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O Patrimônio Cultural

de Paraguaçu/MG
acervo arquitetônico
e urbanístico do distrito sede
O Patrimônio Cultural de Paraguaçu/MG
acervo arquitetônico e urbanístico do distrito sede

Realização
Prefeitura Municipal de Paraguaçu/MG
Conselho do Patrimônio Cultural de Paraguaçu/MG
Memória Arquitetura Ltda

dezembro de 2008
Apresentação
A comunidade paraguaçuense é a grande
responsável na preservação do seu Patri-
mônio Cultural, por meio de sua conscien-
tização e ações de proteção em concordân-
cia com as políticas públicas.
A elaboração dessa cartilha pretende di-
vulgar a história e o acervo arquitetônico
e urbanístico do distrito sede de Para-
guaçu, com a definição de conceitos sobre
patrimônio e suas formas de salvaguarda,
de maneira a informar e consolidar os
laços identitários da população.
“Município hospitaleiro do sul das Gerais,
Uma pioneira iniciativa do Conselho do Nobre e ordeiro povo de valores morais,
Patrimônio Cultural de Paraguaçu, lídi- Mãe de ilustres Sacerdotes, Músicos e Aviadores,
mo representante dos interesses És um celeiro de Poetas, Artistas e Escritores!
municipais, em conjunto com o grupo
As Escolas de Samba Leva Tapas e Marôlo brilharam,
Memória Arquitetura, empresa de con-
Quantos visitantes e conterrâneos já as prestigiaram,
sultoria em Patrimônio Cultural, com
Em saudoso passado de reinados momescos,
realização da Prefeitura Municipal de
Inesquecíveis entidades dos tempos carnavalescos!
Paraguaçu.
Um trabalho de resgate e perpetuação da Os marcos históricos de longa caminhada,
memória e da cultura local! Capelinha do Leva Tapas e Serra da Matinada,
Em teu solo ostentas um Monumento Avião,
Sou bairrista, Paraguaçuense de eterna gratidão!

À Nossa Senhora do Carmo, a homenagem maior,


De braços abertos, está a Padroeira em seu altar mor,
Iluminando os visionários que constroem a tua História,
Abençoando os benfeitores que honram a tua memória!”
Itamar Rodrigues Araújo

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Patrimônio Cultural 4
Conselho do Patrimônio Cultural de Paraguaçu 5
Síntese Histórica 7
Bens Tombados pelo Município 10
Inventário dos Bens Culturais 17
Símbolos 28
órgãos responsáveis pelo desenvolvimento da O seu pleno funcionamento está regulamenta-
Patrimônio Cultural política preservacionista em conjunto com a Conselho do Patrimônio do e pautado em Regimento Interno.”
própria população, a maior responsável pela
salvaguarda de seus valores locais. Também Cultural de Paraguaçu Itamar Rodrigues Araújo

