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ÀS PRÁXIS DOS CONSELHOS TUTELARES E DE DIREITO:

DESAFIOS E PERSPECTIVAS

Ilzane Santos Viana1

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de tratar sobre os direitos da criança e do adolescente, com
foco na análise do papel do Conselho Tutelar e de Direito no Município de Nossa Senhora do
Socorro/SE.
Abordaremos um breve histórico acerca das políticas públicas instauradas pós
constituição de 1988, onde a carta magna cria a possibilidade de redefinir o processo de
gestão pública no Brasil com a participação da sociedade civil organizada.
Prosseguindo com a análise dos direitos fundamentas da criança e adolescente onde o
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, foi criado para fazer-se cumprir e regularizar as
conquistas obtidas em favor da infância e da juventude.
E por último trataremos da importância da intervenção do conselho tutelar junto as
famílias que se encontram em estado de violação de direito, buscando o equilíbrio entre as
politicas públicas e o sistema de garantias, assegurando o desenvolvimento integral dessas
crianças e adolescentes que se encontram na condição de vulnerabilidade social.

Palavras-chave: Conselho Tutelar. Crianças e adolescentes. Estatuto da Criança e do


Adolescente.

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Acadêmico do curso de Formação de Conselheiro Tutelar e de Direito. Ilzane Santos Viana –
E-mail: viana.aracaju@hotmail.com
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TO THE PRAXIS OF GUARDIANSHIP AND LAW COUNCILS:


CHALLENGES AND PERSPECTIVES

ABSTRACT

This study aims to address the rights of children and adolescents, focusing on the analysis of
the role of the Guardianship and Law Council in the Municipality of Nossa Senhora do
Socorro/SE.
We will discuss a brief history of the public policies introduced after the 1988 constitution,
where the charter creates the possibility of redefining the process of public management in
Brazil with the participation of organized civil society.
Continuing with the analysis of the fundamental rights of children and adolescents where the
Child and Adolescent Statute – ECA, was created to enforce and regularize the achievements
made in favor of childhood and youth.
And finally, we will address the importance of the tutelary council's intervention with families
that are in a state of violation of law, seeking a balance between public policies and the
system of guarantees, ensuring the integral development of these children and adolescents
who are in this condition. of social vulnerability.

Keywords: Guardianship Council. Children and teenagers. Child and Adolescent Statute
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1 INTRODUÇÃO

A temática sobre as competências do conselho de direito versa sobre a importância do


assunto relacionado a violação de direito, a violência e desigualdade em que aqui temos a
oportunidade de refletir acerca das tratativas discutidas coletivamente pelo colegiado e as
possíveis alternativas de intervenção diante da realidade encontrada no município.
Ainda que ações, programas e projetos tenham sido executados, verifica-se que muito
precisa ser feito no que diz respeito as garantias de direitos das criança e dos adolescentes
reforçando o fortalecimento do vínculo familiar em constante aperfeiçoamento, constata-se
que, para efetiva garantia dos direitos das crianças e adolescentes, apesar da oferta de
capacitação aos conselhos tutelar é mister intensificar de forma continuada visando a melhor
execução das políticas públicas no município.
O conselho de direito possui um papel fundamental em sociedade pois é um espaço
democrático que discute, implementa e executa políticas públicas em favor desse seguimento
desprovido de suas garantias e de seus direitos.
As politicas publicas discutidas foram implementadas à luz da nossa constituição
magna chamada de “constituição cidadã” e que traz no seu bojo elementos indiscutíveis que
com eficiência e eficácia minimizarão a pobreza e as desigualdades e potencializará o
desenvolvimento integral do ser.
Conforme estabelece o artigo 227
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
Falaremos agora sobre o papel do conselho Tutelar que ao longo dos anos, vem em
uma crescente organização buscando implementar os trabalhos de forma uníssona visando a
execução do sistema de garantias.
A criança ou um adolescente que tem o seu direito à educação violado, situação de
irregularidade dos que devem cumprir o seu direito: sejam os pais que não cumprem seus
deveres de encaminhá-la à escola e de acompanhar sua freqüência e aproveitamento escolar,
seja a sociedade que não assegura a igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola, seja o Estado que não garante o acesso à escola pública e gratuita mais próxima de
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sua residência. E a criança e o adolescente não são mais objetos de tratamento, quando a
criança ou o adolescente tem o seu direito ameaçado ou violado entra em ação o Conselho
tutelar através de uma aplicação de medidas administrativas ou judiciais da autoridade
judiciária.

Breve Histórico

Desde os tempos remotos a criança e adolescente foram criados em um ambiente


patriarcado e métodos de submissão não permitindo o crescimento integral. Após a
constituição de 1988 foi criando instituições que defendem políticas públicas e o
protagonismo juvenil.
Com o Estatuto, crianças e adolescentes passaram ao status de SUJEITOS
DE DIREITOS, em igualdade de condições com todos os demais
CIDADÃOS, a exemplo do que já deixa claro o art.5º, caput e inciso I de
nossa Constituição Federal, onde temos que "todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros ... a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança, à propriedade, nos
seguintes termos:", e "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,
nos termos desta Constituição" (verbis).

