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ANA LUÍSA SILVA SOARES

ARTHUR COTA FIGUEIREDO


EMANUELY PAULINO PEREIRA
GISELE ALVES TOTORO
LAURA ARAÚJO SOUSA LELES
NATHAN OLIVEIRA MOTA
PEDRO FELIPE REIS DO CRATO

DIREITOS E DEVERES DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

PATOS DE MINAS
2023

1
ANA LUÍSA SILVA SOARES
ARTHUR COTA FIGUEIREDO
EMANUELY PAULINO PEREIRA
GISELE ALVES TOTORO
LAURA ARAÚJO SOUSA LELES
NATHAN OLIVEIRA MOTA
PEDRO FELIPE REIS DO CRATO

DIREITOS E DEVERES DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Artigo Científico apresentado como requisito parcial de


uma avaliação na disciplina do Projeto Integrador I, no
curso de Direito do Centro Universitário de Patos de
Minas, sob orientação da professora Wania Alves Ferreira
Fontes

PATOS DE MINAS
2023

2
DIREITOS E DEVERES DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Ana Luísa Silva Soares¹


Arthur Cota Figueiredo²
Emanuely Paulino Pereira³
Gisele Alves Totoro4
Laura Araújo Souza Leles5
Nathan Oliveira Mota6
Pedro Felipe Reis do Crato7

Sumário: 1 Considerações iniciais. 2 A contextualização no que tange a proteção da criança e


do adolescente na Constituição Federal do Brasil e no ECA. 3 Os direitos das crianças e dos
adolescentes sob o prisma de Legislação Brasileira. 4 Os direitos das crianças e dos
adolescentes sob o prisma da doutrina e da jurisprudência. 5 Os pressupostos direitos e
deveres da criança e do adolescente além dos elencados pela lei. 6 Considerações Finais.
Referências.

Resumo: A proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes é uma das prioridades em
qualquer sociedade que se preocupa com o bem-estar e a segurança dos mais vulneráveis. Diante
desse cenário, o presente artigo dedicou-se à análise do direitos das crianças e dos adolescentes a
fim de conscientizar a sociedade sobre a importância de inseri-los em um contexto de
responsabilidade social. A importância do estudo fica evidenciada diante da falta de
conscientização da sociedade sobre os direitos das crianças e dos adolescentes e a forma como
tal ato prejudica a inserção desses indivíduos em um contexto de social. Para tanto, iniciou-se o
estudo referindo-se aos impactos da violência na infância e adolescência, sendo destacado como
agressões físicas e psicológicas podem gerar danos irreparáveis, afetando negativamente o
desenvolvimento emocional e cognitivo das vítimas. Ademais, é discutido o tema do bullying e a
sensação de incapacidade e como essas práticas podem prejudicar a autoestima e o
desenvolvimento social. Por conseguinte, buscou-se analisar como a sociedade e as autoridades
reagem perante a tais expostos e como os mesmos tem encarado a questão. Como metodologia
de estudo, adotou-se, através do método dedutivo, a pesquisa bibliográfica efetuando análises e
verificações sobre a temática.

Palavras-chaves: Direitos. Crianças. Adolescentes. Conscientização. Social.

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A lei brasileira, ECA - Regulamento da Criança e do Adolescente, estipula os deveres de


vários entes, incluindo a sociedade, a criança e o adolescente, o estado e as famílias para a
proteção integral. Com isso, a lei visa introduzir direitos, incluindo dignidade, lazer e educação.
Simultaneamente, obriga também à prevenção de qualquer forma de infracção à lei ou crime e à
preservação do ambiente e respeito pelos tutores ou pais.
Graduandos do 1º período do curso de Direito do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM.
Em 1988, a Constituição Federal brasileira determinou a tutela dos menores, criando
instituições e normas para garantir sua proteção. O Conselho Tutelar, o Gabinete do Ministério
Público, o Judiciário e outros órgãos foram criados para defender essas normas. Com isso,
crianças e adolescentes não são negligenciados, mas recebem a proteção que lhes é conferida por
lei, permitindo-lhes o gozo de seus direitos.
Para aprofundar o tema crucial da proteção de crianças e adolescentes e enriquecer a
compreensão de seus privilégios, ao mesmo tempo em que se amplia a conscientização pública
sobre esses assuntos, explora o trabalho a seguinte investigação: Quais são os direitos e
obrigações das crianças e adolescentes?
Analisa-se as determinações legais que tratam da proteção integral da criança e do
adolescente mediante a interpretação do ECA, normas constitucionais e normas do Direito Civil.
Isso levará a uma resposta para a pergunta em questão.
A educação de qualidade e a proteção dos menores são de extrema importância. Afinal,
crianças e adolescentes são os futuros protagonistas de nossa nação - eles serão pais, professores
e políticos. Portanto, é responsabilidade da sociedade garantir que eles estejam bem preparados
para essas funções.
Assim, o presente artigo se propõe não só a analisar os direitos das crianças e dos
adolescentes, mas também levar até aos mesmos através de palestras nas escolas, esse
conhecimento para que haja uma conscientização de alunos, professores e familiares, sobre quais
são esses direitos e melhor forma de efetivá-los.
Para atingir os objetivos propostos pela investigação científica, será utilizado o método
dedutivo-documental para realizar a pesquisa teórica, e a análise e demonstração serão realizadas
em torno do tema "os direitos e deveres da criança e do adolescente".

