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Os exercícios de fisioterapia para o tratamento de escoliose

A escoliose é uma curvatura acentuada na coluna, com uma aparência de “C” (só
uma curva) ou “S” (mais de uma curva). Sete escolas na Europa usam abordagens
de Exercícios Específicos de Escoliose de Fisioterapia (PSSE) para ter mais sucesso nos
tratamentos.
Cada escola tem um estilo de exercício diferente, são elas: a abordagem de Lyon, da
França; a abordagem Katharina Schroth Asklepios, da Alemanha; a Abordagem do
Exercício Científico à Escoliose (SEAS), da Itália; a abordagem Barcelona Escoliose
Physical Therapy School (BSPTS), da Espanha; a abordagem Dobomed, da Polônia; o
Side Shift Abordagem, do Reino Unido; e, abordagem de terapia individual funcional
da escoliose (FITS), da Polônia.

Ao unir essas práticas, estudadas de maneira eficiente em diferentes países, é


possível proporcionar ao paciente um tratamento personalizado e eficiente. Durante o
tratamento, os fisioterapeutas incluem técnicas de reforço para gerar um novo
aprendizado para aquela postura. Com a repetição diária desses exercícios, a curvatura
pode ser estabilizada ou até levar uma regressão do grau, dependendo de cada caso.

Trabalhando o corpo e reprogramando o cérebro


Os exercícios de fisioterapia para o tratamento de escoliose são um trabalho de
controle motor que vão proporcionar ao paciente um novo aprendizado daquela postura.
Os exercícios proporcionam à pessoa mais noção sobre o próprio corpo e uma facilidade
em reorganizar a coluna. Mais do que trabalhar o corpo, é reprogramar o cérebro para
que a pessoa consiga corrigir a sua postura sem ficar pensando nisso.

Como a escoliose é um déficit do sistema nervoso central, se você só trabalhar o


músculo, o cérebro fica esquecido. A ideia com a prática desses exercícios
desenvolvidos pelas escolas europeias é ajudar a tratar o cérebro para tratar a coluna.
Assim, com as repetições diárias de cada uma das séries, ele irá entender que o reto é
reto, e que o torto é torto.

Entendendo o processo de avaliação e tratamento

Primeiramente o paciente irá passar por uma avaliação detalhada e


específica. Desde a realização de exames de radiografia a testes posturais e com
instrumentos. Esse primeiro passo é fundamental para entender a gravidade da curvatura
e quais exercícios serão mais eficientes no tratamento da escoliose.

Após essa análise, o tratamento individual é iniciado com base nas evidências
científicas das sete escolas (SOSORT). Estudos recentes mostram que este tipo de
tratamento é completamente eficiente nos casos de escoliose idiopática do adolescente
com curvas leves ou moderadas.

O terceiro passo do tratamento consiste na filmagem da série de exercícios. Um


protocolo exclusivo para que o paciente reproduza, diariamente em casa, por cerca de
30 minutos, os exercícios que serão fundamentais para o fortalecimento da coluna e a
reprogramação do cérebro.
O tratamento com exercícios de fisioterapia funciona para adultos?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 6 milhões de


brasileiros, especialmente os adolescentes, possuem escoliose. A doença costuma
aparecer por volta dos 10 aos 14 anos, principalmente em garotas. Como é uma
patologia progressiva, todo cuidado é necessário para estabilizar a curvatura.

Pacientes adultos que sofrem com o problema também não precisam recorrer
apenas à cirurgia para se livrar deste incômodo. O uso de exercícios de terapia, após
alguns estudos realizados por renomadas universidades, é eficaz para amenizar o quadro
de escoliose dessas pessoas. Como cada caso tem uma série personalizada de atividades,
elas se adaptam com atividades da rotina de cada paciente, gerando melhorias na
escoliose após pelo menos um ano de tratamento.

Escoliose nas diferentes faixas etárias

A escoliose é uma doença fácil de ser diagnosticada, já que consiste no


encurvamento anormal da coluna vertebral. Em poucos minutos alguns exames clínicos,
feitos por fisioterapeutas, pode-se identificar as curvaturas em “s” ou “c”. Outras
avaliações, como o teste Adams, podem ainda ser feitas em casa, pelos pais que
desconfiam que seus filhos sofrem com o problema.

