer um
RESISTÊNCIA AO FLUXO SANGÚINEO dos vasos aumenta a resistência vascular total.
É o impedimento ao fluxo sanguíneo no vaso. É medida
em dinas/cm5. Viscosidade: quanto maior, menor é o fluxo. O que torna
A intensidade do fluxo sanguíneo em todo o sistema o sangue tão viscoso é o grande número de eritrócitos em
circulatório é igual ao do sangue bombeado pelo suspensão que exercem força contra células adjacentes e
coração (débito cardíaco), aproximadamente 100 mL/s. A contra a parede do vaso sanguíneo.
diferença de pressão entre artérias e veias é de 100mmHg, A proporção do sangue que representa os glóbulos
fazendo com que a resistência periférica total seja de vermelhos é chamada de hematócrito, um aumento nessa
100/100 ou 1 unidade de resistência periférica (URP). A proporção eleva a viscosidade. Viscosidade normal do
resistência vascular pulmonar total é de 0,14 URP. sangue é 3 (precisa de 3x mais pressão para impulsionar o
sangue pelo vaso do que água) e hematócrito normal 40
Condutância: é a capacidade de conduzir o fluxo (40% do volume sanguíneo é de eritrócitos). Quando o
sanguíneo pelo vaso quando existe diferença de pressão, hematócrito sobre para 60 ou 70 (frequente na policitemia),
sendo o inverso da resistência. Pequenas variações do a viscosidade aumenta muito, aumentando a resistência e
diâmetro do vaso provocam grandes alterações na diminuindo o fluxo.
condutância quando o fluxo é laminar. A condutância Outros fatores que afetam a viscosidade do sangue são a
aumenta diretamente proporcional à quarta potência do concentração e os tipos de proteínas no plasma.
diâmetro.
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EFEITOS DA PRESSÃO SOBRE A RESISTÊNCIA


VASCULAR E O FLUXO SANGUÍNEO TECIDUAL
O efeito da PA sobre o fluxo sanguíneo em muitos tecidos Complacência é igual à distensibilidade multiplicada pelo
é bem menor que o esperado porque o aumento dela não volume. A complacência de veia sistêmica é cerca de 24
aumenta só a força que impulsiona o sangue pelos vasos, vezes maior que artéria correspondente (8x mais distensível
mas também os efeitos compensatórios da resistência. e volume 3x maior).
Quando há a diminuição da PA, ocorre a redução da
resistência também. A capacidade de cada tecido ajustar Volume-pressão:
sua resistência e manter o fluxo normal durante alterações
da PA é chamada de autorregulação.
Variações no fluxo podem ser causadas por forte
estimulação simpática e por hormônios (norepinefrina,
angiotensina II, vasopressina ou endotelina) que contraem
os vasos. Essas variações tendem a durar algumas poucas
horas pois os mecanismos autorregulatórios locais superar
a maior parte dos efeitos vasoconstritores.

Relação pressão-fluxo em leitos vasculares passivos: Em todo o sistema venoso sistêmico, o volume varia entre
em alguns vasos isolados ou em tecidos sem 2000 a 3500 mL, sendo necessária uma variação grande
autorregulação, variações na PA podem ter efeitos no fluxo. para que a pressão venosa se altere por apenas 3 a
A pressão aumentada pode distender os vasos, diminuindo 5mmHg, por isso pode ocorrer transfusão de até 500 mL
a resistência ou então sua diminuição pode aumentar a em poucos minutos sem que ocorra grande alteração na
resistência levando os vasos ao colapso (quando a PA cai função circulatória.
abaixo do nível crítico – pressão crítica de fechamento – o Aumento do tônus da musculatura lisa vascular, causado
fluxo cessa pois os vasos colapsam por completo). pela estimulação simpática aumenta a pressão das
artérias ou veias enquanto a inibição simpática diminui.
DISTENSIBILIDADE VASCULAR
Esse controle é uma maneira eficiente de diminuir as
Todos os vasos são distensíveis. A natureza elástica das dimensões de um segmento da circulação, transferindo
artérias permite que acomodem o debito pulsátil do sangue para outros segmentos. Por ex. o aumento do tônus
coração, impedindo os extremos de pressão, fazendo com vascular faz com que grande volume de sangue seja
que o fluxo para os pequenos vasos seja uniforme e desviado para o coração, aumentando o bombeamento
continuo. As veias são os vasos mais distensíveis (8x mais cardíaco ou em casos de hemorragias, onde o calibre dos
que artérias), já que possuem a função de reservatório para vasos é reduzido para que a função circulatória permaneça
que o sangue possa ser utilizado em qualquer parte da quase normal (mesmo com perda de até 25% do volume
circulação quando necessário. sanguíneo total).
Distensibilidade vascular é expressa como a fração de
aumento do volume para cada milímetro de mercúrio de Complacência tardia (estresse-relaxamento): significa
aumento da pressão: que o vaso submetido ao aumento de volume apresenta
logo de inicio grande aumento da pressão, mas o
estiramento tardio progressivo do músculo liso na parede
vascular permite que a pressão retorne ao normal em
Complacência vascular (capacitância): é a quantidade
alguns minutos ou horas. O volume de sangue injetado
total de sangue que pode ser armazenada em determinada
provoca a distensão elástica imediata da veia, mas suas
região para cada mmHg de aumento da pressão.
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fibras musculares lisas começam, pouco a pouco, a Insuficiência aórtica: válvula aórtica está ausente ou não
“engatinhar” (creep) para maior comprimento. É um se fecha completamente – sangue bombeado para aorta flui
mecanismo importante pelo qual a circulação consegue de volta para o ventrículo esquerdo – queda da pressão
acomodar sangue adicional quando necessário, como aórtica entre os batimentos até atingir o valor zero – não
após hemorragias graves quando há transfusão tem a incisura no traçado do pulso porque não ocorre o
excessiva. fechamento da válvula.

