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Bananeiras
que funcionava como internato feminino, e que se A histó ria de Bananeiras é expressa em seu casario
manté m com funçã o de colé gio. antigo, igreja-matriz, estaçã o ferroviá ria, ruas e praças. A
imagem e paisagem processadas como informaçã o nos
mostram um modo de viver a partir da percepçã o
ambiental urbana.
ACERVO: IPHAEP
A necessidade de se realizar o tombamento de um Centro Histó rico se dá pela importâ ncia de preservar as
caracterıśticas do conjunto urbano como um todo, presentes nã o apenas nas edi icaçõ es isoladas, mas no traçado das
ruas e praças, que re letem toda a dinâ mica histó rica e social.
A divisã o das á reas de preservaçã o, em rigorosa e de entorno, é determinada pelos conceitos presentes no Decreto
Estadual N.º 33.816, de 05 de abril de 2013, em que a Area de Preservaçã o Rigorosa (APR), se caracteriza como uma
á rea com grande densidade de bens de valor, e na qual o conjunto desses bens possui continuidade, harmonia e
uniformidade de edifıćios signi icativos. Já a Area de Preservaçã o de Entorno (APE) é de inida como aquela que
contorna a á rea rigorosa, como um cinturã o, garantindo a visibilidade da mesma. E importante por formar um setor de
transiçã o entre a á rea de preservaçã o e a á rea de expansã o da cidade contemporâ nea.
Essas medidas tê m como base estudos e instrumentos presentes em recomendaçõ es internacionais (Cartas
Patrimoniais) elaboradas por estudiosos da á rea de arquitetura, urbanismo, histó ria e patrimô nio cultural. Deve-se
manter a harmonia do conjunto, evitando que se construam pró ximo aos bens de valor cultural, novas edi icaçõ es que
impeçam ou reduzam a visibilidade desses, conforme se encontra exposto no Artigo 20, do Decreto Estadual
7.819/1978.
Ressaltamos no entanto que no Decreto Estadual N.º 33.816/2013, que apresenta as normativas té cnicas para
intervençõ es em á reas sob proteçã o do IPHAEP, ica evidente que nem todas as edi icaçõ es inseridas nas á reas de
preservaçã o, ou seja, em Centros Histó ricos sã o consideradas de valor cultural.
Ou seja, os imó veis considerados de conservaçã o devem sim ser mantidos em sua forma original, ou recuperados de
acordo com seus aspectos primitivos, enquanto que os de renovaçã o nã o possuem obrigatoriedade de serem
preservados, sendo inclusive passıv́eis de demoliçã o, desde que seja apresentado ao IPHAEP um projeto da nova
construçã o em consonâ ncia com os parâ metros té cnicos da normativa patrimonial vigente.
Considerando a cidade como um conjunto de elementos fıśicos inter-relacionados à vida humana, pode-se
considerá -la como produto da dominaçã o dos espaços pelos homens no tempo, o qual eterniza momentos da histó ria,
tornando-os parte da memó ria coletiva da populaçã o que ali habita.
Portanto, torna-se imprescindıv́el a preservaçã o do Centro Histó rico do municıp
́ io de Bananeiras, que possui
inestimá vel valor para a histó ria do Estado da Paraıb
́ a, devendo os instrumentos legais de proteçã o serem respeitados
de acordo com o que é previsto na legislaçã o.
2019 - Ano IV - Nº 04 - P.07
Arquitetura
Gabriela Pontes Monteiro
Arquiteta & Urbanista
ACERVO: IPHAEP
sofrendo diversas intervençõ es em seus bens culturais.
Sabe-se que é natural que a paisagem urbana seja
constantemente alterada em funçã o da urbanizaçã o, com Descaracterização do sítio histórico de Bananeiras-PB
espaços sendo construıd ́ os e reconstruıd ́ os e com novos a memó ria da cidade. Isto porque, muitas vezes, as açõ es
elementos sendo inseridos ou suprimidos. Nesse podem manipular negativamente paisagens naturais e
contexto, as formas antigas permanecem como pré dios histó ricos.
recordaçõ es, se contrapondo à s novas, gerando lugares E importante destacar que a paisagem de uma cidade
cuja paisagem visualizada torna-se uma mescla de histó rica nã o pode ser entendida apenas como um
formas homogê neas e heterogê neas. cená rio para uso exclusivo do turista. Ela precisa ser
percebida como a essê ncia do habitante e que, mantendo
Considerando que o conceito atual de paisagem
seus há bitos cotidianos e as relaçõ es em sua forma de
engloba a essê ncia do lugar – para alé m do conjunto de
viver, acaba por interessar o turista, que busca o
formas fı́sicas e de aspectos visuais e da aparê ncia, diferencial do que lhe é habitual.
incluem-se elementos sociais, psicoló gicos e imaginá rios Destaca-se entã o, a contraposiçã o entre o turismo
que fazem parte da construçã o do espaço –, os processos cultural de fato, cujo objetivo é promover o conhecimento
urbanı́ s ticos podem trazer mudanças bruscas e a partir da valorizaçã o da diversidade, e o turismo
irreversıv́eis na paisagem e na vida das pessoas. predató rio, em que estes mesmos elementos sã o
Essas modi icaçõ es podem ser intensas e chegar ao simpli icados e reconvertidos em objetos de consumo.
