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PESCADOR
PEQUENO GUIA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Debora Herszenhut
e Mario Wiedemann
HISTÓRIA DE PESCADOR
PEQUENO GUIA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
Neste guia, a pesca tradicional é um
dispositivo para pensarmos esta referência
cultural enquanto patrimônio, elevando as
experiências e práticas de comunidades
a formas particulares de construção de
identidades e tradições culturais muito
antigas, porém muito vivas na sociedade
brasileira. A ideia é sensibilizar o público
em relação à importância da preservação
e identificação de nossos patrimônios
culturais de natureza imaterial, além de
estimular o desenvolvimento de políticas
públicas locais que contribuam para a
valorização e preservação de tais saberes.
SUMÁRIO
Glossário 6
Apresentação 8
Glossário da Pesca em PE 15
Cosmologia costeira 18
Cadernos de campo 28
Sugestão de atividades 38
Agradecimentos 48
Bibliografia 50
GLOSSÁRIO
ARQUEOLOGIA É a ciência que estuda as culturas e os modos de vida das diferen- PATRIMÔNIO CULTURAL Todo objeto material (como prédios e monumentos) e ima-
tes sociedades humanas (do passado e do presente), partindo da análise de objetos terial (como festas religiosas e tradições culinárias) que forma a cultura de um povo.
materiais. É uma ciência social que estuda as sociedades através das materialidades Ele é escolhido para ser preservado. Em nosso país, a conservação dos patrimônios
produzidas pelos seres humanos, sejam estes móveis (por exemplo, um objeto de arte), culturais é feita por uma instituição chamada Iphan.
ou imóveis (estruturas arquitetônicas). Também estuda as intervenções feitas pelos
seres humanos no meio ambiente. PATRIMÔNIO IMATERIAL Os bens culturais de natureza imaterial tratam de práticas
e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; ce-
CULTURA MATERIAL Produzida para desempenhar um papel ativo, é usada tanto lebrações; formas de expressão cênica, plástica, musical ou lúdica; e nos lugares (como
para afirmar identidades quanto para dissimulá-las; “para promover mudança social, mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas).
marcar diferenças sociais, reforçar a dominação e reafirmar resistências, negociar posi-
ções, demarcar fronteiras sociais”.1 O patrimônio imaterial é transmitido de geração a geração. É constantemente recria-
do pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a
EDUCAÇÃO PATRIMONIAL Todas as vezes que as pessoas se reúnem para construir natureza e de sua história. Gera um sentimento de identidade e continuidade, e contri-
e dividir conhecimentos, investigar para conhecer melhor, entender e transformar a bui para promover o respeito à criatividade e à diversidade cultural.
realidade que as cerca, realizam uma ação educativa. Quando tudo isso é feito levando
em conta algo relativo ao patrimônio cultural, então trata-se de Educação Patrimonial. A Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura,
define como patrimônio imaterial “práticas, representações, expressões, conhecimen-
ETNOARQUEOLOGIA Estudo etnográfico feito por arqueólogos(as) em sociedades tos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são
atuais com o objetivo de obter informações que ajudem a compreender sociedades associados – que comunidades, grupos e, em alguns casos, indivíduos reconhecem
do passado. Ou seja, é o estudo que arqueólogos(as) fazem utilizando a etnografia como parte integrante de seu patrimônio cultural.”
