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ABC

DO CIRCUITO DAS
ÁGUAS PAULISTA
integrando elementos abióticos,
bióticos e culturais

GUIA TURÍSTICO-PEDAGÓGICO

MAXWELL LUIZ DA PONTE


JOSELI MARIA PIRANHA
ABC DO CIRCUITO DAS ÁGUAS PAULISTA –
integrando elementos abióticos, bióticos e culturais : guia
turístico-pedagógico
Unesp - Universidade Estadual Paulista Reitor: Prof. Dr. Pasqual Barretti
Vice-Reitora: Profa. Dra. Maysa Furlan

Ibilce – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas Campus de São José


do Rio Preto – SP – Brasil
Diretor: Prof. Dr. Júlio César Torres
Vice-Diretor: Prof. Dr. Fernando Barbosa Noll

Centro de Referência em Ciência do Sistema Terra – CRECIST


Responsável: Profa. Dra. Joseli Maria Piranha

A presente publicação foi realizada com apoio da Coordenação de


Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – código 001 –
Bolsa de Doutorado concedida por meio do Programa de Ensino e História de
Ciências da Terra – Instituto de Geociências - Universidade de Campinas.

Conselho editorial e Revisão geral: esta publicação foi avaliada por pares, em
seção pública de defesa de tese de doutorado, que integraram a comissão
examinadora indicada pela Comissão de Pós-Graduação do Instituto de
Geociências:
Profa. Dra. Maria da Glória Motta Garcia (USP)
Prof. Dr. Paulo de Tarso Amorim Castro (UFOP)
Profa. Dra Alessandra Aparecida Viveiro (UNICAMP)
Profa. Dra. Denise De La Corte Bacci (USP)

Editora: UNESP

Diagramação e Arte da capa: Maxwell Luiz da Ponte

Apoio:

CRECIST
Maxwell Luiz da Ponte
Joseli Maria Piranha

ABC DO CIRCUITO DAS ÁGUAS PAULISTA –


integrando elementos abióticos, bióticos e culturais : guia
turístico-pedagógico

São José do Rio Preto - SP


UNESP/IBILCE
2022
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0
Internacional.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação


P813a
Ponte, Maxwell Luiz da.
ABC do Circuito das Águas Paulista : integrando elementos abióticos e
culturais :
guia turístico-pedagógico [recurso eletrônico] / Maxwell Luiz da Ponte,
Joseli Maria Piranha. – São José do Rio Preto : UNESP/IBILCE, 2022.
119 p. : il. color., mapas, quadros

E-book
Requisito do sistema: Software leitor de pdf
Modo de acesso:
<https://repositorioonline.wixsite.com/circuitodasaguas/abc-do-circuito-
das-águas>
ISBN 978-85-8224-171-4

1. Educação ambiental. 2. Águas superficiais. 3. Geoturismo. 4.


Ecoturismo.
I. Piranha, Joseli Maria. II. Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de
Biociências, Letras e Ciências Exatas, São José do Rio Preto. III. Título.
CDU – 577.4

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do


IBILCE UNESP - Câmpus de São José do Rio Preto
Bibliotecária: Luciane A. Passoni
CRB-8 7302

Dados editoriais:
UNESP/IBILCE
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - Câmpus de São José do Rio Preto
Rua Cristóvão Colombo, 2265 - Jardim Nazareth - São José do Rio Preto/SP
CEP 15054-000
www.ibilce.unesp.br
Contato dos autores: maxlponte@hotmail.com
joseli.piranha@unesp.br
Sumário

Apresentação.......................................................................................... 06

O Circuito das Águas Paulista................................................................ 10

Fundamentos teóricos............................................................................. 18

Planejando uma atividades turístico-pedagógica.............................. 66

Roteiro “ABC do Circuito”....................................................................... 71

Outros lugares para conhecer e aprender no Circuito..................... 109

Materiais Complementares.................................................................... 116

Referências................................................................................................ 188

Sobre os Autores...................................................................................... 122


APRESENTAÇÃO

Como já dizia o ditado popular, estamos em todo tempo vivendo e


aprendendo... com situações, pessoas e lugares diversos.

O território do Circuito das Águas Paulista integra elementos Abióticos,


Bióticos e Culturais incríveis! Por isso, elaborou-se esse guia, para que possa
ser usado durante visitas aos municípios do Circuito.

Em especial, propõe-se um roteiro que perpassa pelos 9 municípios que


integram o Circuito das Águas Paulista, constituído por 12 pontos de parada
para observação, interpretação, aprendizagem.

Desse modo, desejamos que o percurso seja ao mesmo tempo divertido e


significativo.

7
Objetivo Este roteiro visa integrar elementos da diversidade
do Guia geológica, biológica e cultural do território do Circuito das
Águas Paulista em atividades que ao mesmo tempo sejam
prazerosas, possibilitem contemplação de belas
paisagens e feições, interação com a natureza, e, além
disso, a aprendizagem ao longo da vida.

A sigla “ABC” que dá nome a este


roteiro refere-se aos termos:
ABC Abióticos: que se refere aos elementos
DO CIRCUITO DAS materiais, naturais ou construídos, não
ÁGUAS PAULISTA vivos da paisagem.
Vivendo e aprendendo
Bióticos: que se refere aos elementos
materiais e vivos da paisagem.

Culturais: que se refere aos elementos


imateriais.

8
Para quem é este guia?
Acredita-se que este Guia possa ser utilizado por uma ampla gama de
pessoas:

• Educadores de diversos níveis de ensino, vinculados a Secretarias


Municipais de Ensino, Diretorias de Ensino do Estado de São Paulo ou
instituições privadas de ensino básico e superior;
• Atores sociais, membros de conselhos municipais, cooperativas e
outros coletivos relacionados ao uso e à conservação do patrimônio
natural e construído da região;
• Estudantes de diversos níveis de ensino, desde escolares a pós-
graduandos vinculados a instituições de ensino da região;
• Gestores municipais e servidores públicos municipais;
• demais munícipes do CAP que não se enquadrem em nenhuma das
categorias anteriores;
• Turistas e visitantes.

Fonte: Imagens de Estoque - Microsoft


CIRCUITO DAS ÁGUAS
PAULISTA

SEJAM BEM-VINDOS

O “Circuito das Águas Paulista” é um consórcio intermunicipal para


o desenvolvimento turístico firmado desde o ano de 2005.
Atualmente, compõem o Circuito das Águas Paulista: Águas de
Lindóia, Amparo, Holambra, Jaguariúna, Lindóia, Monte Alegre do
Sul, Pedreira, Serra Negra e Socorro – localizados próximos às
regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas.

10
O Circuito apresenta atrativos turísticos diversos: Paisagens e
cenários de destacada beleza cênica são compostos por...

...unidades de relevo, formando cristas e vales...

11
... Matacões e afloramentos rochosos...

12
... Quedas d’água e cachoeiras...
...trechos urbanos de rios como o rio do Peixe, o rio Jaguari e o
Camanducaia fazem parte do cotidiano e da paisagem...

...Represas e lagos artificiais também se destacam...

13
...Aguas minerais provenientes dos aquíferos são disponibilizadas
em fontanários...

14

... E são utilizadas em serviços de saúde e lazer


A flora regional, constituída de espécies de Mata
Atlântica, pode ser observa nas florestas
ciliares...

... E recobrindo os topos de morros...

15
A história, a memória e a identidade da região
seguem registradas em edifícios e
monumentos...

16
... Fazendas históricas e linhas férreas e
locomotivas a vapor remanescentes

17
FUNDAMENTOS
TEÓRICOS
O Sistema Terra

O planeta em que vivemos pode ser chamado de Sistema Terra. Trata-se


de um sistema aberto e dinâmico, em constante transformação. Todos os
constituintes bióticos e abióticos existentes na Terra compõem esse
sistema. As partes que compõem o sistema podem ser agrupados nas
chamadas esferas terrestres – hidrosfera, atmosfera, geosfera e biosfera.
Fonte: Grotzinger & Jordan. 2013

• A Hidrosfera compreende todos os oceanos, lagos, rios e a


água subterrânea.
• A Atmosfera compreende o envoltório de gases que se
localiza desde a superfície da Terra até cerca de 100
quilômetros de altitude.
• A Geosfera compreende desde o magma que compõe o
manto no interior da Terra, as rochas e os minerais da
crosta terrestre, até o solo na superfície terrestre.
• A Biosfera emerge da interação dessas três esfera, delas
depende e nelas atua constantemente, compreendendo
todos os organismos vivos no planeta.
19
A TERRA “ABAIXO DOS NOSSOS PÉS”

O interior da Terra é
dividido em camadas com
composições diferentes:
crosta, manto, núcleo
externo e núcleo interno.

Fonte: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0011/impressos/plc0011_03.pdf

As rochas são os constituintes da litosfera, a camada externa da Terra que


compreende a crosta e parte superior do manto, até profundida de cerca de
100 km. Existe uma enorme diversidade de rochas, resultante das
características e componentes dos ambientes onde foram formadas e do
processo formador. Os diversos tipos de rochas podem ser agrupados em três
grupos: as ígneas (ou magmáticas), sedimentares e metamórficas.

Fonte: Grotzinger & Jordan. 2013

20
CICLO DAS ROCHAS

A dinâmica da Terra, por meio da interação dos constituintes


rochosos com atmosfera, hidrosfera e biosfera, rochas das três
famílias podem evoluir de uma para outra. Tais interações e
transformações podem ser explicados pelo Ciclo das Rochas,
ilustrado na imagem abaixo.

Fonte: Carneiro et al. 2009. Terrae Didática 5(1):50-62

Os diferentes tipos de rochas existentes não ocorrem de maneira uniforma


e homogênea no subterrâneo. Ao longo de milhares de anos, os eventos
geológicos, como movimentação e contato de placas tectônicas e o
magmatismo, resultam na formação e na transformação de camadas de
rochas sedimentares, magmáticas e metamórficas.

21
A sequência de rochas ou litoestratigrafia possibilita o estudo dos
eventos, processos e ambientes que existiram no passado milenar da
Terra. A figura abaixo exemplifica uma sequência litoestratigráfica:
Fonte: http://estpal08.blogspot.com/2008/09/estratigrafia.html

Por exemplo, os registros geológicos da Bacia do Paraná indicam que


grande parte do Estado de São Paulo já foi um ambiente glacial
recoberto por geleiras há 240 milhões de anos atrás, um deserto há
180 milhões de anos, recoberto por magma provenientes de fissuras
da crosta terrestre e de vulcões há aproximadamente 130 milhões de
anos.
Fonte: https://ppl.pt/prj/3dantartida#gallery-2
(modif)

Fonte: GALDIANO et al., (2016)

22
GEOLOGIA
O Circuito das Águas Paulista está localizado em duas províncias geológicas:
Província Mantiqueira e do Paraná:
Quando estiver nos municípios de Amparo, Serra Negra, Monte Alegre do Sul,
Lindóia, Águas de Lindóia, Socorro, Pedreira e visualizar rochas aflorantes nos
morros, nos arredores das estradas e dos rios, você estará diante de rochas
aflorantes da Província Mantiqueira - magmáticas e metamórficas de unidades
geológicas de idade Pré-Cambriana, ou seja, de 600 milhões até 3.4 bilhões de
anos atrás.
Além das rochas pré-cambrianas, em Jaguariúna também afloram arenitos do
Grupo Itararé e rochas ígneas intrusivas da Formação Serra Geral, unidades
litoestratigráficas pertencentes a Bacia do Paraná. Holambra tem todo seu
território situado na Bacia do Paraná e os afloramentos são de rochas
sedimentares do Grupo Itararé.
Ademais, ocorre no municípios depósitos de materiais inconsolidados como
areia, silte e argila, por exemplo. O mapa colorido abaixo reflete a diversidade
de rochas que ocorrem no território.