Geralmente, a atividade turıśtica de uma determinada
ponto de serem prejudiciais ao ambiente e à pró pria
localidade está diretamente relacionada à exploraçã o
sociedade local. Cada elemento urbano agrega
comercial dos elementos ali presentes, como as
valorizaçã o imobiliá ria e status, que trazem consigo edi icaçõ es histó ricas, suas estruturas urbanas e o modo
p e r s p e c t i v a s , o p o r t u n i d a d e s , e t a m b é m , de vida de sua populaçã o, que sã o vendidos como
descaracterizaçã o dos lugares. “culturais”, mas que, sem o devido planejamento e
O processo de descaracterizaçã o da paisagem urbana participaçã o direta dos moradores, podem vir a causar
ocasiona consequê ncias para a identidade cultural e grande desocupaçã o da á rea, tornando-a exclusivamente
de per il comercial e colocando em risco a legitimidade
do local.
E preciso ainda se atentar para a tendê ncia de
reconstruir e “renovar” edi icaçõ es, na tentativa de criar
imitaçõ es e pastiches (colagem indiferenciada de
referê ncias esté ticas de diferentes origens), criando,
assim, cená rios urbanos voltados exclusivamente à
indú stria turıśtica. Essa tendê ncia segue uma linha pó s-
moderna mundial, de reproduçã o de arquiteturas do
passado com ê nfase no aspecto esté tico e visual, e que
adota a representaçã o de um patrimô nio destituıd ́ o de
valores e legitimidade.
ACERVO: IPHAEP
Em razã o de suas belezas naturais e de possuir exemplares de vegetaçã o ainda conservados, apesar do avanço
da urbanizaçã o, o municıp
́ io de Bananeiras apresenta elevado potencial para o ecoturismo, oferecendo boas opçõ es
para os amantes do meio ambiente, que apreciam o turismo de contemplaçã o, e praticantes de atividades ao ar livre,
que podem usufruir de trilhas ecoló gicas e praticar atividades como o rapel e camping.
GULOSEIMAS DE BANANEIRAS
Esta cidade, de agradá vel clima europeu, ainda se tornará importante rota turıśtica.
(ALMEIDA MACHADO, 1984, p.09 )
Faz 45 anos que o ministro Paulo de Almeida Machado visitou a cidade de Bananeiras. As palavras, nos dias de hoje,
podem ser lidas como ditas por um visioná rio. Posto que Bananeiras é uma cidade encravada na Serra da Borborema,
na regiã o do Brejo paraibano, com um clima mais ameno que a mé dia do Agreste, brindando os bananeirense e
visitantes no Verã o com uma temperatura mé dia de 28º C, e no Inverno com 10º C. Uma das caracterıśticas do Brejo de
altitude , lá chegando a 526 metros. A princıp
́ io, a produçã o do café na regiã o chegou a ser a maior da Paraıb
́ a e
segunda do Nordeste, transformando Bananeiras em uma das mais ricas da regiã o. Riquezas, estas, demonstradas na
bela arquitetura dos seus casarõ es e atravessando o tempo.
ACERVO: IPHAEP
Durante dé cadas, o municıp ́ io passou por um desenvolvimento em vá rios campos: no econô mico, no social, na
educacional e no turıśtico. No caminho do progresso, os que ocuparam o Poder Executivo na cidade souberam
aproveitar o que a natureza ofereceu o clima à situaçã o geográ ica - propriamente dita. Destacamos, també m, a histó ria
da cidade e a arquitetura, como pontos importantes para o desenvolvimento só cio econô mico e cultural de Bananeiras.
O municıp ́ io atrai turistas de vá rios cantos do paıś, no estado da Paraıb
́ a e de estados adjacentes para as suas festas
juninas. A cidade é decorada com motivos da é poca, onde sã o homenageados os santos - Antô nio, Joã o e Pedro, nos dias
12, 24 e 28, respectivamente. Nã o signi ica, necessariamente, que as festas só aconteçam nestes dias. As comemoraçõ es
se estendem-se até o ultimo dia das festividades. E durante os festejos juninos que a cidade recebe o maior nú mero de
turistas, que vê em de vá rios lugares e sobem a serra, para participar das festividades. Ja Rota Cultural Caminhos do Frio
teve inicio no ano em 2005, sendo Bananeiras sua idealizadora, mas hoje agregando, també m, as cidades
circunvizinhas : Areia, Pilõ es, Matinhas, Solâ nea, entre outras, e tendo como promotor do evento o Fó rum e Turismo do
Brejo. Neste ano de 2019, as comemoraçõ es começaram em Bananeiras, no dia 05 de junho, com o encerramento
programado para o dia 11 de agosto.