(método antropológico relacionado à descrição de um grupo humano) para estudar os
processos de produção, distribuição, consumo e descarte de objetos em uma socieda- PATRIMÔNIO MATERIAL Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis,
de atual, com o objetivo de entender como esta mesma sociedade vivia no passado. como as cidades históricas, os sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais;
ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, biblio-
ETNOGRAFIA Estudo descritivo das diversas culturas e etnias humanas, com o gráficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
propósito de interpretar hábitos, costumes, valores e práticas de uma comunidade
específica. O patrimônio material protegido pelo Iphan é um conjunto de bens culturais classi-
ficados segundo sua natureza, conforme os quatro Livros do Tombo: arqueológico,
INRC O Inventário Nacional de Referências Culturais é uma metodologia de pesquisa paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas.2
criada pelo Iphan para produzir conhecimento sobre os domínios da vida social aos
quais são atribuídos sentidos e valores – e que, portanto, constituem marcos e referên- PESCA ARTESANAL Realizada pela mão-de-obra familiar, usando pequenos barcos
cias de identidade para determinado grupo social. que exploram ambientes próximos à costa, devido às limitações de autonomia de mar
e ao raio de ação.3
IPHAN O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional busca preservar os
tesouros da cultura nacional. É uma autarquia federal do governo brasileiro, criada em
1937, responsável pela preservação e divulgação do patrimônio material e imaterial.
Deve defender e favorecer os bens culturais do país, proporcionando seu usufruto para
gerações presentes e futuras.
2 Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234
3 DIEGUES, 1989.
1 TÂNIA ANDRADE LIMA (2011:21)
Camboa é uma palavra de origem tupi-guarani, tronco Este guia foi idealizado a partir de diferentes experiências
linguístico que deu nome a muito do que conhecemos de educação patrimonial realizadas em três diferentes
hoje. Foram estes povos que contaram aos colonizado- comunidades no estado de Pernambuco, quando tive-
res ainda no século XVI como se vivia nas terras baixas mos a oportunidade de observar, em variadas perspec-
do Atlântico e os ensinaram a ler a paisagem deste lado tivas, a grande diversidade de técnicas de pesca e maris-
do mundo. Estes nomes estão representados neste guia cagem existentes.
a partir das estratégias de pesca tradicionais e artesanais,
fruto da faculdade humana de conhecer e transformar a Apresentamos a seguir o caminho percorrido por nós
paisagem e aquilo que chamamos de recursos naturais. nestas atividades formativas realizadas nos municípios
de Ilha de Itamaracá, Goiana e Cabo de Santo Agosti-
Herança cultural, tradição, tecnologia social ou cultura nho entre os anos de 2017 e 2021 com o desejo de parti-
são nomes apropriados para referir-se à diversidade de es- lhar de forma sensível e interativa estas experiências de
tratégias desenvolvidas pelas comunidades tradicionais, pesquisa participativa.
submersas em manifestações da interação entre huma-
nos, a paisagem, o meio-ambiente e seus habitantes. Ao evocarmos esta intrínseca conexão entre passado,
presente e futuro enquanto condição inexorável à nossa
Camboas e Currais são estratégias de pesca existentes constituição cosmológica, pretendemos trazer à luz fer-
no nordeste brasileiro há séculos, que utilizam o movi- ramentas que sirvam como instrumento para o reconhe-
mento natural das marés para a captura de pescados e cimento destes (e outros) saberes enquanto referências
mariscos. Pescadores e marisqueiras, sucessores diretos culturais.1
desta longa pré-história brasileira, seguem ainda hoje
construindo suas ferramentas, utensílios e armadilhas, Debora Herszenhut e Mario Wiedemann
tal qual faziam há aproximadamente 8 mil anos atrás. Coordenadores do Projeto Camboas Tupi
Destas práticas tiram não apenas a base de sua sobera-
1 O termo “referência cultural” é aqui utilizado na
nia alimentar, como também suas histórias ao passo que perspectiva patrimonial para a identificação, reconhecimento e
delineiam o rumo de suas trajetórias. proteção dos bens de natureza imaterial.
Quando nos educamos por meio das ações de preservação patrimonial, estimulamos as
percepções e o envolvimento da comunidade com sua própria cultura, tornamos mais
sólidas as noções de pertencimento, e promovemos, em processos de construção parti-
cipativa, um engajamento coletivo nas transformações do território.
