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AMOSTRA GRÁTIS – Direito da Criança e do Adolescente para Defensoria do Paraná

Fala pessoal, tudo certo?

Preparamos esse material com muito carinho e atenção.

Segue uma amostra do que vamos apresentar para vocês do nosso Raio-x do Edital

Para mais informações sobre Raio-x DPEPR clicar no link abaixo:

http://joaoduque87-rdsm-site.rds.land/dpe-pr-raio-x-do-edital-defensoria-parana-reta-final
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DPEPR

Essa disciplina é muito importante para sua aprovação!

Indicação de material de apoio.

Caso Elevado, Moderado ou Baixo o seu nível de dificuldade com a matéria utilizar:
Caderno Sistematizado ou CONSULTA principalmente nos pontos de mais dificuldade Coleção Sinopse da Juspodivm do
professor Guilherme freire.

Se a dificuldade for muito elevada pode assistir a algum curso de video aula (G7, CERS ou outros)
Temos aulas gratuitas no Curso Popular de Formação de Defensoras e Defensores Públicos:
https://env1.cursopopulardefensoria.com.br/course/view.php?id=71

JURISPRUDÊNCIA
Obrigatório. Não pode esquecer de estudar cada tema no Buscador Dizer o Direito ou no livro Vade Mecum de
Jurisprudência + livro de Súmulas (também do Dizerodireito):
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Resultado
1. PARADIGMAS LEGISLATIVOS EM MATÉRIA DE INFÂNCIA E JUVENTUDE: A SITUAÇÃO IRREGULAR E A Questões:
PROTEÇÃO INTEGRAL.
Estudei:

Comentários: Neste ponto, estudar pela doutrina

Para o Defensor Público Bruno César da Silva, a evolução história se divide em quatro partes: fase da absoluta indiferença,
fase da mera imputação criminal, fase tutelar, fase da proteção integral.

A fase da absoluta indiferença é aquela onde não existiam normas relacionadas a essas pessoas. Em se tratando de
história, as crianças e adolescentes eram propriedade de seus pais, logo, nem o Estado, nem qualquer outra pessoa,
poderia intervir. Já na Grécia antiga as crianças eram patrimônio do Estado, que as treinava para tornarem-se guerreiros.

Para José de Faria Tavares, na maioria dos povos, seja no Ocidente, ou até mesmo no Oriente, os filhos, durante a
menoridade, eram sujeitos sem direito, dessa forma, essas crianças eram tratadas como servos, onde seus pais poderiam
aliena-las ou mata-las, uma vez que essas eram tratadas como propriedade.
Na Idade Média, o Cristianismo contribuiu para o reconhecimento de direitos às crianças, uma vez que este visava
defender a dignidade para todos, o que, como consequência, moderou o severo tratamento que os pais tinham para com
seus filhos.

Durante o período conhecido como “Brasil colônia”, a criança também era tida como propriedade de seus pais, sem que
houvesse envolvimento algum do Estado.

No âmbito internacional, ao final do século XIX e início do século XX, houve uma pressão popular durante a revolução
industrial, onde uma das reivindicações era a estipulação de uma idade mínima para exercer atividades laborais. Tal
cenário começou a ser alterado com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Mantendo-se na esfera internacional, na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), houve mais uma mobilização pela
proteção dos interesses das crianças e adolescentes, uma vez que, milhares de crianças foram abandonadas em razão da
morte de seus pais.

No cenário nacional, na fase imperial, houve a primeira alteração da situação de falta de normatização, onde as leis
tinham o objetivo de coibir a prática de atos ilícitos. Dessa forma, essa fase tinha como propósito punir as crianças e
adolescentes que praticassem condutas ilícitas. “

Fonte e leis mais:

https://biacarrocini2.jusbrasil.com.br/artigos/789584235/a-evolucao-historica-dos-direitos-das-criancas-e-dos-
adolescentes?ref=feed

- Doutrina da situação irregular x Doutrina da proteção integral

Antes de iniciar é importante que você saiba que a expressão “doutrina” representa, para fins do nosso estudo, um
conjunto de princípios-base do sistema jurídico da infância e juventude. O que nós tivemos foi, portanto, uma
mudança na base principiológica da nossa matéria.

da doutrina da situação irregular para a doutrina da proteção integral

A doutrina da proteção integral foi criada pela Constituição de 1988 - no art. 227 da CF – e expandida com a edição do
Estatuto da Criança e do Adolescente.

A doutrina da situação irregular foi oficializada pelo Código de Menores de 1979, mas implicitamente, esteve presente
desde o Código de Menores de 1927.

Pelo paradigma da situação irregular tínhamos uma aplicação restrita do Código de Menores, apenas às pessoas que se
enquadrassem no art. 2º daquele diploma.

O CÓDIGO DE MENORES APLICAVA-SE A menor privado de condições essenciais à sua subsistência, saúde e instrução
obrigatória, em razão da falta, ação ou omissão dos pais ou responsável; vítimas de maus-tratos; sujeitos a perigo
moral por se encontrarem em ambientes ou atividades contrárias aos bons costumes; autor de infração penal; e
virtude de grave inadaptação familiar ou comunitária”.
Conforme ensina a doutrina, a aplicação do Código de Menores restringe-se ao “binômio carência- delinquência”,
agindo na consequência e não nascausas que levam à carência ou à delinquência.

Além disso, outra característica relevante da doutrina da situação irregular é a concentração das atividades
centralizadas na figura do “Juiz de Menores”.

O resultado dessa sistemática levou a uma prática segregatória, com a condução de crianças e adolescentes para
internatos no caso de menores abandonados e para os institutos de detenção sob o controle da FEBEM – Fundação
Estadual do Bem-estar do Menor.

Não havia também preocupação com a manutenção de vínculos familiares. O entendimento predominante era no
sentido de que as crianças e adolescentes que necessitavam de proteção do Código de Menores chegaram a tal ponto
devido à falência da família, de forma que não se perquiria a questão dos vínculos consanguíneos para a colocação da
criança em família substituta.

Como consequência, conforme ensina doutrina, havia uma dificuldade muito grande no desenvolvimento de políticas
públicas na doutrina da situação irregular:

Não era uma doutrina garantista, até porque não enunciava direitos, mas apenas predefinia situações e determinava
uma atuação de resultados. Agia-se apenas na consequência e não na causa do problema, “apagando-se incêndios”.
Era um Direito do Menor, ou seja, que agia sobre ele, como objeto de proteção e não como sujeito de direitos. Daí a
grande dificuldade de, por exemplo, exigir do Poder Público construção de escolas, atendimento pré-natal, transporte
escolar, direitos fundamentais que, por não encontrarem previsão no código menorista, não eram, em princípio,
passíveis de tutela jurídica.

Na Constituição de 1988 há um rompimento de paradigma, pois as crianças e os adolescentes passam a ser titulares de
direitos fundamentais, tal como prenuncia a Convenção dos Direitos da Criança, da ONU.

Nessa toada, prevê o caput do art. 227 da CF:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade eopressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº
65, de 2010)

Note que a CF trata de enunciar um rol de direitos e garantias fundamentais, posteriormente explicitados no ECA. Esses
direitos, contudo, não são assegurados segundo a regrativa geral que temos no art. 5º, da CF.

Esses direitos previstos no caput do art. 227 devem ser assegurados: a) com absoluta prioridade; e b) em consideração
do fato de que as crianças são pessoas em desenvolvimento. Justifica-se, assim, a normativamente específica na parte
final da CF.

Em sintonia, o ECA fixa uma série de políticas públicas a serem desenvolvidas por todos os entes federativos, mas
principalmente pelo município, que está mais próximo da realidade de cada comunidade, em respeito ao princípio da
municipalização que impera no ECA.

Retira-se o conjunto anterior de atribuições do Juiz da Infância e da Juventude, que mantém, naturalmente, a
competência judicante. Destaca-se a atuação do Ministério Público.

Para fins de prova, devemos memorizar esse quadro comparativo, de autoria deLeoberto Narciso Brancher:
ASPECTO CÓDIGO DE ECA
MENORES
Doutrinário Situação Irregular Proteção Integral
Caráter Filantrópico Política Pública
Fundamento Assistencialista Direito Subjetivo
Centralidade Local Judiciário Município
Competência União/Estados Município
Executória
Decisório Centralizador Participativo
Institucional Estatal Cogestão Sociedade Civil
Organização Piramidal Rede
Hierárquica
Gestão Monocrática Democrática

Fonte deste ponto: trecho extraído de aula gratuita disponibilizado pelo Estratégia para a DPEES.

2. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE NA NORMATIVA INTERNACIONAL. Resultado

2.1. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA. Questões:

2.2. CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA E SEUS PROTOCOLOS FACULTATIVOS.

2.3. CONVENÇÃO SOBRE OS ASPECTOS CIVIS DO SEQUESTRO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS. Estudei:

2.4. CONVENÇÃO RELATIVA À PROTEÇÃO DAS CRIANÇAS E À COOPERAÇÃO EM MATÉRIA DE ADOÇÃO


INTERNACIONAL.

2.5. REGRAS MÍNIMAS DA ONU: PARA PROTEÇÃO DOS JOVENS PRIVADOS DE LIBERDADE E PARA
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE (REGRAS DE BEIJING). DIRETRIZES DAS NAÇÕES
UNIDAS PARA A PREVENÇÃO DA DELINQUÊNCIA JUVENIL.

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca + doutrina + jurisprudência.

 Ler a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA (apenas 10 princípios):


http://crianca.mppr.mp.br/pagina-1069.html
 CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d99710.htm
A Convenção foi adotada em 1989, pela Assembleia Geral da ONU. Em 1990, o Brasil ratificou-a, sem qualquer reserva.
É composta por um preâmbulo e 54 artigos.

O Preâmbulo lembra os princípios fundamentais das Nações Unidas e as disposições de vários tratados de direitos
humanos. Reafirma o fato de as crianças, devido à sua vulnerabilidade, necessitarem de proteção e de atenção
especiais. Destaca, ainda, a necessidade de proteção jurídica e não jurídica da criança antes e após o nascimento; a
importância do respeito pelos valores culturais da comunidade da criança, e o papel vital da cooperação internacional
para que os direitos da criança sejam uma realidade.

A criança é definida como todo o ser humano com menos de dezoito anos, exceto se a lei nacional confere a
maioridade mais cedo.

Todas as decisões que digam respeito à criança devem ter plenamente em conta o seu interesse superior. O Estado
deve garantir à criança cuidados adequados quando os pais, ou outras pessoas responsáveis por ela não tenham
capacidade para isso.

Todas as crianças têm o direito inerente à vida, e o Estado tem obrigação de assegurar a sobrevivência e
desenvolvimento da criança.

A criança tem direito a um nome desde o nascimento, também tem o direito de adquirir uma nacionalidade e, na
medida do possível, de conhecer os seus pais e de ser criada por eles.

A criança tem o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre questões que lhe digam respeito e de ver essa
opinião tomada em consideração, tanto na esfera administrativa quanto judicial.

Além disso, a Convenção consagra a liberdade de pensamento, consciência e religião; liberdade de reunião e de
associação.

Por fim, a criança suspeita, acusada ou reconhecida como culpada de ter cometido um delito tem direito a um
tratamento que favoreça a sua dignidade e seu valor pessoal, que leve em conta a sua idade e que vise a sua
reintegração na sociedade. A criança tem direito a garantias fundamentais, bem como a uma assistência jurídica ou
outra forma adequada à sua defesa. Os procedimentos judiciais e a colocação em instituições devem ser evitados
sempre que possível.

