Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
)
Paisagens
Culturais
Paulistas
Colaboradores
Desenvolvimento
Erika M. Robrahn González
Colaboradores
Desenvolvimento
Mensagem da AES Tietê
A partir de 2009, a AES Tietê, juntamente com as demais empresas que
compõem o Grupo AES Brasil, buscou alinhar as práticas socioambientais à sua
estratégia de negócio com um objetivo claro: contribuir para um modelo de
desenvolvimento sustentável, que levou à criação de uma política e de compromissos
e metas que consideram o equilíbrio econômico, social e ambiental nas decisões
diárias, posicionando a sustentabilidade no centro do planejamento estratégico.
Essa decisão não poderia ser diferente pelo fato de o Grupo prestar um serviço
essencial à sociedade, seja na geração ou na distribuição de energia elétrica. A
relevância do Grupo em seu setor traz oportunidades inovadoras de trabalhar em
prol do interesse comum de todos os seus públicos.
Procuramos desenvolver nossos negócios de forma que preservemos os
recursos naturais e respeitemos as comunidades onde atuamos, garantindo a
valorização do seu patrimônio histórico e cultural, proposta presente no Programa
de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural dos Onze Aproveitamentos
Hidrelétricos da AES Tietê S/A.
O programa, desenvolvido e implementado pela empresa Documento
Arqueologia e Antropologia, é fundamentado em três eixos básicos de atuação:
Preservação do Patrimônio; Utilização de Valores Científicos e Culturais; Educação
Patrimonial.
Durante as pesquisas históricas, foram identificados 122 sítios arqueológicos
nas margens dos reservatórios da AES Tietê, nas bacias dos rios Tietê, Grande e
Pardo. As descobertas evidenciam ocupações indígenas e históricas de grande
importância para a compreensão dos modos de vida das regiões em que se
encontram.
Este livro relaciona as descobertas realizadas pelo Programa, que representam
não só grande interesse regional, mas possuem também relevância para o País, por
apresentar uma nova perspectiva ao explicar a história, a arqueologia e a cultura
dessas localidades.
Essa é a forma do Grupo AES Brasil de fazer negócios, buscando inovar para
gerar valor compartilhado a toda a sociedade.
Ítalo Freitas
Vice-presidente de Operações da Geração
Boa leitura.
Vegetação característica nas mediações da UHE Nova Avanhandava Patrimônio Paisagístico presente nas mediações da UHE Barra Bonita
Bacia do Rio Grande
A Bacia do Rio Grande é o principal formador do Rio Paraná, um dos maiores
rios sul-americanos. Sua nascente desemboca na vertente continental da Serra da
Mantiqueira, próximo do município mineiro Bocaina de Minas. Em uma extensão de
aproximadamente 700 km, o Rio Grande percorre o território de Minas Gerais onde
recebe, como contribuição principal, em sua margem direita, o Rio das Mortes,
importante meio de transporte durante a expansão colonialista.
Pela margem esquerda do Rio Grande, está o afluente Rio Sapucaí, águas
batizadas com esta denominação por conta das sapucaias, árvores com flores
arroxeadas e perfumadas (provenientes da Floresta Pluvial Atlântica) que crescem
em suas margens.
No seu curso inferior, o rio Grande constitui a divisa natural entre os estados
de Minas Gerais e São Paulo. Campos e regiões de serras com relevo ondulado
compõe o traçado da bacia, com áreas de topos e cristas, características
predominantes da geologia da Serra da Mantiqueira. A fauna local apresenta
riquezas de espécies, como o macaco-prego, tamanduá-mirim, lobo-guará, jiboia,
jararaca, tucanos, papagaios e preguiças.
O clima tropical úmido predomina por quase toda a bacia. Em uma pequena
área que corresponde à porção Sudeste do rio, contemplando os municípios de
Ariranha, Fernando Prestes, Monte Alto, Pirangi, Taiaçu e os seus entornos, a
sensação é de um clima quente, úmido, com invernos não muito frios.
A fertilidade da terra, acompanhando o curso dos rios, propiciou aos municípios Arqueólogos em monitoria no Síto Pontal - UHE Água Vermelha
banhados por suas águas o desenvolvimento de várias atividades econômicas,
estreitando a relação existente entre as paisagens e a ocupação humana. O sítio
arqueológico Água Vermelha 3 apresentou datação com esta antiguidade, colocando
a região entre as mais antigas do estado de São Paulo.
Enquanto área de ligação entre o Planalto Meridional (ao sul), o Planalto
Central (a oeste) e os campos gerais (ao norte), a bacia do rio Grande traz vestígios
de ocupações ceramistas diversificadas, inseridas pelos arqueólogos nas tradições
Tupi-Guarani, Itararé e Aratu-Sapucaí, modos de vida que veremos nos próximos
capítulos desta obra.
Esta área teria sido densamente ocupada quando da chegada do colonizador
europeu, que ali ocorreu entre os séculos XVII e XVIII.
O sítio Água Limpa, situado no vale do Grande (no município de Monte Alto)
parece remeter à tradição Aratu pela morfologia de seus vasilhames cerâmicos. Sua
morfologia é desconhecida, embora pesquisas tenham evidenciado nove manchas
escuras, interpretadas como estruturas habitacionais, onde materiais cerâmicos,
líticos, faunísticos e vestígios de fogueiras estão concentrados. Materiais esparsos,
algumas estruturas de fogueira e vestígios de sepultamento foram também
encontrados pelos arqueólogos.