Este foi o objetivo específico do nosso trabalho, e aqui está o resultado deste percurso.
Encontrar pescadores, marisqueiras e coletores no litoral nordeste do Brasil é en-
contrar parte da pré-história brasileira. Neste guia, a pesca tradicional é um dispo-
sitivo para pensarmos esta referência cultural enquanto patrimônio, elevando as
experiências e práticas de comunidades a formas particulares de construção de
identidades e tradições culturais muito antigas, porém muito vivas na sociedade
brasileira.
O conteúdo a seguir foi elaborado com esta meta: partilhar uma metodologia criada em
processos de formação e sensibilização em educação patrimonial. E não só: este guia
pretende inspirar novos processos de identificação e valorização de patrimônios e refe-
rências culturais, oferecendo ferramentas para realizar novas pesquisas nos contextos
mais diversos.
Nosso desejo é possibilitar a reflexão sobre educação patrimonial em sua forma mais
ampla, acessível e irrestrita. E também facilitar a percepção sobre o patrimônio imaterial
das comunidades como agentes e produtoras de cultura.
1 IPHAN 2011:10
11
A PESCA TRADICIONAL
NO LITORAL DE PERNAMBUCO
A pesca, a coleta e o uso dos recursos de rios, praias e estuários representaram parte
importante das atividades desenvolvidas pelas comunidades pré-históricas ou pré-co-
loniais do litoral do Brasil. Os sítios arqueológicos revelam informações relevantes sobre
a importância destes territórios ao longo de mais de 6 mil anos1 e sobre o modo de vida,
peixes pescados, mariscos coletados, materiais utilizados para construção de armadi-
lhas e artefatos, entre outras informações, que demonstram que esses grupos também
mantinham íntima relação com a floresta e seus recursos.
COVO Tipo de armadilha de pesca utili- TALUDE Formação geológica que, neste
zada para capturar lagostas e crustáceos. caso, relaciona-se a um acidente geológi-
Tem formato trapezoidal com uma aber- co que delimita a plataforma continental,
5 Segundo o Cadastro Nacional de sítios arqueológicos ( CNSA) existem em Goiana, 38 tura central por onde deve entrar a presa. de águas rasas, e as fossas oceânicas, de
sítios arqueológicos registrados, sendo a maioria de sítios a céu aberto de tradição ceramista tupi águas profundas.
guarani identificados nas áreas de cultivo da Cana-de açúcar, que ocupam as áreas do município
imediatamente associadas ao litoral. Em Itamaracá, estão registrados 2 sítios arqueológicos de
CRÔA Afloramentos rochosos e dos arre-
origem histórica (o Fortim do Pontal da Ilha e Vila de Nossa Senhora da Conceição). Em Cabo de cifes de corais que por vezes estão sob a SAMBURÁ Artefato que auxilia no des-
Santo Agostinho, na Zona da Mata Sul, estão registrados 29 sítios arqueológicos,dentre estes sítios camada de areia que cobre a plataforma pesque dos currais e na pesca em geral.
cerâmicos pre históricos, sítios líticos sobre topo de colina, sítios históricos, edificações históricas
entre outros, com destaque para uma estrutura submersa identificada e a Camboa da Pedrinha . continental. Confeccionado de palha, tem a forma
(Fonte: Portal do IPHAN). de um caldeirão, com tampa e alça para
6 LUCENA et all, 2021 JACUMÃ Espécie de escada, apoio para carregar no ombro.
1.
habilidade para adaptar-se a certas condições – numa relação constante e fundamental
Uso do puçá na para a manutenção destes saberes, que assim vão sendo transmitidos, modificados e
coleta de diferentes
mariscos na praia mantidos vivos nestas comunidades.
