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Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 1

Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 2

COLÉGIO PEDRO II
CAMPUS TIJUCA II
OSCAR HALAC
Reitor
JESEN BAPTISTA DOS SANTOS JUNIOR
Diretor Geral do Campus Tijuca II
ELIANA MYRA DE MORAES SOARES
Pró-Reitora de Ensino
ANNA CRISTINA CARDOZO DA FONSECA
Coordenação Geral de Departamento Pedagógico de Educação Musical
NIÁGARA DA CRUZ VIEIRA
Coordenadora de Educação Musical

ORGANIZAÇÃO (2014):
Profª. Vanessa Weber de Castro
REVISÃO (2021):
Profaª. Niágara da Cruz Vieira

COLABORAÇÃO:
Profª. Vanessa Weber de Castro
Profª Tânia Márcia de Moura Fé Saione

Baseada nas apostilas tradicionalmente organizadas pela Profª Maria Emília de Souza

É proibida a duplicação ou reprodução


desta apostila, ou de partes da mesma, sob
quaisquer formas ou por quaisquer meios
(eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia,
ou outros), sem permissão expressa da
Equipe de Educação Musical do Campus
Tijuca II do Colégio Pedro II.
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ÍNDICE
Capítulo 1: Revisão.................................................................................................................... 1
Parâmetros do som: altura, intensidade, duração e timbre................................................. 1
Elementos da escrita musical................................................................................................ 3
Duração dos sons................................................................................................................... 6
Pulso e compasso................................................................................................................... 8
Ligadura................................................................................................................................ 10
Ponto de aumento................................................................................................................ 11
Sinais de repetição: Ritonello e Da Capo.............................................................................. 12
Sinais de expressão: p, f e mp............................................................................................... 12
Exercícios.............................................................................................................................. 13

Capítulo 2: Elementos da escrita musical................................................................................... 17


Notas suplementares............................................................................................................ 17
Exercícios.............................................................................................................................. 18
Sinais de repetição: Ritornelo com casa de 1ª e 2ª vez, Al Segno e Da Capo al Fine......... 20
Sinais de expressão: pp, p, mp, mf, f, ff, cresc., decres., rall. e accell................................ 22
Andamentos: Lento, Moderado e Rápido............................................................................ 23
Alteração de velocidade – os sinais de agógica................................................................... 24
Exercícios.............................................................................................................................. 25
Recordando as regras da Grafia Musical ............................................................................ 26
Exercícios.............................................................................................................................. 27

Capítulo 3: Instrumentos Musicais............................................................................................ 30


Instrumentos de Corda........................................................................................................ 30
Exercícios............................................................................................................................. 35
Instrumentos de Sopro........................................................................................................ 36
Exercícios............................................................................................................................. 41
Instrumentos de Percussão................................................................................................. 42
Exercícios............................................................................................................................. 45
Instrumentos Eletrônicos ................................................................................................... 46
Exercícios............................................................................................................................. 48

Capítulo 4: Conjuntos instrumentais......................................................................................... 50


Orquestra Sinfônica.............................................................................................................. 51
Orquestra de Câmara........................................................................................................... 52
Banda.................................................................................................................................... 53
Banda Sinfônica.................................................................................................................... 53
Conjuntos instrumentais diversos........................................................................................ 54
Bandas de Música Popular................................................................................................... 54
Exercícios.............................................................................................................................. 54
Grupos Instrumentais do Colégio Pedro II........................................................................... 57

Capítulo 5: Vozes..................................................................................................................... 58
Expressar-se com a voz....................................................................................................... 59
Classificação das vozes........................................................................................................ 59
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Extensão e Tessitura............................................................................................................ 60
Vozes Correspondentes....................................................................................................... 60
Exercícios............................................................................................................................. 61

Capítulo 6: Conjuntos Vocais.................................................................................................... 62


Coral..................................................................................................................................... 62
Conjuntos Vocais do Colégio Pedro II.................................................................................. 64
Exercícios.............................................................................................................................. 64

Capítulo 7: História da Música Ocidental.................................................................................. 66


Idade Média......................................................................................................................... 67
Renascimento....................................................................................................................... 69
Exercícios.............................................................................................................................. 72
Barroco ................................................................................................................................ 73
Principais compositores do período Barroco....................................................................... 74
Ópera.................................................................................................................................... 76
Exercícios ............................................................................................................................. 77

Hinário Cívico............................................................................................................................ 79
Hino Nacional Brasileiro....................................................................................................... 79
Hino dos Alunos do Colégio Pedro II.................................................................................... 82
Hino da Independência do Brasil......................................................................................... 85

Atividades extras.................................................................................................................... 88
Atividade 1: Jogo da memória musical: Notas suplementares.......................................... 89
Atividade 2: Jogo da memória musical: família dos instrumentos musicais .................... 90
Atividade 3: Dominó musical: instrumentos de percussão............................................... 92
Atividade 4: Recicle, decore, jogue................................................................................... 94
Atividade 5: Guia de Audição ........................................................................................... 95

Folhas Pautadas...................................................................................................................... 97

Bibliografia............................................................................................................................. 102
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CAPÍTULO 1

REVISÃO...
No 6º ano aprendemos vários conteúdos que nos permitiram compreender melhor
a linguagem musical, apreciar, executar e criar nossas próprias expressões musicais.
Agora que estamos no 7º ano, vamos aprofundar nosso conhecimento sobre a
música, descobrindo novos aspectos que enriquecerão nossa formação geral.
Para seguirmos em frente, vamos agora revisar os conteúdos vivenciados no 6º
ano. Estão lembrados do capítulo de Parâmetro dos Sons que fazia parte da Apostila de 6º
ano?
PARÂMETROS DO SOM
Aprendemos que cada som possui quatro propriedades ou parâmetros que nosso ouvido
pode identificar: altura, intensidade, duração e timbre.
Vamos recordar cada um dos parâmetros?
ALTURA
É a propriedade do som por meio
da qual podemos distinguir se ele é
agudo ou grave. Quanto maior for a
frequência de uma onda sonora, mais
agudo é o som, logo, isto é determinado
pelo número de vibrações da onda sonora
por segundo.
Veja o que acontece com as
vibrações nos desenhos.
São essas vibrações que definem
cada uma das notas musicais: dó, ré, mi, Disponível em: COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte - Conteúdos
essenciais para o Ensino Fundamental. São Paulo: Editora Ática, 2004, p. 95.
fá, sol, lá, si; assim, a velocidade da onda
Disponível em: COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte - Conteúdos sonora determina a altura do som.
essenciais para o Ensino Fundamental. São Paulo: Editora Ática, 2004, p. 95.
Como sons intermediários entre
graves e agudos, temos os sons médios.
Então, os sons estão localizados em cada uma dessas REGIÕES DA ALTURA DOS SONS ( GRAVE,
MÉDIA E AGUDA). Também existem as regiões mais graves e mais agudas.
Atenção! Esta observação é importantíssima, já que teremos a oportunidade de aprender mais
sobre instrumentos musicais diversos:
A altura dos sons depende também do tamanho dos corpos que vibram. Uma corda fina e
curta produz sons mais agudos que os de uma corda longa e grossa. Por isso, o cavaquinho é mais
agudo do que o violão. Assim como uma flauta pequenina de tubo bem fino também produz sons
mais agudos do que um instrumento de sopro com um tubo longo e grosso como a TUBA!

Henrique Cazes Turíbio Santos Menino tocando flauta transversa Rapaz tocando tuba
Disponível em Disponível em <http://jornalesp.com/doc/13317>
Disponível em <http://www.radio.usp.br/ Disponível em
<http://www.bach-cantatas.com/Bio/Santos-Turibio.htm>
programa.php?id=37&edicao=091227> <http://www.palaciodatuba.com/Spanish/tripes.htm>
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Aproveitando a revisão, vamos lembrar das notas musicais e dos REGISTROS (também
chamados de sequência), que indicam a região da altura do som onde a nota se encontra? Veja
mais a frente quando fizermos a revisão das notas musicais. Aliás, cada nota tem uma altura
determinada, certo?

INTENSIDADE
É a força do som, isto é, a intensidade é a propriedade do som que o caracteriza como
muito fraco, médio, forte ou muito forte. É semelhante ao que habitualmente chamamos volume.
Uma sucessão de sons que vão do mais suave ao mais forte pode dar a sensação de algo
que vai crescendo. Uma sucessão de sons no sentido inverso pode dar a sensação contrária: algo
que vai diminuindo.

Som diminuindo de intensidade Som aumentando de intensidade

Veja o desenho demonstrando que o som está diminuindo e depois aumentando!


Este desenho será utilizado para os sinais de expressão quanto à intensidade, que você
verá em capítulos seguintes

DURAÇÃO
É o tempo que o som permanece em nossos ouvidos, isto é, se o som é curto ou longo. A
duração dos sons depende do tempo de vibração do objeto que os produz. Alguns sons têm uma
ressonância curta, isto é, continuam soando por um breve período de tempo até se extinguirem,
como os sons dos tambores ou de um relógio; e outros têm uma ressonância longa, como os sons
dos sinos e buzinas.

Fooo oooooooooooooooooooooooooooom!

Disponível em <
http://ojardimassombrado.blogspot.com.br/2010_05_01_archive.html>

Veja só:
A combinação das notas musicais nas
suas mais variadas alturas cria a melodia
da música.
A combinação de diferentes intensidades
Tic Tac Tic Tac cria a dinâmica da música.
A combinação de diferentes durações
cria o ritmo da música!
Disponível em < http://baudaweb.blogspot.com.br/2012/04/
Tudo isso você verá nos próximos
desenhos-de-relogios-para-pintar.html capítulos!
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TIMBRE
É a propriedade do som que permite distinguir a fonte sonora que o produz.
A voz de cada pessoa tem um timbre peculiar, tão individual quanto às impressões
digitais, pois podemos reconhecer a pessoa que está falando sem vê-la. O mesmo acontece com
os diferentes instrumentos musicais. Em muitas ocasiões nos perguntamos qual é o instrumento
que está tocando em uma música no rádio ou em um disco. Será um violão ou um cavaquinho?
Para identificá-los, é preciso conhecer e já ter escutado esses instrumentos. Caso contrário, não
podemos determinar exatamente de que instrumento se trata, embora possamos provavelmente
dizer se é um instrumento de corda, de sopro ou de percussão!
No 7º ano vamos apreciar o timbre de vários instrumentos.

ELEMENTOS DA ESCRITA MUSICAL


A música é uma linguagem sonora como a fala. Assim como você é capaz de representar a
fala por meio da linguagem escrita, também pode representar graficamente a música.
Para representar a linguagem você usa as letras do alfabeto; para representar os sons
musicais você usa as Notas Musicais.
As notas musicais são 7 e formam uma sequência que parte do grave para o agudo. São
elas:

Dó – Ré – Mi – Fá – Sol – Lá – Si

As notas musicais são escritas num conjunto de 5 linhas horizontais e paralelas, formando 4
espaços, sempre contados de baixo para cima. Esse conjunto de linhas é chamado de Pauta
Musical ou Pentagrama.

Mas não bastam a pauta e as notas. Sozinhas, de nadas elas serviriam. Cada notinha mora
num lugar fixo da pauta. Quem vai definir o lugar é o que nós chamamos clave.
A clave é como uma chave que nos permite entrar na casa dos sons musicais. Ela serve
para denominar as notas estabelecendo a altura das mesmas. Nós vamos usar a Clave de Sol!
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Observação
Na música ainda temos a Clave de Fá e a Clave de Dó.
A Clave de Fá, que pode ser escrita na 3ª ou 4ª linha, é geralmente usada para instrumentos de sons
graves, como a tuba.

A Clave de Dó, que pode ser escrita 1ª, 2ª, 3ª ou 4ª linha, é pouco usada, e representa os sons médios
com o da viola, por exemplo.

E as notas? Como as encontramos então?


Você viu que começamos a clave de sol na segunda linha da pauta, logo a nota localizada
na segunda linha é a nota SOL. A partir daí basta seguirmos a sequência das notas (apresentadas
no início deste capítulo) e encontrar todas as outras:

As notas são escritas sobre as linhas e nos espaços:

O Dó que começamos a sequência acima é conhecido como Dó Central, pois geralmente é


a nota que se localiza no meio dos teclados. Além disso, é a nota que encontramos quando
fechamos todos os furos da flauta doce.

Ouvindo outros sons, conseguimos achar alguns que são muito parecidos. Os músicos dão
para esses sons o mesmo nome. E, por isso, encontramos no teclado outras notas Dó.
Em um teclado pequeno, encontramos cinco vezes um Dó. No meio está o Dó Central, e
para diferenciá-los usamos os registros numéricos. O Dó Central é conhecido como Dó 3. O que
está abaixo é o Dó 2 e assim por diante. Veja o esquema abaixo:
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Pergunta: Por que estes sons têm o mesmo nome? Resposta: As vibrações que produzem o
som são parecidas. No entanto, o Dó2 tem o dobro das vibrações do Dó1. O Dó3 tem o dobro das
vibrações do Dó2 e assim por diante. O nosso ouvido percebe que são parecidos, mas identificam
a diferença das regiões da altura dos sons. Vamos entender melhor no quadro a seguir:

REGISTRO REGIÃO DA ALTURA DO SOM Exemplos das notas com o registro

5 MUITO AGUDA Dó5...

4 AGUDA Dó4...

3 MÉDIA Dó3 – Ré3- Mi3-Fá3- Sol3- Lá3- Si3

2 GRAVE Dó2...

1 MUITO GRAVE Dó1...

Repare que a sequência de notas existe em cada região da altura do som e, o registro
(número que é colocado ao lado do nome da nota) indica a região da altura do som. O registro
também pode ser chamado de sequência.

Para verificar se você entendeu mesmo, coloque ao lado de cada nota o registro que indica
a região da altura do som solicitada:

Região da altura do som Nome da nota com o registro


Grave Ré ____

Média Sol ____

Aguda Dó____

Muito grave Si____

Agora vamos fazer o inverso. Pela nota e seu registro, você indicará a que região da altura
do som a nota pertence.

Nome da nota com o registro Região da altura do som

Dó 5

Mi 3

Lá 2

Fá 4
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Observe a figura de uma parte do teclado que inicia pela nota Dó3, ou seja, pelo Dó Central
ou Dó da Região Média. Vamos completar a sequência das notas? Não esqueça dos seus
respectivos registros!

Dó3 ______ Mi3 Fá3 ______ Lá3 Si3 Dó4 _____ _____ Fá4

Dessa forma, as notas que compõem a sequência até o outro dó recebem o mesmo
registro numérico, veja na pauta:

Na pauta musical, as notas formam uma sequência, que seguindo uma ordem crescente ou
decrescente, formam a Escala.

DURAÇÃO DOS SONS


Você já sabe que a colocação das notas na pauta vai determinar a altura dos sons e que as
claves vão indicar as faixas de altura. Contudo, os sons musicais possuem também a Duração.
Os sinais que servem para indicar a duração dos sons musicais são chamados Valores
Positivos ou Figuras de Som.
Os sinais que indicam a duração dos silêncios são chamados Valores Negativos ou Figuras
de Silêncio ou Pausas.
Os valores negativos não só tem o mesmo nome dos valores positivos, como também o
mesmo valor. Nota-se, então, que para cada valor positivo, temos um negativo correspondente:
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Estão lembrados que as figuras não possuem um valor (tempo) fixo. Elas são proporcionais
entre si.
A figura de maior duração é a semibreve e de menor duração é a semifusa. Dentro de uma
semibreve cabem duas mínimas; dentro de uma mínima cabem 2 semínimas; dentro de uma
semínima cabem 2 colcheias; e assim por diante...
Observe no desenho a seguir, as relações entre as figuras:

Disponível em: Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II. Apostila do 6º ano. P. 14. www.educamusicacp2.com.br
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RECORDANDO OS CUIDADOS COM A GRAFIA MUSICAL

Atenção
As figuras possuem várias partes, observe:

Quando colocamos 2 ou mais colcheias, semicolcheias e assim por diante juntas, elas
podem ser escritas da seguinte forma:
O(s) colchete(s) é(são) substituído(s)
por um ou mais traços ligando as duas
notas.

PULSO E COMPASSO
Qual o movimento rítmico que faz o pêndulo do relógio? Tic, tac, tic, tac...
Como faz o soldado para marchar? Um, dois, um, dois, um, dois...
Se observarmos o movimento rítmico do coração, vamos constatar que ele bate com
regularidade. Ele faz: tuc, tuc, tuc, tuc...
No tic, tac do relógio, no marchar do soldado e nas batidas do coração sentimos a
pulsação.

O PULSO ou PULSAÇÃO é uma batida regular e constante que serve como base para todo o ritmo
da música. A pulsação não é ouvida, mas sentida. Já reparou que às vezes estamos ouvindo música
e sem perceber nosso pé começa a acompanhar o ritmo? Pois esse movimento do pé é a pulsação
da música.

Quando falamos pronunciamos palavras que tem sílabas acentuadas e outras não. Da
mesma forma, uma pulsação regular pode ter acentuações que se repetem de maneira regular. Na
maioria das músicas que ouvimos, os pulsos ou tempos se agrupam em conjuntos chamados
COMPASSOS. Veja a seguir:
Acentos que se repetem a cada dois pulsos regulares, sendo o primeiro mais forte que o
segundo. Teremos, então, o ritmo BINÁRIO: :

1______2______1______2______1______2______1______2
Acentos que se repetem a cada três pulsos regulares, sendo o primeiro mais forte que os
dois acentos consecutivos. Teremos, então, o ritmo TERNÁRIO.:
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1______2______3______1______2______3______1______2______3
Acentos que se repetem a cada quatro pulsos regulares, sendo o 1º e 3º mais fortes que o
2º e o 4º. Teremos o ritmo QUATERNÁRIO.:

1______2______3______4_______1______2______3______4

Essa organização rítmica é representada na música através de números sobrepostos que


determina a regularidade dos pulsos, ou seja, o COMPASSO. Assim:

Indica o nº de tempos de cada um dos compassos

Representa a figura de som que dura um tempo no compasso.

Existem várias fórmulas de compasso, mas vamos trabalhar somente os compassos binário,
ternário e quaternário. Para representá-los, empregamos estes números:

Binário (dois tempos Ternário (três tempos Quaternário (quatro tempos


por compasso) por compasso) por compasso)

O número de baixo indica em quantas partes uma semibreve deve ser dividida para
obtermos uma unidade de tempo, ou seja, ele indica a figura que vale 1 tempo na música.
Como vimos, a semibreve é a figura de maior valor. Por isso ela é tida como referência. O
número de baixo apresenta o número relativo que indica a relação existente entre as figuras com
a semibreve.
O número relativo da mínima é 2, pois cabem 2 mínimas dentro de uma semibreve.
O número relativo da semínima é 4, pois cabem 4 semínimas dentro de uma semibreve.
O número relativo da colcheia é 8, pois cabem 8 colcheias dentro de uma semibreve, e
assim por diante.