PULSAÇÕES DA PRESSÃO ARTERIAL TRANSMISSÃO DOS PULSOS DE PRESSÃO PARA AS


ARTÉRIAS PERIFÉRICAS
Cada batimento faz com que nova onda de sangue chegue
às artérias. Se não fosse pela distensibilidade, todo o Durante a sístole apenas a porção proximal da aorta é
sangue teria que fluir pelos vasos periféricos inicialmente distendida, mas o aumento da pressão na
instantaneamente durante a sístole e não ocorreria fluxo aorta proximal vence a inercia do sangue, transmitindo a
durante a diástole. A complacência arterial reduz os onda ao longo da aorta (transmissão do pulso de pressão
pulsos de pressão de modo que quase não ocorrem pulsos para as artérias).
quando o sangue atinge os capilares, fazendo com que o Velocidade normal de transmissão na aorta 3 a 5 m/s; nos
fluxo seja continuo, com pulsações pequenas. grandes ramos arteriais de 7 a 10 m/s e nas pequenas
A diferença entre a pressão sistólica (cerca de 120mmHg) artérias de 15 a 35 m/s. Quanto maior a complacência,
e a diastólica (cerca de 80mmHg) é chamada de pressão menor será a velocidade da transmissão do pulso, o que
de pulso (cerca de 40mmHg). explica a lenta transmissão na aorta e rápida nas artérias
Afetam a pressão de pulso: periféricas.
- débito sistólico cardíaco: quanto maior o débito, maiores AMORTECIMENTO DOS PULSOS DE PRESSÃO NAS
serão o aumento e queda de pressão durante sístole e PEQUENAS ARTÉRIAS, NAS ARTERÍOLAS E NOS
diástole, resultando em maior pressão de pulso; CAPILARES
- complacência (distensibilidade total): quanto menor for a À medida que se deslocam os vasos periféricos, os
complacência, maior será o aumento da pressão, como na traçados dos pulsos de pressão vão diminuindo de forma
velhice ou na hipertensão arterial devido à arteriosclerose que somente quando os pulsos aórticos são muito grandes
(artérias pouco complacentes – destruição das fibras ou quando as arteríolas estão muito dilatadas que se
musculares lisas e elásticas causando o endurecimento). observa pulsos nos capilares.
- caráter da ejeção do coração durante a sístole. Essa diminuição progressiva dos pulsos na periferia é
chamada de amortecimento dos pulsos de pressão.
TRAÇADOS ANORMAIS DA PRESSÃO DE PULSO Existem duas causas para esse efeito (1) resistência ao
Estenose aórtica: estreitamento da válvula aórtica – movimento do sangue pelos vasos (amortece os pulsos –
impede de abrir corretamente forçando o coração trabalhar quanto maior a resistência, menor a intensidade do pulso)
mais para bombear sangue – pulso diminuído. e (2) a complacência dos vasos (quanto maior a
Persistência do canal arterial: ducto arterial permanece complacência, maior será a quantidade de sangue
aberto fazendo com que o sangue bombeado para a aorta necessária para aumentar a pressão).
volte para a artéria pulmonar – pressão diastólica cai.
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VEIAS
Efeito da elevada pressão atrial direita sobre a pressão
Uma de suas funções mais importantes é a capacidade de
venosa periférica: quando a pressão atrial fica acima do
se contrair e relaxar, armazenando pequenas ou grandes normal, o sangue pode se acumular nas grandes veias,
quantidades de sangue, além das periféricas poderem distendendo-as e abrindo seus pontos colapsados. Assim,
impulsionar o sangue para adiante pela bomba venosa e há um aumento correspondente na pressão venosa
de serem capazes de regular o débito cardíaco. periférica que não é percebido nos estágios iniciais de
insuficiência cardíaca, por exemplo.
PRESSÕES VENOSAS
O sangue de todas as veias sistêmicas flui para o átrio Efeito da pressão intra-abdominal sobre as pressões
direito do coração, por isso a pressão é definida como venosas dos membros inferiores: quando a pressão intra-
pressão venosa central (atrial direita). É regulada pelo abdominal se eleva, devido a um tumor, excesso de líquido
balanço entre a capacidade do coração de bombear o (ascite) ou gravidez, a pressão nas veias das pernas tem
sangue para fora do átrio e ventrículo direito e pela de se elevar acima da pressão abdominal para que as veias
tendência do sangue fluir das veias periféricas para o abdominais se abram e permitam o fluxo sanguíneo.
átrio direito. Se o bombeamento da parte direita do
coração estiver forte, a pressão atrial direita diminui. EFEITO DA PRESSÃO GRAVITACIONAL SOBRE A
Fatores que aumentam o retorno venoso (aumentam a PRESSÃO VENOSA
pressão atrial direita) e podem regular o débito cardíaco: A pressão gravitacional também ocorre no sistema vascular
- aumento do volume sanguíneo; humano em virtude do peso do sangue nos vasos. Quando
- aumento do tônus de grandes vasos; a pessoa está em pé, a pressão no átrio direito permanece
- dilatação das arteríolas (diminui resistência periférica e em 0mmHg porque o coração bombeia para as artérias
permite rápido fluxo de sangue das artérias para as veias). qualquer excesso de sangue que tenda a se acumular,
Pressão atrial direita normal 0mmHg, podendo aumentar de porém, a pressão nos pés é de 90mmHg pelo peso
20 a 30mmHg por insuficiência cardíaca grave ou gravitacional.
transfusão de sangue em grande volume. Limite inferior é As veias do pescoço da pessoa em pé ficam quase
de -3 a -5mmHg (bombeamento cardíaco vigoroso ou fluxo completamente colapsadas no trajeto até o crânio pela