23
Quadro síntese da Geologia da Região

24
Província Mantiqueira

A Província Mantiqueira consiste em um sistema orogênico, apresenta


uma geologia bastante complexa, sendo constituído por rochas
magmáticas e metamórficas resultantes de diversos ciclos de
metamorfismo, cisalhamento, migmatização e intrusões, que datam do
Arqueano ao Neoproterozoico afetado principalmente pelo Ciclo
Brasiliano que durou cerca de 700-720 milhões de anos

O mapa acima representa a diversidade de formações que ocorrem no


território, e evidencia como essas rochas da Provincia Mantiqueira
predominam no território do Circuito das Águas

25
As rochas ígneas e metamórficas arqueanas, com idades que variam de 3 a
2.7 bilhões de anos registram principal fase de acreção de matéria para
crescimento continental. Nesse período foram formadas grandes massas
continentais, estabilizadas na superfície do planeta a partir do fim do
Arqueano. São as rochas mais antigas do Estado de São Paulo!

Fonte das figuras: https://www2.igc.usp.br/geohereditas/atuacao-inventario-em-unidades-administrativas/

O geossítio “Migmatitos de Amparo”


possibilitam visualizar um exemplo de
rochas metamórficas arqueanas e
constituem o Patrimônio Geológico do
Estado de São Paulo 26
Rochas ígneas e/ou metamórficas paleoproterozoicas ocorrem no
Complexo Ortognaisse Serra Negra, sendo Ortognaisse, Tonalito e
Tonalito-gnaisse, com idades de aproximadamente 2 Bilhões de anos; na
Suíte de São Gonçalo, onde ocorrem Biotita-gnaisse, Migmatito
estromático, Albita anatexito, Hornblenda-gnaisse e Ortognaisse; e no
Complexo São Gonçalo do Sapucaí, onde predominam Biotita gnaisse,
Xisto, Hornblenda gnaisse, Ortognaisse. Essas rochas tem aspecto geral
bandado, como o da rocha abaixo:

Fonte: Oliveira et al. (2018)

Essas rochas registram processos que resultaram na formação de


supercontinentes: incluindo processos magmáticos e tectônicos inter e
intraplacas, como colagens em margens ativas e acreção
intracratônica, o retrabalhamento de crosta arqueana e acreção
juvenil em ambientes de arco de ilhas. Por ocorrem rochas
vulcanossedimentares, indica que nesse período geológico ocorreu
estágio de estabilidade continental, em que depósitos sedimentares e
vulcânicos formaram bacias.
27
Rochas ígneas e/ou metamórficas neoproterozoicas registram os eventos
termo-tectônicos do Ciclo Brasiliano (Pan-africano) que resultaram na
amalgamação do Supercontinente Gondwana Oeste, há cerca de 800 a 500ma.
Durante o Gonwana, ocorreu a consolidação da litosfera, a abertura de bacias
e o consumo de placas oceânicas.

Amplos oceanos formaram-se entre os continentes e o desenvolvimento de


margens continentais, passivas e ativas, consorciadas com mares interiores.
Assim, as rochas neoproterozoicas que ocorrem no território do Circuito
formaram-se a partir de materiais constituintes de ambiente oceânico e em
eventos metamórficos de pressão relativamente alta, causados por tectonismo
e colisão dos paleocontinentes resultaram em rochas metamórficas orto e para
derivadas, isto é, formadas a partir de rochas magmáticas e sedimentares,
respectivamente.

28
Província Paraná

A Provincia Paraná ou Bacia do Paraná é uma sequência deposicional de


interior de continente, composta por formações de origem tanto sedimentar
quanto magmática. Diz-se ser um registro policíclico, pois as formações
geológicas, que datam do período Neo-ordoviciano no Paleozoico até o final
do Mesozoico, registram diversos processos e períodos geológicos.

Na região do Circuito das Águas, dentre as rochas que compõem a Bacia do


Paraná, ocorrem rochas sedimentares pertencentes ao Grupo Itararé,
constituído por rochas formadas na glaciação permocarbonifera, registram
importantes mudanças climáticas em regime global e evidenciam o trabalho
das geleiras no transporte de sedimentos para a bacia e rochas intrusivos
mesozoicas pertencentes à Formação Serra Geral que foram formadas no
evento geológico de rompimento do Gondwana e abertura do Oceano
Atlântico.

Essas rochas ocorrem nos municípios de Holambra e Jaguariúna

29
Geomorfologia – o estudo do relevo

A superfície da Terra é constituída de deformações, sejam elevações ou


depressões, com diferentes altitudes e formatos – é o que chamamos de
relevo.
A Geomorfologia é uma área do conhecimento das Ciências da Terra que
estuda a formação e evolução do relevo.
Grotzinger & Jordan 2013

SUPERFÍCIE
TERRESTRE

A paisagem do Circuito das Águas Paulista é caracterizada por uma


diversidade de formas e altitudes onde se destacam os morros e as colinas.

30
A camada mais externa da Terra, chamada de crosta terrestre, é
composta por diversos fragmentos rochosos – as placas tectônicas. As
placas tectônicas movimentam-se constantemente em diferentes
direções, respondendo aos movimentos de convecção que ocorrem no
manto terrestre, camada interna da Terra, localizada abaixo da crosta,
composta principalmente por magma.
Dentre outras possibilidades, as placas tectônicas se movem para
sentidos opostos, como resultado de movimentos divergentes. Desse
modo, quando as placas se afastam, o magma do manto ascende à
superfície e resfria dando origem a novas rochas. De outro modo, as
placas podem colidir, deformando as superfícies rochosas ao longo da
região onde tal colisão acontece. Então, os agentes do intemperismo
como a chuva, o vento, as variações de temperatura e os rios atuam
sobre a superfície terrestre esculpindo, transformando e modelando a
superfície terrestre.
Devido a essas interações entre as placas tectônicas e os fatores do
intemperismo formam-se as feições de relevo, como elevações de
diferentes altitudes (montanhas, morros, cristas e colinas), vales,
depressões e planícies.

Um dia, essa superfície já foi mais


O relevo vai sendo
alta e sem os vales
esculpido pela erosão
causada pelos rios

Serra 31
Negra
Geomorfologia – o estudo do relevo

CLASSIFICAÇÕES DO RELEVO
As formas de relevo possuem diferentes escalas de estudo e são
classificados hierarquicamente. Dentre as classificações possíveis estão
as Morfoestruturas, as Morfoesculturas, as Unidades Morfológicas e as
Formas de Relevo.
As Morfoestruturas são as unidades mais abrangentes em termo de
extensão e também são as mais antigas, muitas vezes formadas a milhares
de anos, nos primórdios da formação de continentes na superfície da
Terra. Essas unidades são originadas por processos tectônicos e estão
relacionadas ao embasamento geológico, ou seja, os tipos de rochas que
compõem o substrato naquela região.
As Morfoesculturas são porções no interior da extensão da unidade
Morfoesrutural que foram formadas pela ação de agentes modeladores do
relevo ao longo dos milhares de anos e que continuam atuando no
presente, resultando em processos como intemperismo, erosão e
transporte.
As Unidades morfológicas são conjuntos de formas de relevo que ocorrem
em uma determinada região no interior das Morfoesculturas e apresentam
características similares como a dissecação do relevo, o formato dos
topos, a profundidade dos entalhes ao longo das formações, que retratam
processos erosivos mais recentes de dissecação do relevo.
No Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo, as unidades
morfológicas são identificadas por conjunto de algarismos arábicos. A
letra D significa que a gênese da formação é por processos
denudacionais, isto é, caracterizam-se pelo desgaste erosivo. A letra
minúscula que acompanha a sigla indica qual a forma do topo dos morros:
se são aguçados (a), convexos (c), tabulares (t). Os números arábicos
indicam o grau de dissecação, sendo que a dezena indica o grau de
entalhamentos dos vales e a unidade indica a dimensão da drenagem,
sendo 1 o menor grau e 5 o maior grau.

Aguçado (a) Convexos (c) Tabulares (t)

32
Entenda os termos das diferentes unidades de relevo:

Formas de relevo projetadas formando elevações da superfície terrestre


resultam em montanhas, morros, cristas e colinas, que diferem entre si pelas
dimensões. Os planaltos são áreas de grande extensão que encontram-se
elevadas em comparação aos terrenos ao redor. Os planaltos também são
resultantes de atividades tectônicas. Os vales podem ser formados pela ação
das águas superficiais. Ao longo dos milhares de anos, os rios retiram e
carregam partículas das rochas que compõem a superfície por onde eles
passam.
No território do CAP são encontradas duas Unidades Morfoestruturais. A
Unidade que ocorre na maior parte do território é o Cinturão Orogênico do
Atlântico, ocupando a Unidade Morfoescultural do Planalto Atlântico. Esta
área apresenta altitudes que variam entre 800 e 2000 metros. Mais
precisamente no que se refere às Unidades de relevo, em Socorro e Águas de
Lindóia o relevo está enquadrado no Planalto de Serra Negra/Lindóia,
caracterizado pela ocorrência de cristas e morros. Em Pedreira, Amparo,
Serra Negra, Lindóia e Monte Alegre do Sul o relevo apresenta uma maior
diversidade morfológica, ocorrendo colinas e morros altos que enquadram-se
no Planalto Jundiaí e cristas e morros pertencentes ao Planalto de Serra
Geral/Lindóia.
A outra Unidade Morfoestrutural é a Bacia Sedimentar do Paraná, mais
precisamente a Unidade Morfoescultural do Planalto Ocidental Paulista e a
Unidade Morfológica do Planalto Residual de Franca/Batatais, que determina
o relevo predominante nos territórios de Jaguariúna e Holambra onde ocorrem
colinas com topos aplanados.

As formas de relevo predominantes na região, morros, colinas, cristas e


formas aplanadas são classificadas como denudacionais. Cada forma pode
ser caracterizada pela dissecação do relevo, dado o grau de entalhamento
dos vales e pela densidade da drenagem. O grau de entalhamento pode ser
entendido como a profundidade dos sulcos na superfície das formas de relevo.
A densidade da drenagem representa a quantidade de canais que são ou
podem ser preenchidos por água para escoamento superficial.

