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Brasil Partituras 2

A contribuição do Sesc para a difusão de compositores e Aqui


obras de todas as regiões do país é o tema da matéria de tem Sesc
capa desta edição.
O depoimento do compositor da Baixada Fluminense
Azael Neto é um resumo fiel da performance atual do Sesc
Partituras: “O site mostra a diversidade do que está sendo
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produzido e aumenta a amplitude da nossa obra, abrindo
Artigo Entrevista
a possibilidade da peça ser tocada por músicos de outros
Estados. Precisamos sair do eixo Rio – São Paulo, e isto
está começando a acontecer”.
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Sua avaliação, Azael, é um estímulo aos colegas Produção
responsáveis pelo programa e reafirma que a gestão
Sesc
pertence ao campo da mediação entre as ideias e a ação
concreta. Criado em 2007, o projeto foi transformado em
um acervo que hoje possui mais de 230 compositores
catalogados e mais de 2.100 composições.
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Nossas Diretrizes para o Quinquênio 2016-2020
Destaque
enfatizam o uso de ferramentas tecnológicas que
potencializem a ação educativa institucional como uma
tendência que “ocupa um lugar de destaque no universo 8
das organizações que atuam no campo da educação, da
Gente Sesc
cultura, do lazer e da saúde”.
Efetivamente, toda atividade social humana ocorre com
a presença de uma ação de gestão. No Sesc Partituras, 9
uma ação diferenciada, segundo nosso colega Thiago Sias:
Leitor
“Ficamos muito orgulhosos deste diferencial, pois estamos Premiado
falando aqui, muitas vezes, de músicos entre 20 e 40 anos
que tinham sua atuação restrita à esfera local, e agora
estão sendo “descobertos” e tocados por pessoas que elas
nem conhecem.” 10
Um justificado orgulho, Thiago, que contagia o Sesc, Capa
literalmente, do Oiapoque ao Chuí.

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Carlos Artexes Simões 15 Espaço do
Diretor-Geral do Departamento Nacional do Sesc
Panorama Leitor

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 1
AQUI TEM SESC

Uma cidade
com sabor
de mel
No Sudoeste de Goiás, a 523 quilômetros do bitantes e apresenta características de várias museus Histórico e de Arte Contemporânea
Distrito Federal, encontra-se Jataí, município culturas, inclusive de imigrantes de origem e nos centros culturais como o Basileu Toledo
que é o maior produtor de milho do país e libanesa, síria e palestina. Marca dessa história França, o Pontal do Urutau e o Memorial JK.
detentor da maior bacia leiteira do estado. Mas de trabalho e cooperação entre os povos, a Aliás, a relação da cidade com o emblemático
o nome da cidade está, na verdade, associado Catedral Diocesana do Divino Espírito Santo é ex-presidente é das mais significativas: Jataí se
a outras doces riquezas da região. Porque Ja- um ponto turístico cuja moderna arquitetura orgulha de ser a “cidade-mãe da capital fede-
tahy é o termo tupi-guarani que designa várias remete a uma colmeia. ral”, porque foi ali que pela primeira vez, em
palmeiras locais, as Butia Yatay, bem como as Polo universitário e turístico, Jataí se destaca um comício realizado em abril de 1955, o então
abelhas nativas cujo mel, mais saboroso, tem, pelas belezas naturais preservadas nos parques candidato à Presidência Juscelino Kubitschek
segundo algumas fontes, mais propriedades ecológicos JK, Diacuí e Samuel Graham. O rio afirmou que, se eleito, transferiria o Distrito
medicinais do que o das outras espécies. Claro, ideal para pesca; o ribeirão Ariranha, Federal para o Planalto Central.
Jataí surgiu em 1836, com a chegada à propício à prática de rafting e acquaride; o Desde o dia 2 de dezembro de 2015, essa
região do desbravador mineiro Francisco lago Bom Sucesso; e as cachoeiras do Lajea- simpática cidade tem mais um atrativo para
Joaquim Vilela. Durante anos, foi conheci- do e da Ponte da Pedra completam a lista. A moradores e visitantes: a unidade do Sesc, lo-
da como Povoado de Paraíso e, mais tarde, vida cultural é movimentada pelos eventos que calizada na rua Deputado Manoel Costa Lima,
Paraíso de Jataí, até receber o nome atual e acontecem na Feira da Noite, que oferece ar- na Vila Santa Maria. São mais de 8.500 metros
ser elevada à categoria de cidade, em 1895. tesanato, vestuário, alimentos e shows típicos. quadrados de área construída e dotada do que
Atualmente, a população supera 90 mil ha- E também pelas atividades desenvolvidas nos há de melhor em estrutura, funcionalidade,
conforto e modernidade. Equipada com lan-
chonete, clínica odontológica, academia, biblio-
teca, salas para cursos e multiuso, a unidade
oferece atrações nas áreas de teatro, dança,
circo, música, entre outros.
O esporte e o lazer também estão garantidos
na quadra poliesportiva com 490 lugares e no
parque aquático dotado de piscina semiolímpi-
ca e infantil. Um auditório para 374 pessoas e
um parque tecnológico completam as instala-
ções, prontas para receber jogos, brincadeiras,
fotos divulgação sesc go

oficinas, gincanas, festivais, torneios esportivos,


reuniões dançantes e vivências para todas as
idades. Um presente, enfim, para tornar Jataí
ainda mais doce e aprazível. n

2 R e v i s ta SescBrasil FEV | M A R | 2 016


ARTIGO

Um caminho para
construir a igualdade
eterna diferença entre ganhos de homens zelar pelo bem-estar de sua casa, pois isso
e de mulheres e a dificuldade de ascender afetaria de alguma forma a sua masculini-
a altos postos de comando. Nas grandes dade. Esse esforço precisa partir de todos
corporações, por exemplo, a maioria dos nós, de forma incessante. Trata-se de uma
diretores executivos ainda é composta por desconstrução que deve estar presente
homens. É notável que, até o momento, nos colégios, entre alunos e professores
à medida que se progride em determi- que muitas vezes reproduzem, de forma
nadas carreiras, a presença de mulheres inconsciente, tais concepções. Precisa che-
arquivo pessoal

vai se esvaindo até que, no ápice hierár- gar às empresas, por meio de políticas e
quico desta cadeia, se torna praticamente regimentos que propiciem a igualdade. E,
inexistente. Isto porque ainda resiste em o mais importante: a transformação deve
Desde os anos 1980, tem se tornado cada nossa sociedade a concepção de que a acontecer no ambiente familiar, onde os
vez mais visível o maciço ingresso das atuação feminina não é a ideal para de- filhos vejam no exemplo de seus pais um
mulheres no mercado de trabalho nas terminados cargos, obrigando as poucas bom caminho a ser seguido.
mais variadas áreas e profissões, assim que os alcançam a provar sua capacidade É bom ressaltar que a posição igualitária
como nas escolas em cursos técnicos e muito mais do que os homens em posi- entre homens e mulheres no mercado de
universitários. Mesmo em áreas tecnoló- ção equivalente. trabalho não é questão de tempo. Foram
gicas e científicas, como a engenharia e Um ponto de virada diretamente ligado conquistas alcançadas com muito suor. A
a física, há progressos significativos: mais a este processo é a melhor divisão dos afa- mudança não é um caminho natural, mas
mulheres nos bancos escolares, mais pro- zeres domésticos entre ambos os sexos. fruto de mobilização. O amadurecimento
fissionais, professoras e pesquisadoras. Hoje, as mulheres ainda convivem com dos movimentos feministas; a maior cons-
Construir uma carreira profissional passou uma enorme pressão não só no ambiente cientização por parte dos grandes líderes
a ser um dos objetivos de vida das mulhe- de trabalho – que, naturalmente, não se e formadores de opinião; e o empodera-
res, tão importante quanto o casamento, restringe a elas – mas também no âmbito mento de cada vez mais mulheres, sejam
filhos e família. Se hoje isso parece óbvio doméstico. Assumem majoritariamente as elas quem forem, são motivos mais que
para as jovens, o processo não aconteceu tarefas do lar, o que as obriga a rotinas de suficientes para nos deixar otimistas quan-
de forma natural, foi uma conquista das trabalho maiores do que as dos homens e, to a um futuro ainda melhor. Mas, jamais,
gerações de mulheres que hoje têm entre algumas vezes, extremamente desgastan- estagnadas e de braços cruzados. n
50 e 70 anos. tes. A mulher que divide a vida com um
Entretanto, há que se ter a clareza de parceiro consciente de seus afazeres como Maria Rosa Lombardi é graduada em
que um longo caminho ainda deverá ser “dono de casa” pode se dedicar de forma Ciências Sociais (PUC-SP), mestre e doutora em
percorrido. Mesmo com o número de mu- mais focada à carreira, gerando maior es- Educação (Unicamp) e possui estágio
doutoral em relações de gênero e trabalho
lheres formalmente inseridas muito mais tabilidade em seu ambiente profissional.
(CNRS/GERS, Paris). Atualmente, é pesquisadora
significativo do que há duas décadas, e É preciso superar a visão retrógrada de na Fundação Carlos Chagas, onde desenvolve
com cargos antes inatingíveis ocupados por que não cabe ao sexo feminino uma po- investigações na área da sociologia do
profissionais do sexo feminino, ainda per- sição de liderança por faltar pulso firme e trabalho, com ênfase em estudos de gênero
sobre as temáticas envoltas à divisão sexual
sistem barreiras para o desenvolvimento estabilidade emocional em situações de do trabalho, sobretudo nas áreas científicas
das carreiras femininas, particularmente a crise, e de que não cabe ao sexo masculino e tecnológicas.