O número relativo usado


em baixo da fórmula de
compasso representa a figura
que vale 1 tempo na música.
Veja ao lado:

Nós só usaremos os tipos mais comuns de compassos simples, que possuem o 4 no


denominador (binário, ternário e quaternário).
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Vamos ver como ficam os valores das figuras nesses compassos?

A indicação com a fórmula do compasso a ser utilizado aparece logo no início da


música, após a clave. Assim:

Para separar um compasso do outro são usados travessões perpendiculares na pauta,


chamados de TRAVESSÃO SIMPLES ou BARRA SIMPLES, e no final da pauta musical para indicar
que terminou o trecho ou parte do trecho é usado o TRAVESSÃO DUPLO ou BARRA DUPLA.

LIGADURA
As notas de mesma altura estão, por vezes, “ligadas” por uma linha curva denominada
LIGADURA. Disso, resulta um som sustentado, cuja duração é a soma dos valores das duas notas.

4 + 2 2 + 1 2 + 2

6 TEMPOS 3 TEMPOS 4 TEMPOS


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PONTO DE AUMENTO
Outro meio de prolongar o som é colocando um ponto após a nota, chamado PONTO DE
AUMENTO. O ponto acrescenta à nota metade do valor que ela já tem.

= 2 + 1 =

3 TEMPOS

= 4 + 2 =

6 TEMPOS
Se houver um segundo ponto, este irá acrescentar à nota a metade do valor do primeiro
ponto. Veja:
Como você pode
= 4+2+1 = perceber, nós
podemos substituir o
7 TEMPOS ponto de aumento
pela ligadura e vice-
= 2+1+½ = versa! Fique atento!

3 e ½ TEMPOS

Vamos relembrar um pouco de leitura rítmica? Com a ajuda do(a) seu(ua) professor(a),
faça os exercícios rítmicos abaixo:
a)

b)

c)
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SINAIS DE REPETIÇÃO
São sinais que determinam a repetição de um trecho musical, ou a repetição completa
desde o princípio. Trabalharemos por enquanto com os seguintes sinais de repetição:
RITORNELLO → é um travessão com dois pontos, sendo um acima e outro abaixo da
3ª linha, indicando que o trecho deve ser tocado duas vezes entre os pontos. Veja como ele pode
aparecer e o que indica:
a) repetir tudo, desde o começo!

Nesse caso temos 4 compassos escritos, mas serão tocados 8 compassos no total!

b) repetir os 3 primeiros compassos e, depois, seguir até o final!

Nesse caso temos 5 compassos escritos, mas serão tocados 8 compassos no total!

c) repetir os 3 primeiros compassos e, em seguida, repetir os 2 últimos compassos!

Nesse caso temos 5 compassos escritos, mas serão tocados 10 compassos no total!

DA CAPO → Palavra italiana, quase sempre representada pelas iniciais D.C.;


significa que se deve voltar ao princípio da música e tocar tudo novamente. Essa indicação aparece
no final e sempre em cima da última pauta da música. Observe:

SINAIS DE EXPRESSÃO
Na música, as emoções são transmitidas através de sinais que servem para orientar o
artista na interpretação da mensagem musical que o compositor quer transmitir.
Esses sinais podem referir-se à intensidade dos sons, ao andamento e ao caráter do
trecho. Já conhecemos os seguintes sinais referentes à intensidade dos sons.

Abreviatura ou Expressão Significado


Sinal
p piano Tocar suave, brando

f forte Tocar com força

mf mezzo-forte Tocar meio forte


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Esses sinais de dinâmica* localizam-se abaixo da pauta, e a partir do momento em que


aparecem, deve-se tocar com a intensidade pedida. Observe o trecho abaixo:

*Dinâmica: variações de intensidade que acontecem ao longo da música!

EXERCÍCIOS DE REVISÃO

1) Correlacione a 2ª e a 3ª colunas, de acordo com a 1ª:

(1) semibreve ( ) ( )

(2) semínima ( ) ( )

(3) colcheia ( ) ( )

(4) semicolcheia ( ) ( )

(5) mínima ( ) ( )

2) Substitua as figuras pontuadas por figuras ligadas e vice-versa:

= _________ = _________ = _______

3) Coloque na pauta musical abaixo a sequência de notas do DÓ3 AO FÁ4 configuradas em


mínimas. Lembre-se da Clave de sol!!! Em seguida, nas pautas seguintes, escreva os nomes das
notas e seus respectivos registros (Exemplo: dó3, ré4 etc.):
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4) Vamos dividir os compassos? Lembre-se do travessão duplo no final! Coloque também o sinal
de repetição Da Capo.

a) Quantos compassos estão escritos?________________


b) Quantos compassos você executa com o sinal de repetição?________________

5) Descubra o compasso e assinale com um X a resposta certa. Não se esqueça de colocar a fração
que representa o compasso (fórmula de compasso).

Uma informação importante: a Unidade de Tempo é a semínima!

a)

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário

b)

v ( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário


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c)

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário

d)

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário


v

e)

( ) binário ( ) ternário ( ) quaternário

6) Observe o trecho musical abaixo e marque com um X a resposta correta:

a) De acordo com a fórmula de compasso (fração que indica o compasso), o compasso do


trecho é:
( ) ternário ( ) binário ( ) quaternário ( ) terciário

b) Na fração que indica o compasso (fórmula de compasso):


( ) o numerador indica a quantidade de tempos de cada compasso
( ) o numerador indica a figura que vale um tempo, a Unidade de Tempo (U.T.)
( ) o denominador indica a quantidade de tempos de cada compasso
( ) nenhuma das respostas acima

c) A figura que preenche o compasso todo na melodia aparece no:


( ) 6º compasso ( ) 3º compasso ( ) 2º compasso ( ) 5º compasso

d) O sinal de repetição encontrado é:


( ) ritornello ( ) Da Capo ( ) Ligadura ( ) Ponto de aumento

e) Quantos compassos deverão ser executados:


( ) 9 compassos ( ) 18 compassos ( ) 8 compassos ( ) 16 compassos
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7) Complete a CRUZADA com informações adquiridas a partir das frases abaixo:


a) É o lugar onde se escreve as notas musicais.
b) Figura que tem a duração de 2 tempos no compasso .
c) A 1ª nota da escala.
d) Sinal que pode estar no meio ou no final da música e serve para dividir os compassos.
e) Figura que vale 1 tempo no compasso .
f) Como o silêncio é representado na música.
g) A 5ª nota da escala.
h) Nota que corresponde à metade da semínima.
i) Sinal que colocamos no início da pauta e que serve para dar nome às notas.
j) Como representamos a duração na escrita musical.
h)

e) f)
a) c) d) j)
b) g) i)
A M O R * À * M U S I C A
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CAPÍTULO 2
ELEMENTOS DA ESCRITA MUSICAL

NOTAS SUPLEMENTARES
A pauta, reunião de 5 linhas horizontais e paralelas, formando entre si 4 espaços, onde
escrevemos as notas musicais, não é suficiente para conter todos os sons musicais que o ouvido
pode perceber. Por esse motivo, usam-se linhas chamadas suplementares superiores ou
suplementares inferiores, quando são colocadas, respectivamente, acima ou abaixo da pauta.
Usa-se também escrever notas nos espaços formados por essas linhas (espaços suplementares
superiores ou inferiores). Certos instrumentos musicais também possuem uma grande extensão
sonora, necessitando na partitura de notas além do limite da pauta musical.
As linhas e espaços suplementares são contados de baixo para cima quando superiores
e de cima para baixo quando inferiores. O número de linhas e espaços suplementares não é
limitado, contudo, não é comum empregar-se mais de 5.

sol4 lá4 si4 dó5 ré5 mi5 fá5 sol5 lá5 si5
(linhas e espaços suplementares superiores)

ré3 dó3 si2 lá2 sol2 fá2 mi2 ré2 dó2 si1
(linhas e espaços suplementares inferiores)

Com essas notas suplementares conseguimos abranger toda a extensão da flauta doce.
EXTENSÃO é a distância entre a nota mais grave emitida pelo instrumento e a mais aguda.
Utilizamos uma numeração para diferenciar as notas, e na flauta doce essa extensão vai do dó3
ao dó5.

dó4 ré4 mi4 fá4 sol4 lá4 si4 dó5


dó3 ré3 mi3 fá3 sol3 lá3 si3
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 22

EXERCÍCIOS

1) Complete as lacunas:
a) Quando precisamos indicar sons mais graves ou mais agudos do que os que são representados
dentro da pauta, usamos as linhas e os espaços ____________________.
b) As linhas escritas acima da pauta musical chamam-se linhas ____________ ______________.
b) Os espaços que estão abaixo da pauta musical são chamados de _____________ __________.
c) Os sons que são representados nas linhas suplementares inferiores são mais
_____________________ que os representados dentro da pauta.
d) Contam-se as linhas suplementares superiores __________________ para
_________________________.
e) As linhas suplementares _______________________ são escritas abaixo da pauta musical e
contadas ________________ para ________________.

2) Dê o nome e registro (sequência) das notas, assinalando com um X a nota que é suplementar:

a)

_____________ ____________ ____________

b)

_____________ ____________ ____________

c)

______________ ____________ ____________ ______________

 Você já sabe tocar com a flauta doce as posições do DÓ3 ao LÁ4, certo? Então execute com a
flauta doce as sequências a e b. Vamos aprender as posições do SI4 e do DÓ5? Descubra as
posições na Apostila de Flauta
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 23

3) Preencha o quadro abaixo, conforme o solicitado e de acordo com o exemplo:

Nome e registro (sequência) Nota na pauta musical Localização


da nota

1ª linha suplementar
Dó 3
inferior

___ ________ suplementar


LÁ 4
_____________

___ ________ suplementar


SOL4
_____________

___ ________ suplementar


RÉ3
_____________

4) Dê o nome e o registro das notas abaixo. Antes, coloque na pauta a seguir as notas do DÓ 3 AO
DÓ5 configuradas em semibreves. Não se esqueça da Clave de sol! ASSINALE COM O X AS NOTAS
SUPLEMENTARES.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 24

SINAIS DE REPETIÇÃO
São sinais que determinam a repetição de um trecho musical, ou a repetição completa
desde o princípio. Além do Ritornello e o Da Capo, que já trabalhamos no 6º ano, temos:

Ritornello com casa de 1ª e 2ª vez – se um trecho da música é repetido, mas com


terminação diferente, usa-se indicar por meio de duas chaves com as expressões 1ª vez para a
repetição e 2ª vez para finalizar.
Escreve-se:

Toca-se:

São escritos 6 compassos e tocados 8.

Al Segno ( ) – indica, através da abreviação D.S., que devemos voltar até o Al segno
e tocar até onde for indicado.
No exemplo abaixo, após tocarmos tudo, voltamos e repetimos a partir do compasso
3. Temos 8 compassos escritos, mas serão tocados 14.

Outra forma de representar é com a abreviação D.S. ao Fine, quando o fim não está no
final da partitura. Veja abaixo:

Nesse caso tocamos toda a música, voltamos ao compasso 4 e tocamos somente até o
compasso 7. Temos 10 compassos escritos, mas serão tocados 14.

Da Capo al Fine (D.C. al Fine) – quando encontramos essa indicação no final da


música, devemos tocá-la do começo até encontrar a palavra Fine.

No exemplo acima, tocamos toda a música, voltamos ao início e terminamos com


compasso 5. Temos 8 compassos escritos, mas são tocados 13.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 25

VAMOS PRATICAR O SINAL DE REPETIÇÃO? Este é um desafio para você! Observe que as notas
são as mesmas, mas a melodia no final acaba sendo modificada pela aplicação dos sinais de
repetição.

Esta é a melodia sem o sinal de repetição. Numere os compassos. Temos _____compassos


escritos!

Agora veja na execução da melodia com sinais de repetição diferentes. Quantos compassos são
executados com cada um dos sinais?
Execute cada um dos itens cantando as notas ou tocando com a flauta doce.

a) Total de compassos executados: _______ / Sinal de repetição utilizado:__________________

b) Total de compassos executados: _______/ Sinal de repetição utilizado:__________________

c) Total de compassos executados: _______/ Sinal de repetição utilizado:__________________

d) Total de compassos executados: _______/ Sinal de repetição utilizado:__________________

e) Total de compassos executados: _______/ Sinal de repetição


utilizado:__________________
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 26

SINAIS DE EXPRESSÃO

Na música, as emoções são transmitidas através de sinais que servem para orientar o
artista na interpretação da mensagem musical que o compositor quer transmitir.

QUANTO À DINÂMICA (INTENSIDADE) – OS SINAIS DE


INTENSIDADE
Para indicar a dinâmica da música (variações de intensidade), já conhecemos os sinais
de intensidade: p (piano), f (forte) e mf (mezzo-forte). Sabemos que esses sinais são colocados no
decorrer do trecho musical, conforme a necessidade de indicação da intensidade.

Agora vamos conhecer mais alguns e complementar nossa tabela:

Abreviatura ou Sinal Expressão Significado


pp Pianíssimo muito suave, brando
p piano suave, brando
mp mezzo-piano meio suave
mf mezzo-forte meio forte
f forte com força
ff fortíssimo com muita força

cresc. ou crescendo aumentando gradativamente


a intensidade

decresc. ou decrescendo diminuindo gradativamente


. a intensidade

Vamos ver se você entendeu mesmo? Complete o quadro abaixo, conforme indicado. Siga
o exemplo.
Sequência de intensidades Sequência de sinais
A melodia começa muito suave e vai pp ff
aumentando gradativamente a intensidade
até um fortíssimo. Ou
pp cresc. ff
A melodia começa num fortíssimo e passa
para uma intensidade muito suave,
crescendo gradativamente para uma
intensidade meio forte.
A melodia comela meio suave e passa para
um pianíssimo, para depois terminar com
um meio forte.
A melodia começa com a intensidade meio
forte, diminuindo gradativamente a
intensidade para acabar numa intensidade
muito suave.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 27

ANDAMENTO
Andamento ou Movimento é a maior ou menor velocidade com que se executa um
trecho musical. São indicados logo no início da música, geralmente por termos em italiano
(presto, largo, por exemplo) ou sinais metronômicos ( . = 60 , por exemplo). O que significa
isso?

Para se executar com mais precisão os andamentos musicais, no século XIX foi
inventado um aparelho chamado Metrônomo, aperfeiçoado por Maelzel em 1815.
O Metrônomo é uma caixa de madeira em forma de pirâmide
quadrangular com mecanismo de um relógio. Possui uma régua quadrada,
numerada de 40 a 208, com um pêndulo regulável, que determina o
movimento exato de qualquer andamento.
Referindo-se a ele, nas partituras musicais, junto com a indicação
do andamento, na parte inicial superior da clave, vem o sinal M.M −
(Metrônomo de Maelzel) = 120, significa que para cada oscilação do
pêndulo executa-se uma semínima, se esta for a unidade de tempo, dando
120 batidas por minuto.

Há uma grande variedade de termos utilizado para indicar o andamento. Para nossa
prática, vamos conhecer e aplicar na nossa prática musical alguns termos que seguem na próxima
página.

Os andamento são divididos em três tipos:

a) Lentos Largo ............................ muito devagar


Lento ............................ lento
Adágio ......................... menos que lento

Andante ....................... mais que o Adágio


b) Moderados Andantino ................... mais movido que o Adágio
Moderato ..................... moderado

Allegro ......................... rápido


c) Rápidos Vivace .......................... com vivacidade
Presto ........................... muito rápido
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 28

ALTERAÇÃO DA VELOCIDADE (ANDAMENTO)


OS SINAIS DE AGÓGICA

Existem também sinais que alteram a velocidade da música, ou seja, o seu andamento.
São chamados de sinais de agógica, e também serve para exprimir a expressão na música. Alguns
dos sinais que indicam mudança de andamento são:

Abreviatura ou Sinal Expressão Significado


Accel. Accellerando Aumenta a velocidade
Rall. Rallentando Afrouxa (diminui) a velocidade

Agora vamos praticar os sinais de intensidade e de andamento?


Utilizando a mesma melodia que foi praticada com os sinais de repetição, agora
aplique também os sinais de andamento, agógica e intensidade.

EXERCÍCIOS

1) Coloque as indicações de andamento, variações de andamento (agógica) e intensidade na


partitura a seguir, para que possamos executar a melodia seguindo as seguintes orientações:

Andamento e variações de andamento Intensidade (Dinâmica)


(agógica)

1-Velocidade moderada, iniciando com 1-A melodia inicia com intensidade suave e
intensidade suave no primeiro compasso. continua até o 4º compasso.

2-Haverá uma aceleração gradativa de 2- No 5º compasso passamos para uma


velocidade a partir do 4º compasso. intensidade meio forte, que permanecerá até o
final da melodia.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 29

Agora siga as indicações abaixo para colocar os sinais na partitura a seguir:

Andamento e variações de andamento Intensidade (Dinâmica)


(agógica)

1- Velocidade muito rápida durante toda a 1-A melodia inicia com intensidade forte.
música.
2- A intensidade diminuirá gradativamente a
partir no 4º compasso e 5º compassos.

3- Terminando com intensidade muito suave no


último compasso.

RECORDANDO AS REGRAS DA GRAFIA MUSICAL


1. O espaço entre as linhas do pentagrama deve ser sempre igual.

Certo Errado

2. O compasso é indicado no início da música:


O compasso, aqui, é ternário.
Atenção: escrevemos somente os
números, sem linha de fração.

3. A cabeça da nota é oval, quase redonda, e tem o tamanho do espaço do pentagrama. Portanto,
se a pauta é grande a nota deverá também ser grande e vice-versa:
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 30

4. A haste é reta e tem um comprimento e 3 espaços e meio. Ela vai para cima, do lado direito, ou
para baixo do lado esquerdo (subindo a partir da linha do meio).

A partir da terceira linha usamos as


hastes para baixo.

5. Os colchetes ficam sempre do lado direito, independente se a haste está na direita ou esquerda:

6. As barras de ligação de colcheias e demais notas com colchetes acompanham a linha melódica.

7. As barras de compasso e as barras duplas vão retas e não ultrapassam as linhas do pentagrama.

EXERCÍCIOS
1) Observe o trecho musical acima e responda as seguintes questões marcando um X nas
respostas corretas:

a) O andamento classifica-se em:


( ) lento ( ) moderado ( ) rápido ( ) andantino

b) Para concluir o trecho musical, tornando-o mais lento que inicialmente, deveríamos usar o
sinal:
( ) accel... ( ) mf ( ) rall... ( ) sfz
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 31

c) Quanto a intensidade, o sinal que aparece no trecho significa:


( ) pianíssimo ( ) forte ( ) piano ( ) meio piano

d) O sinal de repetição utilizado indica:


( ) Da Capo ( ) Ritornello ( ) Casa 1 e Casa 2 ( ) Ritornello com chave de 1ª e 2ª vez

2) Escreva (V) (verdadeiro) ou F (falso) nos parênteses das afirmativas abaixo:

( ) Este sinal indica decrescendo gradativamente a intensidade do som

( ) O termo rallentando serve para indicar a variação do andamento.

