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ARTE

INDÍGENA
BRASILEIRA
Professora

Raquel

Sobre o material

Você está adquirindo um material elaborado por Raquel Falk


Toledo. Todas as atividades e textos são de propriedade intelectual
da autora e protegidos pela Lei de Direitos Autorais, de nº 9.610/
98.
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contrafação, previsto na lei 9.610/98. Temos um setor jurídico que
monitora as atividades e ele entrará em contato com praticantes
desta atividade criminosa.
Para início de conversa...
É com muito respeito que venho apresentar-lhes este material. As
atividades aqui apresentadas são, com toda certeza, um fragmento da arte
indígena e de longe estou a encerrar, esgotar o tema ou abranger toda a
complexidade de suas linguagens multifacetadas. Neste trabalho não abrangi
cestaria, dança, máscaras ou instrumentos. Em todos esses casos mencionei no
grafismo, arte plumária ou pintura corporal.
Para melhor aproveitamento, dividi este material em 3 partes formando
assim uma breve coleção sobre algumas manifestações artísticas indígenas. Este é
o volume 1. Sendo assim, estão divididas em:
1. Arte indígena - Aquilo que o indígena produziu e reproduz não como arte,
mas como parte de sua cultura (entendendo essa arte como um produto do
trabalho coletivo de um grupo); Sugiro, inclusive, que os trabalhos dos
alunos sejam coletivos também, se possível.
2. Arte indígena contemporânea - Aquilo que ele propositadamente expressa
como arte na contemporaneidade, como indivíduo;
3. Arte sobre o indígena - A visão do outro (homem branco) sobre este
indígena em suas produções.
É importante esclarecer que esse indígena, precisa ser visto e ouvido de
fato. Precisa ser respeitado e, para isso, nós precisamos abandonar velhas práticas
de vê-lo como se todos usassem plumagens, ou pintassem seus corpos com as
mesmas cores ou mesmos símbolos. Essa “desmistificação” precisa começar a
partir de nós!
Se você ou sua escola fica perto de uma aldeia, convide um indígena para
falar sobre suas produções. E ele será apenas um fragmento de um universo ainda
pouco explorado. Mas há muitas pesquisas boas acontecendo por aí... Pesquise!
Desejo que suas aulas sejam repletas de participação e entusiasmo para
começarem a descobrir de fato esse maravilhoso universo!

Bom trabalho!
O que é de fato Arte Indígena?

Apesar de acreditarmos saber a resposta, é necessário entender algumas


questões que farão toda a diferença sobre o seu olhar em relação a este tema.
Começaremos pela palavra ARTE. Seu
conceito, em geral, é mencionado ou
debatido pelas bandas de cá, no ocidente
mais precisamente europeu. Em comunidades
antigas, a palavra ARTE, em muitos casos, não
existe. Alguns pesquisadores buscaram
encontrar palavras indígenas que pudessem
exprimir a definição da arte da forma como
conhecemos, mas não foi encontrado nada
Bonecos karajás
similar.
Existem vocábulos em diferentes línguas indígenas que representam "desenhos" ou
"grafismos", outros que representam "danças", e por aí vai. Nada que englobe todas as
manifestações. Mas é possível definir de maneira mais contemporânea, por meio de
novas pesquisas, o que poderíamos chamar de Arte indígena:

É toda e qualquer produção dos


povos indígenas de maneira coletiva, que
define sua identidade como grupo. Cada
expressão artística de um determinado povo
revela a sua essência enquanto nação
indígena, a história de seus antepassados, o
meio ambiente em que vive, o imaginário
coletivo e suas transformações.
Isso pode acontecer por meio da

Instrumentos musicais indígenas observação dos mais antigos e executado por


seus membros. Tendo finalidade ritualística,
utilitária, decorativa ou comercial. Pintura
corporal, tecelagem, cerâmica, escultura, arte
plumária, dança ou música podem ser
estudadas como arte indígena.
Máscaras Karajás
Tais obras ou ações performáticas são,
em sua maioria, passadas de geração em
geração, reproduzindo fielmente ou adequando
tais produções para sua atualidade (como é o
caso da pintura corporal pataxó, que incluiu o
Cestaria Amoa Konoya
preto do jenipapo depois da morte do índio
pataxó Galdino, queimado vivo em Brasília, em
1997). Na arte étnica não há as divisões
ocidentais tradicionais que separam arte,
artesanato, produto artesanal e trabalho
manual. Tudo se une num mesmo conceito. Pintura corporal xavante