2 A CONTEXTUALIZAÇÃO NO QUE TANGE A PROTEÇÃO DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL E NO ECA.

A proteção da criança e do adolescente é um dever de todos, e a constituição Federal


de 1988 e a lei da Infância e da juventude fornecem diretrizes para que a sociedade e suas
autoridades cumpram efetivamente essas funções especiais de proteção pública.
Sempre que se fala em proteção à criança e ao adolescente é inevitável a menção ao
Estatuto da criatura e do adolescente (ECA). Antes de sua fundação, a sociedade possuía um
“Codificação de menores” que punia os menores infratores e se limitava a isso, porém, com a

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criação do ECA em 1990, crianças e adolescentes passaram a ter direitos e deveres como os
demais sujeitos da sociedade, onde também é determinado que a família o Estado e a
sociedade são responsáveis por sua proteção integral.
O ECA consagra o direito da criança e do jovem à inviolabilidade de sua integridade
e dignidade, sendo esta uma forma de proteção de extrema importância e indispensável,
garantindo a essas pessoas o direito de viver livre de qualquer tipo de violência, seja física,
moral ou psicológica, além de ser dever da sociedade zelar pelo respeito à individualidade de
cada pessoa, nos termos do art. 18 da constituição Federal.

Art. 18-A. As crianças e os adolescentes têm o direito de serem educados e


cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante,
como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto,
pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos
agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa
encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.(BRASIL, 2014)

Sobre o artigo citado acima, Guilherme de Souza Nucci (2021, p. 86) observa:

Em suma, a lei está posta. Deve-se operacionalizá-la, dando-lhe a interpretação


adequada e, para tanto, o Judiciário deve ater-se à finalidade efetiva da punição
aos abusos educacionais. Não há de existir uma invasão de privacidade no
âmbito familiar, por quem quer que seja, à procura de pais que belisquem seus
filhos vez ou outra, mas, sim, em busca dos que dão socos no rosto e surras de
chicote.