( ) O termo em italiano que vem no início do trecho musical indica a velocidade da execução,
ou seja, o andamento.

( ) Andamento ou movimento é a maior ou menor intensidade com que se executa um trecho


musical.

( ) Os andamentos podem ser SOMENTE lentos e moderados.

( ) Para se executar com mais precisão os andamentos indicados, apareceu no século XIX o
METRÔNOMO.

( ) No trecho musical a indicação metrônomo é feita com a abreviatura M.M. que significa
METRÔNOMO DE MAETZEL.

3) Observe o trecho musical abaixo e preencha os parênteses, dos itens a seguir, com os números
correspondentes encontrados no trecho. Observe que os números acima da pauta indicam as
notas musicais e os números abaixo, indicam figuras/ritmo:
1
2 3 4 5 9 10 11 12 13 14 15 19

7 20 21 22
18
8

( ) SI3 MÍNIMA ( ) Valor negativo ou pausa de semínima


( ) Três colcheias agrupadas ( ) DÓ4 semibreve
( ) Indicação ou fórmula do Compasso ( ) MI4 COLCHEIA
quaternário
( ) COLCHEIA ( ) DÓ3
( ) RÉ3 SEMÍNIMA ( ) MI4 COLCHEIA
( ) SOL3 SEMÍNIMA ( ) RÉ4
( ) Três semicolcheias agrupadas ( ) RÉ3 SEMICOLCHEIA
( ) LÁ3 SEMÍNIMA PONTUADA ( ) FÁ4
( ) SOL4 com 3 tempos ( ) FÁ3
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 32

( ) SOL3 MÍNIMA PONTUDA


( ) Clave do Sol ( ) RÉ3
( ) Valor negativo ou pausa de semicolcheia

4) Observe o trecho com sinal de repetição. Reescreva-o na íntegra, como deve ser tocado.

Sua vez...

5) Faça o que se pede na pauta abaixo, respeitando as regras da grafia musical:

a) Desenhe a clave de sol.

b) Indique que o compasso usado será o ternário.

c) Coloque as seguintes notas com os valores correspondentes:


sol3 – semínima ré3 – colcheia si3 – semínima
lá3 – semínima sol3 – mínima dó4-mínima
si3 – semínima si3 – semínima pontuada
si3 – mínima dó4 – semínima
mi3 – colcheia ré4 – semínima

d) Divida os compassos de acordo com os tempos determinados pela indicação de compasso.

e) Coloque a ligadura no único local possível (onde aparecem duas notas de mesma altura na
sequência)

f) Indique que o trecho deverá ser todo repetido.

g) Indique que devemos tocar o trecho com um andamento moderado, mas que nos dois últimos
compassos aumentaremos a velocidade.

h) Indique com um sinal de expressão que o trecho iniciará com uma intensidade suave, mas que a
partir do terceiro compasso aumentaremos gradativamente a intensidade.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 33

CAPÍTULO 3

INSTRUMENTOS MUSICAIS
A origem dos Instrumentos Musicais é remota e
controversa, e sua evolução acompanha a própria história
das civilizações.
Os primeiros instrumentos musicais que o homem
utilizou foram, sem dúvida, os que se encontravam no seu
próprio corpo: o órgão vocal, as mãos e os pés.
Imitando os sons da natureza, o homem gritou –
falou – cantou. A voz era uma recurso maravilhoso!
Com as batidas das mãos (palmas) e dos pés,
Disponível em < http://japancultpopbr.blogspot.com.br/2011/06/instrumentos-
musicais.html>
marcou o ritmo de suas danças.
Aos poucos foi descobrindo na natureza outros
materiais que, batidos, produziam sons como: troncos de árvores ocos, pedaços de pau, etc.
Surgiram assim, os Instrumentos de Percussão.
Soprando em um canudo para desobstruí-lo, o homem descobriu os Instrumentos de
Sopro.

O arco e a flecha do caçador deram origem aos Instrumentos de Corda.


Diversos instrumentos surgiram, praticamente ao mesmo tempo, em lugares distintos.
A evolução dos instrumentos se processou lenta e gradualmente através dos séculos. E foi na
primeira metade do século XIX, com o grande desenvolvimento da música orquestral, sobretudo
entre 1810 e 1850, que os instrumentos musicais adquiriram em sua essência, a forma que ainda
hoje apresentam.
Mais tarde, com a evolução tecnológica, apareceram os instrumentos elétricos e os
eletrônicos.
Atualmente a variedade de fontes sonoras e de recursos eletrônicos conferem à música um
caráter cada mais diversificado.

É importante saber:
A parte da música que estuda os instrumentos musicais
tem o nome de Organologia ou Organografia.

Há diversas famílias de instrumentos. Conforme a maneira de produzir o som, eles


pertencem a um dos seguintes grupos: instrumentos de corda (cordofones), instrumentos de
sopro (Aerofones), Instrumentos de percussão (idiofones e membranofones) e instrumentos
eletrônicos (eletrofones). Vejamos alguns instrumentos dessas famílias:
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 34

INSTRUMENTOS DE CORDA
Nos instrumentos de corda, os sons são produzidos pela vibração das cordas estendidas
sobre uma caixa de ressonância.
A vibração das cordas é feita por meio de um arco, um plectro (palheta), os próprios dedos
do instrumentista, martelo ou por um mecanismo próprio.
A altura e a frequência do som variam de acordo com a espessura e comprimento das
cordas, e a amplitude das vibrações depende da estrutura do instrumento.
Para seu conhecimento, podemos dividir os instrumentos de corda da seguinte maneira:

Violino
Friccionadas ou Viola
de Arco Violoncelo
Contrabaixo

Bandolim
Tangidas ou Cavaquinho
Instrumentos
Beliscadas Banjo
de Corda
Harpa
Violino Viola Violoncelo Contrabaixo Dedilhadas Violão
Guitarra

Piano
Percutidas

Instrumentos de Cordas Friccionadas ou de Arco:

Possuem quatro cordas e o mesmo formato, variando nas dimensões, no comprimento e


espessura das cordas.
Nestes instrumentos, o som é produzido pela fricção do arco de crina nas cordas.
Quanto mais antigos e usados, mais valiosos se tornam pela qualidade do som.
No período Barroco, o violino adquire grande importância pela virtuosismo dos seus
intérpretes e também pelo trabalho dos Luthiers (construtores de instrumentos). Você já ouviu
falar dos violinos construídos Pelo luthier STRADIVARIUS? Você poderá aprender sobre essa
importância no capítulo sobre Barroco.

Obs.: A entonação de uma nota produzida pela corda depende


do seu comprimento e de sua espessura. As cordas compridas e
grossas vibram devagar e produzem sons graves. As cordas finas
e curtas vibram rapidamente e produzem sons agudos.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 35

Instrumentos de Cordas Tangidas ou


Beliscadas
Suas cordas são tangidas com o plectro (palheta,
pequena lâmina de casco de tartaruga ou de plástico). São
muito empregados em música popular.
O Bandolim é usado nos grupos de “choros” e
outros conjuntos populares. O Cavaquinho é
inconfundível nos conjuntos populares.
Disponível em <http://escolaangelus.com.br/?page_id=116>

Quem é que não conhece a música


Brasileirinho, composição de Waldir O Banjo surgiu entre os negros
Azevedo, importante cavaquinista brasileiro? americanos, muito usado no jazz. Atualmente
o banjo é utilizado nos conjuntos de samba.
O Arlindo Cruz, músico, compositor e
intérprete de belíssimos sambas popularizou
o uso do banjo no samba.

Disponível em <http://blogln.ning.com/profiles/blogs/waldir-azevedo-e-
os-bastidores-de-pedacinhos-do-c-u> Acesso em 13/03/2015

Imagem disponível em
<http://noticiasvotorantim.blogspot.com.br/2010_06_15_archive.html> Acesso
em 13/03/2015.

Disponível em <https://bityli.com/OFgz0>

Curiosidades:
O BANDOLIM evoluiu do alaúde, instrumento muito utilizado principalmente na Idade
Média, pelos trovadores e na Renascença também. (Verifique a História da Música na Idade Média
e na Renascença nesta apostila). No século XV surgiu na Europa um mini alaúde, que era chamado
de mandola e, a partir deste, o bandolim (mandolim em italiano). Este instrumento chegou ao
Brasil por intermédio dos portugueses. Sua sonoridade no Conjunto de Choro (conjunto que
executa o gênero choro) é maravilhosa. Temos muito bandolinistas de renome, dentre eles,
Jacob do Bandolim.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 36

Veja então a origem


do bandolim no
alaúde


Disponível em <http://www.blogdoims.com.br/ims/uma-pessoa-
esplendida-nao-esta-mais-aqui-por-chico-mattoso > Acesso em
13/10/2015.

Você sabia...
O cravo, instrumento europeu que surgiu no início do Século IV, e
os demais instrumentos de sua família, a Espineta (em forma triangular) e
o Virginal (em forma retangular), apesar de terem teclas, também são
instrumentos de Cordas Tangidas ou Beliscadas, pois “o som é produzido
através de uma ‘unha’ chamada plectro, que pinça ou tange as cordas”.
Veja a foto da Espineta e do Virginal na página 58.
Fonte: FARGELANDE, Marcelo. O cravo. Disponível em Cravo
http://www.marcelofagerlande.com.br/index.php?option=com_content&view=article Disponível em
<http://maestrorobertoholanda.blogspot.com.br/2009/
&id=54%3Aocravo-artigo&catid=35%3Acravo-categoria&Itemid=59&lang=pt> Acesso em 03 mar 2013 09/cravo.html>

O cravo foi importante instrumento do período Barroco, que estudaremos no 7º ano.

Instrumentos de Cordas Dedilhadas


São os instrumentos onde tocamos diretamente com os dedos. Como exemplos temos: o
violão, a harpa e a guitarra. Atualmente a guitarra e o próprio violão são muito tocados com
palhetas, mas originalmente são instrumentos para serem tocados com os dedos. Muitos povos
da Antiguidade possuíam harpas e tinham tamanhos bem diferenciados.
Yamandu costa é considerado um dos grandes violonistas brasileiro ao lado de sua esposa
Eloudi Bouny violonista clássica. Na história da Música muitas mulheres trabalharam como
compositoras, musicistas, arranjadoras e maestrinas. Anna Magdalena Bach, Anna Maria Mozart,
Clara Schumann, Maria Josephina Mignone são alguns exemplos.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 37

A harpa na história da Antiguidade...


Observe na imagem a seguir três instrumentos importantes no Período Helênico. Aqui
podem ser observados: a HARPA, a CÍTARA e a LIRA.
Você sabia que a LIRA é considerada o símbolo da música?

Disponível em < http://www.zelda.com.br/artigos/livro-de-mudora/a-harpa>

Disponível em <http://www.infoescola.com/musica/harpa/>
Instrumentos de Cordas Percutidas
O piano, assim como o Cravo, possui teclas e o som é produzido a partir de cordas
esticadas dentro do instrumento. No entanto, o Piano difere do Cravo pois ligado a cada tecla
existe um pequeno martelo e não um plectro. Quando tocamos a tecla, esse martelo é acionado,
percute (bate) na corda e o som é produzido. Por isso, o piano é classificado como um Instrumento
de Corda Percutida.

Interior do Piano (cordas e martelos)


Piano de armário Disponível em <http://pt.dreamstime.com/fotografia-de-stock-royalty-free-
Podemos citar nomes importantes pianistas brasileiros/as,
Disponível em reconhecidos/as no Brasil e no dentro-de-um-piano-cordas-image2356167>
<http://www.sonigate.com/pt/product/show_details/49593/Pia
Piano de cauda
Disponível em <http://www.steinway.com/>
exterior por seu enorme talento:
no-Vertical-Yamaha-88-Teclas-U3-Tradicional-PE>

Nelson Freire César Camargo Mariano


Disponível em <http://www.nytimes.com/2009/04/21/arts/music/21nels.html?_r=0> Disponível em <http://blogaes.blogspot.com.br/2009/02/cesar-camargo-mariano-e-pedro-
mariano.html>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 38

Egberto Gismonti Guiomar Novaes


Disponível em <http://www.rockaxis.com/vanguardia/entrevista/egberto-gismonti- Disponível em <
>%E2%80%93-la-musica-infinita-/: ttps://www.sescsp.org.br/online/artigo/14855_UM+CONCERTO+MEM
ORAVEL+E+UM+PIANO+QUE+ENTROU+PARA+A+HISTORIA+DO+SESC>

EXERCÍCIOS
Há uma variedade imensa de instrumentos de cordas e é muito difícil conhecer e lembrar de
tantas variedades. Vamos ver o que conseguimos fixar desses instrumentos?

1) Aqui está a “família” das conhecida como instrumentos de _______________, pois é com a sua
fricção nas cordas que o som é produzido. Também podem fazer pizzicatto, que é “beliscar” as
cordas com os dedos. Agora, faça o que se pede...

a) Coloque os nomes dos instrumentos

________ _______ ________ ___________

c) Assinale com um X a ordem dos instrumentos dessa família que tocam dos sons mais graves
para os mais agudos. Lembre-se da relação do tamanho do instrumento com a região da altura dos
sons produzidos por ele.
Violino - Viola - Violoncello - Contrabaixo
Contrabaixo - Violino - Viola - Violoncello
Contrabaixo - Violoncello - Viola - Violino
Violino - Contrabaixo - Violoncello - Viola

2) Correlacione os parênteses:

(1) Harpa ( ) Instrumento de Plectro


(2) Piano ( ) Instrumento muito utilizado na Música Popular Brasileira. Pode
ser dedilhado ou também tocado com a palheta.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 39

(3) Cavaquinho ( ) Instrumento muito antigo, dedilhado. Aparece na história de


povos da Antiguidade.
(4) Violão ( ) Instrumento tocado com o arco de grande sonoridade. É o mais
aguda da família das cordas de arco ou friccionadas.
(5) Bandolim ( ) Instrumento com teclado. As teclas acionam um mecanismo de
martelos que percutem as cordas. Seu antecessor foi o cravo,
onde as cordas não pinçadas e não percutidas.
(6) Violino ( ) Tem a forma de um violão bem pequeno. Utilizado
principalmente no acompanhamento do samba. É tocada com
um palheta, pois os intervamos entre as cordas são muito
pequenos.

Curiosidade sobre o piano


Depois do órgão de tubos, o piano é o instrumento que tem o maior número de sons.
Observe a ilustração abaixo. O primeiro desenho mostra, com as caixinhas escuras, o número total
de teclas brancas do piano (notas naturais). Nos outros desenhos, as caixinhas escuras
correspondem aos sons que outros instrumentos musicais conseguem tocar comparados com o
piano (só as notas naturais).

INSTRUMENTOS DE SOPRO
Estes instrumentos consistem em tubos
de diversos tamanhos e formatos: retos, recurvados, dobrados e enroscados, que soprados
produzem sons pela vibração da coluna de ar no tubo.

Quanto mais curta for a coluna de ar, mais agudo é o som.

O sopro pode ser humano (de instrumentista) ou mecânico (instrumentos de fole


acionados pelos braços, pelos pés ou por corrente elétrica).

Os instrumentos de sopro humano se dividem em dois grupos: madeiras e metais.


Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 40

Embocadura Flauta
Livre Flautim

Oboé
Palheta Dupla Corne-inglês
Fagote
Humanos
Contrafagote

Família dos
clarinetes
Instrumentos Palheta Simples
Família dos
de
saxofones
SOPRO
Trompa
Trompete
Trombone de
vara
Trombone de
Bocal
pistões
Cornetim
Tuba

Acordeão
Mecânico Órgão
Harmônio

Além da divisão de madeiras e metais, ainda há subdivisões, que nos demonstram melhor
como são produzidos os sons em cada grupo.
Instrumentos de Sopro Humano
Os instrumentos de sopro humano se dividem em Madeiras e Metais. Na realidade, essa
divisão não ocorre devido ao material com o qual os instrumentos são construídos, pois como
veremos alguns instrumentos da família das Madeiras são feitos com metal. O principal fator de
definição dessa classificação é a forma de execução do instrumento. O que caracteriza as Madeiras
é a forma como as notas são produzidas, ou seja, através do fechamento de orifícios (diretamente
com os dedos ou utilizando chaves) que existem no corpo do instrumento. Já o que caracteriza os
Metais é a produção do som pela vibração direta dos lábios sobre um bocal.
Essas duas famílias ainda se subdividem em Embocadura livre, Palheta dupla e Palheta
simples, e o da família dos Metais são com bocais. Vejamos:
• Embocadura livre
Nesses instrumentos, o ar é soprado diretamente no orifício do tubo. Exemplos: a família
da flauta transversa.

Embocadura Livre
Disponível em <http://www.elsevier.pt/pt/revistas/-/artigo/impactos-oro-
faciais-associados-a-utilizacao-instrumentos-musicais-90139061>

Família da Flauta transversa. Na ordem: Flautim ou Piccolo, Flauta transversa (mais conhecida), Flauta Alto e Flauta Baixo.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 41

O Piccolo ou Flautim é o instrumento mais agudo da família das Flautas Transversas.

Você sabia...

A Flauta doce que usamos aqui no colégio também é um instrumento de sopro de embocadura
livre, mas enquanto a flauta transversa é aberta, a flauta doce é fechada, pois precisamos fechar com
nossos lábios todo o orifício por onde vamos assoprar.
A Flauta doce também tem uma família. A que nós utilizamos é a Flauta doce Soprano, mas existem
outras, veja abaixo:

Disponível em <http://cantarolar.blogspot.com.br/2011/08/catalogo-oficial-de-flautas-doces-da.html>

• Palheta Dupla
São instrumentos que tem na sua embocadura duas palhetas de cana ou bambu bem finas,
apoiadas uma sobre a outra fixadas no instrumento por um tubo cilíndrico, que ao soprar fazem
vibrar o ar nos corpos sonoros.

Palheta Dupla
Disponível em
<http://portalinstrumental.blogspot.com.br/2012_05_01_a
rchive.html>

Disponível em
<http://maestrolasilva.blogspot.com.br/2008/02/contra-
Disponível em <http://somdoamparo.blogspot.com.br/2010_08_01_archive.html>
fagote.html>

• Palheta
Sopro nos instrumentos de Palheta Dupla
Simples
Disponível em <http://www.elsevier.pt/pt/revistas/-/artigo/impactos-oro-faciais-associados-a-utilizacao-instrumentos-musicais-90139061>

Esses instrumentos utilizam uma palheta apoiada sobre uma boquilha como meio produtor
de som. O músico toca fazendo o ar passar entre o batente da boquilha e a palheta, provocando
sua vibração.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 42

No grupo das madeiras, temos a família dos Clarinetes.


