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CURSO DE ENFERMAGEM
Professora Adjunto II
Pós-doutorado em Biociências em andamento (UERJ -2023)
Pós-doutorado em Biociências (UERJ)
Mestre e Doutora em Biologia Humana e Experimental (UERJ)
Especialista em Geriatria e Gerontologia (UERJ)
Graduada em Fisioterapia (FADBA)
larissa.alexsandra@hotmail.com
ROTEIRO DE AULA
Capítulo 15
VISÃO GERAL DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
VASOS SANGUÍNEOS
O músculo liso dos vasos sanguíneos é conhecido como músculo liso vascular. A maioria dos vasos sanguíneos
possui músculo liso, arranjado em camadas circulares ou espirais. A vasoconstrição estreita o diâmetro do lúmen
vascular, e a vasodilatação o alarga.
Na maioria dos vasos sanguíneos, as células musculares lisas mantêm sempre um estado de contração parcial,
criando a condição denominada tônus muscular.
A aorta e as grandes artérias são caracterizadas por terem paredes que são rígidas e elásticas. As artérias têm uma
camada espessa de músculo liso e grande quantidade de tecido conectivo fibroso e elástico.
As artérias e arteríolas são caracterizadas por um padrão divergente de fluxo sanguíneo. Quando as grandes artérias
se dividem em artérias cada vez menores, a característica da parede muda, tornando-se menos elástica e mais
muscular.
Os capilares são os menores vasos do sistema circulatório. Eles são o principal local de troca entre o sangue
e o líquido intersticial.
A contração ventricular é a força que cria o fluxo sanguíneo através do sistema circulatório. Como o sangue
sob pressão é ejetado a partir do ventrículo esquerdo, a aorta e as artérias expandem-se para acomodá-lo.
PRESSÃO ARTERIAL
O fluxo sanguíneo obedece a regras do fluxo de fluidos. O fluxo é diretamente proporcional ao gradiente de
pressão entre dois pontos quaisquer, e é inversamente proporcional à resistência dos vasos ao fluxo.
PRESSÃO ARTERIAL
A PRESSÃO ARTERIAL É MAIOR NAS ARTÉRIAS E MENOR NAS VEIAS
Se o volume sanguíneo aumenta, a pressão arterial aumenta. Quando o volume sanguíneo diminui, a
pressão arterial diminui.
Pequenos aumentos no volume sanguíneo ocorrem durante o dia, devido à ingestão de alimentos e líquidos,
contudo, em geral, esses aumentos não geram mudanças duradouras na pressão sanguínea, devido às
compensações homeostáticas.
Ajustes ao volume sanguíneo aumentado são de responsabilidade dos rins. Se o volume sanguíneo aumenta,
os rins restabelecem o volume normal por excretar o excesso de água na urina.
PRESSÃO ARTERIAL
ALTERAÇÕES NO VOLUME SANGUÍNEO AFETAM A PRESSÃO ARTERIAL
RESISTÊNCIA NAS ARTERÍOLAS
A resistência periférica é um dos dois principais fatores que influenciam a pressão arterial. De acordo com a lei
de Poiseuille, a resistência ao fluxo sanguíneo (R) é diretamente proporcional ao comprimento do tubo por
onde o fluído passa (L) e à viscosidade () do fluido, e inversamente proporcional à quarta potência do
raio do tubo (r).
A resistência nas arteríolas é variável devido à grande quantidade de músculo liso nas paredes arteriolares.
Quando o músculo liso contrai ou relaxa, o raio das arteríolas muda.
RESISTÊNCIA NAS ARTERÍOLAS
RESISTÊNCIA NAS ARTERÍOLAS
A resistência arteriolar é influenciada por mecanismos de controle sistêmico e por controle local:
1. O controle local da resistência arteriolar ajusta o fluxo sanguíneo no tecido às necessidades metabólicas
deste. No coração e no músculo esquelético, esse controle local muitas vezes têm prioridade sobre o controle
reflexo realizado pelo sistema nervoso central.
2. Os reflexos simpáticos mediados pelo sistema nervoso central mantêm a PAM e controlam a distribuição
sanguínea de acordo com determinadas necessidades homeostáticas, como a regulação da temperatura.
3. Os hormônios – particularmente aqueles que regulam a excreção de sal e água pelos rins – influenciam a
pressão arterial por atuarem diretamente nas arteríolas, alterando o controle reflexo autonômico.
RESISTÊNCIA NAS ARTERÍOLAS – CONTROLE LOCAL
O controle local é uma estratégia importante pela qual os tecidos individuais regulam seu próprio
suprimento sanguíneo. Em um tecido, o fluxo sanguíneo para capilares individuais pode ser regulado pelos
esfincteres pré-capilares. Quando estes pequenos feixes de músculo liso nas junções metarteríola capilar se
contraem, eles restringem o fluxo sanguíneo para os capilares
RESISTÊNCIA NAS ARTERÍOLAS – CONTROLE LOCAL
HIPEREMIA ATIVA
Baixo O2
Alto CO2
RESISTÊNCIA NAS ARTERÍOLAS – CONTROLE LOCAL
HIPEREMIA REATIVA
RESISTÊNCIA NAS ARTERÍOLAS – DIVISÃO SIMPÁTICA
DISTRIBUIÇÃO DE SANGUE PARA OS TECIDOS
O sistema nervoso central coordena o controle reflexo da pressão arterial e a distribuição de sangue aos tecidos. O
principal centro integrador situa-se no bulbo. Pela complexidade das redes neurais envolvidas no controle
cardiovascular, nos referiremos à rede do SNC como centro de controle cardiovascular (CCC).