Dentre os atrativos
turıśticos de Bananeiras
encontramos a criativa
gastronomia. Entre as
delıćias encontramos
vá rios tipos de suspiros,
ACERVO: IPHAEP
GULOSEIMAS DE BANANEIRAS
Por conta do seu rico patrimô nio e apó s estudos realizados pelos té cnicos do Instituto do Patrimô nio Artıśtico e
Histó rico do Estado da Paraıb
́ a/IPHAEP, a cidade foi agraciada pelo do Governo do Estado da Paraıb ́ a, com o
tombamento do seu Centro Histó rico por meio do decreto Nº 31.842 em 03 de dezembro de 2010.
De uma maneira geral, como em todas as festas, cada cidade oferece comidas com caracterıśticas pró prias. E, em
Bananeiras, nã o poderia ser diferente! Alé m das comidas, peculiares à é poca das festas juninas, a banana é o
principal produto da economia da bananeirense. O comé rcio oferece um cardá pio de apetitosas iguarias, que tem
como seu principal ingrediente, a banana. Elas sã o servidas durante todo o ano, como diz a cançã o do potiguar
Junduhy Finizola, Bananeira Mangará: «Tá no tempo de plantar Bananeira mangará/ Plantando vai ter que dar/
Bananeira mangará !»
A cançã o foi imortalizada na voz de Marinê s. E, assim, durante todo ano, a fruta da banana faz a festa em
Bananeiras.
As iguarias vã o de doces a doce e salgado, num só quitute; biscoitos de vá rios sabores e suspiros.
Lá vem o trem...
Entre os diversos aspectos da identidade contemporâ nea, é a
memó ria o mecanismo principal para a construçã o da
identidade social e local de um povo. A identidade se constró i em
um indivıd
́ uo a partir de visõ es de mundo, ideologias polıt́icas e
experiê ncias histó ricas em comum com o grupo social em que
vive, aliado a representaçõ es simbó licas.
A memó ria compõ e um fator de identi icaçã o humana; é a
marca ou o sinal de sua cultura. A sua relaçã o com a Histó ria está
na preservaçã o e retençã o do tempo, dando suporte para a
organizaçã o do saber histó rico. Portanto, o ser humano pode
buscar subsıd
́ ios na Histó ria para encontrar sua identidade, seu
O túnel em 1922, em construção.
Fonte: www.estacoesferroviarias.com.br/paraiba/tunel-bananeiras.html grupo social e sua maneira de viver.
Devido à aceleraçã o da Histó ria, cada vez mais o cotidiano
afasta-se das vivê ncias da tradiçã o e do costume, fazendo com
que a memó ria deixe de ser encontrada no pró prio tecido social.
Portanto, tratar bem a memó ria é dar ao cidadã o a chance de se
identi icar com o lugar onde mora.
Em um perı́odo em que se veri ica um crescimento do
fascın
́ io turıśtico pelas cidades histó ricas, compreender suas
formas arquitetô nicas e urbanı́sticas é , ao mesmo tempo,
entender que essas representam signi icados e valores de ser
processo de formaçã o e transformaçã o. E Bananeiras, por toda
O túnel em 1922, já com trilhos. sua contribuiçã o e desenvolvimento, torna-se exponencial de
Fonte: Foto Revista Ilustração Brasileira, setembro de 1922
destaque social e cultural na Paraıb
́ a.
A cidade ainda guarda resquıćios de um passado muito
produtivo, que teve um processo de colonizaçã o ao longo de
muitos anos, no qual seus povoadores se alicerçaram, se
tornando a maior produtora de café da Paraıb
́ a e a segunda do
Nordeste. Em 1852, o café de Bananeiras rivalizava em
qualidade e aceitaçã o com o de Sã o Paulo, produzindo-se cerca
de um milhã o de sacas ao ano.
Foi à riqueza vivida pela aristocracia cafeeira com forte
in luê ncia na tradiçã o religiosa a grande responsá vel para a
composiçã o arquitetô nica da cidade, com a construçã o de
Estação de Bananeiras no dia de sua inauguração em 1925.
Fonte: www.ramalholeite.com.br
palacetes e casarõ es no centro da á rea urbana e rural. Ressalta-
se que, apesar da pujança econô mica da regiã o, o transporte na
As linhas férreas que conectavam cidades e diminuíam as é poca era precá rio. E o trem só chegou a Bananeiras em 1922,
apó s a construçã o do tú nel da Serra da Viraçã o.
distâncias entre as pessoas foram, durante o início do século XX,
Bananeiras foi uma das cidades da Paraıb
́ a a ser agraciada
um dos principais marcos do desenvolvimento tecnológico a com uma belıśsima estaçã o ferroviá ria. A chegada do trem já era
chegar no Brejo paraibano. Até então, utilizavam-se apenas de um exemplo de evoluçã o, mas fazê -lo passar por dentro da
rocha, atravé s de um tú nel, foi um desa io aceito no inıćio da
estradas de barro escorregadias e que inundavam em épocas
dé cada de 1920. Até hoje, o trem de Bananeiras encanta
chuvosas.
moradores e visitantes.
2019 - Ano IV - Nº 04 - P.14
Memória
Jéssica Arísla rodrigues Anna Luísa Dantas
Arquiteta e Urbanista Arquiteta e Urbanista
Lá vem o trem...