O Patrimônio Cultural é o conjunto dos bens considerados relevantes instrumentos no Atribuições e realizações
culturais que identificam uma comunidade e acautelamento do patrimônio cultural estão O Conselho é responsável fundamen-
que constituem parte de sua memória social, o Tombamento (bens de natureza material), Definição talmente em propor as bases da política
expressos pelos hábitos, costumes, modos o Registro (bens de natureza imaterial), a “É um órgão independente, deliberativo e de de preservação e valorização dos bens
de agir e comunicar, culinária, celebrações, Lei Orgânica, o Plano Diretor e o Código de assessoria à Prefeitura Municipal de Paragua- culturais de Paraguaçu, estabelecendo
danças, músicas, monumentos, imagens, Obras. çu, na área de Patrimônio Cultural, no que diretrizes de proteção e fiscalizando os
documentos, casas, fazendas, igrejas, praças, No âmbito municipal, o Conselho de Patrimô- diz respeito à preservação dos bens de valor seus bens culturais.
cachoeiras, rios, serras, grutas. nio Cultural é a entidade que responde pela cultural localizados no município. Foi insti- Um dos primeiros atos logo após a sua
Esses elementos, que permitem distinguir preservação e proteção do Patrimônio Cultu- tuído através da Lei Municipal nº 1.718 de 04 criação, com o intuito de resgatar e preser-
uma cidade da outra, são frutos das ações do ral. No Estado de Minas Gerais, a Secretaria de julho de 2001, atendendo o que dispõe o var a história da cidade, foi a reabertura,
homem para viver em sociedade ao criar e de Estado de Cultura por meio do seu órgão Artigo 216 da Constituição Federal e o Arti- em 24 de agosto de 2002, do Museu Muni-
transformar sua realidade ao longo da his- executivo o Instituto Estadual do Patrimô- go 206 da Lei Orgânica Municipal. cipal Alferes Belisário, em homenagem ao
tória. Processo este em constante evolução, nio Histórico e Artístico de Minas Gerais Integram o Conselho quatorze membros, cidadão paraguaçuense Belisário Rodrigues
diversificado e rico, sendo um importante – IEPHA/MG, criado pela Lei Estadual nº sendo sete efetivos e sete suplentes, nomeados da Cunha, que combateu na Guerra do Pa-
legado às gerações futuras. 5.775 de 30 de setembro de 1971. E na esfera por Decreto Municipal, e entre eles são elei- raguai durante os anos de 1864 e 1870.
No entanto, para a continuidade e sobrevi- federal, o Instituto do Patrimônio Histórico e tos o Presidente, Vice-Presidente e Secretá- Além de discussões mensais sobre os rumos
vência dessa herança coletiva é essencial o Artístico Nacional – IPHAN, instituído pela rio, com um mandato de dois anos, podendo da política preservacionista no município,
fortalecimento de vínculos comuns, do senso Lei Federal nº 378 de 13 de janeiro de 1937. ser reconduzidos. o Conselho tem participado diretamente de
de pertencimento. A cultura e a memória tor- Atualmente, são Conselheiros: Cirene da inúmeros projetos de restauração, reforma
nam-se os principais fatores para sua firmação Silva Marques (Presidenta) Múcio Prado e manutenção dos bens culturais protegi-
e estão manifestadas no patrimônio histórico Campos (Vice-Presidente), Itamar Rodrigues dos, como o Sítio Histórico do Leva-Tapas,
e artístico de um povo, cuja preservação de Araújo (Secretário), Moisés Rocha, Sandro a Antiga sede da Prefeitura e da Câmara
seus bens mais representativos contribui para Adauto Palhão, Ângela Cristina Fressato, Municipal, a Praça Oswaldo Costa, o pré-
a formação da identidade cultural de uma Gislene Prado de Castro, Gilmara Aparecida dio da FEDEOP (Fundação Educacional
comunidade, proporcionando ao ser humano de Carvalho, Marlene Auxiliadora de Casti- Dr. Esdras Olinto do Prado), a Antiga Cai-
conhecimento de si mesmo e do ambiente que lho Carneiro, Claudemilson Pereira, Jandira xa D’Água (atual Academia Paraguaçuense
o cerca. Jubenco Prado Fressato, Paula Cristina de de Letras) e o Teatro Municipal Donato
Conhecer o seu patrimônio cultural é o pri- Freitas, Márcio Fabiano Saldanha, Rosa Ma- Leite Andrade, reaberto em 28 de março de
meiro passo para protegê-lo, principalmente ria de Araújo Dias Pimenta, que representam 2008, juntamente com o lançamento de um
por meio de inventários realizados pelos diversos segmentos da comunidade. selo comemorativo em sua referência.
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O Sítio Histórico do Leva-Tapas deu onde ficava o telefone. A ampla sala de jantar, com ria destinada à montagem de um engenho
início à sinalização do acervo protegido cinco portas de comunicação com os quartos. Faltava a Síntese Histórica em sua propriedade na Fazenda da Mata
por meio de placas comemorativas, sendo grande mesa onde, à noite, sentávamos com nossos pais. (atual bairro da Mata), o que consignou
uma delas com dizeres indicativos do Entramos nos quartos: o maior, de papai e mamãe, enorme evolução da sesmaria pelas grandes