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Entrevista CARLOS ARTEXES SIMÕES

Preparando o futuro
Diretor-Geral do Departamento Nacional desde outubro de 2015, o engenheiro e educador
Carlos Artexes Simões nos fala, nesta entrevista, de suas percepções sobre a colaboração do
Sesc para o atual momento vivido pelo país. E também das mudanças estruturais que visam
tornar a instituição cada vez mais ágil, inovadora e pronta para atuar em uma realidade
dinâmica - sem perda da essência e dos valores que a caracterizam há sete décadas e que
a tornam reconhecida em todos os recantos do país.
arquivo pessoal

4 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
O futuro do Sesc

Entrevista
Como as mudanças na estrutura Que conhecimentos e habilidades
na organização do Departamento deveriam ser fomentados em
Nacional podem aprimorar o
está na capacidade nosso corpo técnico?
nosso trabalho? de fortalecer o Entendo que a capacidade criativa é a ousa-
A mudanças da estrutura organizacional do dia de ser capaz de transitar de um trabalho
Departamento Nacional estão referenciadas
desenvolvimento que já é bem realizado para um reposiciona-
em um modelo de gestão contemporâneo, humano em sua mento mais adequado à sociedade contem-
com células de administração mais flexíveis porânea. Manter a tradição sem tradicionalis-
e autônomas. Uma concepção que valoriza
integralidade e suas mos e promover mudanças sem traumas e
a descentralização e delegação de poderes, múltiplas dimensões. grandes incertezas institucionais.
garantindo uma maior eficácia para seus re-
sultados. A mudança da estrutura organiza-
Seu maior desafio é Você costuma dizer que a Educação e
cional deve diminuir a burocratização e fa- conservar sua tradição a Cultura não podem ser
vorecer a ampliação e a qualidade das ações desenvolvidas separadamente, como
finalísticas do Sesc.
e também atualizar não se separam a Saúde, o Lazer e a
suas concepções e Assistência. No entanto, o público do
As ações do Sesc são respaldadas Sesc tende a se segmentar de acordo
por valores como acolhimento,
atuação diante das com seus interesses e necessidades.
humanização, transformação e mudanças sociais. Como podemos promover
valorização. Como a inovação pode experiências mais completas e uma
fazer parte do desenvolvimento de educação verdadeiramente integral
nossas atividades? rantia de direitos sociais, que terão maiores em nossas unidades?
A possibilidade de qualquer instituição reali- dificuldades de serem atendidos pelo poder Este é outro desafio do Sesc: superar as
zar suas finalidades no mundo atual depen- público e a sociedade em geral. fragmentações estruturais e o distancia-
de da criatividade de seus profissionais e da mento das ações que realiza. As institui-
capacidade de inovação institucional, isto é, Qual a principal contribuição do Sesc ções que possuem uma história de suces-
criar novas formas e modos diferentes de ao Brasil nestes 70 anos e o que a so e vivem do orgulho de seu passado
fazer suas atividades sem perder sua essên- instituição deve buscar nas próximas correm o risco de esquecer a necessidade
cia e seus princípios. décadas? de construir permanentemente o seu fu-
A contribuição central do Sesc é a mesma turo. Portanto, é necessário um equilíbrio
O país vive um momento de incerteza de sua criação, ou seja, promover o bem- entre aprendizagem com o passado e as
política e econômica. Como este estar social e a qualidade de vida dos tra- mudanças necessárias para garantir seu
cenário deverá afetar o Sesc? balhadores do comércio de bens, serviços futuro. Cabe ao Sesc ampliar a consciên-
Qualquer instituição no país vai conviver e turismo. Evidente que 70 anos depois a cia de seu público para uma visão integra-
com um período de incertezas e dificulda- concepção de bem-estar social e qualidade da e articulada sobre educação, saúde,
des, sejam políticas, sociais ou econômicas. de vida está ampliada e em transformação. cultura e lazer. Em última instância, ne-
O Sesc, devido à garantia formal da receita De qualquer maneira, o futuro do Sesc está nhuma destas atividades humanas existe
compulsória e à eficiência da gestão nestes na capacidade de fortalecer o desenvolvi- sem as outras. O que elas têm em comum
70 anos, apresenta condições favoráveis pa- mento humano em sua integralidade e é o desenvolvimento do ser humano.
ra enfrentar o momento atual. Consolidou suas múltiplas dimensões. Seu maior de- Toda atividade que envolve os seres
uma alta qualidade técnica de seus profis- safio é conservar sua tradição e também humanos tem um caráter formativo e,
sionais, um sólido patrimônio e saúde finan- atualizar suas concepções e atuação diante portanto, são atividades educativas. Uma
ceira que lhe garante continuar a sua expan- das mudanças sociais. educação integral pressupõe uma concep-
são de atendimento e ampliar sua atuação ção do ser humano ampliada. Ninguém
neste cenário adverso. A crise da sociedade O desenvolvimento técnico é um melhor que o Sesc, com sua capacidade
vai permitir ao Sesc ser mais reconhecido importante requisito para o adquirida nestes anos, pode realizar esta
como uma instituição que colabora na ga- aperfeiçoamento da ação do Sesc. atividade intersetorial. n

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Produção sesc

Um balaio cheio
de amor e felicidade
Ainda na esteira das comemorações dos 30 anos do Trabalho Social com
Idosos, que resultaram em diversas ações e eventos por todo o país, o
Sesc em Sergipe lançou o livro Balaio de Poesias, do escritor e poeta
Heribaldo Doroteu. O autor, que participa do Grupo de Idosos Nova Vida,
construiu a obra com base em suas experiências pessoais e em histórias e
relatos que colheu durante diversos anos; embora mantendo a licença
poética e utilizando, quando necessário, uma pitada de ficção.

São 56 páginas e 40 textos que, segundo o au- do cada verso com todo o carinho e afeto que
tor, “podem levar as pessoas a pensar mais no o poema merece”.
amor, na felicidade e na alegria”. Para João Lo- A publicação, que é assinada pelo Sesc em
ver, revisor dos textos, “o autor nos contempla Sergipe, tem um significado especial para Do-
com um jogo imagético, utilizando rimas con- roteu e, também, para os técnicos que atuam
soantes alternadas nas suas belas estrofes, nos junto ao Grupo Nova Vida, porque representa

fotos DIVULGAWÇão sesc se


convidando para degustar cada poema como uma importante superação. Quando chegou à
se fosse um bom vinho, sem pressa, saborean- instituição, Heribaldo enfrentava uma depres-
são. “Durante algum tempo, foi difícil encontrar
uma atividade em que seu perfil se encaixas-
se”, conta Joana Angélica Almeida, assistente maior incentivadora. “Ela me deu a missão de
social da Coordenadoria do Trabalho Social escrever um livro. Obediente, com apoio, calor
com Idosos. “Foi quando descobrimos que humano, incentivo e amor, produzi o fruto im-
ele se identificava muito com a escrita e vi- pulsionado por todos que me ajudaram a plantar
mos ali oportunidade de apresentar à socie- a semente”, diz ele.
dade o seu grande talento.” Desta forma, a edição de Balaio de Poesias faz
Em pouco tempo, a inserção nas ativida- parte da proposta do Sesc de apoiar os idosos
des musicais, de dança e de interpretação, no pleno exercício da cidadania e na participação
bem como em outros projetos como o Re- ativa na sociedade, por meio da aquisição de no-
ciclarte, resultaram na total recuperação de vas formas de conhecimento e pelo compartilha-
Doroteu. O próximo passo foi o resgate da mento de experiências e vivências entre pessoas
inata criatividade do artista, que recebeu os de diversas gerações. É para isso que esse “ba-
convidados para o lançamento interpre- laio” está aberto, a partir de agora, e ao dispor de
tando seus poemas. Por todo o estímulo qualquer um que deseje colher, em suas páginas,
que recebeu, Heribaldo atribui a realiza- um pouco de otimismo, interessantes lições de
ção a Joana Angélica, que considera sua vida − e boas histórias para contar. n

6 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
DESTAQUE

Saúde da Mulher é prioridade


A prevenção e o rastreamento de casos de câncer de mama
e de colo de útero é o objetivo do Sesc Saúde Mulher, que já
acontece em quatro estados e até o final do ano terá unidades
móveis em todo o Brasil. O diferencial do projeto é o atendimento
humanizado às mulheres, feito por uma equipe especializada,
predominantemente feminina, e a realização de ações educativas
que incluem a participação dos homens.
duas técnicas de radiologia, educadora de de ações de educação em saúde, que eles
saúde, artífice de manutenção e motorista ainda não realizam.
desenvolvem as ações, que são coordena- Segundo Victor Coutinho, técnico do De-
das por um médico responsável. partamento de Saúde e Alimentação do De-
Rio Grande do Norte e Goiás foram os partamento Nacional, o Hospital de Barretos
primeiros estados que receberam suas tem mais de 30 anos de experiência nestas
unidades. Em 2015, teve início a expansão atividades, com metodologia de trabalho,
do projeto, que chegou a Santa Catarina critérios e metas que garantem alto padrão
e Pernambuco. Até o final deste ano, 24 de qualidade para as imagens, eliminando a
unidades estarão implantadas, abrangen- ocorrência de resultados inconclusivos.
do todo o território brasileiro. Cada uma “Eles estão ligados a instituições interna-
delas fica cerca de três meses em cada ci- cionais e trabalham com critérios rigorosos.
dade, tempo necessário para que as ações As imagens produzidas nas unidades móveis
O Brasil tem quase 6 milhões de mulheres educativas sejam desenvolvidas com efi- serão enviadas para o Hospital de Barretos,
fotos divulgação sesc dn

a mais do que homens e, segundo dados cácia. Em geral, são municípios que não onde ao menos dois médicos examinam e
do Ministério da Saúde, o câncer de mama possuem mamógrafo. emitem o laudo. A margem de erro é de me-
é o tumor mais frequente nesta população. Para aprimorar o serviço, o Sesc acaba de nos de 1%”, garante Coutinho.
São mais de 57 mil novos casos, a cada firmar parceria com o Hospital do Câncer Nesta nova fase do projeto, o foco, que
ano. O segundo é o câncer de colo de úte- de Barretos. Iniciada em fevereiro de 2016, antes era o diagnóstico - encontrar casos da
ro: 16 mil por ano. Em ambas as situações, a união das duas intituições visa o fortale- doença e encaminhá-las para tratamento –
o diagnóstico tardio compromete a eficácia cimento e a qualificação dos programas de passa a ser o rastreamento: examinar mulhe-
do tratamento. rastreamento dos cânceres de mama e de res assintomáticas que fazem parte de um
Para proporcionar o acesso à realização colo de útero, por meio do intercâmbio de grupo proritário para prevenção. Assim, nos
de exames que detectam essas doenças, experiências gerenciais e tecnológicas. O exames de mamografia, são atendidas mu-
bem como a informações sobre como pre- Hospital vai treinar as equipes de trabalho e lheres entre 50 e 69 anos; e no atendimen-
veni-las, foi criado em 2012 o Sesc Saúde emitir os laudos das mamografias realizadas to citopatológico (preventivo) a faixa etária
Mulher. São unidades móveis dotadas de nas unidades móveis, além de fazer a vistoria é de 25 a 64 anos. Os laudos dos exames
maquinário digital de última geração e de técnica e calibragem dos equipamentos. Em preventivos são emitidos por laboratórios de
uma equipe treinada para acolher e orientar contrapartida, o Sesc vai capacitar os funcio- análises clínicas contratados pelo departa-
quem busca atendimento. Uma enfermeira, nários do Hospital para o desenvolvimento mentos regionais do Sesc. n

