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LICENCIATURA EM: ARTES VISUAIS

PRÁTICA DE ENSINO: OBSERVAÇÃO E PROJETO (PE:OP)

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2
PROJETO DE TRABALHO - APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM
AMBIENTE NÃO ESCOLAR

URIEL CRISTOVAM RIBEIRO - RA: 2291911


PARAGUAÇU AGUIAR DOS SANTOS - RA: 2291911

Polo: UNIP EAD - R. São José, 743 - Centro, RIBEIRÃO PRETO - SP


2022
URIEL CRISTOVAM RIBEIRO e PARAGUAÇU AGUIAR DOS SANTOS

PROJETO DE TRABALHO - APROVEITAMENTO PEDAGÓGICO DE UM


AMBIENTE NÃO ESCOLAR
Herança dos nossos antepassados

Trabalho apresentado no curso de


graduação da Universidade Paulista, da
cidade de Ribeirão Preto.

Orientadora: Juliana Souza

RIBEIRÃO PRETO
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO: ______________________________________________________ 4

2. OBJETIVOS _________________________________________________________ 5

3. INFLUENCIA INDÍGENA NA LINGUA PORTUGUESA ___________________ 6

4. ARTE INDÍGENA ____________________________________________________ 7

5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS _______________________________ 8

6. AVALIAÇÃO _______________________________________________________ 11

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ___________________________________________ 11


1. INTRODUÇÃO:

A Educação, junto com a modernidade, se apresenta de maneiras a envolver o ser humano


a ponto de ter seus costumes e particularidades, seus conceitos e crenças modificados. Não
somente a si próprio, mas também ao grupo a qual pertence, levando a adotar uma nova forma
de ver e perceber o que está ao redor. Essa forma transformadora tem influenciado mentes a
manifestar o senso crítico, a analisar situações e desenvolver sentimentos que levam a ações
apreciativas ou não.

A tecnologia passa a ser usada como uma ferramenta de acesso a essas informações, e a
auxiliar na busca desse saber. Contribui também para uma formação, não só pessoal, mas
também social, visando o bem comum e sua preservação.

O pensar nos nossos antepassados que estiveram na América do Sul (em especial no
Brasil), traz para a modernidade uma conscientização de que tudo o que se tem, é devido a
nossos antepassados ter nos deixado uma rica herança.

A escolha da Casa da Cultura: ‘’Geraldo


Meira Silva’’ - rua Capitão Reis 05, centro,
Serra Azul - pode vir a colaborar na busca em
conhecer esta herança por apresentar uma
exposição de livros antigos e um Tele Centro
Comunitário de Inclusão Digital que pode
facilitar numa pesquisa com agilidade. E por
esta casa já ser frequentada por alunos
destacamos os estudantes do ensino fundamental II da escola: PEI EE Francisco Ferreira de
Freitas. […] é possível inferir que espaço não-formal é qualquer espaço diferente da escola
onde pode ocorrer uma ação educativa. (JACOBUCCI, p.56)

O que está posto na atualidade é um passado histórico também com valores humanos. E
essa modernidade, por mais inovadora que seja, não anula o fato de que o passado está
continuamente envolvido na realidade atual e que as heranças deixadas por nossos
antepassados estão postas como evidencias reais a transmitir esse legado, através do
conhecimento, a gerações futuras porque a perda dessas heranças pode ser o ponto final dessa
história.

Tal herança está no cotidiano de todos, expressadas nas palavras usadas, no instinto que se
tem em preservar a natureza, na conscientização que ser unidade é um bem que favorece a
todos. Os índios mais antigos, que habitavam o Brasil lançaram para a modernidade um
grande legado informativo de vivência e costumes que não pode ser perdido por fazer parte do
processo de desenvolvimento e bem-estar. Está nos ornamentos das vestimentas dos
antepassados associações sobre maneiras de convivências, métodos de sobrevivência; está nas
tramas e desenhos de suas peças de artesanato um senso de continuidade e semelhanças; no
seu cuidado com o corpo e mente; nas canções musicais e danças como respeito pela vida e
pelo clima.

O que está posto na atualidade é um passado histórico também com valores humanos. E
essa modernidade, por mais inovadora que seja, não anula o fato de que o passado está
continuamente envolvido na realidade atual e que a herança deixada por nossos antepassados
está posta como evidência real a transmitir esse legado, através do conhecimento, a gerações
futuras porque a perda dessas heranças pode ser o ponto final dessa história.

