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ADOLESCENTE – ECA
LEI Nº 8.069 de 13 de julho de 1990
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QUEM SOU EU E QUEM SÃO OS ALUNOS?
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COMO SERÃO MINISTRADAS NOSSAS AULAS?
Quando falamos em aula expositiva e dialogada queremos dizer que a aula será
em grande parte expositiva, ou seja, o professor irá conduzir e repassar os
ensinamentos dados no entanto, para a boa condução da aula é preciso que o
aluno participe ativamente.
Sim, as perguntas são sempre bem vindas, no entanto, temos que nos atentar de
fazermos perguntas relacionadas a matéria para não atrapalhar os demais.
Veja que o ponto forte desta estratégia é o dialogo entre alunos e professor, onde
há espaço para questionamentos, críticas, discussões e reflexões, onde o
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conhecimento possa ser sintetizado por todos.
CONHECENDO NOSSA DISCIPLINA
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COMO SERÃO NOSSAS AVALIAÇÕES?
1ª Avaliação – 07/05/2022
2ª Avaliação – 28/05/2022
3ª Avaliação – 02/07/2022
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OBJETIVOS DA APRENDIZAGEM
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BIBLIOGRAFIA
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VAMOS AS AULAS?
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA
LEI Nº 8.069 de 13 de julho de 1990
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL ESTATUTO DA CRIANÇA E
CÓDIGO DE MENORES
1988 DO ADOLESCENTE
1979
1990
MENOR INFRATOR
ABSOLUTA PRIORIDADE DA CRIANÇA
E
PROTEÇÃO INTEGRAL
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PROTEÇÃO INTEGRAL
ESTABELEÇO QUE TODOS OS SISTEMAS JURIDICOS DEVEM CONVERSAR COM ESTA CRIANÇA
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Aliado ao principio da proteção integral temos ainda dois outros princípios que estabelecem a ótica do menor
no estatuto.
O principio da condição peculiar da pessoa em desenvolvimento: Tal princípio é entendido como base
para a nova legislação somando-se à condição jurídica de sujeito de direito e à condição política de absoluta
prioridade. Ademais, tem-se que a criança e o adolescente não conhecem totalmente, nem possuem
condições de defender e de fazer valer plenamente seus direitos, e não tem ainda capacidades plenas de
suprir suas necessidades básicas.
O principio da intervenção mínima: O referido princípio busca orientar a intervenção mínima nas punições,
devendo apenas ser castigadas as infrações mais prejudiciais à sociedade e de relevância social mais
significativa, devendo ser imposto um castigo proporcional à gravidade do delito. Com isso, a norma penal
juvenil somente será utilizada para defender bens jurídicos essenciais de agressões mais gravosas, ou ainda,
ser usada de maneira secundaria em condutas que não possam ser tratadas por outros meios de controle
social.
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ORGANIZAÇÃO DO ESTATUTO
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MAS QUEM É A CRIANÇA E O ADOLESCENTE DO ECA?
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IDADE NOMEN IURIS PENALIDADE?
0 a 12 anos Criança Inimputável
12 a 18 anos incompletos Adolescente Medida restritivas
A partir de 18 anos Adulto Responde criminalmente
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DIREITOS E GARANTIAS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
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DIREITO À VIDA
É delineado para a proteção integral da vida. Desde a sua fecundação até o atingimento da maioridade
do indivíduo.