Vestígio Cerâmico coletado nas mediações da UHE Nova Avanhandava Arqueólogo em atividade de registro fotográfico nas mediações da UHE Caconde
Colonização
Como o leitor já acompanhou anteriormente, no capítulo Paisagem e Tradição, tanto para abastecer a região do planalto – pontuada de trigais e outras lavouras –
no início desse livro, o processo de ocupação das bacias do Baixo e Médio Rio Tietê quanto para serem comercializados para regiões distantes, como no nordeste
(atualmente composta por parte das microrregiões de Araçatuba, Bauru, Campinas, açucareiro. No entanto, mesmo quando as expedições tinham sucesso, havia uma
Central e de São José do Rio Preto) nos revelou como os movimentos históricos baixa lucratividade do negócio, visto que a grande maioria dos capturados morria
acontecem a partir da interferência do homem em seu meio, e onde os fatores antes sequer de chegar à vila para serem comercializados.
naturais e culturais articulam-se conforme as necessidades da cada época. Mas, por meio de suas andanças pelos sertões, estes exploradores se
Quanto à ação colonizadora, é importante enfatizar que o processo ocorre no depararam com descobertas de metais preciosos, o que levou à criação de centros
cotidiano, com populações que precisam garantir dia após dia as condições mineradores em Minas Gerais, Cuiabá e na Vila Boa do Goiás. As claras divisões
essenciais para sua sobrevivência. entre as bandeiras de apresamento e de busca de metais e pedras preciosas
A história da ação colonizadora no Planalto Paulista, por exemplo, pode ser escondiam uma “economia das oportunidades”, que mesclava as múltiplas
compreendida pelo contínuo esforço em abrir caminhos e estabelecer áreas de possibilidades de lucro.
influência cada vez mais distantes do núcleo irradiador de São Paulo. Em relação ao setor econômico, o interesse do colonizador moldou as normas,
No entanto, a cidade jamais deixou de ser ponto de passagem quase determinou a política a ser seguida e conseguiu, por meio disso, os benefícios
obrigatório para a difusão do comércio, ampliações de estratégias militares e à possíveis. Neste contexto, a intervenção do governo português na América foi
ocupação colonial. São Paulo também serviu de ponte para a conquista gradativa bastante variada, oscilando entre o rigor de interferência e o desinteresse quase
dos sertões paulista, desempenhando, desde sua fundação, a atividade de ponto que total de acordo com a região em pauta, criando, assim, modelos administrativos
intermediário na ligação entre o planalto e o litoral, especialmente com o porto de distintos para as Capitanias desenvolvidas.
Santos. As duas primeiras vilas da Capitania foram São Vicente (de 1532 ou 1534) e
Durante os séculos XVI e XVII a ocupação humana na região se valeu de Santos (de 1545), estruturadas inicialmente no litoral. Mas a colonização da
percorrer os sertões em busca de indígenas para mão-de-obra, movimento bastante Capitania de São Vicente logo se mostrou ineficiente. Além de estreito, dificultando
difundido pelo “bandeirante paulista”. A atividade bandeirante seguiu o roteiro o povoamento da região, o litoral vicentino apresentava terrenos baixos, pantanosos
estabelecido pelos padres da Companhia de Jesus, que se internaram muito e repletos de mangues. Com o surgimento da produção açucareira nordestina na
precocemente nos sertões com fins catequizadores. Num primeiro momento, a ação metade do século XVI, de melhor qualidade e mais próxima do mercado consumidor
dos jesuítas se ateve às cercanias da vila de São Paulo, estabelecendo aldeamentos europeu, a economia de São Vicente se tornou bastante frágil.
nas regiões de Santo Amaro, Nossa Senhora dos Pinheiros, Carapicuíba e algumas Ao contrário do litoral santista, o planalto logo surgiu, aos olhos do colonizador
um pouco mais distantes. como um local favorável para ser povoado: havia terras altas e salubres, ambientadas
Ainda no século XVI, aldeamentos eram criados em diversas regiões nas por um clima temperado muito mais agradável para o europeu e descampados
margens do Rio da Prata, em território espanhol nas Américas. As regiões hoje propícios para a instalação humana. As vias naturais de ocupação, como o rio Tietê,
compreendidas pelo Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e mesmo pelo propiciavam a expansão para outras regiões planaltinas. E a existência de numerosas
Paraguai e Uruguai foram profundamente envolvidas pela ação evangelizadora tribos indígenas, localizadas há milhares de anos naquele espaço, significava aos
jesuítica entre os índios Guarani. No planalto, a grande maioria dos indígenas, colonizadores portugueses novas fontes de mão- de-obra.
embora houvesse cada vez mais etnias representadas, era de Guaianazes, dando Apesar do rio Paraíba do Sul ter importância fundamental no processo de
origem a missões de proporções gigantescas, com dezenas de milhares de indígenas ocupação de todo o vale Paraíba, foi a partir do rio Tietê que as primeiras incursões
retirados de suas aldeias, atraídos para os centros jesuítas e reorganizados sob dos sertanistas paulistas começaram. De mobilidade fácil e sem maiores imposições,
uma lógica espiritual de governo. Esses agrupamentos de indígenas representavam a navegação no Rio Tietê provocou (antes mesmo do fim do século XVI) núcleos
uma oportunidade singular aos bandeirantes ocupados na captura de mão-de-obra, populacionais significativos, como os aldeamentos de Guarulhos, Itaquaquecetuba
Foto retirada do Livro: Botucatu: cidade dos bons ares e das boas escolas, 2007
UHE Caconde
Acervo: AES Tietê
Imigrantes
Atraídos pelos centros urbanos que se desenvolviam no Brasil, milhares de localizada no Bairro do Gonzaga, em Promissão, e foi inaugurada pelos colonizadores
imigrantes europeus escolheram o país como rota para novas perspectivas de em 1938.
vida. Entre a segunda década no século XIX e meados do século XX, após a Os 60 anos de Uetsuka foram dedicados a trabalhos ininterruptos pela causa
Segunda Guerra Mundial, italianos, portugueses, espanhóis, alemães, austríacos, de sua comunidade. Em 1918, adquiriu as matas virgens da estação Hector Legru,
franceses e russos viajaram pelas águas do Atlântico e aqui desembarcaram, localizada na região Noroeste do município, instalando o primeiro núcleo de
tornando-se parte do processo de ocupação de diversas regiões, entre elas, a bacia colonização japonesa. Ali, encabeçou a construção de escolas, a abertura de
do rio Tietê. estradas, a contratação de médicos e fundou associações, as quais tinham o dever
Se no período do Primeiro Reinado no país, a vinda de imigrantes esteve de zelar pela segurança dos moradores e prestar auxílio aos menos favorecidos.