3. Limpeza e
tratamento do marisco em
estrutura construída
4.
jovens e crianças engajam-se na coleta e
tratamento do marisco para consumo da
Limpeza e tratamen-
família e para a comercialização
to do marisco em estrutura
construída
Abertura para
passagem de
canoas
2. Conhecendo o patrimônio local Através de métodos mistos de pesquisa2, como a realização de entrevistas, o registro
Levantamento da história local a partir do relato dos participantes. de relatos em áudio, fotos – usando a metodologia sugerida pelo IPHAN para a elabo-
ração de inventários de bens culturais de natureza imaterial –, são aplicadas as fichas
do inventário participativo (utilizando como modelo as fichas do Inventário Nacional de
3. Do micro ao macro Referências Culturais, INRC). Cabe ressaltar a relevância das ferramentas audiovisuais
A partir do material trazido pelos participantes, construiremos uma linha do tempo,
para a realização deste trabalho.
trabalhando a ideia de investigação de dados secundários já existentes, documentos
históricos, e registros etnográficos para a elaboração de um quadro patrimonial.
6. Processando informações
No retorno do campo, da vivência da pesca, ou da observação de práticas associadas à
4. Proteção e apropriação ela, deve-se fazer um debate, um círculo de conversas que permitam a troca de percep-
A primeira experiência de campo tem o objetivo de identificar referências culturais co-
ções e memórias relativas à referência cultural. Neste momento, surgem muitas outras
letivas e também registrar processos de degradação e abandono, e também de valori-
informações. Aparecem as histórias pessoais e conhecimentos geracionais, reflexões – e
zação e proteção do bem cultural pesquisado.
insights trazidos pelos próprios alunos. Tais informações são ainda utilizadas como fon-
te de informação para a elaboração dos resultados da pesquisa. Estas histórias, desco-
A primeira atividade de campo apresenta técnicas e ferramentas de pesquisa de cam-
bertas e desdobramentos da pesquisa devem ser registradas em áudio, vídeos, fotos e
po, permitindo aos alunos do curso vivenciarem o contexto sócio-cultural e ambiental
texto. Todo material será de extrema relevância na elaboração do documento final.
da região. Começa com o reconhecimento do patrimônio histórico e arqueológico local
e dos aspectos culturais da comunidade em questão.
7. Partilhando com a comunidade
Estas atividades de campo tem como finalidade aplicar os conceitos e debates de sala Ao final da formação, recomenda-se a organização de um evento para a entrega do
de aula, possibilitando que os alunos mergulhem no território de estudo, conhecendo dossiê. Tal documento deve conter o resultado da pesquisa, com a presença de atores
detalhes da história contada pelos próprios protagonistas. sociais locais, profissionais atuantes no tema e gestores públicos.
2. Cabe destacar que as ferramentas de comunicação entre os alunos e equipe são fundamentais
para a complementação e compartilhamento de informações das atividades.
A igreja, considerada uma das primeiras igrejas construídas no Brasil, nos foi
aberta por Dona Idalice, moradora local que detinha um patrimônio de in-
formações e conhecimento da cultura local. Dona Idalice nos contou sobre
o mistério em torno da chave da igreja, que só pode ficar sob os cuidados de
uma pessoa mais velha da comunidade. A senhora demonstrou acreditar que
sua missão era ser a guardiã da chave – não permitindo sequer que a fotogra-
fasse. Nos contou várias histórias, algumas conhecidas e mitificadas na região.
Como por exemplo a história de um misterioso túnel que saí de dentro da
igreja para uma passagem secreta para outro lugar – um túnel utilizado para
a fuga de escravos e soldados de guerra. Esta história atraiu muitos turistas e
moradores da Ilha. Dentro desta igreja encontra-se ainda o túmulo do padre
Tenório, líder revolucionário que faz parte da nossa história.”
O acampamento foi feito na Ilha de Tatuoca, próximo do Canal que se forma com a Ilha
de Cocaia, tendo como paisagem o mangue, a praia, a restinga e o estuário. Pano de
fundo: o parque industrial do porto de Suape, os balneários turísticos do litoral sul de
Pernambuco e, infelizmente, a predatória especulação imobiliária da região.