PROTOCOLO FACULTATIVO À CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DAS CRIANÇAS, RELATIVO À VENDA DE
CRIANÇAS, PROSTITUIÇÃO INFANTIL E PORNOGRAFIA INFANTIL Entrou em vigor em 18.1.2002. Cuida da proibição de
venda de crianças, prostituição e pornografia infantil.

PROTOCOLO FACULTATIVO À CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA, RELATIVO À


PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS EM CONFLITOS ARMADOS Entrou em vigor em 12.2.2002. Cuida do envolvimento de
crianças em conflitos armados. Foi ratificado pelo Brasil em 27.1.2004, sem qualquer reserva ou declaração.

COMITÊ SOBRE OS DIREITOS DAS CRIANÇAS. Nos termos do art. 43, 2, é um órgão composto de 18 "peritos de alta
autoridade moral e de reconhecida competência no domínio abrangido pela presente Convenção"

 DECRETO No 3.413, DE 14 DE ABRIL DE 2000. Promulga a Convenção sobre os Aspectos Civis do Seqüestro
Internacional de Crianças, concluída na cidade de Haia, em 25 de outubro de 1980.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3413.htm

 DECRETO No 3.087, DE 21 DE JUNHO DE 1999. Promulga a Convenção Relativa à Proteção das Crianças e à
Cooperação em Matéria de Adoção Internacional, concluída na Haia, em 29 de maio de 1993
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3087.htm
 Regras de Beinjing
http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/c_a/lex46.htm

3. Os direitos da criança e do adolescente na Constituição Federal. Resultado


Questões:

Estudei:

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca + doutrina + jurisprudência.

 -DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

De acordo com o art. 24, XV da CF, a competência para legislar sobre a proteção aos direitos da criança e do
adolescente é concorrente entre a União (normal geral), Estados (normas específicas) e Municípios (interesse local).

A lei que instituiu o SINASE, Lei 12.594/2012, trouxe de forma detalhada as competências de cada ente. E permitiu que
as unidades de internação fixassem, em seu regimento interno, as faltas graves, médias e leves. Segundo o professor
do VJ, DP no RS, esta parte da lei seria inconstitucional, uma vez que não respeita o paralelismo com a LEP, pois esta
exige a edição de lei federal para a fixação de falta grave.

O caput do art. 6º da CF consagra como um direito social a proteção à infância.

Segundo Pedro Lenza, a proteção à infância tem natureza assistencial (art. 203, I e II), havendo expressa previsão de
proteção à criança e ao adolescente nos termos do art. 227, com o destaque para a previsão do Estatuto da Juventude
introduzido pela EC n. 65/2010

Ainda como direito social, importante destacar o art. 7º, XXXIII da CF, que proíbe o trabalho noturno e insalubre aos
menores de 18 anos, bem como proíbe o trabalho aos menores de 16 anos e permite, na condição de aprendiz o
trabalho aos menores entre 14 e 16 anos.

O art. 227 da CF, após a EC 65/10 que o modificou, determina que cabe à família, à sociedade e ao Estado assegurar
todos os direitos às crianças e os adolescentes, de forma prioritária e absoluta. A seguir uma análise detalhada do
mesmo.

A EC 65/10 introduziu o jovem (de 15 a 29 anos) como sujeito de direito, além da criança (até doze anos incompletos) e
do adolescente (de 12 até 18 anos incompletos).

Art. 228 CF/88. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

** aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, em maio/2007, a EC 20/99 visa reduzir para
dezesseis anos a idade para imputabilidade penal.

Video aula gratuita:


professor Guilherme Freire de Melo Barros traz uma aula gratuita de Noções de Direito – ECA, abordando como tema
“Lições preliminares: absoluta prioridade e proteção integral e conceito de criança e adolescente”.
https://www.youtube.com/watch?v=H1Who8hc1ts

4. O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: ABRANGÊNCIA, CONCEPÇÃO E ESTRUTURA. PARTE Resultado


GERAL, PARTE ESPECIAL, DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, FINAIS E TRANSITÓRIAS.
Questões:
4.1. DIREITOS FUNDAMENTAIS: VIDA E SAÚDE; LIBERDADE, RESPEITO E DIGNIDADE; CONVIVÊNCIA
FAMILIAR E COMUNITÁRIA; EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER; PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO
NO TRABALHO. Estudei:
4.2. PREVENÇÃO.

4.3. A POLÍTICA DE ATENDIMENTO, MEDIDAS DE PROTEÇÃO, MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS OU


RESPONSÁVEIS.

4.4. PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS.

4.5. CONSELHO TUTELAR E CONSELHOS DE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

4.6. DO ACESSO À JUSTIÇA. DISPOSIÇÕES GERAIS. JUSTIÇA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE. PROCEDIMENTOS.


RECURSOS. MINISTÉRIO PÚBLICO E DEFENSORIA PÚBLICA. PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES
INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS.

4.7. CRIMES E INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS PREVISTOS NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.


4.8. PROCEDIMENTO DE APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL E SISTEMA ACUSATÓRIO.

4.9. DEFENSOR DA CRIANÇA.

4.10. DEFENSORIA PÚBLICA COMO CUSTUS VULNERABILIS.

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca + doutrina + jurisprudência.

Pessoal esse ponto se refere a todo o ECA. Vamos inserindo os artigos e comentado para vocês.

OBSERVAÇÃO: ARTIGOS RELACIONADOS AO PONTO

Das Disposições Preliminares – Arts. 1 ao 6°

Título II - Dos Direitos Fundamentais


Capítulo I - Do Direito à Vida e à Saúde – Arts. 7º ao 14
Capítulo II - Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade – Arts. 15 a 18
Capítulo III - Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
Seção I - Disposições Gerais – Arts. 19 a 24
Seção II - Da Família Natural – Arts. 25 a 27
Seção III - Da Família Substituta
Subseção I - Disposições Gerais – Arts. 28 a 32
Subseção II - Da Guarda – Arts. 33 a 35
Subseção III - Da Tutela – Arts. 36 a 38
Subseção IV - Da Adoção – Arts. 39 a 52
Capítulo IV - Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer – Arts. 53 a 59
Capítulo V - Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho – Arts. 60 a 69

Foco na adoção. Abordaremos melhor no tópico 6.

Novidade legislativa. A Lei n.12.962/2014 altera o ECA, trazendo regras para facilitar a convivência da criança e do
adolescente com seu pai ou mãe que esteja preso.(art. 19 §4º)

A Lei 13.257/2016 (Estatuto da Primeira Infância), dispõe sobre políticas públicas para a primeira infância.

Apesar de ser de 2016 é importante a leitura dos comentários feitos pelo dizerodireito. Costuma-se cobrar as
alterações.

https://www.dizerodireito.com.br/2016/03/comentarios-lei-132572016-estatuto-da.html

ABORTO E ANTECIPAÇÃO TERAPÊUTICA DO PARTO – ADPF 54

Saber o procedimento caso a gestante ou mãe manifeste interesse de entregar o filho para adoção.

Atenção na possibilidade de Prisão domiciliar para gestantes, puérperas, mães de crianças e mães de pessoas com
deficiência.

Pesquisar o que muda, na prática, com a Lei nº 13.010/2014 (“MENINO BERNARDO”).

Existe um tipo penal para punir o "bullying" no Brasil?

Também aprofunde pesquisa sobre o direito à liberdade x rolezinho x toque de recolher (TEMA QUENTE DE
DEFENSORIA)

O STJ, ao julgar HC impetrado pela DPE/SP, concedeu ordem de ofício para a anulação da portaria editada pelo juiz da
infância de Ribeirão Preto, a qual proibia crianças e adolescentes, a partir de certa idade, a frequência desacompanhada
aos shoppings centers locais, sob o argumentode violação frontal ao direito de liberdade de ir e vir, bem como em função
do preconceito em relação àqueles que não possuíam condições financeiras para usufruir de outras formas de lazer,
diversão e brincadeiras.

STJ, em HC coletivo, entende que o toque de recolher é inconstitucional, por violar inúmerosdireitos do ECA.

A Lei 13.306/2016, de 4 de julho de 2016, modificou dois incisos do ECA, o IV no art. 54 e o III no art. 208, alterando o
limite de idade em creche e pré-escola, antes da Lei era de ZERO a SEIS anos, com a redação atual passou a ser de ZERO
a CINCO anos.

https://www.dizerodireito.com.br/2016/07/lei-133062016-altera-o-eca-e-preve-
que.html#:~:text=SIM.,%2C%20da%20CF%2F88).

Se liga:

O Poder Judiciário pode obrigar o Município a fornecer vaga em creche a criança de até 5 anos de idade.
A educação infantil, em creche e pré-escola, representa prerrogativa constitucional indisponível garantida às crianças
até 5 anos de idade, sendo um dever do Estado (art. 208, IV, da CF/88).
Os Municípios, que têm o dever de atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil (art. 211, § 2º,
da CF/88), não podem se recusar a cumprir este mandato constitucional, juridicamente vinculante, que lhes foi
conferido pela Constituição Federal.
STF. Decisão monocrática. RE 956475, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 12/05/2016 (Info 827).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e369853df766fa44e1ed0ff613f563bd

Título III - Da Prevenção


Capítulo I - Disposições Gerais – Arts. 70 a 73
Capítulo II - Da Prevenção Especial
Seção I - Da informação, Cultura, Lazer, Esportes, Diversões e Espetáculos – Arts. 74 a 80
Seção II - Dos Produtos e Serviços – Arts. 81 e 82
Seção III - Da Autorização para Viajar - Arts. 83 a 85

Destaca-se:

ARMAS, MUNIÇÕES E EXPLOSIVOS (DELITO PREVISTO NO ART. 16, §Ú, V DA L. 10.826/03 C/C ART. 242 ECA)

ECA Art. 81. É proibida a venda à criança ou ao adolescente de: II - bebidas alcoólicas ( Em 2015, foi publicada a Lei
13.106 que alterou o art. 243 do ECA. Antes, vender bebida alcoólica à criança ou adolescente era mera contravenção
penal; após a lei, é considerado crime)

Art. 70 ECA. É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente.

Art. 74 ECA (classificação indicativa de faixa etária)

Art. 81 ECA (coisas que não podem ser vendidas à crianças e adolescentes)

Em 2015, foi publicada a Lei 13.106 que alterou o art. 243 do ECA. Antes, vender bebida alcoólica à criança ou
adolescente era mera contravenção penal; após a lei, é considerado crime

Sabeer Art. 83 a 85 do ECA (viagem de criança e adolescente):

Art. 84. Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a CRIANÇA ou ADOLESCENTE:

I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável;

II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma
reconhecida.

Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional
poderá sair do País em companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

Fique ligado nas diferenças para viagens exterior/nacional:

https://www.dizerodireito.com.br/2019/03/ola-amigos-do-dizer-o-direito-foi.html

Veja abaixo o resumo dos arts. 83 a 85 do ECA:

Viagem NACIONAL

Situação É necessária autorização?


Criança e adolescente menor de 16 anos viajar NÃO

com o pai e a mãe.


Criança e adolescente menor de 16 anos viajar NÃO

com o pai ou só com a mãe.