Adoção Preservação da família natural ADOÇÃO É PARA A CRIANÇA E NÃO PARA A MÃE
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IDENTIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO (Art. 10 do ECA)
VACINA EM ESTÁGIO
NÃO HÁ OBRIGATORIEDADE
EXPERIMENTAL
SARS – COVID
"vacinar as crianças é uma decisão dos pais e responsáveis, mas pode o poder publico limitar este
direito"
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DIREITO A LIBERDADE, RESPEITO E DIGNIDADE - Art. 15º ao 18º
A liberdade de expressão constitui um dos maiores Também não podem aparecer em programas
direitos garantidos pela Constituição do Brasil. É um tido como fora de sua faixa etária, isto porque o
princípio fundamental democrático que garante público infantojuvenil prima por conteúdos
diversidade de pensamentos e ideologias a qualquer artísticos, culturais com a finalidade educativa e
cidadão brasileiro. informativa, contudo, é válido ressaltar a
significância que se tem a classificação,
No entanto, como qualquer direito fundamental pode especificação primária, dispostas em
sofrer restrições neste caso no que tange ao direito de espetáculos públicos, rádios, filmes, séries, e
crianças e adolescentes se expressarem Estatuto da todos ali envolvidos sejam em espetáculos
Criança e do Adolescente traz certas restrições à abertos ou fechados, seja os reprodutores de
liberdade de expressão, como forma de assegurar o bem- conteúdos nas TVS como diretores por exemplo,
estar das crianças. devem compreender o horário da
disponibilização destes conteúdos, as faixas
Por exemplos crianças são proibidas de aparecem em etárias daqueles não recomendados, a natureza
comerciais ou programas que promovam o uso de cigarro e o mais importante, ressaltar a inadequação
e bebida. dos impróprios. 28
EXPOSIÇÃO DE CRIANÇAS E O ECA
As redes sociais têm tomado o espaço da
televisão e de outras mídias, por meio delas tem
se criado diversos “famosos” que têm suas vidas
acompanhadas diariamente por milhões de
pessoas. Ainda mais, por se tratar de meio que
integra o principal canal de comunicação e
armazenamento de informações, a internet.
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DIREITO DE CRENÇA E CULTO RELIGIOSO
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DIREITO A PROFISSIONALIZAÇÃO – AR. 60 A 69
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TRABALHO DE CRIANÇAS NA TV
O caso MAISA:
AQUELA ONDE A CRIANÇA NASCE É AQUELA QUE ADVÉM DA PERDA DO PODER FAMILIAR
(AFETIVA OU SANGUINEA) (GUARDA, TUTELA, ADOÇÃO)
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Art. 19. É direito da criança e do
adolescente ser criado e educado no seio
A colocação e m família substituta é um regime de de sua família e, excepcionalmente, em
programa protetivo dos direitos das crianças e dos família substituta, assegurada a
adolescentes que regulariza a permanência de crianças convivência familiar e comunitária, em
ou adolescentes em outra família distinta da natural, ambiente que garanta seu desenvolvimento
assegurando-lhes o direito à proteção integral e à integral.
convivência familiar e comunitária (...)
§ 1 o Toda criança ou adolescente que
estiver inserido em programa de
Existe sob três formas: guarda, tutela e adoção. acolhimento familiar ou institucional terá
sua situação reavaliada, no máximo, a
cada 3 (três) meses, devendo a autoridade
Tendo em vista que é direito da criança e do adolescente judiciária competente, com base em
manter o convívio familiar o afastamento deve ser sempre relatório elaborado por equipe
medida excepcional, apenas em situações de grave risco a interprofissional ou multidisciplinar, decidir
sua integridade física. de forma fundamentada pela possibilidade
de reintegração familiar ou pela colocação
em família substituta, em quaisquer das
modalidades previstas no art. 28 desta Lei. 37
Oitiva da criança sempre que possível por equipe profissional e
do adolescente obrigatória.
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GUARDA
A guarda é uma medida que visa proteger crianças e
adolescentes que não podem ficar com seus pais,
provisoriamente, ou em definitivo.
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TUTELA
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A tutela testamentária é instituí da por vontade dos pais,
em conjunto, valendo-se de um ato de disposição de
última vontade. O art. 37 do Estatuto da Criança e do
Adolescente determina que o tutor nomeado por tutela
testamentária, deverá, no prazo de trinta dias após a A tutela é ato transitório, até a
abertura da sucessão, ingressar com pedido de formalização do estabelecimento
colocação da criança e do adolescente em família de uma família substituta.
substituta, a fim de permitir que o judiciário aprecie os
requisitos para a formalização desta medida observando
o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 do ECA.
