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CARTA AOS PROFESSORES 1

CULTURA MATERIAL E IMATERIAL 4


8
MEMÓRIA E AFETIVIDADE: CUIDAR PARA NÃO ESQUECER
ESPAÇO E TEMPO: UMA VIAGEM PELOS PONTEIROS 12
ME ORGANIZANDO POSSO DESORGANIZAR 16
ORALIDADE E ESCRITA: TEATRO COMO REGISTRO DA MEMÓRIA 21
PERSERVAR O MEIO AMBIENTE PARA CONSERVAR NOSSA CULTURA 26
DIREITOS HUMANOS E MEIO AMBIENTE 31
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS: CRIAR PARA TRANSFORMAR 37
REFERÊNCIAS 42
Olá! Que bom que esse material chegou até você! A jornada peda-
gógica que você está prestes a embarcar tem o objetivo de fazer
com que você conheça a história do Complexo Industrial de Suape
e a preservação do seu patrimônio cultural material e imaterial. O
material será utilizado pelas escolas locais e se utilizará de recursos
didáticos capazes de contribuir na formação dos jovens do Ensino
Fundamental a partir de uma metodologia participativa e integrada
às comunidades e às produções da Unesco/Suape nesse campo.
Serão tomados como referência os livros “Pacto por Suape Susten-
tável I e II” que abordam, por meio de um estudo minucioso, os pa-
trimônios materiais e imateriais das localidades próximas ao Com-
plexo Industrial Portuário de Suape, e visam a construir e consolidar
uma política de responsabilidade social, ambiental, educacional e
cultural, ampliando a capacidade institucional e de gestão das
ações para o desenvolvimento do complexo de Suape.

conheça os livros:

Pacto por Suape Sustentável I

Pacto por Suape Sustentável II

1
Que PergUnta É Essa, MeniNa?

VÓ, Tudo É CultUra?

A pRofeSsorA dIsse qUe CalmA, Rita, vOcê pOde


o mOdo dE pRepaRo dA cRiar cUltuRa, mAs aNtes
oUriçaDa é cUltuRa. Eu PossO FazeR pReciSa pEscaR o oUriço.
Uma ReceIta Nova
ViraR CultUra?
CULTURA MATERIAL E CULTURA IMATERIAL
Cultura Material e Imaterial são tipos de patrimônios que expressam a
cultura e especificidades de determinado grupo ou região do país.

A cultura material é constituída por elementos concretos, como constru-


ções e objetos artísticos. Já a cultura imaterial é associada a referências
subjetivas, como costumes e rituais.

CultUra MateRial CultUra ImatEriaL

Materiais, tangíveis. Espirituais, intangíveis.

Podem ser bens


móveis, como objetos Elementos intangíveis
O Que SÃO?

artísticos, vestimentas, como danças, literatu-


obras de arte, ou bens ra, linguagem, culiná-
imóveis, como edifica- ria, festas, esportes,
ções e sítios arqueoló- entre outros.
gicos.

Constituição Federal de Constituição Federal de


Leis

1988, artigos 215 e 216. 1988, artigos 215 e 216.

Centro Histórico de
No BrasIl
ExemPlos

Ouro Preto, Parque Na- Roda de capoeira, frevo,


cional Serra da Capivara, ofício de sineiro.
Cais do Valongo (RJ).

No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional


(IPHAN) é o responsável por zelar pelos patrimônios culturais materiais
ou imateriais do país. O IPHAN foi criado em 1937 e está vinculado ao
Ministério da Cultura, sua atribuição é conservar, difundir e velar os bens
culturais brasileiros, bem como garantir a continuidade e fruição desses
bens para a atual e as futuras gerações.

4
Você sabia que no território de Suape
existem patrimônios tombados?
cUrioS

id
O Parque Metropolitano Armando de Ho-

aDe
landa Cavalcanti (PMAHC) é um patrimô--
nio cultural tombado em nível estadual, em
seu território se encontra o conjunto históri-
co da Vila Nazaré, do século XVI. Dentro da Vila
está a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré e o Convento
Carmelita, tombados pelo Iphan e considerados patrimô-
nios históricos nacionais.

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Neste capítulo, aprendemos sobre as

AT I
diferenças entre patrimônios materiais e
imateriais, também conhecemos um
pouco sobre o Instituto do Patrimônio

VI
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Agora é hora de pôr a mão na massa e
pedir para que os(as) alunos(as) cons-
truam um glossário das manifestações

DA
culturais, que já foram e as que não
foram tombadas, existentes no municí-
pio. Um glossário permitirá que eles
conheçam e mantenham uma lista das

DE
manifestações, como um dicionário.
para saber mais

Políticas públicas culturais no Brasil:


dos patrimônios materiais aos imateriais

Maria Amelia Jundurian Corá

5
Vó, vOcê lEmbrA oNde
cOloqUei mInha bOnecA? Não lEmbrO, Rita!

Você lEmbrA oNde


dEixeI mInha eScovA dE NÃO!
cAbelO?