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Gente SESC

Minifloresta em vaso
Transformar objetos, embelezar o ambiente e
trazer a natureza para mais perto são as re-
compensas de quem sabe fazer um terrário. É
o caso de Gearly Silva Jorge, administrador de
empresa e assessor técnico do Sesc em Goiás.
Lotado na Assessoria de Planejamento,

fotos divulgação sesc go


seu hobby ficou conhecido entre os colegas
depois que um integrante do Programa
Ecos, do Sesc, o convidou a realizar
uma oficina de montagem de terrá-
rios durante a Semana do Meio Am- oficina utilizando aromas que estimulam a concentração no
biente. “Nesta atividade, ajudei os ambiente profissional.
participantes a conhecerem como Gearly afirma que essas atividades artesanais são uma
funciona um ecossistema e falei forma de expressão artística que amplia sua criatividade e
da importância da preservação das traz mais tranquilidade e assertividade à vida profissional:
espécies”, conta ele. “Para mim, a sensação de criar algo como um terrário é de
Gearly também faz aromatizantes satisfação”, ressalta, “pois é um passatempo agradável que
e foi convidado pela Comissão Interna demonstra os efeitos ambientais que ocorrem dentro de um
de Prevenção de Acidentes a realizar uma microecossistema.” n

Professor, carateca e repentista

foto uilma de andrade


Talento, alma de artista e musicalidade são algumas das qualidades Há anos, João Ramos e Caboquinho
apontadas por João Crispim Ramos para ser um bom repentista. Hoje fazem dupla no repente, tendo
com 65 anos, o professor de caratê do Sesc em Feira de Santana, na alcançado sucesso internacio-
Bahia, é formado em Educação Física, História e Geografia. E recorda nal em 1986, durante a Semana
com carinho a inspiração no repentismo, que veio do pai, Crispim Ma- de Cultura Nordestina Brasileira
noel Ramos, o “Dadinho”, que encarava rimas e desafios ao lado do filho realizada em Portugal. Para João
mais velho, o advogado José Ramos, conhecido como “Caboquinho”. Ramos, uma coisa é certa: “Como
bom brasileiro, quero contribuir
para a formação e cultura de meu
FOTO AGÊNCIA DE NOTÍCIAS DA FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA

povo, seja como carateca ou repentista.”


Uma veia poética que se manifesta até mesmo
no e-mail de encaminhamento das fotos que
ilustram esta matéria: “Quando você me ligou / Eu
logo fiquei ligado / Tirei as fotografias / Esperei o
resultado / Gostei da resolução / Vou fazer a
emissão / Portanto, acordo fechado.” n

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leitor premiado

Uma estância que aquece


muito mais que o coração
Conhecida como “capital mundial das águas quentes”,
Caldas Novas é o principal polo turístico de Goiás.
É lá que o Leitor Premiado desta edição terá a
oportunidade de relaxar e se divertir, com direito a um
acompanhante. Basta responder à pergunta ”Quais
destas importantes mulheres brasileiras lhe causam
mais admiração?” para concorrer à oportunidade de
desfrutar de uma experiência inesquecível.

Com mananciais naturalmente aquecidos, que e alimentação regionais. Na praça central Mestre
podem chegar a 58ºC, Caldas Novas tem a fama Orlando é possível curtir os bares e restauran-
de oferecer, aos que se banham em suas pis- tes do Calçadão, ou visitar a Igreja Matriz Nossa
cinas, propriedades rejuvenescedoras, redução Senhora das Dores, erigida em 1850 e uma das
do estresse e cura de doenças reumáticas. São construções mais antigas da cidade, a exemplo
aproximadamente 6,5 milhões de litros de água do Casarão dos Gonzaga.
aquecida vertidos, a cada hora, pelas nascentes Quem já foi a Caldas Novas trouxe na bagagem
do Rio Quente: um requinte da natureza, que ótimas lembranças, como acontece com a aten-
abastece as atrações aquáticas espalhadas pela dente do Setor Administrativo do Sesc em Santos
cidade e transforma a estadia em ocasião para Juliana Pereira dos Santos (foto), que esteve lá em
muito relax e diversão. 2013. “Foi uma viagem inesquecível. As pessoas
O ecoturismo também é um grande atrativo são acolhedoras e educadas, as ruas são limpas,
dessa cidade de 80 mil habitantes que fica ao a cidade é bonita e sossegada e o atendimento
sul de Goiás e a 165 quilômetros de Goiânia: o ao público é muito bom. A experiência foi tão boa
município se encontra às margens da represa de que, se eu pudesse, moraria por lá”, afirma.
Corumbá e ao lado da Serra de Caldas. Entre os Além de tudo o que o lugar oferece, o Leitor
recantos de Caldas Novas mais procurados para Premiado ainda poderá usufruir da infraestrutura
quem curte a natureza estão o Jardim Japonês, o da unidade Sesc em Caldas Novas, localizada na
Monumento das Águas, o Parque das Fontes, a Av. Elias Bufaiçal, 600 – bairro Turista. As insta-
cachoeira do Maratá e outros. lações incluem parques aquáticos para adultos
Para quem curte a música sertaneja, Caldas e crianças, lanchonetes, cafeteria, restaurante,
Novas é conhecida por festas como o “Caldas quadra poliesportiva, campos de futebol, espaço
Country”, que é considerado o maior festival de infantil, playground, espaço cultural, lago artificial,
divulgação sesc go

música sertaneja do mundo, e o “Verão Serta- pista de cooper, trilha ecológica, sala de ginástica,
nejo”, realizado em janeiro. Outro evento é a biblioteca, saunas, salão de jogos, quadra de tênis,
Feira do Luar, que oferece artesanato, vestuário ginásio de esportes e diversas outras atrações. n

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Capa

MAtÉRIA DE CAPA

Tecnologia em
prol do nosso
patrimônio musical
DIVULGAçÃO SESC dn

10 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Capa
se tornou universal a partir do século
Desde 2012, o Sesc Partituras oferece amplo acesso a uma
XVI, a história da música se confunde
plataforma virtual voltada para a preservação e difusão da com o desenvolvimento de sua escrita.
Uma de suas primeiras expressões foram
música erudita brasileira, democratizando o acesso pela os neumas, símbolos criados no século
disponibilização de partituras digitalizadas e editoradas. VIII para orientar os cantos gregorianos.
Desta forma, as escritas musicais – ou
Um espaço reservado que resgata pérolas esquecidas, partituras – tornaram-se fundamentais
ao apoiar a criação e execução de obras
divulga a obra de compositores contemporâneos, promove
complexas, que podem envolver desde
grandes concertos abertos ao público - e já se consagrou um único intérprete até grandes conjun-
tos instrumentais e vocais. E contribuíram
como o mais importante e completo site em sua categoria de forma definitiva para a disseminação e
em atividade, no país. preservação deste tesouro produzido por
inúmeros artistas.
Vem da Grécia Antiga a primeira escrita Com a popularização da comunicação
completa de uma melodia, dotada de letra virtual, a tecnologia tornou-se uma alia-
e música, da qual temos notícia: é o Epi- da importante na tarefa de manter viva
táfio de Seikilos. Gravada em uma lápide e inalterada a expressão de sentimentos
perto de Éfeso, na atual Turquia, a canção traduzidos em sons que podem ter sido
é a melancólica despedida de um homem ouvidos, pela primeira vez, há muito, mui-
chamado Sícilo à esposa, provavelmente to tempo. E o Brasil necessitava de uma
enterrada no local. O tempo levou qua- ferramenta voltada para essa função: prin-
se todas as palavras e lembranças deste cipalmente se levarmos em conta que a
amor interrompido. Mas o esforço de chamada “música de concerto” composta
Sícilo eternizou a composição, que pode no país não costuma encontrar espaço
ser cantada hoje exatamente como foi facilmente, na mídia convencional. Assim,
idealizada, em algum momento entre os em 2012, foi criado o projeto Sesc Partitu-
anos 200 a.C e 100 d.C. Seus versos bre- ras: uma biblioteca digital sem fins lucra-
ves (“Enquanto viveres, brilha. / De todo tivos que visa preservar e democratizar o
não te aflijas, / Pois curta é a vida / E o acesso ao patrimônio musical brasileiro.
tempo cobra seu tributo.”), são exemplos Desde então, profissionais da música,
pungentes do que as notas significam, pesquisadores e estudantes precisam
para o legado cultural do Homem. apenas acessar o endereço http://www.
A possibilidade de decodificar a experi- sesc.com.br/sescpartituras/ para visualizar
ência musical para que seja reproduzida e imprimir integralmente as partituras das
com fidelidade em diferentes contextos obras catalogadas, bem como ter acesso
é, de fato, uma revolução. Dela participa- à audição da maioria delas. O sistema de
ram várias culturas, em diversas épocas, buscas é amigável e eficiente. Desta for-
e ainda hoje convivemos com muitas for- ma, o Sesc Partituras acabou por se trans-
mas de registro destas composições. No formar no maior site atualmente disponí-
Ocidente, onde a pauta de cinco linhas vel dedicado à difusão de obras eruditas
de compositores brasileiros.
“Temos hoje mais de 230 compositores
Grupo Art Metal Quinteto, do Rio de catalogados e já superamos 2.100 compo-
Janeiro, foi um dos muitos que passaram
pelos concertos promovidos pelo Sesc sições”, enumera Thiago Sias, que com os
Partituras nesses últimos anos. colegas Sylvia Letícia e Gilberto Figueiredo

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Capa
compõem a equipe de música do Departa- “Como o site tem uma penetração muito
“O portal mostra a
mento Nacional, responsável pelo projeto. grande, as nossas músicas são tocadas no
“Mas esse número certamente crescerá diversidade do que Brasil e no exterior, de tal maneira que
até o final do mês, porque quase todos os a gente sequer toma conhecimento de
dias recebemos contribuições espontâneas. está sendo produzido onde e por quem estão sendo interpre-
Mesmo porque, dos compositores cadas- tadas. Não temos mais controle sobre a
e aumenta a amplitude
trados, 164 são contemporâneos, ou seja, reprodução da nossa obra, e isso é óti-
estão vivos e produzindo. Ficamos muito da nossa obra, abrindo mo”, conclui.
orgulhosos deste diferencial, pois estamos A origem do projeto remonta a 2007,
falando aqui, muitas vezes, de músicos en- a possibilidade da peça quando foi criado um banco digital que
tre 20 e 40 anos que tinham sua atuação implantou computadores para editoração
ser tocada por músicos de partituras e coleta de obras digitalizadas
restrita à esfera local, e agora estão sendo
“descobertos” e tocados por pessoas que de outros Estados.” em 17 departamentos regionais do Sesc.
elas nem conhecem”, afirma Sias. Três anos mais tarde, ele foi reestruturado,
Um exemplo é Azael Neto, composi- Azael Neto, compositor com vistas à criação do site. Atualmente,
tor da Baixada Fluminense cujas peças da Baixada Fluminense. o acervo virtual contempla composições
foram executadas em concertos do Sesc brasileiras do período colonial e inclui
em Manaus e no Rio Grande do Sul, e samos sair do eixo Rio – São Paulo, e isto obras originais de interesse histórico, que
também pela orquestra de uma escola está começando a acontecer”, diz Neto. antes estavam sob a guarda de herdeiros e
em São Luís do Maranhão. Há dois anos O compositor ainda afirma que obser- colecionadores. “A rede formada por pes-
suas partituras foram disponibilizadas no vou o aumento no número de downloads quisadores e pelos profissionais de música
portal, ampliando a visibilidade da sua de seus vídeos no canal youtube após a do Sesc também é responsável por muitas
obra. “Mudou tudo, porque antes eram execução de suas peças em Manaus. “É contribuições inestimáveis,” ressalta Thiago.
os mesmos intérpretes tocando os mes- um retorno magnífico, significa que al- “Graças a este trabalho voluntário de pes-
mos compositores. O portal mostra a di- guém ouviu minhas composições e gos- quisa e transcrição, disponibilizamos, por
versidade do que está sendo produzido tou”, diz Neto. exemplo, mais de 70 partituras do impor-
e aumenta a amplitude da nossa obra, Roberto Victório, compositor carioca tante compositor paraense Tó Teixeira”.
abrindo a possibilidade da peça ser toca- que reside no Mato Grosso há mais de A recuperação de partituras históricas é,
da por músicos de outros Estados. Preci- 20 anos, reforça a importância do portal: por sinal, a “menina dos olhos” da equipe

DIVULGAÇÃO SESC dn

A Camerata Madeiras
Dedilhadas
apresentou em
Corumbá, Mato
Grosso do Sul,
algumas das obras
contidas no acervo.