para o coração reduzido – após hemorragia grave). pressão atmosférica no exterior do pescoço, fazendo com
que a pressão permaneça 0mmHg. Isso ocorre porque
RESISTÊNCIA VENOSA E PRESSÃO VENOSA PERIFÉRICA qualquer tendência da pressão elevar, abre as veias e
Quando distendidas, as grandes veias apresentam permite que caia novamente a 0. Ao contrário, qualquer
resistência próxima a zero. Entretanto, muitas grandes tendência da pressão cair abaixo de 0 colapsa ainda mais
veias (tórax, membros, pescoço) são comprimidas por as veias, aumentando a resistência e retornando pro valor
tecidos adjacentes e por suas grandes angulações, inicial.
oferecendo resistência ao fluxo sanguíneo. Por isso, com a As veias no interior do crânio estão em câmera não
pessoa deitada, a pressão nas veias mais periféricas é de colapsável (cavidade craniana), por isso podem ocorrer
4 a 6mmHg maior que no átrio direito. pressões negativas nos seios durais.
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VÁLVULAS VENOSAS E A “BOMBA VENOSA” encéfalo e a medula espinhal emitam sinais nervosos
Se as veias não tivessem válvulas, o efeito da pressão (nervos simpáticos) para as veias, provocando sua
gravitacional faria com que a pressão venosa nos pés fosse constrição e compensando o baixo fluxo.
sempre de 90mmHg em pé, porém, cada vez que as pernas Reservatórios sanguíneos específicos: partes do sistema
são movimentadas, a contração dos músculos circulatório que são extensas e complacentes como o baço
comprime as veias localizadas no interior ou adjacentes (pode diminuir seu tamanho a ponto de liberar até 100 mL
aos músculos, ejetando o sangue para adiante. As de sangue para outras áreas); fígado (centenas de mL);
válvulas ficam dispostas de modo que o único sentido grandes veias abdominais (300 mL); plexo venoso sob a
possível do fluxo seja em direção ao coração e é tão pele (centenas de mL). O coração e os pulmões apesar de
eficiente que a pressão nos pés do adulto enquanto não serem parte desse sistema de reservatórios podem ser
caminha permanece abaixo de 20mmHg. considerados sim reservatórios de sangue (coração pode
Se a pessoa fica imóvel em pé, a bomba venosa não diminuir por estimulo simpático e contribuir com 50 a 100
funciona, a pressão gravitacional permanece e a dos mL de sangue; os pulmões com outros 100 a 200 mL).
capilares aumentam muito, fazendo com que o líquido saia
Baço como um reservatório de eritrócitos: apresenta 2
do sistema circulatório para os espaços teciduais, isso
áreas separadas para armazenamento de sangue – seios
provoca o inchaço das pernas e diminuição do volume
venosos e polpa. Os seios podem ficar inchados e
sanguíneo.
armazenar todos os componentes sanguíneos. Na polpa
A incompetência das válvulas venosas provoca veias esplênica, os capilares são muito permeáveis fazendo com
“varicosas”: podem ficar “incompetentes”, chegando, às que todo o sangue (incluindo eritrócitos) atravesse as
vezes, a serem destruídas. Isso é frequente quando as paredes formando a polpa vermelha. Os eritrócitos são
veias são excessivamente distendidas por alta pressão aprisionados pelas trabéculas enquanto o plasma flui para
venosa durante semanas ou meses (gravidez ou a circulação geral de novo. Esses eritrócitos armazenados
permanecer muito tempo em pé). Como a área das veias podem ser lançados na circulação geral quando o
aumenta, os folhetos das válvulas são incapazes de se sistema nervoso simpático é excitado, provocando a
fechar completamente, aumentando a pressão nas veias contração do baço e seus vasos (até 50 mL podem ser
das pernas e o calibre delas e destrói de forma total a liberados aumentando em 1 a 2% o hematócrito). Em outras
função das válvulas. Veias varicosas são grandes áreas da polpa esplênica existem ilhotas de leucócitos
protrusões bolhosas das veias sob a pele de toda a (polpa branca), onde são produzidas células linfoides
perna. Quando pessoas com veias varicosas ficam em pé semelhantes às produzidas nos linfonodos (sistema imune).
por mais de alguns minutos, as pressões capilares e Quando algumas células sanguíneas passam pela polpa
venosas ficam tão altas que há a saída de líquido dos esplênica são muito comprimidas antes de penetrar os seios
capilares, provocando edema nas pernas. Esse edema e são destruídas; após a ruptura a hemoglobina e o
impede a difusão de nutrientes dos capilares para as estroma celular são digeridos pelas células
células musculares e cutâneas, deixando os músculos reticuloendoteliais do baço, e os produtos da digestão
doloridos e fracos e a pele gangrenosa (morte de um podem ser reutilizados. A polpa do baço contem células
tecido devido à insuficiência de irrigação sanguínea) e fagocíticas reticuloendoteliais que funcionam como parte do
ulcerada. sistema de limpeza do sangue, removendo agentes
infecciosos (por ex. bactérias, parasitas).
Função de reservatório sanguíneo: quando o organismo
perde sangue e a pressão arterial começa a cair, são MICROCIRCULAÇÃO
desencadeados sinais nervosos pelos seios carotídeos e Nela ocorre a principal função do SC: transporte de
outras áreas sensíveis à pressão que fazem com que o nutrientes para tecidos e remoção da excreção celular.
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As pequenas arteríolas controlam o fluxo sanguíneo para