No grupo dos metais, temos a família dos Saxofones.
Palheta presa
na boquilha
Disponível em<http://www.csr.com.b
r/boquilha_saxofone.htm>

Palheta Simples
Disponível em<http://pt.wikipedia.org/wiki/Palheta_(sopros)>

Sopro nos instrumentos de Palheta


Simples
Clarinete Saxofone Disponível em <http://www.elsevier.pt/pt/revistas/-/artigo/impactos-oro-
Disponível em<http://produto.mercadolivre.com.br/MLB- Disponível em<http://loja.itaimports.com.br/loja/produto-138292- faciais-associados-a-utilizacao-instrumentos-musicais-90139061>
453050793-clarinete-si-bemol-17-chaves-niqueladas-ccase-wcbnk- 2141-sax_alto_shelter_laqueado>
waldman-_JM>

Temos artistas brasileiros de renome que tocam


instrumentos como clarinete e saxofone. Um dele é Paulo Moura.
Com sua morte em 2010, o Brasil perdeu um valioso mestre e
intérprete da música brasileira, reconhecido internacionalmente
• Bocal
São os instrumentos de sopro da família dos Metais. Todos
os instrumentos deste grupo são formados por tubos de metal, de
forma cônica ou cilíndrica, que por serem muito compridos, são enroscados em espiral (trompa)
ou dobrados, tomando forma mais ou menos alongada ou arredondada (trompete, cornetim,
trompa).
A coluna de ar é posta em vibração diretamente pelos lábios do executante em um bocal
em forma de funil. São munidos de mecanismo de pistões, que lhes dá muitos recursos.

Metais
Disponível em <http://maestrozitao.blogspot.com.br/2012/09/familia-dos-metais.html#.UTP7WjBQFqU>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 43

Sopro no Bocal Bocal


Disponível em Disponível em
<http://www.elsevier.pt/pt/revistas/- <http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-
/artigo/impactos-oro-faciais-associados-a- 464916571-bocal-para-trompete-frete-gratis-
utilizacao-instrumentos-musicais-90139061> _JM>

Há importantes instrumentistas brasileiras tocando sopro metal ou bocal. Citamos, dentre


eles: o trombonista Zé da Velha com o Trompetista Silvério Pontes.

Disponível em < http://blogln.ning.com/profiles/blogs/ze-


da-velha-um-trombone-de

Instrumento de Sopro Mecânico

São instrumentos com teclado, providos de fole acionados com os braços, com os pés ou
por meio de eletricidade.

Órgão – é o mais completo dos


instrumentos e o único a produzir os
sons musicais pela vibração do ar nos
tubos. Também foi importante
instrumento do período Barroco da
História da Música, o que pode ser
verificado no capítulo da apostila sobre
o assunto.

Tubos e teclado do órgão


Disponível em <http://caldas-sao-jorge.blogspot.com.br/2012/02/uma-excelente-ideia-aprender-musica-e.html>

Harmônio – pertence a família do órgão. Foi e ainda é


usado em algumas igrejas para acompanhar os cânticos
religiosos.

Disponível em <http://todaoferta.uol.com.br/comprar/orgao-harmonio-j-edmundo-bohn-MYDPNM5JV0#rmcl>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 44

Acordeão – é uma espécie de pequeno harmônio portátil e manual. É um instrumento de


afinação fixa. No Brasil, tornou muito popular e conforme a região recebe nomes diferentes como
Harmônica, Sanfona e Gaita.

/02/festa-da-caca-ao-ritmo-do-

Em relação ao acordeão, temos que


pontuar do grande músico, compositor e
intérprete Luiz Gonzaga. Gonzagão, como era
carinhosamente apelidado, teve um papel
fundamental na técnica do instrumento para
a divulgação da música nordestina.

Disponível em < http://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/. Acesso em 13/03/2015.

EXERCÍCIOS
1) Descubra os 12 instrumentos de sopro que estão no caça-palavras:

A H A R P A E I T R O M B O N E
R L I R A E C L A R I N E T E V
F P I A N F L A U T A S I S I I
C T R O M P A C 0 R D E A O O O
R U T B I T R O M P E T E U L L
F B C O A V I O L A O P O S A I
S A B E I A N O B A N D A A T N
S A X O F O N E A V A C O F R O
T I F A G O T E O R G A O O D O
U A E F L A U T I M F I O N E L
A L A A L A U D E H A R P E I P
2) Agora classifique os instrumentos de sopro que você achou no caça-palavras acima, em sopro
humano ou mecânico, ou seja, aqueles que precisam do mecanismo de fole para produzir o ar que
causa a vibração nos tubos sonoros. Atenção, há outros instrumentos além dos de sopro, mas nós
queremos utilizar apenas os de sopro.

MECÂNICO HUMANO
1- 1-

2- 2-

3-
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 45

4-

5-

6-

7-

8-

9-

10-

3- Vamos selecionar apenas os instrumentos de sopro humano, classificando-os em madeira ou


metal. Lembre-se que o instrumento de metal possui o bocal e o de madeira pode ser de
embocadura livre ou de palheta. Cuidado com a classificação da flauta!

MADEIRA METAL
1- 1-

2- 2-

3- 3-

4- 4-

5-

6-

INSTRUMENTOS DE PERCUSSÃO
São basicamente instrumentos rítmicos. Os sons são obtidos por meio de batidas,
produzidos por vibrações transversais numa membrana estendida sobre uma cavidade ressoante
(instrumentos membranofones), ou em corpos sólidos (instrumentos idiofones).
Podem ser feitos de madeira, de metal com peles esticadas, e serem batidos com as mãos,
com varetas, baquetas, martelos, macetas, de acordo com o tipo de instrumento, havendo alguns
comandados por teclado.
Divide-se em dois grupos:
➢ Sons Determinados – Produzem a escala musical e tocam melodias.
➢ Sons Indeterminados – Produzem apenas som e transmitem o ritmo e o colorido musical.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 46

Os instrumentos de percussão, além de reforçarem o ritmo, dão um colorido especial às músicas,


enriquecendo o timbre da orquestra, da banda e dos conjuntos populares.

Tímpano ou tímbale
Xilofone
Sons Carrilhão
Determinados Celesta
Sinos
Vibrafone

Instrumentos
de Caixa clara
Percussão Tambor surdo
Bombo
Sons Pratos
Indeterminados Triângulos
Tantã
Castanholas
Pandeiro

Alguns instrumentos de percussão com sons determinados:

Tímpanos Xilofone
Disponível em <http://euterpe.blog.br/historia-da-musica/deleites-para-os-timpanos>
Disponível em Celesta
<http://www.sonigate.com/pt/product/show_details/46734/Xilofone Disponível em <http://www.glockenspiel-lippert.de/celesta.html>
-Diatonico-HONSUY-49120-alto>

Vibrafone Carrilhão
Disponível em
<http://stoccontando.wordpress.com/catego Disponível em
ry/musicaliando/> <http://camerata.com.br/2008/carrilhao-
sinos-verticais/>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 47

Alguns instrumentos de percussão com sons indeterminados:

Disponível em <http://www.myspace.com/cintiaorlandi/photos/12046768#%7B%22ImageId%22%3A12046768%7D>

Lembranças sobre a Formação da Música Brasileira...


Quando estudamos este conteúdo no ano passado, também aprendemos sobre as
diferentes origens sobres os instrumentos, dentre eles, os de percussão que utilizamos hoje.
No capítulo de Danças Brasileiras, podemos identificar vários instrumentos de percussão
que dão a base rítmica para a movimentação coreográfica.

Alguns percussionistas brasileiros tornaram-se famosos não só no Brasil, como também em outros
países:

Jackson do Pandeiro Simone Sou Marcos Suzano


Disponível em <http://www.forroemvinil.com/jackson-do-pandeiro- Disponível em < https://www.cartacapital.com.br/cultura/simone-sou- Disponível em
e-alceu-valenca/ o-percussionista-e-um-antropologo-por-natureza/ > <http://casaraoamenoreseda.com.br/evento/mos
ka-e-marcos-suzano/

Oswaldinho da Cuíca Lan Lanh


Disponível em <http://www.sescsp.org.br/programacao/17087_OSVALDINHO+DA+CUICA> Disponível em <https://www.arteblitz.com/musica/lan-lanh-e-a-batida-certa-em-
30-anos-de-carreira-nao-foi-facil> />
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 48

Airto Moreira João Barone (Paralamas)


Disponível em < http://www.drummerworld.com/drummers/Airto_Moreira.html Disponível em < http://www.vidadeestudante.com.br/clube-big-beatles-e-joao-barone-se-apresentam-no-teatro-do-sesi/#.VQNpKY54p4c

Michelle Abu

Disponível em <
https://www.instrumentalsescbrasil.org.br/artistas/michelle-abu >

Temos ainda a Bateria (conjunto de instrumentos de percussão), tocados por um só músico. A


bateria usada no jazz e conjuntos populares consta de vários instrumentos: caixa-clara, bombo e
pratos comandados por pedal, tambores de diferentes tamanhos e sinos; possibilitando uma
riqueza e uma variedade incomparável de sonoridades.

Desafio: tocar bateria


Este é um dos exercícios básicos para tocar uma bateria. Primeiro
o músico pratica cada movimento independentemente, depois,
coordena dois deles em diferentes combinações, por exemplo, as
duas mãos ou um pé e uma mão. Finalmente, procura tocar todos
os quatro ao mesmo tempo. Será que você consegue?

Disponível em: COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo ARTE – Conteúdos essenciais para o Ensino Fundamental. São Paulo:
Disponível em <http://www.funcionamentoinstitucional.barra3.com.br/produtos/detalhe/35/bateria-unixer> Editora Ática. 2000, p. 130.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 49

EXERCÍCIOS
1) Complete a tabela com as informações corretas:
Instrumento Nome Idiofones ou
membrafones

__________________________ __________________

_________________ __________________

_________________ __________________

_________________ _________________

_________________ _________________

__________________ __________________
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 50

INSTRUMENTOS ELETRÔNICOS

São aqueles em que o som é produzido através de corrente elétrica. Surgiu com a invenção
da válvula eletrônica. Em 1948, com os transistores, foram sendo aperfeiçoados. O avanço rápido
da tecnologia faz com que hoje tenhamos até saxofones eletrônicos. Os mais conhecidos são:
guitarra, teclado, baixo elétrico, o sintetizador, e outros. Repare que a guitarra e o baixo elétrico
são também instrumentos de corda.

Teclado Guitarra
Disponível em <http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-458865331-teclado-musical- Disponível em
Sintetizador modular analógico waldman-expertkeys-61-teclas-tela-lcd-bivolt-_JM> <http://www.estrela10.com.br/produto/guitarra-eletrica-
Disponível em <http://moogsynthna2.wordpress.com/2010/09/21/os-tipos-de- preto-e-branco-maple-rosewood-g50ht-cort.html>
sintetizadores/>

Baixo elétrico
Disponível em <http://www.icsrita.org.br/site/blog,historia-
do-contrabaixo-eletrico,78.html>
Saxofone eletrônico
Disponível em
<http://www.paganellishop.com/loja/products/Sax-
Eletr%F4nico-%252d-AKAI-EWI-4000S-%252d-100-timbres-
diferentes!-%252d-20-%E0-30-DIAS-ENTREGA.html>

Músicos que utilizam instrumentos elétrico/eletrônicos


https://guitarload.com.br/2021/03/09/mulheres-guitarristas/

https://musicnonstop.uol.com.br/mulheres-na-musica-100-mulheres-incriveis-na-historia-do-rock-mundial-que-voce-precisa-ouvir/

Guitarristas brasileiros

Pepeu Gomes Kiko Loureiro Lari Basilio


Disponível em Disponível em <http://wikimetal.com.br/site/098-kiko-loureiro-no-
http://rocknrollmusic4ever.blogspot.com.br/2009/01/ wikimetal/ Disponível em
meus-20-guitarristas-brasileiros.html
< https://www.ibanez.com/usa/artists/detail/1570.html>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 51

Baixistas brasileiros

Nico Assumpção

Filipe Andreoli

Tecladistas Disponível em <http://arraf.forumaqui.net/t9493-10-melhores-baixistas-do-brasil)>

Tony Banks (Genesis) Marcos Pontes


Disponível em <http://www.duduki.net/cgi- Disponível em <http://teclacenter.com/2009/04/23/marcos-pontes-caixote-domingao-do-faustao-com-teclados-
bin/performer?id=P_680c480450f40e18 roland/>

Para conhecer ainda mais sobre os instrumentos busque realizar as atividades abaixo:
Reconhecer os timbres dos instrumentos nas músicas ouvidas no dia a dia; assistir filmes
sobre orquestras e bandas; visitar estabelecimento especializado em instrumentos; visitar a sede
de bandas ou de orquestras, para assistir aos ensaios, e comparecer a concertos.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 52

EXERCÍCIOS
1) Complete o quadro:

Instrumento Nome Classificação Demais


Sopro- Corda- especificações
Percussão- se houver
Elétricos/Eletrônicos

Dedilhado
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Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 54

CAPÍTULO 4
CONJUNTOS INSTRUMENTAIS
A música executada por instrumentos em conjunto era cultivada e apreciada desde os
tempos remotos. As combinações de instrumentos eram as mais diversas, sem obedecer a
qualquer ordem técnica.
Foi no período Barroco (que estudaremos um pouco mais a frente) e depois no Clássico,
que começaram a surgir, nos palácios nobres, os pequenos conjuntos para os quais os
compositores da época escreveram peças apropriadas e que se tornaram famosas.
Ao lado da música erudita floresceu, também, a música popular, folclórica e regional com
os instrumentos típicos de cada país.
O conjunto instrumental pode variar de dois instrumentos até a orquestra, com mais de
100 instrumentos, desde a música popular até a erudita. Os pequenos grupos, algumas vezes,
recebem uma nomenclatura específica pela quantidade de instrumentos:

Duo - 2 instrumentos
Trio - 3 instrumentos
Quarteto - 4 instrumentos
Pequenos Quinteto - 5 instrumentos
Conjuntos Sexteto - 6 instrumentos
Septeto - 7 instrumentos
Octeto - 8 instrumentos
Noneto - 9 instrumentos

Obs.: O conjunto instrumental composto dos instrumentos de


cordas friccionadas (2 violinos, 1 viola e 1 violoncelo) é chamado
Quarteto de Cordas ou Quarteto Clássico.

Disponível em < http://www.zonamix.com.br/cultucando/tag/concerto-universitario/>

Trio de Jazz
Disponível em
<http://cafe427.daum.net/_c21_/bbs_search_read?grpid=13LCf&fldid=QkF&contentval=00
08fzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz&nenc=&fenc=&q=&nil_profile=cafetop&nil_menu=sch_updw>

Orquestra Sinfônica
Grandes de Câmara
Conjuntos
Militares ou civis
Banda
Sinfônica
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 55

ORQUESTRA SINFÔNICA
A Orquestra Sinfônica é o maior e mais
completo conjunto musical.
A palavra Orquestra vem do grego
“Orkestra”, lugar reservado ao coro no teatro grego.
O marco da formação da orquestra foi o
início do século XVII com Cláudio Monteverdi.
No século XVIII, a composição da Orquestra
Sinfônica se fixou com Haydn, Bach e Mozart. No
século XIX, Beethoven aumenta o número de
Disponível em <http://imprensa.rioclaro.sp.gov.br/?p=1708>
executantes para sessenta. Com Berlioz, o número
cresce para 110 executantes e, Wagner emprega uma
orquestração grandiosa, ampliando a sonoridade dos instrumentos, adquirindo sua personalidade
atual.
Na Orquestra Sinfônica, as três categorias de instrumentos (cordas, sopro e percussão)
congregam-se sob a direção do Maestro ou Regente.
Uma das características da Orquestra Sinfônica é a predominância de instrumentos de
cordas friccionadas (de arco).
A disposição dos instrumentos pode variar de acordo com o regente e a obra a executar.
Atualmente, a disposição mais comum é esta mostrada no desenho abaixo.

Disponível em <http://gdantas.blogspot.com.br/2011_08_01_archive.html>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 56

O grupamento dos instrumentos de uma Orquestra Sinfônica é feito por Naipes (divisão
dos instrumentos por características sonoras, material de feitura e processo de execução).
Os instrumentos de corda são a espinha dorsal de uma orquestra. Os violinos estão
divididos em dois grupos: 1º e 2º violinos, encabeçados pelo 1º violino Spalla (líder do conjunto, a
quem compete o solo do grupo).
Também temos as violas, os violoncelos e os contrabaixos. As harpas, instrumentos
dedilhados, geralmente são usadas uma ou duas.
Os instrumentos de sopro são: flautim, flauta, clarinete, oboé, corne inglês, fagote e
contrafagote.
Os instrumentos de metal constituem a artilharia pesada: trompete, trombones, trompas e
tubas.
A percussão está ligada à acentuação do ritmo: celestas, xilofones, sinos, tímpanos como
complemento, além dos pratos, bumbos, triângulos e pandeiros.
Modernamente alguns compositores se valem de piano, órgão, instrumentos eletrônicos,
regionais, folclóricos, etc.

Você sabe por que a orquestra tem essa organização?


Os instrumentos na orquestra são organizados pela sua intensidade sonora. Os
instrumentos com capacidade sonora menor devem ficar na frente, enquanto os instrumentos
com som mais volumoso se localizam atrás. Dessa forma, todos podem ser ouvidos!

Curiosidade
Às vezes ouvimos falar de orquestra sinfônica e orquestra filarmônica. Qual a diferença?
Esses prefixos denotam somente a maneira como eram sustentadas a orquestra. Antigamente a
orquestra sinfônica levava este nome por ser mantida por uma instituição pública, e a
orquestra filarmônica era sustentada ou apoiada por uma instituição privada, mas hoje este
conceito tem mudado e essas distinções não se aplicam mais como antes.

ORQUESTRA DE CÂMARA
Atualmente, orquestras de câmaras são quaisquer conjuntos instrumentais que possuam
no máximo 20 instrumentos. Caracteriza-se pelo fato de nela figurar apenas um instrumento de
cada espécie: uma flauta, um oboé, um clarinete, um fagote, excetuando as cordas que podem ser
em maior número. Cada instrumentista deve ter qualidades de um solista.
Podem ter as mais variadas formações e executam repertório de músicas eruditas escritas
para este tipo de conjunto e também músicas populares com arranjos específicos.
É importante saber:

PARTITURA – anotação
simultânea de todas as partes
instrumentais ou vocais de
uma obra, onde o regente se
apoiará para interpretar a
música.

