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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA

BAHIA.
Curso Superior de Tecnologia em Eventos

BIANCA DOS ANJOS SANTOS


ISABELLA BOA MORTE FERREIRA
PAULA DEL AGUILA

ADMINISTRAÇÃO DOS TEATROS PÚBLICOS DE MÉDIO


PORTE EM SALVADOR

SALVADOR-BA
2016
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BIANCA DOS ANJOS SANTOS
ISABELLA BOA MORTE FERREIRA
PAULA EVANGELISTA DEL AGUILA

ADMINISTRAÇÃO DOS TEATROS PÚBLICOS DE MÉDIO


PORTE EM SALVADOR

Trabalho apresentado à disciplina Projeto Integrador


I, sob a orientação da professora Regina Lovatti
como exigência parcial para obtenção da aprovação
desta disciplina.

SALVADOR-BA

2016

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RESUMO

Este artigo tem como objetivo descrever a gestão do teatro como espaço cultural, pontuando as
estratégias de marketing utilizadas para a divulgação, os provedores de recursos e o
funcionamento entre os setores, relacionando com o Teatro Xisto Bahia localizado em Salvador.
Inicialmente foi constatada a importância da cultura e deste espaço para a sociedade, as
dificuldades vivenciadas e estratégias utilizadas para melhorar o seu desempenho e manterem-se
no mercado. O propósito deste artigo refere-se à importância dos espaços culturais e aos
conhecimentos da administração efetiva do espaço, já que existem poucos documentos
referindo-se a este tema e os que existem estão focados apenas na produção teatral. Com esta
investigação, pretende-se contribuir para o conhecimento dos processos gerenciais do espaço,
além de beneficiar o corpo discente com o acréscimo de informações sobre a administração
efetiva do espaço cultural. Diante dos resultados encontrados na pesquisa,

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SUMÁRIO

1. Introdução.............................................................................................. 5
1.1. Objetivos............................................................................................. 7
1.1.1. Objetivos gerais............................................................................... 7
1.1.2. Objetivos específicos....................................................................... 7
1.2. Justificativa......................................................................................... 8
2. Referencial teórico................................................................................. 10
2.1. Cultura, turismo e entretenimento...................................................... 10
2.2. O teatro............................................................................................... 12
2.2.1. A organização.................................................................................. 12
2.2.2. A infraestrutura e a acessibilidade................................................... 15
2.3. O teatro e a gestão............................................................................. 17
2.3.1. As dificuldades para a administração dos teatros........................... 17
2.3.2. A intervenção do governo e o uso de leis de incentivo................... 18
2.3.3. As estratégias de marketing para a divulgação............................... 20
2.3.4. Os possíveis provedores de recursos............................................. 21
3. Metodologia........................................................................................... 22
3.1 o teatro Xisto Bahia e sua história....................................................... 22
3.2. Os métodos utilizados. ...................................................................... 23
6. Referências............................................................................................

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1. INTRODUÇÃO

A palavra “cultura” abrange várias formas artísticas definindo aquilo que é produzido a
partir da inteligência humana. O teatro é um dos pilares que compõem a cultura, fazendo com que
estejam interligados levando informações culturais de vários locais para diversos grupos, sendo
fundamental na formação cultural de uma população. Além de nos mostrar a cultura e forma de
pensar de determinada época e contexto social, o teatro também nos faz rir ou chorar, sendo
considerado uma das expressões artísticas mais fortes de qualquer povo.
Estando sempre presente na história da humanidade, desde a Antiguidade até os tempos
contemporâneos, o Teatro tem como papel fundamental levar as vertentes da cultura para a
sociedade em todos os seus públicos-alvo. A origem do teatro remonta ao homem primitivo e a
todas as suas formas de rituais (as pessoas acreditavam que por meio desses rituais era possível
invocar deuses e forças da natureza para fazer chover, tornar a terra mais fértil e as caças mais
fáceis, ou deixar os desastres naturais bem longe de sua comunidade). Esses rituais envolviam
cantos, danças e encenações de histórias dos deuses, que assim deveriam ficar felizes com a
homenagem e ser piedosos com os homens. Acredita-se que a ideia de teatro conhecida
atualmente tenha surgido na Grécia Antiga, no século IV a.C.
O termo grego “theatron” significa “lugar para ver”. No theatron eram realizadas
cerimônias religiosas em honra a Dionísio, o deus grego do vinho. Na Grécia, o berço do teatro, o
mesmo não passou só a ser um local físico (com construções em forma de meia-lua, cavadas no
chão, com bancos parecidos com arquibancadas, chamados teatros de arena para onde o público
se deslocava para ver as cerimônias como as próprias representações) mas sim, um local que aos
poucos foram adquirindo a forma teatral com a introdução de histórias sobre os grandes heróis
gregos.
O teatro romano é o contrário do teatro grego. Eles importaram a cultura grega, porém
tinham seu próprio estilo. No teatro romano a comédia toma o lugar da tragédia, perdendo assim
o caráter sagrado, visando à diversão e o prazer. Os espetáculos de circo romanos eram violentos,
se baseavam em competições entre os romanos e os cristãos os quais eram sacrificados
publicamente.
No Brasil, ele surge no século XVI através das composições teatrais escritas pelos padres
jesuítas nas ações de divulgação da fé religiosa entre os índios. Foi só a partir do século XIX com
a chegada da corte portuguesa no Brasil que a arte de representar começou a se desenvolver de
forma mais intensa.

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É perceptível ver que, com tantas influências, o teatro atual é uma arte muito rica existindo
assim muitos gêneros de teatro, dentre os quais destacam-se: auto, comédia, drama, fantoche,
ópera, musical, revista, tragédia, tragicomédia.

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1.1. OBJETIVOS

1.1.1. GERAL

Descrever a gestão do teatro como espaço cultural.

1.1.2. ESPECÍFICOS

Mostrar o funcionamento e as inter-relações entre os setores que compõem a organização


de um teatro.
Relacionar as estratégias de marketing utilizadas para a divulgação dos serviços e
atividades oferecidas em um teatro.
Identificar os possíveis tipos de provedores de recursos para a realização dos eventos
promovidos no teatro.