Criança e adolescente menor de 16 anos viajar NÃO

com algum ascendente (avô, bisavô). (nem dos pais nem do juiz)
Criança e adolescente menor de 16 anos viajar NÃO
com algum colateral, maior de idade, até 3º
grau (nem dos pais nem do juiz)

(irmão, tio e sobrinho).


Criança e adolescente menor de 16 anos viajar SIM
acompanhada de uma pessoa maior de idade,
mas que não seja nenhum dos parentes acima Será necessária uma
listados (ex: amigo da família, chefe de autorização expressa do pai,
excursão, mãe ou responsável (ex: tutor)
pela criança.
treinador de time).
Criança e adolescente menor de 16 anos viajar SIM
sem estar acompanhada por uma pessoa maior
de Será necessária uma
autorização do juiz da infância e
idade. juventude.
Criança e adolescente menor de 16 anos viajar NÃO
desacompanhada de parentes para comarca
vizinha, localizada dentro do mesmo Estado, (nem dos pais nem do juiz)
oupara comarca que pertença à mesma região

metropolitana.
Adolescente maior de 16 anos viajar NÃO
desacompanhado de pais, responsável, parente
ou qualquer outra pessoa. Adolescentes maiores de 16
anos podem viajar pelo Brasil
sem autorização.
DEMANDA autorização judicial para viajar NÃO
demanda autorização judicial
Viagem de CRIANÇA para FORA CRIANÇA, quando tratar-se de
da Comarca onde reside (não comarca contígua à residência, se
sendo comarca contigua, na na mesma unidade da Federação,
mesma região metropolitana), ou incluída na mesma região
SEM estar acompanhada dos metropolitana.

pais ou responsáveis
Viagem para o EXTERIOR tanto CRIANÇA quando em viagem
de CRIANÇA como de nacional, estiver acompanhada
ADOLESCENTE nascida em de ascendentes ou colaterais até
território nacional quando 3º grau, desde que maiores e
acompanhada de estrangeiro comprovado documental
residente e
o parentesco
domiciliado no exterior.
CRIANÇA, quando em viagem
nacional, estiver

acompanhada de qualquer
pessoa maior de idade,

Comentários: estudar lei seca + jurisprudência.

Artigos do ECA relacionados ao ponto:

Título I - Da Política de Atendimento


Capítulo I - Disposições Gerais – Arts. 86 a 89
Capítulo II - Das Entidades de Atendimento
Seção I - Disposições Gerais – Arts. 90 a 94
Seção II - Da Fiscalização das Entidades – Arts. 95 a 97

Linhas da política de atendimento – art. 87.

Diretrizes da política de atendimento - Art. 88. São diretrizes da política de atendimento:

I - municipalização do atendimento

Aqui houve mudança de paradigma adotado pelo ECA, pois antes era centrada na União e hoje é no Município, ex.:
Cabe ao Município criar creches, desenvolver programas educativos para crianças e adolescentes, etc.

Entidades de atendimento - ler arts. 90 e 92.

Saber bem os Princípios que devem ser observados por entidades de acolhimento familiar e institucional (art. 92 ECA) e
os Princípios que regem as entidades de internação (art. 94 ECA).
Caberá ao Conselho Tutelar, Juiz da Vara de Infância e Juventude e Ministério Público fiscalizar estas entidades de
atendimento.

Quais são as penalidades que podem ser aplicadas a estas entidades? Art. 97 ECA. As penalidades serão aplicadas pelo
juiz da vara da infância e juventude. A responsabilidade é objetiva.

Comentários: estudar lei seca + juris.

Título V - Do Conselho Tutelar


Capítulo I - Disposições Gerais – Arts. 131 a 135
Capítulo II - Das Atribuições do Conselho – Arts. 136 e 137
Capítulo III - Da Competência – Art. 138
Capítulo IV - Da Escolha dos Conselheiros – Art. 139
Capítulo V - Dos Impedimentos – Art. 140

Conceito - Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão PERMANENTE e AUTÔNOMO, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.

De olho na diferença entre CONSELHO TUTELAR X CONSELHO DE DIREITOS.

Quantas vezes pode ser reconduzido um conselheiro tutelar? Há limitação?

O art. 133 do ECA prevê os requisitos para a candidatura de membro do CT. Lei municipal pode indicar outros
requisitos (Resp 402.155/RJ).

Comentários: estudar lei seca + juris.

Título II - Das Medidas de Proteção


Capítulo I - Disposições Gerais – Art. 98
Capítulo II - Das Medidas Específicas de Proteção – Arts. 99 a 102
Seção IV - Da Colocação em Família Substituta – Arts. 165 a 170

As medidas de proteção são aplicáveis a crianças ou adolescentes em situação de risco, ou seja, quando seus direitos
estiverem ameaçados ou violados:

I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;


II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.

As medidas de proteção estão previstas no art. 101 do ECA.

Fica ligado nos PRINCÍPIOS QUE REGEM AS MEDIDAS DE PROTEÇÃO (ART. 100, §Ú ECA):
INCISO I: CONDIÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMO SUJEITOS DE DIREITOS
INCISO II: PROTEÇÃO INTEGRAL E PRIORITÁRIA
INCISO III: RESPONSABILIDADE PRIMÁRIA E SOLIDÁRIA DO PODER PÚBLICO
INCISO IV: INTERESSE SUPERIOR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
INCISO V: PRIVACIDADE
INCISO VI: INTERVENÇÃO PRECOCE
INCISO VII: INTERVENÇÃO MÍNIMA
INCISO VIII: PROPORCIONALIDADE E ATUALIDADE
INCISO IX: RESPONSABILIDADE PARENTAL
INCISO X: PREVALÊNCIA DA FAMÍLIA
INCISO XI: OBRIGATORIEDADE DA INFORMAÇÃO
INCISO XII: OITIVA OBRIGATÓRIA E PARTICIPAÇÃO

Atenção, pesquisar: Matrícula e frequência obrigatória em estabelecimento oficial de ensino fundamental;


Acolhimento institucional; Inclusão em programa de acolhimento familiar

Comentários: estudar lei seca + juris.

Título IV - Das Medidas Pertinentes aos Pais ou Responsável– Arts. 129 e 130

Observar que os incisos I a VI do art. 129 contemplam as medidas assistenciais, enquanto os incisos VII a X preveem as
medidas sancionatórias.

Importante! Saiba quem tem competência para a aplicação das medidas em questão. Juiz x CT. Advertência é a única
medida sancionatória que pode ser aplicada pelo CT.

Se liga! Qualquer medida aplicada pelo Conselho Tutelar poderá ser revista pelo Poder Judiciário, quando requerida pelo
interessado (pais, responsáveis e Ministério Público), conforme previsto no art. 137 ECA.

O juiz da infância e juventude pode agir de ofício?

- STJ Inf.: 493 - O juiz da infância e juventude tem o poder de determinar, de ofício, a realização de providências em
favor de criança ou adolescente em situação de risco (no caso concreto, matrícula em escola pública), sem que isso
signifique violação do princípio dispositivo.

Comentários: estudar lei seca + juris.

Artigos do ECA pertinentes:

Capítulo III - Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária


Seção I - Disposições Gerais – Arts. 19 a 24
Seção II - Da Família Natural – Arts. 25 a 27
Seção III - Da Família Substituta
Subseção I - Disposições Gerais – Arts. 28 a 32
Subseção II - Da Guarda – Arts. 33 a 35
Subseção III - Da Tutela – Arts. 36 a 38
Subseção IV - Da Adoção – Arts. 39 a 52

Observar que o ECA traz uma classificação tripartida de família: natural, extensa ou ampliada e substituta. Saiba os
conceitos e regras/lógicas de enquadramento excepcional.

Dos cadernos sistematizados, extraímos os quadrinhos abaixo:

Se o pai/mãe do menor for condenado (a), ele (a) perderá, obrigatoriamente, o poder familiar? Art. 23, §2º ECA .

As ações de perda ou suspensão do poder familiar são regidas por regras processuais previstas no ECA (arts. 155-163).
Subsidiariamente, aplicam-se as normas do CPC (art. 152).
A competência para julgar essa ação será da:
- Vara da Infância e Juventude: se o menor estiver em situação de risco (art. 148, parágrafo único do ECA); ou
- Vara de Família: se não houver situação de risco.

Família substituta (guarda, tutela e adoção). Foco aqui, pessoal!

Saber quais os critérios a serem observados para colocação em família substituta e as regras pertinentes a cada
espécie.

Adoção é tema quente! Procure estudar a evolução legislativa, as espécies, características, requisitos e impedimentos.

Adoção é medida, em regra irrevogável. Exceção (REsp 1.545.959-SC).

Nos processos de adoção, deverá ser dada prioridade de tramitação aos casos em que o adotando for criança
ou adolescente com DEFICIÊNCIA ou com DOENÇA CRÔNICA.

Atenção a possibilidade de Adoção póstuma (adotante já falecido) prevista no art. 42, 6§, do ECA.

É possível adoção homoafetiva unilateral (Resp 1.281093-SP).

Fonte: Cadernos sistematizados.

O procedimento de colocação em família substituta pode se dar por jurisdição voluntária (art. 166 ECA) ou contenciosa
(art. 169).
Se liga na jurisprudência:

É possível, mesmo ante a regra da irrevogabilidade da adoção, a rescisão de sentença concessiva de adoção ao
fundamento de que o adotado, à época da adoção, não a desejava verdadeiramente e de que, após atingir a
maioridade, manifestou-se nesse sentido.
A interpretação sistemática e teleológica do § 1º do art. 39 do ECA conduz à conclusão de que a irrevogabilidade da
adoção não é regra absoluta, podendo ser afastada sempre que, no caso concreto, verificar-se que a manutenção da
medida não apresenta reais vantagens para o adotado, tampouco é apta a satisfazer os princípios da proteção integral
e do melhor interesse da criança e do adolescente.
STJ. 3ª Turma. REsp 1892782/PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 06/04/2021 (Info 691).

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1a07bcc79f21590b3ed2622d5807bdd0>

Presentes os requisitos autorizadores da tutela antecipada, é cabível a inclusão de informações adicionais, para uso
administrativo em instituições escolares, de saúde, cultura e lazer, relativas ao nome afetivo do adotando que se
encontra sob guarda provisória.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.878.298/MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 02/03/2021 (Info 687).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/d800149d2f947ad4d64f34668f8b20f6

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) adota a chamada doutrina da proteção integral (art. 1º da Lei nº
8.069/90), segundo a qual deve-se observar o melhor interesse da criança.
Ressalvado o risco evidente à integridade física e psíquica, que não é a hipótese dos autos, o acolhimento institucional
não representa o melhor interesse da criança.
A observância do cadastro de adotantes não é absoluta porque deve ser sopesada com o princípio do melhor interesse
da criança, fundamento de todo o sistema de proteção ao menor.
O risco de contaminação pela Covid-19 em casa de acolhimento justifica a manutenção da criança com a família
substituta.
STJ. 3ª Turma. HC 572854-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 04/08/2020 (Info 676).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a1d2b0ef5b72772ee48ce14b993e225c

A ordem cronológica de preferência das pessoas previamente cadastradas para adoção não tem um caráter absoluto,
devendo ceder ao princípio do melhor interesse da criança e do adolescente, razão de ser de todo o sistema de defesa
erigido pelo ECA, que tem na doutrina da proteção integral sua pedra basilar.
STJ. 3ª Turma. HC 505730/SC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 05/05/2020.