SOLISTA – indivíduo que


executa o papel principal. O
instrumento ou voz em
Orquestra de Câmara de Blumenau Orquestra de Câmara Uems destaque na orquestra.
Disponível em <http://canard-canard.blogspot.com.br/2008_12_01_archive.html> Disponível em <http://www.agorams.com.br/jornal/2012/08/orquestra-de-camara-uems-se-
apresenta-no-teatro-municipal/>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 57

BANDA
A banda era originalmente a orquestra do rei. Hoje, a banda ainda é, tradicionalmente, o
conjunto musical formado por instrumentos de sopro e percussão, onde também podem ser
incorporados instrumentos de cordas, como violoncelos, contrabaixos e harpa.
A percussão de uma banda pode ser composta desde a formação básica com caixa, pratos,
bumbo, surdo, triangulo até algo mais grandioso.
Como nas orquestras, possui um regente à sua frente.
A banda que pertence a uma corporação militar chama-se banda militar. Pertencendo a
outras entidades, ela é chamada de banda civil.
As bandas marciais costumam ter como repertório principal Marchas, Dobrados, Xotes e
Polcas e, em razão da mobilidade, utilizam instrumentos de sopro e percussão.

Banda do Batalhão da Guarda Presidencial Sociedade Filarmônica Catarinense


Disponível em <http://www.sgex.eb.mil.br/encartes/encarte%20banda9782.htm> Disponível em <http://sfcatarinense.blogspot.com.br/>

N
No Brasil, a banda musical existe desde os tempos coloniais.
Participam da vida da comunidade, tocando em festas, enterros,
solenidades; e desempenham, no interior, a função ocupada pelos
conservatórios nas cidades, sendo conhecidas também como
Sociedades ou Corporações. Apresentam-se geralmente em praças,
coretos, praças, escolas, teatros, igrejas.
Tela de R. Ornelas (1986) representando uma banda
tocando em um coreto
Disponível em <http://www.barbacenaonline.com.br/musica/historia.htm>

BANDA SINFÔNICA
As bandas militares ou civis, quando chegam ao seu
máximo desenvolvimento, denominam-se às vezes banda
sinfônica, caso em que incorporam oboés, fagotes, vários
gêneros de clarineta, adicionando ainda cordas como
violoncelos, contrabaixos, outros metais como a trompa e
vasta percussão: tímpanos, gongo ou tan tan, carrilhão,
vibrafone, xilofone, bloco sonoro, buzinas, reco-reco, etc.
Seu repertório é de músicas eruditas: óperas,
sinfonias, etc. Nos concertos, distribuem-se em naipes, como Banda Sinfônica Militar
na orquestra. Os instrumentos mais agudos à frente, seguindo
a ordem de acordo com o timbre, vindo ao final, os instrumentos de percussão.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 58

CONJUNTOS INSTRUMENTAIS DIVERSOS


Qualquer grupo de instrumentistas pode ser chamado de conjunto instrumental. Mas,
normalmente falamos de conjunto instrumental quando sua formação não é de uma banda ou de
uma orquestra (com todo grupo de cordas: violinos, violas, violoncelos e contrabaixos). O
agrupamento é livre e pode incluir, também, instrumentos não usados numa orquestra, como, por
exemplo, violão, guitarra, flauta doce, teclado eletrônico e outros. No Conjunto Instrumental pode
participar qualquer instrumento

Arthur de Faria & Seu Conjunto


Conjunto instrumental Sa Gama Disponível em <http://www.carloscalado.com.br/2011/11/musica-instrumental-
Disponível em <http://jornalcultural.blogspot.com.br/2010/08/sa-grama-e- brasileira-genero.html>
convidados-no-santa-isabel.html>

BANDAS DE MÚSICA POPULAR


Com o surgimento do rock and roll, os grupos que tocavam esse estilo musical passaram a
ser denominados 'bandas de rock' ou simplesmente 'bandas'. A partir daí, "banda musical" ou
"banda" passou a designar diferentes tipos de grupos e formações musicais, que tocam os mais
variados estilos musicais.
Bandas de rock tipicamente possuem um ou dois guitarristas, baixista, baterista e,
dependendo do estilo, tecladista. Geralmente possuem também um vocalista, que pode ser um
dos instrumentistas ou um músico dedicado exclusivamente a cantar.

Banda de Rock: Guns n’Roses Banda de Forró: Verônica Ryos Banda de Jazz: Double Duo Jazz Quartet
Disponível em <http://aospapeis.blogspot.com.br/2010/10/guns-nroses-em- Disponível em <http://veronicaryos.musicblog.com.br/138052/banda-de-forro- Disponível em <http://cidadesaopaulo.olx.com.br/banda-de-jazz-bossa-nova-iid-
lisboa-20101006.html> pe-de-serra/> 222072944>

EXERCÍCIOS
1) Marque a resposta certa:
a) Os instrumentos estão divididos em quatro categorias:
( ) de cordas, de sopro, de percussão, elétricos/eletrônicos
( ) de cordas, de sopro, de percussão e vocais
( ) de cordas, instrumentais, de sopro, elétricos
b) Grande grupo instrumental composto por instrumentistas profissionais, que executam peças
sinfônicas e grandes concertos com instrumentos de corda, sopro e percussão:
( ) Orquestra Sinfônica ( ) Conjunto de Câmara ( ) Banda
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 59

c) Conjunto instrumental formado por 2 violinos, 1 viola e 1 violoncelo:


( ) conjunto de cordas ( ) quarteto de cordas ( ) quarteto violado
d) Anotação simultânea de todas as partes instrumentais de uma obra:
( ) naipes ( ) partitura ( ) retreta
e) Conjunto instrumental com seis executantes:
( ) octeto ( ) septeto ( ) sexteto
f) Os instrumentos que são acrescentados na banda sinfônica são:
( ) os de percussão ( ) os de cordas ( ) os elétricos
g) O responsável pela direção de uma orquestra é o:
( ) maestro ( ) solista ( ) spalla
h) O grupamento dos instrumentos de uma orquestra é feito por:
( ) naipes ( ) spalla ( ) categorias

2) Complete:
a) A Banda Militar, utilizada para desfiles, é geralmente formada por instrumentos de
__________ e _______________.
b) O indivíduo que executa o papel principal, que é o instrumento ou voz em destaque na
orquestra, chama-se ______________________________.
c) Na Orquestra Sinfônica, há 3 categorias de instrumentos: _________________________,
____________________________________ e ____________________________________.
d) A Banda Sinfônica é a Banda Militar acrescentada de instrumentos de
__________________________________.

3) Marque CERTO ou ERRADO, justificando as respostas consideradas erradas:


a) A orquestra sinfônica é o maior e mais completo conjunto musical.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Justifique: _______________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
b) Na disposição usada atualmente, os instrumentos de metal são os que ficam mais próximos do
regente.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Justifique: _______________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
c) Na orquestra sinfônica há duas categorias de instrumentos: cordas e sopro.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Justifique: _______________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
d) O regente é o líder do conjunto, a quem compete os solos do grupo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Justifique: _______________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

4) Responda:
a) Por que na orquestra sinfônica os instrumentos de corda ficam logo na frente?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
b) O que são naipes?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 60

5) Observe as imagens e identifique o conjunto instrumental retratado:

________________________________________

Disponível em
<http://www.simnews.com.br/index.jsf?noticia=45366&page=noticias.xhtml>

___________________________________________

Disponível em <http://www.centrodeartes.uff.br/spettacolo/?portfolio_283=quarteto-de-cordas-da-uff-2>

____________________________________________________________

Disponível em <http://bandaluizdefranca.blogspot.com.br/2012/02/crise-na-orquestra-sinfonica-do-recife.html>

______________________________________________________

Disponível em <http://oliviadeoliveira.blogspot.com.br/2010/05/uma-das-maiores-banda-de-rock-que-eu.html>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 61

GRUPOS INSTRUMENTAIS DA TIJUCA NOS ÚLTIMOS


10 (DEZ) ANOS

Coral de Alunos do Campus Tijuca II


O Coral do Campus Tijuca II foi coordenado pela professora Vanessa Weber e seus participantes
faziam parte do Ensino Fundamental e Médio do Campus Tijuca II. O coral participou de inúmeras
apresentações internas e externas.
O Campus Tijuca II sempre foi agraciado com a ativa participação no movimento coral com o Coral
da Unidade Tijuca II, sob a coordenação e regência da professora Maria Emília de Souza, a partir
dos anos 1980. Teve anteriormente outros regentes. A partir de 2010 o coral suspendeu suas
atividades. Em abril de 2012, surgiu o Coral do Campus Tijuca II, a partir da iniciativa dos próprios
alunos do Campus e encerraram as atividades em 2019 com uma linda apresentação de temas de
filmes.

Conjunto de Violões do Campus Tijuca II


O Conjunto de Violões do Campus Tijuca II foi coordenado pelo professor Rodrigo Russano nos
anos de 2016 e 2017. Faziam parte do grupo alunos do Ensino Fundamental e Médio.Participaram
de eventos escolares e também uma palestra musical junto como violonista e compositor clássico
Gaetano Galifi.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 62

Fanfarra do Colégio Pedro II do Campus Tijuca II


A Fanfarra Colégio Pedro II é coordenada pela professora Niágara Cruz teve início em 2003 no
engenho novo II. Passou pelo engenho novo I, Tijuca I, e teve sede na Escola de música em
realengo II. A fanfarra é um tipo de banda de música (grande grupo instrumental ). A Fanfarra do
Colégio Pedro II, especificamente, possui instrumentos de percussão e sopros e seus participantes
são alunos (e funcionários) de todos os Campus, aberta ao Ensino Fundamental, Ensino Médio e
Ensino Médio Integrado- Instrumento Musical. Atualmente sua última formação foi no Campus
Tijuca II.

A Fanfarra na Assembleia Legislativa do Esta


do Rio de Janeiro (2015)

Material disponível em:


http://fanfarradocolegiopedrosegundo.blogspot.com.br

Orquestra do CP2 do Campus Tijuca II


A Orquestra do CP2 é um projeto do Espaço Musical, Campus São Cristóvão II, destinado a
todos os estudantes do Colégio Pedro II.
A Orquestra foi fundada em 2017 pelo professor Paulo Teles. Com a sua aposentadoria, a
professora Karin Verthein assumiu o projeto no ano de 2019.
Atualmente desenvolvemos o ensino dos instrumentos de cordas friccionadas, como o violino
e o violoncelo, além da prática de conjunto. Nossa prática valoriza a escuta, a criação e o
envolvimento do corpo como participante ativo do fazer musical. Nossos repertórios dialogam
com os contextos musicais dos estudantes, bem como músicas populares brasileiras e latino--
mericanas. O projeto está disponível também para os estudantes do Campus Tijuca II
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 63

CAPÍTULO 5
VOZES
“O homem cumpre um dever agradecendo aos deuses o privilégio que lhe deu de poder cantar.”
Plutarco

Ao pensar nos sons que o corpo humano é capaz de produzir e na música que se pode
interpretar com eles, a primeira coisa que vem à mente de muitas pessoas é a voz e o canto.
Existem vozes humanas que surpreendem pela sua potência, outras pela originalidade do
seu timbre, pela sua capacidade de emitir notas agudas ou pela grande variedade de sons que
podem produzir.
Mas a voz também oferece muitas outras possibilidades. Além de cantar, ela permite
assobiar, estalar os lábios e a língua, emitir respirações fortes, tosses, gritos, gemidos, risos e uma
quantidade de efeitos sonoros diferentes que servem para fazer música.
A produção de som na voz humana se faz através da vibração das cordas vocais pelo sopro
expiratório, aperfeiçoado pela caixa de ressonância
formada pelos órgãos do aparelho fonador (cavidade
bucal e nasal, faringe, laringe, traqueia, diafragma e
pulmões).
Se fossemos classificar o órgão vocal como um
instrumento musical, poderíamos considera-lo como
um instrumento de sopro mecânico no qual os
“pulmões” e a “traqueia”, representam o fole. O
“laringe”, onde se encontram as cordas vocais, é o
principal órgão da voz. O “faringe” e as cavidades
bucal e nasal modificam o timbre.
A fonte principal da voz é a vibração de duas
pregas cartilaginosas (conhecidas como cordas vocais)
situadas nos lados da glote, no interior do laringe. A
vibração é produzida pelo ar que vem dos pulmões e
Disponível em <http://www.gta.ufrj.br/grad/09_1/versao-final/impvocal/propdosinal.html> é forçado através da abertura formada por essas
cordas. Quando respiramos, elas se afastam e o ar passa livremente dirigindo-se aos pulmões na
inspiração e para o exterior na expiração.
As pregas vocais do homem são mais robustas que
as da mulher ou da criança, sendo por isso mais grave a
voz masculina.
Para cantar, você precisa respirar corretamente
pelo nariz e manter uma postura corporal adequada. De
pé ou sentado, o corpo deve manter-se ereto e a cabeça Pregas Vocais
em posição natural. Disponível em <http://www.auladeanatomia.com/respiratorio/sistemarespiratorio.htm>

Não é fácil explicar em que consiste uma boa voz e, de fato, há muitas formas diferentes
de cantar corretamente. Quando escutamos os cantores LÍRICOS (de ópera) ou de VOZ BRANCA
(de música popular), constatamos que existe uma grande diferença entre suas vozes.
Os cantores líricos devem ter uma voz clara e potente que possa ser ouvida no fundo de
uma sala de concertos. Os cantores de voz branca cantam de forma mais natural e não necessitam
que sua voz soe com tanta força, já que utilizam microfones para amplificá-la. Mas cada cantor
tem seu próprio timbre e características vocais.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 64

EXPRESSAR-SE COM A VOZ


Quando falamos, comunicamos nossas ideais e sentimentos não só com palavras. O que
dizemos pode ser acompanhado de movimentos com os olhos, gestos com as mãos ou com todo o
corpo. Desse modo, o que desejamos expressar fica mais claro e compreensível. Além disso,
pronunciamos as palavras de uma forma especial. Isso nos permite comunicar sentimentos de
alegria, tristeza, raiva, mistério, etc.
Uma mesma frase pode adquirir sentidos muito diferentes de acordo com a forma de dizê-
la, isto é, segundo os recursos que são empregados para obter uma determinada expressão.
Alguns desses recursos, que podem ser usados tanto para falar como para cantar, são:
A intensidade: sussurrar, falar ou cantar suave ou forte, gritar ...
O tempo: lento e com pausas, rápido e agitado ...
O timbre: nasal, áspero, claro ...
A altura: grave, aguda.

CLASSIFICAÇÃO DAS VOZES


A voz varia de acordo com a idade. É frágil e transitória na criança. O órgão vocal das
crianças está ainda em formação, as cartilagens são mais fracas, mais flexíveis. O laringe é de
proporção pequena. Em relação ao desenvolvimento entre o laringe do menino e da menina e, em
relação a coluna vertebral, está situado mais alto do que nos adultos. Essa posição elevada do
laringe explica o timbre claro e puro, e os agudos estridentes da voz infantil. A voz infantil
modifica-se na adolescência, para firmar-se na fase adulta.
As vozes infantis são classificadas somente em:
agudas
graves

Nos adultos, as vozes dividem-se em masculinas e femininas e, quando educadas, são


classificadas conforme a sua tessitura e principalmente, conforme o seu timbre.
As vozes adultas se classificam em:

Tenor (aguda)
Masculina Barítono (média)
Baixo (grave)

Luciano Pavarotti (Tenor)


Disponível em <http://www.quemdisse.com.br/frase.asp?frase=55482&f=aprender-
musica-lendo-teoria-musical-e-como-fazer-amor-por-correspondencia&a=luciano-
pavarotti>

Soprano (aguda)
Femininas Mezzo-soprano ou meio-soprano (média)
Contralto (grave)

Maria Callas (Soprano)


Disponível em

EXTENSÃO E TESSITURA
<http://www.lastfm.com.br/music/Maria+Callas%3B+Tullio+Seraphin:+Philharmonia
+Orchestra>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 65

A EXTENSÃO é sequência de sons (do mais grave ao mais agudo) que o cantor pode
emitir naturalmente, sem forçar a voz, já a TESSITURA ou REGISTRO é a parte central da extensão
na qual o cantor consegue o máximo efeito com o mínimo esforço.
A classificação das vozes que vimos anteriormente é feita tendo como base a tessitura
da voz. Às vezes um barítono tem toda a extensão do baixo e do tenor, mas a região que sua voz
é mais brilhante é a central, por isso ele é classificado como Barítono. Observe no quadro abaixo a
tessitura aproximada das vozes tendo o piano como referência:

VOZES CORRESPONDENTES
São as vozes que pertencem ao mesmo diapasão.
Cada voz masculina tem a sua correspondente feminina e vice-versa. São vozes
correspondentes:

TENOR SOPRANO
BARÍTONO MEIO-SOPRANO
BAIXO CONTRALTO

É importante saber:
Quando se passa do período da infância para a adolescência na voz ocorre o fenômeno de
transição chamada MUDA VOCAL.
Após a MUDA, o timbre feminino é reforçado e a extensão da voz se torna maior,
enquanto no sexo masculino há o desenvolvimento do laringe e a voz desce uma oitava.

Outros termos relacionados com a voz:


FALSETE – também chamada voz de cabeça, é a imitação da voz de soprano, a voz mais aguda. É
uma técnica realizada principalmente pela voz masculina.
VOCALIZE – exercícios usados no canto para educar a voz. As notas e as palavras não são
pronunciadas e a voz modula sobre vogais ou sílabas.
BOCCA CHIUSA – é quando se canta com a boca fechada o som saindo pelas fossas nasais.
TÉCNICA VOCAL – são exercícios que auxiliam e orientam para a correta utilização da voz.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 66

EXERCÍCIOS
1) Preencha corretamente o quadro abaixo, de acordo com a classificação quanto à altura das
vozes:

FEMININA MASCULINA
AGUDA

MÉDIA

GRAVE

2) Assinale as alternativas corretas:


a) As vozes masculinas da mais grave para a aguda são:
( ) tenor, barítono, baixo
( ) tenor, soprano, baixo
( ) baixo, barítono, tenor
( ) nenhuma das alternativas acima

c) Assim se classificam as vozes femininas quanto à altura da mais grave para a mais aguda:
( ) soprano, grave, contralto
( ) contralto, agudo, meio-soprano
( ) soprano, meio-soprano, contralto
( ) nenhuma das alternativas acima

3) Relacione:
1. Responsável pela produção da voz humana ( ) pulmões
2. Serve de fole ( ) aparelho fonador
3. Entrada de ar para os pulmões ( ) respiração
4. Base do som vocal ( ) inspiração
5. Saída do ar dos pulmões ( ) boca
6. Caixa de ressonância ( ) expiração
7. Vibram com a saída do ar dos pulmões ( ) laringe
8. Órgão onde se acham as cordas vocais ( ) cordas vocais

4) Responda:
a) Qual a melhor posição para se cantar?
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
b) Em que consiste a Muda Vocal?
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
c) Quais são os movimentos respiratórios?
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
d) O que é boca chiusa?
________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 67

CAPÍTULO 6
CONJUNTOS VOCAIS
Corresponde a grupos de pessoas que cantam em conjunto.
De acordo com o número de componentes, o conjunto vocal recebe denominações
especiais, assim:

Duo ou Dueto 2 pessoas


Trio ou Terceto 3 pessoas
Quarteto 4 pessoas
Pequenos Quinteto 5 pessoas
Conjuntos Sexteto 6 pessoas
Septeto 7 pessoas
Octeto 8 pessoas
Noneto 9 pessoas

Curiosidade:
Grande Conjunto Coral As novas gerações estão novamente
se interessando pelo canto coral. O
que tem motivado esse interesse é
principalmente uma série americana
Os conjuntos também se classificam da seguinte forma: chamada Glee. A trama centra-se
Quanto aos tipos de voz: no Clube Glee, o coral da escola,
Infantis – vozes infantis chamado de "New Directions" (Novas
Direções) que compete nos circuitos
Femininas – vozes femininas adultas de show coirs, enquanto os seus
Masculinas – vozes masculinas adultas membros lidam com situações de
Mistas – vozes femininas e masculinas adultas relacionamento e questões sociais.