Enquanto Bananeiras era destaque na produçã o cafeeira desde 1850, a construçã o da Estaçã o Ferroviá ria
acontece apenas em 1922, pouco tempo apó s uma praga acabar com os cafezais que durante muitos anos foram o
principal meio econô mico da cidade. O intuito de escoar o café nascido em Bananeiras, atravé s do trem, nã o chegou
a vingar de fato.
Os primeiros quilô metros de estrada de ferro chegaram ao estado já no inıćio do sé culo XX e se expandindo nos
anos seguintes. A linha fé rrea, que pertencia à Great Western do Brasil e cortava a Paraıb́ a de norte a sul, previa um
ramal que deveria chegar até o municıp ́ io de Picuı,́ mas os 35 km de estrada de ferro entre Bananeiras e Picuı,́
nunca chegou a ser construıd ́ o.
Em 1910, estava pronta a construçã o do primeiro trecho do referido ramal, que só chegou a Bananeiras em
1922, recebido em grande festa pelos cidadã os bananeirenses. Na é poca o entã o presidente do estado, Soló n de
Lucena, entregou o trecho concluıd ́ o até a parada de “Bocca do Tunel”, localizada pouco antes do tú nel da Serra da
Viraçã o.
O trem já havia chegado e o tú nel estava quase pronto, mas sem trilhos. Apenas em 1925 aconteceu a entrega
o icial, juntamente com o trecho até a Estaçã o Ferroviá ria de Bananeiras, sua parada inal. O caminho de 202
metros de comprimento perfurou a pedra maciça, possibilitando a passagem do trem até a estaçã o concebida nos
conceitos arquitetô nicos do ecletismo. A Estaçã o está conservada até os dias de hoje.
Vista da cidade e da estação (ao centro) nos anos 1950. A estação de Bananeiras, em 1922 sem trilhos. A estação nos anos 1950.
Fonte: Autor desconhecido. Fonte: Foto da revista Ilustração Brasileira Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1958.
Com o im da cultura cafeeira, inicia-se a fase infra-estrutural que, alé m de conexõ es de vias fé rreas, també m trouxe
a Bananeiras a construçã o de uma hidrelé trica em Borborema, possibilitando a energizaçã o de Bananeiras. Houve,
també m, a inauguraçã o do canal coletor da rede de esgotos, entre outras modernizaçõ es que contribuıŕam para o
desenvolvimento da cidade.
E o trem? Continuou a levar cana-de-açú car, fumo, arroz, algodã o, sisal, pessoas, notıćias e todas as novidades que
anteriormente eram tã o difıćeis de transitar.
Os comboios cargueiros chegavam à calada da noite e da madrugada, fazendo barulho. No entanto, raramente
transitavam cargas à luz do dia: quando acontecia, era uma festa! As oito da noite chegava o trem, vindo da capital,
trazendo estudantes de fé rias, comerciantes, polıt́icos e visitantes. Mesmo com a construçã o da rodovia “Anel do Brejo”,
as pessoas ainda preferiam usar o trem, por questõ es econô micas e pela aventura de cruzar a pedra numa má quina de
ferro.
O ú ltimo trem de ferro sobreviveu até 1973, quando a linha foi desativada, mas o tú nel e a estaçã o sã o atraçõ es
turıśticas imperdıv́eis para quem conhecer Bananeiras. A beleza da Estaçã o Ferroviá ria, junto ao misterioso tú nel de
temperaturas frias, permeia geraçõ es; e resiste na memó ria de um povo!
“O trem de ferro, que despertava a cidade do seu torpor nas horas mornas, levava e
trazia pessoas, cargas e notícias, está mudo, de fogo morto como os banguês e
engenhos dos romances da decadência da aristocracia canavieira de José Lins do
Rego. Ele foi tudo para todos. O elo com o mundo. A esperança do jovem, a incerteza
da mocinha casadoira, os anseios da família a espera da visita do ilho estudante,
compondo a paisagem humana de novas caras e novas perspectivas, fumacento e
ACERVO: IPHAEP
ACERVO: HOTÉIS.COM
"empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será
para o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi
para o século XX".
Antigo Casarão das Meninas e atual Divino Casarão Restaurante
A revoluçã o silenciosa, asseverada por Timmons, é
No resgate da memó ria de Bananeiras, que serviu de
perceptı́ v el em Bananeiras e comunga com os
inspiraçã o para a arte literá ria, cenográ ica e televisiva,
pensamentos de Celso Furtado. E bastante veri icar o
encontra-se o Casarã o. O investidor norteriogradense
aumento no nú mero de hoté is, restaurantes e outros
Vicente Damasceno e sua companheira Christiane da
empreendimentos, que se abrigaram no entorno dos
Silva quase desistiram do empreendimento, por
imó veis histó ricos da cidade e que, nos dias atuais, acreditar que o fato do bem ser tombado haveria
revolucionam a percepçã o da populaçã o: de antes julgar inú meras di iculdades para reformar o local
um imó vel como velho, ultrapassado, sem valor e sem O proprietá rio procurou, entã o, o IPHAEP. Em reuniã o
utilidade, para a conscientizaçã o de que a edi icaçã o é um com a diretora executiva, Cassandra Figueirê do, e com os
patrimô nio ú nico, importante forma coletiva e té cnicos do ó rgã o, foi mostrado a total viabilidade do
individual, no aspecto de preservaçã o da memó ria e na restaurante, que deveria seguir algumas recomendaçõ es
geraçã o de renda local. para nã o descaracterizar o patrimô nio histó rico.