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1.2 JUSTIFICATIVA

No ambiente globalizado, onde as interações sociais ocorrem entre pessoas de diferentes


regiões e países, a palavra cultura surge como um pilar vital para a compreensão da sociedade.
Segundo Pires (2005), a cultura é um dos pontos de entendimento das relações humanas por meio
da identificação dos grupos, suas maneiras de perceber, pensar, sentir e agir. Mais do que um
conjunto de regras, de hábitos e artefatos, cultura significa construir significados divididos entre o
conjunto de pessoas de um mesmo grupo social.
Segundo o Portal Brasil (2009), nessa vertente, a cultura pode ser representada por um
patrimônio cultural que se caracteriza por bens de duas naturezas: imaterial – composto pelo
somatório de saberes construído por uma sociedade, ou seja, suas crenças, costumes e a sua
maneira de ser, viver e conviver, e o material – formado por coleções de diversas dimensões:
histórica, artística, geográficas etc., bem como os imóveis nos quais é possível a visualização,
compartilhamento e contato com a cultura local, dentre estes os espaços culturais podem ser
citados os museus e teatros.
As reflexões decorrentes das diretrizes para o campo da produção cultural brasileira por si
só se fazem necessárias, mas deve-se levar em consideração a importância dos equipamentos
culturais como instrumento para difusão da arte na formação da identidade cultural. O estudo
desses centros culturais, que são espaços que permitem a participação de atividades culturais com
o objetivo de promover a cultura entre os habitantes de uma localidade, é indispensável.
Nesse contexto, o teatro é um meio de comunicação que desempenha diferentes papéis na
formação sociocultural do indivíduo e abrange inúmeras possibilidades para adquirir
autoconhecimento e estratégias para estabelecer a relação do que é produzido e seu mercado de
consumo. De acordo com a Funarte, elaboração do Ministério da Cultura (2010), existia 60
teatros entre os anos de 2003-2005 no estado da Bahia, sendo que 63,33% desse total estavam
localizados na cidade de Salvador.
Segundo o blog oficial do Cine Teatro Solar Boa Vista (2016), atualmente a Secretaria de
Cultura do Estado da Bahia mantêm 17 espaços culturais geridos pela Diretoria de Espaços
Culturais (DEC) e pela Superintendência de Desenvolvimento Territorial da Cultura (Sudecult).
Esses equipamentos estão localizados em diversos Territórios de Identidade. Destes, cinco
encontram-se em Salvador – Cine Teatro Solar Boa Vista, Espaço Xisto Bahia, Casa da Música
de Itapuã, Centro de Cultura de Plataforma e Espaço Cultural Alagados.

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Considerando a importância do teatro para a cultura e a inquietação de um grupo de
estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Eventos em conhecer os procedimentos
relacionados à gestão de um espaço cultural, em especial de um teatro, localizado em
Salvador-Bahia. A pesquisa pretende contribuir para o conhecimento dos processos gerenciais do
espaço, além de beneficiar o corpo discente com o acréscimo de informações sobre a
administração efetiva do espaço cultural, uma vez que a maior parte dos estudos existentes focam
na produção teatral e não no seu funcionamento.
Os procedimentos envolvidos na coleta de dados para análise e discussão são: entrevista
semiestruturada e observação in loco das atividades e dos processos realizados no espaço cultural

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REFERENCIAL TEÓRICO

1.2. CULTURA, TURISMO E ENTRETENIMENTO.

Muitos estudiosos afirmam que a cultura surgiu no momento em que o cérebro do homem
começou o processo de raciocínio e evolução, porém, por ser uma teoria muito abrangente, ainda ficam
os questionamentos de como e por que houve esse desenvolvimento. Segundo os conhecimentos
científicos postulados na atualidade o conceito de cultura está atrelado à origem da humanidade na
pré-história. De acordo com Vicentino (2006), os primeiros registros do gênero HOMO apareceu entre
4 e 1 milhão de anos a.C., esse período é anterior ao aparecimento da escrita, por volta do ano 4000
a.C. O estudo desta fase da história depende da análise de documentos não escritos, como restos de
armas, utensílios, pinturas, desenhos e ossos, e o entendimento de cultura se dá a partir da primeira
interação social do homem.
Segundo Gomes (2010) Cultura é uma palavra polissêmica, objeto de pesquisa de diversas áreas
do conhecimento e tema que movimenta a formação de distintas correntes teóricas e com muitas
abordagens. De acordo com Ferreira (1986), o termo é originário do latim culturae, que significa “ação
de tratar”, “cultivar” ou “cultivar a mente e os conhecimentos”. Entre as várias interpretações, a mais
utilizada, especialmente na antropologia, é a definição genérica formulada por Edward B. Taylor
(2014), segundo a qual cultura é “todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a
moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro
da sociedade”, embora essa definição tenha sido reformulada constantemente ao longo dos anos.
Com o movimento intelectual do iluminismo dos séculos XVII e XVIII, a cultura foi associada ao
conceito de civilização, em principalmente na França, e confundiu-se com noções de desenvolvimento,
educação, bons costumes, etiqueta e comportamento da elite. Segundo Elias (2011), esse equívoco
entre cultura e civilização permitiu o surgimento da “cultura erudita” e da “cultura popular”, e essa
diferença pode ser percebida nas suas manifestações. As expressões simbólicas começaram a
desenvolver-se pré-história, mas evoluiu, e pode ser vista em diversos segmentos, como na arte, na
religião, nas celebrações, festa e rituais que são aspectos da cultura popular, entre tantos outros. A
cultura varia de acordo com a organização política e social de um lugar e com o desenvolvimento das
tecnologias e a globalização ela sofreu uma expansão com um alto grau de complexidade.
Dentro do universo da cultura surge o turismo, a relação entre o turismo e a cultura se origina no
grand tour europeu, com o início das viagens dos aristocratas e mais tarde da burguesia para
contemplar os monumentos e ruínas dos antigos gregos e romanos. Sabendo que a cultura é uma das