cada tecido e as condições locais controlam o diâmetro
desses vasos. Cada tecido na maioria dos casos controla
seu próprio fluxo de acordo com sua necessidade.
As paredes dos capilares são extremamente delgadas,
formadas por camada única de células endoteliais
permeáveis, podendo ocorrer intercambio rápido e fácil de
água, nutrientes e excrementos. São cerca de 10 bilhões
de capilares (500 a 700 m2).

ESTRUTURA DA MICROCIRCULAÇÃO
Em geral, cada artéria que penetra um órgão se ramifica
por seis a oito vezes antes que seus ramos fiquem
pequenos o bastante para serem chamados de arteríolas
(10 a 15 micrômetros de diâmetro). As arteríolas se
ramificam por mais 2 a 5 vezes, atingindo diâmetros de 5 a
9 micrômetros em suas porções terminais (metarteríolas),
suprindo sangue para os capilares.
As arteríolas são muito musculares, podendo alterar
muitas vezes seu diâmetro, já as metarteríolas não tem Poros especiais nos capilares de certos órgãos:
revestimento muscular contínuo, mas sim pontos - Cérebro: as junções entre as células endoteliais capilares
intermitentes. No ponto onde cada capilar verdadeiro se são “oclusivas” (tight junctions) que só permitem a
origina da metarteríola, uma fibra muscular lisa circunda o passagem de moléculas pequenas (água, O2, CO2) para
capilar, formando o esfíncter pré-capilar que pode abrir e dentro ou fora dos tecidos cerebrais.
fechar a entrada do capilar. Metarteríolas e o esfíncter - Fígado: ocorre o posto, as fendas são muito abertas de
estão em contato íntimo com os tecidos que irrigam (as modo que quase todas as substâncias dissolvidas no
condições locais causam efeitos diretos sobre os vasos). plasma (incluindo proteínas) podem passar do sangue para
As vênulas são maiores que as arteríolas e tem os tecidos hepáticos.
revestimento muscular mais fraco, porém, como sua - Capilares gastrintestinais: tamanhos intermediários
pressão é menor, ainda conseguem se contrair. entre os poros dos músculos e do fígado.
- Glomérulos capilares renais: muitas pequenas
aberturas ovais chamadas fenestrações atravessam pelo
meio as células endoteliais, para que grandes quantidades
de substâncias iônicas e moleculares pequenas podem
ser filtradas pelos glomérulos sem ter que passar pelas
fendas entre as células endoteliais.

ESTRUTURA DA PAREDE CAPILAR: FLUXO SANGUE NOS CAPILARES (VASOMOTILIDADE)

A parede é composta por camada unicelular de células O sangue em geral não flui de maneira continua pelos
endoteliais e é circundada por membrana basal fina no capilares, o fluxo é intermitente, ocorrendo ou sendo
lado externo do capilar. Espessura de 0,5 micrômetro e interrompido a cada poucos segundos ou minutos. É
diâmetro interno de 4 a 9 micrômetros (o necessário para causado pela vasomotilidade (contração intermitente das
que eritrócitos e outras células possam passar por ele.
Gabriela Maria Nascimento Feitosa – Turma 73

metarteríolas, dos esfíncteres pré-capilares e até das INTERSTÍCIO E LÍQUIDO INTERSTICIAL