Nã o sã o poucos os exemplos que podemos destacar Atualmente o Divino Casarão Restaurante é um
da economia patrimonial se desenvolvendo, atravé s do ambiente de descontraçã o e lazer, num cená rio é pico,
efeito das polıt́icas culturais de restauraçã o de imó veis com mú sica ao vivo e com uma gastronomia espetacular.
histó ricos tombados pelo IPHAEP. Entre eles, destacam-
se 2(dois) casos que, pela relevâ ncia histó rica e
arquitetô nica dos imó veis, sã o referê ncias nos sites,
revistas e agê ncias de turismo, culiná ria e hospedagem
nacional e internacional.
As reformas intervencionistas foram executadas
requali icando os imó veis, dando um novo uso, o que
assegurou a preservaçã o do Patrimô nio Cultural,
ACERVO: IPHAEP
exuberante piscina.
A pousada e o restaurante estã o numa á rea de
encontro da natureza com a beleza arquitetô nica do
Pousada Estação Bananeiras
inıćio do sé culo XX. Em seu entorno acontecem passeios
que fomentam o turismo ecoló gico de aventura e Fontes: Biblioteca Virtual da UEPB (Percepçã o da Populaçã o
do Municıp ́ io de Bananeiras - PB sobre Gestã o Participativa E
cultural: seja no jipã o e ou quadriciclo, na estrada de
Sustentabilidade Turıśtica); Revista eletrô nica do laborató rio
barro que leva aos engenhos, ou até mesmo numa
de Arqueologia e Paleontologia da UEPB (Sıt́ios Pré -Histó rics
caminhada até o histó rico tú nel que foi manchete no
de Bananeiras); Site do IBGE (Bananeiras); Site Estaçõ es
Diário de Pernambuco por trazer a viagem inaugural,
Ferroviá rias do Brasil (Bananeiras); (Revista Latinoamericana
do trecho concluıd ́ o de Borborema até a parada de "Boca
de Comuncació n (Celso Furtado. Cultura e polı́ t ica
de Tú nel", um pouco antes da Serra da Viraçã o, onde o
cinematográ ica); Site Centro Celso Furtado (Uma polıt́ica de
Presidente do Estado, Dr. Só lon de Lucena, entregou o desenvolvimento para o Nordeste) Revista Acadê mica -
tú nel que foi perfurado em pedra maciça e que ica a 800 Observató rio de Inovaçã o e Turismo (Empreendedorismo e o
metros da pousada. desenvolvimento do turismo na cidade de Tiradentes); Anais
do Museu Paulista: Histó ria e Cultura Material (O Programa de
Cidades Histó ricas, o turismo e a "viabilidade econô mica" do
patrimô nio (1973-1979); Site da Universidade Caxias do Sul
(Proposta de planejamento de turismo cultural em uma
comunidade de interior: o bairro de bela aliança em Rio do Sul -
SC); Revista Brasileira de Educaçã o e Cultura (Uma Aná lise
Literá ria Sobre o Conceito de Cultura); Revista de
ACERVO: HOTÉIS.COM
E m p r e e n d e d o r i s m o , I n o v a ç ã o e T e c n o l o g i a
(Empreendedorismo: Conceitos e De iniçõ es); Cadernos do
D E S E N V O LV I M E N T O ( E c o n o m i a p a t r i m o n i a l e
desenvolvimento: efeitos das polıt́icas culturais de restauraçã o
Antiga Estação Ferroviária atual Pousada Estação Bananeiras
de monumentos histó ricos no estado do Rio de Janeiro).
2019 - Ano IV - Nº 04 - P.18
Arte & Cultura
Cassandra Figueiredo
Arte Educadora
Como toda dança popular, as formas e os estilos do Lesô sã o pró prios
da regiã o, realizados em momentos felizes e que acompanha a histó ria
Patrimônio Cultural de Bananeiras-PB
daquele povoado por meio de vá rias geraçõ es. E uma dança circular, com
Sei que a dança nos acompanha em participaçã o de homens e mulheres, ao ritmo dos versos cantarolados e
todos os tempos, em formas diversas, em puxados por um lıd ́ er, com resposta dos demais participantes. Nã o há
diferentes espaços e situaçõ es da vida. Ela instrumentos musicais: os participantes podem dar as mã os ou bater
é expressã o de um povo, presença palmas, arrastando os pé s enquanto circulam. Em cada verso um
constante na histó ria da humanidade. As cavalheiro ou uma dama sã o retirados ou colocados ao centro da roda
pessoas dançam por um propó sito, por com essa cantiga:
vontade, necessidade ou, simplesmente,
pelo prazer de dançar. Dona Antô nia e Seu "Vamos vadiar, Lesô passou
Nanã provaram que essa dança é registro Vamos vadiar, passou Lesô
de vivê ncias e seu signi icado é memó ria Cavalheiro tire Dama.
viva, que resiste ao tempo: pela vontade e Vamos vadiar, Lesô passou
pela necessidade de se manter. Vamos vadiar, passou Lesô
A dança do Lesô é patrimô nio nosso! Cavalheiro pegue Dama."