A pesca das pescadoras de tatuoca é uma referência cultural para esta comunidade. É
um lugar de compartilhamento de conhecimento e celebração de épocas importantes.
Desdobramentos e descobertas:
experiências pedagógicas
Ao longo do processo do curso de educação patrimonial, algumas professoras experi-
mentaram atividades com os seus alunos. Propuseram refletir em sala de aula sobre as
questões patrimoniais do saber da pesca, bem como a importância social e econômica
desta atividade.
Pesca do marisco
As atividades ocorreram de forma interdisciplinar, lúdica e interativa, a partir de iniciati-
vas individuais e espontâneas no contexto cotidiano de sala de aula. Serão elencadas a
seguir como inspiração para projetos futuros – que possam inspirar o registro de outras
referências culturais, em comunidades tradicionais espalhadas pelo Brasil.
PASSO 2
Utilizar como ferramenta auxiliar para o debate a apresentação de imagens dos diver-
Confeccionar origamis de peixes.
sos tipos de embarcações utilizadas na pesca, músicas sobre pesca (sugestão: “Suíte do
pescador”, de Dorival Caymmi), e assim, começar a despertar a curiosidade dos alunos.
PASSO 3
Confeccionar coletivamente uma maquete representativa de um curral de pesca.
PASSO 2
Os alunos devem coletar objetos que remetam ao tema da pesca, como conchas de
marisco, casquinha de siri, ostras, rede de pesca, samburá, vara de bambu.
PASSO 3
Com os objetos trazidos pelos alunos, confeccionar coletivamente um mural da pesca,
em sala de aula.
Idéia: Pesquisar
quais celebrações
estão associadas ao
bem inventariado.
Ex: Festas, ritmos
musicais. danças...
A Vila de Nova Tatuoca, por exemplo, se formou em 2004 com a remoção dos morado-
res da Ilha de Tatuoca, a propósito da construção do Complexo industrial e porto do Su-
ape. A comunidade de moradores da Ilha era composta essencialmente por mulheres,
homens e crianças que viviam da pesca artesanal (ainda vivem, só que agora em outro
contexto). São famílias que praticam a pesca tradicional em um território com extenso
histórico de degradação ambiental, ocupação urbana, turística e industrial.
1 Wiedemann M. (2019)
CONCLUSÃO
Elaboramos, para tanto, este guia para que sirva de subsídio para elaboração de polí-
ticas públicas relacionadas à manutenção, valorização e proteção do saber da pesca
enquanto referência cultural bem como de seus territórios associados.
Além do mais, pretendemos inspirar comunidades e agentes sociais locais para a reali-
zação de inventários participativos de seus patrimônios culturais, com o objetivo preser-
var e proteger a história cultural dos povos e populações tradicionais.
QUEM SOMOS Em Itamaracá participaram as professoras: Valquíria Barbosa de Souza Alves, Severina
Batista dos Santos, Rosimary Josefa Camilo dos Santos, Daniela Alves de Santana, Marta
DEBORA HERSZENHUT é mestre em antropologia e Correia de Lima, Auriete Correia de Lima, Claudia Rodrigues de dos Santos, Dione de
doutoranda em desenvolvimento sustentável, roteirista, Caldas Pinheiro, Niedja Alves Santos Silva, Daianna Karla Guedes Alves, Fátima Cristina
documentarista, produtora cultural e educadora popular Costa e Silva, Edja Maria de Santana Mousinho, Everalda Bezerra da Silva, Jaqueline
com mais de 15 anos de experiência. Tem como princípio Maria de Souza, Rosymere Ximenes de Araújo, Grasiela Francine Borges Silva, Mariluce
em sua prática artística utilizar-se de dispositivos etno- Maria da Silva Honorato, Divani Maria Ferreira, Girlane Maria Barbosa Santiago, Micilene
gráficos para as suas criações. Guarda profundo respeito da Conceição Nascimento, Sonia Maria Pereira, Marcia Maria Ramos de Souza, Wang
e admiração pelos guardiães da medicina popular, hoje Freire Evangelista, Clenice Ferreira da Silva, Eline Rodriques dos Santos, Adriana Miguel
sua grande inquietação tanto artística quanto acadêmi- da Silva, Eline Rodrigues dos Santos, Adriana Virginia Barros Madureira, Maria Margareth
ca. Debora é coordenadora pedagógica e produtora exe- de Santana, Roseleide Dias de Melo, Josiane Maria da Silva, Rejane Barbosa da Silva,
cutiva do projeto Camboas Tupi. Silvania Gomes da Silva, Olindina Maria Cruz do Nascimento.