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principais razões para se viajar, essa relação se intensificou até os dias atuais, sendo que, com o tempo
se modificou a forma como os inúmeros turistas visitam os atrativos turísticos culturais. A partir da
década de 60 iniciaram os estudos sobre a relação entre turismo e a cultura, e o turismo passou a ser
apontado como alternativa para o desenvolvimento mundial. Nesse víeis o patrimônio cultural é mais
do que atrativo turístico, é fator de identidade cultural e de memória das comunidades, fonte que as
remete a uma cultura partilhada e a experiências vividas.
Segundo Brizola (2008), pode-se dizer que a relação cultura e turismo fundamentam-se em dois
pilares: o primeiro é a existência de pessoas motivadas em conhecer culturas diversas e o segundo é a
possibilidade do turismo servir como instrumento de valorização da identidade cultural, da preservação
e conservação do patrimônio e da promoção econômica de bens culturais. A definição de Turismo
Cultural está relacionada à motivação do turista, especificamente a de vivenciar o patrimônio histórico
e cultural e determinados eventos culturais, de modo a ter experiências gratificantes e preservar a sua
integridade. Ainda segundo Brizola (2008), o turismo cultural inclui as atividades turísticas referentes
ao conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos culturais,
valorizando e promovendo os bens matérias e imateriais da cultura.
Ribeiro e Santos (2008), afirma a importância de ressaltar a valorização do patrimônio e que ela
passa pela eleição de valores que o patrimônio possui para a sua localidade. A concepção de valores é
muito ampla, percorrendo caminhos tais como a oralidade, a educação formal além de mecanismos
como a criação de políticas públicas de educação, de preservação e de manutenção dessa cultura. Ainda
segundo Ribeiro e Santos (2008) os recursos culturais que articulam esta costura cultural e social são
caracterizados por três segmentos: o equipamento dos espaços culturais como museus, teatros,
auditórios, bibliotecas, as iniciativas ou manifestações culturais que dotam de conteúdo a dito
equipamento (representações teatrais, exposições temporais etc); e os operadores que impulsionam e
apoiam a oferta cultural de cada localidade.
De acordo com Oliveira (2011), os eventos culturais estão dentro da área de entretenimento e é
um dos setores que tem tido um crescimento significante no Brasil e no mundo nos últimos anos. Como
o tema entretenimento é muito complexo e abrangente conclui-se que os eventos artísticos
encontram-se inseridos dentro dele, com apresentações culturais dos mais diversos tipos, como teatro,
dança, shows musicais, circenses e performances, entre outros. O mesmo entretenimento pode, ainda,
estar ligado ao lazer e ao esporte, de acordo com essa descrição percebe-se que o setor de
entretenimento pode se apresentar de várias maneiras, conforme o espaço físico ou mesmo o acesso aos
meios de comunicação. Conforme Oliveira (2011), no final de 2006, O Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatísticas (IBGE) e o Ministério de Cultura (MinC) anunciaram um estudo denominado Sistema de

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Informação de Indicadores Culturais, que mostram dados do crescimento econômico da cultura no país,
onde encontram-se os eventos artísticos. Segundo esse estudo, a receita líquida movimentada pelo setor
passou de R$ 165,3 bilhões, em 2003, para 221,9 bilhões em 2005. Um grande aumento em apenas dois
anos
O entretenimento é aqui interpretado como uma dimensão da cultura. De acordo com Gomes
(2010), ele é caracterizado pela vivência lúdica de manifestações culturais no tempo/espaço social,
constituído conforme as peculiaridades do contexto histórico e sociocultural no qual é desenvolvido. O
entretenimento implica na “produção” de cultura, no sentido da reprodução, construção e
transformação de práticas culturais vivenciadas ludicamente por pessoas, grupos, sociedades e
instituições. Essas ações são construídas em um tempo/espaço social, dialogam e sofrem interferências
das demais esferas da vida em sociedade e permite trazer um novo significado, simbólico e contínuo a
cultura.

2.2. O TEATRO

2.2.1. A ORGANIZAÇÃO

O Teatro é uma das artes mais antigas do mundo, sendo entendido de várias formas. O turismo é
um fenômeno da sociedade contemporânea, associado a questões sociais, política, culturais e
ambientais. A ligação entre essas duas atividades – Teatro e Turismo – levam ao conceito de turismo
cultural, certo de que o teatro está subscrito na categoria cultura. O setor do turismo não se restringe
apenas aos meios de alojamento, transporte e entretenimento, mas também a todas as manifestações
culturais que motivam a visita dos turistas. “Nestas manifestações podem incluir-se o teatro e as festas,
dois elementos que não foram desenhados com o objetivo turístico, mas que possuem grande
potencialidade ao nível do mesmo”. Daniela e Lamego (2014, p. 25).
Segundo Bell-Gam (2009), citado por DANIELA, Vanessa; LAMEGO, Tavares (2014, p.25) “o
teatro tem sido considerado uma atividade de suporte ao turismo pelas suas qualidades de
entretenimento e lazer”. De acordo com Daniela e Lamego (2014), apesar da evidente importância do
teatro para a indústria turística, a sua relação ainda se encontra pouco estudada e os seus conceitos
pouco aprofundados.
Segundo Freitas (2007, p.50), “em 2005, Salvador tinha 16 (dezesseis) teatros do setor privado,
sendo 12 (doze) sem fins lucrativos, 8 (oito) estaduais, apenas 1 (um) municipal e outro do governo
federal (Universidade Federal da Bahia)”. De acordo com FREITAS (2007) esses teatros mantinham

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uma programação artística em três meses durante o ano, poucos continuaram em funcionamento, pois
não apresentavam uma infraestrutura em estado de uso e boa conservação, assim como profissionais
capacitados para trabalhar na área de eventos culturais. Os teatros de Salvador passaram a enfrentar
problemas referentes à má administração, falta de público e falta de manutenção do espaço. A má
administração está ligada a falta de financiamento prestado pelas empresas mantenedoras. Por conta
desses problemas as instituições privadas desenvolveram estratégias para manterem os teatros no
mercado, já que servem apenas de negócios e não como foco no mercado cultural, enquanto teatros
públicos esperavam por uma ação governamental.
Em Salvador mais da metade dos teatros são de setores privados, que apesar de usufruírem de
benefícios, sofrem com falta de financiamento necessário para a manutenção e investimentos na
divulgação. São teatros com pouca autonomia, uma vez que não trabalham para o mercado cultural e
sim focados em eventos próprios e institucionais. As dificuldades dos teatros de Salvador estão
relacionadas na grande maioria das vezes na maneira como são administrados.
Segundo Freitas e Quintella (2009), os limites desse modelo de gestão, aliados à falta de
estruturação do mercado de produção de artes cênicas na cidade causam reflexos no desempenho dos
teatros de médio porte de Salvador, forçando-os a buscar alternativas como o aluguel do espaço para
eventos empresariais, afastando-se assim do seu próprio core business que é o fomento à arte. Os
teatros optaram por proporcionar menos peças teatrais e dar espaço para locar as suas acomodações
para eventos empresariais e formaturas, utilizaram este método como uma estratégia de
desenvolvimento para não perderem a função de promover a cultura e fecharem as portas, apenas
ampliaram o espaço para novas funções, desenvolvendo-se assim socialmente e economicamente. Esse
tipo de gestão é mais comum em teatros de médio porte que mesmo usando dessa estratégia sofrem
dificuldades. Ainda segundo Freitas e Quintella (2009), devido a sua ligação intrínseca com a missão
das instituições mantenedoras (neste caso, educacionais e sindicais), os teatros de médio porte de
Salvador não conseguem desenvolver plenamente suas potencialidades no mercado cultural.
A área de gestão de projetos culturais é ainda pouco explorada no país, caracterizada pela falta de
profissionais capacitados para suprir as necessidades existentes nesta área, mas, ao mesmo tempo,
sendo cada vez mais imprescindível no âmbito empresarial e governamental, é indispensável um
aprofundamento sobre o tema. A quantidade de cursos e graduações aumenta ao longo do tempo, mas
ainda é notória a falta de um perfil comum ao profissional. A experiência profissional adquirida na
introdução cotidiana do trabalho é fundamental para gerar a própria formulação dos conhecimentos
necessários para se estruturar o processo de formação atual dos gestores de projetos culturais. A
especificidade da área cultural requer um trabalho integrado que se apropria de técnicas e