2019 - Ano IV - Nº 04 - P.19
Legislação
Sandra Suelen | Vitória Régia
Advogada Graduanda em Direito
O porquê de preservar:
Patrimônio Cultural de Bananeiras à luz da Legislação Estadual
Saberes, fazeres, expressõ es e prá ticas sã o produtos de um povo e remetem à histó ria, à identidade e à memó ria. A
coleçã o de todos esses elementos constitui o seu Patrimô nio Cultural. Ou seja, Patrimô nio é a herança do passado que
oportuniza o conhecimento, construindo a identidade de um povo.
A Constituiçã o Federal de 1988 resguarda e elucida a essencialidade de proteçã o do Patrimô nio Cultural,
enquanto: os modos de criar, viver e fazer, as criaçõ es cientı́ icas, tecnoló gicas e artıśticas, obras, documentos,
edi icaçõ es e espaço destinados à s expressõ es artıśtico-culturais, dentre outros.
A cidade de Bananeiras manté m, até os dias atuais, marcas expressivas de seu passado, permitindo-nos apreciar a
arquitetura de seus casarõ es coloniais, suas paisagens naturais e demais bens tombados. E necessá rio que nã o
permitamos que os encantos do passado se desfaçam no tú nel do tempo. Assim, por meio dos Decretos Estaduais
31.842/2010 e 22.082/2001, o Instituto do Patrimô nio Histó rico e Artıśtico do Estado da Paraıb ́ a (Iphaep) confere uma
maior proteçã o a esses bens.
O conhecimento crıt́ico e a tomada consciente de conhecimento pela comunidade acerca do seu patrimô nio sã o
elementos essenciais para a preservaçã o desses bens, juntamente com a consolidaçã o dos sentimentos de identi icaçã o
e cidadania.
E primordial que o indivıd ́ uo entenda o seu passado para que, hoje, possa fazer a leitura do mundo que o cerca e
compreender o meio do qual faz parte. O reforço e a valorizaçã o histó rico-cultural brasileira estã o intrinsecamente
ligados a esse processo.
Fortalecer ainda mais a preservaçã o sustentá vel dos bens patrimoniais de Bananeiras é consolidar a grandiosa
histó ria que essa cidade possui, permitindo que diversas geraçõ es possam apreciar cada vez mais o Patrimô nio Cultural
estadual.
ACERVO: IPHAEP
Apó s renovaçõ es nos Parâ metros Curriculares Poucos lugares possuem um ambiente tã o propıćio à
Nacionais (PCNs), no inal da dé cada de 1990, os plena imersã o na realidade histó rica e que fazem uso
professores foram levados a repensar a prá tica disso na busca de estreitar os laços entre comunidade e
p e d a g ó g i c a , s a i n d o d o r e p a s s a r c o n t e ú d o s identidade. Um desses é a cidade de Bananeiras –
sistematizados aos estudantes para metodologias mais rodeada por serras, morros e chapadõ es do Brejo
complexas e que envolvem a extraçã o e problematizaçã o paraibano.
de conteú do a ser desenvolvido em sala de aula, a partir
A cidade de Bananeiras é reconhecida pelo seu
da realidade local. Duas dessas metodologias possuem
potencial natural, arquitetô nico e cultural. Num passado
estreitos laços com o Patrimô nio: o Estudo do Meio e a
de gló ria e riquezas, destacou-se pela produçã o da cana-
Educaçã o Patrimonial.
A primeira delas tem como importante base os de-açú car, depois como a maior produtora do café na
estudos da autora Circe Bittencourt (2004) e aponta para Paraıb
́ a e a segunda do Nordeste, chegando a competir
um mé todo investigativo, atravé s do qual o aluno é em qualidades e aceitaçã o com o estado de Sã o Paulo, no
instigado a problematizar sua realidade, coletar e ano de 1852. Tornou-se cidade pela lei provincial de Nº
analisar dados sobre ela e desenvolver noçõ es de como 690, de 16 de outubro de 1879.
intervir no contexto estudado. Sendo assim, os alunos Considerada a cidade mais rica da regiã o do Brejo
sã o orientados a buscar respostas, a ativar a curiosidade paraibano, é possuidora de uma admirá vel beleza
sobre o assunto, a registrar e ter contato com ele e ainda a
arquitetô nica no seu Centro Histó rico, com a presença de
procurar soluçõ es ou intervençõ es acerca do estudo
“ casario ”, que reú ne cerca de oitenta construçõ es
levantado.