Vó, a sEnhoRa aNda Rita, eU só não eSqueço


mUito eSqueCida! o qUe é iMporTantE
lEmbrAr.
MEMÓRIA E AFETIVIDADE:
CUIDAR PARA NÃO ESQUECER

a memória cultural é algo que nos constitui enquanto sociedade,


pois nos garante acesso à ancestralidade, ou seja, é o que nos
torna pertencentes a uma determinada comunidade, ela é o fio
condutor que conecta nosso passado, presente e futuro.
As formas de manifestação e registros dessas culturas podem ser efeti-
vadas em textos, rituais, monumentos, celebrações, objetos, escrituras
sagradas.

Como vOcê rEgisTra Você lEmbrA dO mU-


sUas mEmórIas? nIcípIo aNtes dO Com-
Como pOdemOs rE- pLexo InduStriAl dE
gIstrAr aS mEmó- SuapE? O qUe mUdou?
rIas cOletIvas?

O Arraial de Nazaré do Cabo foi tomado


SidaD
io pelos holandeses em 1635. Com a sua
e
cUr

retomada pelos luso-brasileiros, em


1640, o senhor do Engenho Salgado,
Pedro Dias da Fonseca, iniciou a
reconstrução da capela, concluída nas
festas do Natal de 1648.
Após a expulsão dos holandeses, em 1654,
o terreno onde se ergueu a Capela de Nossa Senhora de Nazaré veio a
ser doado, em 1687, aos frades carmelitas do Recife que iniciaram, junto
ao templo, a construção de um pequeno convento.

8
�r�post� ��

AT I
Pensando em estratégias para registro
das memórias, propomos aos(as) edu-
candos(as) que construam uma “caixa
de memórias”. No primeiro momento,

VI
eles deverão resgatar, com a família e
vizinhos, histórias de tradições culturais
e, por meio de desenhos ou registros
escritos, colocar na caixa ao longo de

DA
um período determinado pelo(a) educa-
dor(a). A caixa de Memória pode ser
construída com uma caixa de sapato ou
uma caixa de papelão. Decore a caixa

DE
junto aos estudantes para que a ativida-
de se torne mais atrativa. Logo após o
término do período determinado
pelo(a) educador(a), a caixa deverá ser
aberta e os(as) alunos(as) poderão com-
partilhar as memórias por eles colhidas
ou poderão compartilhar de maneira
que cada um pegue uma memória do
colega e compartilhe. É importante o(a)
educador(a) propor a reflexão de que a
memória não é algo estático, ela sempre
se atualiza, conforme nossas experiên-
cias se relacionam com o objeto lembra-
do.
para saber mais

Afeto, memória, luta, participação


e sentidos de comunidade

Samira Lima da Costa


Carlos Roberto de Castro e Silva

9
eU já fUi pAra mUitoS
Vó, a sEnhoRa já vIajoU lUgarEs qUe só eXistEm nA
pAra mUitoS lUgarEs? mInha iMagiNação.

AqueLes Que Se AproXimaVaM


E Qual lUgar A SenhOra Da MinhA cUltuRa.
Mais GostOu, VÓ?
ESPAÇO E TEMPO:
UMA VIAGEM PELOS PONTEIROS

Q uem nunca quis viajar


no tempo, seja para
voltar e reviver uma
memória, seja para ver no futuro
a tentativa de mudar o rumo da
própria história. A humanidade
só conseguiu alcançar esse feito
por meio da ficção, mas nós, que
não somos super heróis, pode-
mos nos deslocar no tempo por
meio da literatura e das enciclo-
pédias, que nos permitem lem-
brar o passado na tentativa de
não repetir os erros no futuro.

Outro poder que muitos gosta- Sabemos que não podemos nos
riam de ter é o do teletransporte. teletransportar, mas, hoje, dife-
Estar em vários lugares em rente do passado, utilizamos a
fração de segundos, conhecer tecnologia para nos localizarmos
continentes e desfrutar de suas geograficamente e, quem sabe,
belezas naturais seria incrível. até caminhar por países que
Hoje, até possuímos meios de ainda não conhecemos. O
transportes velozes que nos google maps é uma ferramenta
conectam a várias regiões do que nos permite visitar locais
país e do mundo, mas nem sem sairmos da sala de aula. Que
sempre foi assim. Estima-se que tal experimentar essa ferramenta
o navegador espanhol Vicente e conhecer o Parque Metropoli-
Yañez Pinzón demorou 13 dias tano Armando de Holanda Ca-
para chegar às Américas e, mais valcanti (PMAHC) junto aos/às
precisamente, em um lugar que educandos(as)?
ele chamou de “Santa Maria de
la Consolación” . Para alguns his-
toriadores, esse lugar seria o
Cabo de Santo Agostinho.