pequenas arteríolas). É o espaço entre as células. Contém dois tipos principais
Regulação: fator mais importante é a concentração de de estruturas sólidas: feixe de fibras de colágeno
oxigênio nos tecidos. Se a intensidade de consumo de (estendem-se pelo interstício, são extremamente fortes e
oxigênio está grande, sua concentração abaixa mais que o fornecem a maior parte da força tensional dos tecidos) e
normal, então os períodos intermitentes de fluxo sanguíneo filamentos proteoglicanos (moléculas espiraladas ou
capilar ocorrer com maior frequência e duração retorcidas, extremamente finas, compostas por cerca de
aumentada, permitindo maior transporte de oxigênio e 98% de ácido hialurônico e 2% de proteínas). Formam uma
outros nutrientes. trama de delicados filamentos reticulares (pila em arbusto –
brush pile).
TROCAS DE ÁGUA, NUTRIENTES E OUTRAS SUBST.
“Gel”: o líquido no interstício contém praticamente os
DIFUSÃO:
mesmos constituintes do plasma (exceto por concentrações
À medida que o sangue flui ao longo do lúmen capilar,
menores de proteínas) e fica retido em pequenos espaços
grande quantidade de moléculas de água e partículas
entre os filamentos proteoglicanos (formam o gel tecidual).
dissolvidas se difunde para dentro e fora, provocando
Líquido “livre”: apesar de quase todo o líquido ficar retido
mistura contínua de sangue e liquido intersticial. A
no gel tecidual existem pequenas correntes de líquido “livre”
difusão resulta da movimentação térmica das moléculas de
e vesículas de líquido livre que podem se mover livremente.
água e das substâncias dissolvidas no liquido (se movem
Quando os tecidos desenvolvem edema, essas pequenas
em uma direção e, a seguir, em outra, se deslocando
porções e correntes se expandem de modo acentuado.
aleatoriamente).
Substâncias lipossolúveis (oxigênio e dióxido de carbono)
podem se difundir diretamente através das membranas sem
ter que atravessar os poros, sua velocidade de transporte é
muito maior que a das lipossolúveis.
Substâncias hidrossolúveis (moléculas de água, íons
sódio, íons cloreto, glicose e ureia) se difundem através dos
poros intercelulares. A velocidade da movimentação
térmica molecular pelas fendas é tão grande que mesmo a
pequena área é suficiente para permitir a enorme difusão
FILTRAÇÃO DO LÍQUIDO
dessas substâncias (a água do plasma é trocada com o
líquido intersticial 80 vezes antes que o plasma possa fluir É determinada pelas pressões osmóticas hidrostáticas e
por toda a extensão do capilar). coloidais e pelo coeficiente de filtração capilar.
Os capilares apresentam diferenças de permeabilidade A pressão hidrostática tende a forçar o líquido e as
em vários tecidos (ex. permeabilidade da membrana substâncias dissolvidas através dos poros capilares para os
glomerular renal para água e eletrólitos é cerca de 500 espaços intersticiais. Já a osmótica gerada pelas proteínas
vezes maior que a dos capilares musculares, o que não plasmáticas (coloidosmótica) tende a fazer com que o
ocorre em relação às proteínas). líquido se movimente por osmose dos espaços intersticiais
Quanto maior a diferença entre as concentrações de para o sangue, impedindo perda significativa de líquido
qualquer substância entre dois lados da membrana capilar, sanguíneo para os interstícios.
maior será o movimento total da substância em uma das O sistema linfático é importante pois traz de volta para a
direções (ex. oxigênio e CO2). circulação pequenas quantidades de proteínas e líquido em
excesso que extravasam do sangue para o interstício.
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Existem 4 forças primárias (forças de Starling) que sanguínea, criando ligeira pressão negativa no liquido
determinam se o líquido se moverá do sangue para o líquido intersticial.
intersticial ou no sentido inverso:
TROCAS DE LÍQUIDO
- pressão capilar (Pc): força o líquido para fora através da
membrana capilar; A pressão média nas extremidades arteriais dos capilares é
- pressão do líquido intersticial (Pli): força o líquido para de 15 a 25mmHg maior que nas extremidades venosas. Por
dentro através da membrana capilar quando a Pli for essa diferença, o líquido é “filtrado” para fora dos
positiva e para fora quando for negativa; capilares nas extremidades arteriais, mas nas venosas o
- pressão coloidosmótica plasmática capilar (IIp): líquido é reabsorvido de volta para os capilares. A
provoca a osmose do líquido para dentro através da pressão de reabsorção faz com que cerca de 9 décimos do
membrana capilar; liquido filtrado sejam reabsorvidos nas extremidades
- pressão coloidosmótica do líquido intersticial (IIli): venosas. O decimo restante flui para os vasos linfáticos,
provoca osmose de líquido para fora através da membrana retornando para o sangue circulante.
capilar. Aumento da pressão capilar média tende a produzir
Se a soma dessas forças (pressão efetiva de filtração) for filtração excessiva de líquido para os espaços
positiva, ocorrerá saída de líquido dos capilares para o intersticiais (excedendo a capacidade de remoção do
espaço intersticial; se for negativa, ocorrerá absorção de sistema linfático, acumulando líquido e gerando edema). Já
líquido. quando a pressão capilar cai, ocorrerá reabsorção de
líquido pelos capilares, aumentando o volume sanguíneo.

SISTEMA LINFÁTICO
Via acessória que permite o líquido fluir dos espaços
intersticiais de volta para o sangue. Além disso,
Intensidade de filtração de líquido é determinada também transportam para fora do interstício proteínas e grandes
pelo número e tamanho dos poros, bem como pelo partículas que não podem ser removidas por absorção
número de capilares, esses fatores são expressos como direta pelos capilares sanguíneos (função essencial).
coeficiente de filtração capilar (Kf).
CAPILARES LINFÁTICOS TERMINAIS
PRESSÕES DO LÍQUIDO INTERSTICIAL EM TECIDOS O volume total de líquido que segue para os capilares
CIRCUNDADOS POR ESTRUTURAS RÍGIDAS
linfáticos e retorna ao sangue é de apenas 2 a 3 litros/dia.
Tecidos circundados por estruturas rígidas como a caixa
Esse líquido que retorna é importante por conter
craniana ao redor do encéfalo, capsula fibrosa ao redor do
substâncias de alto peso molecular (proteínas) que só
rim, bainhas fibrosas em torno dos músculos e esclera em
são absorvidas nos tecidos através do sangue.
torno do olho possuem pressões positivas. A pressão
normal do líquido intersticial é em geral vários milímetros
abaixo em relação à que circunda cada tecido.