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ADOÇÃO
A palavra adotar vem do latim adoptare que significa escolher, perfilhar, dar o seu nome a, optar,
ajuntar, escolher, desejar. Do ponto de vista jurídico, a adoção é um procedimento legal que
consiste em transferir todos os direitos e deveres de pais biológicos para uma família substituta,
conferindo para crianças/adolescentes todos os direitos e deveres de filho, quando e somente
quando forem esgotados todos os recursos oferecidos para que a convivência com a família original
seja mantida.
A adoção é portanto um procedimento legal que transfere ao adotado t odos os direitos e deveres
de filho, estabelecendo relação de parentesco civil entre adotante e adotado.
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EU POSSO ADOTAR? QUEM PODE SER ADOTADO?
• Qualquer pessoa maior de 18 anos (casados, Podem ser adotados crianças e adolescentes
viúvos, divorciados e solteiros) e com situação com até 18 anos à data do pedido de adoção
socioeconômica estável pode adotar. e que foram destituídos do poder familiar ou
entregues à adoção.
• O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis
anos mais velho do que o adotando. Quando o adotando for maior de doze anos,
o seu consentimento será necessário.
• Para adoção conjunta, é indispensável que os
adotantes sejam casados civilmente ou Há situações especiais em que maiores de
mantenham união estável, comprovada a 18 anos também podem ser adotados,
estabilidade da família. (Atualmente é possível mesmo assim há a exigência de o adotando
adoção por famílias plurais) ser 16 anos mais novo que o adotante.
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A ADOÇÃO DEPENDE DO CONSENTIMENTO DOS PAIS BIOLÓGICOS?
ATENÇÃO: A perda do poder familiar é a medida mais grave imposta pela legislação
brasileira nos casos de descumprimento de relevantes deveres que foram incumbidos aos
pais em relação aos filhos menores não emancipados, destituindo os genitores de todas as
prerrogativas decorrentes da autoridade parental.
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MODALIDADES DE ADOÇÃO
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Ocorre quando um cônjuge ou companheiro adota o filho do outro. exemplo
homem após casar-se com mulher que já tinha filha adota a criança. Nesse
ADOÇÃO UNILATERAL
caso, subsistem os vínculos de filiação entre a adotada e a cônjuge ou
companheira do adotante
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É a adoção em que a mãe biológica determina para quem deseja entregar o seu
filho, também chamada de “intuito personae”. Na maioria dos casos, a mãe
procura a Vara da Infância e da Juventude, acompanhada do pretendente à
adoção, para legalizar uma convivência que já esteja acontecendo de fato. É um
tema bastante polêmico. Há juízes que entendem que a adoção pronta é sempre
desaconselhável, pois é difícil avaliar se a escolha da mãe é voluntária ou foi
ADOÇÃO PRONTA induzida ou se os pretendentes à adoção são adequados, além da possibilidade
OU DIRETA de uma situação de tráfico de crianças.
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A expressão “adoção tardia”, bastante utilizada, refere-se
à adoção de crianças maiores ou de adolescentes.
Remete à discutível idéia de que a adoção seja uma
prerrogativa de recém-nascidos e bebês e de que as
ADOÇÃO TARDIA crianças maiores seriam adotadas fora de um tempo
ideal. Desconsidera-se, com isso, que grande parte das
crianças em situação de adoção tem mais de 2 anos de
idade e que nem todos pretendentes à adoção desejam
bebês como filhos.
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O QUE É “ADOÇÃO À BRASILEIRA”?
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ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA
Como forma de preparação para a formação do Art. 46. A adoção será precedida de
vinculo definitivo da adoção o estatuto prevê que estágio de convivência com a criança ou
as partes adotante e adotando devem passar por adolescente, pelo prazo máximo de 90
um período de convivência, que será (noventa) dias, observadas a idade da
acompanhado e relato pela equipe criança ou adolescente e as peculiaridades
interprofissional do juízo da infância e da do caso.
juventude
(..)
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COMO INGRESSAR COM O PROCESSO DE ADOÇÃO?