12
O Parque Metropolitano Armando de Holan-
da Cavalcanti é uma área que compreende
cUrioS
a região das praias de Gaibu, Calhetas,

id
Paraíso e Suape, e que se destaca por sua

aDe
beleza natural, monumentos históricos e
formação geológica. A região é reconheci--
da como marco geológico mundial por ser o
ponto de ruptura do continente Gondwana,
dando origem ao Oceano Atlântico e aos continentes
do hemisfério sul.

�r�post� �� Os(as) educandos(as) deverão confec-

AT I
cionar um mapa da trajetória de sua
casa até a escola, identificando, por
meio das legendas, pontos de cultura
existentes no caminho de seu desloca-

VI
mento. Além disso, terão que construir,
de forma coletiva, um mapa do território
com os patrimônios culturais materiais e
imateriais já identificados no eixo 1.

DA
DE
para saber mais

A utilização dos mapas afetivos


como possibilidade de leitura do
território no CRAS

Diego Menezes Augusto


Maria Zelfa de Souza Feitosa
Zulmira Áurea Cruz Bomfim

13
Rita, mInha fIlha, vOcê já oRganIzou sEu qUartO?
É iMposSívEl eNconTrar qUalqUer cOisa nAqueLe qUartO!

AindA não!
mAs eU cOnsiGo eNconTrar
tUdo o qUe eU pReciSo, vó!

Sim, Rita, Às vEzes nOs eNconTramOs dEsorGani-


zAndo, mAs, tAmbém, oRganIzanDo eNconTramOs
o qUe tAnto pRocuRamoS.
E eU aCabeI dE aChar sUa bOnecA!
ME ORGANIZANDO POSSO DESORGANIZAR

o título deste capítulo é


inspirado na música “Da
Lama ao Caos”, do
cantor e compositor pernambu-
cano Chico Science, o principal
t
ambém nos remetemos a
coletivos que há décadas
lutam por um mundo
mais justo e igualitário, como é
o caso do Movimento dos Tra-
nome do movimento mangue balhadores Rurais Sem Terra
beat; um movimento de contra- (MST), que surgiu oficialmente
cultura. Ele era formado princi- em 1984, no Paraná, e que hoje
palmente por jovens que é o movimento responsável pela
usavam a música como uma maior produção de arroz orgâ-
forma de inclusão social e, por nico do Brasil e, durante a Pan-
meio dela, criticavam o abando- demia de covid-19, doou mais
no socioeconômico da região do de 7 toneladas de alimentos
mangue. Em uma outra canção, para o público de baixa renda.
intitulada “Monólogo ao Pé de Movimentos como o MST nos
Ouvido”, Chico Science diz a provam que a luta coletiva
seguinte frase: “o homem coleti- tende a nos fazer colher frutos
vo sente a necessidade de lutar”; de maneira mais assertiva e
a partir dessa frase podemos consciente, nos provam também
lembrar do ditado popular “a que a força do coletivo pode se
união faz a força”. transformar em uma capaz de se
espalhar pelo Brasil e ter impac-
to na vida de centenas de brasi-
leiros.

16
Uma festa que simboliza a luta do coletivo pela manutenção da preserva-
ção ambiental e subsistência de uma comunidade é a Festa da Ouriçada,
que acontece na praia de Suape a 70 anos e se mistura em uma devoção
sincrética com a devoção a Santa Luzia. A festividade tem como objetivo
a preservação do ecossistema estuarino e do bioma do manguezal e é
fonte de renda e de soberania alimentar das marisqueiras e pescadores
artesanais de Suape-PE.
Hoje, a festividade precisa ser fortalecida, pois, por conta de um projeto
de uma mineradora, encontra dificuldades no diálogo com agentes pri-
vados, que inclui a construção de um Terminal de Uso Privado (TUP) na
ilha, a fim de escoar o minério de ferro extraído no Piauí.

Podemos até ser fortes quando lutamos sozinhos, porém somos imbatí-
veis quando estamos com a força do coletivo. O coletivo também serve
para que possamos preservar a memória e construir gerações de multi-
plicadores, afinal de contas o que seria do Bloco Catraias de Suape sem a
força do do coletivo que a anos passa de geração em geração a tradição
do bloco. Quem luta sozinho pode cair no esquecimento, mas quem luta
no coletivo para sempre será lembrado e é por isso que juntos seremos
sempre mais fortes.

O qUe vOcê eNtenDe Para vOcês, qUais


pOr gEstão dEmocRá- pRátIcas cAracTeri-
tIca? zAm uMa gEstão dE-
mOcrátIca?

Para vOcê qUais são oS mAiorEs dEsafIos dE


tRabaLhar eM cOletIvo?