Portanto, vale ressaltar que a lei não diz que a forma como se cria uma criança deve ser
sempre fiscalizada, mas a violência de adultos contra crianças não pode ser assistida sem a
intervenção de terceiros porque, bem, estes são indivíduos em desenvolvimento e devem crescer
com responsabilidade em um ambiente seguro e estimulante. Isso não significa que essas
crianças e jovens devam ser criados sem a devida orientação, o dever dos pais é educar da
melhor forma possível, mas os delitos não podem passar despercebidos e devem ser efetivamente
punidos.
Dentro desse conceito, também deve ser feita referência à prática de bullying (ou
intimidação sistemática), que a Lei 13.185/2015 conceitua como: “Todo ato de violência física
ou psicológica, deliberada e repetitiva, praticado por indivíduos ou grupos contra uma ou mais
pessoas com o objetivo de intimidá-los ou atacá-los, causando dor e sofrimento às vítimas, numa
relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.” (Brasil, 2015) . Esse tipo de
violência é muito comum entre crianças e adolescentes, mas a maioria dos adultos e responsáveis
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não dá a devida atenção a ela, achando que é uma “brincadeira de criança”, o que leva ao
acirramento dos casos.
As vítimas de bullying tendem a procurar adultos ou figuras de autoridade,
principalmente na escola, para se protegerem de tais ameaças e violências, mas o descaso dos
responsáveis faz com que esses comportamentos sejam vistos quase como algo natural da idade,
um problema que poderiam (e deveriam) ser resolvidos tornam-se problemas maiores, levando
essas vítimas ao desenvolvimento de doenças mentais e até, com consequências irreversíveis, ao
suicídio.
Embora a maioria dos incidentes de bullying entre adolescentes e crianças aconteça entre
si, os casos de violência contra menores também são frequentemente cometidos por seus
responsáveis, enquanto o resto da sociedade não intervém por medo de interferir na vida dos
filhos de outras pessoas, criando sem sabendo que ele estava cooperando com um crime previsto
na lei.
A Lei da Infância e Juventude em conjunto com o Ministério da Mulher, Família e
Direitos Humanos (MMFDH) também é idealizadora do programa Protege Brasil.
Outro significado foi dado à data, 18 de maio de 2022, quando o ex-presidente Jair
Bolsonaro assinou o plano Protege Brasil, dia considerado o Dia Nacional de Combate ao Abuso
e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
O objetivo do programa é dar visibilidade a este tema (abuso e exploração de crianças e
jovens) que não é um fato recente, mas nunca recebeu a atenção que merece, apesar de ser um
tema tão delicado e inserido na sociedade. É frágil e não tem capacidade de se defender sozinho.
De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, “Pela primeira vez
desde 2019, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública conseguiu separar os dados de estupro e
estupro de um grupo vulnerável, onde podemos constatar que 53,8% da violência foi cometida
contra crianças menores de 13 anos, meninas. Esse número sobe para 57,9% em 2020 e 58,8%
em 2021”. Com esta informação, fica claro que a situação é terrível e que milhares de crianças
são abusadas todos os anos, enquanto muitas fecham os olhos para isso.
O Plano Protege Brasil é composto por 4 ações a saber: Programa Nacional de Riscos
Sexuais Precoces e Prevenção Primária da Gravidez na Adolescência, Plano Nacional de
Enfrentamento à Violência contra Crianças e Adolescentes, Plano de Ação para Crianças e
Adolescentes Indígenas em Situação de Vulnerabilidade e Plano de Ação Nacional de Proteção à
Criança e ao Adolescente Adolescentes. Prevenir e combater a violência letal contra crianças e
jovens; cada um dos quais trabalha para prevenir a violência contra crianças e jovens na

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sociedade e protegê-los.

3 OS DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE SOB O PRISMA DA LEGISLAÇÃO


BRASILEIRA.

O tema dos Direitos da Criança e do Adolescente no Brasil é um tema de grande


importância na comunidade, envolvendo uma infinidade de leis e normas. Com foco neste
assunto, o protocolo ECA crucial não deve ser negligenciado.
Aprofundando o tema em questão, é possível consultrar obras como o Estatuto da
Criança e do Adolescente (ECA), de autoria de Muniz Freire, Direito da Criança e do
Adolescente, de Maíra Zapater, e o livro Estatuto da Criança e do Adolescente comentado,
escrito por Guilherme de Souza Nucci. Adicionalmente, também foi estudada a Lei nº 8.069 de
1990.
Entre as disposições da sociedade está o direito à vida e à saúde da criança e do
adolescente. Conforme orientação do Estatuto, cabe ao Poder Público resguardar o nascimento
de indivíduos desamparados e impedir o desenvolvimento mental/físico saudável nas famílias.
Nas situações em que a família biológica não forneça o sustento, uma família substituta assumirá
a responsabilidade. Além disso, o Estatuto prevê o auxílio às gestantes, abrangendo alimentação
adequada e solicitação de profissionais de saúde competentes.
No entanto, Maíra Zapater (2019, p.87-88) entende que:

O direito da criança e do adolescente à vida e à saúde é contemplado de forma


interdependente e indivisível, em consonância com os princípios gerais
adotados pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pelos pactos
internacionais. O texto do art. 7° deixa claro a articulação do direito à vida
(direito humano de primeira geração) com o direito à saúde (direito de segunda
geração), ao condicionar seu exercício à efetivação de políticas públicas para
tanto, em complementação à determinação constitucional específica de
aplicação de percentual de recursos para a saúde na assistência materno-infantil
e na criação de programas para crianças e adolescentes com deficiência.