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conhecimentos interdisciplinares, ao mesmo tempo em que precisa desenvolver métodos próprios e
específicos.
As qualidades que formam o perfil do gestor de projetos culturais, assim como determinados
elementos empreendedores estimados relevantes para o desempenho desse profissional consisti em ser
criativo e compassivo, ter sabedoria para trabalhar em grupo, saber estabelecer metas, buscar
informações, ter planejamento e acompanhamento sistemáticos, buscar oportunidades e iniciativa, ter
exigência de qualidade e eficiência, estar sempre disposto a correr riscos calculados, ter persistência,
comprometimento, persuasão e redes de contatos, independência e autoconfiança. “As maiorias dos
produtores em Salvador trabalham de maneira informal, sem escritório nem equipe própria, com
contratações de equipes temporárias de acordo com a demanda de produção”. Freitas (2007, p.96)
Os diversos eventos produzidos no espaço cultural são planejados de maneiras distintas, porém
passam pelas etapas fundamentais de organização que são o pré-evento, o evento em si e o pós-evento.
É imprescindível estabelecer objetivos, decidir qual o montante a ser reservado como orçamento,
elaborar a programação administrar o evento durante sua realização, entre outros aspectos. Além de
dedicação e atenção aos trabalhos, criar eventos é uma tarefa que exige criatividade e talento para
torná-los ocasiões memoráveis. Em alguns casos, companhias e organizações terão seus eventos bem
sistematizados, é o que ocorre quando, trata-se de um evento anual, cujo esquema é basicamente o
mesmo todos os anos. Um evento de realização regular pode funcionar tranquilamente com apenas
alguns ajustes e atualizações a sistemas e procedimentos bem estabelecidos. Entretanto ele pode falhar
em atingir seu verdadeiro potencial justamente por ter se tornado algo estatístico e previsível.
A fase inicial de planejamento é fundamental porque nela se define os objetivos básicos do
evento, uma vez que serão utilizados como sua coluna vertebral. As atividades a serem desenvolvidas
antes, durante e após a realização do evento, convergirão para que esses objetivos sejam alcançados.
Deve-se coletar o máximo de informações sobre os participantes, a programação, o momento em que o
evento será realizado, a localidade e o formato. Aspectos financeiros são outra parte importante no
planejamento e na organização de um evento e essencial a preparação das previsões de fluxo de caixa
para que se posa alcançar os objetivos.
Sendo ferramenta essencial nas fases das produções artísticas, a comunicação vem sendo pouco
utilizada pelos gestores. O seu uso é de extrema importância para a contribuição da maior
probabilidade de sucesso do espetáculo e tem que ser proposta e ampliada nas etapas de produção, a
fim de atingir o público-alvo, com o auxílio da mídia e das redes sociais tendo como foco captar a
atenção do público criando uma motivação para a ida ao teatro. Mesmo na etapa de pós-produção, é
importante manter a atividade da comunicação, como um pós-marketing do evento, com planejamento.

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A falta dele compromete a continuidade do espetáculo, e para que o mesmo não sejam comprometidos
os envolvidos devem ter uma ampla conversação durante todas as etapas da realização da produção, a
fim de ficarem a par das situações que podem acontecer durante todo o processo do evento até sua
finalização.
Segundo Freitas (2007), a comunicação no processo de produção possibilita fazer as primeiras
ações de divulgação do espetáculo nas mídias sociais e nos meios de comunicações ainda no
pré-evento. Após a estreia do espetáculo, ou seja, na fase de pós-produção, a comunicação contínua
sendo relevante, porém, é nesta fase que a falta de um planejamento compromete a continuidade do
espetáculo. Para estruturar de forma eficiente a comunicação, o gestor faz um trabalho com a
concepção de que a comunicação empresarial vai além da transmissão de informação, é uma questão
mais detalhada e especializada. Trata-se de um processo de estabelecimento de relação entre os setores
da empresa e os seus clientes, tentando proporcionar uma maior concordância de ambas às partes.

2.2.2. A INFRAESTRUTURA E A ACESSIBILIDADE

É necessário levar em consideração também o espaço físico dos centros culturais, que por causas
das condições financeiras em que muitos se encontram tem deixado de prestar um bom acolhimento
aos seus clientes (público). O Teatro deve possui infraestrutura completa e tecnologia suficiente para
melhor atender a toda equipe de produção para a realização dos seus espetáculos, bem como aos
espectadores que vão assistir e precisam de qualidade, conforto e segurança.
É de extrema importância à implantação de um plano de emergência. Segundo Pípolo (2013), o
plano de emergência consiste no conjunto de normas e procedimentos lógicos, técnicos e
administrativos, estruturados de forma a combater resposta rápida e eficaz em situações que envolvam
incêndios e seus desdobramentos, com o intuito de minimizar os efeitos de possíveis acidentes.
Desse modo é muito importante que o teatro tenha uma boa estrutura física para atender a
demanda dos espectadores com comodidade, segurança e acessibilidade para todos. A ideia de inclusão
e acessibilidade surgiu com a luta desencadeada pelos movimentos sociais e outras organizações da
sociedade civil relacionada ao tema ao longo das últimas décadas.
Acessibilidade são as condições e possibilidades de alcance para utilização, com
segurança e autonomia, de edificações públicas, privadas e particulares, seus espaços,
mobiliários e equipamentos urbanos, proporcionando a maior independência possível e
dando ao cidadão deficiente ou àqueles com dificuldade de locomoção, o direito de ir e
vir a todos os lugares que necessitar, seja no trabalho, estudo ou lazer, o que ajudará e
levará à reinserção na sociedade. (GONZALEZ E MATTOS, Site Novoser.org.)