principalmente atrelada aos centros urbanos, especialmente ao Rio de Janeiro, que Conforme as informações registradas pelas comunidades de Promissão,
carecia de profissionais como engenheiros, médicos, ferreiros, boticários etc., ao Uetsuka foi o responsável por iniciar a colonização pela região, pois no local havia
longo do Segundo Reinado e, sobretudo, com a Proclamação da República, a poucas doenças, em virtude de ter sido habitada anteriormente somente por índios.
imigração ganhou no Brasil contornos específicos. A ideia foi receber mão-de-obra Uetsuka faleceu em 1935, e seu corpo foi sepultado no Cemitério Municipal de
estrangeira para, num primeiro momento, atender às necessidades da expansão da Promissão. Em tributo aos seus feitos à cidade, já foram prestadas várias
agricultura e especialmente da lavoura cafeeira. Posteriormente, a estratégia homenagens ao colonizador, dentre elas, a instituição da Praça Shuhei Uetsuka e a
objetivava preencher as vagas de trabalho oferecidas pelas fábricas inauguradas Vicinal Shuhei Uetsuka que levam o seu nome.
nos centros em processo de industrialização. No momento do 60º Aniversário da Imigração da Japonesa no Brasil e 50º
As influências da imigração italiana no vale do Rio Pardo, por exemplo, que Aniversário da colonização japonesa em Promissão, em 1968, foi erguido na Praça
começou em 1890, são marcantes no ambiente sociocultural na região. Os imigrantes Shuhei Uetsuka um monumento. No local, há também um templo, o Templo Komyo
chegavam de trem até Rio Pardo e seguiam viagem de carroça até chegarem às Kwannondo, cuja luz, que não se apaga nunca, é mantida ou por energia elétrica ou
fazendas de café. Gradativamente, com o crescimento das cidades, os italianos por vela.
expandiram suas atividades nas áreas urbanas e rurais, influenciando, portanto, a
cultura e arquitetura regionais.
Em São Paulo, com a expansão econômica da região, acentuada em 1880, os
grandes movimentos migratórios estiveram interligados ao processo de consolidação
da cafeicultura no país. Já no final do período imperial, setores da sociedade foram
articulados para estabelecer uma política de recrutamento de imigrantes. Foi quando
houve a criação do sistema de colonato que, em relação à antiga estratégia de
parcerias, oferecia algumas vantagens. O novo sistema era baseado num programa
de remuneração misto, calculado com base em comissões nas vendas do produto
agrícola, além de um salário anual, e oferecia ao colono incentivos fiscais para o
transporte e necessidades básicas.
O município de Promissão, localizado na porção Oeste do estado, ficou
conhecido como o berço da colonização japonesa no Brasil. Em 1908, o navio
Kasato Maru chegou ao porto de Santos, trazendo, entre os viajantes, um grupo de
japoneses dirigido pelo Dr. Shuhei Uetsuka, hoje um ícone da cidade.
A primeira igreja católica construída no Brasil por imigrantes japoneses está
Ponte bastante utilizada por imigrantes para travessia do Rio Pardo Exemplo de Patrimônio Edificado em Caconde, destaque para o estilo construtivo Europeu trazido pelos imigrantes
Foto Histórica de
Imigrantes
em sua chegada à
SãoPaulo na década
de 1970.
Fonte: http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/fotos/saopaulo-historia-hospedariadosimigrantes.jpg
PCH Mogi-Guaçu
Acervo: AES Tietê
Cafeicultura
Foram nas fazendas do Rio de Janeiro, em meados do século XVIII, que Um alastramento das lavouras cafeeiras tomou conta, entre 1850 e 1880, das
ocorreram as primeiras tentativas de se cultivar o café em terras brasileiras. regiões localizadas nas cabeceiras do rio Pardo. Além da expansão do café, a
Posteriormente, a cultura cafeeira se expandiu, atingindo os estados de Minas alteração da estrutura fundiária no Brasil obteve uma nova organização sistemática
Gerais e, sobretudo, São Paulo, onde concentrou suas lavouras no norte do vale do das políticas públicas ao acesso da terra no país. Com a instituição da Lei de Terras,
Paraíba, especialmente nas cidades de Areias, Guaratinguetá e Lorena. promulgada por D. Pedro II em 1850 (uma das soluções mais incisivas para a
No século XIX, o cultivo se espalhou pelo Oeste Paulista, tornando-se nessa transição da mão-de-obra escrava para o trabalho livre), teve início a proibição de
época a principal atividade econômica da região, e primordial para o Império no qualquer tipo de aquisição de terras devolutas que não fosse o da própria compra,
ramo da exportação. O elemento chave para o processo de ocupação do Tietê, por acabando por barrar o acesso a terra por parte de posseiros e arrendatários.
exemplo, foram as lavouras de café. Elas abrangiam, de modo geral, desde a região Nesse modelo, caso um posseiro cultivasse suas culturas em terras de
do Oeste Paulista (indo de Campinas, Rio Claro e São Carlos até Araraquara e Sesmaria (instituto jurídico português), a área era de sua posse, já que o “regime
Catanduva) até o Nordeste da Província. sesmarial” legitimava o trabalho como elemento gerador do direito de propriedade.
Para se ter ideia, só entre 1888 e 1900, 42 novos municípios foram instaurados Deste modo, a partir de 1850 houve uma ampla modificação legal da estrutura
na Província de São Paulo, sendo alguns deles situados no Baixo e Médio Tietê, fundiária do país, ocasionando agravamento das já desfavoráveis condições dos
como Jaú, Dois Córregos, São Manuel do Paraíso, Mineiros do Tietê, Ibitinga, Bariri, pequenos roceiros sitiantes.
