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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
Cuiabá – MT
2017
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Cuiabá – MT
2017
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente, aos meus pais, por terem me dado tanta força e não me
deixarem desistir nos momentos em que estava cansada.
Agradeço aos meus irmãos, Matheus, Leonardo e Vitória, e à minha cunhada
Samantha, por me darem aquele empurrãozinho nos momentos de descontração em casa.
Agradeço aos meus amigos de infância, Rafael e Ana, que vibraram comigo e me
deram força em todos os momentos comigo. Esse dossiê é deles também.
Agradeço aos meus colegas de curso, pela força que demos uns aos outros desde o
primeiro ano do curso.
Agradeço à Deijeane, que desde o primeiro ano do curso me auxiliou em todos os
momentos, dando sempre força para continuar essa jornada.
Agradeço à Sidnayra, Érica e Francielly, por todas as risadas, companhias e momentos
de estudo.
Agradeço à Lais, por me acompanhar nos congressos e por me auxiliar na escrita de
artigos publicados em coautoria, e por me dar força nessa última etapa do curso, que foi o
dossiê.
Agradeço aos professores do curso de Pedagogia, em especial, à professora Terezinha
Fernandes, que com muita dedicação e paciência me orientou para que esse dossiê pudesse ser
feito da maneira que eu gostaria que ele fosse.
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RESUMO
Este dossiê teve por objetivo fazer uma análise da minha trajetória de vida escolar e
acadêmica e uma reflexão sobre a influência que a música tem no aprendizado e no
desenvolvimento social e cognitivo da criança. Para isso realizei, além de uma reflexão acerca
de minha trajetória de formação, uma pesquisa bibliográfica em artigos online e livros para
aprofundamento sobre a temática da música na educação. Com isso pude discorrer acerca dos
aspectos sociais e cognitivos no qual a educação musical tem influência e apresentar
sugestões teórico-metodológicas para a utilização de música em sala de aula e suas
implicações na aprendizagem e no desenvolvimento da criança.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................7
CAPITULO I..........................................................................................................................9
DESCOBRINDO-ME EDUCADORA..................................................................................9
CAPITULO II.....................................................................................................................25
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................37
REFERÊNCIAS.................................................................................................................38
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O dossiê é uma produção que tem como objetivo levar o graduando em Pedagogia a
fazer uma reflexão sobre os conhecimentos produzidos ao longo do processo de formação,
correlacionado com as experiências e vivenciadas no decorrer do curso, em particular, nos
projetos integradores de prática docente e no estágio supervisionado, visando ao final um
aprofundamento em determinada temática. Além disso, visa proporcionar o desenvolvimento
da capacidade critico-reflexiva e criativa do graduando e oferecer a experiência de iniciação à
pesquisa.
Durante o meu processo de formação docente, pude aprender através da orientação dos
professores e leitura de muitos autores da Pedagogia e de áreas afins. Nesse sentido, esse
dossiê foi importante para que, como estudante da licenciatura de Pedagogia, pudesse fazer a
reflexão desse processo de formação e junto a ele repensar a nossa prática docente realizada
no estágio supervisionado, além de possibilitar construir uma identidade com a área e refletir
sobre o perfil de educador que pretendo ser.
A partir da minha vivência, não só da graduação, mas de toda a minha trajetória
acadêmica, pude perceber o quanto alguns elementos facilitaram ou dificultaram o meu
processo de aprendizado e socialização com o grupo com o qual me relacionava. E aqui
destaco a importância da música nesse processo.
Utilizei as memórias da minha trajetória de formação escolar e acadêmica para
construir uma narrativa deste percurso e o método de pesquisa bibliográfica em artigos online
e livros para o aprofundamento da temática da música na educação com objetivo de discorrer
a respeito da influência da música no aprendizado e desenvolvimento sócio cognitivo da
criança, fazendo reflexões sobre a sua influência nesse processo.
Para isso divido o trabalho em duas partes. Na primeira inicio fazendo uma reflexão de
meu percurso escolar e acadêmico dando ênfase em como a música esteve presente em todas
as fases de minha vida. Na segunda parte do trabalho introduzo brevemente a história da
música geral, em seguida trago aspectos da história da música na Educação no Brasil. Depois
faço um aprofundamento e análise da influência da música no desenvolvimento sócio
cognitivo da criança, trazendo em seguida propostas teórico metodológicas que contribuem
para essa reflexão.
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CAPITULO I
CAPITULO II
Música vem do grego mousiké, que quer dizer a “arte das musas” (LOUREIRO, 2003).
Como muitas coisas na mitologia grega, a música também era atribuída aos deuses. Mas a
música pode ter surgido ainda na pré-história acompanhando gestos rítmicos e repetitivos do
corpo onde expressavam seus ânimos e crenças religiosas. Naquela época os sons eram
produzidos pelo corpo e imitação de sons da natureza. Em setembro de 2008 foi encontrada,
em uma caverna de Hohle Fels, na região da Suábia (Alemanha), uma flauta com cinco
orifícios feita com osso de um pássaro, contabiliza-se que ela tenha sido produzida por volta
de 35.000 mil anos atrás (MARCOLINI, 2009). Isso nos mostra que além da imitação do som
da natureza e percussão corporal, já havia, naquela época, a produção de instrumentos
musicais.