MARIO WIEDEMANN é mestre em antropologia e dou- Em Cabo de Santo Agostinho participaram da formação Maria Lucia dos Santos da
tor em arqueologia. Iniciou sua pesquisa com popula- Silva, Adington De Araújo Soares, Eliane Maria Silva dos Santos, Maria de Jesus da Silva,
ções pesqueiras ainda na graduação, com ênfase nas Edjane Maria da Silva, Janiene Maria dos Santos, Lígia de Souza Santana, Maria Verônica
atividades dos pescadores/caiçaras da Ilha Grande (RJ) e da Silva, Fabia Maria Da Silva, Maria José da Silva e Marta Marieli da Silva.
deu continuidade à sua pesquisa em sua tese de douto-
ramento de abordagem etnoarqueológica, com ênfase A equipe de trabalho foi composta pelos assistentes do curso e produtores de campo
nas transformações da paisagem, na cultura material e Ana Claudia Bastos, Guimarães José da Silva e Leonardo Moura.
no conhecimento da pesca de comunidades costeiras e
estuarinas do Maranhão e de Pernambuco. Atua há mais As ilustrações deste guia foram feitas por Eva Uviedo, assim como o projeto gráfico. As
de 10 anos no campo da arqueologia pública. Desde 2015 fotos, salvo indicadas, são de Debora Herszenhut. A primeira revisão foi feita por Pérola
desenvolve projetos culturais com ênfase na preservação Mathias, e a edição e revisão final do texto foi feita por Ronaldo Bressane.
e publicização do patrimônio arqueológico. Idealizador,
ao lado de Debora Herszenhut, do projeto Camboas Tupi, As atividades e o material deste guia foram elaborados e coordenados por Debora
em que atua como coordenador pedagógico e facilitador. Herszenhut e Mario Wiedemann.
www.projetocamboastupi.com.br
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Conflitos socioambientais e violações de PEREIRA, Maura Imazio & SCHANN Denise Pahl. A esquema de pesca de currais
GOVERNADOR DE PERNAMBUCO
Paulo Câmara
VICE-GOVERNADORA
Luciana Santos
SECRETARIA DE CULTURA
Secretário de Cultura | Oscar Barreto
H439
Herszenhut, Débora.
História de pescador: pequeno guia de educação
patrimonial / Débora Herszenhut; Mario Wiedemann;
ilustrações de Eva Uviedo. Olinda:Ed. dos Autores, 2022.
52 p.
ISBN: 978-65-00-54707-8
Realização: Patrocínio:
Neste guia, a pesca tradicional é
um dispositivo para pensarmos
esta referência cultural
enquanto patrimônio, elevando
as experiências e práticas de
comunidades a formas particulares
de construção de identidades e
tradições culturais muito antigas,
porém muito vivas na sociedade
brasileira. A ideia é sensibilizar o
público em relação à importância
da preservação e identificação
de nossos patrimônios culturais
de natureza imaterial, além de
estimular o desenvolvimento
de políticas públicas locais que
contribuam para a valorização e
preservação de tais saberes.