O art. 42, § 1º proíbe que os avós adotem seu neto (“Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando”).
Essa regra proibitiva tem por objetivo:
• evitar inversões e confusões nas relações familiares - em decorrência da alteração dos graus de parentesco
• impedir a utilização do instituto com finalidade meramente patrimonial.
Vale ressaltar, no entanto, que o STJ admite a sua mitigação (relativização) excepcional quando:
a) o pretenso adotando seja menor de idade;
b) os avós (pretensos adotantes) exerçam, com exclusividade, as funções de mãe e pai do neto desde o seu
nascimento;
c) a parentalidade socioafetiva tenha sido devidamente atestada por estudo psicossocial;
d) o adotando reconheça os - adotantes como seus genitores e seu pai (ou sua mãe) como irmão;
e) inexista conflito familiar a respeito da adoção;
f) não se constate perigo de confusão mental e emocional a ser gerada no adotando;
g) não se funde a pretensão de adoção em motivos ilegítimos, a exemplo da predominância de interesses econômicos;
e
h) a adoção apresente reais vantagens para o adotando.
Assim, é possível a mitigação da norma geral impeditiva contida no § 1º do art. 42 do ECA, de modo a se autorizar a
adoção avoenga em situações excepcionais.
STJ. 3ª Turma. REsp 1448969-SC, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 21/10/2014 (Info 551).
STJ. 4ª Turma. REsp 1587477-SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 10/03/2020 (Info 678).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/c570c225d1fb8a72ad79995dd17a77bc

No caso de adoção unilateral, a irrevogabilidade prevista no art. 39, § 1º do Estatuto da Criança e do Adolescente pode
ser flexibilizada no melhor interesse do adotando.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.545.959-SC, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, Rel. para acórdão Min. Nancy Andrighi, julgado
em 6/6/2017 (Info 608).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/cc384c68ad503482fb24e6d1e3b512ae

Comentários: estudar lei seca, doutrina e jurisprudência.

Título III - Da Prática de Ato Infracional


Capítulo I - Disposições Gerais – Arts. 103 a 105
Capítulo II - Dos Direitos Individuais – Arts. 106 a 109
Capítulo III - Das Garantias Processuais – Arts. 110 e 111
Capítulo IV - Das Medidas Sócio-Educativas
Seção I - Disposições Gerais – Arts. 112 a 114
Seção II - Da Advertência – Art. 115
Seção III - Da Obrigação de Reparar o Dano – Art. 116
Seção IV - Da Prestação de Serviços à Comunidade – Art. 117
Seção V - Da Liberdade Assistida – Arts. 118 e 119
Seção VI - Do Regime de Semi-liberdade – Art. 120
Seção VII - Da Internação – Arts. 121 a 125
Capítulo V - Da Remissão – Arts. 126 a 128

Um dos mais importantes!! Fiquem atentos.

Estudar sobre a imputabilidade.


Pesquise sobre a remissão; audiência de apresentação; audiência de continuação e recurso (esses temas são bem
peculiares e do dia a dia do defensor que atua nessa área).

Saiba os procedimentos de apuração dos atos infracionais. Fase administrativa x fase judicial. Distinções nos casos de
atos praticados por criança e por adolescente.

Quais são as normas de regência?


Regra: ECA

Na falta de normas específicas:

 CPP: Para regular o processo de conhecimento.


 CPC: para regular o sistema recursal.

Quanto às medidas socioeducativas, importante saber que se trata de uma medida jurídica aplicada ao adolescente
autor de ato infracional.
O rol destas medidas encontra-se no art. 112 do ECA:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI

Atenção na novidade legislativa de 2016:


Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98 (situação de risco), a autoridade competente (pode
conselho tutelar, juiz) poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas:
(...)
IV - inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família, da criança e
do adolescente; (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

Saber a classificação das medidas!!! e seus prazos!

Se liga que a Prestação de serviço à comunidade tem período máximo de 6 meses e jornada máxima de 8h semanais
(art. 117 ECA)
Atenção:
Súmula 492 do STJ - O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz obrigatoriamente à imposição
de medida socioeducativa de internação do adolescente.

Informativo 733 STF - O STF comunga do mesmo entendimento e possui diversos precedentes afirmando que a
imposição de medida socioeducativa de internação deve ser aplicada apenas quando não houver outra medida
adequada. Assim, quando for aplicada a internação, o magistrado deverá adotar uma fundamentação idônea que
apresente justificativas concretas para a escolha dessa medida socioeducativa.

Saiba as modalidades de internação e os respectivos prazos.

Atenção à REMISSÃO prevista no eca!! Recomendo a leitura:

http://www.dizerodireito.com.br/2016/10/remissao-prevista-no-eca-saiba-mais.html

Espécies de remissão:
Remissão como forma de Remissão como forma de

EXCLUSÃO do processo SUSPENSÃO ou EXTINÇÃO do


processo

É pré-processual (antes do processo É processual, ou seja, depois que a


iniciar). ação socioeducativa foi proposta.

Concedida pelo MP. Concedida pelo juiz.

Concedida a remissão pelo O Ministério Público deverá ser


representante do MP os autos serão ouvido, mas sua opinião não é
conclusos ao juiz para homologar ou vinculante. Quem decide se concede
não (art. 181 do ECA). ou não a remissão é o magistrado.

Também chamada de remissão Também chamada de remissão


ministerial. judicial.

Prevista no art. 126, caput, do ECA: Prevista no art. 126, parágrafo único,
do ECA:
Art. 126. Antes de iniciado o
procedimento judicial para apuração de Art. 126 (...)
ato infracional, o representante do
Ministério Público poderá conceder a Parágrafo único. Iniciado o
remissão, como forma de exclusão do procedimento, a concessão da
processo, atendendo às circunstâncias remissão pela autoridade judiciária
e consequências do fato, ao contexto importará na suspensão ou extinção
social, bem como à personalidade do do processo.
adolescente e sua maior ou menor
participação no ato infracional.

Remissão como própria e imprópria

A remissão pode ser classificada em:

PRÓPRIA IMPRÓPRIA

Ocorre quando é concedido perdão Ocorre quando é concedido o perdão ao


puro e simples ao adolescente, sem adolescente, mas com a imposição de
qualquer imposição. que ele cumpra alguma medida
socioeducativa, desde que esta não seja
restritiva de liberdade.

A doutrina afirma que, neste caso, É indispensável o consentimento do


não é necessário o consentimento adolescente e de seu responsável, além
do adolescente nem a presença de da assistência jurídica de um advogado
advogado. ou Defensor Público.
Vale ressaltar mais uma vez que não é possível a aplicação de remissão imprópria pelo MP sem que haja homologação
judicial. Isso restou consignado em uma súmula editada pelo STJ:

Súmula 108-STJ: A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática de ato infracional, é da
competência exclusiva do juiz.

Olho aberto em razão da incidência prática.

Saber os princípios:

PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS RESTRITIVAS DE LIBERDADE

PRINCÍPIO DA BREVIDADE (ART. 121 ECA)

PRINCÍPIO DA EXCEPCIONALIDADE (ART. 122, §2º ECA)

PRINCÍPIO DO RESPEITO À PECULIAR CONDIÇÃO DE PESSOA EM DESENVOLVIMENTO (ART. 112, §3º C/C 123 ECA)

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS

Estude sobre prescrição das medidas socioeducativas. Súmula 338/STJ.

Olho na juris!

A existência de relatório a recomendar a extinção de medida socioeducativa não vincula o Órgão julgador, que pode
decidir, de forma fundamentada, levando em conta outros dados do processo.
STF. 1ª Turma. RHC 179441, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 12/05/2021.

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/45ab12afa05e563bb484781693dffc87

Tratando-se de medida socioeducativa aplicada sem termo, o prazo prescricional deve ter como parâmetro a duração
máxima da internação (3 anos), e não o tempo da medida, que poderá efetivamente ser cumprida até que o
socioeducando complete 21 anos de idade.
Assim, deve-se considerar o lapso prescricional de 8 anos previsto no art. 109, IV, do Código Penal, posteriormente
reduzido pela metade em razão do disposto no art. 115 do mesmo diploma legal, de maneira a restar fixado em 4 anos.
STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1856028-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 12/05/2020 (Info 672).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8be6adae5ae0e157014d7d250870f212

Não há impeditivo legal para a internação de adolescente gestante ou com filho em amamentação, desde que seja
garantida atenção integral à saúde do adolescente, além de asseguradas as condições necessárias para que a
adolescente submetida à execução de medida socioeducativa de privação de liberdade permaneça com o seu filho
durante o período de amamentação (arts. 60 e 63, § 2º da Lei nº 12.594/12 - SINASE).
STJ. 5ª Turma. HC 543279-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/03/2020 (Info 668).
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1349b36b01e0e804a6c2909a6d0ec72a

O ECA não estipulou um número mínimo de atos infracionais graves para justificar a internação do menor infrator com
fulcro no art. 122, II, do ECA (reiteração no cometimento de outras infrações graves).
Logo, cabe ao magistrado analisar as peculiaridades de cada caso e as condições específicas do adolescente a fim de
aplicar ou não a internação.
A depender das particularidades e circunstâncias do caso concreto, pode ser aplicada, com fundamento no art. 122, II,
do ECA, medida de internação ao adolescente infrator que antes tenha cometido apenas uma outra infração grave.
Está superado o entendimento de que a internação com base nesse dispositivo somente seria permitida com a prática
de no mínimo 3 infrações.
STF. 1ª Turma. HC 94447, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 12/04/2011.
STJ. 5ª Turma. HC 457.094/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 04/10/2018.
STJ. 6ª Turma. AgInt no AREsp 1283377/MS, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 21/08/2018.

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/54843973f9b6670141731bbb71a02946

Comentários: estudar lei seca + jurisprudência

Título VI - Do Acesso à Justiça


Capítulo I - Disposições Gerais – Arts. 141 a 144
Capítulo II - Da Justiça da Infância e da Juventude
Seção I - Disposições Gerais – Art. 145
Seção II - Do Juiz – Arts. 146 a 149
Seção III - Dos Serviços Auxiliares – Arts. 150 e 151

Aqui é importante saber as regras e critérios para determinação de competência (art. 147), assim como as hipóteses de
competência exclusiva e competência concorrente.

Quanto aos serviços auxiliares, observar o art. 151, §único (introduzido pela Lei nº 13.509, de 2017). Previsão de
designação de perito em caso de ausência ou insuficiência da equipe interprofessional.