Quanto à atuação:
À capella – puramente vocal sem acompanhamento
Com acompanhamento – de um ou mais instrumento

CORAL
Um Coro, Grupo Coral ou, popularmente, só Coral é um grupo de cantores que são
classificados conforme a tessitura de suas vozes, e dirigidos por um regente.
Um coro misto, com vozes, adultas, masculinas e femininas, na música ocidental
tradicional e erudita compõe-se de quatro vozes: Baixos, Tenores, Contraltos e Sopranos; e,
algumas vezes, suas variantes, Barítono e Mezzo-soprano que na verdade são o mesmo que:
segundo Tenor e o segundo Soprano, respectivamente. Chamamos de Naipe cada uma dessas
subdivisões.
O CORAL nasceu e foi difundido entre os protestantes da Alemanha no séc. XVI, por Martin
Lutero.
No Brasil o Canto Coral é amplamente difundido tendo recebido grande impulso com o
trabalho de Villa-Lobos e seu Canto Orfeônico nas escolas a partir da década de 30 do século XX.
Na atualidade o canto coral é praticado em universidades, escolas, igrejas, associações e clubes, e
empresas assim como também por grupos profissionais que realizam um trabalho de grande
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 68

aceitação. Destacam-se na regência coral brasileira os regentes Nelson Matias, Marcos Leite,
Carlos Alberto Figueiredo, Jayme Amatnecks, Samuel Kerr, Eduardo Lackshevitz, Solange Pinto
Mendonça e Vilson Galvaldão.

Coral Adulto Feminino


Coral adulto de vozes mistas Coral Infantil Disponível em <http://www.feiradenatalpocosdecaldas.com.br/fotos_02.asp>

Disponível em <http://turismo.culturamix.com/nacionais/coral-infantil-natalino>
Disponível em < http://musicaplena.com/?p=1547>

É através do Coral, que se pode alcançar um grande número de pessoas, ao contrário da


música instrumental que depende da aquisição de instrumentos. Por mais simples que seja a
Música Coral, ela permite levar a uma comunidade, valores importantes à sua formação artística,
humana e, sobretudo, vocal.
Atualmente, os grupos vocais também tem tido grande repercussão na sociedade
brasileira. Os Grupos Vocais são grupos pequenos, mas sem uma formação fechada, e podem
interpretar os mais variados repertórios, sendo muito comuns as interpretações da Música
Popular. Possuem uma performance no palco bem descontraída e podem ter acompanhamento
instrumental ou não, sendo muito comum a imitação do som dos instrumentos acompanhadores
com a voz.

Mulheres de Hollanda - Grupo vocal feminino


MPB 4 - Grupo vocal masculino Disponível em <http://musicolatras.blogspot.com.br/2011/09/mulheres-de-
hollanda.html>
Disponível em < http://www.mpbnet.com.br/musicos/mpb4/index.html>

Barbatuques – Grupo vocal especializado em percussão


BR6 - Grupo vocal misto vocal e corporal
Disponível em <http://www.tupirecords.com/artists/view/br6>
Disponível em <http://www.slrevistaeletronica.com.br/novidades/3-festival-internacional-de-percussao-
corporal-acontece-em-novembro.html>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 69

EXERCÍCIOS
1) Complete:
a) Um conjunto vocal com seis cantores pode ser chamado de __________________.

b) Um coro “à capella” é um coro puramente ________________________________________.

c) No coral as vozes são dividas em ________________________________, de acordo com suas


tessituras.

2) Responda:
a) Quais são os principais naipes de um coral misto?
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
b) Qual a diferença entre um grupo vocal e um coral?
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

3) Observe as imagens e classifique os grupos vocais quanto ao tipo de voz:

_________________________________
_________________________________

Disponível em <http://calcadaodequarteira.blogspot.com.br/2009/12/canticos-de-
natal-em-quarteira.html>

______________________________________
______________________________________

Disponível em <http://portuguese.ruvr.ru/radio_broadcast/5176939/7751877.html>

______________________________________
______________________________________

Disponível em <http://www.revistaluminus.com/site/2011/09/15/glee-tv-palco-e-
cinema/>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 70

CAPÍTULO 7
HISTÓRIA DA MÚSICA OCIDENTAL

Assim como a história geral e a história da Arte, a História da Música também é dividida em
períodos. A data do início e fim de cada período sempre gerou grandes polêmicas, porém nos
servem como fonte de simples referência, já que os períodos se entrelaçam no final de um e início
de outro, atingindo seu ápice na consolidação do novo estilo. Cada período apresentará
características que serão diretamente contrárias ao período anterior, buscando referências no
período que precedeu o que lhe é contrário. Por exemplo, o Classicismo possui uma série de
características contrárias ao período Barroco, e buscará sua inspiração no Renascimento.
Os períodos musicais são importantes para, historicamente, situar a música e seus
compositores, para que o ouvinte possa definir o estilo de determinados músicos de sua
preferência.
Veja abaixo o quadro de distribuição dos períodos da História da Música Ocidental, a partir
da Idade Média.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 71

Este ano trabalharemos com a música Barroca, mas antes vamos relembrar os períodos
anteriores: a Idade Média e do Renascimento, período vivido na Europa na época da chegada dos
Portugueses no Brasil.
Os outros períodos serão trabalhados ao longo dos seus anos de estudo!
Aproveite essa viagem!

Disponível em
<http://www.canstockphoto.com.br/desenho-sonho-
viagem-ao-redor-mundo-9973561.html>

IDADE MÉDIA
A Idade Média abrange o período aproximado de 400 a 1450, e a música desse período é
conhecida também como Música Medieval.
A música desse período era essencialmente religiosa. O cristianismo mostrou ao homem
um mundo interior que ele desconhecia, e essa revelação transformou a visão de si mesmo, bem
como a sua posição face às coisas. Movidos por esse novo modo de ser, os primeiros cristãos
desenvolveram sua própria arte com o objetivo de exteriorizar não somente sensações, mas
sentimentos de integração religiosa.
Os cânticos desenvolveram-se até tomar a forma de uma ANTIFONÁRIO: No sentido
espécie de melodia chamada CANTOCHÃO. Santo Ambrósio ajudou a próprio, é a coleção das
elaborar uma série de regras para manter um estilo adequado ao canto tradicionais antífonas
de hinos sacros. A música que obedece a essas regras é chamada monódicas ou cânticos
litúrgicos da igreja católica
CANTO AMBROSIANO. Foi a primeira forma sistematizada do
que é usado até hoje. Mas
cantochão. esta palavra também é
Sentindo necessidade de usada para referir o livro
unificar e de fortalecer o que contém todas as
cristianismo, São Gregório monodias para o Ofício
Magno, monge beneditino e Divino e que se distingue
eleito papa em 590, compilou e do Gradual que possuiu o
cantochão para a Missa.
selecionou uma série de
cânticos litúrgicos com
qualidade e dignos de culto, organizando um
ANTIFONÁRIO.
A forma de cantar (monódica – só uma melodia
linear) deu-se o nome de CANTO GREGORIANO, que era
basicamente uma forma de oração para demonstrar o
amor a Deus. Este canto, realizado somente por monges e
padres, tinha uma melodia simples que seguia o ritmo das
palavras, e representa, musicalmente, a essência ideal e
O canto gregoriano era uma música mais íntima da religião católica.
considerada enviada por Deus. Segundo Na Idade Média, todos cantavam tanto a música
uma lenda, o Espírito Santo em forma de sacra como a profana ou secular (não religiosa) na forma
pomba, ditou as melodias ao Papa
monofônica. A partir de cerca de 1300 desenvolveu-se a
Gregório I, que apenas anotou-as.
Disponível em < HEUMANN, Monika. Uma história da música para crianças: uma chamada Ars Nova, onde houve uma revolução na escrita
fascinante viagem no tempo. São Paulo: Martins Martins Fontes, 2011, p. 48)
musical e também na forma de fazer música na igreja e
fora dela. Na Ars Antiqua a música era principalmente de caráter religioso e monofônico. Durante
a Ars Nova predominou principalmente a utilização de POLIFONIA e de timbres variados das
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 72

diversas famílias – consorts - dos instrumentos medievais: sopro-corda-percussão. Esses consorts


deram origem à orquestra. No período seguinte, esses aspectos terão grande desenvolvimento,
Paralelamente ao canto gregoriano, desenvolveu-se a música profana (música não religiosa)
representada pelos TROVADORES que levavam aos castelos as notícias de feitos e guerras de
outras regiões. Foi o registro oral de muita história da humanidade. Foi a época das Cruzadas.
Nesta época começa a haver uma grande separação entre a MÚSICA RELIGIOSA e a
MÚSICA POPULAR. Uma das grandes diferenças entre elas está nos instrumentos que são usados
em ambas. Na igreja apenas o órgão era permitido enquanto que na música não religiosa ou
chamada profana usavam-se: a rabeca, o saltério, o alaúde, a charamela, a flauta, a gaita de
foles, a sanfona, a harpa, os pratos, os pandeiros, os tambores, etc. Veja abaixo:

Os TROVADORES eram nobres que compunham música e poesia tendo como tema
preferido, para as suas composições, o amor. Cantavam seus versos acompanhando-se com o
alaúde ou com a viela.
Entre os principais trovadores podemos citar: Ricardo Coração de Leão (rei da Inglaterra) e
D. Juan I (rei de Aragão).
Os MENESTRÉIS eram cantores, músicos e malabaristas que andavam de terra em terra
juntamente com os saltimbancos, divulgando a música popular da época.

A NOTAÇÃO

A notação musical serviu no início apenas para auxiliar a


memória de quem cantava, mas, ao longo dos tempos, tornou-
se cada vez mais precisa. Numa fase inicial eram colocados
pequenos símbolos chamados
neumas.
Esses foram os primeiros
sinais de notação musical da Idade
Média. Esses ganchinhos, pontos e

arcos eram anotados sobre a linha Imagens disponíveis em < HEUMANN, Monika. Uma história da
música para crianças: uma fascinante viagem no tempo. São Paulo:
do texto e davam uma noção da Martins Martins Fontes, 2011, p. 48)
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 73

melodia, mas sem a altura exata do som, ou seja, sem o tom da nota. Assim, eles serviam apenas
de auxílio à memória dos cantos transmitidos oralmente.
Mais tarde e de forma progressiva foram introduzidas as linhas até se chegar ao conjunto
das cinco que foram inventadas por GUIDO D’AREZZO, conhecido como sendo um grande teórico
Imagens disponíveis em < HEUMANN, Monika. Uma
da música na Idade Média e que nós já vimos no Capítulo 3, página 10. Mas, a
história da música para crianças: uma fascinante
viagem no tempo. São Paulo: Martins Martins Fontes,
partir do século XI, o uso da pauta tornou-se habitual. Guido D’Arezzo também
2011, p. 48)
batizou as notas musicais com os nomes que conhecemos hoje: dó, ré, mi, fá,
sol, lá e si (antes ut, re, mi, fa, sol, la e si), baseando-se em um texto sagrado em
latim do hino a São João Batista.
Dentre os compositores da Idade Média, podemos destacar: Hildegarda de Birgen, Leonin,
Perotin, Adam de la Halle, Philippe de Vitry e Guillaume de Machaut.

RENASCIMENTO
A RENASCENÇA foi um período que abrangeu,
aproximadamente, os anos de 1400 a 1600. A definição do início do
período renascentista é difícil devido à falta de mudanças abruptas
no pensamento musical do século XV.
O Renascimento foi um movimento cultural muito complexo,
que nasceu na Itália, por volta do século 14, e se espalhou pela
Europa cem anos depois. Para o seu surgimento contribuíram
centenas de causas existenciais e comerciais. Entretanto, podemos
levantar algumas características gerais:
- o humanismo;
- o cientificismo e o início da tecnologia atual;
- a valorização da cultura greco-romana; Homem Vitruviano, desenho de Leonardo Da Vinci
- a liberdade de circulação de ideias; feito em cerca de 1490. O redescobrimento das
proporções matemáticas do corpo humano no século
- a economia capitalista com todas as suas XV por Leonardo e os outros é considerado uma das
consequências: o incremento comercial, as primeiras grandes realizações que conduzem
ao Renascimento italiano.
indústrias, o colonialismo, o imperialismo, a divulgação do Disponível em < http://www.infoescola.com/desenho/o-homem-vitruviano/>
saber pela imprensa, etc.
O Renascimento foi marcado pela descoberta do homem. O homem passou a ser
considerado como centro e medida de todas as coisas. Essa nova visão ocasionou grandes
modificações nas artes. As crenças humanistas, juntamente com o aparecimento de um novo
estilo de pintura e de escultura, marcaram o início do Renascimento, Esta época marca o início do
mundo moderno.
A música ainda era escrita nos modos medievais, mas com muitas modulações,
transposições, alterações cromáticas e sob a supervisão da
Igreja Católica, orientando os padres-compositores.
A mudança mais interessante em relação à Ars Nova,
que conduzirá ao Renascimento, foi que o contraponto
atingiu um alto grau de complexidade e sofisticação com a
música polifônica.
Surge a subdivisão binária, isto é, a notação métrica
e a ideia da fórmula de compasso. Ritmos de danças eram
aproveitados. As cores das figuras de som tornam-se
Eram apreciadas principalmente as danças de passos brancas para as longas e pretas para as curtas.
lentos em compasso binário, como pavana e basse
danse, assim como a galharda, uma dança rápida e
Surge a imprensa musical.
compasso ternário.
Disponível em < HEUMANN, Monika. Uma história da música para crianças: uma
fascinante viagem no tempo. São Paulo: Martins Martins Fontes, 2011, p. 62)
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 74

No final do século XVI, os luteranos (liderados por Lutero), criaram para o seu culto uma
música muito simples, feita para que todos os seus fiéis a cantassem, ao contrário da prática
católica, muito elaborada. Esta música para o serviço luterano recebeu o nome de "CORAL" (é um
movimento de acordes com melodias curtas, sem
ornamentação e com ritmos fáceis). As origens das
melodias eram de temas folclóricos e cânticos
católicos adaptados para a nova religião e criações
próprias.
Então a Igreja Católica, descobrindo a
vantagem deste estilo musical, procurou simplificar os
seus próprios cantos. A alta cúpula eclesiástica, no
espírito da Contra- Palestrina Reforma, deu a PALESTRINA a
incumbência desta Disponível em < HEUMANN, Monika. Uma história da música para crianças: uma
fascinante viagem no tempo. São Paulo: Martins Martins Fontes, 2011, p. 63)
tarefa. Basicamente, a música
passou a ser escrita para um coro pequeno (música polifônica) sem acompanhamento
instrumental, surgindo daí a expressão "coro a capella". Somente eram admitidos homens para
cantar este repertório. As vozes agudas eram feitas por meninos.
MISSAS, HINOS, MOTETOS e outros cânticos eram compostos para suprir todas as
necessidades católicas.
A POLIFONIA, música que possui melodias diferentes cantadas ao mesmo tempo, chega ao
seu auge no Renascimento, sendo que, a polifonia coral, em especial, adquire o máximo de sua
beleza e expressividade durante a 2ª metade do séc. XVI na música de PALESTRINA (Itália), BYRD
(Inglaterra) e VICTÓRIA (Espanha).
Paralelamente ao desenvolvimento da música sacra renascentista, houve o rico
florescimento das canções populares: uma delas foi o MADRIGAL (cantado a três ou mais vozes,
sobre pequena poesia italiana de estilo amoroso).
Aparecem no final do séc. XVI os ORATÓRIOS (dramas sobre temas religiosos com coros,
solos e orquestra, sem cenários), originados do drama grego. Seu criador foi São Felipe Néri, que
resolveu criar representações dramáticas sobre a vida dos santos, acompanhadas de música. Mais
tarde, o oratório foi denominado de drama sacro. O primeiro oratório foi escrito por Emílio
Cavalieri e se chama “Representação do corpo e da alma”.

