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27/10/23, 11:39 Hipotensão arterial - Distúrbios do coração e dos vasos sanguíneos - Manual MSD Versão Saúde para a Família

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MANUAL MSD
Versão Saúde para a Família

Hipotensão arterial
(Hipotensão)

Por Levi D. Procter , MD, Virginia Commonwealth University School of Medicine


Revisado/Corrigido: jun 2022

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27/10/23, 11:39 Hipotensão arterial - Distúrbios do coração e dos vasos sanguíneos - Manual MSD Versão Saúde para a Família

A hipotensão arterial ocorre quando a pressão arterial cai a ponto de provocar sintomas como tonturas e desmaios. Uma pressão
arterial muito baixa pode causar danos a órgãos, um processo chamado choque.

Inúmeros medicamentos e doenças podem afetar o sistema de manutenção da pressão arterial do corpo.

Quando a pressão arterial está muito baixa, o cérebro funciona mal e podem ocorrer desmaios.
Normalmente, o corpo mantém a pressão do sangue nas artérias situada em um intervalo limitado. Quando a pressão arterial
está muito alta, os órgãos e vasos sanguíneos podem ser danificados. A pressão arterial elevada pode até mesmo causar
ruptura de um vaso sanguíneo e levar à hemorragia ou outras complicações.

Quando a pressão arterial é muito baixa, não chega uma quantidade suficiente de sangue a todas as partes do corpo. Assim,
as células não recebem oxigênio e nutrientes suficientes e os resíduos não são eliminados da forma adequada. Por isso, os
órgãos e as células afetadas em seu interior começam a funcionar mal. A pressão arterial muito baixa pode ser fatal, já que
pode provocar choque, pois a falta de fluxo sanguíneo causa danos aos órgãos.

Pessoas saudáveis com pressão arterial baixa, mas ainda dentro dos limites normais (quando medida em repouso), tendem a
viver mais tempo do que pessoas com pressão arterial que esteja na extremidade alta do normal.

O corpo conta com vários mecanismos para normalizar a pressão arterial após ela aumentar ou diminuir durante as atividades
normais, como exercício físico ou sono. Estes envolvem

Alteração do diâmetro das artérias pequenas (arteríolas) e, em menor grau, das veias

Alteração do volume de sangue bombeado do coração para o corpo (débito cardíaco)

Alteração do volume de sangue nos vasos sanguíneos

Alteração da posição do corpo

Alteração do diâmetro das arteríolas e veias


O tecido muscular (chamado músculo liso) dentro das paredes das arteríolas permite que esses vasos sanguíneos se alarguem
(dilatem) ou estreitem (contraiam). Quanto mais contraídas as arteríolas, maior sua resistência ao fluxo sanguíneo e mais
elevada a pressão arterial. A constrição das arteríolas aumenta a pressão arterial, pois mais pressão é necessária para forçar o
sangue através de um espaço mais estreito. Do mesmo modo, a dilatação das arteríolas diminui a resistência ao fluxo
sanguíneo, baixando, assim, a pressão arterial. O nível de constrição ou dilatação das arteríolas é afetado por

Nervos que contraem o músculo liso nas arteríolas reduzindo, assim, seu diâmetro

Hormônios que são produzidos principalmente pelos rins

Certos medicamentos

As veias também desempenham um papel no controle da pressão arterial, embora seu efeito na pressão arterial seja muito
menor do que o das arteríolas. As veias se dilatam e contraem para modificar a quantidade de sangue que podem armazenar
(capacidade). Quando as veias se contraem, sua capacidade de armazenar sangue é reduzida, o que permite que uma
quantidade maior de sangue retorne ao coração, de onde será bombeado para as artérias. Consequentemente, a pressão
arterial aumenta. Por outro lado, quando as veias se dilatam, sua capacidade de armazenar sangue aumenta e menos sangue
retorna ao coração. Consequentemente, a pressão arterial diminui.

Alteração do débito cardíaco


Quanto mais sangue for bombeado por minuto pelo coração (ou seja, quanto maior a vazão cardíaca), maior é a pressão
arterial, desde que a largura das artérias se mantenha constante. A quantidade de sangue bombeada durante cada batimento
cardíaco pode ser afetada pelo seguinte:

Velocidade com que o coração está batendo

Força com que o coração se contrai

Volume de sangue que chega das veias ao coração

Pressão contra a qual o coração tem que bombear sangue nas artérias

Até que ponto as válvulas cardíacas deixam o sangue sair e previnem seu refluxo

Alteração do volume de sangue


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Alteração do volume de sangue
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Quanto maior for o volume de sangue nas artérias, maior será a pressão arterial, desde que a largura das artérias permaneça
constante. O volume de sangue nas artérias é afetado pelo seguinte

