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MARINGÁ
2019
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
MARINGÁ
2019
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
BANCA EXAMINADORA
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Professor: Dr.
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Professor: Me.
RESUMO
ABSTRACT
This article will deal with the Socio-Educational Admission Measure and the Repeat Offense
of the offending adolescent, determining if the punitive measure of hospitalization provided for
in the Child and Adolescent Statute is effective in the resocialization of the adolescent. Study
how compliance with the Socio-Educational Admission Measure, and its effectiveness in
resocialization, and thus have the final considerations on whether or not to resocialize the
adolescent. The theme was chosen because it is undeniable the increase of adolescents who are
involved with some type of crime. This article is extremely important because it seeks to
enlighten society about the chosen theme. This study will be developed based on bibliographic
research in books, articles, virtual magazines, legal documents and other references, thus
conducting a bibliographic survey of the subject, seeking to clarify the questions raised here.
INTRODUÇÃO
Na idade antiga, o elo familiar era fundado a partir da religião e não pela relação afetiva
e consanguínea. O poder paterno (aquele de sangue ou por matrimônio) era a maior autoridade
familiar na época, onde era seu dever que todos cumprissem os deveres religiosos. A religião é
quem estabelecia o direito, as regras a serem seguidas pela família, sendo então a família uma
associação religiosa.
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Com o Código Penal do Império, de 1830, foi acrescentado que houvesse o exame de
capacidade de discernimento do menor para aplicação da pena, sendo os menores de quatorze
anos inimputáveis, mas aqueles que tivessem algum discernimento e tivessem idades entre sete
e quatorze anos sofreriam “punição” por seus atos, sendo encaminhados para casas de correções
onde poderiam ficar até os dezessete anos.
Quando não haviam ato infracional, o Estado agia por meio da Igreja. Então no ano de
1551 foi fundada a primeira casa de recolhimento de crianças no Brasil, liderada por jesuítas
para apartar crianças índias e negras das más influencias do pais, dando então início a política
do recolhimento.
No século XVIII, o número de órfãos e crianças abandonadas começou a crescer. Essas
crianças eram abandonadas em portas de igreja, conventos, casas e nas ruas. Para tentar ter uma
solução para esse conflito o Estado importou da Europa a Roda dos Expostos (local onde
deixavam os recém-nascidos para cuidado em instituições de caridade), que poderiam ser
encontradas nas Santas Casas de Misericórdia.
Com o aumento da população que chegavam de todos os lugares, o pensamento social
do Estado começou a se dividir entre assegurar a os direitos ou se “defender” dos menores.
Foram então inauguradas novas casas de recolhimento em 1906, onde construíram escolas de
prevenção para aqueles que foram abandonados com o objetivo de reabilitar os menores que
infringiram a lei.
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Na década de 60, a SAM recebeu severas críticas, que não cumpria e até se distanciava
do seu objetivo inicial. Algumas adversidades, como, desvio de verbas, ensino precário e
incapacidade de recuperação dos internos, foram alguns dos problemas que levaram à sua
extinção em novembro de 1964, pela Lei n. 4.513, que criou a Fundação Nacional do Bem-
Estar do Menor (Funabem). (AMIN, 2019, p. 54)
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2 ATO INFRACIONAL
Compreende-se por crime, para diferenciá-lo de ato infracional, quando for cometido
por pessoa adulta que não seja adolescente amparado pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente, mas sim aquelas que cometem ato antijurídico e que não sejam alcançadas pela
lei mencionada. E quando se tratar de ato infracional é para se referir aos atos praticados pelo
adolescente infrator, atributo dado por ser amparado pela lei especial.
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VII – qualquer uma das previstas no art. 101,I a IV.” (OBRA COLETIVA
COM A COLABORAÇÃO DE LÍVIA CÉSPEDES E FABIANA DIAS DA
ROCHA. ANO 2019. P. 1020).