bem cultural e outra com três estrofes do comunicando-se com os dois quartos das meninas. E Origem lavouras de cana-de-açúcar existentes, pois,
samba enredo que homenageou o lugar, o da Madrinha, irmã mais velha, cedido ao Alcino, Os índios da tribo “Mandibóias”, que significa somente em 1885 é que a cafeicultura foi
cujo autor do samba é o paraguaçuense depois de casada. Ao lado, o do Aristides, ambos com “cobra enrolada para o bote”, do grupo tupi- introduzida em nosso município.
Paulo José dos Santos. janelas para o curral. O meu, de meus irmãos menores. guarani, de nação cataguás, foram os primei- Em 1805 as terras das sesmarias começaram
Passando pelo corredor, com o quarto da dispensa e ros habitantes do lugar denominado Sertões a ser divididas através das cessões de gle-
o banheiro, chegamos à cozinha, ali faltando a mesa de São Sebastião, onde futuramente desponta- bas aos interessados, criando aqui o Curato,
onde minha mãe colocava os pratos com os alimentos. ria o Município de Paraguaçu. por exigência do Juiz de Sesmarias de São
A casinha da horta, com o quarto do forno e o da Rita João Del Rei, responsável pelas sesmarias da
e Coutinho, dois velhos pobres, ainda da guerra do
Em 1790, foram cedidas duas sesmarias,
sendo uma para Agostinho Fernandes de região sul mineira. O Bispo Dom Mateus de
Paraguai, que acolhemos. Abreu Pereira, Bispo de São Paulo naquela
Lima Barata e sua esposa Joana Maria de
Fomos ver o pomar. Desaparecidos a casa do monjolo e Oliveira, e outra ao Capitão Manoel Luiz época, é considerado o edificador da cidade
a bananeira, lá no fundo. E também o rego que lavava Ferreira do Prado e sua esposa Tereza Maria de Paraguaçu pelo seu incondicional apoio
água para os artifícios - a bica, levando água para a de Jesus, ambas localizadas às margens dos e suas exigências quanto à aquisição de
roda de grandes cubos. O moinho de fubá, o descasca- rios Sapucaí, Dourado, Machado e do Ribei- terrenos para o patrimônio público, e quanto
dor de arroz. O engenho, com as moendas, as tachas, rão Sossegado, atualmente denominado de à construção da capela e do cemitério, para
os cochos, as formas de rapaduras. E o paiol, a coberta Ribeirão do Carmo, onde hoje se constituem que os habitantes não mais precisassem
do chiqueiro... Tudo desaparecido. E quantos de nós, as cidades de Paraguaçu e Fama. O sesmeiro realizar batizados, casamentos, sepultamen-
O Velho Casarão também, foram levados pela morte: - Maria, Alcino, Agostinho Fernandes de Lima Barata, natural to de seus mortos e missas em Douradinho;
A primeira casa construída neste município, em 1795, Aristides, Elzira, José, Elvira, Alice... de Portugal, da cidade de Góes, Bispado de decisões pelas quais o lugarejo adquiriu a sua
foi a do Prado Velho, nos Campos, para sede de sua ses- Os versos de visita à casa paterna são comoventes. Uma Coimbra, povoou e cultivou rapidamente suas autonomia mínima.
maria. Desaparecida essa, em 1905, tendo adquirido a lembrança surgia em cada canto, em cada quarto gemia terras, prestando um dos maiores benefícios O casal Maria Rosa de São José e Amaro José
fazenda do Espírito Santo, papai mandou Zeca Pereira uma saudade... ao lugar, ao abrir os caminhos para povoados do Vale doou as terras necessárias à formação
edificar sua residência, no mesmo lugar. Oscar Ferreira Prado vizinhos como Elói Mendes (então denomina- do patrimônio, com a lavratura definitiva da
Fomos visitá-la. O Sr. Reinaldo Braga e sua dis- do Morro Preto da Mutuca), Varginha (então escritura realizada em 17 de outubro de 1825,
tinta família nos receberam muito bem. Estacionado denominado Espírito Santo das Catanduvas), cuja cópia foi arquivada na Cúria da Diocese
o carro à beira da estrada de Guaipava, descemos Machado (então denominado Santo Antônio de Guaxupé/MG.
pela escadinha de acesso ao alpendre. O mesmo onde do Machado) e Alfenas (então denominado O ex-Prefeito Oscar Ferreira Prado, recebeu
papai despachava seus camaradas em 1905. São José e Dores de Alfenas). Agostinho Ba- uma cópia da mencionada escritura de Dom
Estávamos emocionados, voltando ao passado. Entra- rata foi pioneiro ao adquirir e transportar de Hugo Bressane de Araújo, Bispo Diocesano
mos pela grande sala. Passamos pelo corredorzinho São Paulo para Paraguaçu/MG a maquina- da Campanha/MG.
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Em 1810 foi iniciada a construção da primeira Administrativa, valendo-nos registrar a sua trativos estes baixados pelo Prefeito Oscar do ao evento que ali aconteceu; daí a denomi-
capela no arraial, onde hoje localiza-se a Igre- nomenclatura oficial que define a palavra Ferreira Prado, a grafia do nome da cidade foi nação do lugar como Leva Tapas.
ja de Nossa Senhora da Aparecida. Paraguaçu como “Rio Grande”. oficializada como “Paraguassu”, escrito com Como fato histórico, registra-se no tempo a