A degradação e a negligência dessa herança podem acarretar consequências futuras. A


convivência dos nossos índios mostra um estilo de vivência funcional, e reconhecer, ter esse
contato através da pesquisa é uma forma concreta desses valores não se perderem

2. OBJETIVOS

1.1. OBJETIVOS GERAIS:


Levar os estudantes da PEI EE Francisco Ferreira de Freitas a pensar sobre a herança
dos nossos antepassados, os índios nativos do Brasil, e que estão dispostos a várias línguas e
etnias diferentes. Reconhecer esta herança e identificá-las no cotidiano; como palavras,
alimentos, hábitos, símbolos, na trama das confecções de cestas e cintos; e através de questões
desenvolvidas que possam abordar esses assuntos. E num ambiente não escolar; em destaque
a Casa da Cultura Geraldo Meira Silva, promover interação. Estabelecer a Geografia, Artes
Visuais e História como disciplinas a conduzir esse trabalho e introduzir a pluralidade, meio
ambiente e ética como temas transversais.

1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Descobrir palavras que estiveram no vocabulário dos índios antigos que também
fazem parte do vocábulo atual.
• Mostrar seus hábitos, costumes e o relacionamento com a natureza.
• Levar ao questionamento de como se relacionavam entre si e com as outras tribos.
• Entender os significados dos símbolos e associar com os relacionamentos do
cotidiano.
• Fazer comparações dos costumes e relações dos povos antigos com os modos de
relacionamentos atuais.
• Perceber que as manifestações culturais indígenas estão presentes no nosso país. Seja
pela dança, linguagem, culinária e vestuários.

Nosso objetivo é pesquisar sobre modos de vida dos índios através dos livros,
visualizando peças de vestimenta e artefatos; pela Internet vídeos musicais podem levar a
descobertas e conscientização perpétua deste assunto. E dessa forma elaborar um meio
para a disseminação das culturas indígenas.

3. INFLUENCIA INDÍGENA NA LINGUA PORTUGUESA

Os povos que mais influenciaram nossa cultura foram os Tupi-guarani, principalmente


ao que tange a língua Portuguesa, trazendo para ela muito dos nomes, palavras, jargões e
expressões usadas diariamente até hoje, as vezes sem nem se dar conta de sua origem, como
por exemplo:
Abacaxi, Acre, Amapá, amendoim, açaí, aipim, Anhembi, Aracaju, Araguaia,
Araraquara, araponga, araçá, arara, Araxá, Avaré, caatinga, caju, capim, carijó, Ceará,
Copacabana, babaçu, beiju, biboca, caboclo, caipira, canoa, capenga, carioca, Goitacá,
guri, guarani, Guaratinguetá, Iguaçu, Ipanema, Ipiranga, Itajubá, Iracema, Itu, Iguaçu,
jacaré, jabuticaba, jiboia, jabuti, jururu, lambari, mandioca, pajé, Pará, Paraíba, Paraná,
pereba, Pernambuco, Piauí, pitanga, pindaíba, Saci, Roraima, Sergipe, tamanduá, tatu,
tapioca, Tocantins, urubu, xará, xavante […]

4. ARTE INDÍGENA

Facilmente se percebe o quanto que os indígenas influenciaram a arte. Pinturas corporais,


cerâmica, ornamentos, símbolos etc. Sendo eles responsáveis pela elaboração de muitos
princípios artísticos até hoje estudados e usados, como por exemplo os diversos padrões
ornamentados Indígenas. Vejamos alguns exemplos encontrado na fonte:
https://www.todamateria.com.br/arte-indigena-brasileira/ - Laura Aidar, Arte-educadora e
Artista Visual.

1.1. MÁSCARAS

MÁSCARAS: Geralmente feitas com cascas


de arvores, cerâmica (exclusiva dos índios de
etnia Mati), cabaças e palha. Também podem
ser vistas com plumagens (outro objeto muito
usado de forma artística nas tribos de todo o
Brasil). As máscaras são costumeiramente
usadas em ritos cerimoniais. Segundo Laura
Aidar: “Um exemplo é a tribo dos Karajá, que
usa das máscaras nas danças do Aruanã para

Máscara indígena que faz parte do acervo do


Museu de Arte Indígena (MAI), inaugurado em
2016 em São Paulo
representar heróis que conservam a ordem mundial.”

1.2. CESTARIA

Os cestos eram produzidos para diversas finalidades domésticas. Segundo Laura Aidar:
Os tipos mais comuns de utensílios são:

• Cestos-coadores - para coar líquidos;


• Cestos-tamises - para peneirar farinha;
• Cestos-recipientes - para guardar diferentes materiais;
• Cestos-cargueiros - para transportar cargas.

Podemos observar que os ornamentos e padrões


indígenas, principalmente nas Cestarias e Tapeçarias
atendem a quase todos os princípios de Gestalt, que não
foram estudados e reconhecidos teoricamente, mas
foram passados de geração a geração. Que se estudados
desde cedo, podem auxiliar a desenvolver um enorme
senso artístico no aluno. Alguns desses princípios são:

Segregação: Facilmente notamos os padrões maiores na fileira central do cesto em relação as


outras

Continuidade: Todas as fileiras seguem um padrão contínuo.

5. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

1.1. AMBIENTE E PUBLICO ALVO:

Por ter um ambiente significativo para essa proposta, a escolha da Casa da Cultura
Geraldo Maia envolve nos objetivos propostos e por proporcionar uma perspectiva
pedagógica maior que nos outros ambientes não-formal. Por estar localizada no centro da
cidade de Serra azul, é um local de fácil acesso e situada bem próxima da escola mencionada.
De ambiente arejado, organizado de forma a atrair adolescentes como frequentadores pode
proporcionar uma experiência de pesquisa marcante e agradável.
Da PEI EE Prof. Francisco Ferreira de Freitas, há um público grande de alunos do
6º ao 9º ano. E por esse tema - herança dos nossos antepassados - ser de fundamental
importância, temos como público, esses estudantes.

1.2. DISCIPLINA, CONTEÚDOS E CONCEITOS ENVOLVIDOS

• Português: Identificação de palavras indígenas no nosso cotidiano. Lenda da


Mandioca.
• História: Vídeo Pindorama - Palavra Cantada.
• Artes Visuais: Pesquisa sobre artesanatos indígena. E confecção da zine.
• E os temas Transversais proposto: pluralidade social, cultura e meio ambiente;
podendo ser ministrados conforme o andamento dessas disciplinas.

1.3. PRIMEIRA ETAPA: PROPOSTA DE AÇÃO E ESTRATÉGIA DIDÁTICA:

Primeiramente abordar o significado de Herança dos nossos antepassados e


complementar que essa herança é passada de geração a geração; podendo assim dar segmento
inserindo perguntas do tipo:

• Vocês conhecem os índios? Quem eles são? Onde e como eles vivem? Possuem casas?
• Quais tipos de alimentos que produziam? Como seria o contato deles com a natureza?
• Como é a convivência entre os membros das tribos? E qual como seria os
relacionamentos com outras tribos?
• Hoje em dia, temos ainda índio no Brasil? Eles possuem algum direito? São todos
iguais ou são em várias etnias?
• Será que tem nos dias de hoje alguma celebridade que seja um índio?
• E sobre as vestimentas? O que eles usam?
Conforme a evolução dessa discussão, pode-se criar situações, ouvindo opiniões,
expondo contextos, mostrando também materiais visuais.

1.4. SEGUNDA ETAPA: DESENVOLVIMENTO NA CASA DA CULTURA


GERALDO MEIRA SILVA:

O ambiente é composto de mesas para leitura e bancos, podendo inicialmente


começar com pesquisas em livros físicos sempre guiados pela proposta do projeto.
Induzindo a pesquisar sempre com perguntas indutivas, tipo:

• Como seria as peças que os índios colocavam nas entradas das ocas. O que será que
queriam dizer? Que jeito que era o símbolo da borboleta? O padrão desses desenhos
será que tem significado?
• Quais os costumes que eles tinham e que nós herdamos? E em quais área? O que nós
aprendemos com os índios sobre a natureza?
• Podendo levar o estudante a coletar pelo menos 5 características herdadas pelos
nossos antepassados.

1.5. TERCEIRA ETAPA: FECHAMENTO DO PROJETO:

Tempo de duração do projeto e cronograma

1ª Etapa - De 05/12 á 07/12 - Na Escola: Desenvolvimento das propostas das


disciplinas. Definir e formar grupos, para que possam, com a auxílio dos demais colegas e do
professor, definir objetos de interesse de cada grupo buscar.

2ª Etapa - De 07/12 á 08/12 - Na Casa da Cultura: Visitar com a turma a Casa da


Cultura, em busca dos objetos que foram definidos na aula anterior; como também definir
novos objetos de estudo durante a visita. Também incentivar cada aluno a pesquisar por
informações da maneira que mais lhe convir (livros físicos e digitais, audiobooks e internet),
visando uma maior liberdade com o intuito de permitir que o aluno se interesse genuinamente
pelo processo de aprendizagem.
3ª Etapa - De 08/12 á 09/12 - Na Escola: Elaboração e confecção de Zines (um auto
trabalho em forma de livreto de pequena circulação e independente, com diversas finalidades),
de acordo com o tema representativo escolhido por cada grupo.

6. AVALIAÇÃO

Conforme a interação entre os estudantes, ocorrerá a avaliação visando a postura


participativa.

1.1. RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que no final desse projeto, os estudantes possam entender que para essa
rica cultura sobreviver depende dele mesmo. Espera-se que entendam que os indígenas não
são apenas índios, mas também indivíduos, com direitos e liberdades. Que são povos de
diversas etnias, que se relacionavam com respeito. E que muito do que sabemos sobre respeito
e acolhimento com os próximos vem deles; também o respeito e o carinho pela natureza, e
pela cultura de cultivá-la.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acredito que a futura geração possa ter acesso a um mar de informação, e o papel do
professor nessa etapa da vida é importantíssima. O professor deve ser visto como uma figura
de conhecimento, alguém que instigue e desperte a curiosidade que dorme em cada aluno.
Dessa forma teremos cidadãos felizes por poder contribuir com suas respectivas Ciências
(humanas ou de exatas) para o desenvolvimento humano.

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