Atenção à jurisprudência:

O art. 143 do ECA estabelece, como regra geral, a vedação à divulgação de atos judiciais, policiais e administrativos que
digam respeito à apuração de atos infracionais. Esta disposição, em primeiro juízo, obsta o acesso de terceiros aos
referidos autos.
Todavia, a vedação contida no art. 143 não é absoluta, sendo mitigada, conforme se extrai do art. 144 do ECA. Assim,
presentes interesse e finalidade justificadas, deverá a autoridade judiciária deferir a extração de cópias ou certidões
dos atos do processo infracional.
No caso, a requerente comprovou seu interesse jurídico, pois é mãe da adolescente apontada como infratora e foi
vítima do ato infracional imputado à filha. Ademais, a requerente apresentou finalidade justificada ao pleitear o seu
acesso aos autos do processo de apuração do ato infracional, consignando a utilidade dos documentos nele produzidos
para servirem como provas em ação de deserdação.
STJ. 6ª Turma. RMS 65046-MS, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 01/06/2021 (Info 699).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/60cb558c40e4f18479664069d9642d5a
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Capítulo III - Dos Procedimentos


Seção I - Disposições Gerais – Arts. 152 a 154
Seção II - Da Perda e da Suspensão do Poder Familiar – Arts. 155 a 163
Seção III - Da Destituição da Tutela – Art. 164
Seção IV - Da Colocação em Família Substituta – Arts. 165 a 170
Seção V - Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente – Arts. 171 a 190
Seção VI - Da Apuração de Irregularidades em Entidade de Atendimento – Arts. 191 a 193
Seção VII - Da Apuração de Infração Administrativa às Normas de Proteção à Criança e ao Adolescente – Arts. 194 a 197

Pessoal, aqui é letra de lei na veia! É ler e reler!! As bancas gostam de cobrar esse tópico.

Se liga nos precedentes:

Caso concreto: o MP/CE ajuizou contra o Município de Fortaleza 10 ações civis públicas nas quais alega que 10
diferentes crianças estão há mais tempo em acolhimento institucional do que prevê a lei. Diante disso, o MP pediu que
elas sejam encaminhadas à programa de acolhimento familiar e que sejam indenizadas por danos morais. O juiz,
invocando o art. 332, III, do CPC, julgou improcedente liminarmente o pedido (rectius: julgou antecipadamente o
pedido), ao fundamento de que se trataria de controvérsia repetitiva justamente por se tratar de 10 ações civis
públicas versando sobre o mesmo objeto. No mérito, a sentença afirmou que: i) o acolhimento por prazo superior a 2
anos, conquanto ilegal, algumas vezes indispensável porque, em muitas hipóteses, não há família adequada para
recebê-lo; ii) não há prova de que o Município teria agido de modo doloso, intencional ou negligente; iii) o problema do
acolhimento institucional por período superior a 2 anos é de natureza estrutural, eis que envolve a falta de recursos do
Poder Público. O STJ afirmou que não era admissível o julgamento de improcedência liminar ou o julgamento
antecipado do pedido. Diferentemente do tratamento dado à matéria no revogado CPC/73, não mais se admite, no
CPC/2015, o julgamento de improcedência liminar do pedido com base no entendimento firmado pelo juízo em que
tramita o processo sobre a questão repetitiva, exigindo-se, ao revés, que tenha havido a prévia pacificação da questão
jurídica controvertida no âmbito dos Tribunais, materializada em determinadas espécies de precedentes vinculantes, a
saber: súmula do STF ou do STJ; súmula do TJ sobre direito local; tese firmada em recursos repetitivos, em incidente de
resolução de demandas repetitivas ou em incidente de assunção de competência. Por se tratar de regra que limita o
pleno exercício de direitos fundamentais de índole processual, em especial o contraditório e a ampla defesa, as
hipóteses autorizadoras do julgamento de improcedência liminar do pedido devem ser interpretadas restritivamente,
não se podendo dar a elas amplitude maior do que aquela textualmente indicada pelo legislador no art. 332 do novo
CPC. De igual modo, para que possa o juiz resolver o mérito liminarmente e em favor do réu, ou até mesmo para que
haja o julgamento antecipado do mérito imediatamente após a citação do réu, é indispensável que a causa não
demande ampla dilação probatória. STJ. 3ª Turma. REsp 1854842/CE, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 02/06/2020
(Info 673).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e41990b122b864f164d2ab96e8322690

A mãe biológica detém legitimidade para recorrer da sentença que julgou procedente o pedido de guarda formulado
por casal que exercia a guarda provisória da criança, mesmo se já destituída do poder familiar em outra ação proposta
pelo Ministério Público e já transitada em julgado.
O fato de a mãe biológica ter sido destituída, em outra ação, do poder familiar em relação a seu filho, não significa,
necessariamente, que ela tenha perdido a legitimidade recursal na ação de guarda.
Para a mãe biológica, devido aos laços naturais, persiste o interesse fático e jurídico sobre a criação e destinação da
criança, mesmo após destituída do poder familiar.
Assim, enquanto não cessado o vínculo de parentesco com o filho, através da adoção, que extingue definitivamente o
poder familiar dos pais biológicos, é possível a ação de restituição do poder familiar, a ser proposta pelo legítimo
interessado, no caso, os pais destituídos do poder familiar.
STJ. 4ª Turma. REsp 1845146-ES, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 19/11/2019 (Info 661).

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/271f17707d8bfd2cd45f7e5182298703

Comentários: Estudar a lei seca.

Capítulo IV - Dos Recursos – Arts. 198 a 199-E


Capítulo V - Do Ministério Público – Arts. 200 a 205
Capítulo VI - Do Advogado – Arts. 206 e 207

Observações quanto aos recursos:


- perceba que o prazo recursal continua sendo de 10 dias, a despeito do CPC prever 15 dias como regra.
- No ECA os prazos são contados em dias corridos. (STJ. 4ª Turma. REsp 1697508/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 10/04/2018)
- Prazo geral de 10 dias dos recursos do ECA NÃO se aplica à Ação Civil Pública (especialidade).
- Há isenção do preparo, em regra. Exceção: AgReg em AG 955.493/RJ

Atenção aos arts. 199-A e 199-B – efeitos dos recursos.

Observar as hipóteses em que a participação do advogado pode ser dispensada – art. 166, art. 197-A.

Comentários: estudar por lei seca + juris.

Capítulo VII - Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos – Arts. 208 a 224

Aqui é ler e assimilar os artigos do ECA, associando o estudo com a pesquisa do tema na jurisprudência (dizer o direito).

Pesquise: (IN) APLICABILIDADE DO ART. 942 DO CPC À APELAÇÃO DO ECA

Julgados recentes:

São incompatíveis com a Constituição Federal as regras previstas no Decreto nº 10.003/2019, que, a pretexto de
regular o funcionamento do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente (Conanda), frustram a participação das
entidades da sociedade civil na formulação e no controle da execução de políticas públicas em favor de crianças e
adolescentes. Não bastasse isso, essas normas violam o princípio da legalidade. STF. Plenário. ADPF 622/DF, Rel. Min.
Roberto Barroso, julgado em 27/2/2021 (Info 1007).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/2b52541089a553056a5558611365cc6a

São constitucionais o art. 16, I, o art. 105, o art. 122, II e III, o art. 136, I, o art. 138 e o art. 230 do ECA. Tais dispositivos
estão de acordo com o art. 5º, caput e incisos XXXV, LIV, LXI e com o art. 227 da CF/88. Além disso, são compatíveis
com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), a Convenção sobre os Direitos da Criança, as Regras de
Pequim para a Administração da Justiça de Menores e a Convenção Americana de Direitos Humanos. STF. Plenário. ADI
3446/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 7 e 8/8/2019 (Info 946).

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/b8fd7211e5247891e4d4f0562418868a

A técnica de julgamento do art. 942 é aplicada no caso de apelação não unânime em processo no qual se apura a
prática de ato infracional por adolescente? 5ª Turma do STJ: SIM Admite-se a incidência do art. 942 do CPC/2015 para
complementar o julgamento da apelação julgada por maioria nos procedimentos relativos ao estatuto do menor. STJ.
5ª turma. AgRg no REsp 1673215-RJ, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 17/05/2018 (Info 627). 6ª
Turma do STJ: DEPENDE • Se a decisão não unânime foi favorável ao adolescente infrator: não se deve aplicar o art.
942 do CPC/2015. • Se a decisão não unânime foi contrária ao adolescente infrator: deve-se aplicar o art. 942. É
inaplicável a técnica de julgamento prevista no artigo 942 do CPC/2015 nos procedimentos afetos à Justiça da Infância
e da Juventude quando a decisão não unânime for favorável ao adolescente.A aplicação da técnica de julgamento
prevista no art. 942 do CPC, quando a decisão não unânime for favorável ao adolescente, implicaria em conferir ao
menor tratamento mais gravoso que o atribuído ao réu penalmente imputável, já que os embargos infringentes e de
nulidade previstos no art. 609 do CPP somente são cabíveis se o julgamento tomado por maioria for contrário ao
réu.Ora, se não cabem embargos infringentes do art. 609 do CPP quando o acórdão não unânime foi favorável ao réu,
com maior razão também não se pode admitir a técnica do art. 942 do CPC se o acórdão não unânime foi favorável ao
adolescente infrator. STJ. 6ª Turma. 6ª Turma. REsp 1694248-RJ, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
03/05/2018 (Info 626).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/63a8f9e307f0bf4473c24dd4db17cebd

Estudar a lei seca e jurisprudência.

Título VII - Dos Crimes e Das Infrações Administrativas


Capítulo I - Dos Crimes
Seção I - Disposições Gerais – Arts. 225 a 227
Seção II - Dos Crimes em Espécie – Arts. 228 a 244-B
Capítulo II - Das Infrações Administrativas – Arts. 245 a 258-B

Obs1: Todos os crimes são de ação penal pública incondicionada (ECA, art. 227).

Obs2: Todos os crimes de lei penal especial são de ação penal pública incondicionada (salvo a lesão corporal de
trânsito).

Atenção ao crime de tráfico de crianças (art. 239). Observar que a Lei 13.344/2016, que dispõe sobre o tráfico de
pessoas, acrescentou o art. 13-A ao CPP, o que faz referência ao art. 239 do ECA.

Atenção aos crimes relativos à pedofilia!! Fazer cotejo das principais inovações trazidas pela Lei 11.829/08.

Vejamos:

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Fonte: cadernos sistematizados.

Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou
pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)

Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.

Fonte: cadernos sistematizados.


Olho na jurisprudência:

Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente: (...)
• Crime formal (consumação antecipada): o delito se consuma independentemente da ocorrência de um resultado
naturalístico. Assim, a ocorrência de efetivo abalo psíquico e moral sofrido pela criança ou adolescente é mero
exaurimento do crime, sendo irrelevante para a sua consumação. De igual forma, se forem filmadas mais de
uma criança ou adolescente, no mesmo contexto fático, haverá crime único.
• Crime comum: o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa.
• Crime de subjetividade passiva própria: exige-se uma condição especial da vítima (no caso, exige-se que a vítima
seja criança ou adolescente).
• Tipo misto alternativo: o legislador descreveu duas ou mais condutas (verbos). No entanto, se o sujeito praticar mais
de um verbo, no mesmo contexto fático e contra o mesmo objeto material, responderá por um único crime, não
havendo concurso de crimes nesse caso. Logo, se o agente fotografou e filmou o ato sexual, no mesmo contexto fático,
haverá crime único.
STJ. 5ª Turma. PExt no HC 438080-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 27/08/2019 (Info 655).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/02ed812220b0705fabb868ddbf17ea20

Fotografar cena e armazenar fotografia de criança ou adolescente em poses nitidamente sensuais, com enfoque em
seus órgãos genitais, ainda que cobertos por peças de roupas, e incontroversa finalidade sexual e libidinosa, adéquam,
respectivamente, aos tipos do art. 240 e 241-B do ECA.
Portanto, configuram os crimes dos arts. 240 e 241-B do ECA quando fica clara a finalidade sexual e libidinosa de
fotografias produzidas e armazenadas pelo agente, com enfoque nos órgãos genitais de adolescente — ainda que
cobertos por peças de roupas —, e de poses nitidamente sensuais, em que explorada sua sexualidade com conotação
obscena e pornográfica.
STJ. 6ª Turma. REsp 1543267-SC, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 3/12/2015 (Info 577).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1baff70e2669e8376347efd3a874a341

- Venda de bebida alcoólica para crianças e adolescentes e Lei 13.106/15. Se liga:

https://www.dizerodireito.com.br/2015/03/a-lei-131062015-e-o-art-243-do-eca.html#:~:text=e%20o%20art.-
,243%20do%20ECA%3A%20passa%20a%20ser%20crime%20fornecer,alco%C3%B3lica%20para%20crian%C3%A7as%20
e%20adolescentes&text=Foi%20publicada%20hoje%20a%20Lei,a%20crian%C3%A7a%20ou%20a%20adolescente.