17
�r�post� �� O(a) educador(a) deverá dividir as

AT I
turmas em grupos para a apresentação
de um seminário. A fonte de pesquisa
para o seminário será o glossário cons-

VI
truído no eixo 1. Cada grupo deverá
escolher um patrimônio para apresen-
tar, inclusive trazendo novas curiosida-
des. Os(as) educandos(as) devem ser
motivados a prepararem as apresenta-

DA
ções em um formato criativo, podendo
utilizar de vídeos, slides e quem sabe até
confeccionar uma paródia sobre o tema

DE
a ser apresentado.
para saber mais

A História da luta pela terra

18
Vó, a sEnhoRa já
tEve uM dIárIo?

Sim, Rita! Já tIve mUitoS


e gUardO tOdos.

MemórIas, mInha fIlha. MemórIas qUe não


E o qUe tAnto a pOdem sEr eSqueCidaS. No mOmenTo cErto vOcê
sEnhoRa eScreVia? vAi lEr. AfinAl dE cOntaS, mEmórIas são fEitaS
pAra sErem cOmpaRtilHadaS.
ORALIDADE E ESCRITA:
TEATRO COMO REGISTRO DA MEMÓRIA

a
comunicação repre- Até os dias de hoje, estudiosos
senta, talvez, o fenôme- não chegaram a um consenso se
no mais importante do os primeiros habitantes da terra
ser humano. Fazer-se compre- se comunicaram por grunhidos
endido quando falamos e escre- ou por gestos, porém os regis-
vemos é a função principal da tros mais antigos de comunica-
linguagem. ção escrita datam de 40 mil anos
Para isso, primeiro aprendemos e surgiram por meio das pinturas
a fala, por meio do convívio rupestres, uma escrita sistemati-
com nossos semelhantes, pos- zada surge apenas 3.500 a.C.
teriormente somos ensinados a quando os sumérios desenvolve-
escrever, o que geralmente ram a escrita cuneiforme, no
ocorre a partir de um método intuito de registrar o cotidiano e
de escolarização. A fala e a os acontecimentos políticos da
escrita fazem parte do nosso época, assim como os egípcios
cotidiano e possuem variações com os hieróglifos. Para se
de acordo com o espaço de comunicar, a humanidade usou
comunicação que estamos atu- paredes de cavernas, argila,
ando. papiro, pergaminho, máquina de
escrever, computadores, celula-
res.

Os livros Pacto por Suape Sustentável I e II corroboram a ideia da escrita


como forma de registro e manutenção da memória, pois comunicam
fatos históricos e culturais da região permeada pelo Complexo Industrial
de Suape, mas, antes do registro escrito, a escuta dos moradores da
comunidade serviu como fonte de pesquisa, isso prova que oralidade e
escrita registram e fazem com que a cultura local passe de geração em
geração.
Já sabemos que as formas de registros podem ser variadas e que
também evoluíram com o passar do tempo, elas se desenvolveram de tal
forma que os gêneros textuais servem de suporte quando queremos nos
comunicar de diferentes maneiras.

21
O texto teatral ou dramático, em sua maioria, pertencem ao gênero nar-
rativo, são textos que ganham vida por meio da encenação, ou seja, no
teatro, escrita e oralidade andam de mãos dadas. O texto dá vida a per-
sonagens que, por sua vez, dão voz ao texto. Para a produção e identifi-
cação do texto teatral é preciso estar atento a algumas características,
são elas:

GênEro nArraTivo

TextOs eNcenAdos

DiscUrso dIretO

DiálOgo eNtre pErsoNageNs

CenárIo, fIgurIno e sOnopLastIa

AtorEs,
pLatéiA e
pAlco

AusênCia dE nArraDor

LingUageM cOrpoRal e gEstuAl

22
Você já ouviu falar do Grupo Cultural
SidaD Santo Agostinho?
io

e
cUr
Da necessidade de dar apoio a várias
expressões da cultura da comunidade
local nasceu o Grupo Cultural Santo
coor-
Agostinho[...] De acordo com o coor
denador da associação, José Rildo Plínio
da Silva, mais conhecido por Guega, um de
seus fundadores, tudo começou quando a comunidade quis elaborar um
teatro para a Igreja de Nazaré. O primeiro espetáculo encenado foi ‘O
atual-
nascimento de Jesus’. O Grupo Cultural Santo Agostinho responde atual
mente pelo Pastoril Estrela Guiada, Bloco Catraias de Suape e Quadrilha
Brigões de Suape.

�r�post� ��

AT I
Os(as) educandos(as) irão colher, das
lideranças comunitárias, as tradições e
festividades que permeiam a história da
comunidade local. Para essa atividade é
interessante que o(a) aluno(a) pesquise

VI
mais de uma fonte, colha o relato e pro-
duza um texto de gênero narrativo. Em
seguida os(as) estudantes serão apre-
sentados ao texto teatral e suas caracte-

DA
rísticas. A escrita, que antes era narrati-
va, será transformada em um texto tea-
tral. Os(as) educandos(as) interpretarão
as personagens reais. O texto ganhará

DE
cenário, som e figurino, e as histórias
serão registradas no teatro da memória.
para saber mais

Teatro na escola: considerações a partir


de Vygotsky

Maria Eunice de Oliveira


Tania Stoltz

23
MinhA fIlha, qUandO uM dIa eU pArtiR
qUero qUe vOcê cUide dAs mInhaS pLantAs.

Vó, qUe hIstórIa é


eSsa? A sEnhoRa
nUnca vAi mOrreR!