12 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Capa
DIVULGAÇÃO SESC dn

Coro da Universidade Estadual de Maringá (PR) por meio da execução, para o grande pú-
também participou do projeto.
blico, do seu amplo acervo. Para tanto, os
Departamentos Regionais programam as
que coordena o Sesc Partituras. Trata-se, apresentações musicais, cujo repertório
na maioria das vezes, de um processo contempla exclusivamente as compo-
delicado de transcrição e editoração que sições disponíveis no site. E cada série
traz de volta ao público composições an- de concertos é uma grande mobili-
tes engavetadas, restritas a papéis antigos, zação que incentiva o desenvol-
escritos a lápis ou caneta e com a caligra- vimento de intérpretes e com-
fia de seus autores. Antes de ser dispo- positores de todas as regiões
nibilizado, tudo passa por um cuidadoso do país: “Os concertos acon-
trabalho de catalogação orientado por tecem simultaneamente, em
especialistas, com vistas à sua definitiva vários locais diferentes. Nas 11
preservação. É o caso das obras precio- edições realizadas entre 2012 a
sas de nomes como Francisco Mignone e 2015, promovemos 230 eventos
Guerra-Peixe, que serão acompanhados, em 23 localidades, envolvendo
a partir deste ano, de toda a obra para mais de 700 músicos das mais
canto coral do mestre maior, Villa-Lobos: diversas formações, entre solistas,
“Fizemos uma parceria com a Academia grupos de câmara, coral e orques-
Brasileira de Música, detentora das parti- tra”, conta Thiago. “Para
turas originais, e vamos trazer para o site 2016, já temos mais de
toda a obra de Villa-Lobos produzida para vinte apresentações con-
os professores de canto orfeônico”, con- firmadas, incluindo violão
ta Thiago, entusiasmado. “São raridades solo, orquestras, quarte-
que estão, neste momento, passando por tos de cordas, trios de
revisões musicológicas de profissionais piano... Ou seja, um
indicados pela Academia, para manter a pouco de tudo.”
máxima fidelidade, já que se trata de um O compositor Hel-
material de alta complexidade.” der Oliveira destaca
A outra ponta deste cuidadoso esforço que, para a realização
de conservação é a série “Concertos Sesc dos concertos, músicos
Partituras”, criada para divulgar o projeto de todo o Brasil pesqui-

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 13
Capa

sam obras disponíveis no Sesc Partituras. “Nosso objetivo vens e pouco conhecidos podem solicitar
“O bom dos concertos é que as obras, a inclusão de suas obras a partir da comu-
além de ganharem vida pelos intérpretes, último é permitir nicação direta com os administradores da
são registradas em vídeo e cedidas para que o público tenha plataforma. Assim, ele presta um serviço
os compositores poderem divulgá-las no inestimável às novas gerações de com-
youtube, facebook, blogs. Participei de to- acesso a um tipo de positores, na medida em que preserva e
dos os Concertos Sesc Partituras do ano música brasileira de divulga sua obra. Como explica Thiago:
passado, e minha vida artística mudou “Nosso objetivo último é permitir que o
completamente para melhor”, afirma Oli- alta qualidade, uma público tenha acesso a um tipo de música
veira, que mora no Rio Grande do Norte. produção na qual somos brasileira de alta qualidade, uma produ-
Mas talvez o maior valor do Sesc Parti- ção na qual somos muito importantes no
turas seja a sua característica dinâmica e muito importantes no contexto mundial, mas que ainda é pouco
acessível, que o transforma em um am- contexto mundial” conhecida por aqui. Estamos falando de
biente virtual aberto, para onde podem criar um contraponto que permita mos-
convergir os diversos segmentos ligados Thiago Sias, equipe de música trar toda a vastidão de nossa produção
à cadeia produtiva da música. Artistas jo- do Departamento Nacional. musical. E isso vale não apenas para os
que estão produzindo, hoje, como para
os que já se foram. Por exemplo, graças
ao acesso facilitado promovido pelo pro-
jeto, grandes compositores como Guerra-
-Peixe estão sendo mais executados do
que nunca, lado a lado com nossos jo-
vens compositores. Isso aconteceu recen-
temente, por exemplo, em um concerto
realizado em Moscou. E só foi possível
porque o site permitiu o acesso dos idea-
lizadores a estas partituras.” n
DIVULGAÇÃO SESC dn

Apresentações acontecem por todo o


Brasil proporcionado maior acesso à
musica erudita. Na foto, concerto
realizado em Rio Branco, no Acre.

14 F E V | M A R | 2 016
A C R E

PANORAMA Xilogravura
em alta
Para estimular a xilogravura (técnica de gravura em ma-
deira), artistas de Rio Branco procuraram o Sesc no Acre
com o propósito de realizar uma exposição retrospectiva.
A iniciativa, segundo Dalmir Ferreira, um dos artistas mais

divulgação sesc ac
antigos da capital, tinha um objetivo pedagógico: “Acredi-
to que ações assim podem ajudar os jovens a criar gosto
pela arte”. Dalmir começou a fazer gravuras na década de
1960, e afirma que, mesmo em meio aos altos e baixos A exposição, denominada “Uma Retrospectiva Históri-
naturais da carreira, o Sesc vem sendo um importante ca dos 40 anos de Gravura na Cidade de Rio Branco”
parceiro no seu fomento artístico. contou com a presença de 14 artistas e 42 obras.
Criada na China, no século IX, a xilogravura chegou ao Para Nardia Taina, técnica de Artes Plásticas e Cinema do
Brasil com a família real portuguesa e foi agregada à lite- Sesc no Acre e coordenadora do evento, o objetivo de in-
ratura de cordel. No Acre, a técnica tornou-se bastante centivar um novo olhar sobre a arte foi alcançado. “Houve
conhecida, e em 2010 as criações deslancharam. Mas, por interação entre público e artistas. Assim, além de admirarem
depender de materiais com custo elevado, como tinta, as xilogravuras, conseguimos fazer que todos entendessem
rolos e prensas, houve queda no número de adeptos. como funciona o processo”, destaca. n

A M A P Á

A expectativa é que nas


Brincando, brincando... férias do meio do ano o
número de participantes
Brincar é o que toda criança gosta de fazer, e no te aguardada. Tanto que a expectativa é que dobre em relação ao mês
Amapá o Sesc é referência na diversão da crian- nas férias do meio do ano o número de partici-
de janeiro, que contou
çada. A colônia “Brincando nas Férias”, que já é pantes dobre em relação ao mês de janeiro,
tradição no estado, trará, durante as férias de que contou com 170 crianças inscritas. n com 170 crianças inscritas.
meio de ano, as Olímpiadas de 2016 como tema.
Os jovens participantes poderão desfrutar divulgação sesc AP

de atividades ligadas aos esportes olímpicos,


fazendo com que os mesmos conheçam
mais sobre a maior competição esportiva do
mundo não só na prática, mas também atra-
vés da história. Isso tudo sem deixar de lado
as brincadeiras populares, como cama elásti-
ca, jogos de salão, teatro, cinema, oficinas de
música e muito mais.
De acordo com Ivana Oliveira, recreadora da
colônia, a novidade já está sendo ansiosamen-

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 15
Panorama
A L A G O A S

Conhecendo o país
Imagine viajar e conhecer novas culturas por um preço que cabe
no seu bolso − essa é a proposta do Sesc Alagoas há cerca de 20
anos. Com a criação de um cronograma com excursões agendadas
por todo o Brasil, a unidade tornou-se referência regional no setor
de turismo social.

divulgação sesc aL
A ideia se baseia em valores como democracia, exercício da ci-
dadania, inclusão, acessibilidade e solidariedade, garantindo que
os comerciários participantes aprendam enquanto desfrutam de
seus momentos de lazer. E a procura pelas viagens tem sido tão para diversificar e atender ao maior número possível de interessa-
grande que as vagas para o primeiro semestre de 2016 já estão dos”, declarou.
praticamente esgotadas. Segundo Verlania Cristina, responsável Para beneficiar os comerciários, o Sesc em Alagoas também está
pelo turismo do Sesc, em função dessa demanda maior do que a oferecendo destinos mais próximos e com programação mais curta.
prevista, o cronograma do segundo semestre já está sendo mon- Além de mais acessíveis financeiramente do que as grandes viagens,
tado. “Este ano, fizemos um calendário para o primeiro semestre essas programações podem ser cumpridas durante feriados e fins de
passando pela nossa região e demais estados do Nordeste. Novos semana, permitindo momentos de lazer e descontração mesmo fora
destinos serão inseridos para o período depois de junho e julho, do período de férias. n

A exposição tem valor histórico, pois junta as artes


Carybé e Ogum visuais com a literatura, provocando o público e
criando um olhar diferente sobre a arte.

zasse em 1957. Desenhista, pintor, escul-


tor e amante da cultura brasileira, Carybé
se apaixonou pela Bahia, e grande parte
de suas obras traduz personagens que fi-
zeram história na cidade.
divulgação sesc al

Segundo Kelcy Ferreira, analista de cul-


tura e artes visuais do Sesc, a exposição
tem valor histórico, pois junta as artes visu-
Como parte do programa Arte Sesc, Ala- cenas de bar e de rua, imagens de becos ais com a literatura, provocando o público
goas recebe a exposição “O Compadre e tipos populares que nos remetem à li- e criando um olhar diferente sobre a arte.
de Ogum”, do artista Carybé, na galeria teratura de grandes escritores brasilei- “Durante toda a exposição fazemos com
de artes da unidade Sesc Centro. Com ros, como Jorge Amado. que o publico adote um olhar diferente.
traços simples e cores vibrantes, a obra Hector Júlio Páride Bernabó, conhecido Assim como as obras de Carybé, queremos
retrata um conjunto de imagens em mo- como Carybé, nasceu na Argentina, em que o público crie um conceito novo e saia
vimento, revelando cenas do cotidiano 1911, mas seu gosto e adoração pelo Bra- da exposição olhando a sua própria cidade
baiano, como o batismo, o candomblé, sil fizeram com que o artista se naturali- de forma diferente”, disse Kelcy. n