A principal função do centro de controle cardiovascular é garantir fluxo sanguíneo adequado ao encéfalo e ao
coração, mantendo uma pressão arterial média suficiente. Contudo, o CCC também recebe influências de
outras partes do encéfalo e tem capacidade para alterar a função de alguns órgãos ou tecidos, sem alterar a
função de outros.
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR
O REFLEXO BARORRECEPTOR CONTROLA A PRESSÃO ARTERIAL
A principal via reflexa para o controle homeostático da pressão arterial média é o reflexo barorreceptor.
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR
O REFLEXO BARORRECEPTOR CONTROLA A PRESSÃO ARTERIAL
TROCA NOS CAPILARES
O transporte de materiais pelo corpo é somente parte da função do sistema circulatório. Uma vez que o sangue
alcança os capilares, o plasma e as células trocam materiais através das finas paredes dos capilares. A
maioria das células está localizada a uma distância de 0,1 mm do capilar mais próximo, e a difusão ocorre
rapidamente através dessa pequena distância.
A densidade de capilares em qualquer tecido está diretamente relacionada à atividade metabólica das células do
tecido. Tecidos com maior taxa metabólica requerem mais oxigênio e nutrientes. Esses tecidos têm mais
capilares por unidade de área.
Os fatores de risco são, em geral, divididos nos que podem e nos que não podem ser controlados. Os fatores
de risco que não podem ser controlados incluem o sexo, a idade e a história familiar de DCV.
Os fatores de risco que podem ser controlados incluem tabagismo, obesidade, sedentarismo e hipertensão não
tratada.
DOENÇA CARDIOVASCULAR
A ATEROSCLEROSE É UM PROCESSO INFLAMATÓRIO
O papel dos níveis elevados de colesterol no sangue no desenvolvimento da aterosclerose está bem estabelecido.
O colesterol, assim como outros lipídeos, não é muito solúvel em soluções aquosas, como o plasma. Por essa
razão, quando o colesterol da dieta é absorvido pelo trato digestório, ele combina-se com lipoproteínas, que o
tornam mais solúvel.
Os médicos geralmente se preocupam com duas destas lipoproteínas: complexos de colesterol lipoproteína de
alta densidade (C-HDL) e complexos de colesterol lipoproteína de baixa densidade (C-LDL). O C-HDL é a
forma mais desejável de colesterol no sangue, pois altos níveis de HDL estão associados com menor risco de
doença coronariana.
DOENÇA CARDIOVASCULAR
A ATEROSCLEROSE É UM PROCESSO INFLAMATÓRIO
Algumas vezes, o C-LDL é chamado de colesterol “ruim”, uma vez que os níveis plasmáticos elevados de C-LDL
estão associados à doença cardíaca coronariana. Entretanto, níveis normais de C-LDL não são ruins, pois o LDL é
necessário para o transporte de colesterol para dentro das células.
Embora o LDL seja necessário para a captação celular de colesterol, níveis plasmáticos excessivos de C-LDL
levam à aterosclerose.
DOENÇA CARDIOVASCULAR
A ATEROSCLEROSE É UM PROCESSO INFLAMATÓRIO
DOENÇA CARDIOVASCULAR
A ATEROSCLEROSE É UM PROCESSO INFLAMATÓRIO
DOENÇA CARDIOVASCULAR
A HIPERTENSÃO REPRESENTA UMA FALHA NA HOMEOSTASIA
Um fator de risco controlável para a doença cardiovascular é a hipertensão pressão arterial cronicamente
elevada, com pressões sistólicas maiores que 140 mmHg ou pressões diastólicas maiores que 90 mmHg.
Mais de 90% de todos os pacientes com hipertensão são considerados como tendo hipertensão essencial (ou
primária), com nenhuma causa bem definida além da hereditariedade. O débito cardíaco está geralmente normal
nessas pessoas, e sua elevada pressão arterial parece estar associada ao aumento da resistência periférica.
Alguns pesquisadores têm sugerido que o aumento da resistência pode ser devido à falta de óxido nítrico, um
vasodilatador produzido localmente pelas células endoteliais das arteríolas.
DOENÇA CARDIOVASCULAR
A HIPERTENSÃO REPRESENTA UMA FALHA NA HOMEOSTASIA
A hipertensão é um fator de risco para aterosclerose uma vez que a pressão alta nas artérias danifica o
revestimento endotelial dos vasos e promove a formação de placas ateroscleróticas.