BOMBEAMENTO PELO SISTEMA LINFÁTICO


O SL é o “lixeiro” que remove o excesso de líquido,
proteínas, detritos orgânicos e outros materiais dos
espaços teciduais. Quando o líquido penetra os capilares
linfáticos terminais, suas paredes se contraem de forma As células endoteliais do capilar linfático são presas por
automática e bombeiam o líquido para a circulação filamentos de ancoragem ao tecido conjuntivo que o
circunda. Nas junções entre as células endoteliais
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adjacentes, a borda de uma se sobrepõe à da seguinte, de A bomba linfática fica muito ativa durante o exercício
modo que a borda sobreposta fica livre para se dobrar para (aumentando o fluxo por 10 a 30 vezes). Ao contrário, no
dentro, formando uma válvula minúscula que se abre para repouso, o fluxo é extremamente lento, quase nulo.
o interior do capilar linfático.
O PAPEL DO SISTEMA LINFÁTICO
Assim, o liquido intersticial junto com as partículas
suspensas pressionam e abrem a válvula, fluindo Desempenha papel central no controle da concentração de
diretamente para o capilar linfático. Entretanto, esse liquido proteínas, do volume e pressão do líquido intersticial.
tem dificuldade para deixar o capilar uma vez que tenha Pequena quantidade de proteínas extravasa continuamente
entrado pois qualquer refluxo fecha a válvula, por isso, os dos capilares para o interstício e pequena parte delas
linfáticos tem válvulas nas extremidades dos capilares consegue retornar à circulação pelas extremidades
linfáticos terminais, bem como ao longo de seus vasos venosas, sendo assim, a tendência é o acumulo de
proteínas no líquido, aumentando sua pressão
mais grossos, até o ponto que escoam para a circulação
coloidosmótica. Isso causa o deslocamento do balanço das
sanguínea.
forças na membrana capilar a favor da passagem de mais
FORMAÇÃO DA LINFA líquido para o interstício, aumentando o volume e pressão.
É derivada do líquido intersticial e apresenta praticamente Esse aumento de pressão provoca aumento na intensidade
a mesma composição dele, mas pode ter variações do fluxo linfático, eliminando o excesso de líquido intersticial
dependendo do tecido. O sistema linfático é uma das e proteína que tinha se acumulado.
principais vias de absorção de nutrientes vindos do trato
gastrintestinal, em especial absorção de praticamente SIGNIFICADO DA PRESSÃO NEGATIVA DO LÍQUIDO
INTERSTICIAL
todos os lipídios dos alimentos (quilomicra). Também
Essa pressão negativa mantem os tecidos unidos e quando
apresenta glóbulos brancos (leucócitos). Quando a linfa
eles perdem essa negatividade ocorre acúmulo de líquido
se junta ao sangue, volta a ser plasma.
nos espaços (edema).
Qualquer valor que aumente a pressão do líquido
intersticial, aumenta o fluxo linfático, são eles: EDEMA
- pressão hidrostática capilar elevada;
Presença em excesso de líquido nos tecidos do corpo (intra
- pressão coloidosmótica diminuída do plasma;
ou extracelular).
- pressão coloidosmótica aumentada do LI;
- permeabilidade aumentada dos capilares. EDEMA INTRACELULAR
Condições que causam:
BOMBA LINFÁTICA
- Hiponatremia: desequilíbrio hidroeletrolítico levando a
Todos os canais linfáticos têm válvulas. Quando recebe
baixa concentração de sódio no sangue;
líquido, o músculo liso da parede do vaso se contrai,
- Depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos;
bombeando o líquido para o segmento linfático seguinte. Os
- Falta de nutrição adequada para as células;
filamentos de ancoragem e filamentos contráteis de
- Processo inflamatório: aumenta a permeabilidade da
actomiosina também auxiliam no bombeamento.
membrana celular, permitindo a entrada de sódio e outros
Além disso, qualquer fator externo que comprima o vaso
íons, aumentando a osmose.
linfático pode provocar o bombeamento. Em ordem de
Por ex. a redução do fluxo sanguíneo provoca prejuízo no
importância, esses fatores são:
funcionamento das bombas iônicas, fazendo com que o
- contração dos músculos esqueléticos circundantes;
sódio que normalmente vazam para dentro da célula não
- movimento de partes do corpo;
sejam bombeados para fora, o excesso desse íon no meio
- pulsações de artérias adjacentes;
intracelular causa osmose para a célula.
- compressão dos tecidos por objetos externos ao corpo.
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EDEMA EXTRACELULAR EDEMA CAUSADO POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA


Causas: Coração bombeia o sangue das veias para as artérias de
- Vazamento anormal de líquido plasmático para os modo deficiente, aumentando a pressão venosa e
espaços intersticiais; capilar, aumentando a filtração capilar. Pressão arterial
- Falha no sistema linfático de retornar liquido intersticial tende a cair, causando redução da filtração e excreção de
para o sangue (linfedema). sal e água pelos rins, o que aumenta o volume sanguíneo
e a pressão hidrostática capilar, gerando mais edema.
LINFEDEMA
É a falência de vasos linfáticos no retorno de líquido e FATORES DE SEGURANÇA
proteína para o sangue. O edema se torna severo pelo - Baixa complacência do interstício quando a pressão
acúmulo de proteínas plasmáticas no interstício, sem ter intersticial for negativa (o gel intersticial também ajuda
outra via para serem removidas (aumenta a pressão impedindo espaços livres para circulação do líquido);
coloidosmótica que atrai ainda mais fluido). - Capacidade do fluxo linfático de aumentar seu
O bloqueio do fluxo linfático pode ser severo com infecções funcionamento por 10 a 50 vezes o normal;
dos linfonodos (filaria nematodes – Wucheria Bancrofti – - Diluição das proteínas do liquido intersticial, quando a
linfedema grave e elefantíase – homens inchaço escroto filtração capilar aumenta, causando redução da pressão
chamado hidrocele). coloidosmótica.