Em 17 de outubro de 1825, o distrito de Car- O topônimo do município de Paraguaçu desde dois esses. existência de um romance entre uma jovem
mo dos Tocos foi desmembrado de Campa- sua fundação em 1790 até nossos dias recebeu Por força da Lei Municipal nº 130, de 11 de de nome Ana Palhão, carinhosamente tratada
nha/MG, passando a pertencer a Freguesia quatro denominações em sua nomenclatura e novembro de 1952, decretada pela Câmara de Aninha, e um cigano de nome Amâncio
de São José e Dores de Alfenas. duas grafias diferentes de seu nome. Municipal e promulgada pelo também Pre- Diegues, cujo desfecho teve um final tris-
Em 15 de março de 1840, por disposição da O primeiro nome do arraial foi Nossa feito Oscar Ferreira Prado, confirmou-se a te e lamentável, que abalou a população do
Lei Provincial nº 168, criou-se o Distrito do Senhora do Carmo, que assim permaneceu grafia “Paraguassu” (com dois esses). lugar e da região, tendo influenciado o nome
Carmo da Escaramuça, fazendo parte da Fre- desde 1790 até 1810. Com o advento da Lei Municipal nº 520, de de nossa localidade, quando passou a deno-
guesia de Campanha/MG. 21 de outubro de 1969, aprovada pela Câma- minar-se Carmo dos Tocos da Escaramuça
A segunda denominação do lugar foi conside-
ra de Vereadores e sancionada pelo Prefeito ou Carmo da Escaramuça. Manoel Palhão,
A partir de 29 de maio de 1848, foi insta- rada de Carmo dos Tocos a partir do ano de
Agnaldo Salles, revogou-se a Lei nº 130 de pai de Aninha, sentindo manchada a honra
lada a Freguesia do Carmo da Escaramu- 1810 prevalecendo até o ano de 1840.
11/11/1952, passando a grafia do nome do da família Palhão pelo romance entre ela e
ça. Em 1888, foi realizado aqui no Carmo Outro nome que recebeu o povoado foi o
nosso município a ser escrita com “C” cedilha: Diegues, principalmente porque a filha havia
da Escaramuça, o Congresso de Clubes de Carmo da Escaramuça, conforme Lei
“Paraguaçu”, o que perdura até nossos dias. fugido em companhia do cigano violinista e
Republicanos, idealizado e coordenado por Provincial de Minas Gerais nº 168, de 15 de seu grupo, reuniu mais de dez homens bem
Francisco Gonçalves Leite e pelo portu- de março de 1840, nomenclatura esta que Pela data de emancipação de Paraguaçu, o dia
armados para atacar o grupo de ciganos que
guês João Eustáchio da Costa. perpetuou até o ano de 1911. 30 de agosto é o dia de aniversário do muni-
estava acampado naquele lugar, por conside-
Em 03 de novembro de 1890, conforme Lei cípio, e de conformidade com a Lei Municipal
O último e definitivo nome foi Paraguaçu. O rar aquela gente como gente mal vista ou por
Provincial nº 268, a Freguesia ou o Distri- nº 512, de 18 de Agosto de 1969, sancionada
Município foi criado pela Lei Estadual nº 556 próprio preconceito.
to do Carmo da Escaramuça é desmembra- pelo então Prefeito Municipal Agnaldo Salles,
de 30 de agosto de 1911, oficializando nesta Os homens armados atacaram o grupo de
do de Alfenas e anexado à Machado (Santo foi fixada esta data como o Dia da Cidade de
data a sua emancipação. ciganos que já estavam partindo do Carmo,
Antônio do Machado), permanecendo assim Paraguaçu e também Feriado Municipal, o
O topônimo Paraguaçu foi sugestão do então que se mantém até os dias atuais. incendiando seus carroções, atacando-os com
por 21 anos até a sua emancipação, em 30
Senador Gaspar Ferreira Lopes que empreen- foices e tiros, dizimando o bando. Dentre os
de agosto de 1911.
deu inúmeros esforços para a emancipação da Fato histórico e lendário mortos estavam Aninha e o namorado Die-
Em 1894 a Freguesia do Carmo da Esca- localidade. gues, que involuntariamente causaram toda
ramuça foi elevada à condição de Paróquia Curioso fato histórico e também lendário está
a tragédia, ficando denominada a chacina de
No contexto da história da cidade, regis- ligado à História de Paraguaçu com relação à
do Carmo da Escaramuça, na data de 13 de “escaramuça dos ciganos”.
tra-se a grafia de seu nome de duas manei- Igrejinha do Leva Tapas que lá existe não por
maio de 1894.
ras: “Paraguassu” e “Paraguaçu”. acaso, mas em função de um acontecimento Partindo daí, muitos dizem que suposta-
O topônimo Paraguaçu ocorrido naquele lugar. mente a mudança do nome do lugar para
Pela Portaria Municipal nº 20 e pelo
Carmo da Escaramuça ocorreu em virtude
Paraguaçu completou em 30 de agosto de Decreto Municipal nº 14, ambos de 20 de Como lenda, conta-se que quem passava por
do fato acontecido.
2008, 97 anos de Emancipação Político outubro de 195l, instrumentos adminis- lá, levava tapas, principalmente à noite; devi-
Itamar Rodrigues Araújo
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Cabe ao Conselho Municipal do Patrimônio 1 Capela Leva-Tapas
Bens tombados Cultural definir os limites (perímetros de Decreto Municipal nº 015 – 04/04/2002