O artigo 7º do ECA revela como o legislador preocupou-se em resguardar diversos


direitos, inclusive os relativos à gravidez. O texto original do ECA mostra que a figura da
gestante/parto/mãe foi reconhecida em prol do bem-estar da criança, e seu direito ao pré-natal e
perinatal já foi contabilizado. Em 2016, a Lei n. 13.257 modificou o Marco Legal da Primeira
Infância ao incorporar novas disposições relacionadas aos programas de planejamento
reprodutivo como um direito de toda mulher. Junto com isso, também concedeu direitos
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adicionais às mulheres grávidas, parturientes e puérperas. Esses direitos estão alinhados com os
principais instrumentos internacionais relativos aos Direitos Humanos da Mulher, como a
Convenção das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a
Mulher (1979) e a Declaração e Plataforma de Pequim (1995).
Para o desenvolvimento de uma sociedade, tanto pessoal quanto comunitariamente, a
educação é um direito humano necessário. No Brasil, a Constituição de 1988 estabeleceu que a
educação é um direito social e garantiu que o acesso à educação de qualidade é responsabilidade
do Estado para todos os indivíduos. Crianças e adolescentes têm assegurado o direito à educação
no Brasil por meio de princípios específicos descritos na legislação.
Em termos de escolaridade, há um princípio crucial que defende a igualdade de acesso e
permanência. A ideia é que todas as crianças e adolescentes, independentemente de sua origem
social, condição econômica, disposição étnico-racial ou qualquer outra, tenham as mesmas
chances de admissão e permanência na escola.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) também estabelece que a
educação deve ser ministrada em condições de igualdade de ingresso e aprendizado nas escolas,
e que a política pública educacional deve garantir o acesso à educação para todos, especialmente
aqueles que têm dificuldade de ingresso, permanecer e ter sucesso na escola.
É importante observar como esses direitos envolvem pais, alunos, professores,
funcionários e demais membros da comunidade na gestão da escola, o que contribui para um
ambiente escolar mais inclusivo e democrático, ambiente que deve ser proporcionado por meio
da formação adequada dos professores, oferta de recursos e infraestrutura adequados,
valorização do ensino e a busca constante pela melhoria da qualidade do ensino.
O princípio da valorização da diversidade cultural também é se mostra fundamental para
promover a inclusão e a educação de qualidade. Isso significa reconhecer e valorizar as
diversidades raciais, de gênero, religiosas e outras, e contribuir para uma sociedade mais justa e
igualitária.
Segundo Marcos Augusto Maliska (2001, p. 154) uma vez que a Constituição
Federal de 1988 o definiu como dever do Estado. Sobre o tema, o autor fundamenta o que
segue:

Quanto ao direito à educação, uma situação que também o caracteriza de


maneira especial em meio aos demais direitos sociais diz respeito à qualidade
do direito subjetivo público no ensino obrigatório. Portanto, nesse aspecto,
deve-se considerar que o Estado tem o dever, tem a obrigação jurídica de
oferecer e manter o ensino público obrigatório e gratuito. Trata-se do mínimo
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em matéria de educação.

Dentre seus diversos direitos, a liberdade também é um deles, sendo um campo amplo e
que abrange diversos aspectos, desde a liberdade de pensamento e expressão, até a liberdade de
escolha e de participação na vida política e social do país. Este direito significa que crianças e
jovens podem viver em um ambiente livre de violência, abuso e negligência, promovendo uma
infância e juventude saudável e feliz, com acesso a saúde, educação, orientação, cultura, esportes
e lazer, onde são capazes de expressar suas opiniões e serem ouvidos. O ECA assume que as
crianças e os jovens têm direito a um acesso seguro de ir e vir para que possam desenvolver e
aprender as suas capacidades. No entanto, este direito deve ser exercido com responsabilidade e
respeito pelas pessoas na sociedade. “ Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de
direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis”. O direito ao respeito e à dignidade
é um dos princípios fundamentais estabelecidos pela legislação brasileira para proteger a integridade
física e psicológica da criança e do adolescente.
A Constituição Federal de 1988 estabelece o princípio da dignidade da pessoa humana
como fundamento da República Federativa do Brasil, e o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA) garante a proteção à infância e à adolescência, proibindo qualquer tipo de violência,
discriminação ou exploração.
Os direitos das crianças e dos adolescentes incluem o direito à vida, à integridade física e
psicológica, à igualdade, à não-discriminação, ao respeito e à proteção contra qualquer forma de
negligência, violência, crueldade e opressão. Esses direitos são assegurados tanto pela
Constituição Federal quanto pelo ECA, e devem ser respeitados e garantidos pelo Estado, pela
sociedade e pela família.
A legislação brasileira estabelece medidas de proteção e assistência à criança e ao
adolescente em situação de risco, visando garantir sua integridade física e psicológica. Essas
medidas incluem:
Medidas de proteção: são medidas tomadas para proteger a criança ou o adolescente em
situação de risco iminente, podendo incluir, por exemplo, a retirada da criança ou do adolescente
do ambiente de violência ou negligência, o afastamento do agressor ou a internação em
instituição adequada.
Medidas socioeducativas: são medidas aplicadas a adolescentes em conflito com a lei,
com o objetivo de ressocialização, podendo incluir a internação em instituição adequada, a
prestação de serviços à comunidade ou a liberdade assistida.