16 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Panorama
A M A Z O N A S

Visando melhorar a qualidade de vida dos cidadãos da terceira


TSI ampliado idade, o programa irá proporcionar uma serie de atividades

A população do bairro Jorge Teixeira, na dãos da terceira idade residentes na lo- além de palestra e passeios promovidos
zona leste de Manaus, recebe esse ano, calidade, o programa irá proporcionar pelo projeto.
pela primeira vez, o programa do Traba- uma serie de atividades socioeducativas, A expectativa é trabalhar com 60 par-
lho Social com os Idosos (TSI). Visando como bailes, gincanas, oficinas de arte- ticipantes, em média. Segundo Uander-
melhorar a qualidade de vida dos cida- sanato e dinâmicas de grupo em geral, son Nava, responsável pelas atividades,
os interessados procuram o TSI para
conseguir uma boa qualidade de vida.
“Quando fizemos o diagnóstico, perce-
bemos um número alto de idosos que
não faziam nenhum tipo de atividade e
questionavam a falta de oportunidades
do local”, declarou.
Presente no Amazonas há 30 anos, o
divulgação sesc am

programa já atendeu cerca de 500 idosos


nas unidades de Manaus - Centro e Balne-
ário - e no município de Manacapuru. n

B A H I A

A lavagem do Sesc
Há 28 anos, as atividades do Sesc Piatã são
O cortejo começa dentro das
iniciadas com a tradicional lavagem da insti-
tuição. Isso mesmo: trata-se de uma alusão à dependências da instituição
grande manifestação cultural da lavagem das e termina nas ruas da cidade.
escadarias da Igreja do Senhor do Bonfim,
em Salvador. Aproveitando a oportunidade, Com direito a baianas caracterizadas,
funcionários e hóspedes participam de uma grupo de capoeira e água de cheiro, o
linda festa, que abre as atividades. cortejo começa dentro das dependências
A lavagem das escadarias do Bonfim é da instituição e termina nas ruas da cida-
considerada uma das maiores manifestações de. “Além de lembrar a festa do Bonfim,
populares da Bahia. O ritual, que se repete a nossa celebração resgata a história da
todos os anos, reúne milhares de pessoas e festa do lindo carnaval da Bahia”, explica
se tornou famoso por todo o país. Assim co- Luciana Vaz, assistente social do Sesc.
mo a famosa igreja, a unidade de Piatã tam- Com influência direta da cultura africana
fotos divulgação sesc ba

bém conta com uma escadaria que se tornou na cidade, o carnaval baiano é marcado
símbolo da celebração. por muito batuque e axé. n

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 17
Panorama
C E A R Á

De pé
“O desafio é manter-se em pé” foi o tema da
Mostra 21. O projeto, que acontece anual-
mente numa parceria entre as unidades Cra-
to e Juazeiro do Norte, utiliza as exibições de

divulgação sesc ce
filmes cinematográficos como forma de esti-
mular a formação de plateias. Todos os fil-
mes escolhidos para essa edição falaram da
temática da superação, mostrando persona- por filme durante os 21 dias de edição. Com nar, a maioria do público fica para debater
gens colocados diante de situações desafia- a proposta de ser um evento esclarecedor sobre os assuntos abordados”, conta Sergio
doras e que precisam lutar para alcançar seus sobre as mais relevantes e diversas formas Magalhães, supervisor de cultura do Sesc
objetivos. Entre as obras selecionadas, estão de cinema, a mostra atrai espectadores de em Juazeiro. Ele ressalta que o público é fiel
o clássico “...E o Ventou Levou” e o ficção toda a região. Além das sessões, os debates e está sempre à espera da próxima edição:
científica “Gravidade”. realizados após os filmes ajudam o público “Sempre notamos que as pessoas saem
A Mostra 21 é considerada o maior festi- a trocar opiniões e expressar suas emoções querendo saber um pouco mais do tema
val de cinema de todo o estado e contou sobre o que assistiu. “As salas estão sempre debatido e já comentam que esperam pela
com a presença de cerca de 150 pessoas cheias, e mesmo depois de o filme termi- próxima oportunidade.” n

D I S T R I T O F E D E R A L

Esporte em novo cenário


Pelo 12º ano consecutivo, a segunda etapa do Triathlon Sesc Circuito por uma boa prova fazem com que a cada
Nacional acontecerá em Brasília. A novidade deste ano é a mudança de ano o número de inscritos aumente. “Procu-
local da prova, que não terá mais lugar na ponte JK, um dos pontos ramos trabalhar da melhor maneira possí-
turísticos da cidade. Visando uma melhor organização e abertura de vel, visando uma boa organização e um
espaço ao maior número de atletas, a prova acontecerá na Concha bom atendimento aos atletas”, afirmou. n
Acústica do Lago Paranoá.
O torneio reúne atletas profissionais e amadores em duas categorias:
Olímpica e Sprint. A prova olímpica é para atletas profissionais, devendo
o competidor completar 1,5 km de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de
corrida, no menor tempo possível. Já na categoria Sprint, para iniciantes,
os atletas percorrem a metade na prova olímpica, 750 m de natação, 20
km de ciclismo e 5 km de corrida.
Por se tratar de um evento que já se tornou tradição no calendário es-
portivo da cidade, a prova é muito procurada pelos atletas de Brasília: a
fotos Cristiano Costa

expectativa é alcançar, este ano, cerca de 750 participantes. Para o coorde-


nador de esportes do Sesc, Carlos Augusto, a organização e o empenho

18 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Panorama
E S P Í R I T O S A N T O

Na vanguarda da luta contra o mosquito


A fama do zika vírus como vilão nacional é Educação em Saúde do Centro de Atividades
A entidade reúne fundações
um fenômeno recente, mas o mesmo não se de Vitória, por exemplo, faz parte do Comitê
divulgação sesc es

pode dizer do trabalho de conscientização e Estadual de Mobilização contra a Dengue, públicas e privadas para troca de
combate ao mosquito Aedes aegypti promo- Zika e Chikungunya. A entidade reúne funda-
experiências e novas informações.
vido pelo Sesc no Espírito Santo. A equipe de ções públicas e privadas para troca de expe-
riências e novas informações sobre a erradi- Orientação e Encaminhamento Profissional
cação do vetor dessas doenças. de Vitória. A coordenadora pedagógica da
Os trabalhos acontecem por meio de pa- instituição, Hélida Nascimento, responsável
lestras em empresas, colégios, faculdades e por solicitar a palestra, faz questão de elo-
entidades não governamentais e ações em giar a iniciativa. “Buscamos sempre priorizar
locais de grande circulação, como praças e temas relevantes. Com o surto das doenças
terminais de ônibus. A intenção é sempre causadas pelo Aedes aegypti, achamos im-
esclarecer dúvidas sobre formas de transmis- portante proporcionar essa conscientiza-
são, medidas de prevenção e temas afins. ção, para que nossos participantes se tor-
Uma instituição pela qual a equipe do nem multiplicadores desse conhecimento”,
Sesc já passou em 2016 foi o Centro de explica ela. n

G O I Á S

De volta à
atividade física
Há muito tempo, José Humberto, coordenador responsável pelas ati-
vidades físico-esportivas do Sesc em Goiás, se mostrava incomodado

divulgação sesc go
com a baixa assiduidade de muitos dos 10 mil alunos matriculados em
sua área, em todo o estado. Segundo ele, era nítido em muitos casos
que a preguiça estava vencendo a vontade de se exercitar. Foi aí que
José, junto à sua equipe, idealizou as aulas bônus: atividades ofereci-
das pela coordenação como complemento aos exercícios regulares. Em breve, a intenção é expandir as vantagens, como a oferta de
A iniciativa tem sido um sucesso, chegando, inclusive, a aumentar descontos para os alunos com maior frequência. Tudo para mantê-los
em mais de 50% a frequência nas sete academias do Sesc em Goiás. mais próximos de uma vida mais saudável. “Há uma frase que eu digo
Os praticantes de musculação, por exemplo, podem uma vez por se- sempre: devemos morrer jovens, o mais tarde possível. Meu pai, por
mana complementar sua rotina com natação, judô ou outras ativida- exemplo, tem 95 anos e participa das atividades físicas oferecidas pelo
des. “Com as aulas bônus, oferecemos um leque maior de opções aos Sesc. Quando o assunto é fazer exercícios, temos duas opções: fazer
interessados em fazer exercícios. É a chance que eles têm de sair da amando ou fazer odiando; mas não devemos deixar de fazer”, com-
rotina, de não fazer sempre a mesma coisa. Acredito que os bons re- pleta José Humberto, que, naturalmente, dá o exemplo e também
sultados se devem a isso”, explica o coordenador. participa das atividades. n

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 19
Panorama
M A R A N H Ã O

Folia para todas


as idades
Um cortejo carnavalesco passou pelas ruas da
capital convidando a população para o festival

divulgação sesc ma
de marchinhas, que tem como objetivo resgatar
essa tradição carnavalesca.
E o Carnaval ferveu no Sesc no Maranhão! passou pelas ruas da capital convidando a espirito solidário dos participantes, que
Nas unidades de Deodoro, Turismo, Ca- população para o festival de marchinhas, todos os anos doam um quilo de alimento
xias e Itapecuru, a programação para as que tem como objetivo resgatar essa tra- não perecível para as atividades locais do
crianças foi comandada pelos blocos “Me- dição carnavalesca. As marchinhas ganha- programa Mesa Brasil.
sa Folia” e “Folia Mirim”, e para os mais doras serviram de trilha sonora para o Além de toda a diversão, técnicos do
velhos, pelo já tradicional desfile do “Ca- bloco “Vai Quem Quer”, que contou com Sesc realizaram a campanha Saúde Folia,
belo de Prata”. a presença dos comerciários, dependen- que orientou os foliões sobre a preven-
Para levar a folia para além dos muros tes e a comunidade em geral. O colorido ção de DSTs/AIDS, com distribuição de
da instituição, um cortejo carnavalesco dos abadás do bloco refletem a alegria e o preservativos. n

