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Radiação: o que é, tipos e


uso na medicina

A radiação é um assunto comum e que muita


gente tem referências. Porém, apesar de saber
que, em grande escala, é uma forma de
emissão/transmissão de energia que pode ser
tóxica para nossa saúde, muitas pessoas não
sabem como ela funciona.

A radiação é utilizada na medicina para realizar


diagnósticos e também no tratamento de
algumas doenças. Já para a indústria ela é
utilizada para geração de energia.

Por possuir tão ampla utilização é fundamental


compreender como ela funciona, em quais
formas e quantidades ela é aceitável, o que
acontece ao entrar em contato com a radiação,
dentre outros fatores.

Se você quer saber mais sobre o assunto,


então continue lendo este conteúdo.

Índice
1. O que é
2. Tipos
3. Uso de radiação na medicina
4. Diferenças entre medicina nuclear e
radiologia
5. Exames que utilizam radiação
6. Malefícios
7. Sintomas

1. O que é
Radiação é um processo físico de emissão e
deslocamento de energia através de partículas
ou por meio de ondas eletromagnéticas.

A radiação pode acontecer no meio material


ou no espaço. Isto é, ela pode ser gerada por
fontes naturais ou por aparelhos construídos
pelo homem.

A radiação natural acontece espontaneamente


e não tem origem por tecnologia humana. A
radiação nuclear é um belo exemplo disso, pois
parte do interior do núcleo de um átomo
instável.

Esses elementos podem ser achados em


rochas ou sedimentos. A radiação cósmica
também é natural e se origina por conta das
explosões do sol e de estrelas.

Alguns dos tipos de radiações mais comuns


são:

Alfa;
Beta;
Gama;
Raio X;
Ultravioleta;
Luz visível;
Ondas de rádio;
Infravermelha;
Micro-ondas.

2. Tipos
manuseando um tipo de radiação

Existem dois tipos de radiação que foram


classi!cadas: as ionizantes e as não ionizantes.

Ionizantes são as radiações que, ao entrarem


em contato com os átomos, fazem com que
haja reorganização dos elétrons nas suas
órbitas.

Esse tipo de radiação pode gerar uma


movimentação de átomos, fazendo com que
de forma temporária ou não, haja uma
mudança na estrutura das moléculas.

As radiações ionizantes são: alfa, beta e gama.

Não ionizantes são radiações que não retiram


os elétrons de órbita de seus átomos.

Por consequência, acabam não gerando


também modi!cações nas estruturas das
moléculas.

Como exemplo de radiação não ionizante,


estão: infravermelha, microondas, luz visível,
ultravioleta e ondas de rádio.

3. Uso de radiação na
medicina
Apesar de ser nociva se utilizada de forma
negligente, na medicina ela é cuidadosamente
usada de forma segura para realizar
diagnósticos e até mesmo como parte do
tratamento de algumas doenças.

Na radiologia, a radiação é utilizada para


realização diagnóstica nos exames de
radiogra!as, tomogra!as e mamogra!as.

Temos, também, a radiologia intervencionista


que pode usar das tomogra!as para realização
de procedimentos minimamente invasivos
tanto para fazer diagnóstico quanto para
tratamentos.

Há, ainda, a medicina nuclear, que usa alguns


marcadores para o diagnóstico ou para o
tratamento de algumas enfermidades.

E, não podemos esquecer da radioterapia no


tratamento do câncer.

4. Diferenças entre
medicina nuclear e
radiologia
A radiologia e a medicina nuclear são
especialidades médicas distintas.

Na prática de ambas há o uso da radiação,


porém de forma completamente diferente.

A radiologia se baseia na aquisição de imagens


através do raio X e sua interpretação, com !ns
diagnósticos e terapêuticos.

Ela não se restringe apenas à medicina


humana, tem uso na odontologia, medicina
veterinária e forense.

A medicina nuclear é uma especialidade


médica que faz uso de materiais radioativos
com objetivo diagnóstico e terapêutico.

Os médicos usam pequenas quantidades de


substâncias radioativas (radiofármacos) como
meio para acessar o funcionamento dos
órgãos e tecidos no paciente, realizando
imagens, diagnósticos e, também, tratamentos.

5. Exames que utilizam


radiação
Os exames que fazem uso da radiação na
radiologia são:

Radiogra!a: utiliza o raio x para produzir


imagens do corpo. É o método mais
antigo e mais aplicado para diagnóstico
por imagem na medicina;
Tomogra!a computadorizada: também
utiliza o raio x para formação das
imagens, porém através de aparelhos que
fazem diversas imagens para que possa
avaliar como as diferentes estruturas
interagem com o raio x podendo até
mesmo formar imagens 3D;
Mamogra!a: Usa-se raio x para observar
possíveis alterações no tecido mamário.

6. Malefícios
A radiação quando usada de forma desregrada
pode gerar alguns malefícios.

As radiações ionizantes quando em contato


com tecido vivo gera radicais livres que
interferem na função celular levando a
mutações no seu DNA ou até mesmo sua
morte.

Nós sabemos que esses efeitos celulares são


dependentes da dose e do tempo de
exposição.

Na medicina há protocolos bem estabelecidos


para que se evite seus efeitos deletérios.

7. Sintomas
Nos seres humanos, quando há exposição
aguda à altas doses de radiação, o paciente
pode desenvolver uma síndrome clínica que
possui como sintomas:

Náuseas;
Vômitos;
Diarreias;
Febre;
Dor de cabeça;
Queimaduras no corpo;
Mudança de produção de sangue;
Queda de imunidade.

A longo prazo, essa exposição aumenta o risco


de desenvolver alguns tipos de câncer e
diminuir a fertilidade, por isso há
regulamentações para que façamos o uso
seguro dela.

Referências para leitura

Okuno, Emico. Radiação: efeitos, riscos e


benefícios. O!cina de Textos, 2018.
Yoshimura, Elisabeth Mateus. “Física das
Radiações: interação da radiação com a
matéria.” Revista Brasileira de Física
Médica 3.1 (2009): 57-67.
da Silva, André Coelho. “AS RADIAÇÕES
NA MEDICINA: O QUE DIZEM LIVROS
DIDÁTICOS DE FÍSICA DO ENSINO
MÉDIO?.” Investigações em Ensino de
Ciências 24.3 (2019): 222-243.
Cuperschmid, Ethel M., and Tarcisio PR
Campos. “Os primórdios das radiações na
medicina no Brasil.” Programa de Pós-
Graduação em Ciências Técnicas
Nucleares. Santos, SP: INAC (2005).
Cardoso, Eliezer de Moura. “Aplicações da
energia nuclear.” (2008).

Por Dr. Douglas Khalil | Radiologia

Autor

Dr. Douglas Khalil

Médico (CRM-SP 195.490) formado pela


Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), com graduação sanduíche na
University of Wisconsin - Madison (EUA).
Cirurgião geral pelo Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE). Residente de radiologia e
diagnóstico por imagem pelo Instituto de
Radiologia da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (InRad - FMUSP).

Leia também:
 Inteligência arti!cial na medicina

 Diagnóstico: o que é, suas etapas e como é


feito

 Big Data na Saúde: a importância de


entender essa tecnologia

 Câncer de próstata: o que é, sintomas e


tratamento

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