E em 1990 nasce na égide de muitas reivindicações um novo modelo de leis que


defendem a criança e adolescentes.
Definido como Estatuto, uma junção de regras que garantem os direitos e deveres das
crianças e adolescentes.
Antes do Estatuto, os adultos entendiam que faziam ‘tudo o que podiam’
pelos menores, e se eles apresentavam-se em situação irregular, essa
surgia por culpa dos próprios, “que não querem estudar, não querem
trabalhar, ficam nas ruas...”. Assim, antes, um menino fora da escola
estava em situação irregular (art. 2º, I), era considerado um menor, um
objeto de “medidas de tratamento, tendentes a eliminar tal situação,
entendida como estado de patologia social ampla” (CAVALLIERI in
RIBEIRO: 1987, pág. 88).
Nesses ditames se percebe que houve um ganho de uma política protetiva capaz de
dirimir a consequências dos abusos historicamente instituídos em desfavor a esse público
desrespeitados dentro do cenário familiar e social.
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Mas o interessante é que tenhamos o claro entendimento que o Estatuto da Criança e


do Adolescente - ECA é decorrente de um longo processo de amadurecimento político e
social, tendo sido composto por pessoas que começaram a enxergar com outros olhos os
problemas relativos as crianças e os adolescentes percebendo-os claramente como vítimas de
uma família, de uma sociedade e de um Estado irregular.
Bem, desta forma podemos entender que o Estatuto da Criança e do Adolescente teve
sua origem na participação popular, e que a sua proposta é a de mudar radicalmente a
história da infância e da juventude em nosso país.
O ECA é uma diretriz para a proteção da atenção integral aos direitos da criança e do
adolescente. Essa política segue o princípio da democracia participativa, que estipula que as
responsabilidades devem ser compartilhadas.
Compartilhar responsabilidades significa organizar as atribuições necessárias
á realização de uma tarefa distribuindo-as de forma diferente, mas com igual
compromisso, aos diversos atores da vida social. Assim, a família, a
sociedade e o Estado têm responsabilidades conjuntas [...] ainda que suas
atribuições, nessas responsabilidades, sejam diferentes. Ao compartilharem
suas responsabilidades, cada um dos atores precisa cumprir o que lhe é
atribuído e também acompanhar — articulando, controlando, avaliando e
reivindicando- o exercício efetivo das atribuições dos demais. (BRASIL,
2002, p. 61)
A partir da referência de compartilhamento oportuno lembrar que a família tem um
papel de suma importância vez que esse núcleo familiar que se encontra inserido o individuo
possuem responsabilidade de criar, amar, e ensinar os valores éticos e morais propagado em
sociedade. Há de se observar que quando estas características não são definidas no núcleo
familiar e existem a violação no sistema de garantias eu assegura a criança e adolescente o
bem estar e todas as políticas públicas ressalvadas no arcabouço legal entra o papel do estado
na figura dos conselhos de direitos e tutelares e que muitas vezes o pátio poder e quebrado ou
delegado ao estado pela vulnerabilidade familiar.
Assim a família assume o papel de protetor desde a gestação até a tenra infância
assegurando o desenvolvimento da criança e adolescente através do fortalecimento do vínculo
familiar.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que o papel dos conselhos é de fundamental importância para garantia no


sistema de direito, pois as politicas públicas interfere na vida desses individuo em sociedade.
Concomitantemente, o município de nossa senhora do socorro vem desenvolvendo um
trabalho de esforção e excelência através de programas projetos e a consecução das políticas
públicas através do seu conselho de direto atuante que faz valer a constituição e o estatuto da
criança e do adolescente.
O trabalho desenvolvido tem sido promissor pois se percebe o compromisso de todos e
esforço para a integralidade e garantia dos direitos e o pleno desenvolvimento desses
indivíduos.
Oportuno lembrar que os resultados apresentados são estatísticas positivas porem é
necessária uma continuidade de projetos para capacitações continuada para os conselheiros
tutelares e de direto visando um linear de um progresso efetivo.
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REFERÊNCIAS

AZEVEDO, Renata Custodio. O Conselho Tutelar e seus operadores: o significado social


da instituição, um estudo sobre os conselhos tutelares de Fortaleza- Ceará. Fortaleza:
UECE, 2007.
CARVALHO, Antônio Ivo de. Conselhos de Saúde no Brasil: participação cidadã e
controle social. Rio de Janeiro: FASE; IBAM,1995.
_________.CONANDA, Resolução nº 75, de 22 de outubro de 2001.
________. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
________. Lei Federal nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do
Adolescente. 2013.
https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-96/o-papel-do-conselho-tutelar-na-efetividade-
dos-direitos-da-crianca-e-do-adolescente/
13 de julho de 2000 disponível em:< https://crianca.mppr.mp.br/pagina-
824.html>acesso16setembro de 2021
CAVALLIERI in Ribeiro: 1987, pág. 88

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