P A R Á

Este ano, a programação de fotografia será


Olhares sobre Belém utilizada como instrumento de discussão sobre
a grandiosa história de Belém
Em celebração aos 400 anos de fundação de Belém do Pará, o Centro fotográficas, ciclos de palestras, oficinas e exposições em fotovarais,
Cultural Sesc Boulevard promoverá, ao longo de 2016, a última fase de todos voltados à relação e olhares dos realizadores sobre diversos
programações do projeto Belém 1616. A iniciativa teve início em 2011, pontos locais.
com o objetivo de culminar nas comemorações do quadricentenário Este ano, a programação de fotografia será utilizada como instru-
da cidade. Ao longo desses cinco anos, foram realizadas maratonas mento de discussão sobre a grandiosa história de Belém, que teve
início no plano da coroa portuguesa de fundar uma cidade no vale do
rio Amazonas, para garantir proteção contra invasores de outras partes
da Europa. A primeira atividade foi a mostra “Janelas da Rua”, exposta
na Travessa Leão XVIII, em pleno Centro Histórico da capital. A exposi-
ção é resultado do olhar de 18 participantes das oficinas oferecidas
pelo projeto sobre a cidade, sua paisagem e seus habitantes.
O grande encerramento da iniciativa se dará com o lançamento do
livro Belém 1616. Na obra, que será disponibilizada inicialmente em
versão online, estarão compiladas histórias da cidade combinadas
divulgação sesc pa

com fotografias e pensamentos das mais de 270 pessoas que partici-


param do projeto. n

20 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Panorama
M A T O G R O S S O

A prática pedagógica em pauta


Enquanto os alunos dos ensinos infantil e fundamental das escolas do importante que isso seja discutido”, conta ela, que cita a experiência
Sesc em Cuiabá e Rondonópolis curtiam os últimos dias de férias, em que, durante duas semanas, a turma do 5° ano teve um compu-
aproximadamente 70 educadores das duas unidades aperfeiçoavam tador dentro de sala de aula. Segundo a educadora, a experiência
sua prática pedagógica para o ano de 2016. O encontro, que durou otimizou o aprendizado, tornando a aula mais dinâmica e atrativa
uma semana, contou com a presença dos professores José Moran, da para os alunos e professores. n
Universidade de São Paulo (USP) e Vasco Moretto da Universidade de
Brasília (UnB), que ajudaram a fomentar o debate sobre temas como
a elaboração de sistemas de avaliação e o uso de recursos lúdicos e da
tecnologia em sala de aula.
A relação entre tecnologia e aprendizagem já vinha recebendo
atenção especial, de acordo com a coordenadora pedagógica do
ensino fundamental da unidade de Rondonópolis, Carmem Arbués.
“Nós proibimos o uso de celulares e tablets em sala de aula, em

divulgação sesc mt
virtude dos aplicativos de bate-papo e afins. Mas, ao mesmo tempo,
sabemos que, se usados para pesquisa, por exemplo, esses instru-
mentos podem ser um importante aliado para o conhecimento. É

Com a bola nos pés – e o troféu na cabeça


Nem Barcelona, nem o Real Madrid e muitos menos a Alemanha: quando a conversa recai sobre os Jogos
Abertos do Trabalhador promovidos pela unidade do Sesc em Balneário, no Mato Grosso, o time sensação
divulgação sesc mt

e detentor do chamado futebol-arte é o Aliança. Atual tricampeão de futsal da competição, a equipe vem
forte este ano, em busca do tetra. É o que garante Andrielson dos Santos Sobreira,
capitão e porta-voz dos jogadores. “O time joga junto já faz bastante tempo, somos
todos amigos e isso ajuda no entrosamento. Nossa ideia é sempre sermos cam-
peões, treinamos para isso. Então, em mais esse campeonato do Sesc não vai
ser diferente”, garante ele.
A edição de 2016 dos Jogos teve sua abertura justamente com as competi-
ções de futsal. As partidas acontecerão sempre nos fins de semana até a grande
final. marcada para o Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador. É nessa data que
acontecerão os torneios das demais modalidades: futebol society, vôlei de areia,
tênis de mesa, sinuca e bozó, este último um tradicional jogo de dados da região.
A inscrição nos jogos é feita mediante a doação de caixas de leite, revertidas
para o Mesa Brasil. A expectativa é que, durante o feriado do Dia do Trabalhador,
cerca de mil pessoas passem pela unidade para assistir às partidas e à apresenta-
ção musical do grupo regional Flor Ribeirinha, que encerrará as programações. n

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 21
Panorama
M A T O G R O S S O D O S U L

Ensino bilíngue
A partir deste ano, os mais de 1.500 alunos portante, portanto, buscamos implemen-
“O conhecimento de inglês,
das duas escolas do Sesc no Mato Grosso tar o ensino bilíngue com uma metodolo-
do Sul estão recebendo ensino bilíngue. gia, que permita que os alunos, de fato, hoje, é muito importante,
Desde 2015, de forma gradual, o número assimilem essa nova língua. Nas aulas, os portanto, buscamos
de aulas de inglês foi aumentando. E atual- estudantes aprendem, em inglês, concei-
implementar o ensino
mente, nas unidades de educação de Três tos de matemática, história, geografia e
Lagoas e do Horto, o inglês e o português assim por diante, além da gramática. Isso bilíngue com uma
recebem a mesma atenção, fazendo com faz com que eles não só aprendam o metodologia, que permita
que os estudantes adquiram, desde cedo, novo idioma mas também aprendam
que os alunos, de fato,
fluência em outro idioma. nesse idioma, o que é essencial para se
O professor Teodoro Manso, que atua tornar fluente.” n assimilem essa nova língua.”
na unidade do Horto desde 2015, explica
que toda a dinâmica da aula é concebida
para que o jovem de fato aprenda o novo
idioma, de forma a não mais esquecer. “O
conhecimento de inglês, hoje, é muito im-

Para os EUA,
sem sair
do lugar
Não é só em suas unidades escolares no
Mato Grosso do Sul que o Sesc promove o
aprendizado da língua inglesa. O espaço

divulgação sesc mt
American Corner – ou “Esquina America-
na” – implementado na unidade do Horto
em 2014, já recebeu cerca de 100 mil visi-
tantes, proporcionando aos interessados Aqueles que passam pela “Esquina Ameri- mensalmente. “A oferta de um clube de con-
uma verdadeira imersão na cultura norte- cana” têm oportunidade de conhecer melhor versação aberto a todos é um dos pontos al-
-americana. A iniciativa deveria ser encer- os Estados Unidos por meio do vasto acervo tos do projeto, porque existem outras inicia-
rada ao final de 2015, mas o sucesso foi da biblioteca física e virtual e de exposições tivas semelhantes, mas às vezes o valor é
tanto que representantes do Sesc e do artísticas. Também podem receber orienta- limitante. Além disso, tem datas e horários já
consulado dos Estados Unidos decidiram ções e acompanhamento, caso desejem es- predefinidos, então, a pessoa pode se pro-
renovar a parceria, garantindo a continui- tudar naquele país, e praticar o inglês por gramar”, destaca o empresário Daniel Rosa,
dade do projeto. meio do Conversation Club, que se reúne um dos assíduos participantes da iniciativa. n

22 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Panorama
M I N A S G E R A I S

Atraindo
novos
olhares
Os olhares mais atentos que passeiam por
algumas unidades do Sesc em Minas Gerais

divulgação sesc mg
têm observado espaços que, antes, passa-
vam despercebidos. A explicação para isso é
o Projeto Parede, que acontece no Sesc Palla-
dium desde 2012, mas que chegou a outras
dez unidades do estado no ano passado. uma reflexão naqueles que por ali transitam. foi que uma moça reconheceu a paisagem,
Pela iniciativa, artistas locais são convidados a A mineira Camila Lacerda foi uma dos 12 inclusive a porta da casa da sua avó, que mo-
intervir artisticamente em um local antes se- artistas que passaram pelo Parede em 2015, ra por ali”, conta ela.
cundário no prédio, como uma parede, um criando uma pintura na unidade de Bom Para 2016, estão previstas novas interven-
corredor ou um painel, transformando-o em Despacho. Segundo a artista, a inspiração foi ções. Algumas obras serão apagadas para
obra de arte. Os temas retratados são diver- uma paisagem local, o que fortaleceu a rápi- dar lugar a novas. Já outras surgirão onde
sos, e vão do cotidiano a produções abstra- da identificação entre público e obra. “Foi antes tudo era branco, como no Sesc Servi-
tas. Nas técnicas também não há uma regra, um trabalho bem árduo, oito horas por dia ços de Pouso Alegre, que deverá ser inaugu-
podendo o artista fazer uso de grafite, tinta a durante nove dias. Pintei um beco do muni- rado no segundo semestre já com uma obra
óleo ou o que preferir. A proposta é provocar cípio que havia fotografado. O mais bacana de arte em suas paredes. n

Carnaval prolongado
Para a maioria das pessoas, o mês de fevereiro levou consigo os
últimos resquícios da folia carnavalesca. Mas não para os cerca de
850 idosos que participam dos grupos de maturidade ativa nas 21
unidades do Sesc em Minas Gerais. Este ano, os festejos do tradi-
cional Carnaval Abre-Alas se estenderam pelo mês de março, no
Sesc Mineiro Grussaí. Participante pela primeira vez, a aposentada
Josélia Machado Correia, de Governador Valadares, garante que,
mesmo fora de época, a folia foi a mesma: “O importante mesmo
é a integração e a troca de experiências entre os diversos grupos.”
A programação não ficou devendo em nada aos grandes carna-
vais do Rio de Janeiro e Salvador. Não à toa, logo na chegada os a participação-surpresa de uma bateria de escola de samba. So-
divulgação sesc mg

idosos foram recebidos por uma animada roda de samba. Os cinco brou tempo, ainda, para um passeio no Trem Maria Fumaça pela
dias de atividades tiveram ainda apresentações de grupos musicais unidade, gincanas, aulões da dança e alongamento e, claro, um
relembrando famosas marchinhas de carnaval, show de talentos e animado baile de encerramento. n

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 23
Panorama
P A R A Í B A

Louças, telas, letras e arte


As múltiplas facetas artísticas de Mirabeau Mene-
zes puderam ser apreciadas na exposição Maria
das Louças, que aconteceu no Centro de Turis-
mo e Lazer do Sesc em Cabo Branco. O nome
do evento foi uma homenagem à avó do artista
plástico, que confeccionava xícaras e copos de
barro para ajudar no sustento da família. Segun-
do ele, veio dela e de seu pai, que era músico, a

divulgação sesc PB
influência que o fez seguir no mundo da arte. “O
ofício de minha avó me causava grande admira-
ção, me influenciou bastante. Essa exposição é
uma forma de manter viva a história artística dos tes técnicas, como óleo e acrílico sobre tela. mais recentes. “Esse grande recorte temporal é
meus entes queridos”, conta Mirabeau. Trazendo figuras fluidas, com grande liberdade uma forma que achei de mostrar ao público os
A exposição, que marcou também o lança- de uso de cores e traços, Maria das Louças reuniu diferentes momentos do meu fazer artístico.
mento do livro homônimo, contou com 18 qua- obras pintadas por Mirabeau desde o inicio da Acredito que isso os tenha feito ficar, de fato, mais
dros de diversos tamanhos pintados por diferen- sua trajetória artística, na década de 80, até as envolvidos com a exposição”, explica o artista. n