Conceito este que irá se subdividir em


múltiplos outros de acordo com a diversidade:
Arte Yanomâmi, Arte Pataxó, Arte Karajá, Arte
Kiriri, Arte Baniwa, Arte Tupinambá, Arte
Xavante e assim se segue com as mais de 300
etnias existentes no Brasil. Crianças xavantes

Grafismo guarani

Cerâmica Marajoara Plumagem Bororo


Por falar em comparação, antes mesmo da contemporaneidade, a arte dos
povos que aqui viviam, chamada pelos europeus de "primitiva", serviu-lhes
de inspiração para composição das vanguardas na busca do novo, do diferente e que
nos foi apresentado como arte moderna. (Tarsila do Amaral, por exemplo)
Dessa forma, a riqueza e precisão da linguagem estética indígena se
posiciona exatamente no mesmo patamar da produção estética ocidental, inclusive
se considerarmos que nas duas existem a representação cultural de seus respectivos
meios de vida por meio de uma linguagem própria que caracteriza as
particularidades de uma nação.
Antes de Cabral dizer:
TERRA À VISTA...

MUITAS TRIBOS INDÍGENAS JÁ ESTAVAM POR AQUI. CADA UMA JÁ SE


EXPRESSAVA DE UMA MANEIRA. CADA UMA VIVIA DE ACORDO COM O QUE HAVIA
APRENDIDO DE SEUS PAIS E AVÓS...
E NENHUMA TRIBO ERA
IGUAL À OUTRA. NÃO FALAVAM A
MESMA LÍNGUA NEM SE
PINTAVAM IGUAIS. MUITAS TRIBOS
NEM ERAM AMIGAS UMAS DAS
OUTRAS... SEUS DEUSES ERAM
DIFERENTES, SEUS RITUAIS, SUAS
PRODUÇÕES TINHAM PROPÓSITOS
DIFERENTES.
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Raquel

VAMOS FAZER ARTE RUPESTRE?


Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.
• Amasse papel de seda branco e cole-o preenchendo a folha ou, se preferir, em um pedaço
de papelão; passe cola sobre a superfície que o papel será colado e sobre a folha de seda.
Não deixe bolhas entre os amassados, mas permita que haja volume;
• Pesquise sobre arte rupestre brasileira, escolha um desenho e reproduza-o sobre a folha
texturizada;
• Faça tintas com pigmentos naturais como açafrão da terra, urucum (coloral) etc,
adicionando um pouco de pigmento, um pouco de água e um pouco de cola. A proporção
de cola e pigmento deve ser maior que a de água.
• Pinte seu trabalho!
Ou se preferir faça o desenho com lápis de cor preto na parede da caverna abaixo:
A cerâmica indígena brasileira