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Medidas de assistência: são medidas de assistência à criança e ao adolescente em
situação de vulnerabilidade, podendo incluir o acolhimento em abrigos, o atendimento médico e
psicológico, o acesso à educação e a outros serviços públicos.
A dignidade é um valor essencial para todo ser humano, deve ser respeitada não importa
a idade, a dignidade deve ser eficiente em processo de formação moral, física, social e
psicológica.

Muniz Freire (2022, p. 28-29) afirma que:

Nesse sentido, o art. 15 do ECA dispõe que a criança e o adolescente têm


direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em
processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e
sociais garantidos na Constituição e nas leis. Quando se fala em direito à
liberdade da criança e do adolescente, é inerente travar a discussão sobre a
instituição de toque de recolher por meio de portarias judiciais ou leis
municipais, que restringem o direito de ir e vir das crianças e dos adolescentes
em vias públicas quando estão desacompanhados de seus pais. O Estado de São
Paulo foi destaque em jornais quanto a essas medidas.

O direito à convivência familiar e comunitária é essencial para o desenvolvimento


saudável da criança e do adolescente, conforme previsto no artigo 19 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). Este artigo garante que toda criança e adolescente tenha o direito de crescer
e ser educado em um ambiente familiar próximo, com convivência familiar e comunitária. A
convivência familiar oferece amor, segurança, proteção e apoio emocional, fundamentais para o
crescimento saudável e a formação da personalidade.
A convivência comunitária também é importante, pois permite a socialização, ampliando
as experiências sociais e possibilitando a participação em atividades esportivas e culturais. A
comunidade contribui para a inclusão social, ajudando no desenvolvimento das crianças e dos
adolescentes como participantes ativos da sociedade, capazes de expressar suas opiniões sobre
questões políticas e de estimular as artes e culturas.
No Brasil, a Constituição Federal de 1988 estabelece as bases para as leis do país,
regendo o princípio legislativo. Entre os preceitos fundamentais, está o dever das crianças e
adolescentes em seguir regras e obrigações. Desde a promulgação do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), em 1990, ele se tornou o principal instrumento normativo de combate à
evasão escolar, mortalidade infantil, analfabetismo e trabalho infantil. Apesar da melhora
significativa em algumas áreas nas últimas três décadas, o Brasil ainda enfrenta muitos desafios.
O ECA estabelece uma série de deveres para as crianças e adolescentes, tais como:
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respeitar pais e responsáveis, frequentar a escola e cumprir a carga horária estipulada, respeitar
os professores e funcionários da escola, respeitar o próximo e suas diferenças, participar das
atividades em família e comunidade, preservar espaços públicos, conhecer e cumprir as regras
estabelecidas, respeitar a si mesmo, não cometer crimes ou infrações, participar de atividades
culturais, esportivas, educacionais e de lazer, buscar orientação quando tiver dúvidas e proteger o
meio ambiente.
O dever de frequentar a escola de forma regular é fundamental para o pleno
desenvolvimento humano, e os jovens também devem obedecer a seus pais ou responsáveis,
respeitar as normas de convivência social e não prejudicar o meio ambiente. O cumprimento
desses deveres contribui para a formação de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos
têm seus direitos respeitados.
Outra responsabilidade das crianças e adolescentes é não cometer nenhum tipo de crime
ou infração e caso aconteça, eles devem ser acompanhados por um advogado ou representante
legal, e participar de medidas socioeducativas que visam a sua ressocialização. O artigo 103 do
Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que se considera ato infracional: “ a conduta descrita
como crime ou contravenção penal, quando cometida pelo menor” (BRASIL. Lei nº 8.069, 2020).
É importante que as crianças e adolescentes conheçam os seus direitos e deveres, para
que possam se proteger de situações de risco ou abuso. Nesse sentido, a educação em direitos
humanos é fundamental para que essas pessoas possam desenvolver-se plenamente como
cidadãos, pois a partir do momento que se tem conhecimento sobre o tema, ele se torna mais
fácil de ser praticado, por ambas as partes.

Sobre isso Pinz e Duarte, relatam:

Percebe-se assim que o conhecimento sobre os direitos e deveres de cada grupo


da sociedade, principalmente as minorias, colabora para que estes grupos
alcancem a visibilidade e também se percebam como pertencentes a mesma.
Com as crianças e adolescentes não é diferente, uma vez que, conforme
apresentado anteriormente, até que estes seres fossem vistos como seres de
direitos foram necessárias muitas mudanças, principalmente no âmbito escolar.