Observa-se então que o Estatuto faz uma distinção entre criança e ao adolescente, é mais
acentuada essa observância quando se tratar o modo de aplicação das medidas quando o
adolescente comete algum ato infracional.
A brevidade exige a internação por curto período de tempo, razão pela qual o
teto de três anos é o limite, mas não a regra. Justifica-se a busca pela
exiguidade em face do desenvolvimento contínuo da formação da
personalidade do adolescente. Se já é contraproducente manter o adulto em
cárcere, pois constitui fator desagregador dos bons valores de sua
personalidade, sem dúvida, o jovem terá a tendência negativa de se ver inibido
quanto aos seus verdadeiros anseios. A segregação da família e da comunidade
o lançará num mundo particular, formado da vida intramuros, cujos valores
jamais serão os mais adequados”. (NUCCI, Guilherme de Souza. 2018, p. 488)
Art. 108. A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo
máximo de quarenta e cinco dias. [..]
Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adolescente será
prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de compromisso e
responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério Público,
no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto
quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercussão social, deva o
adolescente permanecer sob internação para garantia de sua segurança pessoal
ou manutenção da ordem pública. [...]
Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento,
estando o adolescente internado provisoriamente, será de quarenta e cinco
dias.
Art. 184. Oferecida a representação, a autoridade judiciária designará
audiência de apresentação do adolescente, decidindo, desde logo, sobre a
decretação ou manutenção da internação, observado o disposto no art. 108 e
parágrafo”. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/18069.htm, Acesso
em: 28 nov. 2019).
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4 REINCIDÊNCIA
Diz Tejadas também sobre como essa falta de estrutura familiar pode ter impacto na
socialização do adolescente:
Percebe-se então que a família é o principal direcionador para que o adolescente não
cometa um ato infracional ou venha a reincidir caso cometa o ato. Mas o Estado também tem
sua parcial de culpa para que haja os atos e as reincidências, se ele investisse mais na educação,
saúde, lazer e nos demais setores que incentivassem os adolescentes a não irem para o mundo
do delito e para que as famílias pudessem ter um lar pudessem ampará-los, a realidade poderia
ser totalmente diferente.
Concluindo, que este artigo sirva de exemplo e alerta para que as pessoas responsáveis
se preocupem mais com os adolescentes infratores e os não infratores para que não venham
cometer algum ato infracional, e que haja um estudo mais aprofundado acerca do assunto para
futuramente minimizarmos este problema que gera consequências graves para o todo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo tem por objetivo verificar como se surgiu o Estatuto da Criança e do
Adolescente, a partir de relato histórico. Explicar o ato infracional, as aplicações das Medidas
Socioeducativas, a reincidência do menor infrator e por fim se com a aplicabilidade das
Medidas se é realmente fático a possibilidade de ressocializar o adolescente junto à sociedade.
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REFERÊNCIAS
AMIN, Andréa Rodrigues, SANTOS, Ângela Maria Silveira dos, MORAES, Bianca Mota de,
CONDACK, Claudia Canto, BORDALLO, Galdino Augusto Coelho, RAMOS, Helane Vieira,
MACIEL, Kátia Regina Ferreira Lobo Andrade, RAMOS, Patrícia Pimentel de Oliveira
Chanbers, TAVARES, Patrícia Silveira. Curso de direito da criança e do adolescente:
aspectos teóricos e práticos. 12ª . ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. [Minha Biblioteca].
Retirado de https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553611546/. Acesso em: 24
nov. 2019.
http://www.conselhodacrianca.al.gov.br/sala-de-imprensa/publicacoes/sinase.pdf. Acesso em
28 nov. 2019
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 06 nov. 2019 e em 28 nov.
2019.
ROSSATO, Luciano Alves; LÉPORE, Paulo Eduardo; CUNHA, Rogério Sanches. Estatuto
da Criança e do Adolescente: comentado artigo por artigo. 9ª ed. São Paulo: Saraiva,
2017. Retirado de
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547223939/cfi/4!/4/4@0.00:9.60.
Acesso em: 28 nov. 2019