O mais importante de se destacar é que esta é uma doença que sofre uma
progressão ao longo do tempo, sendo assim, quanto antes o problema for descoberto,
mais fácil se torna de reduzir o grau da escoliose.

É possível ter escoliose em qualquer idade?


Sim! Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) indicam que cerca de 6
milhões de brasileiros têm uma curvatura significativa de escoliose. Só no estado de São
Paulo, de acordo com uma pesquisa feita pela Faculdade de Medicina da USP, pelo
menos entre 1,5% e 2% da população tem escoliose. A escoliose pode começar apontas
os primeiros sinais desde muito cedo. Sendo assim, ela pode ser dividida entre quatro
fases:

 Infantil: do 0 aos 3 anos de idade


 Juvenil: dos 3 aos 9 anos de idade
 Adolescente: dos 10 aos 18 anos de idade
 Adulto: após os 18 anos de idade

Apesar de existirem outros tipos de escoliose, a idiopática, aquela em que não se sabe
ao certo qual a causa da doença, é a mais comum entre os pacientes e acomete cerca de
80% dos casos.
A escoliose na infância

Apesar de ser um pouco rara nesta faixa etária, a escoliose congênita é a mais
comum na infância. Isso porque ela costuma estar diretamente relacionada a má
formação da estrutura vertebral durante a gestação ou em recém-nascidos.

A escoliose na adolescência

A escoliose é muito comum na adolescência. Uma pesquisa feita pela Faculdade


de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), na região metropolitana de
Campinas, entre 2012 e 2015, mais de 24 mil adolescentes têm escoliose. O trabalho
preventivo nesta fase é fundamental para evitar problemas mais agressivos no futuro
como a cirurgia ou também a incapacidade do paciente.

Para isso, cada um dos pacientes passa por uma avaliação individual e
específica, que, de acordo com o ângulo da anomalia, resulta em tratamentos compostos
por exercícios fisioterapêuticos ou, em casos que já são mais avançados, com os
exercícios atrelados ao uso de coletes ortopédicos.

A escoliose na fase adulta


A escoliose na vida adulta gera diversas complicações. Isso porque, em muitos
casos, a curvatura já é um caso avançado que não foi tratado adequadamente durante a
adolescência. Os afazeres diários começam a ficar cada vez mais difíceis de serem
realizados, desde as tarefas domésticas até ficar em pé o dia todo para atender clientes
ou se manter em uma cadeira de escritório o dia todo.

Com as curvas cada vez mais acentuadas, as dores ficam mais frequentes e as
alterações da postura da coluna passa a ficar ainda mais evidente. O problema é ainda
pior para mulheres que desejam engravidar. Já que durante a gestação, o crescimento do
útero e do bebê podem pressionar o diafragma, dificultando a respiração, além de causar
ainda mais dores nas costas.

Assim nas crianças como nos adolescentes, os exercícios baseados em


evidências tem forte efetividade nos adultos. Eles contribuem não só para a estabilidade
da curvatura, como no fortalecimento dos músculos da coluna vertebral e até regressão
em alguns casos.
Aposte na prevenção: conheça o Instituto Escoliose
Brasil
Localizada em Campinas, a Sede Escoliose Brasil está de portas abertas para proporcionar a melhor
experiência em atendimento, diagnóstico e tratamento de escoliose.

Mestre em Ciências da Reabilitação pela USP e fundador da Escoliose Brasil, o fisioterapeuta


Rodrigo Andrade e a sua equipe multidisciplinar especializada estão preparados para ajudá-lo a
reduzir o seu problema na coluna de maneira específica para o seu caso.

Entre em contato e faça uma avaliação. Quanto antes você iniciar os procedimentos e cuidados para
a escoliose, mais chances terá de minimizar os impactos deste problema tão incômodo.

Tudo sobre Escoliose / Por Dr. Rodrigo Andrade


Tudo sobre Escoliose / Por Dr. Rodrigo Andrade

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