33
MORFOESTRUTURA: MORFOESTRUTURA:
BACIA SEDIMENTAR DO PARANÁ CINTURÃO OROGÊNICO DO ATLÂNTICO
MORFOESCULTURA: PLANALTO MORFOESCULTURA:
OCIDENTAL PAULISTA PLANALTO ATLÂNTICO

Fonte: http://www.itapoty.org.br/sistema/files/imgusuario/perfil_relevo_estado_sao_paulo2.png

34
PERFIL DA GEOMORFOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Se traçássemos uma linha e fizéssemos um recorte do território, como
ilustrado na figura abaixo, o que veríamos era uma diferença de altitude
marcada entre o relevo da Bacia do Paraná e o do Planalto atlântico.
Além disso, nota-se, no Planalto Atlântico, Formas de relevo
predominantemente denudacionais: processos morfoclimáticos têm
atuado sobre o relevo no Cenozoico, com destaque para a erosão
realizada pelos rios da região. Em decorrência, observa-se a assimetria
nos perfis das serras e morros testemunhos de erosão resultante da
presença de rochas magmáticas e metamórficas com destacado papel
na sustentação das proeminências topográficas, sendo essas rochas
ricas em quartzo mais resistentes aos processos de erosão.

BACIA SEDIMENTAR DO CINTURÃO OROGÊNICO DO ATLÂNTICO -


PARANÁ - PLANALTO ATLÂNTICO
PLANALTO OCIDENTAL
PAULISTA

35
Fonte: Elaborado por
Maxwell L. Ponte

Registro da vista panorâmica cristo em Amparo – em evidencia processos de


modelado do relevo – erosão.
Colinas e morros do Planalto de Jundiaí com modelado predominantemente
convexo, formas de dissecação média a alta com vales entalhados e
densidade de drenagem média a alta. Áreas sujeitas a forte atividade erosiva
(dc33)

36
c c
Fonte: Elaborado por Maxwell L Ponte

vpe
ve

Vista panorâmica a partir do morro do Cristo em Monte Alegre do Sul


evidenciando cristas e morros do Planalto de Serra negra/Lindóia com
modelado predominantemente convexo (c), formas muito dissecadas
com vales entalhados (ve) associados a vales pouco entalhados (vpe).

37
Alta densidade de drenagem

ve

ve
Fonte: Elaborado por Maxwell L. Ponte

a
a

Vista panorâmica a partir do topo do Morro do Cristo em Águas de Lindóia.


Cristas e morros do Planalto de Serra Negra/Lindóia com modelado
predominantemente aguçado, formas muito dissecadas com vales entalhados
(ve) associados a vales pouco entalhados (vpe), com alta densidade de
drenagem (da43)

38
ÁGUAS SUPERFICIAIS

No ciclo hidrológico, as águas que não penetram no solo acumulam-se na


superfície e formam os rios, riachos, córregos, lagoas dentre outros corpos
hídricos. Esse conjunto de corpos tem grande importância para manutenção
de diversas formas de vida que utilizam ambientes aquáticos de diversas
maneiras: habitat, dessedentação, fonte de alimentos, reprodução ou
crescimento.
Para as sociedades humanas, os rios tiveram grande importância desde as
primeiras civilizações, pois supriram a demanda de água para a rega das
culturas e possibilitavam que os povos tivessem alimento por todo o ano.
Atualmente as águas superficiais são utilizadas pelas sociedades humanas,
em áreas urbanas e rurais, para múltiplas finalidades.
O principal uso das águas superficiais é para atividades agropecuárias,
como para a irrigação de plantios e a dessedentação de animais.
A segunda maior de manda de uso é a industrial, utilizando a água nos
processos produtivos, seja compondo os produtos alimentícios, na
hidratação de materiais, na limpeza das linhas de produção ou para diluir de
rejeitos.
O uso que mais conhecemos é o do abastecimento doméstico, que supre a
demanda de água serve para o consumo, a higiene pessoal e o saneamento
básico.
A água dos rios é utilizada ainda na geração de energia, por meio da
construção de barragens e usinas hidrelétricas.

39
O CICLO DA ÁGUA

Fonte: WWF (modif.)

VEJA MAIS:
Utilizando um leitor de QRE CODE no seu
celular, você poderá acessar um breve
vídeo explicativo sobre o Ciclo da Água
completo, elaborado pela Agência
Nacional de Águas (ANA).

40
PRINCIPAIS ÁGUAS SUPERFICIAIS NO CIRCUITO DAS ÁGUAS

Os principais rios em extensão e para o abastecimento público no


território são os rios Camanducaia, Jaguari e do Peixe.
O Circuito das Águas Paulista apresenta média de 53,9% de nascentes
em regiões com predominância de cobertura por espécies herbáceas
e arbustivas no entorno, que representam as pastagens.
Na região ocorrem muitos represamentos e os reservatórios de águas
utilizadas para abastecimento urbano constituem lagos e represas que
comumente possuem em associado complexos de lazer e turismo.
Registra-se a ocorrência de diversas quedas d’água na região,
resultantes da associação da rede hidrográfica e das formações
geológicas e geomorfológicas, as quais apresentam destacado
potencial turístico.

Nas próximas páginas, veremos alguns exemplos de trechos urbanos


desses rios.
41
RIO JAGUARI

Dentre diversos outros pontos, aponta-se ao menos dois


locais nos quais o rio Jaguari pode ser observado e estudado:
em ponte sobre o corpo hídrico na Rua Antônio Pedro, em
Pedreira (Figura 1), e na ponte Orlando Santiago “Landinho”,
em Jaguariúna (Figura 2).

42
RIO CAMANDUCAIA

Dentre diversos outros pontos, aponta-se ao menos dois


locais nos quais o rio Camanducaia pode ser observado e
estudado: no Parque Linear do rio Camanducaia em
Amparo (FIGURA 3) e na “Passarela sobre o rio
Camanducaia” em Monte Alegre do Sul (FIGURA 4).

43
Bacias hidrográficas

“Toda elevação entre dois rios. quer meça poucos metros ou milhares,
forma um divisor de águas - uma crista ou terreno de onde toda a água
da chuva escoa, para um ou outro. Uma bacia hidrográfica é uma área
do terreno limitada por
visores que vertem toda a sua água para a rede de rios que drenam. A
bacia hidrográfica pode ter área pequena, como a de uma ravina ao
redor de um pequeno riacho, ou pode ser uma grande região drenada
por um rio principal e seus tributários” (Press et al., 2006).

Os corpos hídricos nos municípios que compõem o CAP pertencem à


duas Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHi) e são
gerenciados por dois Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH): MOGI e/ou
PCJ.
44
RIO DO PEIXE
O rio do Peixe pode ser observado e estudado em diversos pontos
como, por exemplo, a ponte sobre o corpo hídrico na rua Cel. Estevan
Franco, registrado na figura abaixo.

LAGOS

O lago do Holandês é um exemplo de reservatório de água, abastecido


pelo córrego Borda da Mata. A captação de água do reservatório é
utilizada para abastecimento urbano do município de Holambra. Ao lago
existe associado um complexo de lazer e turismo. Outro ponto é o
Grande Lago de Lindoia, que integrará um dos roteiros apresentados
nesse Guia.

45
Quedas d’água
O relevo acidentado da região possibilita a formação de quedas d’água no
curso dos rios, resultantes da associação da rede hidrográfica e das
formações geológicas e geomorfológicas, as quais apresentam destacado
potencial turístico.

Como se formam as quedas d’água?

Fonte: @geologytv. 46
https://www.instagram.com/p/CDb0JL8JGMq/
Gestão dos recursos hídricos

O Comitê de Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (CBH-PCJ) é


responsável por gerenciar os recursos hídricos compreendidos no
território da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 5 (UGRHi
5). Os municípios do CAP que estão inseridos na UGRHI 5 são Holambra,
Jaguariúna, Monte Alegre do Sul e Pedreira. Os municípios de Amparo,
Serra Negra e Socorro estão parcialmente inseridos nessa unidade.
Todos estes municípios estão localizados na sub-bacia do Rio
Camanducaia.
A UGRHi 9, por sua vez, refere-se ao território compreendido pela Bacia
Hidrográfica do Rio Mogi Guaçu e é gerenciada pelo Comitê de Bacia
Hidrográfica Mogi (CBH-MOGI). Os municípios do CAP Águas de Lindóia
e Lindóia estão completamente inseridos nessa UGRHi, Socorro e Serra
Negra têm a sede totalmente contida e Amparo possui apenas a região
rural contida nesse território.

47
Os sentidos de visão e olfato podem ser utilizados para contemplação dos
trechos de corpos hídricos, percepcionar o conforto térmico, escutar o som das
águas. Além disso, considerando a necessária participação de cidadãos com a
conservação das águas, os sentidos podem possibilitar a percepção de
indicadores de poluição e contaminação dos rios. A seguir apresentamos alguns
aspectos que podem ser analisados com os sentidos:
Cor: Os rios raramente apresentam águas transparentes. O próprio
fluxo da correnteza ou chuvas podem revolver os leitos dos rios e suspender
partículas na água. Algas e partes das plantas que se decompõem na água
também podem escurecer a água dos rios. E isso não altera qualidade da
água. No entanto, a água não deve ter coloração demasiado esverdeada. A
colocação esverdeada comumente está relacionada à proliferação
excessiva de algas devido ao aporte de nutrientes por despejos orgânicos.

Espumas: Quando a correnteza do rio encontra rochas e vegetações


no percurso, espumas podem se formar na superfície da água. No entanto,
deve-se atentar para presença de espuma densa e mais volumosa, que é
arrastada pelo fluxo de água, ocorrendo mesmo longe de obstáculos do
trajeto. Essas espumas são causadas por detergentes e outros produtos
químicos provenientes de esgotos domésticos e industriais, e além de indicar
a contaminação orgânica, pode ser tóxica.
Odor: o rio não deve ter cheiro. A percepção de cheiro similar ao de
“ovo podre” pode ser causado pela presença de enxofre, e pode ser
indicador de contaminação orgânica, como por esgoto.
Presença de mata ciliar: a vegetação nas margens dos rios, chamada
de ciliar, é indispensável para qualidade das águas e para vida dos animais
aquáticos. Ela é capaz de reter partículas do solo, impedindo o assoreamento
dos rios. Além disso, as raízes das margens, as folhas e galhos que caem nos
rios são utilizadas enriquecem o ambiente, criando locais de abrigo,
reprodução e postura de ovos para os animais que vivem nos rios.
Mortandade de peixes: A proliferação excessiva de algas, causada
pela contaminação dos rios por esgotos, resulta no consumo excessivo do
oxigênio dissolvido na água por esses organismos. O oxigênio dissolvido é
utilizado por animais aquáticos para respiração. Assim, com a contaminação
das águas, é comum ocorrer numerosas mortes, que podem ser observadas
pelos peixes boiando na água. 48
Aquíferos... as águas subterrâneas
A Terra é conhecida como “Planeta água” pois cerca de 70% da
superfície terrestre é recoberta pelos oceanos, o que confere sua
característica marcante: a cor azul. No entanto, a água dos oceanos
possui alta concentração de sais dissolvidos e não é utilizada para o
consumo. A água doce, utilizada para múltiplas finalidades, incluindo o
consumo, a produção de alimentos, a higiene pessoal e o saneamento
básico, constitui apenas 3% do total de água do planeta. Desse total,
sabe-se que 97% da água doce disponível para o uso são subterrâneas,
localizados abaixo da superfície terrestre, preenchendo espaços em
poros e/ou fissuras no solo e nas rochas.