P A R A N Á

Sesc sobre rodas O estado conta hoje com duas unidades do


OdontoSesc e três do BiblioSesc que, desde
As cinco unidades móveis do Sesc no Paraná terão uma longa estrada a que entraram em funcionamento, em 2008,
percorrer durante todo o ano de 2016. Até dezembro, serão quase 30 já passaram por mais de 140 cidades,
municípios visitados. O estado conta hoje com duas unidades do Odon-
toSesc e três do BiblioSesc que, desde que entraram em funcionamen- atendendo cerca de 350 mil pessoas.
to, em 2008, já passaram por mais de 140 cidades, atendendo cerca de
350 mil pessoas.
Este ano, o ponto de partida das atividades aconteceu depois de um
fim de semana temático, quando todas as unidades móveis permanece-
ram, oferecendo seus serviços em frente ao Palácio Iguaçu, sede do gover-
no estadual. O evento foi marcado por diversas ações culturais e recreati-
vas no BiblioSesc, além de orientações sobre saúde bucal no OdontoSesc.
Uma das centenas de pessoas que passaram pelo local, a curitibana
Cynthia Naves Guimarães, não conhecia as unidades móveis e ficou sur-
preendida com toda a estrutura disponibilizada. “Gostei bastante de todas
divulgação sesc pr

as atividades oferecidas. Jamais poderia imaginar que uma simples carreta


poderia proporcionar tantas coisas. Foi uma surpresa bem legal.” n

24 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Panorama
Paço da Liberdade 100 anos
Única edificação de Curitiba tombada pelo Insti- pensei duas vezes. Era impossível dizer não, to também a camisa do meu local de trabalho”,
tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional para mim, foi um presente.” conta ela, emocionada. E ainda faz questão de
(Iphan), o Paço da Liberdade celebra, em 2016, Como não poderia deixar de ser, Aglair se diz declarar algo que, a esta altura, o leitor já deve
cem anos de muita história. O local, construído feliz com o centenário. Mas, sem desmerecer a ter percebido: “Eu amo o Paço da Liberdade.”
onde antes funcionava um tradicional mercado data, ela chega a encarar o aniversário com certa E, com tanto carinho,
popular, já foi sede da prefeitura, museu e, des- naturalidade. Afinal de contas, com cem anos ou muito provavelmente
de 2009, abriga um dos mais belos centros cul- não, para a mais apaixonada funcionária da uni- se trata de um amor
turais do Sesc no país. O Paço já esteve também dade, todo dia no Paço já é motivo de celebração. correspondido... n
abandonado durante alguns anos, é verdade, “Para mim, é uma grande responsabilidade tra-
deixando mais tristes aqueles que passavam pela balhar aqui. Tenho muito zelo e respeito por este
região da Praça Generoso Marques. Mas, hoje, a prédio. Hoje, além da camisa do Sesc, que para
realidade é de sorrisos, e não são poucos: afinal, mim representa muito, posso dizer que vis-
somente nestes últimos seis anos, a unidade re-
cebeu cerca de 720 mil visitantes. O local já foi sede da prefeitura,
Para a curitibana Aglair Cruz, as visitas são museu e, desde 2009, abriga

foto Ivo Lima


praticamente diárias. Sua presença só não é
certa nos fins de semana e feriados. Também,
um dos mais belos centros
pudera: ela ocupa o cargo de assistente da ge- culturais do Sesc no país.
rência da unidade desde a reinauguração do
prédio. Mas, mesmo antes de fazer parte da
equipe de funcionários do Paço, a relação de
Aglair com o local já era especial. “Lembro-me
de, quando criança, vir ao centro com minha
mãe para os momentos de lazer. Eu pratica-
mente a obrigava a sempre entrarmos no Paço
da Liberdade, onde, na época, funcionava um
museu. O passeio não estava completo se não
passássemos pelo prédio”, conta ela.
A funcionária já estava no Sesc há 16 anos
quando soube que a instituição seria respon-
sável pela restauração e administração do edi-
fício. Dessa vez, ela não pôde obrigar o Depar-
tamento Regional a transferi-la para a nova
unidade, como fazia com sua mãe nos pas-
seios de infância. Mas nem precisou. “Quando
fiquei sabendo que o Sesc teria o privilégio de
administrar o prédio, fiquei muito feliz. E
quando me convidaram a fazer parte da equi-
pe que trabalharia na unidade, então, nem

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 25
Panorama
P E R N A M B U C O

A quatro
mãos
Foi a partir do traço semelhante, descoberto
durante a faculdade de artes plásticas, que
surgiu o interesse das artistas Adélia Olivei-
ra e Amanda Souza de trabalharem juntas.
Da união nasceu o coletivo Eu Passarinho, e
do coletivo, a exposição Bichos Fantásticos.

divulgação sesc pe
A mostra foi promovida pelo Sesc na cidade
de São Lourenço da Mata. Inicialmente ex-
posta na unidade do Sesc Ler do município,
a exposição passou, ainda, por escolas mu- municipais da região foi um grande presen- mos que elas desenhassem animais não
nicipais da região e pelas praças de Tiúma e te proporcionado pelo Sesc. Isto porque a comuns, que não existem, e embarcamos
Carlos Wilson, pelo Parque Capibaribe e exposição foi justamente pensada para o na imaginação delas, combinando com
pela Faculdade Joaquim Nabuco. universo infantil. “Esse trabalho surgiu de nossos traços. Notar a percepção dos estu-
Segundo Adélia Oliveira, a oportunidade uma experimentação minha e da Amanda dantes sobre os bichos fantásticos foi muito
de levar Bichos Fantásticos para três escolas junto às crianças de nossas famílias. Pedi- especial e enriquecedor”, conta a artista. n

P I A U Í

Abrindo novas janelas para o mundo


“Eu me senti muito feliz quando aprendi a primeira letra do meu A história de Seu Roque é uma dentre tantas proporcionadas
nome.” É assim que Seu Roque, de 76 anos, descreve sua experi- pelo projeto de educação integrada promovido pelo Sesc no Piauí
ência no Sesc Ler de São João do Piauí. Pai de nove filhos e avô de desde 2003. Nos recém-completados 13 anos de atuação, foram
11 netos, o agricultor aposentado conta que nunca lhe faltou von- incontáveis as crianças, jovens e adultos beneficiados pela ação do
tade de estudar: o que faltava mesmo era oportunidade. Sesc Ler no estado. Seja nos municípios de Acauã, Guaribas, Piriri
ou na própria São João do Piauí, a metodologia de ensino é a mes-
ma: respeito às particularidades de cada estudante, proporcionan-
do um processo de construção da aprendizagem a partir de suas
experiências pessoais.
Coordenadora do projeto, Rozenilda Castro conta que a filosofia
adotada facilita a aprendizagem da leitura e da escrita. “O Sesc Ler
não trabalha com livros. Os professores desenvolvem projetos em
que são trabalhadas as habilidades e os conteúdos para cada turma
em cada faixa etária e etapa da aprendizagem”, explica ela, que ga-
rante para 2016 o mesmo objetivo que o projeto tem desde 2003:
divulgação sesc pi

fazer a diferença na vida das pessoas. n

26 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Panorama
R I O G R A N D E D O N O R T E

Turismo social de volta


Depois de um processo de reestruturação,
o Sesc no Rio Grande do Norte retomou as
A intenção é que os
atividades do Turismo Social. A intenção é passeios e excursões sejam
que os passeios e excursões sejam, de ago-
muito mais frequentes.
ra em diante, muito mais frequentes, possi-
bilitando uma série de opções para os co- Integrantes do Trabalho Social com o Ido-
merciários: “Notamos que havia carência so da unidade do Centro, o casal Maria do
do público por esse tipo de atividade. Isso Carmo e Luciano Alves não perdeu tempo e
ficou evidente pela grande demanda que logo garantiu sua ida nesse primeiro passeio.
tivemos logo em nossa primeira excursão Com transporte, hospedagem e alimentação
após essa retomada, para João Pessoa, na já inclusos, restou à animada dupla somente da aposentadoria, e o Turismo Social do Sesc

divulgação sesc rn
Paraíba. Foram 50 vagas esgotadas em me- aproveitar a viagem. “Eu nunca tinha vindo a é uma grande oportunidade que temos”, co-
nos de dois dias, causando uma lista de es- João Pessoa, meu marido, já. Gostei muito memora Maria do Carmo, que garante que
pera de mais de 40 pessoas”, conta Ana de saber que atividades como essa vão ser seu nome será muito mais visto na lista de
Carolina Vieira, gerente de cultura e lazer mais recorrentes a partir de agora. Temos confirmados do que na de espera. n
do Sesc no estado. muita vontade de viajar, ainda mais depois

R I O G R A N D E D O S U L

Sons de todo
o mundo
Durante 12 dias, a sexta edição do Festival
Internacional Sesc de Música ocupou di-
versos espaços do município de Pelotas
com uma intensa programação, apresen-
tando concertos e recitais de grandes expo-
entes da música erudita vindos de diferen-
tes locais do mundo.
divulgação sesc rs

Considerada a maior edição do festival já


realizada, o evento contou com 450 profis-
sionais envolvidos, entre alunos, professo-
res, músicos e técnicos, representando 17 para receber bolsas integrais, com direito a alunos desta edição do evento. A apresenta-
países e 18 estados brasileiros. Outro recor- transporte, alimentação e hospedagem, e ção foi prestigiada por mais de duas mil pes-
de ficou por conta da procura pelos 21 cur- outros 40 para bolsas parciais. soas, que receberam em primeira mão a
sos oferecidos: foram mais de 850 interes- O encerramento ficou a cargo da Orques- confirmação da próxima edição, novamente
sados. Destes, 220 foram selecionados tra Acadêmica do Festival, formada por 90 em Pelotas, no início de 2017. n

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 27
Panorama
R O N D Ô N I A

Próxima parada: Pará Na Ilha do Mosqueiro, as


atrações são as diversas
Foi muito breve o período de inscrições para a raense. A última parada é a Ilha do Mosquei-
praias locais, famosas em
viagem, promovida pelo turismo social do Sesc ro, na costa oriental do rio Pará. Já em Salinó- toda a Região Norte por
em Rondônia, ao estado do Pará. Isto porque o polis, as atrações são as diversas praias locais,
interesse dos comerciários locais em conhecer famosas em toda a Região Norte por suas
suas belas dunas e águas
as cidades de Belém e Salinópolis superou to- belas dunas e águas transparentes. n transparentes.
das as expectativas. Com passagens por histó-
ricos pontos turísticos e programas ao ar livre,
a excursão atraiu a atenção de casais, famílias
inteiras e de participantes dos grupos do Tra-
balho Social com o Idoso no estado.
O roteiro em Belém compreende as belas
edificações do Centro Histórico, considerado
um dos mais importantes locais na conquista

divulgação sesc ro
e colonização portuguesa no Norte do Brasil.
No city tour religioso, os turistas conhecem
as principais igrejas e catedrais da capital pa-