Para que esses deveres sejam cumpridos, é necessário que haja uma ampla rede de
proteção e cuidado com as crianças e adolescentes, visando que a garantia dos direitos e
cumprimento dos deveres das crianças e adolescentes são fundamentais para a construção de
uma sociedade mais justa e igualitária. Todos devemos contribuir para que esses preceitos sejam
efetivados e respeitados.
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4 OS DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE SOB O PRISMA DA DOUTRINA E
DA JURISPRUDÊNCIA.

Depois de 30 anos de existência, o Superior Tribunal de Justiça do Brasil (STJ) criou


jurisprudência essencial e eficiente para aplicar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e
outros instrumentos jurídicos de proteção para crianças e adolescentes. No entanto, como
afirmado por Joel (2019, p. 01), "nada adiantará todo o aparato judicial preventivo se este não é
aplicado de forma efetiva". Além disso, apesar do Estatuto prever a criação de um Conselho
Tutelar (CT) 4autônomo, cabe a ele garantir o cumprimento da lei quando os direitos das
crianças e adolescentes são ameaçados ou violados.
É fundamental que os conselhos estejam conectados à rede de proteção da criança e do
adolescente do município, já que o poder público nem sempre priorizou esses seres humanos e
muitas regiões não possuem estrutura para protegê-los. Portanto, a organização da sociedade
civil é necessária para aumentar a eficiência na fiscalização e no cumprimento das leis, como
destacado por Rocha (2013).
O Estatuto da Criança e do Adolescente consolidou uma grande conquista da sociedade
brasileira, representando grande avanço na luta pelos direitos humanos em respeito aos
direitos da criança e do adolescente. [...] O Estatuto da Criança e do Adolescente possui
caráter universal, ou seja, atinge todas as crianças e adolescentes, não somente aqueles
que se encontrem em situação de risco ou praticantes de atos infracionais [...]. O
Estatuto da Criança e do Adolescente adotou a doutrina de proteção integral, possui
caráter de políticas públicas e participativo, com as decisões descentralizadas, voltadas
para o Município; a execução das medidas e dispositivos previstos no Estatuto são de
competência do Município, trazendo a obrigatoriedade de cogestão com a sociedade
civil, em seu aspecto decisório era estatal; a organização das normas é em rede; a gestão
é democrática; fundamenta-se no direito subjetivo; e a jurisdição é garantista. No
Estatuto da Criança e do Adolescente, temos a municipalização e o princípio da
participação popular como norteadores da política de atendimento (ROCHA, 2013, p.
24).

É crucial analisar como os órgãos competentes garantem e aplicam os direitos em casos


de destituição do poder familiar. De acordo com a Constituição Federal de 1988, o poder
familiar é o dever dos pais de criar seus filhos e, como estabelecido no Art. 21 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, deve ser exercido em igualdade de condições por ambos os pais. No
entanto, se isso não ocorrer, os pais podem perder o poder sobre a criança ou adolescente. Para
recuperar o poder familiar, existe o Projeto de Lei nº 2.285/2007, conhecido como Estatuto da
Família, que dá preferência à vontade do filho. Segundo a doutrina, a reintegração só pode
acontecer após uma decisão judicial que comprove a cessação dos motivos que levaram à
destituição e que seja benéfica para a criança. Se houver uma destituição familiar, o menor não
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ficará sem amparo, ele será encaminhado para uma família substituta para adaptação, conforme a
Apelação Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (2020).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESTABELECIMENTO DO PODER


FAMILIAR. AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. CITAÇÃO
POR EDITAL. ABANDONO. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO.
PROTEÇÃO INTEGRAL E PRIORITÁRIA DOS DIREITOS DA
CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. A leitura dos artigos do Estatuto da
Criança e do Adolescente permite concluir que apenas a adoção tem caráter
irrevogável, porque expressamente consignado no § 1º do art. 39 . Diante do
silêncio da lei acerca do restabelecimento do poder familiar, também se pode
concluir, modo contrário, pela possibilidade da reversão da destituição do
poder familiar, desde que seja proposta ação própria para tanto, devendo restar
comprovada a modificação da situação fática que ensejou o decreto de perda
do poder familiar. No caso trazido para desate, no entanto, além de ter sido
comprovado cabalmente o abandono da menor pelo genitor, a citação no
processo de destituição obedeceu ao devido processo legal, não sendo essas
alegações suficientes para o desiderato da sua pretensão. Ademais, não resta
efetivamente demonstrado que o melhor para a criança seja o retorno ao
convívio do genitor, mormente porque a menina está em família substituta e
plenamente adaptada, não sendo conveniente, no momento, promover o
restabelecimento, que poderá novamente levá-la a situação de descaso e
abandono. Portanto, em que pese não ocorrer coisa julgada, deve prevalecer,
na hipótese, o principal interesse da criança. RECURSO DESPROVIDO.