A segunda metodologia tem como base a autora preservadas e tombadas pelo IPHAEP, desde julho de
Maria Horta, a qual busca nos lugares de memó ria – que 2010.
vã o de museus a qualquer objeto cultural (vasos, Há edi icaçõ es de diversas linguagens arquitetô nicas
pinturas, instrumentos musicais, roupas, entre outros) – que compõ em a histó ria urbana de Bananeiras:
sobre os quais os alunos observam, realizam registros, neoclá ssica, eclé tica, art-dé co, protomodernistas, dentre
pesquisam em fontes complementares e, por im, outras –, resultado da opulê ncia vivida pela aristocracia
promovem a ressigni icaçã o dele atravé s da apropriaçã o,
rural. Com a veiculaçã o do dinheiro do café , foram
isto é , da releitura do objeto sob a sua ó tica e do contexto
construı́ d as palacetes com elementos importados,
em que está inserido.
formando um conjunto de objetos culturais conservados
As duas metodologias abraçam a realidade local,
realçando a trı́ a de identidade-memó ria-cidadania, que proporcionam oportunidades diversas (e em
atravé s dos objetos culturais, notadamente presentes em diversos nı́ v eis de escolarizaçã o) para atuaçã o
centros histó ricos preservados. pedagó gica atravé s das metodologias apresentadas.
2019 - Ano IV - Nº 04 - P.21
Educação Patrimonial
Gúbio Mariz | Júlia Araújo | Socorro Nunes | TerezinhaPedagoga
de Figueiredo
Arquiteto e Historiador Professora de Biologia Pedagoga
Uma iniciativa do Governo do Estado da Paraıb ́ a, por meio do Instituto do Patrimô nio Histó rico e Artıśtico do Estado
FÓRUM da Paraıb́ a - Iphaep. Com mais de uma dé cada de atuaçã o, se destina a ser espaço de debate, abordando temas no
â mbito da Educaçã o Patrimonial e contemplando estudantes, pesquisadores, cientistas e as mais variadas entidades
PERMANENTE pú blicas. Acontecem durante o ano quatro Fó runs. Este ano, em março abordou a atuaçã o dos «Saberes e Fazeres das
DE CIÊNCIA E Artesãs Paraibanas» e, em agosto, continuamos o projeto sobre o A Feira do Mercado Central. Alé m do Fó rum «A
CULTURA prostituição em Centros Históricos: o caso da rua da Areia (Joã o Pessoa - PB) e outro referente ao Mê s da
Consciê ncia Negra.
PROJETO:
Este projeto tem como objetivo a regularização da Publicidade de acordo com a normativa
estadual. A primeira cidade foi Campina Grande, mas a açã o teve inicio na capital paraibana, em Joã o
Pessoa. O Iphaep esteve presente com seus té cnicos no Auditó rio da APL para uma Educaçã o
Patrimonial, na qual comentou a cerca da legislaçã o e orientaçã o para o uso adequado das placas. Apó s AÇÃO PUBLICITÁRIA
o prazo, os té cnicos seguirã o com vistoria e orientaçã o. NOS CENTROS HISTÓRICOS
O nú cleo objetiva proporcionar formaçã o teó rica-prá tica referentes à competê ncia e à atuaçã o do Iphaep na
NÚCLEO DE preservaçã o e na proteçã o do patrimô nio histó rico-cultural edi icado, sobretudo no â mbito da antropologia
visual. Promove um diá logo constante entre o Iphaep e sociedade civil, por meio de atividades de cunho
ANTROPOLOGIA VISUAL educativo e artıśtico, de forma a garantir uma compreensã o do trabalho realizado por este Instituto ao pú blico.
DO IPHAEP Em 2019 vem se dedicando à pesquisa da Feira do mercado Central e alé m de promover debates como o
Movimento Bauhaus e a Imaginaçã o Socioló gica de Jessé Souza.
V SEMANA DO PATRIMÔNIO
CULTURAL DA PARAÍBA
INVENTÁRIO DAS IGREJAS DE SANTA RITA Em comemoraçã o ao Dia Nacional do Patrimô nio, dia 17 de
Em parceria, IPHAEP, IPHAN, Ministé rio Pú blico e Prefeitura de agosto, o Iphaep promove uma semana de atividades com
Santa Rita, está em processo de conclusã o o Inventá rio das
atendimentos, orientaçõ es e formaçõ es sobre Patrimô nio
Igrejas de Santa Rita, protegidos por este Instituto.
Histó rico nas cidades de Joã o Pessoa e Bananeiras.
Quer saber mais? Envie suas dúvidas, sugestões e contribuições: administracao@iphaep.pb.gov.br
2019 - Ano IV - Nº 04 - P.23
Fique Ligado!