RealMentE, Rita, eU não vOu mOrreR, vOu


cOntiNuar eXistIndo cOm a nAturEza,
mInhaS mEmórIas sErão rAízEs qUe iRão tE
fAzer cRescEr!
PRESERVAR O MEIO AMBIENTE
PARA CONSERVAR NOSSA CULTURA

a visão do homem branco para com meio ambiente,


como delimitação de território, passou a ser concebida
pela ideia de propriedade privada, mas, para os povos
indígenas, essa visão é mais profunda, porque a terra possui
uma relação com o sagrado, a natureza é uma extensão do
corpo e por isso o direito dos povos originários antecede a con-
cepção de propriedade privada. Ainda assim, por meio da força
e do extermínio dos povos indígenas, pudemos perceber, ao
longo de séculos, que a ideia do lucro e do individualismo
sobrepõe o bem-estar social e, cada vez mais, nos deparamos
com a expansão de grandes obras em lugares inapropriados e
sem nenhum diálogo com a comunidade local.

O Porto de Suape, que surgiu na década de 70, surgiu como um


empreendimento envolto em polêmicas. O megaempreendi-
mento de 13.500 hectares, entre os Municípios de Ipojuca
e do Cabo de Santo Agostinho, veio com a proposta de gera-
ção de emprego e renda, porém, de acordo com o Fórum
Suape, o porto foi responsável pela remoção de 20 mil pessoas,
e hoje são menos de 7 mil morando no local.

26
a s obras tiveram impacto
inicial no fornecimento
de água, os materiais
dragados eram despejados no
mar, contaminando regiões de
Um outro caminho que pode mi-
tigar os impactos do Complexo
Industrial de Suape no cotidiano
da comunidade é a consolidação
de práticas educativas como
pesca e mariscagem. Em relató- “Pacto por Suape Sustentável I e
rio produzido pela Plataforma II”, instrumentos que promovem
Dhesca, constata-se que o pro- um olhar acerca dos patrimônios
cesso de expansão do porto materiais e imateriais pertencen-
contribui para a migração de tes ao Complexo. Os livros
moradores locais para espaços buscam registrar e documentar
periféricos da cidade de Ipojuca fatos históricos e personagens
e do Cabo de Santo Agostinho, importantes dentro da comuni-
esse crescimento populacional, dade como: a festa do Bom
em algumas regiões, por sua Jesus dos Passos, festa da ouri-
vez, gerou um ciclo de desigual- çada, a festa de São Pedro.
dade, tendo em vista que as Também são apresentados as
cidades não estavam prontas edificações do Parque Metropo-
para essa expansão. litano Armando de Holanda Ca-
No mesmo relatório feito pela valcanti, a casa de farinha da
Dhesca são apontadas soluções barra, o convento carmelita, a
que visem a diminuir o impacto igreja de Nazaré, a capela de São
do porto na vida da comunida- Gonçalo do Amarante e a casa
de local e da biodiversidade do faroleiro. As formas de
presente naquele espaço. O expressão também são contem-
reassentamento das famílias pladas por meio do Bloco Baca-
seria uma das soluções, além de lhau do Rubem, Bloco Catraias
uma maior autonomia dos de Suape, Blocos Os Cabulosos
órgãos de controle nos proces- de Gaibu, Quadrilha Brigões de
sos de expansão do Porto. Suape e o Grupo Cultural Santo
Agostinho.

Você conhece a Reserva Ecológica Mata


cUrioS
do Zumbi?
id
aDe

Situada às margens da PE - 28, a Reserva


leva às praias de gaibu, calheta, Suape e
diversos outros pontos referenciais do Cabo
de Santo Agostinho. A reserva possui uma área
total de 292,4 hectares e faz parte do Bioma Mata Atlântica
e está sob o domínio do Complexo Industrial Portuário de
Suape.

27
�r�post� ��

AT I
Que tal fazer uma visita dirigida ao
Parque Metropolitano Armando de Ho-
landa Cavalcanti?
A visita dirigida pode se mostrar um ins-

VI
trumento pedagógico potente, pois, no
contato mais próximo com o objeto de
estudo, o(a) educando(a) pode desen-
volver um olhar mais crítico e apurado

DA
da realidade a sua volta. Que tal fazer
uma visita dirigida em que os(as) edu-
candos(as) sejam os protagonistas? Para
essa atividade, os(as) educandos(as) de-

DE
verão estudar os espaços de conserva-
ção do Parque Metropolitano Armando
de Holanda Cavalcanti e apresentar para
seus colegas, durante a visitação,
pontos como: o Forte Castelo do Mar, o
Antigo Quartel, a Bateria de Calhetas e a
Casa do Faroleiro. A ideia é que os(as)
educandos(as) sejam guias de uma
visita que irá fortalecer o vínculo deles
com a comunidade.
para saber mais