Produzir utensílios de argila faz parte da cultura da maioria das comunidades


indígenas brasileiras. Geralmente essa atividade é feminina com excessão para os
Yanomâmi, Waharibo e os Yekuana. Entre alguns outros grupos a produção é realizada
com a participação masculina em algumas etapas. Nos povos Waurá os homens
participam da coleta e do transporte da argila, esse é um aspecto novo devido ao
aumento da produção. Entre os Juruna tanto homem quanto mulher conhecem a
tecnologia, mas os homens só participam do processo de modelagem. Já entre os
Tapirapé, os homens produzem cachimbos enquanto que as mulheres fabricam panelas.
De maneira geral, a maneira como a cerâmica é feita entre os povos indígenas
obedece a uma mesma sequência de operação, com pequenas variações de caráter
local que são, na maior parte das vezes, de caráter simbólico. A técnica utilizada pela
maioria dos grupos indígenas é o acordelamento: sobreposição de rolos de argila a partir
de uma base, em forma de anéis ou espirais. Como exceção, registra-se o grupo
Tapirapé e Waurá, que modelam diretamente suas peças em uma massa de barro. Nos
demais grupos essa técnica é destinada somente para peças pequenas.
O processo operacional tem início com a obtenção da argila, retirada das
margens ou leitos de rios ou córregos. Para coleta normalmente aproveita-se o período
das secas, quando as águas dos rios encontram-se baixas, sendo muito comum a
participação dos homens nesta tarefa, em função do grande esforço necessário. A
qualidade do material pode ser testada através do tato, rolando o barro entre os dedos,
ou através do paladar, como entre os Turiyó que o provam. A argila é previamente
examinada e normalmente sofre uma preparação como a retirada de impurezas
(fragmentos vegetais, minerais, seixos). Livre de detritos a argila é amassada sendo
simultaneamente testada sua consistência – é muito comum deixar a argila repousar por
vários dias antes de sua utilização.
Os primeiros gestos de fabricação das peças
consistem na confecção de roletes, comprimindo-se a
barra entre as mãos, sobre a coxa, ou de encontro a uma
tábua. Inicialmente é feito o fundo do vaso, a partir de
uma quantidade de barro amassado e batido entre as
mãos, ou sobre uma superfície plana e lisa, até formar
uma base achatada e circular.
A partir desse fundo, vão sendo
gradativamente colocados os roletes, justaposto até
formar as paredes. É mais frequente a disposição dos
rolos em anéis sucessivos do que na forma
espiralada. O alisamento dos roletes é feito durante o
processo de justaposição, interno e externo, em
sentido vertical e horizontal; assim são apagados os
vestígios de roletes e a pressão empregada faz com
que as paredes se tornem mais finas.

Alcançando a forma desejada,


geralmente pautada pela utilidade, a peça é
levada a secar em local fresco e arejado, à
sombra, de um dia para outro, ou mais
raramente durante vários dias. Uma exposição
direta ao sol pode trazer danos à peça, na
medida em que a ação do calor não se exerce
uniformemente, podendo ocasionar rachaduras.

Com o barro parcialmente seco e com o


auxilio de instrumentos como: conchas, pedaços
de cabaça, colher de metal, etc., a raspagem é
feita na peça a fim de regularizar a superfície e
eliminar asperezas. Em seguida é feito o
polimento, geralmente com seixos molhados,
cacos, palha de milho, sementes, etc., deixando
marcas bem visíveis, em alguns casos brilhosa.
A esta altura procede-se a decoração plástica da
peça. Sobre a argila são feitas incisões,
mediante o uso de objetos cortantes, unhas,
etc., formando motivos geométricos; ainda são
aplicados apêndices como alças, asas, figuras
zoomorfas. Uma segunda secagem torna-se
necessária para enrijecer a cerâmica, antes de LIMA, Tânia Andrade. Cerâmica Indígena
Brasileira. In: Suma Etnológica Brasileira.
se processar a queima. É frequente o uso de Edição atualizada do Handbook of South
America Indians. Darcy Ribeiro (Editor). Rio de
escoras para evitar deformações. Janeiro: Vozes ; 1987.
Para queima, arma-se uma fogueira, cujo tamanho varia em função da
peça a ser queimada, em geral usa-se lenha e casca de árvores em arranjo
cônico; isto garante uma queima uniforme. As peças grandes são queimadas
individualmente e as pequenas em grupo, emborcadas no interior da fogueira.
Em alguns casos são apoiadas em trempes (cones cerâmicos, pedras) onde
são totalmente envolvidas pelo fogo durante uma ou duas horas.
Eventualmente os vasos são revirados de modo a queimar por igual e,
dependendo do tempo de exposição ao fogo, podem ficar esbranquiçadas,
avermelhadas ou em brasa. Muitas vezes chegam a ficar incandescentes e
estas são as mais bem queimadas.

