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PERÍCIA PSICOLÓGICA

O que é?

Processo de investigação que serve como prova par diversos casos, sendo assim, o profissional
precisa realizar testes e entrevistas que comprovem suas conclusões.

Psicólogo Perito

Profissional nomeado pelo Tribunal da Justiça para realizar avaliações psicológicas em pessoas
envolvidas em um processo judicial. Dessa forma, é necessário que este produza um laudo psicológico.
No qual deve conter, no mínimo, cinco itens: identificação, descrição da demanda, procedimento,
análise e conclusão.
Forma-se uma perspectiva abrangente e nítida da situação e podendo-se mesmo distinguir, em
detalhes, quando se utilizam os dados processuais (onde serão privilegiados os laudos de áreas afins da
psicologia), o estudo pormenorizado das entrevistas (tanto em relação ao que se pode extrair delas
como dados objetivos ou subjetivos), os fatos constatados nas anamneses e o próprio comportamento
expresso pelos analisandos na fase de coleta de dados
Assistente técnico: ao haver contradições e divergências no caso, o assistente pode pedir
novamente que sejam realizadas novas entrevistas, aplicar ou encaminhar a especialistas que apliquem
outros testes que não sejam conflitantes.
ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO NA
Psicologia jurídica
ADOÇÃO:
DIREITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE Deve procurar verificar quais são as fantasias do
casal adotante em relação ao adotado. Sendo
Possibilidades de atuação:
assim, o primeiro aspecto a ser considerado é o
 Acolhimento de crianças e adolescentes significado de paternidade e maternidade.
em instituições (abrigamento); Caso esse acompanhamento não seja resolvido
 Casos de adoção; de uma forma adequada, pode resultar em uma
 Pareceres técnicos em processos; série de problemas.
 Verificação/incentivo do cumprimento do
Por exemplo, o segredo da adoção, dizer ou não
ECA;
a verdade? Quando contar? Como contar?
 Discussões de medidas de proteção e
sócio educativas coerentes com as Guarda
situações de crianças e adolescentes;
Ato de amparo e vigilância pela pessoa
Adoção encarregada de proteger.

Silva (2003), a adoção ocorre, geralmente, entre No caso da guarda discutida na 1º vara da infância
duas partes que se unem por laços de e do adolescente, a pessoa é designada
sofrimento (de um lado uma criança rejeitada e judicialmente a realizar atos de assistência,
do outro uma família com impossibilidade de educação, criação, cuidados básicos como
gerar um filho). alimentação, higiene, a crianças ou adolescentes
que não são seus filhos naturais.
-> Pessoas solteiras, separadas, divorciadas ou
viúvas, também pode recorrer à adoção, desde Tutela
que apresentem condições necessárias para
cumprir o ato. Poder conferido a um tutor capaz de reger a
pessoa capaz de reger a pessoa de um incapaz
-> somente pessoas maiores de 18 anos podem e administrar seus bens.
adotar, sozinhas ou conjuntamente (desde que
estejam em um casamento ou união estável). Substitui os pais na sua falta, por qualquer motivo,
com o objetivo de proteger o menor até que se
“Adoção a brasileira”: processo ilegal, onde torne capaz de manter-se sozinho e praticar os
ocorre o registro de um filho que não é seu atos da vida em sociedade.
biológico.
Guarda X Adoção
 Fatores culturais que podem ser
motivadores de preconceitos e A adoção rompe de forma definitiva o vínculo
estereótipos sociais acerca da adoção: com a família de origem, ou seja, é um ato
- Falta de conhecimento sobre o tema irrevogável.
- Predominância de um culto a perfeição; Enquanto que, na guarda, pode ou não vir
- Extrema valorização da hereditariedade na acompanhada do poder familiar e ser revogada
composição da personalidade; a qualquer momento, de acordo com o Ministério
- Um completo enigma; Público.
Abrigamento Dessa forma, a partir de dois processos (nacional
e internacional), houve a mudança do código para
Silva (2003), muitos são os motivos que levam o ECA.
uma criança ou adolescente a ao abrigamento,
Internacional: A convenção dos Direitos da
como por exemplo: solicitação dos próprios pais,
Criança (1989) foi o compromisso de diversos
determinação da justiça, situação de risco para a
países, de fazer cumprir os direitos da infância e
criança ou adolescente, entre outros.
adolescência previstos na declaração dos direitos
-> Segundo o ECA, o abrigamento é uma da criança de 1959;
medida provisória e excepcional, não podendo
Nacional: Movimentos organizados passaram a
ser utilizado como recurso para solucionar
exigir do poder legislativo um estatuto que
conflitos familiares.
estabelecesse formas de garantir direitos a esta
Em casos assim, o Psicólogo deve sugerir ao juiz população. Assinado em 1990, foi o primeiro
que o caso tenha um acompanhamento de estatuto do mundo a aplicar as normas da
aproximadamente 120 dias, até que se convenção.
reestruturem e possam reassumir a criança.
Implanta outras formas de relação do poder
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA público com a comunidade, destacando como
canal de organização e participação da sociedade
Julho de 1990, foi promulgada a lei nº 8.069, civil, o denominado Conselho Tutelar.
denominada ECA, no artigo 5º;
Em seu artigo 2º, define criança como todo ser
Mello (1999), salienta que esse estatuto, vem humano até os dozes anos incompletos e
garantir que “nenhuma criança ou adolescente adolescente entre os doze aos dezoito anos
seja objeto de negligência, discriminação, incompletos.
exploração, violência, crueldade e opressão.
Quando o adolescente comete um ato infracional
Este, enfatiza a reflexão fundada no paradigma o que acontece?
de atenção e proteção integral à criança e
adolescente enquanto sujeito de direitos; Só pode ser apreendido em duas hipóteses: em
flagrante delito ou por ordem escrita do juiz da
Surge em um momento de reabertura infância e juventude.
democrática, visando a promoção dos direitos
sociais, econômicos e civis dos jovens, ao invés Porém, alguns autores, trazem esses
de controlar ele pretende garantir direitos. adolescentes participantes ativos na sociedade,
uma vez que desrespeitam as regras, devem ser
 Lei anterior ao ECA: Código de Menores; responsabilizados.
Código legitimava a doutrina da situação MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS:
irregular, pois se aplicava somente as crianças
e adolescentes que se encontrassem em Os sócios-educadores devem investigar como a
situação inadequada, seja por violarem regras família está compreendendo a sentença judicial
ou por não terem suas necessidades básicas e buscar transmitir sua importância no processo
atendidas. Essa doutrina concebe crianças e sócio educativo, assim como o adolescente deve
adolescentes, “os menores”, como seres ser levado a refletir sobre as razões pela qual a
incapazes, não sujeitos de direitos e deveres. medida foi aplicada.

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