Na idade média, com o forte poder da Igreja na sociedade, houve predomínio da
música em atos litúrgicos, ela era caracterizada pela estrutura monofônica, de uma só voz. As
músicas ficaram conhecidas como canto gregoriano, um grupo de vozes, geralmente
masculinas, na época, que cantavam os salmos da igreja. Na segunda metade da idade média
houve a implementação da escala musical e adentrando à época renascentista se iniciou a
polifonia (LOUREIRO, 2003). Dando destaque às sonatas, sinfonias e óperas. Temos
referências de músicos como Bach e Vivaldi nesse período.
A música no século XIX foi muito marcada pelo romantismo, caracterizado pela
individualidade e expressão das emoções (LOUREIRO, 2003). Assim, podemos dizer que
esse período tem como um instrumento mais representativo o piano, e temos como referência
desta época Ludwig Van Beethoven. Nesse mesmo período surge o nacionalismo na música,
composições que tentam representar a pátria.
No período contemporâneo da música, a partir do século XX, surgiram as gravações
musicais e, juntamente com isso e com o crescimento da popularidade dos meios de
comunicação, surgiram os mais diversos gêneros musicais. Outro destaque importante deste
período foram os instrumentos musicais tecnológicos, dentre eles a guitarra (LOUREIRO,
2003).
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Fernando de Azevedo, grande defensor da escola nova, também teve papel importante
na implementação de um ensino de música nas escolas brasileiras:
O ensino das artes era apresentado como um poderoso meio de educação,
capaz de promover um dos valores essenciais para o homem da década de
1920: a sociabilização. Esta de fato era uma preocupação dos intelectuais da
escola nova que procuravam promover uma educação que preparasse o
indivíduo para o convívio harmônico na sociedade. Desta forma,
descartavam os ideais de uma educação tradicionalista que visava apenas a
instrução, ou seja, a simples transmissão de conhecimento (LEMOS, 2010).
Lobos, em 1933, cujo objetivo era orientar, planejar e desenvolver o estudo de música nas
escolas do Brasil (FUCCI AMATO, 2006). Em 1943, com o crescimento da popularidade do
Canto Orfeônico, Villa-Lobos abandona a superintendência para fundar O Conservatório
Nacional do Canto Orfeônico, que foi responsável pela formação de professores para atuar
nessa área.
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Musicalização segundo Junior (2015) consiste em desenvolver a percepção musical e ampliação do
universo sonoro da criança.
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2.4.2 A Música como meio de trabalhar práticas sociais, valores e tradições culturais
dos alunos
para eles, e assim em diante. Além de grande valor cultural essa é uma forma de perpetuar os
valores culturais orais de nossa sociedade. Outra possibilidade, e essas são muito utilizadas
pelos professores, são as parlendas presentes de nossa cultura oral. Uma parlenda bastante
utilizada nas aulas de educação física, por exemplo, é a “Corre Cutia”, onde os alunos se
sentam em roda, e um com uma bola corre em volta dos outros alunos cantando:
E, por fim, a música como disciplina autônoma, talvez a mais adequada para trazer
uma educação musical mais completa de forma a atender os valores culturais e sociais e
contribuir para o desempenho de outras disciplinas, seja através do desempenho da
psicomotricidade, seja da atenção e concentração que o processo de musicalização permite.
Um ponto bastante importante aqui é discutir a música como uma linguagem. Pois,
temos acesso a muitas informações nesse nosso multiverso de linguagens. Quanto à
linguagem cinematográfica Silva (2014) ressalta que “a partir do momento em que estamos
expostos a um mundo cheio de linguagens diversas, temos de nos preparar para entender
criticamente o que elas nos oferecem” (Silva 2014, apud PASSOS e HUNGRIA, 2016, p. 4).
Mas é bastante importante que possamos compreender esse mesmo ponto em relação à
música.
Ainda sobre essa discussão da música como linguagem, Carvalho (1999) diz da
importância de conhecermos os processos evolutivos e físicos da música, ressaltando que a
música gravada é mecanizada e diverge da música ouvida presencialmente, pois, nos
processos de gravação e edição, se equaliza a música para que a sua recepção sonora seja
adequada a determinado fim, ou seja, se equaliza a música de forma que ela possa causar
determinadas sensações pré-definidas.
E é por isso, pela música estar tão presente no nosso dia a dia, que se faz necessário
conhecer todos os processos pelo qual ela passa até chegar no CD, no celular, na televisão,
etc., para que possamos entender, criticamente, o que ela objetiva em seu final.