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A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que “Todos os seres humanos nascem livres e
iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos
outros com espírito de fraternidade”. Os Direitos Humanos se aplicam a todos os indivíduos
independentemente de sexo, raça, língua, religião ou deficiências, e estão acima de qualquer diferença e
condição social.
Em 06 de julho de 2015 o país conquistou a vitória de instituir a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (lei nº13.146), que estabeleci o Estatuto da Pessoa com Deficiência. A lei foi
destinada a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das
liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. O
capítulo IX dessa lei trata do direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer.
Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao esporte, ao turismo e ao
lazer em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, sendo-lhe garantido o
acesso:
I – A bens culturais em formato acessível;
II – A programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades culturais e desportivas
em formato acessível; e
III – a monumentos e locais de importância cultural e a espaços que ofereçam serviços
ou eventos culturais e esportivos. (LEI nº13.146)
Na mesma lei 13.146 (2015), ainda é estabelecido que o poder público deve de forma eficiente
adotar soluções com o intuito de eliminar, reduzir ou superar as possíveis barreiras para a promoção
do acesso a todo patrimônio cultural. É dever do poder público promover a participação de pessoas
com deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais, esportivas e recreativas, assegurando a
acessibilidade nos locais dos eventos e nos serviços prestados por pessoa ou entidade envolvida na
organização das atividades. Ainda segundo a Lei nº 13.146 (2015, Art. 44), “nos teatros, cinemas,
auditórios, estádios, ginásios de esporte, locais de espetáculos e de conferências e similares, serão
reservados espaços livres e assentos para a pessoa com deficiência, de acordo com a capacidade de
lotação”.

2.3. O TEATRO E A GESTÃO

2.3.1. AS DIFICULDADES PARA A ADMINISTRAÇÃO DOS TEATROS

Os teatros da cidade de Salvador resistiram ao longo dos últimos anos para evitar o seu
fechamento. Mesmo com toda a luta, alguns tiveram o encerramento de suas atividades ou
simplesmente tiveram que optar por deixar de apresentar essencialmente espetáculos de artes cênicas.
Segundo Freitas (2007), a falta de profissionalismo compromete o desempenho de um espetáculo e

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consequentemente do teatro. Todos os envolvidos devem ter o entendimento conceitual dos projetos
relacionados ao meio artístico que se encontra carente de um processo de estruturação e
profissionalização dos seus agentes e de suas atividades, apesar de já haver algum movimento neste
sentido, principalmente após a disponibilidade e utilização das Leis de Incentivos Fiscais, concedidas
pelos governos federal e estadual.
Tal fato é alarmante, principalmente por Salvador ser uma cidade cultural, a falta de público
frequentador, pouco investimento no desenvolvimento cultural, alto custo de manutenção dos teatros e
falta de uma programação de qualidade, são alguns fatores que levaram a esse movimento de
deterioração dos equipamentos culturais. Pode-se dizer que tudo isso se deve também a escassez da
prática de captação tanto de recursos, para os teatros, quanto de eventos para a cidade.
De acordo com Freitas (2007, p.73), “a gestão de uma produção artística, tal como um espetáculo
teatral, deve seguir a mesma trajetória que a gestão de negócios, por isso requer organização,
profissionalismo e regulamentação pelas leis de mercado”. Aliada à criatividade já existente no setor
cultural, a aplicação das ferramentas de gestão empresarial gera uma maior organização não só na
produção artística como produto de mercado, mas também no setor como um todo, trazendo como
consequências novas perspectivas de crescimento. Ainda de acordo com Freitas (2007, p.99), “a
profissionalização e fortalecimento deste mercado, os teatros de Salvador melhorariam seus
desempenhos, visto que as produções artísticas, como são seus principais clientes, demandariam mais a
utilização de seus equipamentos”.
As dificuldades vividas pelos teatros de Salvador para se manterem no mercado, vem fazendo
com que seus gestores busquem alternativas para melhorarem os desempenhos dos equipamentos. A
mudança nos processos de gestão tanto dos próprios teatros, quanto da produção artística (principal
cliente), com base na adoção do modelo de Unidades Estratégicas de Negócio (UEN) como forma de
proporcionar maior autonomia e permitir uma gestão focada no “mercado cultural”.
A eventual opção por parte dos teatros por desenvolver suas atividades dentro de uma
gestão baseada no conceito de (UEN) poderia contribuir para dinamizar o mercado já
que viria a alterar os mecanismos atuais de concorrência relativa autonomia faria com
que os teatros criassem uma identidade própria em relação às suas mantenedoras,
tornando-se autênticas Unidades Estratégicas, agora voltadas para o mercado cultural.
(FREITAS E QUINTELLA, 2009, p.26).

A gestão através da (UEN) demanda uma estrutura organizacional flexível, com elevada
interação entre a gestão e a equipe de trabalho. FREITAS (2007) diz que na busca de uma estrutura
organizacional flexível e internamente consistente, a análise de todos os componentes (sistema de
responsabilidade; sistema de autoridade; sistema de comunicação e processo decisório) serão
fundamentais para o seu funcionamento.
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2.3.2. A INTERVENÇÃO DO GOVERNO E O USO DAS LEIS DE INCENTIVO