R O R A I M A

Unidades renovadas
O Sesc em Roraima inaugurou novas instalações em dois importantes
pontos de Boa Vista: a Avenida Jaime Brasil, no Centro, e o bairro de
Pintolândia. A primeira, considerada o mais importante polo comercial
do estado, passou a contar com o restaurante Sesc Orla. Já no segundo,
um dos pontos de maior crescimento comercial da capital, a população
pode aproveitar agora uma moderna academia de ginástica.
O Sesc Orla, ou Restaurante do Comerciário Delzuita Mutran Paracat –
em homenagem à fundadora da tradicional Pensão da Dona Delzuita – tem
capacidade para atender até 1.600 pessoas diariamente. Funcionando pelo
sistema self service, o espaço oferece almoço a preços acessíveis, e poderá
ser utilizado para eventos noturnos, jantares, recepções, bailes e afins.
Por seu lado, a nova academia marcou a primeira instalação do Sesc
em Pintolândia. Com a expectativa de atender 600 alunos por mês, a
FOTOS divulgação sesc RR

unidade oferece aos praticantes atividades de musculação e ergome-


tria. Em breve, serão disponibilizadas novas práticas, como aulas de
artes marciais. n

28 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Panorama
S A N T A C A T A R I N A

Mais uma unidade


Cinco anos depois de chegar à cidade praiana de Palhoça, por meio da
primeira quadra comunitária do projeto Comunidade no estado, o Sesc
inaugurou a aguardada unidade operacional do município. No local,
que ocupa sete mil metros quadrados de terreno construído, devem ser
realizados, até o fim do ano, cerca de 500 mil atendimentos nas diver-
sas áreas de atuação da instituição.
Dividida em três blocos, a unidade de Palhoça tem modernas
instalações, com academia, brinquedoteca, auditório, clínica odon-
tológica, quadra poliesportiva e restaurante. Um dos destaques do
novo prédio é a biblioteca, que dispõe de um grande acervo for-
mado por livros didáticos, biográficos e de variados gêneros literá-
rios, brasileiros e internacionais.
O local conta ainda com a mais nova escola do Sesc no estado, que

divulgação sesc sc
já está em pleno funcionamento, atendendo crianças dos 3 aos 11 anos.
Para o segundo semestre deste ano, está prevista a abertura, na mesma
unidade, da primeira creche do Sesc no estado de Santa Catarina. n

Para todos e em todos os lugares


De Itajaí a São Miguel do Oeste. De Caçador a Entre os que se apresentaram no
Xanxerê. Chegando, em 2016, à sua 14a edição, circuito este ano, encontrava-se o
o Circuito Sesc de Música permanece como o músico Dudu Fileti, que se destacou
mais importante e abrangente projeto de circu- pela participação no programa
lação musical pelo interior de Santa Catarina. “The Voice Brasil” nos anos de
No total, 26 municípios tiveram a oportunidade 2013 e 2014, o duo A Corda em
de assistir a um minifestival, realizado durante Si, formado por Fernanda
três dias em cada localidade, com composito- Rosa e Mateus Costa, e a
res e grupos musicais catarinenses. cantora Bárbara Damásio.
Nessa trajetória, já passaram pelo circuito Cada um representando
artistas dos mais variados estilos. Para a últi- uma diferente vertente
ma edição, segundo os curadores, o critério musical, mas com to-
de seleção dos participantes objetivou, princi- dos com o mesmo ob-
palmente, a valorização das letras e composi- jetivo: a valorização e o
divulgação sesc sc

ções apresentadas e da interpretação singular fomento da cultura em


dos intérpretes. Santa Catarina. n

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 29
Panorama
S Ã O P A U L O

Avós e Netos
Durante as férias, as unidades do Sesc espalha-
das pelo país buscam oferecer uma programa-
ção variada e divertida para as diferentes gera-
ções. Enquanto os mais jovens usufruem das
atividades que mais lhes interessam, os idosos

divulgação sesc sp
não ficam atrás e também se mobilizam para
aproveitar bem esses momentos. Então, por
que não juntar os dois grupos? Foi a partir dessa
ideia que o Sesc em São Paulo promoveu, este exemplo, os avós puderam ensinar aos mais jo- unânimes em mostrar que crianças com avós
ano, a primeira edição do projeto Avós e Netos. vens as brincadeiras de sua infância, no Sesc presentes se desenvolvem melhor. São mais
A iniciativa aconteceu nas 35 unidades do esta- Pompeia foi a vez de os netos assumirem o papel seguras e tem mais autoestima. E o melhor:
do com o objetivo de estimular a troca de expe- de professores e botarem os mais velhos para se essas pesquisas também demonstram que o
riências e a desconstrução de mitos e precon- divertirem com modernos jogos de videogame. convívio com os netos é muito benéfico para
ceitos relacionados à idade. Para o pediatra Daniel Becker, que pôde os avós. Avós participativos são mais felizes,
Cada unidade teve a liberdade de sugerir va- analisar o projeto, os ganhos proporcionados mais saudáveis e têm menos depressão. E,
riadas atividades. Enquanto em Campinas, por pelo Avós e Netos são muitos. “Pesquisas são claro, se divertem um bocado.” n

S E R G I P E

Reciclando conhecimentos
Enquanto para os estudantes a proximidade
“Esse dinheiro que arrecadamos
do início do ano letivo gera uma grande ex-
serve para ajudar a comprar
pectativa do reencontro com os amigos, a
novos livros com o preço mais
principal preocupação dos pais fica por conta
em conta.”
dos custos cada vez mais altos da compra do
material escolar. Mas esses valores vêm sen- desconto. Na edição de 2016, foram cerca de três
do reduzidos, há sete anos, para os morado- mil livros expostos e, destes, mais de dois mil e
res do Bairro Siqueira Campos, em Aracaju, setecentos trocados ou comercializados. Uma
graças à Feira de Livros novos e usados pro- das beneficiadas pela iniciativa foi Eunise da Câ-
movida pelo Sesc no Sergipe. mara e Silva, mãe de uma das alunas da Escola
No evento, os interessados podem montar Sesc: “Essa feira é uma oportunidade de comer-
seu estande e oferecer livros usados – em boa cializar os livros de meus filhos. Esse dinheiro
condição – a preços acessíveis ou em troca de que arrecadamos serve para ajudar a comprar
outras publicações. Na feira são encontrados ma- novos livros com o preço mais em conta. Além
divulgação sesc se

teriais didáticos e paradidáticos, além de grandes disso, não temos que ir a locais mais distantes,
obras da literatura brasileira, com até 60% de aqui fica mais fácil.” n

30 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016
Panorama
T O C A N T I N S

Qualificar para motivar


O Sesc no Tocantins realizou mais uma edição cipais ganhos do evento é a motivação propor-
do Encontro de Desenvolvimento Físico Esporti- cionada para desempenhar o trabalho ao longo
vo, evento voltado para os cerca de 50 educado- do ano. “É inegável a importância da qualifica-
res da área das unidades dos cinco municípios ção que recebemos. Ter a experiência de ouvir o
em que a instituição está presente no estado. O Mauro Guiselini, por exemplo, é algo ímpar para
encontro anual - realizado em 2016 pela segun- nossa carreira. Mas destaco, também, o quão
da vez - contou com a participação do professor motivante é essa realização. Nos faz olhar para
Mauro Guiselini, criador do Multifuncional Exer- os nossos alunos com uma atenção especial,
cise Training e precursor da ginástica aeróbica buscando sempre o melhor para eles”. n
no Brasil. O profissional pôde passar aos partici-
pantes um pouco do conhecimento adquirido
em anos de experiência sobre os, cada vez mais
populares, exercícios multifuncionais, caracteri-
zados por mesclar diferentes capacidades físicas
em uma única prática.
Além de palestras, debates e aulas práticas, os
integrantes passaram por um curso com concei-
tos práticos e teóricos sobre salvamento aquáti-

fotos divulgação sesc to


co e primeiros socorros com a equipe do Corpo
de Bombeiros. O professor Nilton César, da
unidade de Gurupi, participou neste ano pela
segunda vez do encontro. Para ele, um dos prin-

D E P A R T A M E N T O N A C I O N A L

Unidos contra o Aedes


O Departamento Nacional do Sesc está mo- orientações de profissionais do Instituto trazendo o slogan “Junte-se ao Sesc e faça a
bilizando as diversas unidades espalhadas Oswaldo Cruz, a Fiocruz, que é referência sua parte nessa luta”. Tanto a arte deste ma-
pelo país em uma verdadeira força-tarefa nacional no combate à tais doenças. terial, quanto a dos demais itens da campa-
contra o Aedes Aegypti, mosquito transmis- As inspeções nos espaços de trabalho são nha, como adesivos, banners, displays de
sor da dengue, da zika e da chikungunya. feitas de forma semanal. Pontos propícios mesa e folders e afins, foram desenvolvidos
Em todos os estados, equipes de funcioná- para o nascimento do mosquito, como jar- pelo Departamento Nacional do Sesc e en-
rios, batizadas de “Caça-Mosquitos”, foram dins, ralos, calhas e outros possíveis locais de viados para os regionais. Tudo para que a
capacitadas para identificar e combater possí- acumulo de água, vem recebendo atenção instituição esteja cada vez mais unificada na
divulgação sesc ac

veis focos do aedes. Os colaboradores, por especial dos Caça-Mosquitos. As equipes, in- luta, não só para matar o mosquito, mas,
meio de videoconferências, vem recebendo clusive, possuem um uniforme: uma camisa principalmente, para não deixa-lo nascer. n

F E V | M A R | 2 016 R e v i s ta SescBrasil 31
ESPAçO DO LEITOR

Carta do leitor
Diversidade 8~
Rafael Fernandes, instrutor de serviços sociais Sesc Venda Nova - BH

Caro servidor,
a Revista Sesc Brasil quer ficar mais interativa.

ª
Este é o espaço reservado para você. Aqui, você poderá contribuir
com charges, ilustrações, histórias em quadrinhos e poemas.
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Aguardamos sua colaboração.


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*O material recebido passará pela aprovação da Coordenação Editorial da revista.

re v ista
do (RJ), Renata Vannier e Keila Alves (RO), Kelly Revista Sesc Brasil é editada e produzida
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Carvalho e Sarah Goulart (SC), Aparecida mentos Regionais e do Departamento Nacional
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P r e s i dente do Silva Leite (AC), Patrícia Castro (AL), Tayana Mar- Ana Caroline (TO) Foto de capa: Marco Antônio - Sesc em São Paulo
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Giselle Norões e Maria Rozalina Galvão (CE), Mar- Impressão: Gráfica Ediouro • Tiragem: 32 mil (MTb 14.573)
Antonio Oliveira Santos
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cus César e Raíssa Lopes (DF), Eric Alvarenga Ro-
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dré Ribeiro (PI), Silvia de Lima (PR), Paulo Grama- r e vi são: Tathyana Viana p rodução gráf ic A : Celso Mendonça

32 R e v i s ta SescBrasil F E V | M A R | 2 016

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