No ciclo das águas: As águas das chuvas podem escoar na superfície


até chegar aos corpos hídricos superficiais como lagos e rios; podem
evaporar; podem ser absorvidas pelas raízes das plantas e devolvidas à
atmosfera pela evapotranspiração; ou ainda, podem se infiltrar no solo e
percolam em direção ao subsolo. Abaixo do solo existe uma espessa
camada rochosa, constituídas com diversos tipos de rochas,
características de cada região do planeta. Algumas rochas são capazes
de armazenar e permitir a movimentação da água em poros ou fissuras.
Essa formação rochosa é chamada Aquífero. Para ser um bom aquífero
a rocha deve ser porosa e permeável.

49
CLASSIFICAÇÃO DE AQUÍFEROS QUANTO AO TIPO DE ROCHA

POROSIDADE

Propriedade definida pela relação entre a quantidade de espaços


preenchidos por ar ou água no interior da rocha e o volume total dela. A
porosidade é dita primária quando ocorre naturalmente entre os grãos
dos minerais constituintes de rochas, como em rochas sedimentares. A
porosidade secundária está associada a fraturas originadas por esforços
físicos após sua formação em rochas que naturalmente não possuem
poros. É o que ocorre em rochas magmáticas e metamórficas.

PERMEABILIDADE
Propriedade relacionada a capacidade das rochas de permitir o fluxo de
água através dos poros e fissuras. Quanto maior a conectividades entre
os espaços (como, por exemplo, apontado pelas setas pretas na figura
abaixo), maior será a permeabilidade.

50
Aquífero granular ou sedimentar

Aquífero constituído por rocha sedimentares ou


sedimentos não consolidados, como areia e
cascalho. A água é armazenada nos poros entre
FONTE: BRASIL (2007)

os grãos e circula através deles. Geralmente,


apresentam boa condutividade e quando em
porções mais próximas da superfície
apresentam maior susceptibilidade à
contaminação das águas.

Aquífero cárstico

Aquífero constituído por rochas sedimentares


calcáreas ou carbonáticas. Essas rochas
sofrem dissolução de seus constituintes pela
FONTE: BRASIL (2007)

água circulante. A longo prazo, formam-se


fissuras na forma de condutos e canais. As
aberturas podem atingir grandes dimensões,
criando, nesse caso, cavernas onde percorrem
verdadeiros rios subterrâneos.

Aquífero fraturado ou fissural

Aquífero constituído por rochas magmáticas ou


metamórficas que não apresentam porosidade.
A circulação da água ocorre nas fraturas
interconectadas. A capacidade desses
FONTE: BRASIL (2007)

aquíferos de fornecer água depende de uma


alta quantidade de fraturas e da ligação entre
elas.
51
CLASSIFICAÇÃO DE AQUÍFEROS QUANTO AO TIPO DE ROCHA

Aquífero confinado ou artesiano

“É aquele constituído por uma


formação geológica permeável,
confinada entre duas camadas
impermeáveis ou semipermeáveis”
FONTE: BRASIL (2007)

Aquífero livre ou freático


Um aquífero livre caracteriza-se como
Aquífero confinado ou artesiano uma camada rochosa porosa e
Um aquífero confinado caracteriza-se permeável aflorante ou próxima da
como uma camada rochosa porosa e superfície, não sendo recoberta por
permeável localizada entre duas nenhuma outra camada rochosa
camadas rochosas impermeáveis. A sobre ela. O acúmulo de água ocorre
introdução de água nesses aquíferos por formação rochosa impermeável
(recarga) ocorre em zonas de subjacente. A água no interior desses
aquíferos apresentam equilíbrio com
afloramento na superfície, sendo lenta.
a pressão atmosférica e por isso não
Devido à profundidade dessas ocorre fluxo espontâneo de água em
formações, esses reservatório de água poços perfurados, sendo necessário
estão sob uma pressão maior do que a o uso de bombas para explotação.
pressão atmosférica, o que resulta em A recarga é realizada diretamente
fluxos espontâneos e jorrantes de água pela infiltração e percolação da água
em poços perfurados, sem necessidade de chuva. Assim, esses aquíferos
de bombeamento. Essa característica é estão mais propensos à variação no
o que se chama de artesianismo. nível da água em períodos de baixa
pluviosidade e são mais vulneráveis
52 à
contaminação.
AQUÍFEROS NO CIRCUITO DAS ÁGUAS
A geologia relacionada a rochas metamórficas e magmáticas Pré-
cambrianas favorece a existência de fraturas grandes e profundas, com
bom potencial para armazenamento e circulação de água, em especial
nas bordas dos maciços, garantindo alto potencial hidrogeológico. Além
disso, especial destaque é dado à ocorrência de anomalias
hidrogeoquímicas nos aquíferos dessa região, favorecendo o turismo
terapêutico e de lazer associado ao uso das águas subterrâneas.
Águas subterrâneas associadas às fraturas e descontinuidades de
rochas pré-cambrianas e neo-proterozoicas constituem o Aquífero Pré-
cambriano (p€), predominante no território de estudo. O Aquífero Serra
Geral Diabásio ou Intrusivas (Ksgd), também fraturado, associa-se aos
diabásios da Formação Serra Geral na região de Jaguariúna. Registra-
se também o Aquífero Tubarão (Cpt), granular, relacionado às rochas do
Grupo Itararé, em Holambra e Jaguariúna.

O mapa abaixo representa a localização do Circuito das Águas no


contexto hidrogeológico do Estado de São Paulo, bem como a
distribuição das formações aquíferas no território do Circuito.

53
A tabela abaixo sintetiza as características das formações.

Principais
Unidade
Aquífero tipos de Hidrogeologia
Geológica
rochas

Gnaisse,
Descontínuo, extensão
granito,
Aquífero Pré- Rochas pré- regional, porosidade e
migmatito,
Cambriano (p€) cambrianas permeabilidade associadas a
xisto e
fraturas
quartzito

Descontínuo, extensão
regional, horizontes e corpos
Aquífero Arenito e
Grupo Itararé localizados, semi-confinado a
Tubarão (CPt) siltito
confinado, transmissividade
baixa

Descontínuo, extensão
Aquífero
Formação regional limitada, porosidade
Diabásio Diabásio
Serra Geral e permeabilidade associadas
(Ksgd)
a fraturas

54
Aquífero Cristalino

O Aquífero Cristalino é fraturado de extensão regional. É constituído


pelas rochas magmáticas e metamórficas mais antigas do Estado de
São Paulo que possuem até 2 bilhões de anos. Na região coloridas de
verde no mapa, o aquífero apresenta comportamento livre, não sendo
recoberto por nenhuma outra formação rochosa. Nessa região, há
explotação de água por poços com profundidades entre 100 e 150
metros, que retiram água das fraturas originadas por movimentos das
placas tectônicas relacionados à separação de continentes e a
formação da Serra do Mar. A produtividade dos poços é variável
relacionada ao tipo, abertura e conexão das fraturas. A água desse
aquífero apresenta boa qualidade para consumo humano e outros usos
em geral.
FONTE: SÃO PAULO (2008).

55
Aquífero Tubarão
FONTE: SÃO PAULO (2008).

O Aquífero Tubarão é um poroso de extensão regional. É constituído por rochas


sedimentares diversas que ocorrem como camadas com diferentes espessuras,
intercaladas e descontínuas, como siltitos, argilitos, folhelhos e ritmitos. Como são
muitos os tipos de rochas e com profundidades diferentes ao longo de sua
extensão, a produtividade do aquífero varia muito. As rochas mais arenosas são
responsáveis por maiores produtividades de água. As rochas foram formadas a 250
milhões de anos por sedimentos depositados em ambientes glacial e marinho. O
Aquífero Tubarão é explorado, predominantemente, na sua parte aflorante onde
tem comportamento de aquífero livre. As águas do Aquífero Tubarão apresentam
boa qualidade para consumo humano e outros usos em geral.

Aquífero Diabásio

O Aquífero Diabásio é fraturado, com extensão restrita, ocorrendo


como manchas em meio a outros aquíferos, inclusive o Tubarão. É
constituído por rochas magmáticas chamadas diabásios e formou-se
entre 138 e 127 milhões de anos atrás, durante a abertura do oceano
atlântico entre os continentes sul-americano e africano. constituído por
rochas ígneas, denominadas de diabásios. De modo geral é um aquífero
com baixa produtividade, mas apresenta água de boa qualidade para
consumo humano e outros usos. 56
SOLOS
A Terra é recoberta por rochas que formam a chamada crosta terrestre. No entanto,
no dia a dia é raro o avistamento de rochas em superfície. Isso ocorre porque
quando expostas a componentes do clima como a chuva, os ventos e a radiação
solar, as rochas são alteradas e originam os solos. O solo é o termo utilizado para
denominar a camada de material inconsolidado que pode ser visto com mais
frequência recobrindo as superfícies, popularmente chamado de “terra”.

COMPONENTES DO SOLO
Diferentemente do que muitos pensam, o solo pode
ser entendido como um sistema vivo composto de
minerais, gases, água, substâncias orgânicas e
micro-organismos.
57
Em condições ideais, a fração mineral é o constituinte predominante,
composta por partículas de areia, silte e argila. As partículas do solo variam em
tamanho, de 2,0 mm até menos do que 0,0001 mm de diâmetro:
• As partículas de areia são as maiores (2,0 a 0,05 mm) e podem ser vistas a
olho nu e sentidas ao tato quando friccionadas entre os dedos.
• As partículas de silte (0,05 a 0,002 mm) são menores e são vistas apenas por
microscópio, a textura é macia, mas não é pegajoso, mesmo quando
molhado.
• As argilas são as menores partículas minerais (<0,002 mm) e possuem alta
aderência umas às outras. Quando molhadas apresentam textura pegajosa
e quando secam formam torrões duros. Esses componentes minerais são
provenientes do desgaste de rochas pelo intemperismo.

O ar e a água ocorrem nos espaços entre as partículas minerais. Diferentes


formas de vida estão presentes no solo, como, por exemplo, fungos, bactérias,
insetos, minhocas, vermes, aranhas e escorpiões. Esses animais podem atuar
decompondo nutrientes e escavando galerias no subsolo, que promovem maior
aeração e porosidade no solo, facilitando a penetração de raízes e a infiltração
da água.

58
FORMAÇÃO DO SOLO

As rochas que originam os solos são alteradas e fragmentadas por dois


processos, o intemperismo e a erosão. O intemperismo é o processo que
transforma química e/ou fisicamente as rochas, desagregando e modificando as
partículas minerais que as compõem, possibilitando a origem dos solos.
O intemperismo físico é resultante de transformações mecânicas nas rochas,
isto é, alteração na estrutura por meio de fragmentação. Essas alterações
podem resultar de mudanças de temperatura, devido ao resfriamento e o
aquecimento das rochas em diferentes momentos do dia, o que causa
sucessivas expansões e contrações dos grãos que compõem a rocha,
resultando na desagregação. As raízes de plantas também podem fragmentar as
rochas.