Pederneiras, Bocaina e Anhembi. Alguns distritos também foram instituídos, tais A estabilização da lavoura cafeeira e a implementação da Estrada de Ferro
como os de Conchas, Barra Bonita e Itapuí. Mogiana, em 1872, consolidaram a ocupação do Nordeste Paulista, região que
A expansão da lavoura cafeeira pelo Planalto Paulista protagonizou alterações deixou de ser vista como um “sertão” a ser desbravado. Sua política administrativa
significativas na ocupação e acesso às terras do Nordeste Paulista. Seus habitantes, ganhou rapidez e rendimentos consideráveis, fato constatado, por exemplo, pela
acostumados a privilegiar as áreas de pasto, começaram a visualizar novas formas criação da Vila de Caconde, em 1864, que, no ano seguinte, transformou-se em
de exploração dos solos formados por terra roxa, mais propícia ao cultivo do café. município incorporando as atuais cidades de Sapecado, Mococa, São José do Rio
Mesmo assim, as plantações de lavouras cafeicultoras não ocorreram de maneira Pardo, São Sebastião da Grama, Tapiratiba e Barrânia.
homogênea nesta região, já que as condições topográficas e climáticas de Dez anos depois, em 1874, criou-se a Comarca de Caconde por meio de lei
determinadas terras contribuíram para um desenvolvimento desigual da economia sancionada pelo Presidente da Província de São Paulo, João Teodoro Xavier. Em
regional. 1883 Caconde foi elevada à cidade mediante lei aprovada pelo então Presidente da
Assim, enquanto boa parte das localidades da chamada Alta Mogiana (como Província, Francisco de Carvalho Soares Brandão.
as cidades de Ribeirão Preto, São Simão, Batatais e Franca) apresentavam O café permaneceu como base da economia paulista até por volta de 1930,
características topográficas e climáticas adequadas para o plantio do café, áreas da período em que o segmento começou a sofrer oscilações no mercado.
Baixa Mogiana que faziam fronteira com Minas Gerais (como aquela ocupada por A Grande Depressão, ou crise de 1929, abalou a importância da cafeicultura
Caconde) tiveram mais dificuldades na implementação dessa cultura devido ao e promoveu uma aceleração no processo de diversificação não apenas no setor
relevo acidentado e solo menos fértil. agrícola, mas na economia paulista como um todo. O café foi perdendo a sua
Pode-se dizer que os principais canalizadores para a expansão da cultura importância a partir dos anos 30 e culturas de algodão, pecuária, arroz e cana-de-
cafeeira pelo Planalto Paulista foram as estradas de ferro que, a partir de 1860, açúcar foram avançando pelo País.
substituíram os antigos caminhos de terra. Neste sentido, a crescente malha A reestruturação econômica sofrida pelo Nordeste Paulista ao longo das
ferroviária aumentou a qualidade da interligação entre a cidade de São Paulo, o décadas compôs, aos poucos, o panorama atual da região. Nas áreas cafeicultoras
porto de Santos e as localidades próximas à Capital da Província, além de ampliar principais (Franca e Ribeirão Preto) a existência do capital necessário para o
as áreas de povoamento de territórios planaltinos longínquos. redirecionamento econômico foi fundamental às novas empreitadas no decorrer da
98 Paisagens Culturais Paulistas Foto Histórica das Plantações de Café no Interior de São Paulo
Fonte: http://fazendasjm.com.br/albuns/da225fddf96cb0977b71e6a1cd88f362/foto%201.jpg
Manifestação popular em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932 na cidade de Jaú-SP no ano de 1935. Jaú enviou voluntários
para a causa paulista - Fonte:http://cafehistoria.ning.com/photo/comemora-o-revolu-o-1932-em-1935-na-cidade-de-ja-sp
Praça Jorge Tibiriça Ibitinga SP - Fonte: http://tinyurl.com/nh5nljz Praça Matriz de Ibitinga - Fonte: http://static.panoramio.com/photos/large/18017049.jpg
Ferrovias
A expansão da cultura cafeeira pelo planalto paulista teve, entre os seus antigo Mato Grosso ao Sudeste Brasileiro, a extensa NOB foi alvo de inúmeros
aceleradores, a construção das estradas de ferro pelo país. A partir de 1860, os discursos enaltecedores, grande parte vinculados às ideologias dominantes da
antigos caminhos de terra atravessados pelas tropas de mulas começaram a ser, época.
gradativamente, substituídos pelas ferrovias. Se por um lado a crescente malha Longe de ser uma solução pontual circunscrita ao início do século XX, a ideia
ferroviária aumentou a qualidade da interligação entre a cidade de São Paulo, o de criar uma estrada de ferro que ligasse o Mato Grosso ao litoral Atlântico brasileiro
porto de Santos e as localidades próximas à Capital da Província, também ampliou remete a meados do século XIX. Seja por meio de textos de viajantes da época ou
as vias de comunicação e as áreas de povoamento de territórios planaltinos através das informações de relatórios administrativos, a discussão sobre o melhor
longínquos. aproveitamento de uma área “tão rica”, porém pouco explorada, se deparava com a
Com a implantação da Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (1867), a malha necessidade de se ampliar as vias de comunicação com a região. Além disso, a
ferroviária de São Paulo atingiu o Nordeste Paulista com a Estrada de Ferro Mogiana, utilização dos rios Paraná e Paraguai pelo Brasil, embora fornecesse uma via de
fundada em março de 1872. A estabilização do café e a construção da Mogiana acesso mais rápida e prática, esbarrava nos interesses dos países vizinhos, em
consolidaram, definitivamente, a ocupação do Nordeste Paulista, que deixou de ser especial Argentina e a República do Paraguai.