Olho na jurisprudência:

A multa instituída pelo art. 249 do ECA não possui caráter meramente preventivo, mas também punitivo e pedagógico,
de modo que não pode ser afastada sob fundamentação exclusiva do advento da maioridade civil da vítima dos fatos
que determinaram a imposição da penalidade. Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres inerentes ao
pátrio poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou Conselho
Tutelar: Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência. STJ. 4ª
Turma. REsp 1653405-RJ, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 02/03/2021 (Info 687).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/255ea887b8bca36797426dfb35a809cc

O art. 78 do ECA prevê o seguinte: Art. 78. As revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a
crianças e adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo.
Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas que contenham mensagens pornográficas ou obscenas sejam
protegidas com embalagem opaca. Esse dever de zelar pela correta comercialização de revistas pornográficas, em
embalagens opacas, lacradas e com advertência de conteúdo, não se limita aos editores e comerciantes, mas se
estende a todos os integrantes da cadeia de consumo, inclusive aos transportadores e distribuidores. STJ. 1ª Turma.
REsp 1584134-RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 20/02/2020 (Info 666).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/96bda159871048d8a36f197dfce668a4

Segundo decidiu o STF, é inconstitucional a expressão “em horário diverso do autorizado” contida no art. 254 do ECA.
Assim, o Estado não pode determinar que os programas somente possam ser exibidos em determinados horários. Isso
seria uma imposição, o que é vedado pelo texto constitucional por configurar censura. O Poder Público pode apenas
recomendar os horários adequados. A classificação dos programas é indicativa (e não obrigatória) (STF. Plenário. ADI
2404/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 31/8/2016). Vale ressaltar, no entanto, que a liberdade de expressão, como
todo direito ou garantia constitucional, exige responsabilidade no seu exercício, de modo que as emissoras deverão
resguardar, em sua programação, as cautelas necessárias às peculiaridades do público infanto-juvenil. Logo, a despeito
de ser a classificação da programação apenas indicativa e não proibir a sua veiculação em horários diversos daquele
recomendado, cabe ao Poder Judiciário controlar eventuais abusos e violações ao direito à programação sadia, previsto
no art. 221 da CF/88. Diante disso, é possível, ao menos em tese, que uma emissora de televisão seja condenada ao
pagamento de indenização por danos morais coletivos em razão da exibição de filme fora do horário recomendado
pelo órgão competente, desde que fique constatado que essa conduta afrontou gravemente os valores e interesses
coletivos fundamentais. STJ. 3ª Turma. REsp 1840463-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/11/2019 (Info
663).

<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/cc06a6150b92e17dd3076a0f0f9d2af4>

O art. 249 do ECA prevê, como infração administrativa: Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os deveres
inerentes ao poder familiar ou decorrente de tutela ou guarda, bem assim determinação da autoridade judiciária ou
Conselho Tutelar: Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro em caso de reincidência. Até
se admite que, por meio de decisão judicial fundamentada, o magistrado deixe de aplicar a sanção pecuniária do art.
249 e, em seu lugar, faça incidir outras medidas mais adequadas e eficazes para a situação específica. No entanto, a
hipossuficiência financeira ou a vulnerabilidade familiar não é suficiente, por si só, para afastar a multa prevista no art.
249 do ECA. STJ. 3ª Turma. REsp 1658508-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/10/2018 (Info 636).

https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/0e1bacf07b14673fcdb553da51b999a5

Comentário: estudar doutrina.

#LeiaOArtigo

Leia “Atuação da Defensoria Pública na proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes fica em 1º lugar em
pesquisa do CNMP”:

https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=35307

#Aula

Assista em velocidade 1.7 ou 2, “Os 30 anos do ECA e a atuação da Defensoria Pública”:

https://www.youtube.com/watch?v=6xSQLyN2nxo

#LeiaOArtigo

Tribunais admitem custos vulnerabilis para atuar em favor de crianças

https://www.conjur.com.br/2020-jun-01/tribunais-admitem-custos-vulnerabilis-atuar-favor-criancas

5. IMPACTOS DO ADVENTO DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (2015) SOBRE OS PROCESSOS DE Resultado


COMPETÊNCIA DAS VARAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE. Questões:

Estudei:

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca + doutrina + jurisprudência.

OBSERVAÇÃO: ARTIGOS RELACIONADOS AO PONTO

Comentário: estudar doutrina.

Leia, “A curadoria especial no âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente”:

https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/52272/a-curadoria-especial-no-ambito-do-estatuto-da-
crianca-e-do-adolescente

6. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Resultado


Questões:

Estudei:

Comentários: lei seca + jurisprudência


LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 (Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional):

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Atenção na alteração de 2018, comentada pelo DOD.

“Foi publicada hoje a Lei nº 13.632/2018, que altera dois dispositivos da Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação - LDB).

Qual foi o objetivo da Lei?

Deixar expresso que a pessoa, durante toda a sua vida, possui direito à educação e à aprendizagem. Para isso, foi inserido
o inciso XIII ao art. 3º da LDB:

Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

(...)

XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632/2018)

Além disso, a Lei nº 13.632/2018 deu especial atenção para a educação de jovens e adultos e para a educação especial,
prevendo expressamente que esses instrumentos de educação deverão ser oferecidos durante toda a vida da pessoa.
Veja:

Educação de jovens e adultos (EJA)

Antes da Lei Atualmente


Art. 37. A educação de jovens e Art. 37. A educação de jovens e adultos
adultos será destinada àqueles será destinada àqueles que não tiveram
que não tiveram acesso ou acesso ou continuidade de estudos nos
continuidade de estudos no ensinos fundamental e médio na idade
ensino fundamental e médio na própria e constituirá instrumento para a
idade própria. educação e a aprendizagem ao longo da
vida. (Redação dada pela Lei nº
13.632/2018)

Educação especial

Educação especial é a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos (alunos) com:

• deficiência

• transtornos globais do desenvolvimento (ex: autismo);


• altas habilidades ou

• superdotação.

A Lei nº 13.632/2018 alterou o § 3º do art. 58 prevendo que a oferta de educação especial tem início na educação
infantil e estende-se ao longo da vida da pessoa.

Vale lembrar que o Estado tem o dever de oferecer atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Esse atendimento deve ser transversal a todos os níveis, etapas e modalidades e deve ser oferecido preferencialmente
na rede regular de ensino (art. 4º, III e art. 60, parágrafo único, da LDB).”

https://www.dizerodireito.com.br/2018/03/lei-136322018-alteracao-na-ldb.html

7. RESOLUÇÕES 113, DE 19 DE ABRIL DE 2006, E 117 DE 11 DE JULHO 2006, AMBAS DO CONSELHO Resultado
NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (CONANDA) QUE DISPÕEM SOBRE OS
PARÂMETROS PARA A INSTITUCIONALIZAÇÃO E FORTALECIMENTO DO SISTEMA DE GARANTIA DOS Questões:
DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. RESOLUÇÃO Nº 119 DO CONANDA, ORIENTAÇÕES TÉCNICAS
PARA ELABORAÇÃO DO PLANO INDIVIDUAL DE ATENDIMENTO (PIA) DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM
SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL (2018) Estudei:

Comentários: lei seca


Resolução CONANDA nº 113/06:

https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=104402

Resolução CONANDA nº 117/06:

https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=104398

RESOLUÇÃO Nº 119 DO CONANDA:

https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=104396
8. LEI 12.594/12, QUE INSTITUI O SISTEMA NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO (SINASE) E Resultado
REGULAMENTA A EXECUÇÃO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS DESTINADAS A ADOLESCENTE QUE Questões:
PRATIQUE ATO INFRACIONAL.
Estudei:

Comentários: lei seca + jurisprudência


Leitura da lei seca na íntegra é obrigatória:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12594.htm
Saber tudo de SINASE. A lei é pequena!! Pra cima!!!

9. LEI Nº 13.257/16, QUE DISPÕE SOBRE AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA. Resultado
Questões:

Estudei:

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca

LEI Nº 13.257/16

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13257.htm

10. ENUNCIADOS DO FÓRUM NACIONAL DE JUSTIÇA JUVENIL (FONAJUV) E JURISPRUDÊNCIA DOS Resultado
TRIBUNAIS SUPERIORES.
Questões:

Estudei:

Comentários: Neste ponto, estudar pela jurisprudência.

Enunciados do Fórum Nacional da Justiça Juvenil – FONAJUV (Atualizado até 16.8.2021)

https://drive.google.com/file/d/1N1Di9suuRHRUtCyvkPORvrOvvrXSxa7j/view

Saiba os 80 julgados selecionados pelo buscador do Dizer o Direito (nosso parceiro):


https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/listar/?categoria=7&criterio-pesquisa=e

O juízo da comarca de domicílio do adolescente pode conferir autorização para que ele participe de apresentações
artísticas inclusive em outras comarcas
Origem: STF

Atende ao melhor interesse da criança a adoção personalíssima intrafamiliar por parentes colaterais por afinidade, a
despeito da circunstância de convivência da criança com família substituta, também, postulante à adoção
Origem: STF

A diferença etária mínima de 16 anos entre adotante e adotado, prevista no art. 42, § 3º do ECA, não é absoluta
Origem: STF

Demonstrado interesse jurídico e justificada a finalidade, é cabível a extração de cópias dos autos da apuração de ato
infracional, não se podendo utilizar os documentos obtidos para fins diversos do que motivou o deferimento de acesso
Origem: STF

O Caráter não-vinculante do parecer psicossocial e revisão pelo Tribunal de Justiça


Origem: STF

O relatório sobre medida socioeducativa não vincula o órgão julgador


Origem: STF

É possível a rescisão de sentença concessiva de adoção se a pessoa não desejava verdadeiramente ter sido adotada e,
após atingir a maioridade, manifestou-se nesse sentido
Origem: STF

Se estiverem presentes os requisitos da tutela antecipada, é possível o uso do nome afetivo antes da prolação da
sentença de mérito na ação de adoção
Mesmo que o adolescente, durante o procedimento para apuração da infração do art. 249 do ECA, adquira a
maioridade, ainda assim a multa poderá ser aplicada aos responsáveis
Origem: STF

É inconstitucional norma que, a pretexto de regulamentar, dificulta a participação da sociedade civil em conselhos
deliberativos
Origem: STF

A competência para julgar ações envolvendo matrícula de crianças e adolescentes em creches ou escolas é da Vara da
Infância e da Juventude
Origem: STF

Sentença que afastou criança do lar não impede pedido judicial de guarda pela mesma família
Origem: STF
É obrigatória a intervenção da FUNAI em ação de destituição de poder familiar que envolva criança cujos pais possuem
origem indígena
Origem: STF