A fragmentação e a desagregação causada pelo intemperismo físico permite a


ação do principal agente do intemperismo químico: a água. A entrada da água
nas fraturas, principalmente proveniente da chuva, promove reações químicas
com os componentes das rochas. O conjunto de transformações provenientes
dessas reações é o chamado intemperismo químico.

59
Em decorrência, o solo apresenta mudanças de composição ao longo da
sua profundidade, resultando em camadas paralelas que são denominadas
horizontes. Os horizontes expressam variações de cores, espessuras, tipo
de estrutura, textura, entre outras características.

A sequência de horizontes constitui o perfil do solo. As mudanças são mais


significativas nas porções mais superficiais e distantes da rocha mãe, por
estarem há mais tempo sujeitas ao intemperismo. Portanto, essas
mudanças resultam de quatro processos de formação do solo: perdas,
adição, transformação e translocação no interior do solo.

As transformações são processos que destroem ou sintetizam constituintes


do solo pela modificação da estrutura química e/ou física de precursores.
As translocações são movimentos de materiais orgânicos e inorgânicos
entre horizontes do solo, e ocorre principalmente pela ação da água. A
adição refere-se à entrada de materiais externos nos horizontes do solo e a
remoção é a saída de materiais.
Fonte: Modificado de Brady e Weil (2013)

60
HORIZONTES DO SOLO

Existe uma diversidade muito grande de solos com perfis caracterizados


pela composição e horizontes do solo. No entanto, alguns horizontes
podem ser reconhecidos por características gerais, conforme mostra a
figura abaixo.
Fonte: Toledo et al. (2009)

O horizonte C é caracterizado pela presença de resíduos ou sedimentos


da rocha alterada pelo intemperismo.
O horizonte B é caracterizado pelo acúmulo de argila, matéria orgânica
e compostos oxidados de ferro e alumínio, que conferem a esse
horizonte cores alaranjadas, avermelhadas e castanhas.
O horizonte A é caracterizado por altas concentrações de matéria
orgânica provenientes do horizonte O, que conferem a esse solo
coloração mais escura.
O horizonte O é o mais superficial e é rico em matéria orgânica em
decomposição. 61
IMPORTÂNCIA E USOS DO SOLO

Relação com as plantas e a produção de alimento


O solo fornece suporte para o crescimento de plantas, possibilita o
enraizamento, fornece água e nutrientes essenciais.
Assim, é o substrato natural para a agricultura e na pecuária.

Relação com o ciclo da água


A água precipitada pela chuva pode ter diferentes destinos na
superfície terrestre: escoar superficialmente, ser utilizado pelas raízes
no subsolo ou percolar para o subsolo alimentando reservatórios
subterrâneos de água.
Em contato com o solo, reações podem ocorrer, modificando a composição
da água. Assim, as características do solo podem determinar qual o destino
da água no ciclo e influenciar na qualidade do recurso hídrico.

Relação com o desenvolvimento econômico e social


Os solos são matéria prima e suporte para construções de edifícios,
estradas, aeroportos, e toda a infraestrutura terrestre que
conhecemos.

Relação com outros organismos vivos


O solo é o habitat de muitos organismos, ou seja, o local onde
diversos animais, bactérias e fungos vivem, se alimentam e se
reproduzem.
Esse animais escavam galerias e tocas que aumentam a porosidade e a
permeabilidade do solo, possibilitando a passagem de água e ar no solo.

Relação com a ciclagem de nutrientes


Ciclos do carbono e do nitrogênio dependem do solo para a
reciclagem de nutriente. Animais e microrganismos que compõem a
fauna do solo atuam na decomposição dos organismos mortos,
reincorporando moléculas de carbono e transformando-as em matéria
orgânica. As bactérias do solo também são responsáveis por fixar nitrogênio
que está na atmosfera e o transformarem em moléculas que podem62 ser
captadas pelas raízes e utilizadas pelas plantas.
OS SOLOS DO CIRCUITO DAS ÁGUAS

A região do circuito das águas é caracterizada por solos


predominantemente do tipo Argissolos (PVA), com ocorrência de Latossolos
(LVA), Gleissolos Háplicos (GX) e Neossolos Litólicos (RL).

63
CONHECENDO OS SOLOS DA REGIÃO

Argissolos são solos com nítida


diferenciação entre os horizontes,
apresentando cor mais forte
(amarelada ou avermelhada), maior
coesão e maior plasticidade e
pegajosidade em profundidade,
devido ao maior teor de argila. A
fertilidade desses solos é variável e
Fonte: EMBRAPA (2018)

dependente principalmente de seu


material de origem. Assim, em
localidades onde o solo é
proveniente de Sua retenção de
água é maior nos horizontes abaixo
da superfície que podem se
constituir em um reservatório de
água para as plantas.

Latossolos são solos profundos e


homogêneos, com pouca
diferenciação entre os horizontes,
mesmo em profundidade. A maior
parte desses solos são pouco férteis.
No entanto, os Latossolos Vermelhos,
com alto teor de ferro, encontrados
em Jaguariúna, Amparo e Holambra
Fonte: EMBRAPA (2018)

apresentam fertilidade devido sua


composição química, nutrientes e
resistência à erosão. Em decorrência
dessas características, apresentam
boa produtividade ao longo de anos de
cultivo, desde que seja feito manejo
adequado para conservação do solo. 64
CONHECENDO OS SOLOS DA REGIÃO

Neossolos são solos pouco desenvolvidos e


rasos, localizados acima da rocha de origem.
Não é rara a ocorrência de fragmentos das
rochas nesses solos. Assim, o perfil do solo
apresenta, na maioria das vezes, apenas os
horizontes O e C sobre a rocha mãe.
Os Neossolos Litolíticos são típicos das
Fonte: EMBRAPA (2018)

regiões de relevo mais dissecado ou


íngreme, como, por exemplo, o relevo dos
municípios de Lindóia, Monte Alegre do Sul,
Socorro, Amparo e Pedreira, onde ocorrem
tais solos no Circuito das Águas Paulista.
Devido à pequena profundidade e à
pedregosidade, esses solos apresentam
sérios impedimentos para a produção
agrícola e florestal. O manejo desse solo
deve priorizar a manutenção da vegetação
nativa e a proteção das nascentes nele
encontradas.

Gleissolos são solos formados em


regiões inundadas em períodos de
cheias de rios ou de elevação do
Fonte: EMBRAPA (2018)

nível da água subterrânea.


Apresentam coloração pouco viva,
esmaecida, com tendência às cores
acinzentadas. A fertilidade desses
solos dependem bastante dos solos
do seu entorno. Se inundados por
longos períodos tendem a ser menos
produtivos.
65
PLANEJANDO UMA ATIVIDADE
TURÍSTICO-PEDAGÓGICA
A elaboração de atividades envolvem roteirização, escolha dos locais a
serem visitados, estudo desses locais e preparo de materiais de apoio.
Visando contribuir para esse processo, elaborou-se uma roteiro para
elaboração de atividades (em especial aquelas com finalidade pedagógica),
que apresentamos a seguir.

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE AESA


( ) TURISMO ( ) ATIVIDADE ENSINO
PROPÓSITO
PEDAGÓGICO FORMAL
1. ESCOLHA DO LOCAL
( ) ESPAÇO ESCOLAR OU
( )LOCAL
ENTORNO
A partir do estudo de
viabilidade: ( ) ESTADUAL/
( ) REGIONAL
INTERESTADUAL

ALGUM PROBLEMA SOCIOAMBIENTAL EVIDENTE?


Particularidades
QUAL?

2. EMBASAMENTO TEÓRICO
Quais conceitos/tópicos RELACIONE OS CONCEITOS QUE SERÃO
precisariam ser revisados para ABORDADOS, BEM COMO FONTES QUE SERÃO
aula? UTILIZADAS PARA TAIS CONCEITOS

3. OBTENÇÃO DE DADOS E INFORMAÇÕES


( ) GEOLÓGICA ( ) GEOMORFOLÓGICA
( ) PEDOLÓGICA ( ) CARTA TOPOGRAFICA
( ) RECURSOS
( ) BIOMAS
Bases de dados MINERAIS
cartográficos ( ) INVENTÁRIO
( ) GEODIVERSIDADE
FLORESTAL
( ) MAPA
( ) BASE HIDROGRÁFICA
HIDROGEOLÓGICO
Qual órgão da gestão
poderia ser contatado
para obtenção de
informações?
Você conseguiria fazer
visita prévia?
Qual o custo e tempo 67
despendido na visita?
3.1 ESTRATÉGIAS E RECURSOS
Quais seriam úteis?

( ) Mapas temáticos Você consegue faze-los ou obtê-los em algum local?

Como pode substituir esse recurso?

( ) Quais seriam úteis?

( ) Coleções didáticas Você consegue faze-las ou obtê-las por empréstimo?

Como pode substituir esse recurso?

Quais seriam úteis?

( ) Modelos Você consegue faze-los ou obtê-los por empréstimo?


Como pode substituir esse recurso?

Quais seriam úteis?

Experimentos Você consegue faze-los ou obtê-los por empréstimo?


Como pode substituir esse recurso?

Quais seriam úteis?

Dinâmicas Você consegue faze-las sozinha ou precisa de ajuda?


É necessário algum objeto?

Quais seriam úteis?


Fotografias Você consegue faze-las ou obtê-las por alguma fonte?
Como pode substituir esse recurso?
Quais seriam úteis ( )

Você consegue acessá-los no local? ( )


Aplicativos e sites
Poderia baixá-lo antes?

Como pode substituir esse recurso? 68


4. PLANEJAMENTO E PARCERIAS
Quais tópicos podem ser
abordados em sua
disciplina?
Consulte um colega dessa(s) disciplina(s) e convide-o
É possível que existam para participar:
tópicos de outras
disciplinas? Quais
disciplinas?

É possível que seja uma


Qual(is) setor(es)?
iniciativa intersetorial?
Alimentação:
Quais os custos do
Transporte:
trabalho?
Hospedagem:
Solicitação do transporte ( ), quem:

Autorizações e aspectos legais/jurídicos em geral ( ):


quais:

Precisa de suporte da
terceiros? Quais? Recursos financeiros ( ), quanto e para quais finalidades:

Questões pedagógicas ( ), quais:

Monitores e acompanhantes ( ), quantos:

O trabalho pode ser Quais?


relacionado com outros
projetos ou metas maiores?
69
AVALIAÇÃO
Inquéritos, quais?

Como será feita a ( ) Não se aplica


coleta de dados? ( ) Opinião
( ) Conceitos
Listas ( ), quem será responsável?

Fotografia ( ), quem será responsável?


Como será feito o
registro?

Gravações de áudio e vídeo ( ), quem será


responsável?

Na sequência apresentaremos propostas de roteiros didático-


pedagógicos e turístico-pedagógicos para o Circuito das Águas
Paulista.

70
ROTEIRO “ABC DO CIRCUITO”
PERCURSO: “ABC – Integrando elementos abióticos, bióticos e
culturais do Circuito das Águas Paulista”.