Quantidade de líquido que há no corpo (hidratação)

Se as artérias muito pequenas deixam vazar líquidos (por exemplo, se os níveis de proteína no sangue forem muito
baixos e/ou houver dano no interior da parede das artérias pequenas, haverá vazamento de líquido delas para os
tecidos)

Quanto líquido os rins eliminam do sangue para excretar na urina

Certos medicamentos, principalmente diuréticos (medicamentos que ajudam os rins a remover a água do corpo)

Alteração da posição do corpo


A pressão arterial pode variar no corpo todo devido à ação direta da gravidade. Quando uma pessoa está de pé, a pressão
arterial é mais alta nas pernas do que na cabeça, de forma muito semelhante à forma como a pressão da água no fundo de
uma piscina é maior do que a da superfície. Quando a pessoa se deita, a pressão arterial tende a se igualar no corpo todo.

Quando a pessoa se levanta, o sangue nas veias das pernas tem mais dificuldade de voltar ao coração. Como resultado, o
coração tem menos sangue para bombear, e a pressão arterial pode cair temporariamente no corpo todo. Quando a pessoa
se senta ou se deita, o sangue pode voltar mais facilmente para o coração e o débito cardíaco e a pressão arterial podem
aumentar. Elevar as pernas acima da altura do coração pode aumentar o retorno de sangue ao coração, o que aumenta o
débito cardíaco e aumenta a pressão arterial.

Monitoramento e controle da pressão arterial


Barorreceptores são células especializadas localizadas nas artérias que atuam como sensores da pressão arterial. Os
receptores localizados nas grandes artérias do pescoço e do tórax são especialmente importantes. Quando os
barorreceptores detectam uma alteração na pressão arterial, eles desencadeiam uma reação do corpo para manter uma
pressão arterial constante. Os nervos transportam sinais desses sensores e do cérebro para

O coração, que recebe sinais para alterar a frequência e a intensidade dos batimentos cardíacos (alterando, assim, a
quantidade de sangue bombeado). Essa alteração é uma das primeiras a ocorrer e corrige rapidamente a hipotensão
arterial.

As arteríolas, que recebem sinais para se contrair ou se dilatar (alterando, assim, a resistência dos vasos sanguíneos).

As veias, que recebem sinais para se contrair ou se dilatar (alterando, assim, sua capacidade de retenção de sangue).

Os rins, que recebem o sinal para mudar a quantidade de líquido excretada (alterando, assim, o volume de sangue nos
vasos sanguíneos) e para mudar a quantidade de hormônios que produzem (sinalizando, assim, as arteríolas para que
se contraiam ou dilatem e alterem o volume de sangue). Esta alteração demora muito para produzir resultados e, por
isso, é o mecanismo mais lento para a forma como o corpo controla a pressão arterial.
Por exemplo, quando uma pessoa está com sangramento, o volume sanguíneo diminui, o que também reduz a pressão
arterial. Nesses casos, os sensores ativam vários processos para evitar que a pressão arterial diminua muito:

A frequência cardíaca aumenta e o coração bate com mais força a cada contração, aumentando a quantidade de sangue
bombeado

As veias se contraem, reduzindo sua capacidade de reter sangue em partes menos importantes do corpo

As arteríolas se contraem, aumentando sua resistência ao fluxo sanguíneo


Se a hemorragia for interrompida, os líquidos restantes do corpo movem-se para os vasos sanguíneos para iniciar o
restabelecimento do volume sanguíneo e, consequentemente, da pressão arterial. Os rins diminuem sua produção de urina.
Isso contribui para que o corpo retenha a maior quantidade de líquido possível para retornar aos vasos sanguíneos.
Finalmente, a medula óssea e o baço produzem novas células sanguíneas e o volume sanguíneo é totalmente restabelecido.

Ainda assim, há limitações nas formas pelas quais o corpo consegue monitorar e controlar a pressão arterial. Por exemplo, se
uma pessoa perder muito sangue rapidamente, o corpo pode não compensar a perda com rapidez suficiente, a pressão
arterial pode cair e os órgãos podem começar a apresentar falência (choque).

Além disso, à medida que envelhecemos, o corpo responde de forma mais lenta às alterações da pressão arterial.