CONTROLE DO FLUXO SANGUÍNEO


Necessidades especificas dos tecidos em relação ao fluxo:

Controlando o fluxo sanguíneo local de modo preciso faz


com que os tecidos quase nunca sofram deficiência
nutricional de oxigênio e a carga de trabalho do coração
é mantida no menor nível possível.

MECANISMOS DE CONTROLE
É dividido em 2 fases:
- controle agudo: realizado por rápidas variações da
vasodilatação ou vasoconstrição local das arteríolas,
metarteríolas e esfíncteres pré-capilares (segundos ou
minutos para permitir a manutenção rápida do fluxo
sanguíneo tecidual local).
- controle a longo prazo: variações lentas e controladas ao
longo de dias, semanas ou até meses. Resultam no melhor
controle do fluxo em proporção às necessidades teciduais
e ocorrem como resultado do aumento ou diminuição nas
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dimensões físicas e no número de vasos sanguíneos que HIPEREMIA REATIVA: quando a irrigação sanguínea
suprem os tecidos. para um tecido é bloqueada por alguns segundos até 1
CONTROLE AGUDO hora ou mais e então é desbloqueada, o fluxo sanguíneo
- Aumento da intensidade metabólica de um tecido pelo tecido aumenta imediatamente para até 4 a 7x,
localizado aumenta o fluxo (proporção 8:4). persistindo por alguns segundos ou horas. Colocam em
- Disponibilidade de oxigênio diminuída (grandes altitudes, ação fatores que provocam a vasodilatação.
pneumonia, intoxicação por CO, por cianeto) aumenta o HIPEREMIA ATIVA: quando qualquer tecido se torna
fluxo intensamente. muito ativo (musculo durante exercício, glândula
gastrintestinal durante período de hipersecreção, cérebro
Teorias para a regulação do fluxo sanguíneo local quando durante atividade mental rápida) sua intensidade de fluxo
a intensidade do metabolismo ou disponibilidade de aumenta.
oxigênio se alteram: vasodilatação e falta de oxigênio.
TEORIA DA VASODILATAÇÃO: quanto maior a “AUTORREGULAÇÃO” DO FLUXO SANGUÍNEO
QUANDO A PRESSÃO ARTERIAL É VARIADA
intensidade do metabolismo ou menor a disponibilidade de
Quando há elevação da pressão sanguínea, o fluxo
oxigênio ou de outros nutrientes, maior será a
aumenta imediatamente, porém, após menos de 1 minuto,
intensidade/velocidade de formação de substâncias
o fluxo na maioria dos tecidos volta ao normal devido à
vasodilatadoras pelas células teciduais (dilatação dos
autorregulação do fluxo sanguíneo, apesar da PA
esfíncteres pré-capilares, metarteríolas e arteríolas).
continuar elevada. Duas teorias para explicar esse
Substâncias vasodilatadoras: adenosina (liberada por ex.
mecanismo:
quando o fluxo sanguíneo coronariano fica muito baixo),
TEORIA METABÓLICA: assim que a pressão arterial fica
dióxido de carbono, compostos fosfatados de
muito elevada, o excesso do fluxo proporciona nutrientes
adenosina, histamina, íons potássio e hidrogênio (ácido
demais aos tecidos e também varre as substâncias
lático).
vasodilatadoras para fora dos tecidos; esses dois efeitos
TEORIA DA FALTA DE OXIGÊNIO (NUTRIENTES): o
fazem, então com que os vasos sanguíneos se contraiam e
oxigênio e demais nutrientes são necessários para a
o fluxo retorne praticamente ao normal apesar da
contração muscular vascular, então, na ausência de
elevação da pressão.
quantidades adequadas, os vasos sanguíneos dilatariam.
Os esfíncteres pré-capilares e as metarteríolas abrem e TEORIA MIOGÊNICA: quando a pressão no vaso aumenta
fecham de forma cíclica (vasomotilidade) de acordo com a agudamente, ocorre estiramento da musculatura lisa da
necessidade metabólica do tecido; como o músculo liso parede do vaso, fazendo com que ocorra despolarização
precisa de oxigênio para permanecer contraído, quando a e contração do músculo, tendendo a normalizar o fluxo.
concentração fosse elevada acima de certo nível, os Esse processo é comum em arteríolas, mas pode ocorrer
esfíncteres e as metarteríolas se fechariam até que o em outros vasos (até linfáticos). Sugeriu-se especialmente
oxigênio em excesso fosse consumido; porém, quando sua que o mecanismo miogênico protegeria os capilares de
concentração caísse o suficiente, eles abririam de novo pressões arteriais excessivamente elevadas. Se a
reiniciando o ciclo. pressão nas pequenas artérias e arteríolas se elevassem
em demasia, esses vasos simplesmente se contrairiam e
Outros nutrientes podem afetar o controle local do fluxo impediriam que essa pressão elevada fosse transmitida aos
sanguíneo como na deficiência de glicose, aminoácidos, capilares, que são tão fracos que uma pressão excessiva
ácidos graxos e de vitaminas B (tiamina, niacina e poderia rompê-los.
riboflavina).
Outros exemplos do controle metabólico local do fluxo
sanguíneo:
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MECANISMOS ESPECIAIS DE CONTROLE AGUDO DO