Editorial
O Empreender Centro Histó rico é uma iniciativa do A LOTERIA DO ESTADO DA PARAÍBA - LOTEP é uma
Governo do Estado da Paraı́ b a, por meio de uma autarquia do Governo do Estado da Paraıb ́ a vinculada à
Secretaria de Estado do Turismo e Desenvolvimento
pareceria entre o Instituto do Patrimô nio Histó rico e
Econô mico - SETDE, responsá vel pela administraçã o,
Artıśtico do Estado da Paraıb ́ a - IPHAEP e a Secretaria gerenciamento e iscalizaçã o de jogos em todos os
Executiva de Empreendedorismo do Estado da Paraıb ́ a - municıp ́ ios do Estado. Criada pelo entã o governador José
Empreender PB. Visa o fomento de cré dito para Amé rico de Almeida, em 02 de abril de 1955, atravé s da
atividades comerciais, prestaçã o de serviços e produçã o Lei nº 1.192 e em 1956 foi rati icada pelo presidente
Juscelino Kubitschek, por intermé dio do Decreto nº
e desenvolvimento de produtos com tecnologia 40.549 de 12 de dezembro de 1956.
inovadora nos Centros Histó ricos do Estado da Paraıb ́ a De acordo com o Superintendente Sebastião Alberto
protegidos pelo IPHAEP. Cândido da Cruz a principal missã o da Lotep é contribuir
As linhas de cré dito que participam do Empreender para as açõ es sociais do Governo do Estado atravé s dos
repasses dos valores provenientes da arrecadaçã o com a
Centro Histó rico sã o divididas em dois grupos, sendo: venda dos produtos loté ricos, entre eles, destaca-se o
Empreender Artesanato; Empreender Cultural; Bilhete Tradicional “Sorte Sua”, onde parte desses
Empreender Motociclista Pro issional; Empreender recursos é destinada à assistê ncia social, fomento ao
Mulher; Empreender Pessoa Fı́ s ica; Empreender esporte e lazer, incentivo à cultura e a segurança pú blica.
A Lotep sempre desempenhou um importante papel
Pro issional Liberal; Empreender Pro issional Liberal
para o desenvolvimento social, econô mico e ambiental,
Juventudes; para pessoas fı́sicas. Já o Empreender oferecendo credibilidade em suas açõ es junto à sociedade
Cooperativas; Empreender Cultural; Empreender paraibana atravé s das contribuiçõ es à s entidades de
Inovaçã o Tecnoló gica; Empreender Pessoa Jurı́dica; ilantropia, de apoio ao esporte, cultura e lazer, na
capacitaçã o e orientaçã o para o trabalho de jovens e
Empreender Prefeituras estã o destinados à s pessoas
adultos e na geraçã o de oportunidades de emprego e
jurıd
́ icas. renda. A autarquia manté m convê nios com vá rias
Em 2018 o governo estadual disponibilizou Joã o entidades de ilantropia, como o Cendac, Casa da Criança
Pessoa aproximadamente R$ 841.000,00 (oitocentos e com Câ ncer, Amem, entre outras.
quarenta e um mil reais), em investimento inanceiro A Loteria do Estado da Paraı́ba vem procurando
desenvolver novas formas para a implementaçã o de
para 73 bene iciá rios, entre pessoas fıśicas e jurıd ́ icas nas melhores prá ticas de Responsabilidades Sociais e
linhas de cré dito existentes no Empreender PB. Ambiental alé m de assumir o compromisso de estabelecer
B a n a n e i ra s fo i a c i d a d e c o n te m p l a d a c o m o conceito de jogo responsá vel que consiste no
Empreender Centro Histó rico para o ano de 2019, desenvolvimento de polıt́icas e prá ticas voltadas para
prevenir o jogo compulsivo e proteçã o de pessoas
devendo o programa ser iniciado neste mê s de agosto. O vulnerá veis, como menores de idade, dos potenciais danos
crité rio primordial para seleçã o dos bene iciá rios é que associados aos jogos loté ricos amparados pela legislaçã o.
sejam empreendedores no Centro Histó rico do Atualmente a Loteria do Estado da Paraıb ́ a, alé m de
municıp ́ io, nas referidas linhas. O cré dito é destinado alimentar os sonhos dos inú meros apostadores, tem sido
um importante instrumento do Governo do Estado que
para os que já executam alguma atividade inanceira,
tem orientado suas polıt́icas de forma integrada para a
como també m para os que almejam investir no consolidaçã o das açõ es sociais, visando o enfrentamento
empreendedorismo local, nesse ú ltimo a condiçã o é já ter da pobreza e o provimento de condiçõ es mın ́ imas para
o imó vel onde será exercida a atividade, independente de atender à s contingê ncias sociais e à universalizaçã o dos
direitos do cidadã o.
ser pró prio ou alugado.
Comprando o Bilhete Loté rico o cliente concorre à
Maiores informaçõ es: diversas premiaçõ es, tais como: Carros, motos, dinheiro
https://empreender.pb.gov.br/ em espé cie, TVs de led, celulares, dentre outras. As vendas
dos Bilhetes estã o disponı́veis em diversos pontos
espalhados ao longo do Estado da Paraıb ́ a.
INSTITUTO DO PATRIMÔNIO
SECRETARIA DE HISTÓRICO E ARTÍSTICO APOIO CULTURAL:
ESTADO CULTURA DO ESTADO DA PARAÍBA
IPHAEP