Infelizmente no Brasil, a cultura ainda não é vista como prioridade para os governantes. Essa área
sempre foi vista como um acessório para as demais áreas governamentais. Entretanto o governo pôs em
prática em todo o território nacional a Lei Federal de Incentivo à Cultura (nº.8.313/91), conhecida
como lei Rouanet, criada pelo filósofo Sérgio Paulo Rouanet em 1991 e regulamentada em 1995. A lei
foi designada para dar incentivos a partir de investimentos a cultura, podendo assim, promover o fácil
acesso a ela. A lei Rouanet é um grande marco para o investimento da cultura e de grande importância
para os meios culturais.
O estado pode promover a cultura tanto direto quanto indiretamente através da produção de
atividades culturais por meio de órgãos estatais, contratando serviços da iniciativa privada podendo
promover a cultura de forma direta. O poder público através de incentivos fiscais de financiamento
transfere esta responsabilidade para o setor privado, ou seja, empresas se tornam
produtoras/financiadoras. Leis de incentivo fiscais federais e estaduais foram criadas para que houvesse
um maior envolvimento do governo com a iniciativa privada do ramo, porém ainda assim os descasos
com as questões culturais se fazem presentes no país. “Atualmente, o Brasil possui também leis de
incentivos fiscais em âmbitos estadual e municipal. ” (FREITAS,2007, p.43)
A Lei de Incentivo à Cultura cria condições para que cidadãos e empresas possam utilizar de
ajudas governamentais para fazer um evento com incentivos culturais, como retorno, os produtos e
serviços resultantes serão de utilização pública. Os valores do incentivo podem ser feitos por meio de
doações ou patrocínio, no acontecimento de doações, o incentivador não pode ser mencionado ou
promovido no projeto, apenas pessoas físicas ou jurídicas. “A lei se refere somente a projetos culturais
a serem exibidos publicamente, vetando a concessão de incentivos a obras, produtos ou eventos
circunscritos a circuitos privados ou a coleções particulares. ” (BECKER,1997, p. 64).
Segundo Freitas (2007), pode-se analisar quatro importantes justificativas que apontam para a
necessidade das ações de políticas públicas voltadas para a cultura. A primeira é as falhas que ocorrem
quando os agentes atuantes no mercado não são capazes de agir com eficiência para manter o mercado
em pleno funcionamento. As principais causas das falhas são as externalidades (positivas e negativas),
as informações assimétricas ou imperfeitas e os bens públicos e o poder de monopólio. O segundo
motivo para aplicação de políticas públicas culturais são os avanços tecnológicos que permitem um alto
crescimento de produtividade, porém os investimentos em tecnologia na área cultural ainda são pouco
utilizados. O terceiro motivo se refere à natureza do tipo do bem que é ofertado no mercado, a cultura é
considerada um bem-criado para o público que pode ser chamado também de bem coletivo. Sendo um
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bem público, a cultura pode ser analisada como não excludente e/ou não disputável. Qualquer das duas
características é suficiente para gerar uma falha de mercado. Porém a produção cultural pode ser
também considerada um bem privado, pois pode ser realizada, sem a iniciativa governamental, com
patrocínio e apoio do setor privado. O quarto motivo tem ligação com a valoração da cultura e sua
ligação com o processo educacional da população. As preservações dos valores culturais de um local
estão diretamente ligadas ao seu desenvolvimento. Esses quatro fatores apontam quais as necessidades
presentes no ramo cultural e indicam onde as políticas públicas poderiam agir para modificar tais
fatores.

2.3.3. AS ESTRATÉGIAS DE MARKETING PARA A DIVULGAÇÃO

O marketing é uma atividade de foco captador, que tem o propósito de atingir o público-alvo e
chamar sua atenção para os serviços e produtos oferecidos. Com o teatro não é diferente, o setor de
publicidade do equipamento tem a função de captar o público e levá-lo ao teatro, que tem as suas raízes
fincadas na cultura e distribui lazer a quem lhe frequenta. O marketing consiste na planificação e
execução de um conjunto de atividades comerciais, tendo como objetivo final a troca de produtos e
serviços entre produtoras e consumidores, ou seja, o marketing se resume em: Levar o produto ou
serviço certo ao consumidor certo no tempo e lugar certo.
Segundo Brito e Fontes (2002, p. 39), “a coordenação, organização e administração de marketing
constituem-se na análise, no planejamento e no controle de programas destinados a realizar as trocas
desejadas com o mercado-alvo com o propósito de atingir as metas da organização”. De acordo com
Brito e Fontes (2002), essas ações dependem, sobremodo, do planejamento da oferta da organização,
das necessidades e desejos dos mercados-alvo, utilizando eficazmente o preço, a comunicação e a
distribuição, visando informar, motivar e servir o mercado por meio da implantação de programas que
produzirão um nível desejado de transações com mercados-alvo específico. Todo mercado opera dentro
de um contexto mercadológico, denominado ambiente de marketing. Esse ambiente ou sistema
examinará oportunidades, fatores de risco, lideranças e vantagens nas mais variadas situações.
De acordo com Brito (2002, p. 41), “todo e qualquer empreendimento destaca a importância do
planejamento de marketing na economia global e das crescentes perspectivas de crescimento por meio
desenvolvimento de processos mercadológicos”. Considera-se que serviço são atividades ou benefícios
oferecidos de uma parte à outra e essencialmente subjetivo. Os serviços são intangíveis, inseparáveis,
variáveis e perecíveis, essas características apresentam problemas e solicitam estratégias especiais. O
empreendedor deve traçar metas para tornar tais serviços tangíveis aumentando a produtividade de seus

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fornecedores, padronizando sua qualidade, melhorando a capacidade de oferta e criando diferenciações
competitivas com o auxílio do profissional de marketing.
O marketing de eventos é uma modalidade do marketing promocional que tem como objetivo
criar ambientes interativos onde à marca do patrocinador se junta aos consumidores, promovendo o
evento e aumentando seus lucros. De acordo com Neto (2007, p.31), “o que torna o evento uma
atividade de marketing é a sua capacidade de juntar o empreendimento do patrocinador com os
consumidores em potenciais, em um ambiente interativo”. Segundo Giacalia (2011), as empresas optam
por patrocinar eventos que estejam diretamente relacionados aos seus objetivos e planos de marketing.
O evento tem que ser pensado como uma atividade econômica que gera uma série de benefícios para as
empresas patrocinadoras, para a cidade promotora do evento, para o comércio local e para a
comunidade em geral. No que concerne à esfera de marketing, existe o marketing cultural. “O
marketing cultural compreende a política e a estratégia de financiamento da cultura pela iniciativa
privada. ” (NETO, 2007, p.36).
2.3.4. OS POSSÍVEIS PROVEDORES DE RECURSOS

Para identificar e selecionar os possíveis patrocinadores e apoiadores de um evento, o promotor


deve realizar exaustivamente pesquisas, primeiramente para localizar os mais prováveis e depois para
priorizar aqueles que, entre os possíveis candidatos, estariam em condições de assumir esse e encargo e
que ao mesmo tempo se riam de maior interesse do promotor para a realização do seu evento.
De acordo com Giacalia (2011, p.66), “há no mercado diversas fontes de obtenção de recursos:
patrocínio, co-patrocínio, patrocínio com uso das leis de incentivo fiscal, parceria, apoio, venda de
ingressos/convites”. A decisão por uma ou mais delas dependerá de três aspectos: as características da
empresa (tipo, porte, etc.), o objetivo da empresa com a arrecadação de verba e as características do
evento. Quando o promotor parte para a identificação e seleção dos possíveis patrocinadores, muitas
vezes desconsidera uma série de empresas por não estarem diretamente relacionadas ao segmento
prioritário do evento. Se, entretanto, ele atentar a todo o universo ao redor do seu conceito, perceberá a
grande variedade de segmentos e empresas que podem se interessar pelo seu patrocínio.
Segundo Giacalia (2011), os segmentos-alvo podem ser considerados os: os segmentos
diretamente relacionados ao conteúdo do evento e que compartilham dos mesmos interesses e objetivos
do promotor; os segmentos indiretamente relacionados ao conteúdo do evento e que, apesar de não
terem objetivos comuns aos do promotor, visam a interesses específicos relacionados a uma ou mais
características do evento. E parceiros, independente do segmento ao qual pertencem, todas as empresas
parceiras de negócios do promotor do evento devem fazer parte da lista prioritária de possíveis