encarado como um “sertão” a ser desbravado. Em 1875, a estrada se alastrou para Assim, já em 1851, houve a discussão de um projeto de lei autorizando o
os municípios de Mogi Mirim e Amparo, seguindo para Campinas e, três anos depois, governo imperial a conceder exclusividade a uma companhia para a construção de
para Casa Branca. Após disputas envolvendo as companhias de trem em relação às uma ferrovia que ligasse o Rio de Janeiro à cidade de Vila Bela da Santíssima
alternativas para a ampliação da malha ferroviária do Noroeste Paulista, a Mogiana Trindade (MT), passando pelas localidades de São João d’El Rei, Goiás e Cuiabá.
assegurou a concessão para estender seus trilhos até Ribeirão Preto. Anos depois, No entanto, não eram apenas aspectos de ordem econômica que influenciaram a
partiu ainda mais para o norte, passando por Franca (1887) até atingir o Porto criação da ferrovia. No plano político, a ideia da construção de uma linha férrea
Jaguará (1888), no rio Grande. concordava com três dos principais pilares de uma “nação moderna”: as ações
Até o início de 1900, boa parte do Baixo e Médio Tietê (atualmente, pertencente integradoras sobre o próprio território, ação social que garantisse redes de apoio e
aos municípios de Glicério, Coroados, Buritama, Zacarias, Penápolis, Barbosa etc) flexibilidade, e o desenvolvimento das forças militares e terrestre.
era ocupada por populações indígenas dispersas. O principal grupo que habitava a Em outras palavras, a construção da ferrovia garantiria, segundo a ótica dos
região durante a chegada do colonizador eram os kaingangs, que também viviam grupos dirigentes, a integridade territorial do Brasil diante dos interesses dos vizinhos
em áreas dos atuais estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A platinos e das potências imperialistas, uma vez que o Mato Grosso representava
Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) constitui um objeto de reflexão histórica historicamente uma região de difícil controle por parte do Estado.
não apenas sobre as áreas diretamente relacionadas com a ferrovia (os antigos Em junho de 1904, a Companhia de Estradas de Ferro Noroeste do Brasil foi
Estados do Mato Grosso e de São Paulo), mas também pelo próprio processo de fundada, com o objetivo inicial de construir uma ferrovia entre Uberaba e Coxim.
ocupação do território brasileiro ao longo dos séculos XIX e XX. Mas logo após a aquisição da concessão da obra, a empresa alterou o projeto para
A criação do Instituto Histórico e Geográfico (1837) exemplifica muito bem a construção de uma via férrea que ligasse as cidades de Bauru e Cuiabá, passando
essa intenção, suplantada por aparatos ideológicos que tinham como função por Itapura, na divisa entre os estados do Mato Grosso e de São Paulo.
formular políticas e discursos legitimadores da construção da nação, com base na A despeito das inúmeras dificuldades relacionadas à construção da via férrea,
integridade territorial do Brasil. Apesar de ter possuído diversas fases, esse modelo tais como a presença do grupo indígena kaingangs, os problemas oferecidos pela
nunca abandonou a ideia de “civilizar o país”, tendo como alvos o sertão, os índios, região pantaneira do sul-mato-grossense, além das precárias condições de trabalho,
os posseiros, enfim, todos aqueles indivíduos ou espaços não inseridos na lógica da a ferrovia foi sendo implantada até 1907, quando o governo federal não só determinou
civilização. a mudança no destino final da ferrovia (que passou a ser Corumbá), como também
Sendo a primeira e - por muito tempo - a única ferrovia a ligar o território do iniciou alterações nas condições contratuais da obra.
Foto Histórica de Inauguração de Ferrovia no Interior de São Paulo - Fonte: http://tinyurl.com/p2wvhlu Vagão de Primeira Classe do Trem de Aço da Companhia Paulista de Estradas de Ferro - Fonte: http://tinyurl.com/pw7wmmz
Locomotiva Restaurada e Exposta no Município de Promissão.
Editoração e Arte Final ALMEIDA, F. F. M. Fundamentos geológicos do relevo paulista. In: Instituto Geográfico e Geológico, São Paulo, IGG. P.169-262. 1964.
Eduardo Staudt - Gestor de Marketing ALMEIDA, F.F.M.; HASUI, Y.; PONÇANO, W.L.; DANTAS, A.S.L.; CARNEIRO, C.D.R.; MELO,
Vinicius Camargo - Designer e Fotógrafo M.S.; BISTRICH, C.A. 1981. Mapa Geológico do Estado de São Paulo. Escala 1:500.000. Texto Explicativo. São Paulo, IPT (Vol. 1). 126p.
ALENCASTRO, Luis Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico sul, São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
A equipe de desenvolvimento do Programa está especificada nos relatórios encaminhados ao IPHAN,
de acordo com a Portaria de Pesquisa publicada no D.O.U. ALINCOURT, Luiz D’. Memória sobre a viagem do porto de Santos à cidade de Cuiabá. Anais do Museu Paulista. Editora. Imprensa Oficial, 1950.
AFONSO, Marisa C. (Docente); BUENO, L. de M.R. (Discente-Autor). Os sítios arqueológicos líticos da bacia do ribeirão Queimador (Vale Médio do Rio Tietê,
SP). In: Anais do VII Simpósio de Iniciação Científica da Universidade de São Paulo; VII Simpósio de Iniciação Científica da Universidade de São Paulo; São
Paulo, 1999.
Equipe AES Tietê
Jose Eduardo Michelin - Gerente de Gestão de Reservatórios ANDRADE, Manuel Correia de. Modernização e pobreza: a expansão da agroindústria canavieira e seu impacto ecológico social. São Paulo: Editora da
Universidade Estadual Paulista, 1994.
Odemberg Veronez - Coordenador de Condicionantes de Licenciamentos
Tatiane Cristina Rech - Analista de Meio Ambiente ARAUJO, Astolfo Gomes de Mello.Teoria e método em arqueologia: um estudo de caso no alto Paranapanema, Estado de São Paulo. Tese de Doutoramento,
PPGArq/MAE, Univ. de São Paulo, 2001.