O texto nos apresenta duas maneiras de modelar um vaso de argila: o


acordelamento e a modelagem mais livre. Pesquise sobre cada uma das
técnicas e escreva sobre elas abaixo.
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Vamos aprender na A partir da sua pesquisa, modele dois
prática um pouquinho mais sobre vasinhos: um com a técnica de
cada um deles? acordelamento e a outra utilizado a
Você precisará de: modelagem manual.
• Argila limpa comprada em lojas Empregue os tipos de modelagem
de artesanato; aqui abordados. Não se esqueça de
• Jornais para forrar as mesas; enfeitálos com padronagens indígenas ou, se
• Avental para não se sujar. preferir, uma abordagem mais atual.
Sobre a cerâmica Waurá
Os Waurá são índios de língua arawak que habitam o Parque Indígena do
Xingu, localizado no Estado do Mato Grosso – Brasil, e são notórios pela habilidade
na produção de objetos de cerâmica com pinturas em grafismo.
A cerâmica wauja ou Waurá é muito sofisticada, o que dá sua
'identidade' entre as outras etnia do Xingu. Para eles, Kamalu Hai, a grande
cobra-canoa, apareceu-lhes oferecendo a visão primordial de todos os tipos
de artefatos cerâmicos e lhes conferiu o conhecimento exclusivo sobre a arte
oleira. Conta-se, ainda, que estes artefatos chegaram navegando e cantando
sobre o dorso da grande cobra e que antes de ir embora ela defecou
enormes depósitos de argila ao longo o rio Batovi. Este conhecimento é
exclusivo aos Waurá, por isso nenhum outro povo do Alto Xingu sabe fazer
cerâmica. As 'panelas' são de diversos tamanhos, de 115 cm a 10 cm
diâmetro da base; as usadas nos rituais são pintadas. Muitos potes são
zoomorfas, que são apresentados às crianças, logo que ela aprende a comer
sozinha.
Algumas das argilas mais desejadas pelos Waurá estão hoje
praticamente fora de seu alcance, quando a delimitação do Parque deixou
fora uma parte significativa de seu território tradicional. Essa área inclui a
caverna sagrada Kamukuaka, ao lado de uma queda d'água no rio Batovi-
Tamitatoala. Foi tomada pelos fazendeiros de gado. À boca da caverna estão
esculpidas imagens das partes do corpo da mulher que geram a vida.
Acreditam que essas esculturas têm o poder de aumentar a fertilidade
(Blogspot Waurá 2014). Os Waurá são também peritos em cesteira.
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Muitas tribos fizeram algum tipo de trabalho em cerâmica. Esses utensílios serviam para
muitas coisas: seja para armazenar água, algum tipo de alimento ou para colocar restos
mortais de membro da tribo. Pesquise sobre a arte marajoara, a panela de barro do Espírito
Santo, as cerâmicas dos Karajás e a de Santarém. Escreva as principais características de
modelagem e estética de cada uma delas:
Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.
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Faça um mosaico bem bonito, preenchendo os espaços em branco com bolinhas de papel
crepom ou pedaços de papel colorido:
Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.
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Agora é a sua vez!


Desenhe padronagens, contorne com canetinha preta e pinte-os ou preencha-os como
desejar:
Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.
O GRAFISMO INDÍGENA
Grafismos são considerados uma propriedade coletiva
e não um desenho de apenas um autor.

Há algumas décadas, estudiosos perceberam que o


grafismo dos povos indígenas ultrapassa o desejo
da beleza. Trata-se sim, de um código de
comunicação complexo, que exprime a concepção
que um grupo indígena tem sobre um indivíduo e
suas relações com os outros índios, com os espíritos,
com o meio onde vive...
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Observe as padronagens do povo Waurá:


Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.

Vamos pintar uma padronagem nossa que (Fotos: Reprodução/google)

reflita nossa identidade? Para essa técnica você


precisará de:

(Fotos: Reprodução/google)
• Uma xícara ou prato de porcelana;
• Canetas para porcelana ou marcador
permanente;
• Forno a 180º (somente se utilizar a caneta para
porcelana. Esta etapa deverá ser feita sob
supervisão de um adulto)

Passo 1: Passo 2:
Faça um esboço antes de pintar a Desenhe na caneca com a(s)
caneca. Utilize o espaço abaixo para caneta(s). E, se tremer a mão, limpe
isso: com cotonete. Se for utilizar a caneta
para porcelana, deixe o trabalho
secando por 3 horas.

(Fotos: Reprodução/Pinterest)

Para que a arte dure, utilize a


caneta para porcelana e leve a
caneca para o forno em fogo
baixo por 30 minutos.
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Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.