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patrocinadores. Ainda de acordo com Giacalia (2011), para identificar esse universo total, deve-se,
primeiramente, percorrer o mercado e listar todos os segmentos, categorias e portes de empresas que
podem se interessar pelo evento, sem restrição nem bloqueio de ideias As informações próprias do
perfil de uma empresa referem-se a: nome; endereço; tele fone; web site; faturamento anual; segmento;
principais executivos; produtos e serviços; descrição de negócios; concorrentes; clientes; fornecedores;
distribuidores entre outras.
Uma vez identificados os segmentos e listadas as empresas que compõem cada um deles, é
preciso selecionar as que serão contatadas comercialmente. Para essa seleção, são necessárias pesquisas
que considerem o perfil das empresas; objetivos do marketing; estratégias de vendas e o orçamento
destinado a eventos de cada empresa. O promotor precisa está com uma grande bagagem de
informações sobre o evento e sobre o patrocinador quando for pedir o patrocínio, para que o
patrocinador se identifique com o evento em si. Deve-se ter em mente também que existem outras
possibilidades de recursos para ser solicitado e que todos são um potencial patrocinador.

3.METODOLOGIA.
3.1 O TEATRO XISTO BAHIA E SUA HISTÓRIA.

A pesquisa tem como característica ser exploratória, qualitativa, com observações por conta dos
autores, constando que se trata de obter dados ricos, resultado de levantamento em profundidade para
conhecer melhor um determinado fenômeno.
A metodologia de pesquisa qualitativa trata-se de uma pesquisa também exploratória,
explicativa e descritiva, com o intuito de ter um estudo mais aprofundado através de
uma pesquisa geral definindo pontos específicos que é o que acontece em um estudo de
caso. (RODRIGUES. 2007, p.9),
Optamos pelo estudo de caso, se trata de um caso raro de um tema pouco mencionado, mas que
necessita de aprofundamento. Segundo Godoy (1995, p. 20-29), “o principal objetivo do estudo de caso
é analisar intensivamente uma dada unidade social com um enfoque exploratório e descritivo
mostrando a multiplicidade de dimensões presente nessa unidade, uma vez que a realidade é sempre
complexa. ”
Esse estudo refere-se a espaços culturais e sua administração, com o objetivo de mostrar o seu
funcionamento e as interrelações entre os setores que compõe a organização de um teatro, bem como
relacionar as estratégias de marketing utilizadas para a divulgação dos serviços e atividades oferecidas,
além de identificar os possíveis provedores de recursos para a realização dos eventos promovidos no
espaço, como foi citado nos nossos objetivos específicos no início do trabalho. O espaço cultural
visitado proporcionou a oportunidade de realizar uma entrevista semiestruturada com o gestor

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responsável, possibilitando a obtenção de informações que contribuiriam para a construção deste
estudo.
Para o estudo de caso foi utilizado como objeto de estudo o espaço cultural Xisto Bahia, que
segundo o site oficial do espaço, ganhou esse nome em homenagem ao ator, compositor, violonista e
teatrólogo Xisto de Paula Bahia, que nasceu em Salvador no bairro do Além do Carmo no dia 06 de
julho de 1841 e faleceu aos 53 anos em Caxambu no estado de Minas Gerais, no dia 30 de outubro de
1894. Filho do major do Exército Francisco de Paula Bahia e de Tereza de Jesus Maria Sacramento
Bahia. Entre os irmãos Soter, Francisco Bento, Horácio e Eulália, ele era o caçula, e estudou até o
primário. Aos 17 anos já cantava suas primeiras modinhas. É dele a primeira música gravada no Brasil,
pela Casa Edison em 1902, o lundu “Isto é bom”.
Apesar da proveitosa produção artística, a vida de Xisto Bahia foi marcada por altos e baixos em
especial nas questões financeiras; mesmo assim, o vigor de sua obra resistiu ao tempo, com uma obra
lembrada e celebrada até os dias atuais. O Espaço Xisto Bahia reforça a importância histórica desse
homem para a arte e a cultura da Bahia.
O Espaço Xisto Bahia, instalado na Biblioteca Central dos Barris, foi inaugurado em 1988 com o
objetivo de abrigar, principalmente, espetáculos de dança e teatro, além de conferências e seminários.
O Teatro Xisto Bahia é um teatro de médio porte, composto por quatro ambientes: a
sala principal com o formato de palco italiano, com 190 lugares com acessibilidade
para portadores de necessidades especiais; duas salas de ensaio; a galeria-foyer; e o
Núcleo de Acervo e Memória, que disponibiliza cartazes, recortes de jornais, textos e
fotografias materiais que fazem parte da memória das artes cênicas baianas, desde
1940. (Ninfa Cunha1. 2016)

Segundo o site oficial do Espaço Xisto Bahia, o teatro abriga, nos últimos anos, o projeto “Ateliê
de Coreógrafos Brasileiros”, um evento de cunho nacional, entre outros muitos espetáculos que são
produzidos no espaço. As apresentações podem ocorrer na sala principal ou no foyer do espaço. Além
de fornece como serviços salas de ensaio que funcionam nos três turnos e são ocupadas com ensaios de
artistas e grupos, oficinas e também algumas apresentações.
A missão do espaço cultural Xisto Bahia é ser um referencial no Brasil como um espaço com
acessibilidade para pessoas com necessidades especiais tanto o público quanto os artistas, produtores e
funcionários.