Uma imersão na educação musical pode possibilitar ouvintes mais críticos, e uma
vivência musical garante, segundo Brito (2003), três possibilidades de ação por parte da
criança: a interpretação, a improvisação e a composição. E isso é ressaltado também no
Parâmetro Curricular Nacional, o qual destaca que “a escola deve também garantir-lhe uma
educação musical em que seu imaginário e expressão musical se manifestem nos processos de
improvisar, compor e interpretar, oferecendo uma dimensão estética e artística, articulada com
apreciações musicais” (BRASIL, 1998, p. 80).
Segundo Brito (2003) a interpretação está ligada à imitação ou reprodução de uma
música, ou até mesmo de danças, brincadeiras e cantigas de rodas, possibilitando o
desenvolvimento da psicomotricidade e da atenção. A improvisação é a criação instantânea de
determinados sons ou ideias a serem expostas, portanto desenvolvendo raciocínio lógico e
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Como citado anteriormente, Brito (2003) propõe atividades a serem tratadas no dia a
dia das instituições de educação infantil. São elas:
Atividade: Composição
Materiais necessários: papel e lápis.
Objetivo: Trabalhar a criatividade e o registro da música informalmente.
Metodologia: Propor que as crianças façam rimas musicadas com o próprio nome.
Propor em seguida que registrem a música feita, seja em forma escrita, seja em forma de
desenho. Por exemplo: “A Ruth gosta muito de bala de tuti-fruti”. Permitir que elas alterem
as rimas conforme a necessidade delas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve, portanto, em seu objetivo geral discorrer sobre a influência da
música no aprendizado e desenvolvimento sócio cognitivo da criança na Educação Infantil e
no Ensino Fundamental buscando, em seus objetivos específicos, verificar o contexto
histórico da música na educação; analisar a importância da música na aprendizagem e no
desenvolvimento da criança; e apresentar propostas teórico-metodológicas da utilização da
música em sala de aula.
Refletir sobre a minha trajetória acadêmica até a chagada na universidade e refletir
também acerca da minha trajetória de vivências e de interesses na graduação me fez
questionar sobre a importância que a música teve no meu desenvolvimento, tanto social, como
cognitivo. Daí a escolha do tema de aprofundamento a segunda parte desse dossiê.
Analisar e discorrer a respeito da influência da música no aprendizado e
desenvolvimento sócio cognitivo da criança, refletidos em minha trajetória de vida acadêmica,
foi de extrema importância para o meu desenvolvimento na formação docente para
compreender, também, de que forma eu posso auxiliar meus futuros alunos em seus
desenvolvimentos.
No decorrer do trabalho foi ressaltada a importância do estudo da música para uma
leitura crítica daquilo que se ouve, pois, em um mundo onde estamos recebendo diversas
informações, se faz necessário ter o conhecimento dessas linguagens para que possamos
compreendê-las com criticidade.
Além disso, no decorrer da pesquisa apresento a justificativa da utilização da música
em sala de aula em três eixos, dos oito definidos por Souza, Hentschke, Oliveira, Del Ben e
Mateiro (2002). São eles: a música como auxiliar no desenvolvimento de outras disciplinas; a
música no desenvolvimento social e cultural; e a música como disciplina autônoma. Trazendo
dessa forma a importância da música não só como disciplina autônoma, mas também como
auxiliar no desenvolvimento da criança nos seus aspectos sociais e cognitivos.
As propostas-teórico-metodológicas apresentadas trazem três elementos fundamentais
de se desenvolver na música com a criança que são ressaltados no PCN (1998) e reforçados
por Brito (2003): a interpretação, a improvisação e a composição. Desenvolvendo além da
musicalização, aspectos sociais, cognitivos, psicomotores e culturais.
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REFERÊNCIAS
BRITO, Teca Alencar de. Música na Educação Infantil: propostas para a formação
integral da criança. São Paulo: Pierópolis, 2003.
MARCOLINI, Barbara. Flauta Pré-histórica. Ciência Hoje Online. Jun. 2009. Disponível
em: <http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/1219/n/flauta_pre-historica>. Acesso em:
05/02/2017.
PASSOS, Ruth Benedita Lopes Fernandes do Amaral. PASSOS, Vitória Beatriz Lopes
Fernandes do Amaral. Doce Infância, Doces Brincadeiras. 2016.
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PASSOS, Ruth Benedita Lopes Fernandes do Amaral; HUNGRIA, Lais Tuliana Martins.
Cinema na educação. In: Anais III Congresso Nacional de Educação. Natal, RN: Realize,
2016.
PEREIRA, Carlos Arthur Avezum. O silêncio na obra de John Cage: uma poética musical
em processo. Anais do III SIMPOM 2014 - simpósio brasileiro de pós-graduandos em
música.
SOUZA, Jusamara; HENTSCHKE, Liane; OLIVEIRA, Alda de. DEL BEN, Luciana;
MATEIRO, Teresa. O que faz a música na escola?: concepções e vivencias de professores
do ensino fundamental. Porto Alegre: UFRGS, 2002. (Série Estudos, 6).