Processo em que foi decretada a destituição do poder familiar não pode ser anulado por falta de citação de suposto pai
com identidade ignorada
Origem: STF

O risco de contaminação pela Covid-19 em casa de acolhimento pode justificar a manutenção da criança com a família
substituta
Origem: STF

Em ACP na qual se questiona acolhimento institucional de menor, não é admissível o julgamento de improcedência
liminar ou o julgamento antecipado do pedido, especialmente quando não há tese jurídica fixada em precedente
vinculante
Origem: STF

De quem é a competência para executar a verba honorária sucumbencial arbitrada pelo Juízo da Infância e Juventude?
Origem: STF

Se a internação for aplicada sem termo, o cálculo do prazo prescricional deverá levar em consideração a duração
máxima da internação (3 anos)
Origem: STF

É válida a extinção de medida socioeducativa de internação quando o juízo da execução, ante a superveniência de
processo-crime após a maioridade penal, entende que não restam objetivos pedagógicos em sua execução
Origem: STF

A ordem cronológica para adoção não tem caráter absoluto


Origem: STF

A redação literal do ECA proíbe a adoção avoenga (adoção do neto pelos avós); no entanto, o STJ admite que isso ocorra
em situações excepcionais
Origem: STF

É legal a internação de adolescente gestante ou com o filho em amamentação, desde que assegurada atenção integral à
sua saúde, bem como as condições necessárias para que permaneça com seu filho durante o período de amamentação
Origem: STF

O art. 78 do ECA traz um dever que obriga todos os que integram a cadeia de consumo, abrangendo o editor da revista
ou publicação, o transportador, o distribuidor e o comerciante
Origem: STF

O registro civil de nascimento de pessoa adotada sob a égide do Código Civil/1916 não pode ser alterado para a inclusão
dos nomes dos ascendentes dos pais adotivos
Origem: STF

Emissora de TV pode ser condenada ao pagamento de indenização por danos morais coletivos em razão da exibição de
filme fora do horário recomendado pelo Ministério da Justiça
Origem: STF

Mãe biológica pode se opor à ação de guarda de sua filha mesmo que já tenha perdido o poder familiar em ação
proposta pelo MP com esse objetivo
Origem: STF

A existência de vínculo familiar ou de parentesco não constitui requisito para a legitimidade ativa do interessado na
requisição da medida de perda ou suspensão do poder familiar
Origem: STF

A diferença etária mínima de 16 anos entre adotante e adotado, prevista no art. 42, § 3º do ECA, não é absoluta e pode
ser flexibilizada à luz do princípio da socioafetividade
Origem: STF

É cabível dano moral coletivo por conta de alojamento em estabelecimento impróprio de sentenciados à internação
Origem: STF

São constitucionais os dispositivos do ECA que proíbem o recolhimento compulsório de crianças e adolescentes, mesmo
que estejam perambulando nas ruas
Origem: STF

A contagem dos prazos nos ritos regulados pelo ECA ocorre em dias CORRIDOS (não se aplica a regra dos dias úteis do
CPC/2015)
Origem: STF

A hipossuficiência financeira ou a vulnerabilidade familiar não é suficiente para afastar a multa pecuniária prevista no
art. 249 do ECA
Origem: STF

Quando o art. 122, II, do ECA prevê que o adolescente deverá ser internado em caso "reiteração no cometimento de
outras infrações graves" não se exige um número mínimo
Origem: STF

Compete à Justiça Estadual (e não à Justiça do Trabalho) autorizar trabalho artístico de crianças e adolescentes
Origem: STF

Defensoria pode ter acesso a procedimento instaurado pela Justiça para apurar irregularidades em unidade de
internação
Origem: STF

Superveniência da maioridade penal


Origem: STF

Inaplicabilidade do art. 942 do CPC/2015


Origem: STF

Adoção à brasileira e realização de perícia para constatar situação de risco


Origem: STF

Competência da Vara de Violência Doméstica para decidir guarda de criança e autorização para viagem se a causa de
pedir estiver relacionada com a violência praticada contra a genitora
Origem: STF

Reconhecimento de dano moral coletivo por conta de programa de televisão que divulga testes de DNA tratando o
tema de forma jocosa e depreciativa
Origem: STF

Judiciário pode determinar que Estado implemente plantão em Delegacia de Atendimento ao adolescente infrator
Origem: STF

Possibilidade de revogação da adoção unilateral se isso for melhor para o adotando


Origem: STF

É possível expedição de mandado de busca e apreensão para adolescente que descumpriu liberdade assistida
Origem: STF

Menor sob guarda é dependente para fins previdenciários


Origem: STF

Antes da audiência de apresentação o adolescente tem direito de ter conversa reservada com seu defensor
Origem: STF

Internação no caso de reiteração de atos infracionais graves


Origem: STF

Classificação indicativa dos programas de rádio e TV


Origem: STF

Não é possível que a adoção conjunta seja transformada em unilateral post mortem caso um dos autores desista e o
outro morra sem ter manifestado intenção de adotar unilateralmente
Origem: STF

Impossibilidade de modificação por magistrado dos termos de proposta de remissão pré-processual


Origem: STF
Se o menor sob guarda continua morando com um dos seus pais (e não com o guardião), isso representa burla ao
instituto da guarda, não devendo ser deferida a medida
Origem: STF

Internação só é cabível nos casos do art. 122 do ECA


Origem: STF

Relativização da regra prevista no art. 49, II, do SINASE


Origem: STF

Inadequação do habeas corpus para impugnar decisão que determina a busca e apreensão e o acolhimento de criança
Origem: STF

Atos infracionais cometidos antes do início do cumprimento e medida de internação


Origem: STF

Progressão da medida socioeducativa e caráter não-vinculante do parecer psicossocial


Origem: STF

Impossibilidade de privação da liberdade pela prática do art. 28 da Lei de Drogas


Origem: STF

Adoção de neto pelos seus avós


Origem: STF

Transferência de adolescente infrator para outra unidade de internação


Origem: STF

Internação compulsória para pessoa que já cumpriu medida socioeducativa


Origem: STF

Escusas absolutórias podem ser aplicadas ao adolescente infrator


Origem: STF

Legitimidade do MP para ACP na defesa de crianças e adolescentes


Origem: STF

Adoção por pessoa homoafetiva


Origem: STF

Veiculação de imagens constrangedoras de crianças e adolescentes


Origem: STF

Cadastro de adotantes
Origem: STF
Portaria editada pelo Juiz (art. 149 do ECA)
Origem: STF

Adoção conjunta feita por dois irmãos


Origem: STF

Adoção post mortem mesmo que não iniciado o procedimento formal enquanto vivo
Origem: STF

Aplicação de medidas protetivas de ofício


Origem: STF

É ilegal portaria do Juizado da Infância e Juventude que estabeleça toque de recolher


Origem: STF

Súmula 108-STJ: A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática de ato infracional, é da competência
exclusiva do juiz.

11. LEI 13.431/2017, QUE INSTITUI O SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO Resultado
ADOLESCENTE VÍTIMA OU TESTEMUNHA DE VIOLÊNCIA Questões:

Estudei:

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca

A Lei 13.431/2017, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente, estabeleceu o Sistema de Garantia de Direitos
da Criança e do Adolescente- SGDCA, e trouxe artigos que regulamentam a forma pela qual as crianças e adolescentes
em situação de violência devem ser ouvidos, quais sejam: a escuta especializada e o depoimento especial.

A escuta especializada é um procedimento de entrevista sobre uma possível situação de violência contra criança ou
adolescente, no intuito de garantir a proteção e o cuidado da vitima. Pode ser realizada pelas instituições da rede de
promoção e proteção, formada por profissionais da educação e da saúde, conselhos tutelares, serviços de assistência
social, entre outros.

O depoimento especial é a oitiva da vítima, criança ou adolescente, perante a autoridade policial ou judiciária. Tem
caráter investigativo, no sentido de apurar possíveis situações de violência sofridas. Todos os passos do procedimento
estão descritos no artigo 12o da Lei.

A lei também determina que ambos os procedimentos devem ser realizados em ambiente acolhedor, que garanta a
privacidade das vitimas ou testemunhas, devendo resguardá-las de qualquer contato com o suposto agressor ou
outra pessoa que lhes represente ameaça ou constrangimento.

Veja o que diz a Lei:


Lei nº 13.431, de 4 de abril de 2017.

Da escuta especializada e do depoimento especial

Art. 7º Escuta especializada é o procedimento de entrevista sobre situação de violência com criança ou adolescente
perante órgão da rede de proteção, limitado o relato estritamente ao necessário para o cumprimento de sua
finalidade.

Art. 8º Depoimento especial é o procedimento de oitiva de criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência
perante autoridade policial ou judiciária.

Art. 9º A criança ou o adolescente será resguardado de qualquer contato, ainda que visual, com o suposto autor ou
acusado, ou com outra pessoa que represente ameaça, coação ou constrangimento.

Art. 10. A escuta especializada e o depoimento especial serão realizados em local apropriado e acolhedor, com
infraestrutura e espaço físico que garantam a privacidade da criança ou do adolescente vítima ou testemunha de
violência.

Art. 11. O depoimento especial reger-se-á por protocolos e, sempre que possível, será realizado uma única vez, em
sede de produção antecipada de prova judicial, garantida a ampla defesa do investigado.

§ 1º O depoimento especial seguirá o rito cautelar de antecipação de prova:

I - quando a criança ou o adolescente tiver menos de 7 (sete) anos;

II - em caso de violência sexual.

§ 2º Não será admitida a tomada de novo depoimento especial, salvo quando justificada a sua imprescindibilidade
pela autoridade competente e houver a concordância da vítima ou da testemunha, ou de seu representante legal.

Art. 12. O depoimento especial será colhido conforme o seguinte procedimento:

I - os profissionais especializados esclarecerão a criança ou o adolescente sobre a tomada do depoimento especial,


informando-lhe os seus direitos e os procedimentos a serem adotados e planejando sua participação, sendo vedada a
leitura da denúncia ou de outras peças processuais;

II - é assegurada à criança ou ao adolescente a livre narrativa sobre a situação de violência, podendo o profissional
especializado intervir quando necessário, utilizando técnicas que permitam a elucidação dos fatos;

III - no curso do processo judicial, o depoimento especial será transmitido em tempo real para a sala de audiência,
preservado o sigilo;

IV - findo o procedimento previsto no inciso II deste artigo, o juiz, após consultar o Ministério Público, o defensor e os
assistentes técnicos, avaliará a pertinência de perguntas complementares, organizadas em bloco;

V - o profissional especializado poderá adaptar as perguntas à linguagem de melhor compreensão da criança ou do


adolescente;

VI - o depoimento especial será gravado em áudio e vídeo.

§ 1º À vítima ou testemunha de violência é garantido o direito de prestar depoimento diretamente ao juiz, se assim o
entender.

§ 2º O juiz tomará todas as medidas apropriadas para a preservação da intimidade e da privacidade da vítima ou
testemunha.

§ 3º O profissional especializado comunicará ao juiz se verificar que a presença, na sala de audiência, do autor da
violência pode prejudicar o depoimento especial ou colocar o depoente em situação de risco, caso em que, fazendo
constar em termo, será autorizado o afastamento do imputado.