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Causas de hipotensão arterial


Normalmente, a hipotensão arterial resulta de um ou mais dos seguintes:

Dilatação das artérias pequenas (arteríolas)

Certos distúrbios cardíacos

Volume de sangue muito reduzido


A dilatação das arteríolas pode ser causada por

Toxinas produzidas por bactérias durante certas infecções bacterianas graves (choque séptico, choque tóxico)

Certos medicamentos

Lesões da medula espinhal, nas quais os nervos que causam a contração das arteríolas são danificados

Reações alérgicas (anafilaxia)

Certas doenças endócrinas, como insuficiência adrenal

Os diversos distúrbios cardíacos que prejudicam a capacidade de bombeamento do coração e reduzem o débito cardíaco
incluem

Ataque cardíaco (infarto do miocárdio)

Valvulopatia

Batimentos cardíacos extremamente rápidos (taquicardia)

Batimentos cardíacos muito lentos (bradicardia)

Ritmo cardíaco anormal (arritmia)

O volume de sangue muito reduzido no corpo pode ser causado por

Desidratação

Hemorragia

Uma doença renal


Também ocorre hipotensão arterial quando os nervos que conduzem sinais entre o cérebro e o coração e os vasos sanguíneos
são danificados por distúrbios neurológicos chamados neuropatias vegetativas.

Quando uma pessoa se move rapidamente de uma posição sentada para uma posição de pé, a pressão arterial nos vasos
sanguíneos para o cérebro diminui, resultando em uma sensação temporária de vertigem ou desmaio. Isso é chamado
hipotensão ortostática. Ela pode ser mais pronunciada em pessoas que estão desidratadas, quentes (por exemplo, ao sair de
um banho quente), que têm certas doenças ou que ficaram deitadas ou sentadas por muito tempo. A hipotensão ortostática
pode até mesmo causar desmaio. Na maioria das pessoas, o corpo age rapidamente para aumentar a pressão arterial e
impedir que a pessoa desmaie.

Sintomas de hipotensão arterial


Quando a pressão arterial se encontra muito baixa, o primeiro órgão cujo funcionamento é atingido geralmente é o cérebro. O
cérebro passa a funcionar mal em primeiro lugar porque está localizado na parte superior do corpo e o fluxo sanguíneo
precisa vencer a gravidade para chegar ao cérebro. Por isso, a maioria das pessoas com hipotensão arterial sente tonturas ou
sensação de desmaio iminente, principalmente quando estão em pé e algumas podem chegar a desmaiar. Quando desmaiam,
as pessoas geralmente caem no chão, em geral com o cérebro ao nível do coração. Como resultado, o sangue pode fluir para o
cérebro sem ter de vencer a gravidade e o fluxo sanguíneo para o cérebro aumenta, ajudando a protegê-lo de lesões. No
entanto, se a pressão arterial estiver muito baixa, ainda há a possibilidade de lesões cerebrais. Além disso, o desmaio pode
resultar em lesões sérias na cabeça ou em outras partes do corpo.

A hipotensão arterial ocasionalmente provoca falta de ar ou dor torácica devido ao fornecimento insuficiente de sangue ao
músculo cardíaco (um quadro clínico chamado angina).
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Todos os órgãos começam a funcionar mal se a pressão arterial se tornar muito baixa e permanecer baixa. Esse quadro clínico
é conhecido como choque.

O distúrbio que provoca a hipotensão arterial pode produzir muitos outros sintomas, que não são causados diretamente pela
hipotensão arterial. Por exemplo, uma infecção pode produzir febre.

Alguns sintomas aparecem quando o corpo tenta aumentar a pressão arterial que está baixa. Por exemplo, quando as
arteríolas se contraem, o fluxo de sangue para a pele, para os pés e para as mãos é reduzido. Essas zonas resfriam-se e
adquirem uma coloração azulada. Quando o coração bate com mais velocidade e mais força, a pessoa pode sentir palpitações
(percepção dos batimentos cardíacos).

Diagnóstico de hipotensão arterial

Medição da pressão arterial

Testes para determinar a causa


O médico mede a pressão arterial e o pulso enquanto a pessoa fica deitada por alguns minutos. Se a pressão arterial não
estiver baixa e a pessoa se sentir bem, o médico pede que ela se levante e mede novamente a pressão arterial assim que ela
se levanta e depois de alguns minutos em pé. Podem ser feitos outros exames para determinar a causa da hipotensão arterial,
como:

Exames de sangue

Eletrocardiograma

Ecocardiograma

Teste de esforço

Testes endócrinos

Teste de inclinação ortostática

Tratamento da hipotensão arterial

Tratamento da causa

Hidratação administrada pela veia (via intravenosa)


Os médicos tratam a causa da pressão arterial baixa. Em geral, também administram hidratação intravenosa se o coração
puder tolerar esse volume adicional.

Dependendo da causa dos sintomas, os médicos podem recomendar o uso de meias de compressão elásticas que cobrem a
panturrilha e a coxa. Isso ajudará a impulsionar o sangue das veias das pernas de volta ao coração.

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