Os pontos que serão visitados nesse roteiro são:


1 Cachoeira dos Amigos (Holambra)
2 Moinho Povos Unidos (Holambra)
3 Fazenda da Barra (Jaguariúna)

4 Rochas paleoproterozoicas aflorantes da Rua Vanderlei José Vicente,


Mirante para o rio Jaguari e Edifício da antiga estação ferroviária (Pedreira)
5 Largo do São Benedito (Amparo)
6 Balneário Municipal (Monte Alegre do Sul)
7 Cachoeira Camanducaia do Meio (Socorro);
8 Bosque Zequinha de Abreu (Águas de Lindoia)
9 Morro Pelado (Águas de Lindoia)
10 Balneário Municipal (Águas de Lindoia)
11 Complexo do Vale do Barreiro (Lindoia)

12 Pico do Fonseca (Serra Negra)


8
9
10

11
12
1
2
3
6
5
7
4

72
SOBRE

O roteiro integra 12 pontos de paradas, todos gratuitos, com condições de


acesso por veículo motorizado, localizados em espaço urbanos ou
periurbanos. O roteiro foi pensado para possibilitar:
• localmente, em cada ponto, aspectos abióticos, bióticos e culturais, de
modo integrado;
• regionalmente, o reconhecimento da geologia regional, da
geomorfologia, da hidrologia, da Flora e da história.

Objetivo Este roteiro visa integrar elementos da


diversidade geológica, biológica e cultural do
território do Circuito das Águas Paulista em
atividades que ao mesmo tempo sejam
prazerosas, possibilitem contemplação de belas
paisagens e feições, interação com a natureza,
e, além disso, a aprendizagem ao longo da vida
Público-alvo O roteiro poderá ser utilizado por educadores
do Circuito das Águas Paulista, bem como
moradores e turistas interessados em
atividades turísticas de aprendizagem
Faixa etária Não há limitação
Número de pessoas Não há limitação
do grupo
Local Circuito das Águas Paulista
Área visitada O roteiro contempla os municípios de
Tipologia do roteiro City-tour monumental
Temática principal Pedagógico
Temáticas Geoturístico, Cultural
secundárias
Duração média O roteiro pode ser realizado em um dia – das 7
horas às 17h30, considerando os períodos de
deslocamento
Deslocamento Veículo motorizado 73
Itinerário
• Horário: 7:00 - Ponto 1: Cachoeira dos Amigos (Holambra)
• Deslocamento de Ponto 1 a Ponto 2: 15 minutos

• Horário: 7h45 - Ponto 2: Moinho dos povos unidos (Holambra)


• Deslocamento de Ponto 2 a Ponto 3: 25 minutos

• Horário: 8h20 - Ponto 3: Fazenda da Barra (Jaguariúna)


• Deslocamento de Ponto 3 a Ponto 4: 25 minutos

• Horário: 9h25 – Ponto 4: Centro de Pedreira


• Deslocamento de Ponto 4 a Ponto 5: 25 minutos

• Horário: 10h20 - Ponto 5: Largo São Benedito, Amparo


• Deslocamento de Ponto 5 ao Ponto 6: 15 minutos

• Horário: 11:05 - Ponto 6: Balneário de Monte Alegre do Sul

• Pausa para almoço (45 minutos – centro de Monte Alegre do Sul)


• Deslocamento de Ponto 6 ao Ponto 7: 35 minutos

• Horário: 12:55 - Ponto 7: Cachoeira Camanducaia do Meio, Socorro


• Deslocamento de Ponto 7 ao Ponto 8: 60 minutos

• Horário: 14:15 - Ponto 8: Morro Pelado


• Deslocamento de Ponto 8 ao Ponto 9: 10 minutos

• Horário: 14:50 - Ponto 9: Bosque Zequinha de Abreu, Águas de Lindóia


• Deslocamento de Ponto 9 ao Ponto 10: 5 minutos

• Horário: 15:25 - Ponto 10: Balneário municipal de Águas de Lindoia 74

• Deslocamento de Ponto 10 ao Ponto 11: 15 minutos


PONTO 1 – CACHOEIRA DOS AMIGOS

Endereço: Estrada Municipal HBR 333, 1


s/n Estrada da Cachoeira - Bairro
Fundão, Holambra - SP, 13825-000
https://goo.gl/maps/9GKieuUPdRoJ6Un5A

A Cachoeira dos Amigos integra um projeto de recuperação


ambiental, decorrente da iniciativa de moradores do município
de Holambra. A queda d’água está situada no curso do Ribeirão
da Cachoeira e instalada em rochas do Grupo Itararé da Bacia
Sedimentar do Paraná. Ocorrem afloramentos de arenitos nas
proximidades do curso d’água, assim como rochas aflorantes
apresentando esfoliação esferoidal, provavelmente tratando-se
de clastos arredondados típicos dos arenitos maciços do Grupo
Itararé nessa região. A Cachoeira localizada no interior de uma
área de remanescente de vegetação da Floresta Estacional
Semidecidual denominada Mata do Fundão.

75
O que observar?

Rochas aflorantes no local pertencem ao Grupo Itararé e


registram a glaciação permo-carbonífera ocorrida no
paleocontinente Gondwana
A A queda d’água está situada no curso do Ribeirão da
Cachoeira, afluente do rio Jaguari

Processos geológicos que resultam na queda d’água


Área de remanescente de vegetação da Floresta
B Estacional Semidecidual, denominada Mata do Fundão
(Flora regional)
Iniciativa de conservação ambiental promovida por
C
moradores do município de Holambra

CONTRIBUIÇÕES PARA A PROMOÇÃO DO PATRIMÔNIO


GEOLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Categoria geológica: Bacia do Paraná, registrando a glaciação permo-


carbonifera que ocorreu no Gondwana 76
PONTO 2: MOINHO DOS POVOS UNIDOS (HOLAMBRA)

Localização: Alameda Maurício de


Nassau, 249 - centro, Holambra - SP,
13825-000. 2
https://goo.gl/maps/J6AvSqf5KV2tij2v8

Trata-se de uma construção de trinta e oito metros e meio de


altura que remonta aos tradicionais moinhos holandeses.
Importante ponto turístico do município, segundo a gestão local.

O que observar?

A A pedra-mó é feita de arenito proveniente


de Porto Amazonas, Paraná (PORTAL DE
HOLAMBRA, 2019). Os arenitos na região
de Porto Amazonas pertencem ao Grupo
Itararé da Bacia do Paraná e datam do
período Neocarbonífero-eopermiano,
sendo resultante de sedimentação em
ambiente glacial (SUSS et al., 2014), sendo,
assim, do mesmo paleoclima das rochas
aflorantes na cachoeira dos amigos.
B Flores da praça no entorno

C Trata-se de uma construção de trinta e oito


metros e meio de altura que remonta aos
tradicionais moinhos holandeses. O
revestimento é de tijolos aparentes,
inspiração na arquitetura holandesa 77
de
moinhos.
PONTO 3: FAZENDA DA BARRA (JAGUARIÚNA)

Localização: Rod. Vicinal Oscar Pereira Dias,


sentido vicinal JGR-010, Jaguariúna – SP.
3
https://goo.gl/maps/m6iFwkRiRmY1fVKs9

A Fazenda da Barra agrega patrimônio natural e construído


que remontam às atividades agrícolas, em especial cafeeira,
realizadas no local até meados da década de 90 do século
passado. Devido a sua beleza arquitetônica, seus recursos
naturais e a importância histórica para a região, a fazenda
apresenta distinto valor patrimonial.

O que observar?

A A observação e o estudo da natureza dos materiais utilizados


no canjicado podem revelar o uso de uma diversidade de
rochas, observada pelas cores, formas e texturas. Não deixe
de acessar os roteiros abaixo durante sua passagem pela
Fazenda, para que você possa interagir com os elementos
abióticos e compreende-los

78
B Na fazenda, pode-se observar, ainda,
diversas espécies vegetais, dentre as
quais destaca-se um espécime de
figueira (Ficus sp.), devido as
interações ecológicas e com o meio
físico que podem ser
estudadas. Clique na figura abaixo
para baixar o folheto didático da
figueira.

C O local agrega patrimônio natural e construído que remontam às


atividades agrícolas, em especial cafeeira, realizadas no local até
meados da década de 90 do século passado. Devido a sua beleza
arquitetônica, seus recursos naturais e a importância histórica para a
região, a fazenda apresenta distinto valor patrimonial, são exemplos
desse patrimônio a casa sede, capela, tulha, casa de máquinas, assim
como terreirão de secagem de grãos. Destaca-se, ainda, o patrimônio
hidráulico da fazenda histórica, constituído por canais e dutos que
conectavam todos os locais da fazenda, tornando o processo agro
produtivo mais eficiente.
79
VALE A PENA VER: EDIFÍCIO DA ANTIGA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE
GUEDES (JAGUARIÚNA)

Há poucos metros da Fazenda da Barra, está localizado o


edifício da antiga estação ferroviária de Guedes ainda mantém
características arquitetônicas da sua construção e as linhas
férreas adjacentes ao prédio. O patrimônio ferroviário
observado nesse local pertencia à extinta Companhia Mogiana
de Estradas de Ferro; A antiga estação foi inaugurada em 1945
e operou até 1977, pertencendo ao trecho variante Guanabara-
Guedes. A estação foi instalada para atender os interesses dos
fazendeiros locais, que visavam o rápido escoamento do café.

A região tem muitos remanescentes do patrimônio ferroviário, como linhas


férreas, locomotivas a vapor, vagões, museus, acervos de objetos e
edificações associadas às margens das linhas férreas, como fazendas
histórias, armazéns, caixas d’água, pátios e as estações de embarque e
desembarque de passageiros. O patrimônio é proveniente principalmente da
Companhia Mogiana e constituíam a Linha Tronco, os Ramais Amparo, Serra
Negra e Socorro e a variante Guanabara.
80
PONTO 4: CENTRO DE PEDREIRA

Localização: Rua Vanderlei José Vicente,


sentido Centro, Pedreira, SP.
4

O que observar?

A Localizadas a poucos metros do centro comercial mais importante do


Circuito das Águas, o centro de Pedreira, rochas ígneas e
metamórficas paleoproterozoicas aflorantes chamam atenção por seu
tamanho.
Essa é considerada uma das rotas mais movimentada da região.
Segundo Brasil (2006), as rochas aflorantes constituem um complexo
ígneo-metamórfico com idade paleoproterozoica mínima de 2070 Ma,
pertencentes a unidade Ortognaisse Serra Negra, provavelmente do
tipo Tonalito Gnáissico.

81
PONTO 4: CENTRO DE PEDREIRA

A Um Mirante para o Rio Jaguari pode ser acessado


B pela rua Vanderlei José Vicente, nas proximidades dos
centros comerciais da Praça Coronel João Pedro do
município e em frente ao edifício da antiga estação
ferroviária de Pedreira. O mirante está praticamente
anexo ao Centro de Atendimento e Apoio ao Turista. O
local comporta confortavelmente e em segurança
grupos de observadores.