Alguns Instrumentos Musicais do Renascimento:

Flautas doces

Alaúde Viola de braccio


Viola de Gamba
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 75

Espineta

Clavicórdio
Virginal

Instrumentos de percussão

Imagens disponíveis em < JUSTUS, Liana; MIRANDA, Clarice. Formação de plateia em música. São Paulo, Arx, 2004, p. 35 e 36>

Dentre os compositores do Renascimento, podemos destacar: John Dunstable, Guillaume


Dufay, Johannes Ockeghem, Alexander Agricola, Josquin des Prez, Andrea Gabrieli, Thomas Talli,
Jacob Clemens non Papa, Giovanni Pierluigi da Palestrina, Orlando de Lasso, William Byrd, Carlo
Gesualdo e Michael Praetorius.
Michael Praetorius foi também um teórico da música. Escreveu a obra Sintagma Musical
para registrar a teoria da música da época, bem como a descrição e construção dos instrumentos
musicais.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 76

EXERCÍCIOS
1) Observe a imagem e depois responda:
a) A cena representa um momento de
realização de música sacra ou profana na Idade
Média?
_____________________________________

b) Que elementos presentes na imagem


justificam sua resposta anterior?
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________

d) Quais instrumentos da Idade Média você


reconhece na imagem?
_____________________________________

________________________________________________________________________________
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 77

2) Relacione:
( a ) Ricardo Coração de Leão ( ) Instrumento musical do Renascimento
( b ) Canto Gregoriano ( ) Trovador da Idade Média
( c ) Saltério ( ) Compositor católico do Renascimento
( d ) Palestrina ( ) Forma musical do Renascimento
( e ) Madrigal ( ) Modo de cantar da Idade Média
( f ) Clavicórdio ( ) Instrumento musical da Idade Média

3) Responda:
a) Quais as principais diferenças entre o Renascimento e a Idade Média?
________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
b) Cite duas características gerais do Renascimento.
_______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
c) O que são oratórios?
_______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
d) Qual a diferença entre a monofonia da Idade Média e a polifonia do Renascimento?
_______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
e) Cite duas características musicais do Renascimento.
_______________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

BARROCO
A Música Barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural homônima
na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Claudio Monteverdi no século XVII (1600),
até à morte de Johann Sebastian Bach, em 1750.
No Barroco, as pessoas, principalmente na corte,
gostavam de pompa, floreados e ornamentos. Palácios, igrejas
e casas opulentos foram construídos. Usava-se roupa cara e
perucas brancas e gostava-se do artificial. O Barroco, tanto na
música como nas artes visuais, é um estilo opulento, cheio de
pompa e emoção, cujas obras refletem muita riqueza sonora.
Se a arte barroca representa o homem, a música
barroca representa os afetos e os sentimentos deste. A ênfase
da música barroca é a representação dos sentimentos
humanos. É um período de exuberância harmônica e melódica,
refletindo sua música certo êxtase. Reflete uma espécie de
negação pessoal dentro de uma esperança. A vida é
considerada um vale de lágrimas.
A polifonia usada nas vozes no Renascimento passa para
os instrumentos musicais, nascendo assim a música
Pietro da Cortona: O triunfo da instrumental pura, e não mais só para acompanhamento do
Divina Providência, 1633- canto e danças, mas sim, só para ser ouvida.
1639.Afresco em teto do Palazzo
Barberini, Roma
Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 78

Pela primeira vez na história, música e instrumento estão em perfeita igualdade. Nesse
período a instrumentação atinge sua primeira maturidade e grande florescimento. Pela primeira
vez surgem gêneros musicais puramente instrumentais, como a suite e o concerto.
O progresso do artesanal o de instrumentos
permitiu a formação dos primeiros “virtuosi” (intérpretes
com uma habilidade técnica extraordinária) que levaram
a música instrumental até os salões da nobreza.
Tornaram-se então comuns as Orquestras de Câmara e
Concerto Grosso, o mais genuíno produto da criação
barroca, em que diversos instrumentos disputam a
prevalência com a orquestra, em vez de um só, como no
concerto solista.
Na Itália, o violino era o instrumento nobre e a
composição era a Sonata. Na França, combatendo o alaúde, desponta o cravo de teclado
(precursor do piano). Mas apesar de todas as inovações do período barroco, os compositores
ainda usavam formas popularizadas na Renascença com outro tratamento, como por exemplo, a
Canção. A canção a duas vozes ou mais é chamada Madrigal (na Itália), Lied (na Alemanha),
Chanson (na França) e Song (na Inglaterra).
Acusando as consequências do novo período e do novo espírito surge, também no período
barroco, a homofonia (canto individual, com acompanhamento instrumental), ao lado dos
grandes coros polifônicos. Este canto individual com acompanhamento instrumental ficou
conhecido como melodia acompanhada. Buscava-se centralizar na voz de um único cantor a
comunicabilidade musical. Com isso, tornou-se hábito apoiar o cantor com os acordes de um
instrumento criados a partir de uma nota ininterrupta (baixo contínuo) na composição. Era a
melodia acompanhada.

Todas as experiências e modificações prepararam o terreno para os três gigantes do


Barroco: Bach, Haendel e Vivaldi.
No fim do séc. XVII, ocorre a substituição do sistema de modos (que vinham sendo
utilizados desde a Idade Média) pelo sistema tonal, baseado em novas relações entre as notas.
Na Alemanha, Heinrich Schütz, Johann Pachelbel e Georg Philipp Telemann; na França,
Jean-Baptiste Lully; na Itália, Domenico Scarlatti, Claudio Monteverdi e Arcangelo Corelli; Na
Inglaterra, Henry Purcell .
De onde vem a palavra barroco?
Vem do português: barroco = irregular, torto. O conceito surgiu só após 1750. Inicialmente,
denominava-se com ele o estilo artístico da época anterior, de forma pejorativa: em vez de
exuberante e sonora, a nova geração considerava aquela música pomposa e pesada. A partir do
século XIX, a música barroca passou a ser cada vez mais apreciada.

Os principais instrumentos do período barroco são: o violino, o cravo e o órgão! (Veja suas
imagens no capítulo Instrumentos musicais).
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 79

PRINCIPAIS COMPOSITORES DO PERÍODO BARROCO


Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Alemão protestante,
de família de músicos
famosos, destacou-se como
organista e cravista.
Aperfeiçoou a Fuga. Compôs
grandes obras vocais
(Paixões e Oratórios) e
instrumentais (obras para
Disponível em
teclado). <http://adrianodozol.blogspot.com.br/2012
/10/ave-maria-de-gounod-
O órgão foi seu bachgounod.html>

instrumento favorito,
tornando-se um virtuose conhecido em toda a
Europa.
Escreveu o “Cravo bem temperado”,
conjunto de pequenas obras para teclado, que
contém todas as possíveis dificuldades técnicas
que um intérprete pode encontrar, com o
propósito, como dizia o próprio autor: “de instruir
o próximo”.

Disponível em <DEYRIES, Bernard; LEMERY, Denys; SADLER, Michael. História da Música em


quadrinhos. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010, p. 44> Georg Friedrich Haendel (1685 – 1759)
Compositor alemão, sendo naturalizado inglês, se destacou como o
primeiro compositor moderno que adaptou sua música para satisfazer os gostos e
necessidades do público, não os da nobreza e os dos mecenas, como era habitual.
Suas óperas italianas obtinham extraordinário sucesso, no entanto,
quando o estilo operístico italiano começou a cair de moda no início da década de
1730, Haendel desenvolveu uma nova forma de criação musical, o oratório, que
Disponível em
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Georg
vem a ser a dramatização de passagens da Bíblia, cantadas em inglês. O oratório
_Friedrich_H%C3%A4ndel>
Messias, com o famoso trecho Aleluia, é geralmente executado por um grande
coro e orquestra.

Disponível em
<DEYRIES,
Bernard;
LEMERY, Denys;
SADLER,
Michael.
História da
Música em
quadrinhos. São
Paulo: Editora
WMF Martins
Fontes, 2010, p.
43>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 80

Antonio Vivaldi (1678 – 1741)


Compositor e violinista virtuose italiano, criador de uma vasta obra
profana, principalmente violinística. Vivaldi escreveu um dos mais conhecidos
e belos concertos do período barroco: As quatro estações. Tanto por seus
ensinamentos quanto por sua escrita instrumental, Vivaldi exerceu enorme
influência sobre a formação da Sinfonia e do Concerto.
Devido a seus cabelos ruivos aloirados e sua ordenação para padre, era
Disponível em
conhecido também pelo apelido “padre ruivo”. <http://www.classical.net/music/co
mp.lst/vivaldi.php>

Disponível em <DEYRIES, Bernard; LEMERY, Denys; SADLER, Michael. História da Música em quadrinhos. São Paulo: Editora WMF M

ÓPERA
A ópera desenvolveu-se por volta de 1600, em Florença, na Itália. Ali se formou um grupo
de estudiosos (nobres, filósofos, poetas e músicos) para fazer reviver o drama grego (uma forma
especial de teatro na antiga Grécia), com o objetivo de dar maior importância ao texto que ficou
em segundo plano durante a Renascença devido à importância da polifonia.

Disponível em <DEYRIES, Bernard; LEMERY, Denys; SADLER, Michael. História da Música em quadrinhos. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010, p. 13>

A Ópera é um gênero artístico que consiste num


drama encenado com música, dividida em atos (em geral de
três a cinco). O drama é apresentado utilizando os
elementos típicos do teatro, tais como cenografia, vestuários
e atuação. No entanto, a letra da ópera (conhecida como
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 81

libreto) é cantada em lugar de ser falada. Os cantores são acompanhados por um grupo musical,
que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa.
Os cantores e seus personagens são classificados de acordo com seus timbres vocais. Os
cantores masculinos classificam-se em baixo, baixo-barítono (ou baixo-cantor), barítono, tenor e
contratenor. As cantoras femininas classificam-se em contralto, mezzo-soprano e soprano.
As primeiras óperas foram Dafne e Eurídice de Jacopo Peri. A partitura de Dafne se perdeu,
mas a de Eurídice está integralmente conservada.
A aceitação destas óperas pelo público levou Cláudio Monteverdi a criar a verdadeira
ópera, uma reforma completa, com sua obra “Orfeu”, com recursos de harmonia e aumento da
orquestra para cerca de 40 instrumentos. Por isso, Monteverdi é considerado o “Criador da
Orquestra”.

Claudio
Monteverdi
Disponível em
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Clau
dio_Monteverdi>

Disponível em <DEYRIES,
Bernard; LEMERY, Denys;
SADLER, Michael. História da
Música em quadrinhos. São
Paulo: Editora WMF Martins
Fontes, 2010, p. 35>

Já no final do séc. XVII, a música italiana ganha a


França e a Alemanha. A escola italiana cultiva o “bel
canto”.
Alessandro Scarlatti (1660 - 1725) deixou cerca de
160 óperas, deu grande importância às aberturas das
óperas − Ouvertures − e introduziu o termo Da Cappo
(significa “do começo”).
Na França, Jean-Baptiste Lully (1632 - 1687) funda
a ópera nacional francesa, com pureza de estilo, muito
bem feita. A ópera francesa caracterizou-se pelo ballet -
Interior de uma ópera barrocabailado.
Disponível em
Na Alemanha, a ópera só começou a ser apreciada
<http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Interior_de_uma_%C3%B3pera_barroca.jp
g>
no final do séc. XVII. Já na Inglaterra, tornou-se mais
popular, tendo Henry Purcell (1658 - 1695) como seu mais destacado compositor.
No séc. XVIII, Christoph W. Gluck (1714 - 1787) reformou a ópera tornando-a mais
dramática e reduzindo as justas proporções os exageros do “bel canto”. Dentre suas óperas,
marcou época o “Orfeu”.
Você sabe o que é o Bel Canto?
É uma técnica vocal e interpretativa típica da Ópera Italiana. A base técnica do bel
canto reside na ênfase do controle da respiração, no aperfeiçoamento do legato, na precisão e
flexibilidade da coloratura*, na ausência de transições bruscas entre os registros, no controle
sobre uma longa extensão vocal (com um registro agudo bastante desenvolvido e de fácil
emissão) e na capacidade de construir a situação dramática pela própria linha melódica e pelos
atributos vocais. É uma técnica bastante difícil, e até hoje difícil de ser encontrada em sua
perfeição, e não se restringe apenas às óperas da era do bel canto, podendo ser utilizada em
outros repertórios. *Capacidade de elaborar ornamentos vocais em alta velocidade
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 82

EXERCÍCIOS
1) Marque a resposta correta:
a) Instrumento que fez parte do período Barroco:
( ) ( ) ( ) ( )

b) Em um concerto grosso tocam alternadamente:


( ) um pequeno grupo de instrumentos e a orquestra
( ) um solista e a orquestra
( ) dois grupos de instrumentos com a mesma formação
( ) somente a orquestra
c) O baixo contínuo é a denominação:
( ) para uma parte destacada da voz do baixo
( ) para uma parte continua da voz do baixo
( ) para uma parte interrompida da voz do baixo
( ) para uma parte movimentada da voz do baixo

2) Observe a ilustração abaixo e depois responda:

Disponível em <DEYRIES, Bernard; LEMERY, Denys; SADLER, Michael. História da Música em quadrinhos. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2010, p. 41>

a) Qual a característica da ópera barroca e consequentemente do período barroco em evidência


na imagem?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

b) O que é o libreto?
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

3) Relacione:
( a ) Bach ( ) Funda a ópera nacional francesa
( b ) Vivaldi ( ) Criador da orquestra
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 83

( c ) Haendel ( ) As quatro estações


( d ) Monteverdi ( ) O Cravo bem temperado
( e ) Lully ( ) O Messias

4) Complete relembrando o que aprendeu sobre o Barroco, indique V (verdadeiro) ou F (falso) nos
parêntese, justificando quando a afirmativa for falsa.
a) ( ) A ÓPERA é uma forma musical do período barroco que consiste em dramatização de
passagens da Bíblia, SEM CENÁRIO. Justificativa:_______________________________________
b) ( ) A ópera desenvolveu-se por volta de 1600 a partir do reavivamento do Teatro grego e da
Antiguidade Clássica, em Florença, na Itália. Justificativa:________________________________
c) ( ) O Messias do compositor Häendel é uma Ópera. Não é baseado em assuntos da Bíblia.
Justificativa:____________________________________________________________________
d)( ) A Harmonia (base sonora sobre a qual se apoia a melodia) surge no Barroco.
Justifique:______________________________________________________________________
e) ( ) Os instrumentos que se destacaram no Barroco foram: VIOLINO, CRAVO E ÓRGÃO.
Justificativa:___________________________________________________________________

HINÁRIO CÍVICO
HINO NACIONAL BRASILEIRO

HISTÓRICO
O Hino Nacional foi composto por volta de 1822/1823, na época da proclamação da
Independência do Brasil. A letra foi escrita por Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva em 1831, quando
da abdicação de D.Pedro II.
O Hino recebeu diversas denominações: Hino 7 de abril, Marcha Triunfal e finalmente Hino
Nacional Brasileiro, ainda que não oficializado.
O Hino foi mantido, mas não se cogitou em mudar a letra que era monarquista. Vários
escritores, entre os quais Coelho Neto, chamaram a atenção para a necessidade de se escrever
uma nova letra, capaz de traduzir com graça e maestria, o sentimento de brasilidade do povo.
Em 1909, a bela música de Francisco Manuel da Silva, receberia a letra desejada pelos
escritores e que foi aceita pelo povo como o seu verdadeiro poema: eram os versos de Joaquim
Osório Duque Estrada, que cantamos até hoje.
Esta letra somente foi oficializada em 6 de setembro de 1922.
O manuscrito original da partitura do Hino Nacional Brasileiro encontra-se na Escola Nacional
de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

AUTORES
JOAQUIM OSÓRIO DUQUE ESTRADA
(1870 – 1927)
Jornalista e literato brasileiro nasceu em Pati do Alferes (Estado do Rio) em
1870 e faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 1927.
Estudou no Colégio Pedro II, onde se bacharelou em letras. Como
diplomata, exerceu a função de secretário da Legação Brasileira no Paraguai. Foi
Disponível em <
redator do Correio da Manhã, tendo publicado várias obras.
http://www.geneall.net/
P/per_page.php?id=3411 Foi abolicionista, republicano e membro da Academia Brasileira de Letras
47>
sucedendo a seu ilustre mestre Sílvio Romero, que lhe prefaciou Alvéolos, o seu
primeiro livro de poesias.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 84

FRANCISCO MANUEL DA SILVA


(1795 – 1865)
Músico brasileiro nascido na cidade do Rio de Janeiro em 1795 e falecido
em 1865. Dedicou toda a sua vida aos estudos e às criações musicais.
A sua atuação na vida musical brasileira é rica em qualidade e
quantidade. Foi regente da Capela Imperial e Mestre da Imperial Câmara;
fundador e diretor da Sociedade Beneficente Musical; regente titular e depois Disponível em
<http://intervox.nce.ufrj.br
presidente da Orquestra da Sociedade Filarmônica; reorganizador da Capela ml> /~musica/backup/histor.ht

Imperial; presidente da comissão que organizou e dirigiu o Conservatório do Rio


de Janeiro.
Principais composições: Hino Nacional Brasileiro, Hino da Coroação de D. Pedro II, Hino
pelo batismo de D. Afonso, Hino às Artes, Hino à Imperial Sociedade da Instrução, Hino de Guerra,
Hino à Virgem Santíssima, Inúmeras peças para canto e piano, Músicas sacras e vários compêndios
de música

HINO NACIONAL BRASILEIRO

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada


Música: Francisco Manuel da Silva
I II
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas Deitado eternamente em berço esplêndido,
De um povo heroico o brado retumbante, Ao som do mar e à luz do céu profundo,
E o sol da Liberdade em raios fúlgidos, Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante. Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Se o penhor dessa igualdade Do que a terra mais garrida,


Conseguimos conquistar com braço forte, Teus risonhos lindos campos têm mais flores;
Em teu seio ó Liberdade, “Nossos bosques têm mais vida”,
Desafia o nosso peito a própria morte! “Nossa vida”, no teu seio “mais amores”.

Ó Pátria amada, Ó Pátria amada,


Idolatrada, Idolatrada,
Salve! Salve! Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido. Brasil, de amor eterno seja símbolo.
De amor e de esperança à terra desce, O lábaro que ostentas estrelado,
Se em teu formoso céu risonho e límpido, E diga o verde-louro desta flâmula
A imagem do Cruzeiro resplandece. - Paz no futuro e glória no passado.

Gigante pela própria natureza, Mas, se ergues da Justiça a clava forte,


És belo, és forte impávido colosso, Verás que um filho teu não foge à luta,
E o teu futuro espelha essa grandeza. Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada, Terra adorada,


Entre outras mil, Entre outras mil,
És tu, Brasil, És tu, Brasil,
Ó Pátria amada! Ó Pátria amada!
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 85

Dos filhos deste solo és mãe gentil, Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil! Pátria amada, Brasil!

VOCABULÁRIO:
brado → exclamação, grito, clamor idolatrada → amada, adorada
clava → arma de guerra impávido → destemido, corajoso
colosso → enorme, agigantado lábaro → pendão, bandeira
Esplêndido → grandioso, admirável límpido → transparente, nítido
florão → ornato, ornamento de feitio de plácidas → serenas, tranquilas
flor clamas
fúlgidos → brilhantes, cintilantes penhor → prova, garantia, sinal
fulguras → relampejas, cintilas, realças resplandece → brilha muito, sobressai
garrida → vistosa, alegre, elegante retumbante → ecoante, forte
heroico → enérgico, valoroso vívido → ardente, luminoso
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 86

HINO DOS ALUNOS DO COLÉGIO PEDRO II

PEQUENO HISTÓRICO

“Em solenidade comemorativa do Centenário do Colégio foi executado e cantado, pela


primeira vez, o ‘Hino dos Alunos do Colégio Pedro II’, sob a regência da Professora Maria Elisa de
Freitas Lima, música do maestro Francisco Braga e letra do bacharel do Externato Hamilton Elia, a
pedido do Secretário Dr. Octacílio Álvares Pereira.
Inspirado na retumbância das peças marciais e na letra de exaltação do passado e certeza do
futuro, seus versos acompanham a intensidade da harmonia e são recheados de símbolos do
positivismo, expressando, como forma de reconhecimento escolar, o compromisso das novas
gerações com as gerações anteriores, de homens que colocaram o nome do Colégio nas altas
esferas políticas e culturais do país (...).
O Hino dos Alunos do Colégio Pedro II foi especialmente encomendado para que a
comemoração do centenário fosse também recordada por uma memória musical.
A partir do momento em que a lembrança existe, a execução do hino como em geral de toda
música que possui significado sentimental, comunica emoção e expande a memória, num
sentimento de liberdade e de poder criador. Sendo assim, o hino se constitui numa das práticas e
representações mais importantes da memória coletiva do Colégio.
A sensibilidade auditiva preserva na memória individual e coletiva os compassos melódicos
que reproduzem em conjunto o compromisso com o passado e o futuro da instituição – o projeto
civilizatório de construção da Nação pelo saber, o poder do cientificismo que preconiza a ciência
como guia e propulsora do progresso e a retomada da educação como um instrumento do Estado
para a formação do cidadão.
O emblema, a bandeira e o hino são os símbolos através dos quais o Colégio Pedro II proclama
sua identidade, sugere respeito, constata lealdade e revela passado institucional.”