GESTÃO DE UNIDADES DE CONSERVA-


ÇÃO NO ESTADO DE PERNAMBUCO - Os
Parques de Papel: estudo de caso Mata
do Zumbi

Bruno Augusto de Souza Aguiar

28
Vó, pOrquE mUitaS vEzes MinhA fIlha, tEm mUita
nOssoS dIreiTos não são gEnte nEsse mUndo qUe só
rEspeItadOs? pEnsa eM sI.

iNfelIzmeNte, o iNdivIdua-
lIsmo fAz cOm qUe mUitaS
vEzes o eSpaço dO oUtro
não sEja rEspeItadO.

E cOmo a gEnte fAz SabeNdo oS nOssoS dEverEs e


pAra aCabaR cOm iSso? aCredItanDo qUe lUtar pOr
dIas mElhoRes é uM dIreiTo
hUmanO.
DIREITOS HUMANOS E MEIO AMBIENTE

é
possível sentir, em nosso O avanço agressivo de uma cul-
cotidiano, os impactos tura individualista e materialista
das mudanças climáticas. baseadas no consumo desen-
A forma destrutiva com freado e no acúmulo de rique-
que o ser humano vem se rela- zas podem ser consideradas
cionando com a natureza tem fatores primários para o colapso
causado um desequilíbrio am- que o planeta terra enfrenta,
biental, chuvas torrenciais em afinal de contas estamos produ-
épocas não previstas, crise zindo lixo a cada momento que
hídrica por ausência de chuva, consumimos sem consciência, e
queimadas causadas pelo clima gerando riqueza sem responsa-
seco de algumas regiões. A sen- bilizar grandes empresas por
sação é que o planeta terra se toda produção de material não
encontra de cabeça para baixo. reciclável.
Um levantamento feito pelo Mi- O processo de gentrificação,
nistério da Saúde e divulgado que consiste na transformação
em 2019 apontou que o número das áreas urbanas, gerando seu
de mortes, em decorrência da encarecimento e ampliando
poluição atmosférica, aumentou segregação socioespacial nas
14% em dez anos. Nesse perío- cidades, também é um fator que
do, o número de óbitos por Do- contribui para desastres am-
enças Crônicas não Transmissí- bientais, inclusive causando
veis (DCNT) passou de 38.782 perdas de vidas humanas, que
em 2006 para 44.228 mortes em em sua grande maioria são pes-
2016. soas pobres, residentes de
morros e encostas. Segundo a
Confederação Nacional de Mu- Mu
nicípios (CNM), só nos 5 primei-
primei
ros meses de 2022, 457 pessoas
morreram em desastres causa-
causa
dos pelo excesso de chuva no
Brasil.

31
A construção do Complexo Industrial de Suape impactou diretamente a
biodiversidade da região em que foi construída e, consequentemente, a
subsistência dos pescadores e marisqueiros. A construção do empreen-
dimento sem um olhar voltado para o meio ambiente causou danos irre-
cuperáveis.

O que hoje se cobra de grandes empresas é uma responsabilização para


com o socioambiental na tentativa de mitigar os danos já causados e,
consequentemente, frear o processo de aquecimento do planeta terra.
Pensando nisso, a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou 17
diretrizes para que os 193 países membros cumpram até 2030. Os “Obje-
tivos de Desenvolvimento Sustentável” (ODS), como assim são chama-
dos, buscam promover um desenvolvimento sustentável global até
2030.

32
Esses são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que tratam dire-
tamente da preservação de recursos naturais e visam à redução significa-
tiva do número de afetados por desastres naturais até 2030:

ODS 12 ODS 13
Consumo e produção responsá- Ação contra a mudança global
veis: assegurar padrões de pro- do clima: tomar medidas urgen-
dução e de consumo sustentá- tes para combater a mudança
veis. climática e seus impactos.

ODS 14 ODS 15
Vida na água: conservação e uso Vida terrestre: proteger, recupe-
sustentável dos oceanos, dos rar e promover o uso sustentá-
mares e dos recursos marinhos vel dos ecossistemas terrestres,
para o desenvolvimento susten- gerir de forma sustentável as
tável. florestas, combater a desertifi-
cação, deter e reverter a degra-
dação da Terra e deter a perda
ODS 16 da biodiversidade.

Paz, justiça e instituições efica-


zes: promover sociedades pací-
ficas e inclusivas para o desen- ODS 17
volvimento sustentável, propor- Parcerias e meios de implemen-
cionar o acesso à justiça para tação: fortalecer os meios de
todos e construir instituições implementação e revitalizar a
eficazes, responsáveis e inclusi- parceria global para o desenvol-
vas em todos os níveis. vimento sustentável.
desertificação, deter e reverter a
degradação da Terra e deter a
perda da biodiversidade.