§ 4º Nas hipóteses em que houver risco à vida ou à integridade física da vítima ou testemunha, o juiz tomará as
medidas de proteção cabíveis, inclusive a restrição do disposto nos incisos III e VI deste artigo.

§ 5º As condições de preservação e de segurança da mídia relativa ao depoimento da criança ou do adolescente serão


objeto de regulamentação, de forma a garantir o direito à intimidade e à privacidade da vítima ou testemunha.

§ 6º O depoimento especial tramitará em segredo de justiça.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13431.htm#:~:text=L13431&text=LEI%20N%C2%BA%2013.431%2C%20DE%204%20DE%20ABRIL%20DE%202017.
xt=Estabelece%20o%20sistema%20de%20garantia,da%20Crian%C3%A7a%20e%20do%20Adolescente).

Leia os comentários do DOD:

https://www.dizerodireito.com.br/2017/11/comentarios-lei-135092017-que-facilita.html

Prazo máximo de permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional: 18 meses, salvo
comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada.

Art. 19 § 5º Será garantida a convivência integral da criança com a mãe adolescente que estiver em acolhimento
institucional.

§ 6º A mãe adolescente será assistida por equipe especializada multidisciplinar.

Saiba o PROCEDIMENTO CASO A GESTANTE OU MÃE MANIFESTE INTERESSE DE ENTREGAR O FILHO PARA ADOÇÃO

PROGRAMA DE APADRINHAMENTO Em que consiste

O ECA prevê que se a criança ou o adolescente estiver em situação de risco (art. 98), o juiz da infância e juventude
poderá determinar medidas protetivas que estão elencadas no art. 101.

Destacam-se duas importantes e frequentes medidas de proteção:

• o acolhimento institucional (art. 101, VII); e


• o acolhimento familiar (inciso VIII).

ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA Em que consiste o estágio de convivência?

Antes que a adoção efetivamente seja concretizada, o ECA exige que ocorra um “estágio de convivência” entre adotante
e adotando.

O art. 46 foi alterado para dizer que a autoridade judiciária continua tendo liberdade para fixar a duração do estágio de
convivência, mas o prazo máximo tem que ser de 90 dias, observadas a idade da criança ou adolescente e as
peculiaridades do caso.

Art. 46 (...)

§ 3º Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado fora do País, o estágio de convivência será de, no
mínimo, 30 (trinta) dias e, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias, prorrogável por até igual período, uma única vez,
mediante decisão fundamentada da autoridade judiciária.

Deve ser em território nacional.

Onde é realizado o estágio de convivência?

O estágio de convivência deve ser cumprido no território nacional, preferencialmente na comarca de residência da
criança ou adolescente, ou, a critério do juiz, em cidade limítrofe, respeitada, em qualquer hipótese, a competência do
juízo da comarca de residência da criança (§ 5º do art. 46, acrescentado pela Lei nº 13.509/2017).

Saber também sobre:

 AÇÃO DE PERDA OU SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR


 PROCEDIMENTO DE COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA POR JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA (SEM
CONTRADITÓRIO)
 HABILITAÇÃO À ADOÇÃO
 PRAZO NOS PROCEDIMENTOS DO ECA
 OUTRAS ALTERAÇÕES NO ECA
Muita inovação não é!?, Calma, tem tudo no link que coloquei acima.
12. RESOLUÇÃO CNJ 165/2012. Resultado

RESOLUÇÃO CNJ Nº 299/2019. Questões:

RECOMENDAÇÃO CNJ 62/2020 E ALTERAÇÕES. Estudei:

RECOMENDAÇÃO CONJUNTA CNJ/CNMP/MDH/MCIDADANIA 01/2020.

RESOLUÇÃO CNJ Nº 330/2020.

PROVIMENTO CNJ Nº 118/2021.

RECOMENDAÇÃO CNJ Nº 98/2021.

RESOLUÇÃO CNJ Nº 367/2021.

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca

 Resolução Nº 165 de 16/11/2012 (Dispõe sobre normas gerais para o atendimento, pelo Poder Judiciário, ao
adolescente em conflito com a lei no âmbito na internação provisória e do cumprimento das medidas
socioeducativas.)
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/1640

 RESOLUÇÃO CNJ Nº 299/2019. (Dispõe sobre o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou
testemunha de violência, de que trata a Lei n 13.431, de 4 de abril de 2017.)
https://atos.cnj.jus.br/files/original000346201912045de6f7e29dcd6.pdf

 RECOMENDAÇÃO CNJ 62/2020 E ALTERAÇÕES. Recomenda aos Tribunais e magistrados a adoção de medidas
preventivas à propagação da infecção pelo novo coronavírus – Covid-19 no âmbito dos sistemas de justiça penal e
socioeducativo.
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3246

 RECOMENDAÇÃO CONJUNTA CNJ/CNMP/MDH/MCIDADANIA 01/2020. recomendacao-conjunta-01-20-MC. Dispõe


sobre cuidados a crianças e adolescentes com medida protetiva de acolhimento, no contexto de transmissão
comunitária do novo Coronavírus (Covid-19), em todo o território nacional e dá outras providências.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Portaria/REC/recomendacao-conjunta-01-20-
MC.htm#:~:text=recomendacao%2Dconjunta%2D01%2D20%2DMC&text=Disp%C3%B5e%20sobre%20cuida
dos%20a%20crian%C3%A7as,nacional%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias.

 RESOLUÇÃO CNJ Nº 330/2020. Regulamenta e estabelece critérios para a realização de audiências e outros atos
processuais por videoconferência, emprocessos de apuração de atos infracionais ede execução de medidas
socioeducativas,durante o estado de calamidade pública,reconhecido pelo Decreto Federal nº 06/2020, emrazão da
pandemia mundial por Covid-19.
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3435
 PROVIMENTO CNJ Nº 118/2021. Dispõe sobre as audiências concentradas protetivas nas Varas com competência na
área da Infância e Juventude e revoga o Provimento nº 32, de 24 de junho de 2013, da Corregedoria Nacional de
Justiça
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/4013

 RECOMENDAÇÃO CNJ Nº 98/2021. Recomendar aos tribunais e autoridades judiciais a adoção de diretrizes e
procedimentos para realização de audiências concentradas para reavaliar as medidas socioeducativas de internação e
semiliberdade.
https://atos.cnj.jus.br/files/original2006312021052860b14d4733842.pdf

 RESOLUÇÃO CNJ Nº 367/2021. Dispõe sobre diretrizes e normas gerais para a criação da Central de Vagas no Sistema
Estadual de Atendimento Socioeducativo, no âmbito do Poder Judiciário.
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/3679

13. PLANO NACIONAL PELA PRIMEIRA INFÂNCIA. PLANO NACIONAL DE PROMOÇÃO, PROTEÇÃO E DEFESA Resultado
DO DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA. PLANO
NACIONAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO. Questões:

Estudei:

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca

https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Plano_Defesa_CriancasAdolescentes%20.pdf

14. IMPACTOS CAUSADOS PELA PANDEMIA COVID-19 NOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Resultado
Questões

Estudei:

Comentários: Neste ponto, estudar pela doutrina

https://www.unicef.org/brazil/relatorios/impactos-primarios-e-secundarios-da-covid-19-em-criancas-e-adolescentes-
segunda-rodada

A segunda rodada da pesquisa Impactos Primários e Secundários da Covid-19 em Crianças e Adolescentes mostra que
as famílias morando com pessoas menores de 18 anos estão sofrendo cada vez mais os impactos econômicos e
sociais da crise sanitária. Isso afeta, especialmente, os mais vulneráveis. Acesse a primeira etapa da pesquisa aqui.

Segundo a pesquisa, a renda das famílias com crianças e adolescentes caiu; aumentou o número de famílias que não
conseguiram se alimentar adequadamente porque a comida acabou e não havia dinheiro para comprar mais; menos
estudantes tiveram acesso a atividades escolares; e há um receio das famílias de deixar que os filhos e filhas retornem
à escola de forma presencial.

Autor

UNICEF Brasil e Ibope Inteligência

Data da publicação

janeiro 2021

https://www.unicef.org/brazil/relatorios/impactos-primarios-e-secundarios-da-covid-19-em-criancas-e-adolescentes

15. PLANO ESTADUAL DE ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO. Resultado

RESOLUÇÃO 169/2018 - SEJUF. Questões:

RESOLUÇÃO N° 44/2016 – GS/SEJU. Estudei:

RESOLUÇÃO Nº 218/2021 - SEJUF.

DECRETO ESTADUAL Nº 8.116/2021.

Comentários: Neste ponto, estudar pela lei seca

 RESOLUÇÃO 169/2018 - SEJUF.


https://www.justica.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
02/resolucao_169_2018_cv_dease.pdf

 RESOLUÇÃO N° 44/2016 – GS/SEJU.


https://www.justica.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-
02/resolucaodocodigoenormasdease_2.pdf

 RESOLUÇÃO Nº 218/2021 - SEJUF.


Não encontramos.

 DECRETO ESTADUAL Nº 8.116/2021.

PUBLICAÇÃO - Decreto n° 8.116/2021, que regulamenta a Lei Federal n° 13.431/2017


No dia 13 de julho do corrente ano foi publicado o Decreto n° 8.116, que regulamenta a Lei Federal n°
13.431 de 4 de abril de 2017, que estabelece o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do
Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência.
Destaca-se do aludido expediente a previsão de Comissão Estadual e Comissões Regionais
Interinstitucionais para fortalecimento no enfrentamento das violências contra o público infantojuvenil,
bem como, a título de anexo, modelo de instrumental para a colheita da revelação espontânea pela
rede de proteção
https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto=250525&indice=1&totalRe
gistros=84&anoSpan=2021&anoSelecionado=2021&mesSelecionado=7&isPaginado=true

Artigos mais cobrados:


Artigo 2º do ECA, artigos 75 ao 85 c/c 250 do ECA, artigos 8º e 10º do ECA, artigo 16 do ECA, artigos 25 ao 28 do ECA,
artigos 40, 42 e 45 do ECA, artigos 47/49 do ECA, artigos 51/52 do ECA, artigos 99/115 do ECA, artigos 108/119 do ECA,
artigos 121/125 do ECA, artigos 182/186 do ECA.

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


DPEPR 2017
 Assunto analisado Relevância na
disciplina
1. Medidas Socioeducativas 21.6 %
 1.1. Internação 8.1 %
 1.2. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo 5.4 %
 1.3. Advertência 2.7 %
 1.4. Prestação de Serviços à Comunidade 2.7 %
 1.5. Liberdade Assistida 2.7 %
 2. Procedimentos do Estatuto da Criança e do Adolescente 8.1 %
 2.1. Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente 5.4 %
 2.2. Perda e Suspensão do Poder Familiar 2.7 %
 3. Adoção 5.4 %
 4. Ato infracional 5.4 %
 5. Acesso à Justiça à Criança e ao Adolescente 5.4 %
 5.1. Justiça da Infância e da Juventude 2.7 %
 5.2. Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos 2.7 %
 6. Direitos Fundamentais no ECA 5.4 %
 6.1. Direito à Educação, Cultura, Esporte e Lazer 5.4 %
 7. Conceito de Criança e Adolescente e Prioridades 2.7 %
 8. Crimes e Infrações Administrativas do ECA 2.7 %
 8.1. Infrações Administrativas contra a Criança e o Adolescente 2.7 %

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