Design, Editoração e Impressão ASHMORE, W.; B. KNAPP (ed). Archaeologies of landscape. Contemporary perspectives. Oxford: Blackwell, 1999.
Design e Editoração - Kilograma Publicidade Ltda. ASTON, M. Interpreting The Landscape: Landscape Archaeology In: Local Studies, BT Batisford, London. 1989.
Impressão - Graftec Gráfica LTDA. AZAMBUJA, Conde de. “Relação da Viagem que em 1757 fez o Exmo. Conde de Azambuja, sahindo da cidade de São Paulo para a zuilla de Cuyabá, etc.”, em
VILHENA, Luis dos Santos. Recopilação de notícias de São Paulo, etc. Salvador: Imprensa Oficial do Estado, 1935.
Primeira edição / Tiragem: 500 unidades AZEVEDO, A. A. Procedimentos metodológicos adotados para implantação do programa de monitoramento das encostas marginais do Reservatório de Porto
Primavera – Rio Paraná. In: anais... X Congr. da ABGE. Ouro Preto.
AZEVEDO, Fernando. Um trem corre para o Oeste: estudo sobre a Noroeste e seu papel no sistema de viação nacional, São Paulo: Livraria Martins, 1950.
BACELLAR, Carlos de Almeida Prado; BRIOSCHI, Lucilia Reis. Na estrada do Annhanguera: uma visão regional da história paulista. São Paulo: Humanitas,
1999.
BANDEIRA, Júlio e WAGNER, Robert. Viagem ao Brasil nas Aquarelas de Thomas Ender (tomo 3). Petrópolis: Kapa Editorial, 2000.
BELLOTTO, Heloísa Liberalli, Autoridade e conflito no Brasil colonial: o governo do Morgado de Mateus em São Paulo, São Paulo: Secretaria de Estado da
Cultura, 1979.
BÓVEDA LÓPEZ, M. M. (coord). Gestión patrimonial y desarrollo social. CAPA, 12, 2000.
BOXER, Charles, O Império marítimo português, 1415-1825, São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
. Criando história: paulistas e mineiros no nordeste de São Paulo (1725-1835). Dissertação de mestrado apresentada à FFLCH-USP, São Paulo, 1995.
Orientação de Maria Isaura Pereira de Queiroz
BROCHIER, L. L. Diagnóstico e manejo de recursos arqueológicos em unidades de conservação: uma proposta para o litoral paranaense. 2004, 138f.
Dissertação de mestrado. Museu de Arqueologia e Etnologia – USP. São Paulo, 2004.
BROCHIER, L. L. Migrações costeiras: controles geoarqueológicos e corredores geo-ecológicos associados aos compartimentos costeiros e subcosteiros do
litoral do Sudeste. Anais… 14º Congr. da SAB, Florianópolis, CD-Rom, 2007.
BRUNO, Ernani Silva.História do Brasil, geral e regional: vol. 5, S. Paulo e o Sul, São Paulo: Cultrix, 1967. CALDARELLI, Solange B. Pesquisas Arqueológicas
no Interior do Estado de São Paulo. In: Revista de PréHistória, IPH-USP, São Paulo, 2 :8591, 1980.
CALDARELLI, SOLANGE B.; WALTER A. Neves. Programa de pesquisas arqueológicasno vale médio do rio Tietê, S. Paulo: 1980/82. Revista e Pré-História
4:19-82, Instituto de Pré-História da Univ. de S. Paulo, 1982.
CALDARELLI, Solange B. Lições da pedra: aspectos da ocupação préhistórica no vale médio do rio Tietê. Tese (Doutorado em Arqueologia) Universidade de
São Paulo, São Paulo. (TECESP-TIP). 1983.
COLANGELO, A. C. O Modelo de feições mínimas, ou das Unidades Elementares de Relevo: um Suporte Cartográfico para Mapeamentos Geoecológicos. In:
Revista do Departamento de Geografia. n. 10, FFLCH – USP. p. 29-40.1996.
CAMPANHOLE, Adriano, Memória da cidade de Caconde (freguezia antiga e n s da conceição do bom sucesso do rio Pardo), São Paulo: Latina, 19-?.
CANDIDO, Antonio. Parceiros do Rio Bonito: estudo sobre o caipira paulista e a. transformação dos seus meios de vida. São Paulo: Editora 34, 2003.
CANO, Wilson. Raízes da concentração industrial em São Paulo. São Paulo: Difel, 1977.
CASTRO,Maria Inês Malta. O preço do progresso: a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (1905-1914). Dissertação de mestrado apresentada à
IFCH-UNICAMP, Campinas, 1993.
CAVENAGHI, Airton José. Olhos do barão, boca do sertão : uma pequena história da fotografia e da cartografia no noroeste do território paulista (da segunda
metade do século XIX ao início do século XX). Tese de doutorado apresentada ao Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências
Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2004.
.“O território paulista e sua representação cartográfica e iconográfica durante o século XIX: análise de uma herança cotidiana”. Anais do Museu
Miller Jr., Tom Ol. Sugestões para uma tipologia lítica para o interior do sul do Brasil. Pesquisas 21, Instituto Anchietano de Pesquisas, São Leopoldo. 1969 .
MONTEIRO, John Manuel, Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo,São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MORAES, J. L. Arqueologia de salvamento no Estado de São Paulo. In: Dédalo. São Paulo: n. 28. 1990. p. 195-205.
MORAIS, José Luis de. A utilização dos afloramentos litológicos pelo homem pré-histórico brasileiro: análise do tratamento da matéria prima. Coleção Museu
Paulista, Série Arqueologia 7, São Paulo, 1983.
MORRIS, G. & FAN, J. Reservoir sedimentary handbook: design and management of dams, reservoirs and watersheds for a sustainable use. New York:
McGraw-Hill Companies, Inc. 1997.
MUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA – USP. Relatório final: Programa de Monitoramento Arqueológico da Faixa de Depleção Fase de diagnóstico, UHE
Água Vermelha. São Paulo, 2003. 91p + anexos.
NOVAIS, Fernando A. “Condições da privacidade na colônia”. In: SOUZA, Laura de Mello e (org.). História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na
América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pp.13-39.
OLIVEIRA, Antonio Rodrigues Veloso de Oliveira. Memórias sobre o melhoramento da Província de São Paulo. São Paulo: Governo do Estado de São Paulo:
1976 [1810].
OLIVEIRA, J. F de. A representação espacial no estudo da paisagem e das variáveis ambientais em arqueologia. São Paulo, 2005. 117f. Dissertação de
mestrado. Departamento de Geografia – FFLCH – USP. São Paulo, 2005.
PALLESTRINI, L. Interpretação das estruturas arqueológicas em sítios do Estado de São Paulo. Tese de Livre Docência, Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas/USP, São Paulo, 1975.
PALLESTRINI, Luciana; Philomena, Chiara. Indústria lítica de Camargo 76, Pirajú, São Paulo. Coleção Museu Paulista, série Ensaios 2:83-122, S. Paulo, 1978.
PARDIM, Sonia Leni Chamon. Imagens de um rio: um olhar sobre a iconografia do rio Tietê. Dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Artes da
Universidade de Campinas. Campinas: 2005.
PETRONE, Maria Theresa Schorer, A lavoura canavieira em São Paulo: expansão e declínio (1765-1851), São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1968. PREZIA,
B. A. Os indígenas do planalto Paulista nas crônicas quinhentistas e seiscentistas. Humanitas, FFLCH/USP, São Paulo, 2000.
PINTO, Adolpho Augusto. História da viação pública de São Paulo. São Paulo: Typ. e papelaria de Vanorden, 1903.
PINTO, Maria Inez Machado B. Cotidiano e Sobrevivência. A vida do trabalhador pobre na cidade de São Paulo (1890-1914). São Paulo: EDUSP, 1994.
PRADO JR., Caio. Evolução Política do Brasil e outros estudos, São Paulo: Brasiliense, 1972.
. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Publifolha, 2000. PROUS, André. Arqueologia Brasileira. Brasilia, UnB, 1992 .
QUEIROZ, Paulo Roberto Cimo. Uma ferrovia entre dois mundos: a E.F. Noroeste do Brasil na primeira metade do século 20. Bauru, SP; Campo Grande, MS:
EDUSC: Editora UFMS, 2004.
RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
RICARDO, Cassiano. Marcha para o oeste: a influencia da bandeira na formação social do Brasil. Rio de Janeiro: Jose Olympio, 1942.
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. – O programa arqueológico do Rodoanel Metropolitano de São Paulo, Trecho Oeste: ciencia, preservação e sustentabilidade
social.In: Patrimônio, Atualizando o debate. IPHAN, 2006, : 169-190, São Paulo
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. – To whom belongs this past? Annales XV Congrès de l’Union Internationale des Sciences Préhistoriques et Protohistoriques.
Universidade de Lisboa, Lisboa, 2006.
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. – Arqueologia e Sociedade no município de Ribeirão Grande, Sul de São Paulo: ações em Arqueologia Pública ligadas ao Projeto
de Ampliação da Mina Calcária Limeira. Revista Arqueologia Pública n. 1, UNICAMP, Campinas/SP, 2006.
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. – O Programa arqueológico do Rodoanel Metropolitano de São Paulo, Trecho Oeste: ciência, preservação e sustentabilidade
social. Revista do IPHAN, 2005
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. – El uso de la Analogía en la Etnoarqueología Brasileña.Anais da II Reunión Internacional de Teoría Arqueológica en América del
Sur. Argentina, 2001
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. – A expansão Tupi, em busca da terra sem mal. Brasil 50 mil anos, uma viagem ao passado pré-colonial. EDUSP, : 27-34, São
Paulo. 2001
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. –As aldeias circulares do Brasil Central. Brasil 50 mil anos, uma viagem ao passado pré-colonial. EDUSP, : 35-43, São Paulo.
2001
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. Reflexionen ueber den Gedrauch der historischen Analogie in Brasilien. In: A. Gramsch (ed.) Vergleichen als archaeologische
Methode. Analogien in den Archaeologien, BAR International Series, arbeitsgemeinschaft Theorie (T-AG). Berlim, 2000,: 131-142
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. Arqueologia em Perspectiva: 150 anos de prática e reflexão no estudo de nosso passado. In: W. Neves (org.) Dossiê Antes de
Cabral. EDUSP, São Paulo, 1999-2000 : 10-31
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. O estudo da interação cultural em Arqueologia. Suplemento n. 3 da Rev. do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 1999:
31-34
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. & ZANETTINI, P.E. Jacareí às vésperas do descobrimento: a pesquisa arqueológica no sítio Santa Marina. Ed. O Expresso, São
Carlos, 1999
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. Diversidade cultural entre os grupos ceramistas do sulsudeste brasileiro: o caso do vale do Ribeira de Iguape. In: M.C.Tenório
(ed.) Pré-História da Terra Brasilis ,Rio de Janeiro, 1999
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. & DE BLASIS, P. – Investigações arqueológicas no médio/baixo vale do Ribeira de Iguape, São Paulo. Rev. do Museu de
Arqueologia n. 8 :57-70, São Paulo, 1998
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. – Teoria cerâmica: principais linhas e propostas de análise. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia n. 8: 287-294,
MAE/USP, 1998
ROBRAHN-GONZÁLEZ, E.M. – Regional pottery making groups in Southern Brazil. Antiquity 72 (277): 616-624, September 1998
ROBRAHN GONZÁLEZ, E.M. O acervo etnológico do MAE/USP: estudo do vasilhame cerâmico Kaingáng. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia
n.7:133-142, São Paulo, 1997
ROBRAHN GONZÁLEZ, E.M. São Paulo, terra de fronteiras: a ocupação de grupos ceramistas précoloniais. Anais da IX Reunião Científica da SAB, Rio de
Janeiro, 1997
ROBRAHN GONZÁLEZ, E.M. Os grupos ceramistas pré-coloniais do Centro-Oeste brasileiro. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia vol. 6: 83-122, São
Paulo, 1996.