Preservar o meio ambiente é preservar a vida humana e sua dignidade, é


possibilitar que todos tenham acesso a saneamento básico, à água potá-
vel, à moradia, à alimentação saudável, e garantir que os direitos huma-
nos sejam respeitados.

33
�r�post� ��

AT I
As imagens correspondem à forma
como vemos e pensamos o mundo que
está à nossa volta. Registrar, por meio
de fotografias, o que um piscar de olhos
não pode imprimir, é conservar em

VI
forma de objeto uma memória. Pensan-
do nisso, a proposta de atividade do

DA
eixo 7 será a criação de uma “Mostra de
Fotografia e Direitos Humanos”. O(a)
educador(a) apresenta aos(às) educan-
dos(as) a “Agenda 2030” da ONU e os
Objetivos de Desenvolvimento Susten-
tável que tratam diretamente da preser-

DE
vação de recursos naturais. Em seguida,
os(as) educandos(as) serão convidados
a refletir se esses objetivos estão sendo
cumpridos ou não nos espaços que o(a)
educando(a) frequenta. Após essa refle-
xão, deverão realizar registros do coti-
diano em que percebem se o direito
humano está sendo respeitado ou viola-
do. As fotografias poderão ser impres-
sas para exposição na escola ou pode-
rão ser apresentadas de forma digital
em sala de aula.
para saber mais

A proteção do meio ambiente na Decla-


ração Universal sobre Bioética e Direitos
Humanos

José Roque Junges

34
Que lIndo, mInha fIlha! mAs
vOcê qUer tRansFormAr o
qUê?
Vó, mEu sOnho é tRansFormAr
o mUndo!

QuerIa vIver nUm mUndo mAis Eu aCredIto qUe tOdos oS


jUsto, oNde pReseRvamOs a nA- dIas cRiamOs eSse mUndo
tUrezA e tOdos são tRataDos pAra qUe uM dIa eLe pOssa
cOm rEspeIto! sEr tRansFormAdo.
ALTERNATIVAS SUSTENTÁVEIS:
CRIAR PARA TRANSFORMAR

o
mundo hoje passa por
um um processo de
transformação, pode-
mos perceber a sociedade
cobrando mais responsabilida-
o que muitas vezes se
critica em eventos como
esse é que as ações não
saem do papel e, consequente-
mente, deixam os países mais
des dos setores público e priva- pobres desprotegidos das con-
do na busca por soluções sus- sequências do super aquecimen-
tentáveis que evitem um colapso to do planeta Terra. Diante desse
ainda maior do planeta Terra. fator, cabe aos movimentos
A COP 27, reunião anual da sociais a cobrança pela imple-
Conferência das Nações Unidas mentação e fiscalização das polí-
sobre a Mudança do Clima, tem ticas públicas ambientais. Uma
por objetivo discutir fatores, das políticas que busca se efeti-
como a redução do desmata- var no Brasil é a da reforma agrá-
mento, transição energética, ria, a qual consiste em alcançar
adoção de práticas sustentáveis as diversas famílias que precisam
pelo agronegócio e auxílio aos de um pedaço de terra para cul-
países menos desenvolvidos. tivar seu alimento. Seria basica-
mente a redistribuição mais justa
da terra, que iria contribuir com
o sustento do pequeno agricul-
tor, além de deslocar as famílias
que vivem em áreas de risco para
moradias mais seguras.

Os movimentos sociais, especialmente os movimentos sociais populares,


são entendidos como forças sociais e correntes de opiniões e proposi-
ções sobre/para o conjunto social que, atuando nos mais diferentes âm-
bitos das problemáticas humanas, geram processos de transformação
social e garantem sua autonomia em relação ao Estado e aos Partidos,
pela orientação social de sua ação que incide sobre as mentalidades e
práticas cotidianas. Segundo Proud’ Homme (1993:102), “a eficácia de
sua ação política corresponde a sua capacidade flexível de formular pu-
blicamente problemas sociais e fazer que sejam traduzidos em decisões
políticas. Assim, a existência ou a criação de canais para a circulação das
demandas sociais influirá sobre o fortalecimento dos movimentos sociais
na medida em que permita a inovação institucional”. (SOUZA, 2007)

37
“Grandes organizações coletivas de alcance regional, nacional, interna-
cional que tem como objetivo unir, organizar e mobilizar diferentes seg-
mentos da sociedade em busca ora de reivindicar políticas sociais pontu-
ais ora de lutar por um projeto alternativo de sociedade”. (CALLADO,
2006)

CaraCterísTicaS dOs MoviMentOs SociAis

Articular segmentos específicos de determinada sociedade (unir os


sujeitos sociais);
Mantém os protagonistas mobilizados;
Investimento com a organização;
Faz análise de conjuntura;
Inquietação pelo processo formativo.