FONTE:

ANDRADE, Vera Lúcia Cabana de Queiroz. Colégio Pedro II: Um lugar de memória. Universidade
Federal do Rio de Janeiro. Tese (Doutorado) em História. Rio de Janeiro, 1999. 157 p. (P.
107 e 108)
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 87

HINO DOS ALUNOS DO COLÉGIO PEDRO II

Letra: Hamilton Elia


Música: Francisco Braga

Nós levamos nas mãos, o futuro


De uma grande e brilhante Nação
Nosso passo constante e seguro
Rasga estradas de luz na amplidão.

Nós sentimos no peito, o desejo


De crescer, de lutar, de subir
Nós trazemos no olhar o lampejo
De um risonho fulgente porvir.

Vivemos para o estudo


Soldados da ciência
O livro é nosso escudo
E arma a inteligência

Por isso sem temer


Foi sempre o nosso lema
Buscarmos no saber
A perfeição suprema.

Estudaram aqui, brasileiros


De um enorme e subido valor
Seu exemplo segui companheiros
Não deixemos o antigo esplendor.

Alentemos ardente a esperança


De buscar, de alcançar, de manter
No Brasil a maior confiança
Que só pode a ciência trazer.

Vivemos para o estudo


Soldados da ciência
O livro é nosso escudo
E arma a inteligência

Por isso sem temer


Foi sempre o nosso lema
Buscarmos no saber
A perfeição suprema.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 88
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 89

HINO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


HISTÓRICO
Quando estava próxima a Independência do Brasil, a 16 de agosto de 1822, Evaristo da
Veiga, brilhante político, compôs uns versos denominados Hino da Independência.
Depois de imprimir estes versos, Evaristo da Veiga ofereceu 12 exemplares ao príncipe
regente do Brasil, D. Pedro. Este sendo grande admirador da música resolveu fazer a parte musical
para o Hino.
O Hino da Independência foi cantado pela primeira vez, no Dia do Grito, a 7 de setembro
de 1822, quando da realização do espetáculo de gala na Casa da Ópera, em São Paulo.
Com o advento da República o hino foi banido dos atos oficiais, como tudo, aliás, que
lembrava o Império. Apenas em 1922 voltou a ser executado nos quartéis e nas escolas, mas de
forma diversa daquela para que fora composto por D. Pedro.
Mais tarde, com a revisão e correção dos hinos pátrios feita pelos maestros Francisco
Braga, Heitor Villa-Lobos e Assis Republicano e pelo professor Luiz Heitor Corrêa de Azevedo, o
Hino voltou a ser cantado na forma original.
Geralmente são cantadas apenas a primeira e a última estrofe do hino, isto naturalmente
por ser um hino um pouco longo.

AUTORES

EVARISTO FERREIRA DA VEIGA


(1799 - 1837)
Político brilhante, nascido na cidade do RJ em 1799 e ali falecido
em 1837. Os poucos anos de sua existência foram compensados pela
precocidade literária e política. Ainda adolescente, já fazia versos e se
interessava pela política.
Três vezes deputado pela Província de Minas Gerais, dedicou-se
às causas liberais como a independência e a abolição da escravatura.
Inspirado no clima de exaltação que precedeu a proclamação da
Independência, escreveu a 22 de agosto de 1822, os versos sobre os quais
Disponível em <
http://blog.memorial.com.vc/page/9/> D. Pedro I comporia a música do Hino da Independência.

D. PEDRO I
(1798 - 1834)
D. Pedro I nasceu em 1798, em Queluz, Portugal, e ali faleceu em
1834.
Quando ainda criança veio para o Brasil, estudou música com
Marcus Portugal, Sigismundo Neuckomm e com o Pe. José Maurício Nunes
Garcia, estudando harmonia e contraponto. Aprendeu a tocar diversos
instrumentos como violino, violoncelo, clarineta, fagote, flauta e
trombone.
Dentre suas composições destacam-se: “Te Deum”, duas missas;
uma sinfonia; uma ópera cuja abertura foi executada em Paris; o Hino da
Independência, Hino da Carta de Portugal e as Variações sobre uma Disponível em <
melodia popular. http://www.historiabrasileira.com/biografias/
dom-pedro-i/>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 90

HINO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Letra: Evaristo Ferreira da Veiga


Música: D. Pedro I

Já podeis da Pátria filhos, Ressoou na serra ao longe


Ver contente a mãe gentil; Nosso grito varonil;
Já raiou a liberdade Nos imensos ombros logo,
No horizonte do Brasil. A cabeça ergue o Brasil.

Estribilho: Estribilho...

Brava gente brasileira ! Filhos, clama, caros filhos,


Longe vá temor servil ! E depois de afrontas mil
Ou ficar à Pátria livre, Bis Que a vingar a negra injúria
Ou morrer pelo Brasil. Vem chamar-nos o Brasil.

Os grilhões que nos forjava Estribilho...


Da perfídia astuto ardil:
Houve mão mais poderosa, Não temais ímpias falanges,
Zombou deles o Brasil. Que apresentam face hostil:
Vossos peitos, vossos braços
Estribilho... São muralhas do Brasil.

O Real Herdeiro Augusto Estribilho...


Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos Tiranos Mostra Pedro à vossa frente
Quis ficar no seu Brasil. Alma intrépida e viril
Tendes nele Digno Chefe
Estribilho... Deste Império do Brasil.

Revoavam sombras tristes Estribilho...


Da cruel guerra civil,
Mas fugiram apressadas Parabéns ó brasileiros !
Vendo o Anjo do Brasil. Já com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Estribilho... Resplandece a do Brasil.
ardil → astúcia, sutileza, manha
astuto → esperto, manhoso, ardiloso Estribilho...
eSTRIBILHO
brava → valente, valorosa, admirável
falanges → corpo de tropas, multidão
forjava → fabricava, fazia
gentil → nobre, cavalheiresca
grilhões → cadeia metálica, laço, prisão
ímpias → não tem piedade, desumano, cruel
perfídia → traição, deslealdade
podeis → agir, mandar, faculdade
raiou → brilhou, começou a aparecer
resplandece → brilha muito, sobressai, engrandece
servil → relativo a servo, vil, bajulador
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 91
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 92

ATIVIDADES EXTRAS

Siga as orientações abaixo para a realização das atividades das páginas seguintes:

1) Jogo da memória musical: Notas suplementares


- Recorte os retângulos.
- Vire-os de cabeça para baixo e embaralhe-os.
- O objetivo é encontrar os pares corretos: a nota e seu nome.
- Que tiver o maior número de pares é o vencedor.

2) Jogo da memória musical: família dos instrumentos musicais


- Recorte os retângulos.
- Vire-os de cabeça para baixo e embaralhe-os.
- O objetivo é encontrar os pares corretos: o instrumento com a sua classificação.
- Que tiver o maior número de pares é o vencedor.

3) Dominó musical: instrumentos de percussão


- Recorte as figuras.
- Como no dominó comum, as peças contendo os instrumentos musicais são distribuídas
entre os jogadores.
- O jogo inicia-se com um jogador colocando a primeira peça sobre a mesa, com a figura
voltada para cima, que deve ser a peça dupla com o único instrumento de percussão de
som determinado.
- O outro jogador coloca ao lado desta, caso possua, uma peça com uma figura semelhante.
- Caso não possua, deve passar a sua vez de jogar.
- O jogo termina quando o primeiro jogador arriar todas as peças sobre a mesa

Obs.: Antes de começar a recortar seu jogo, recorte a página na linha pontilhada da lateral
esquerda da folha. Se você quiser seu jogo mais resistente, antes de cortar os retângulos, cole a
folha em uma cartolina ou papelão.

4) Recicle, decore, jogue


- Siga as orientações na própria atividade.

5) Guia de Audição
- O Guia apresenta a minutagem de obras do período barroco indicando suas principais
variações de andamento, o momento de entrada de diferentes instrumentos e a maneira como a
peça está estruturada, entre outras informações. Ouça a música e acompanhe.
- Essa atividade foi retirada da Coleção Grandes Compositores da Música Clássica da Folha
de São Paulo, portanto a minutagem é feita de acordo com as gravações dessa coleção. Outras
gravações podem apresentar variações entre a minutagem apresentada no Guia e a da gravação.
- As cores que acompanham a minutagem ajuda a visualizar a estrutura da obra. Cores da
mesma família indicam seções ou elementos musicais afins, e cores contrastantes, o contrário.
- A última música apresentada, retirada de As quatro estações de Antonio Lucio Vivaldi,
excepcionalmente não apresenta a minutagem, e sim os sonetos originais, que o próprio
compositor recomendou que fossem lidos durante a audição da obra e que foram publicados ao
lado da partitura da música.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 93

Dó 3 Lá 2 Ré 5

Lá 4 Si 4 Si 2

Dó 5 Sol 2 Ré 3
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 94

Instrumento de
Instrumento de Instrumento de corda dedilhada
corda friccionada corda tangida

Instrumento de Instrumento de
Instrumento de sopro da família sopro da família
corda percutida das madeiras com das madeiras com
palheta simples palheta dupla
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 95

Instrumento de
sopro da família Instrumento de Instrumento de
das madeiras com sopro da família sopro mecânico
embocadura livre dos metais

Instrumento de Instrumento de Instrumento


percussão com percussão com eletrônico
som determinado som
indeterminado
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 96
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 97
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 98

Recicle, Decore e Jogue


Material:
Arroz cru, 7 latas de refrigerante vazias, tinta, durex, tesoura e cronômetro

1) Junte 7 latas vazias de refrigerante de um mesmo tamanho. Verifique se não há


resto de líquidos em seu interior.

2) Coloque quantidades diferentes de arroz no interior de cada lata e feche a


abertura com adesivo. Pinte-as como mais gostar.

3) O jogo consiste em agitar as latas para identificar o som e ordená-las do mais


grave ao mais agudo no menor tempo possível.

Observações:
Para poder comprovar que a ordem
dos sons de grave a agudo das latas é
correta, você poderá anotar de baixo
de cada lata um número de 1 a 7 que
identifique a ordem das latas com
menos arroz até a que contiver mais
arroz.

Atividade e ilustrações do livro: ARAÚJO, Jesús (Ed). Música para crianças. Ciranda Cultural, São Paulo, 2010. P. 38.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 99

Guia de Audição
Johann Sebastian Bach
Concerto de Brandemburgo nº 3, em Sol Maior, BWV 1048
Allegro ( 3º movimento)
Gravação da Cologne Chamber Orchestra e Helmut Müller-Brühl (regência), 1999

00’00’’ O tema (uma sucessão de escalas ascendentes e descendentes) é apresentado em


forma imitativa e reiterado pelos diversos naipes.
00’34’’ Repetição literal do trecho anterior
01’09’’ O tema é apresentado nos violoncelos e, em seguida, nas violas, precedendo um
solo de violino.
01’20’’ Retomada da apresentação do tema em forma imitativa e reiterada.
02’11’’ O solo é agora retomado pela viola, seguido da apresentação diversificada do
tema.
02’53’’ Repetição literal do segundo trecho (desde 01’09’’)
Faixa 3 do CD da Coleção Grandes Compositores da Música Clássica: Bach. São Paulo: Abril Coleções, 2009 (livro 5)

George Friedrich Haendel


Música para os fogos de Artifício Reais, HWV 351
Overture (Abertura)
Gravação da Capella Istropolitana e Bodan Warchal (regente), 1998

00’00’’ Em um majestoso tutti, os naipes orquestrais (madeiras, metais e cordas)


apresentam o tema principal da abertura, construído sobre ritmos pontuados.
00’47’’ De forma alternada, os naipes realizam pequenas variações sobre o tema.
02’04’’ Reexposição do tema.
02’43’’ Início da seção contrastante, em que a primeira parte do tema é exposta pelos
metais e tímpanos, e o restante pelas madeiras e cordas. Em seguida, trecho em
contraponto livre.
04’19’’ Desenvolvimento do tema contrastante, seguido de novo trecho em contraponto
livre.
05’42’’ O estilo solene da primeira parte é evocado por um novo trecho em ritmo
pontuado.
06’22’’ Repetição da segunda seção, encerrando o movimento.
Faixa 1 do CD da Coleção Grandes Compositores da Música Clássica: Haendel. São Paulo: Abril Coleções, 2009 (livro 9)

Tutti: expressão italiana que indica o momento em que todos os elementos do coro ou da
orquestra devem entrar em ação.
Naipes orquestrais: conjunto de instrumentos musicais que, junto com outros naipes, integra uma
orquestra sinfônica.
Ritmos pontuados: forma como duas notas (bem como uma sequência delas) estão organizadas
ritmicamente, sendo que a primeira possui duração três vezes maior que a segunda. As notas
iniciais do Hino Nacional Brasileiro, por exemplo, configuram uma sequência de ritmos pontuados.
Contraponto: do latim, contra punctus. Arte de combinar duas ou mais melodias que se
desenvolvem ao mesmo tempo nas diversas partes ou vozes da partitura.
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 100

Antonio Vivaldi
As quatro estações – Concertos para violino, Opus 8
Concerto em Mi Maior, Opus 8, Nº 1, RV 269, A Primavera
Allegro (1º movimento), Largo (2º Movimento) e Allegro (3º Movimento)
Gravação de Cho-Liang Lu (violino), Anthony Newman (cravo) e Sejong (International Sejong
Soloists), 2006

Allegro
A primavera chegou e, festejando,
Os pássaros a saúdam com seu alegre canto,
E as fontes, ao soprar da brisa,
Jorram em doce murmúrio.

Encobrindo o céu com um negro manto,


Relâmpagos e trovões anunciam a tempestade.
Tão logo ela se cala, os passarinhos
Retomam seu melodioso encanto canoro.
Largo
E então, no prado florido e ameno,
Ao agradável murmurar das folhas e plantas
Dorme o pastor com seu fiel cão ao lado.
Allegro (dança pastoril)
Ao som festivo da zampogna campestre
Dançam as ninfas e os pastores sob o amado dossel
Diante da face brilhante da primavera
Faixa 1, 2 e 3 do CD da Coleção Grandes Compositores da Música Clássica: Vivaldi. São Paulo: Abril Coleções, 2009
(livro 4)

Zampogna: gaita-de-foles rústica italiana

Coleção Grandes Compositores da Música Clássica . São Paulo: Abril Coleções, 2009
Disponível em < http://www.alexandroff.com.br/en/animacao-3d-3/colecao-musica-classica/>
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 101
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 102
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 103
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 104
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 105
Apostila de Educação Musical – 7º ano / 2021 / Colégio Pedro II – Campus Tijuca II 106

BIBLIOGRAFIA
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2002.
______________. Jogando com os sons e brincando com a música II: Interagindo com a arte musical.
São Paulo: Paulinas, 2003.
ARAÚJO, Jesús (Ed). Música para crianças. Ciranda Cultural, São Paulo, 2010.
BENNETT, Roy. Elementos Básicos da Música. trad.: Maria Tereza de Resende Costa. Rio de Janeiro:
Zahar Editor, 1993.
______________. Forma e Estrutura na Música. trad.: Luiz Carlos Cseko. Rio de Janeiro: Zahar Editor,
3ª edição, 1988.
______________. Uma Breve História da Música. trad.: Maria Teresa Rezende Costa. Rio de Janeiro:
Zahar Editor, 1986.
BRASIL: Histórias, Costumes e Lendas. São Paulo: Editora Três Ltda, 1987.
CARDOSO, Belmira & MASCARENHAS, Mário. Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo. 1º e 2º
Volumes. Irmãos Vitale Editoras, 1ª edição, 1973.
COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo ARTE – Conteúdos essenciais para o Ensino Fundamental.
São Paulo: Editora Ática. 2000.
DEYRIES, Bernard; LEMERY, Denys; SADLER, Michael. História da Música em quadrinhos. São Paulo:
Editora WMF Martins Fontes, 2010
DUARTE, Aderbal. Percepção Musical. Método de Solfejo Baseado na MPB. Salvador: Boanova, 1996.
FRADE, Cáscia & colaboradores. Guia do Folclore Fluminense. Rio de Janeiro: Presença Edições, 1985.
FRANK, Isolde Mohr. ABC da Música: o essencial da teoria musical e conhecimentos gerais. Porto
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FRIAS, Irvany Bedaque Ferreira. Estudo Dirigido de Educação Musical. 1º e 2º Volumes. São Paulo:
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Grandes Compositores da Música Clássica. São Paulo: Abril Coleções, 2009, volumes 4, 5 e 9
HEUMANN, Monika. Uma história da música para crianças: uma fascinante viagem no tempo. São
Paulo: Martins Martins Fontes, 2011.
JUSTUS, Liana; MIRANDA, Clarice. Formação de plateia em música. São Paulo, Arx, 2004.
KIEFER, Bruno. História da Música Brasileira - dos primórdios ao início do séc. XX. Porto Alegre:
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MARIANI, Silvana. O equilibrista das seis cordas: método de violão para crianças. Curitiba: Editora da
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PORTAL DE EDUCAÇÃO MUSICAL DO COLÉGIO PEDRO II. Apostila do 7º ano. Disponível em <
www.portaledumusicalcp2.mus.br>
RIBEIRO, João. O Folclore. Coleção Folclore Brasileiro – Vol. I. Rio de Janeiro: Editora Organização
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RUIZ, Corina Maria Peixoto. Didática do Folclore. Rio de Janeiro: Papelaria América – Editora, 1976.
SOUZA, Tárik de & Colaboradores. Brasil Musical. Rio de Janeiro: Art Bureau Representações e
Edições de Arte, 1988.
ZIMMERMANN, Nilsa. O mundo encantado da música – Volumes I e II. São Paulo: Paulinas, 1996.

Na internet (além dos endereços indicados ao longo da apostila):


GASPAR, Lúcia. CIRANDA. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em:
<http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/>. Acesso em: 01 mar. 2013.
<http://bumba-meu-boi.info/.> Acesso em: 02 mar. 2013

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