pelo município tombamento e de entorno de tombamento)


e as restrições específicas de cada processo.
Dentre tantas edificações de complexos
traços e belezas indizíveis, foi a mais simples
O próprio Plano Diretor de Paraguaçu a escolhida para o primeiro tombamento
O Tombamento é um instrumento jurídico (Projeto de Lei Complementar nº municipal. A pequena Capela Leva-Tapas
praticado por ato administrativo municipal, 005/2005) já delimita zonas especiais que traz consigo a marca dos embates entre a
estadual ou federal para proteger o bem devem ser objetos de preservação e prote- comunidade paraguaçuense e os ciganos em
cujo valor cultural é reconhecido como de ção como as Áreas de Interesse Cultural um tempo em que esses estiveram presentes
interesse público. Não interfere no direito (AIC) correspondentes ao perímetro na nas paragens do então Carmo da Escara-
de propriedade, apenas define que aque- Zona Central e definido pelas ruas Eustá- muça, pequeno arraial que guardava em si a
le bem tem uma importância para toda a quio Júnior, Ferreira Prado, Lino Prado e semente que geraria a atual Paraguaçu. Por
comunidade. Gabriel Junqueira, e a Zona de Interesse iniciativa popular foi construída, por iniciati-
Cultural e Turístico da Serra da Matinada. va popular foi mantida, por iniciativa popu-
O proprietário – responsável por sua inte-
Importa ressaltar que os benefícios advin- lar preservada! É o reflexo da cultura de um 2 Fazenda Ribeirão
gridade - pode vender, alugar ou emprestar;
dos com o tombamento não se restringem povo, de seus costumes, de suas tradições! Propriedade dos herdeiros da família Campos Prado
no entanto não é permitido destruí-lo ou
mesmo modificá-lo sem autorização prévia somente à preservação da paisagem urbana Decreto Municipal nº 097 – 02/12/2002