Esse trecho do rio Jaguari possibilita a contemplação do


curso hídrico, mas também pode oportunizar uma análise,
sensorial, da qualidade das águas e do ecossistema
aquático. A qualidade das águas de corpos hídricos
naturais que cortam cidades ou bairros rurais está
constantemente sendo afetada pela interferência humana.
Dentre os fatores que modificam a qualidade da água
podemos citar o aporte de partículas inconsolidadas do
solo provenientes da erosão das margens dos rios,
lançamento de resíduos sólidos, despejo de esgotos
domésticos e resíduos industriais. 82
Finalmente, ainda no centro de Pedreira, em frente ao acesso ao mirante
para o rio Jaguari, pode-se conhecer a antiga estação ferroviária de
Pedreira.

C Localizado no Centro de Pedreira, o edifício da antiga estação


ferroviária de Pedreira foi inaugurado em 1875 e utilizado para
embarque e desembarque de passageiros do ramal de Amparo da
Companhia Mogiana, que perfazia trajeto entre os municípios de
Jaguariúna, Pedreira, Amparo e Monte Alegre do Sul. A estação
deixou de operar em 1967, quando a linha foi desativada. A linha
férrea foi retirada e o prédio parcialmente descaracterizado, embora
esteja em sua localização original.

83
PONTO 5: LARGO SÃO BENEDITO, AMPARO

Endereço: Rua São Benedito, Amparo –


SP.
https://goo.gl/maps/4HgGor3KjuyXVwpS8 5

O largo possibilita conhecer a Paróquia São Benedito, com a


capela construída de bloco rochosos adjacente a ela, bem como o
Parque Urbano São Benedito, anexo.

O que observar?

A No local é possível a observação do uso de rochas para fins


diversos, como pavimentação, edificação, revestimento e em
monumentos. Há uma gruta artificial, pequena, construída com
blocos de granito e gnaisse. No Largo, está localizado um
monumento da “Colônia Syrio Libaneza” com base em granito,
estátua e placa de identificação provavelmente em bronze
84
B No largo, em frente à paróquia São Benedito, está o acesso ao
Parque urbano – no local, é possível reconhecer diversas espécies
de fauna e flora urbana, bem como processos ecológicos como
simbiose em liquens, inquilinismo e epifitismo.

85
O que observar?

C A Paróquia São Benedito, localizada na Rua São Benedito,


foi construída em 1878 e integra o patrimônio histórico
construído de Amparo

86
PONTO 6: BALNEÁRIO DE MONTE ALEGRE DO SUL

Endereço: Localização: Av. Ovídio Truzi,


302 - Monte Alegre do Sul, SP, 13910-000
6
https://goo.gl/maps/hhsZiDXDYzWJjWaT8

O Balneário de Monte Alegre do Sul oferece muitas oportunidades


para a aprendizagem: desde o prédio em que está instalado aos
arredores, onde ocorrem fontanários, serras e bosques com trilhas.

O que observar?

A Serra do Pico do Bugio é uma unidade de cristas e morros muito


dissecados com vales entalhados e alta densidade de drenagem,
constituído principalmente de rochas ígneas e metamórficas
arqueanas, ocorrendo, ainda, rochas ígneas e metamórficas 87
neoproterozoicas.
PONTO 6: BALNEÁRIO DE MONTE ALEGRE DO SUL

O que observar?

A As águas subterrâneas disponibilizadas no fontanário Bom Jesus


ocorrem no Aquífero Pré-Cambriano, são de circulação pouco
profunda e em fraturas, diaclases e xistosidade de Gnaisse-
embrechitos. Como resultado dessa circulação e contexto
geológico, as águas da fonte Bom Jesus são classificadas como
frias, bicarbonatadas mistas e fracamente radioativas.

88
O que observar?

B Ao fundo do prédio do balneário, é possível ver a área da


serra praticamente toda recoberta por vegetação de
Floresta Ombrófila Densa preservada. Nas proximidades,
uma trilha permite acesso à mata.

89
O que observar?

C O Balneário Municipal de Monte Alegre do Sul está instalado em um


edifício histórico de arquitetura neocolonial clássica e oferece
serviços hidroterápicos tais como banhos de imersão,
hidromassagem, duchas escocesas e saunas. O uso das águas
minerais para consumo (disponibilizadas em fontanários) e para
saúde constitui fortemente a cultura regional.

90
PONTO 7: CACHOEIRA CAMANDUCAIA DO MEIO, SOCORRO

A Cachoeira Camanducaia do Meio é constituída por três quedas


d’águas As cachoeiras estão situadas no curso do rio
Camanducaia (BRASIL, 2013) e instaladas em rochas magmáticas

O que observar?

A Cachoeira Camanducaia do Meio é constituída por três quedas


d’águas, instaladas no curso do rio Camanducaia e sobre Rochas
magmáticas da Suíte Bragança Paulista, do Complexo Socorro, de
idade Neoproterozoica

91
As três quedas d’água da Cachoeira 92
Camanducaia do Meio
PONTO 7: CACHOEIRA CAMANDUCAIA DO MEIO, SOCORRO

A Cachoeira Camanducaia do Meio é constituída por três quedas


d’águas As cachoeiras estão situadas no curso do rio
Camanducaia (BRASIL, 2013) e instaladas em rochas magmáticas

O que observar?

A Marmitas de dissolução, originadas pela ação do intemperismo


fluvial, registram o processo.

“Um dos principais meios que um rio


utiliza para fragmentar e erodir as
rochas é a lenta abrasão. A areia e os
seixos da carga fluvial criam uma
ação de jato de areia que desgasta
continuamente até mesmo as rochas
mais duras. Sobre certos leitos de rios,
seixos e calhaus girando dentro de
remoinhos desgastam o substrato,
gerando marmitas profundas (figura
ao lado). Quando o nível da água
baixa, podem-se observar seixos e
areia” (PRESS et al., 2006).

93
B Presença de vegetação da Floresta Ombrófila Densa no
entorno das piscinas naturais formadas entre as
cachoeiras e ao longo do curso do rio Camanducaia

94
PONTO 8: MORRO PELADO

Unidade de relevo em forma de morro com 1300 metros de altitude


e destacado potencial turístico.

A Trata-se de uma unidade de relevo em formas de Cristas e Morros


(ROSS; MOROZ, 1997) e está compreendido no Planalto de Serra
Negra/Lindóia (ROSS; MOROZ, 1997). O morro integra a denominada
Serra dos Coutos (BRASIL, 2014), uma serra escarpada de quatzitos
e quartzo xistos (ZANARDO, 1988). Constitui-se por rochas
metamórficas neoproterozoicas pertencentes ao Grupo
Andrelândia. Afloramentos rochosos podem ser observados no topo
do morro e nas encostas da estrada de acesso ao topo.
Sendo área de recarga do aquífero Pré-Cambriano, com especial
contributos ao fluxo regional de águas subterrâneas, que são
captadas pelas fontes do Balneário Municipal

95
O morro é constituído de quatzitos

PERFIL DE ELEVAÇÃO
Fonte: Google Earth©

Secção traçada para obtenção do Perfil de Elevação da Unidade de Relevo.

1400
1200
1000
Elevação (m)

800
600
400
200
0
0.0 0.25 0.5 0.75 1.0 1.25 1.7
Distância (Km)

96
Representação do Perfil de Elevação do Morro do Cruzeiro, a partir de informações
obtidas no Google Earth©
B O morro está recoberto por vegetação de Floresta Ombrófila Densa
(SÃO PAULO, 2010c)
C Ponto turístico com destacada beleza cênica; Identificar impactos
da atividade econômica sobre a conservação dos fatores bióticos e
abióticos

97
PONTO 9: BOSQUE ZEQUINHA DE ABREU

O Bosque Zequinha de Abreu é um fragmento


florestal urbano integrado à Praça Dr. Francisco Tozzi,
localizada nas proximidades do Balneário Municipal de
Águas de Lindóia. O acesso pode ser feito pela Rua
Minas Gerais, de grande fluxo turístico.

A Rochas de duas unidades geológicas distintas ocorrem no


local: rochas ígneas e metamórficas arqueanas do
Complexo Amparo e rochas ígneas e metamórficas
Neoproterozoicas do Grupo Andrelândia (BRASIL, 2006).
Durante o percurso pela trilha do bosque é possível
visualizar diversas rochas aflorantes.
B O local permite o estudo e a observação de vegetação da
Floresta Ombrófila Densa

98
99
Trilha –
Vegetação
Ombrófila Densa

100
B O local permite o estudo e a observação de um riacho, proveniente
de um desvio do Ribeirão das Águas Quentes. Devido a construção
C
de passarelas sobre o curso d’água, em diversos pontos do bosque
é possível observar a bio e geodiversidade do local, assim como
aspectos relacionados à qualidade ambiental.

101
PONTO 10: BALNEÁRIO MUNICIPAL “EDISON BRASIL TOZZI RIZZO”,
ÁGUAS DE LINDÓIA.
O Balneário Municipal de Águas de Lindóia “Edison Brasil
Tozzi Rizzo” (Figura 25) está situado na Avenida Dr. Franciso Tozzi
Square, no bairro Jardim Paraíso. Trata-se de um complexo de
lazer e saúde que faz uso terapêutico das águas minerais. São
oferecidos serviços tais como banhos de imersão, ducha escocesa
e banhos de argila.

De origem pluvial, as águas se infiltram através dos afloramentos


rochosos da Serra do Morro Pelado, perfazendo uma circulação
ascendente rápida até serem disponibilizadas nas fontes do
Balneário

102
Fonte: São Paulo (2010b).
PONTO 11: Complexo “VALE DO BARREIRO”

O complexo do Vale do Barreiro é constituído pelas lagoas


artificiais “Grande Lago” e “Laguinho”

A O complexo do Vale do Barreiro é constituído pelas lagoas artificiais


“Grande Lago” e “Laguinho”, resultantes de barramentos do
Córrego do Barreiro, afluente do rio do Peixe.
O Grande Lago cerca de duzentos e sessenta mil metros quadrados
de espelho d’água.
Por sua vez, o Laguinho possui cerca de vinte mil quadrados de
espelhos d’água

Grande
Lago

Laguinho 103
O que observar?

B No entorno do complexo ocorre um remanescente


de Floresta Ombrófila Densa

C É considerado o principal atrativo turístico do


município
104
PONTO 12: PICO DO FONSECA

O Pico do Fonseca é uma unidade de relevo com


aproximadamente 1120 metros de altitude. No alto do Pico
do Fonseca, está instalado um complexo de lazer e
turismo, com destaque ao monumento do Cristo Redentor,
de 12 metros de estatura, e ao teleférico que possibilita o
translado entre o alto do pico e a região central do
município

105
O que observar?

PERFIL DE ELEVAÇÃO

1150

1100

1050
Elevação (m)

1000

950

900

850
0.10 0.20 0.40 0.50 0.60 0.70 0.80 0.90 1.0
Distância (Km)

Secção traçada para obtenção do Perfil de Elevação do Pico


do Fonseca

Representação do Perfil de Elevação do Pico do Fonseca a partir de informações


106
obtidas no Google Earth©
O que observar?

A Rochas ígneas e metamórficas arqueanas do Complexo


Amparo que afloram no Pico do Fonseca e matacões são
observados no trajeto do teleférico. Blocos de granito foram
utilizados nas escadarias que dão acesso ao topo do morro.