Faça grafismos baseando-se nos grafismos indígenas, nesta camisa.


Se quiser, utilize uma camisa de verdade e utilize este desenho para treinar
suas habilidades:
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O blogueiro Luiz Pagano ilustrou em forma de toy art um blog como objetivo de tornar
lúdico o conhecimento de nossa gente, sem estigmatizar culturas e fazer referências a
um único indivíduo.
Observe os povos indígenas, escolha uma ou outra etnia e faça este toy art abaixo
usando arte corporal e arte plumária.
Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.
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O blogueiro Luiz Pagano ilustrou em forma de toy art um blog como objetivo de tornar
lúdico o conhecimento de nossa gente, sem estigmatizar culturas e fazer referências a
um único indivíduo.
Observe os povos indígenas, escolha uma ou outra etnia e faça este toy art abaixo
usando arte corporal e arte plumária.
Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.
ARTE PLUMÁRIA
No Brasil, existem pelo menos 30 grupos indígenas que produzem adornos plumários. Alguns
deles: Xavante, Waurá, Juruna, Kaiapó, Tukano, Urubus-Kaapor, Asurini, Karajá. A arte
plumária indígena possui um caráter ritualístico, em dois níveis:
1 - A confecção das peças (modo de fazer): é feita exclusivamente pelos homens, que
obedecem a um ritual de caça, coleta, separação, tingimento, corte, amarração, etc.. da
matéria-prima, afim de dar uma forma específica a ela.
2 - Finalidade (simbolismo):
A arte plumária é uma forma de comunicação, de linguagem. Os grupos indígenas
ornamentam o corpo em contraposição aos outros seres vivos (animais e outros grupos
indígenas). Contrapondo-se os diferentes grupos indígenas cria-se um diferencial, tanto no
aspecto interno da tribo quando no externo a estes grupos. Extrapolando o conceito de
enfeite, a plumária é um símbolo usado em ritos e cerimônias. Pode representar mensagens
sobre sexo, idade, filiação (clã), posição social, importância cerimonial, cargo político e grau
de prestígio dos seus portadores e possuidores. O uso dos objetos plumários é privativo aos
homens principalmente nos cerimoniais onde eles possuem um papel mais destacado que as
mulheres.
Matéria Prima
· Penas - são os maiores elementos da plumagem. Provenientes da cauda e das asas das
aves.
· Plumas - cobertura das costas e do abdômen das aves. São menores, largas e
arredondadas.
· Penugem - pequenas plumas do pescoço, das costas e do abdômen das aves.
Texto disponível no site:
http://www.eba.ufmg.br/alunos/kurtnavigator/arteartesanato/plumaria.html
Para maior aprofundamento sobre o tema:
http://hernehunter.blogspot.com.br/2011/12/arte-plumaria-brasileira.html
http://www.maimuseu.com.br/plum-ria

Brincos Karajá

Colar Urubu Kaapor lança Cocar Rikbatsa


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A artista canadense Jamie Homeister pinta retratos de


aves, usando um material um tanto quanto inusitado:
as penas que caíram de seus corpos.
Em geral, a artista recebe as penas das próprias
pessoas que encomendam pinturas com a imagem da
própria ave que as perdeu.
Em seus trabalhos, ela cria belos desenhos de
papagaios, águias, corujas, além de outros animais
como raposas e ursos.
Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.

Desenhe na pena abaixo aquilo


que mais importa para você.
Pinte bem bonito!
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Esta atividade pode ser feita em grupo ou individualmente.
Esta atividade sugere algumas ações. Você pode:
• Pintar os espaços vazados. Pintar as penas também utilizando cores variadas;
• Escolher alguns desenhos dessas penas abaixo, reproduzi-las em uma folha e montar
um objeto estético que rememore a arte indígena;
• Escolher uma ou mais penas dessas abaixo (se tiver penas de verdade fica melhor),
recortar a silhueta, posicionar sobre o papel e pintar com tinta sobre ela deixando os
espaços das penas em branco como negativo ou molde vazado. Fazer isso repetidas
vezes até preencher todo o espaço criando uma composição.

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