3.2. OS MÉTODOS UTILIZADOS.

1
Ninfa Cunha gestora do Teatro Xisto Bahia em entrevista com as autoras no dia 29 de agosto de 2016.
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O instrumento aplicado para a obtenção de dados foi a aplicação de uma entrevista
semiestruturada composta por quarenta e oito perguntas, divididas em três blocos: dez para gestor, vinte
e oito para empresa e dez para espetáculo. Com a duração média de duas horas.
As etapas desenvolvidas na elaboração do estudo de caso seguiram o seguinte protocolo: A
primeira etapa foi à leitura e discussão sobre o artigo seguido do início da produção do objetivo geral.
Foram lidos aproximadamente vinte artigos e livros envolvendo temas como: administração, teatro,
eventos culturais, turismo, entre outros. Onde apenas três eram sobre o tema gestão de teatros. Existem
poucos materiais referentes ao tema, como foi dito na justificativa. Finalizado o objetivo geral houve a
construção dos objetivos específicos e da justificativa do trabalho.
A segunda etapa se constituiu a partir do primeiro contato via e-mail com o espaço cultural Xisto
Bahia e a assinatura do termo de aceitação por parte da gestora Ninfa Cunha, concordando em liberar o
espaço para ser o objeto de estudo deste trabalho. A localização é de fácil acesso para aqueles que
conhecem a região, pois o Teatro Xisto Bahia se localiza embaixo da Biblioteca Central dos Barris.
A terceira etapa foi a produção das fichas de leitura constituídas com resumos de livros e artigos,
com assuntos relacionados às matérias: Turismo, lazer e entretenimento; Captação de recursos e
eventos e Planejamento e organização de eventos.
A quarta etapa foi a produção dos capítulos com o objetivo de auxiliar a constituição da
fundamentação teórica do estudo de caso e a elaboração das perguntas da entrevista semiestruturada.
A quinta etapa foi a participação de uma das autoras na reunião da organização e planejamento da
“Semana de Talentosidade”, evento que ocorreu entre 26/09 a 02/10/2016.
A sexta etapa aconteceu no dia 29 de agosto, com a aplicação da entrevista efetiva direcionada a
Coordenadora do Espaço Cultural Xisto Bahia, a senhora Ninfa Cunha. Onde fomos bem
recepcionadas e a entrevista ocorreu de maneira agradável.
Entramos na sétima etapa com a conclusão dos dados obtidos na pesquisa através de uma análise
e uma discussão realizada em grupo, para que todos os dados encontrados fossem registrados ao longo
da pesquisa de maneira que estejam a acrescentar informações sobre o tema.
Por fim, a oitava etapa foi a formatação e revisão do estudo de caso.

4. DADOS ENCONTRADOS

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6. REFERÊNCIAS

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VICENTINO, Cláudio. Historia Geral: Ensino médio. São Paulo: Scipione, 2006. p.12-13.

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Fonte: Autoras do estudo de caso

Fonte: Autoras do estudo de caso

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Fonte: Autoras do estudo de caso

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Curso Superior de Tecnologia em Eventos
Projeto Integrador I
Espaços Culturais - Teatro

ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA
(Elaborado pelas autoras)

Gestor:

1- Você tem formação na área cultural?


2- Esse é o primeiro lugar que administra ou já teve experiência administrando outros teatros
ou espaços culturais?
3- Qual foi a sua trajetória profissional até chegar à ocupação dessa função no teatro?
4- Você tem alguma outra ocupação profissional que exerça atualmente fora do teatro?
5- Há quanto tempo você está à frente da administração desse teatro?
6- Há quanto tempo você trabalha na área cultural?
7- Como você observa o teatro dentro do cenário cultural baiano hoje?
8- Como você vê a idealização desse espaço, que é o teatro, no imaginário do público?
9- Atualmente quais são os maiores desafios para se administrar o teatro?
10- Como você definiria o teatro, equipamento cultural, e qual a sua importância?

Empresa:

1- Você pode contar um pouco da história do espaço.


RH:
1- Qual o número de funcionários?
2- Quantos setores há na empresa? Quais são?
3- Como é feita a contratação de pessoal?
4- Como funcionam as inter-relações entre os setores da empresa
5- Existe algum serviço terceirizado? Qual?

[Digite aqui]
6- Quais são a visão, a missão e os valores da instituição?
7- A organização possui normas internas?
8- A instituição possui um organograma estrutural?
Captação:
1- Como é feita a captação de recursos e eventos para o teatro?
2- Vocês usam alguma lei de incentivo fiscal para a captação de recursos? Qual?
3- Qual a participação do governo nas ações e no repasse de verbas para o teatro?
4- Qual a participação do setor privado nas ações e no repasse de recursos para o teatro?
5- Quais as contrapartidas são oferecidas como vantagens para o patrocinador?
6- Como funciona a venda dos ingressos?
Marketing:
1- Quais as estratégias de marketing usadas para a divulgação dos espetáculos e serviços
oferecidos?
2- Quais as mídias sociais utilizadas nessa divulgação?
3- Há uma preocupação com o processo de pós-evento e como é feito esse pós-evento?
4- Há eventos fixos (anuais) no cronograma de espetáculos? Quais?
5- Por parte do marketing existe uma elaboração de promoções de vendas para atrair o
público?
Infraestrutura:
1- Qual a capacidade de público?
2- Qual a quantidade de banheiros?
3- Tem acessibilidade para pessoas com deficiência? Como e visto a necessidade da
acessibilidade?
4- Quais as medidas de segurança usadas para o espaço e para o público? (Segurança,
portas de emergência, extintores de incêndio...).
5- Qual a quantidade de salas?
6- O equipamento possui espaço gastronômico?
7- Qual o tamanho do palco?
8- Você pode fazer uma breve descrição sobre os equipamentos (som, iluminação,
climatização entre outros) necessários para executar um espetáculo?

Espetáculo:

[Digite aqui]
1- O teatro tem um grupo de produção teatral própria? Se possuir, como funciona essa
produção?
2- Como funciona a marcação para fazer apresentações no teatro?
3- Como é feito o controle do calendário de atividades e eventos?
4- Como é o dialogo entre o produtor do espetáculo e o gestor do teatro?
5- O teatro forneci equipe de apoio para a produção teatral (Contra regras, técnicos de som e
iluminação, figurinistas, coreógrafos).
6- Com relação ao “Seguro de responsabilidade” é o teatro ou o produtor do espetáculo que
fica responsável por contrata-lo?
7- Qual a relação entre a comunidade do entorno e o teatro (espaço)?
8- Qual é o público-alvo do espaço cultural e como é feito essa identificação?
9- É feito uma avaliação da opinião do publico sobre o que é produzido e dos serviços
oferecidos? Como?
10- Qual a importância do espetáculo como forma de entretenimento e propagação da
cultura?

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