TipoS dE MoviMentOs SociAis

Nem todo Movimento Social é popular;


Quanto à espacialidade (campo, urbano, nacional, internacional);
Quanto aos fins: reivindicatórios (gênero, ecologia, etnia, etária) e macro
social.

Os Movimentos Sociais Populares, na versão Gohn (1992: 43), são formas


renovadas de educação popular. Eles ocorrem [...] através dos princípios
que fundamentam programas de educação popular, formulados por
agentes institucionais determinados”. Referindo-se especificamente aos
Movimentos Sociais Populares na América Latina, Souza situa esses mo-
vimentos como correntes de opinião e forças sociais: “Enquanto corren-
tes de opinião aproximam-se por idéias e sentimentos semelhantes. São
grupos de pessoas, com posicionamento político e cognitivo similar, que
se sentem parte de um conjunto, além de se perceberem como força
social capaz de firmar interesses frente a posicionamentos contrários de
outros grupos” (Souza, 1999: 38).

38
Você fAz Ou JÁ fEz pArte dE aLgum mOvi-
mEnto sOciaL?

QuaiS aS lInhaS dE aTuação dAs OrgaNizaçõeS e


MoviMentOs SociAis eXistEnteS eM sUa cOmu-

Qual a cOntrIbuição dOs MoviMentOs SociAis nA dIs-


cUssão, iMplaNtação e cOntrOle dE PolítIcas PúbLicaS
(lOcal, eStadUal e nAcioNal)?

As organizações da sociedade civil con-


SidaD tribuem para a implementação de
io ações que visam ao desenvolvimento
e
cUr

de uma sociedade mais justa


O Serta – Serviço de Tecnologia
Alternativa – é um exemplo de orga-
nização que formam pessoas para
atuarem na transformação das circuns-
tâncias econômicas, sociais, ambientais, culturais e
políticas e na promoção do desenvolvimento sustentável, com foco no
campo. A organização foi fundada em 1989 a partir de um grupo de
agricultores, técnicos e educadores que desenvolviam, em comunidades
rurais, uma metodologia própria para a promoção do meio ambiente,
para a melhoria da propriedade e da renda, utilizando-se de tecnologias
apropriadas. Desde sua origem, o Serta teve como foco o desenvolvi-
mento e reconhecimento da importância da agricultura familiar para a
sociedade.
conheça o SERTA

39
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Dividir a turma em pequenos grupos

AT I
que irão realizar uma pesquisa de quais
movimentos sociais existem no territó-
rio. Após a identificação, elaborar as

VI
perguntas comuns para os diferentes
grupos. Realizar entrevistas com as lide-
ranças desses movimentos. Organi-
zar/planejar visitas às sedes, considerar

A
os diferentes registros: entrevista a

D
representantes, documentário filmado
e/ou fotografado, levantamento de do-
cumentação, e ao final organizar sua

DE
síntese para apresentar na turma.
Pode-se, também, realizar, para toda a
comunidade escolar, uma roda de diálo-
go com a participação de representan-
tes dos movimentos sociais pesquisa-
dos, na perspectiva de socializar, divul-
gar suas atuações e aprofundar o
debate.
para saber mais

Movimentos sociais e educação am-


biental: um estudo sobre teses e dis-
sertações brasileiras

Larissa Nobre Magacho


Rosa Maria Feiteiro Cavalari

40
Você sAbe o qUe é uMa cOmpoSteiRa?
Nessa atividade bônus iremos colocar a mão na massa e
produzir uma composteira utilizando garrafas pets, mas
antes disso precisamos entender a importância do proces-
so de compostagem.
O processo de compostagem é basicamente a reciclagem
do lixo orgânico, é a matéria orgânica encontrada no lixo e
transformada em adubo natural, que pode ser usado em
jardins e plantas, substituindo o uso de produtos químicos,
evitando que o lixo orgânico vá para os aterros sanitários.
Esse processo contribui, também, para a diminuir a emis-
são de gás metano (gás produzido durante a decomposi-
ção de restos orgânicos em local inapropriado e que causa
o efeito estufa) e a contaminação de solos e lençóis freáti-
cos que ocorre devido ao chorume.

Agora que sabemos a importância do processo de com-


postagem, vamos produzir nossa própria composteira?

Composteira de Garrafa PET (HÚMUS


E CHORUME)

Varanda Orgânica

Conheça o Cepagro, uma organização dedicada


a promover a agroecologia em comunidades
rurais e urbanas por meio de articulações em
redes, incidência política, comunicação, educa-
ção; referência no trabalho com compostagem
no Estado de Pernambuco.

41
ALGO MAIS. Mais um passo dado para o Parque Metropolitano Ar-
mando de Holanda Cavalcanti. Algo mais, 2022. Disponível em:
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REVOLUÇÃO DOS BALDINHOS. Revolução dos baldinhos - conhe-


cendo a compostagem.
YouTube, 2018. Disponível em: https://youtu.be/XJ5nCGtdgc0

44

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