Sob o prisma da doutrina, esses direitos são definidos como um conjunto de normas e
princípios que buscam assegurar a proteção integral da criança e do adolescente, bem como sua
participação na sociedade de forma ativa e consciente.
A doutrina, nesse contexto, compreende-se como o conjunto de ideias, teorias e
princípios que orientam a interpretação e aplicação das leis. Dessa forma, a doutrina dos direitos
da criança e do adolescente se torna fundamental para o entendimento e aplicação dos
dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que é a principal legislação
brasileira que trata desse tema.
Em primeiro lugar, é importante destacar que a doutrina dos direitos da criança e do
adolescente tem como base principal a proteção integral. Essa proteção compreende um conjunto
de direitos que devem ser assegurados desde o nascimento até os 18 anos de idade, incluindo o
direito à vida, à saúde, à educação, à cultura, à alimentação, ao lazer, à convivência familiar e
comunitária, entre outros.
Nesse sentido, a doutrina busca a proteção da criança e do adolescente como sujeitos de
direitos, reconhecendo sua vulnerabilidade e necessidade de proteção especial. Isso implica em
um reconhecimento do caráter prioritário desses direitos, de forma que devem ser garantidos de

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maneira absoluta e sem qualquer tipo de discriminação.
Outro aspecto importante da doutrina dos direitos da criança e do adolescente é a
participação ativa desses sujeitos na sociedade. Segundo a doutrina, a participação é um direito
fundamental e um dever da criança e do adolescente, devendo ser assegurada em todos os
espaços em que esses sujeitos estejam presentes, como a família, a escola, as instituições de
proteção e demais espaços sociais.
A participação ativa dos jovens na sociedade é fundamental para a formação de cidadãos
conscientes e responsáveis, capazes de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa
e democrática. Além disso, a participação dos jovens na tomada de decisões que os afetam
diretamente contribui para o fortalecimento da democracia e da cidadania. Assim, é essencial
que a sociedade brasileira preste mais atenção às crianças e adolescentes, fazendo deles uma
prioridade política e investindo mais na prevenção e proteção.

5 OS PRESSUPOSTOS DIREITOS E DEVERES DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


ALÉM DOS ELENCADOS PELA LEI.

As crianças e adolescentes possuem direitos assegurados pela lei, mas também possuem
deveres pressupostos que são importantes para o desenvolvimento saudável e o bem-estar
individual e coletivo. Esses deveres vão além dos direitos elencados na Constituição e no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e têm o objetivo de promover a responsabilidade e
o senso de comunidade nas crianças e jovens.
O primeiro direito pressuposto é o direito ao amor e à afetividade. Todas as crianças e
adolescentes têm o direito de receber amor e carinho, seja dos pais, familiares, amigos ou mesmo
de desconhecidos que cruzam seu caminho. O afeto é essencial para a formação da personalidade
e da autoestima, além de ser um elemento fundamental para a construção de vínculos sociais e
emocionais saudáveis.
Outro direito pressuposto é o direito à liberdade de expressão. As crianças e adolescentes
devem ter a oportunidade de expressar suas opiniões, sentimentos e desejos, sem medo de
retaliações ou censura. Essa liberdade de expressão é fundamental para o desenvolvimento da
autonomia e da personalidade, além de ser um importante instrumento de participação social.
O direito à ludicidade e ao brincar também é um direito pressuposto, pois é através das
brincadeiras e atividades lúdicas que as crianças e adolescentes desenvolvem a criatividade, a
imaginação e as habilidades motoras. Além disso, o brincar é uma forma de expressão e de