do órgão competente - em Paraguaçu, o e natural, da história e da cultura de uma A Fazenda Ribeirão, situada no bairro
Conselho Municipal do Patrimônio Cultural. localidade. homônimo, outrora conhecido como
Podem ser tombados os bens móveis e inte- Estendem-se também aos próprios proprie- Ribeirão dos Porcos, segue o sistema
grados (imagens, esculturas, pinturas, mobi- tários com a isenção do Imposto Predial e construtivo utilizado em fins do século
liários, utensílios); estruturas arquitetônicas Territorial Urbano – IPTU –, de forma a XVIII e começo do XIX. Está assentada a
e urbanísticas (casarões, sobrados, fazendas, auxiliá-los nas ações de manutenção e res- meia encosta junto a um curso de água, er-
igrejas, praças); sítios naturais (cachoeiras, tauração, além de outras renúncias fiscais guida sobre altas sapatas de pedra, e em sua
parques, lagoas, serras, grutas, abrigos); para incentivar a participação da sociedade estrutura de pau-a-pique foram empregadas
conjuntos, núcleos ou centros históricos; civil em ações preservacionistas, como o ripas de coqueiro, possivelmente o carana-
arquivos e patrimônio arqueológico. ISS (municipal), ICMS (estadual) e o Im- íba, comum no Planalto Mantiqueira-Rio
posto de Renda (federal). Grande. Um dos mais antigos exemplares
Paraguaçu conta com nove bens imóveis, neste município, com aproximadamente 200
um móvel e um conjunto paisagístico tom- anos, sua valoração reside não apenas por sua
bados. Para garantir a ambiência no en- arquitetura, mas por sua historicidade, ao
torno do bem tombado não são permitidas servir a tropeiros e viajantes e testemunhar
intervenções que impeçam e/ou reduzam aqueles que impulsionaram o desenvolvi-
sua visibilidade. mento econômico deste município.
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4 Residência à 5 Oratório
Rua Ferreira Prado nº 72 Decreto Municipal nº 016 – 16/03/2006
Propriedade de José Antônio Ferreira Para além de seus atributos simbólicos e
Decreto Municipal nº 114 – 17/12/2004
afetivos, o oratório atualmente presente no
A edificação à Rua Ferreira Prado nº 72 Museu Alferes Belisário é um registro da
emerge como ícone de um passado glorioso devoção católica paraguaçuense de finais
vivido pelo município nas primeiras déca- do séc. XIX. Originalmente confeccionado
das após sua emancipação. Construída em para uso dos moradores da Fazenda São
1922 e seguindo as tendências da arquite- José, inseria-se em uma rede de sociabi-
tura eclética, ressalta aos olhos um detalhe lidades, na qual era um dos componentes
singular que salienta a beleza externa da imagéticos mais significativos. Era a esse
construção: a escada de acesso ao 2º piso, objeto que as orações, rezas, aspirações e
cujo primor de seu feitio transforma a obra receios se direcionavam. Embora não tenha
em uma verdadeira preciosidade que abri- mais a funcionalidade inicial, sua repre-
lhanta a via na qual se insere. A residência sentatividade religiosa mantém-se patente,
é antes a antiga casa do seu “Jota” (João auxiliando na preservação da memória e
Evangelista Campos Júnior), farmacêutico história de Paraguaçu.
e ilustre membro da comunidade e da his- 6 Antiga Prefeitura
3 Teatro Municipal tória paraguaçuense. e Câmara Municipal
Donato Leite Andrade Decreto Municipal n° 079 – 27/10/ 2006
Decreto Municipal nº 113 – 17/12/2004
O traçado arquitetônico característico de
Atestando o progresso e o desenvolvimento sua fundação, entre os anos de 1937 e 1939,
cultural e social de Paraguaçu nos idos anos remete ao vigente no período de grande re-
40, a edificação foi inaugurada em 1947 novação do cenário urbano que tomou lugar
para abrigar o afamado Cine Íris. O imóvel,
na década de 30. Os elementos do Art Déco
com influência dos estilos rococó e Art Decó,
trazem consigo as reminiscências de um
revela uma tipologia arquitetônica singular
tempo de outrora, quando o povoado ainda
na cidade, inserindo-se de forma marcante e
harmoniosa na Praça Oswaldo Costa, marco sonhava com o crescimento que hoje é visível
referencial para a comunidade. Do antigo a todos. Ademais, cumpre ressaltar seu papel
cinema ao atual Teatro Municipal Donato no processo emancipatório do município: foi
Leite Andrade, o locus de sociabilidade têm sede da Prefeitura e da Câmara Municipal, o
se perpetuado, garantindo o fortalecimento que o torna como peça de valor fundamental
dos laços identitários dos paraguaçuenses. na história da trajetória política da urbe.
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7 Residência à 10 Associação Daud Gantus Nasser
Rua José Camilo da Costa nº 62 Decreto Municipal nº 012 – 28/02/2008
Propriedade de Maria Fátima Sant’anna Sua relevância se articula ao fato não
Decreto Municipal nº 021 – 19/03/2007
somente de ter sido propriedade de João
A residência acompanhou desde sua constru- Camilo da Costa e Oswaldo Costa, figuras
ção, diversos momentos do desenvolvimen- de destaque no cenário paraguaçuense, mas
to municipal: principalmente por ter sediado diferentes
- fundada em época de franco crescimento empreendimentos, imbricados nas trans-
urbano – entre os anos de 1915 e 1920, em formações sócio-econômicas do município,
uma das principais vias até então; como bancos, correio, ala hospitalar,
- conheceu os anos difíceis da crise econômi- companhia telefônica e, nas últimas décadas,
ca de 1929 que se abateu em Paraguaçu; - foi no desenvolvimento educacional e social
favorecida – como maior parte da população de crianças carentes. A Associação Daud
– pela instalação da Paraguaçu Têxtil que, Gantus Nasser, com referências ecléticas e
inclusive, veio a ser proprietária da casa neocoloniais, inserida no entorno da Praça
por cerca de 20 anos. Todos eles ajudaram João Eustáquio da Costa, um dos núcleos
a compor a história desse relevante bem e iniciais de crescimento do povoado, é, acima