ROBRAHN GONZÁLEZ, Erika M. A ocupação ribeirinha pré-colonial do médio Paranapanema. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia vol. 5:99-116
ROBRAHN-GONZÁLEZ, Erika M.; BORNAL, Wagner G. Programa de Resgate Arqueológico, UHE Caconde, Relatório de Andamento 1. Relatório entregue ao
IPHAN. 2007.
ROSSIGNOL, J. & WANDSNIDER, L. Space, time, and archaeological landscapes. New York and London: Plenum Press, pp. 61-64, 1992.
ROSS, Jurandir L. S. & MOROZ, Isabel C. Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo: Escala 1:500.000. Mapas e Relatório. São Paulo: Lab. de
Geomorfologia Depto. Geografia – FFLCH – USP / Lab. de Cartografia Geotécnica – Geologia Aplicada – IPT / FAPESP, Volume I, 1997. 64 p.
RUSSEL-WOOD,A. J. R. “O Poder Local na América Portuguesa”. Revista de História, v. 55, no. 109, São Paulo, 1977, pp. 25-79.
SÁ, Alcindo José de. O espaço citricultor paulista nos anos 90:(re)afirmação de um meio técnico-científicoinformal da globalização. Tese de doutorado
apresentada ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. São Paulo, 1998.
SALGADO, F. et al. (coord.). Plano diretor do Reservatório de anual de Paraibuna. São Paulo: CESP. 1992. 94p. Agradecimentos
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Segunda viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo (1822). São Paulo/ Belo Horizonte: Edusp/Itatiaia, 1974.
.Viagem à província de Goiás. São Paulo/ Belo Horizonte: Edusp/Itatiaia, 1975. Expressamos nossos agradecimentos às comunidades dos 88 municípios
. Viagem à província de São Paulo. São Paulo/ Belo Horizonte: Edusp/Itatiaia, 1976. SANTOS, Lúcio José dos. História de Minas Gerais. Belo Horizonte:
Imprensa Oficial, 1972.
tratados por este Programa. Sem elas, sua memória e seu apoio constante às
SANT’ANA, Nuto, São Paulo Histórico, aspectos, lendas, costumes, 6 vol,São Paulo: Departamento de Cultura, 1937. equipes, este trabalho certamente não alcançaria seus resultados.
SAMPAIO, Teodoro. “São Paulo no século XIX”. Revista do Instituto Histórico Nossos agradecimentos se estendem às empresas AES Tietê que, com seu
SCHMITZ, Pedro Ignácio, S.J. Caçadores e coletores da Pré-história do Brasil. São Leopoldo, Instituto Anchietano de Pesquisãs, 1984 . constante apoio e estímulo, fizeram com que o Programa abrangesse a totalidade
. Prehistoric Hunters and Gatherers of Brazil. Journal of World Prehistory 1(1):53-126, 1987. de ações científicas e sociais para pleno atendimento ao Patrimônio Cultural local e
SCIENTIA CONSULTORIA CIENTÍFICA. Relatório final: Levantamento arqueológico na faixa de depleção do Reservatório da UHE Caconde, SP/MG. São às atividades de Educação Patrimonial desenvolvidas.
Paulo, 2004. 132p + anexos.
Espera-se que a geração presente e futura aprecie o trabalho e seus resultados,
SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1985.
e os incorpore à Memória Nacional e de seus povos.
SIMONSEN, Roberto C. História econômica do Brasil (1550-1820). 8ª edição. São Paulo: Editora Nacional, 1978.
SOUZA, Laura de Mello e. “Formas provisórias de existência: a vida cotidiana nos caminhos, fronteiras e nas fortificações”. In: SOUZA, Laura de Mello e (org.).
História da vida privada no Brasil: cotidiano e vida privada na América portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, pp.41-81.
SOUZA,João Cardoso de Menezes e. Theses sobre colonização do Brazil. Projecto de Solução às questões sociaes, que se prendem a este difícil problema.
Rio de Janeiro: Typografhia Nacional, 1875 TAQUES, Pedro. Noticias das Minas de São Paulo e dos Sertões da mesma Capitania, São Paulo: Martins, 1976.
TAUNAY, Afonso de E. “Distância de pouso desde a cidade de São Paulo até Goiás”. Anais do Museu Paulista, v.XIV, 1950.
. São Paulo: vetera e nova,São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1949.
THOMAS, J. “The Politics of Vision and the Archaeologies of Landscape”, BENDER, B. (org.), Landscape: Politics and Perspectives, Oxford, Berg, 19-48, 1995.
VILHENA-VIALOU, Águeda. Tecno-tipologia das indústrias líticas do sítio Almeida em seu quadro natural, arqueo-etnológico e regional. S. Paulo, MP/IPH-USP,
1980.
. Brito: o mais antigo sítio arqueológico do Paranapa nema, estado de São Paulo. Revista do Museu Paulista 29:9-21, S. Paulo, 1984.
XAVIER, Marcos Antonio de Moraes. As empresas e o uso do território brasileiro: a cidade de São José do Rio Preto vista através da dinâmica territorial de suas
empresas. Dissertação de doutorado apresentada ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de
São Paulo. São Paulo, 2004.
WILL, R. T. & CLARCK, J. A. Stone artifact movement on impoundent shorelines: a case study from Maine. In: American Antiquity. Washington: n. 61, v. 3. 1996.
p 499-519.
ZALUAR,Augusto Emílio.Peregrinação pela Província de São Paulo (1860-1861).São Paulo/ Belo Horizonte: Edusp/ Itatiaia: 1975.