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comunicação, além de ser um momento de descontração e lazer.
Outro pressuposto é o direito à cultura e à arte. Todas as crianças e adolescentes têm o
direito de acessar e participar de atividades culturais e artísticas, como teatro, cinema, dança,
música, entre outras. A cultura e a arte são importantes instrumentos de formação e de expressão,
além de contribuírem para o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade e da empatia.
Assim como existem direitos pressupostos, também existem deveres pressupostos que
são essenciais para a formação da criança e do adolescente como indivíduos e cidadãos
responsáveis. O primeiro dever pressuposto é o dever de respeito ao próximo. Todas as crianças
e adolescentes devem aprender desde cedo a respeitar as diferenças, sejam elas de gênero, raça,
religião, orientação sexual, entre outras.
Um dos deveres pressupostos da criança e do adolescente é o respeito. É importante que
eles aprendam desde cedo a respeitar a si mesmos, aos outros e ao meio ambiente. Isso significa
ter consciência de seus limites e respeitar os limites dos outros, evitando qualquer forma de
violência, discriminação ou preconceito.
Outro dever pressuposto da criança e do adolescente é a responsabilidade. Eles devem
assumir a responsabilidade por suas escolhas e atitudes, reconhecendo que suas ações têm
consequências e que devem agir de forma consciente e ética. Isso envolve desde cumprir com as
tarefas escolares e familiares até evitar comportamentos de risco, como o uso de drogas e álcool.
A solidariedade também é um dever pressuposto da criança e do adolescente. Eles devem
aprender a se colocar no lugar do outro, a respeitar as diferenças e a colaborar com aqueles que
precisam de ajuda. Isso significa ser solidário com os amigos, com a família e com a comunidade
em que vivem.
A honestidade também é um dever pressuposto da criança e do adolescente. Eles devem
aprender a ser honestos consigo mesmos e com os outros, reconhecendo seus erros e acertos e
sendo sinceros em suas relações. Isso envolve desde não mentir aos pais e professores até
respeitar as regras e normas sociais.
A preservação do meio ambiente é outro dever pressuposto da criança e do adolescente.
Eles devem aprender desde cedo a importância de preservar a natureza e a cuidar do planeta em
que vivem. Isso envolve desde evitar o desperdício de água e energia até o descarte adequado de
lixo e ações de conservação da fauna e da flora.
Os direitos e deveres pressupostos da criança e do adolescente são fundamentais para a
formação de cidadãos responsáveis e conscientes. Eles estão relacionados ao comportamento e à
postura desses indivíduos em relação a si mesmos, aos outros e ao meio ambiente. Por isso, é

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importante que os pais, os educadores e a sociedade em geral estimulem e valorizem esses
deveres, incentivando a formação de uma sociedade mais justa e solidária.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Em síntese, a proteção da criança e do adolescente é uma pauta extremamente importante


em nossa sociedade, sendo que a Constituição Federal do Brasil e o Estatuto da Criança e do
Adolescente garantem uma série de direitos fundamentais a esses indivíduos. A legislação
brasileira é bastante avançada em relação à proteção dos direitos da criança e do adolescente, e
sua efetividade depende de uma boa aplicação por parte dos órgãos competentes.
A doutrina e a jurisprudência também contribuem para o aprimoramento e a interpretação
dessas leis, estabelecendo parâmetros para a atuação dos profissionais envolvidos na defesa dos
direitos desses indivíduos. Além disso, os pressupostos direitos e deveres da criança e do
adolescente além dos elencados pela lei são essenciais para uma formação ética e responsável
desses indivíduos.
No entanto, é importante ressaltar que a garantia dos direitos da criança e do adolescente
não é uma tarefa apenas do Estado, mas sim de toda a sociedade. É preciso que os pais,
educadores, profissionais de saúde, assistentes sociais e todos os cidadãos estejam engajados na
defesa desses direitos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Portanto, a proteção da criança e do adolescente é uma causa que deve ser abraçada por
todos, pois apenas com a conscientização e a mobilização de toda a sociedade será possível
assegurar uma infância e adolescência plenas de direitos e oportunidades.

REFERÊNCIAS.

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direitos e deveres sob um novo olhar. Revista eletrônica do curso de pedagogia das faculdades
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<https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2022/07/14-anuario-2022-violencia- sexual-
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Adolescente e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 29 mar. 2023.

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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em: 30 mar. 2023.

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criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência. Disponível em:
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BRASIL. Lei n° 13.185, de 6 de novembro de 2015. Institui o Programa de Combate à


Intimidação Sistemática (Bullying). Disponível em:
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mar. 2023.

BRASIL. Lei nº 13.812, de 16 de março de 2019. Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
(Estatuto da Criança e do Adolescente), para estabelecer a obrigatoriedade de notificação
pelos serviços de saúde públicos e privados de casos de suspeita ou de confirmação de maus-
tratos contra crianças e adolescentes atendidos nessas instituições. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13812.htm>. Acesso em: 28
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