desta via de muitos percalços e de muitas 8 Capela do Cemitério 9 Antiga Caixa d’Água de tudo, um espaço de incentivo à cidadania
esperanças! Propriedade de José Hermano Prado Decreto Municipal nº 008 – 19/02/2008 e de inclusão social.
Decreto Municipal nº 022 – 19/03/2007 A construção do reservatório de água nos
De autoria de Virgílio Borim, um dos anos 20 do século XX representou um
principais artífices de Paraguaçu, a importante avanço para o desenvolvimento
Capela do Cemitério se ergue em 1923 urbano de Paraguaçu, conseguindo, por
como um monumento aos paraguaçuenses muitas décadas, atender de forma eficiente a
que trouxeram prosperidade ao município, demanda gerada pelo crescimento.
lembrança de um passado carinhosamente Tornou-se uma referência marcante, seja
salvaguardado na memória daqueles que pela sua utilidade, pelo simbolismo, ou mes-
ainda vivem. Durante muito tempo serviu mo por sua arquitetura em concreto, uma
de jazigo à família Leite, sendo atualmente inovação que alterou os saberes e o pró-
utilizada para a celebração da Procissão da prio ethos profissional dos construtores da
Penitência, atraindo os habitantes para a região. Desativada em 2005, a Antiga Caixa
experiência do sagrado e para as atividades d’Água se remete diretamente ao histórico
coletivas que solidificam, cristalizam os laços das conquistas municipais, principalmente
de solidariedade local. ao acesso à infra-estrutura básica.
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11 Praça Oswaldo Costa rua de Baixo, alcunhada anos mais tarde de
Decreto Municipal nº 016 – 25/03/2008 Inventário dos Ferreira Prado, carinhosamente apelidada
Inaugurada em 1942, a Praça Oswaldo Costa
se constitui como paragem centralizadora
bens culturais como a “Velha Rua”, que finalizava no Largo
da Igreja, hoje praça João Eustáquio da Costa.
das principais manifestações sociais, cultu- Neste núcleo se concentram os principais
rais e políticas do município, homenageando exemplares da arquitetura neoclássica,
O inventário é reconhecido como um primei-
aquele que é visto como um dos mais in- eclética, art déco e neocoloniais, de singular
ro instrumento de proteção do patrimônio
fluentes personagens no desenvolvimento valor para os paraguaçuenses.
cultural, composto pela relação dos bens
econômico e urbano de Paraguaçu. Seus Caracterizam-se por fachadas ornamenta-
culturais do município que são identificados
jardins cuidadosamente delineados por seu das - como elementos em massa por motivos
e catalogados pelo Conselho, considerando
projeto paisagístico são circundados por fitomorfos - ou enquadradas por cunhais,
os seus valores histórico, artístico, arquite-
residências em estilo neoclássico, eclético e pelas esquadrias de madeira vedadas com
tônico, estético, ético, científico e afetivo da
Art Déco, que formam uma paisagem har- vidro, pisos e forros tabuados, cobertura em
comunidade, com o primordial objetivo de
moniosa em meio a edifícios referenciais para telhas francesas coroadas por cimalhas e
bem conhecê-los para poder definir ações e
os paraguaçuenses como a Igreja Matriz de guarda-pós em argamassa ou madeira.
prioridades de proteção, de forma a resgatar
Nossa Senhora do Carmo e o Teatro Munici- No início do século, a construção de um jardim no a sua história e mantê-la viva no imaginário Nas ruas adjacentes a esta área central a
pal Donato Leite Andrade. centro era o sonho de todos os habitantes da Villa coletivo, proporcionando a preservação e tipologia encontrada é mais diversificada,
Paraguassú. Antes o lugar era conhecido como Largo valorização do acervo existente. abarcando influências modernistas e con-
do Rosário, Largo da Igreja Nova ... Até o final da
Paraguaçu inventariou durante os anos de temporâneas, além das já citadas.
década de trinta, era um enorme gramado com um
2005 a 2008 as estruturas arquitetônicas e Estão expressas em edificações pontuais,
chafariz e uma linda mangueira no centro...
urbanísticas mais relevantes de seu distrito sem formar conjuntos significativos, embo-
Após sua inauguração, em fevereiro de 42, o jardim sede, totalizando 82 bens. O resultado é ra sejam mais recorrentes na avenida Dom
se transformou no local do "footing" da juventude dos uma compilação de informações históricas, Bosco, que limitava o centro de Paraguaçu
anos 40 e 50. Em torno do lago e coreto, caminhavam descritiva, cartográfica e iconográfica de desde o início do século XX até a década de
as moças em um sentido, enquanto os rapazes, em cada um deles. 1970, e nas ruas Presidente Getúlio Vargas
direção contrária, trocavam flertes e sorrisos a cada e Aureliano Prado.
A ordem de prioridade dos levantamentos se
volta que se cruzavam.
baseou em aspectos históricos e no processo Apesar da perda de expressivos imóveis ao
Aos domingos as bandas de música se apresentavam de ocupação urbana, com a identificação das longo das décadas, grande parte do acervo
no coreto... Os bancos eram ocupados pelas famílias, primeiras regiões habitadas datadas já do arquitetônico e urbanístico remanescente foi
grupos de jovens, ou pelos casais de namorados, que início do século XX. pouco alterado, preservando e conservando
ali permaneciam até o toque da sirene do Cine Íris, Consistem como núcleo de formação original seus aspectos físicos, estruturais e estilís-
avisando que o filme estava começando. a rua de Cima, que desembocava no Largo ticos... dignos representantes do modo de
Guilherme Prado do Rosário, atual praça Oswaldo Costa, e a viver e morar dos paraguaçuenses.
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edificações arraigadas na rua Ferreira Prado...
“a velha e tradicional rua dos tocos...
aberta por escravos do Prado Velho...
já foi o centro do povoado e do arraial...”
(Oscar Ferreira Prado)