FLUXO EM TECIDOS ESPECÍFICOS
RINS: ocorre o feedback tubuloglomerular - células da
mácula densa do epitélio do túbulo distal detectam excesso
de filtrado e, por sinais de feedback, provocam constrição
das arteríolas aferentes.
CÉREBRO: altas concentrações de dióxido de carbono e
íons hidrogênio provocam vasodilatação, que melhora a ENDOTELINA: liberada por endotélio danificado – quando
eliminação do excesso destas substâncias – é importante o vaso sanguíneo ou simplesmente o endotélio é lesado
pois o nível de excitabilidade cerebral é muito dependente (esmagamento do tecido ou injeção de agente químico
do controle preciso da concentração dessas moléculas. traumatizante), a liberação da endotelina provoca
PELE: controle simpático da regulação da temperatura vasoconstrição local, auxiliando a prevenção de
corporal – em ambientes frios, a tendência é a hemorragia extensa das artérias com até 5mm de
vasoconstrição (alfa), para diminuir o fluxo e a perda de diâmetro. Acredita-se que na hipertensão, a liberação de
calor; já quando é necessária a perda de calor, ocorre endotelina contribua para a vasoconstrição excessiva, então
vasodilatação, aumentando o fluxo. bloqueadores dos receptores de endotelina estão sendo
usados no tratamento de hipertensão pulmonar.
CONTROLE DO FLUXO POR FATORES DERIVADOS DO
ENDOTÉLIO
CONTROLE A LONGO PRAZO
Células endoteliais que revestem os vasos sintetizam Mesmo após o controle agudo, ainda persiste excesso de
diversas substâncias que quando liberadas podem afetar o fluxo sanguíneo. Assim, ao longo de horas, dias e
grau de relaxamento ou contração da parede arterial.
semanas, uma forma de regulação sobrepõe o controle
Óxido Nítrico (NO): liberado por células endoteliais
agudo. É importante principalmente quando as
saudáveis – gás lipofílico vasodilatador liberado em
demandas metabólicas do tecido se alteram (se o tecido
resposta a estímulos físicos e químicos a partir da arginina
passa a ser hiperativo, as arteríolas e vasos capilares
e oxigênio e pela redução de nitratos inorgânicos. Tem
aumentarão em número e tamanho após algumas semanas
meia-vida aproximada de 6 segundos no sangue e ação
para suprir as necessidades).
principalmente no próprio local onde é liberado. Em
ALTERAÇÃO NA “VASCULARIZAÇÃO TECIDUAL”:
casos de atrito aumentado (cisalhamento) com o endotélio reconstrução física dos vasos – ocorre por exemplo em
(como quando o fluxo está aumentado), ocorre liberação de tecidos muito ativos, com necessidades metabólicas
NO para relaxar os vasos. NO também é liberado em
aumentadas. Nesses tecidos, a longo prazo, há o
resposta à vasoconstritores como a angiotensina II, para crescimento de mais vasos sanguíneos pra suprir as
prevenir vasoconstrição excessiva. Atua principalmente necessidades locais. Tal fenômeno é denominado
nas pequenas artérias proximais. Quando as células angiogênese (também pode ocorrer para compensar a
endoteliais são danificadas por hipertensão crônica ou baixa disponibilidade de oxigênio em altitudes elevadas).
aterosclerose, a síntese comprometida de NO pode Ou então se o metabolismo diminui, a vascularização
contribuir para a vasoconstrição excessiva e piora da também diminui; esse processo inverso (degeneração de
hipertensão e dano endotelial, podendo causar problemas vasos) pode ocorrer em situações com oferta aumentada
para tecidos como coração, rins e cérebro. de oxigênio (bebês prematuros mantidos em tendas de
oxigênio, nos quais ocorre interrupção do crescimento dos
vasos da retina e até degeneração de alguns – a diminuição
na oferta de oxigênio quando esses bebês são retirados das
tendas provoca angiogênese tão grande na retina que pode
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levar à cegueira). O grau de resposta é maior nos tecidos


jovens do que nos envelhecidos.
Fatores de crescimento endotelial (angiogênicos): fator de
crescimento do endotélio vascular (FCEV), fator de
crescimento de fibroblastos e angiogenina – fazem com
que novos vasos brotem de outros pequenos. Hormônios
esteroides, angiostatina e endostatina exercem o efeito
oposto (desaparecimento de vasos) assim, podem
desaparecer se necessário.
Vascularização é determinada pelo nível máximo de fluxo
sanguíneo necessário: ex. durante exercício físico
intenso, a necessidade corporal aumenta e, mesmo que
por só alguns minutos a cada dia, essa curta necessidade
faz com que quantidade suficiente de FCEV seja formada
pelos músculos para aumentar a vascularização até os
níveis necessários. Após o desenvolvimento de
vascularização adicional, os novos vasos permanecem
contraídos só se abrindo pra permitir o fluxo extra
quando há estimulo local.

DESENVOLVIMENTO DE CIRCULAÇÃO COLATERAL


Corresponde ao desenvolvimento de novos vasos ao
redor de um vaso obstruído. Ex.: desenvolvimento de
vasos sanguíneos colaterais no coração após a trombose
de um ramo das artérias coronárias. Os vasos colaterais
continuam a crescer por muitos meses após o bloqueio,
formando quase sempre pequenos canais colaterais
múltiplos, em vez de grande vaso único (em repouso o
fluxo sanguíneo é próximo ao normal, porém raramente
ficam suficientemente grandes para suprir o necessário no
exercício físico).

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