107
Usuários do
teleférico
observam
matacões no
trajeto

108
OUTROS LUGARES PARA
CONHECER E APRENDER NO
CIRCUITO
OUTROS PONTOS

Aponte a câmera
do seu celular para
o QR Code para
acessar ao mapa
online de lugares de
aprendizagem: 110
Se você deseja reconhecer os diferentes litotipos, das diversas eras
geológicas, visite os pontos abaixo. Note que o ID indicado entre
parênteses refere-se ao mapa da página anterior.

• Para visualizar formações do Arqueano: Geossítio “Migmatitos de


Amparo’; Bosque Zequinha de Abreu (Águas de Lindoia – ID 02); Largo
do Rosário (Amparo ID 08), Pico do Fonseca (Serra Negra ID 33),
Morro do Mirante do Cristo (Socorro ID 40)

• Rochas Paleoproterozoicas (Ortognaisses): Afloramento do Aquífero


Pré-Cambriano (Monte Alegre do Sul ID 24), Cachoeira dos Mostardas
(Monte Alegre do Sul ID26), Rochas Paleoproterozoicas de Pedreira
(ID 30)

• Rochas do Neoproterozoico: Morro do Cruzeiro (ID04) e Morro Pelado


(ID05), ambos em Águas de Lindoia.

• Neoproterozoicas quartzíticas: Mirante do Cristo Redentor (ID 28) e


Morro do Cruzeiro (ID29), ambos de Monte Alegre do Sul e a Serra
Negra (ID 36).

• Rochas Neoproterozoicas intrusivas: Cachoeira Camanducaia do


Meio (ID: 38)

• Monumentos em pedra: Largo do Rosário (ID8), Praça Monsenhor


João Baptista Lisbora (ID 9), Paróquia São Benedito (ID 10), Porão das
Rochas – Fazenda da Barra (ID 17), Igreja Centenária Santa Maria (ID
18), Portal da via crucis do Morro do Cruzeiro (ID 29), Praça Barão de
Rio Branco (ID 34), Praças da Rua Tiradentes (ID 35), Praça Coronel
Olimpio dos Reis (ID 41).

Aponte a câmera do seu celular para o QR


Code para acessar ao mapa online de 111
lugares de aprendizagem:
Se você deseja reconhecer os diferentes unidades de relevo da
Geomorfologia Regional, visite os pontos abaixo. Note que o ID
indicado entre parênteses refere-se ao mapa de lugares de
aprendizagem.

• Planalto de Serra Negra/Lindóia: Morro do Cruzeiro (Monte Alegre do


Sul, ID 29)
• Planalto de Jundiaí: Parque do Cristo Redentor (Amparo, ID 11).
• Planalto Residual de Franca/Batatais: Vila Yamaguishi (ID 21).
• Quedas d’água: Cachoeira Camanducaia do Meio (ID 38);
• Ilhas de vegetação/fluviais: Mirante para o rio Jaguari (ID 42)
• Complexos de lazer em unidades de relevo: Pico do Fonseca (ID 33)
• Observar as vegetações: Morro do Mirante do Cristo (ID 40)

Morro do
Cruzeiro

Morro do Cristo
de Lindóia Morro do
Pico do Mirante
Fonseca

Morro do Cristo
Redentor de Serra
Amparo Negra

Cachoeira
Camanducaia
do Meio
Morro do Cristo
Redentor
Ilhas fluviais de
vegetação

Morro do Cristo
de Pedreira

Aponte a câmera do seu celular para o QR


Code para acessar ao mapa online de 112
lugares de aprendizagem:
Se você deseja estudar o ciclo das águas e os múltiplos usos dos
recursos hídricos no território do Circuito, visite os pontos abaixo.
Note que o ID indicado entre parênteses refere-se ao mapa de lugares de
aprendizagem.
• Mirantes para observação e estudo de trechos urbanos dos
principais rios/ estudar ecossistemas lóticos:
• RIO JAGUARI: IDs 42, 43, 44
• RIO CAMANDUCAIA: IDs 45, 46
• RIO DO PEIXE: IDs 47, 48

Aponte a câmera do seu celular para o QR


Code para acessar ao mapa online de 113
lugares de aprendizagem:
Se você deseja estudar o ciclo das águas e os múltiplos usos dos
recursos hídricos no território do Circuito, visite os pontos abaixo.
Note que o ID indicado entre parênteses refere-se ao mapa de lugares de
aprendizagem.
• Quedas d’água – água como agente modelador do relevo: Cachoeira
dos Amigos (12), Cachoeira dos Mostardas (ID 26), Cachoeira
Camanducaia do Meio (ID 38)
• Área de recarga de aquíferos: Morro do Cruzeiro (ID 4) e Morro
Pelado (ID 5)
• Nascentes: Cachoeira dos Amigos (ID 12)
• Usos terapêutico: Balneários de Águas de Lindóia (ID 1) e Monte
Alegre do Sul (ID 25)
• Ecossistemas lênticos: Complexo do Vale do Barreiro (ID 22) e Parque
dos Lagos (ID 19)
• Uso para consumo e abastecimento urbano:
• Recursos hídricos subterrâneos – fontanários de águas minerais: Balneários de
Águas de Lindóia (ID 1) e Monte Alegre do Sul (ID 25); Praça Coronel Olímpio
dos Reis (ID 41)
• Recursos hídricos superficiais: captação para abastecimento urbano: Lagoa
Cavalinho Branco (ID 3), Lago do Holandês (ID 13).
• História do uso dos recursos hídricos: Fazenda da Barra – roteiro
“Café se Faz com Água” (ID 17);

• Uso para produção agrícola: Sítio Agroecológico (ID 20), Vila


Yamaguishi (ID 21); Associação Copaíba (ID 37), Horta Comunitária (ID
39)

Aponte a câmera do seu celular para o QR


Code para acessar ao mapa online de 114
lugares de aprendizagem:
Se você deseja estudar o patrimônio ferroviário no território do Circuito,
visite os pontos abaixo. Note que o ID indicado entre parênteses refere-
se ao mapa de lugares de aprendizagem.

O patrimônio é proveniente principalmente da Companhia Mogiana e


constituíam a Linha Tronco, os Ramais Amparo, Serra Negra e Socorro e a
variante Guanabara.
• Remanescentes do trecho “Ramal Amparo”: Antiga Estação de Amparo
(ID 07); edificio da antiga estação ferroviária de Monte Alegre do Sul (ID
27); edifício da antiga estação ferroviária de Pedreira (ID 31)

• Remanescentes do trecho “Linha Tronco”: Centro Cultural “Prof. Ulysses


da Rocha Cavalcanti”, Jaguariúna (ID 15).

• Remanescentes do trecho “Variante Guanabara-Guedes”: antiga estação


de Guedes (ID 16).

Aponte a câmera do seu celular para o QR


Code para acessar ao mapa online de 115
lugares de aprendizagem:
MATERIAIS COMPLEMENTARES

116
MATERIAIS COMPLEMENTARES

Materiais complementares poderão ser acessados no repositório


online: Um mapa online interativo indicando mais de quarenta lugares
de aprendizagem no Circuito, descrições detalhadas dos elementos
bióticos, abióticos e culturais, recursos didáticos (sobre unidades de
relevo, aquíferos, rios, rochas), outros roteiros e jogos didáticos.

Aponte a câmera
do seu celular para
o QR Code para
acessar ao
repositório online:

117
REFERÊNCIAS

118
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que são?. 2019.
BENICASA, V. Fazendas Paulistas: arquitetura rural no ciclo cafeeiro. Tese
(Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo,
2007.
BRADY, N.C.; WEIL, R.R. Elementos da natureza e propriedades dos solos. 3.ed.
Porto Alegre: Bookman, 2013. 704p.
BRASIL. Águas subterrâneas – um recurso a ser conhecido e protegido. Brasília:
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BRASIL. Decreto Nº. 2.519, de 16 de Março de 1998. Promulga a Convenção sobre
Diversidade Biológica, assinada no Rio de Janeiro, em 05 de junho de 1992. 1998.
BRASIL. DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. Anuário Mineral
Estadual – São Paulo 2015. Brasilia: DNPM, 2016.
BRASIL. SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM. Mapa Geológico do Estado de
São Paulo. Escala 1:750.000. 2006a
BRASIL. SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM. Mapa Geológico do Estado de
São Paulo: Breve descrição das unidades litoestratigráficas aflorantes no Estado
de São Paulo. 2006b.
BRASIL. SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL - CPRM. Recursos Minerais do Estado
de São Paulo. Escala 1: 750 000. 2005. Disponível em: datageo.ambiente.sp.gov.sp.
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CARVALHO, C. H. S. (coord.). Cultivares de café. Brasília: EMBRAPA, 2007.
CERRI, R. I. et a. Análise da influência de atributos fisiográficos e morfométricos
na definição da suscetibilidae de mbacias hidrográficas à ocorrência de corridas
de massa. Geologia USP, Série Científica, v. 18, n. 1, p. 35-50, 2018.
CHAPAGAIN, A. K.; HOEKSTRA, A. Y. The water needed to have the dutch drink
coffee. Holanda: UNESCO, IHE, 2003.
COELHO, M. R. et al. Solos: tipos, suas funções no ambiente, como se formam e
sua relação com o crescimento das plantas. In: MOREIRA, F. M.S. et al. (Org.). O
ecossistema solo. 1ed. Lavras: Universidade Federal de Lavras, p. 45-62, 2013.

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D’ALESSANDRO, R. J. O processo de ordenação do território de Jaguariúna [SP,
Brasil] a partir da conformação do espaço produtivo nas bacias dos rios Jaguari
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EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 5. ed., Brasília, DF :
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FEITOSA, F.A.C.; MANOEL FILHO, J.; FEITOSA, E. C.; DEMETRIO, J. G. A..
Hidrogeologia: Conceitos e aplicações. 3.ed. Rio de Janeiro: CPRM/LABHID, 2008.
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SOBRE OS AUTORES

Joseli Maria Piranha


Professora Associada do Instituto de Biociências, Letras e Ciências
Exatas, UNESP. Graduação em Geologia pela Universidade Estadual
Paulista Júlio de Mesquita Filho (1988), mestrado em Geologia Regional
pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1994),
doutorado em Geociências pela Universidade Estadual de Campinas
(2006) e pós-doutorado em Didática pela Universidade de Aveiro,
Portugal (2010). Professora Permanente do Programa de Pós-
Graduação em Ensino e História de Ciências da Terra (PPG-EHCT),
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/6234308859636324
Orcid iD: https://orcid.org/0000-0003-4953-2609

Maxwell Luiz da Ponte


Possui graduação em Licenciatura e Bacharelado em Ciências
Biológicas pelo Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exata,
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (2017). É
Mestre em Ensino e História de Ciências da Terra e Doutor em Ciências
pelo Programa de Pós-graduação em Ensino e História de Ciência da
Terra do Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, SP, Brasil (2022).
CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/9949286785221004
Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-8174-8744

Os autores agradecem à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal


de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001. 122
Realização:

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