20 21
... também fixadas nas praças Oswaldo Costa, João
Eustáquio da Costa e Pedro Leite....
nas avenidas Dom Bosco, Antônio Labeca
e Gonçalves Leite....

22 23
... nas ruas Barão do Rio Branco, Pres. Getúlio
Vargas, Doutor João Pinheiro, Aureliano Prado,
Paula Dias, Pref. Nestor Eustáquio...

24 25
... Ferraz Leite, José Camilo da Costa, Tiradentes,
José Bueno, Padre Piccinini, Padre Silvain Tardif,
Prof. Marcos Maciel Dias, 13 de Maio!

26 27
Já em plebiscito realizado em 1998 para a
Símbolos escolha da insígnia que melhor identifica o
município, foi eleito pela comunidade o Avião
Monumento, situado no trevo da BR 491 com
O Brasão de Armas e a Bandeira do Município foram a Avenida Dr. Domingos Conde, e desig-
os primeiros Símbolos Oficiais de Paragua- nado pela Lei Municipal nº 1.603, de 28 de
çu regulamentados, os quais resumem e setembro de 1998. Doado pelo Ministério
representam a história da cidade através da da Aeronáutica em 1972 com interveniência
simbologia heráldica neles inseridas. do Tenente Carlos Prado Campos, oficial da
A criação destes símbolos foi elaborada pelo FAB e participante da II Guerra Mundial,
paraguaçuense Yelo Evany Prado e insti- a Cédula 1261 do avião AT-6 Texas foi
tuída pela Lei Municipal nº 911, de 02 de montada em Paraguaçu, uma das cidades
Avião
outubro de 1987, que Dispõe sobre a Criação pioneiras da aviação no Sul de Minas, cuja
dos Símbolos Municipais de Paraguaçu/MG. instalação de um aeroclube ocorrera já no
início dos anos 40.
Constituem-se ainda como símbolos re- Marolo
conhecidos pelos paraguaçuenses a Serra da
Matinada (conjunto paisagístico de grande
valor turístico, ecológico e cultural); o Sítio
Histórico Leva-Tapas (conhecido como Igrejinha
do Leva-Tapas, foi erguido por volta de
1850 a 1880 em função do lendário episó-
Bandeira Serra da Matinada
dio da escaramuça dos ciganos no início do
século XVIII); a Biquinha (ponto onde brota
água corrente límpida, antigamente local
de encontro de lavadeiras atraídas pela
qualidade das águas); e o Marolo (fruta am-
plamente utilizada pela comunidade para a
fabricação de licores e doces).
Capela Leva-Tapas

Brasão

Biquinha

28 29
IEPHA/MG. Cartilha do Patrimônio
Ficha técnica Histórico e Artístico de Minas Gerais, 1989.
PRADO, Oscar Ferreira. O Velho Casarão.
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Design gráfico
Gabriela Abdalla Realização
Prefeitura Municipal de Paraguaçu/MG
Ilustrações - Prefeito Evandro Barbosa Bueno
Pedro Hamdan
Conselho Municipal do Patrimônio
Fontes bibliográficas Cultural de Paraguaçu/MG
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rico do Município de Paraguaçu/MG, 2002. Dezembro de 2008
BESSA, Altamiro Sérgio Mol. Preservação
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cidades, uma herança para o futuro!
Belo Horizonte: CREA/MG, 2004. 26p.
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