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O próximo passo do processo é a avaliação técnica. Essa é uma fase muito importante, onde os
candidatos serão avaliados por uma equipe multidisciplinar do Poder Judiciário. Nessa fase serão
observadas as motivações e expectativas dos candidatos em relação à adoção, será realizada a
análise da realidade sociofamiliar e definido se os interessados possuem ou não os requisitos
que a lei exige para adotar.
A participação no programa de preparação para a adoção também é uma exigência da lei para
quem quer adotar. O programa fornece informações que podem ajudar os adotantes a decidirem
com mais segurança sobre a adoção e os prepara para que sejam capazes de passar por
possíveis dificuldades em relação a convivência inicial com a criança/adolescente. Além disso, o
programa estimula e orienta para a adoção interracial, de crianças ou de adolescentes com
deficiência, com doenças crônicas ou com necessidades específicas de saúde, e de grupos de
irmãos.
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A partir deste momento o convívio com crianças de lares adotivos é estimulado e sempre que a
Vara de Infância obtiver informações sobre uma criança adotável irá informar os postulantes.
Nesse momento também é informado o histórico de vida da criança e será estimulado o estagio de
convivência monitorado.
Por fim, o juiz profere a sentença de adoção e determina a lavratura do novo registro de
nascimento, já com o sobrenome da nova família. Existe a possibilidade também de trocar o
primeiro nome da criança. Nesse momento, a criança passa a ter todos os direitos de um filho
biológico.
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A FAMÍLIA BIOLÓGICA PODE CONSEGUIR SEU FILHO DE VOLTA DEPOIS DA ADOÇÃO?
Não, depois de dada a sentença da adoção pelo juiz, ela é irreversível, e a família biológica perde
todo e qualquer direito sobre a criança/adolescente. Mas a família biológica poderá ter sua criança
de volta se a sentença não tiver ainda sido dada e se, por ato judicial, provar que tem condições de
cuidar de seu filho.
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EFEITOS DA ADOÇÃO
A sentença que julga a adoção tem natureza constitutiva, ou seja opera uma modificação no
estado jurídico das pessoas envolvidas criando para as partes um vinculo jurídico antes
inexistente –e desfazendo o vinculo anterior da criança ou adolescente.
Considerando que a adoção faz nascer um novo vinculo jurídico, todos os vínculos jurídicos
com os pais biológicos e parentes são anulados com a adoção, salvo os impedimentos
matrimoniais (para evitar casamentos entre irmãos e entre pais e filhos consanguíneos). Cabe
lembrar que o rompimento dos vínculos jurídicos não apaga a história pessoal anterior à
adoção da criança/adolescente, que, portanto, deve ser considerada.
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ADOÇÃO
MEDIDA EXCEPCIONAL PRAZO PARA A CONCLUSÃO DA
ADOÇÃO 120 DIAS
ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA
DIFERENÇA MINIMA DE 16 ANOS
PELO PRAZO MAXIMO DE 90
ENTRE O ADOTANTE E ADOTADO 57
(NOVENTA DIAS)
ADOÇÃO INTERNACIONAL
A adoção internacional somente ocorre quando todos os meios para manter a criança em
seu país natal foram esgotados.
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CABE ÀS AUTORIDADES COMPETENTES DO ESTADO DE ORIGEM:
Embora haja todo respaldo legal para a entrega voluntária de crianças, a legislação não
detalha a forma pela qual esta deve ser conduzida pelas varas da infância e juventude.
Portanto, compete a cada estado a elaboração de atos normativos para
regulamentar os procedimentos nas varas da infância e juventude.
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De acordo com os regulamentos, a gestante que, perante os hospitais e demais
estabelecimentos de assistência social ou de atenção à saúde, públicos ou particulares,
manifestar vontade de entregar seu filho para adoção deverá ser encaminhada às
varas da infância e juventude.
Nesse momento, a equipe técnica deve ainda colher todas as informações necessárias
sobre o histórico de vida e de saúde tanto da genitora como da família biológica, materna e
paterna, para subsidiar cuidados à criança em caso de eventual adoção.
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MEDIDAS DE PROTEÇÃO APLICAVEIS A CRIANÇAS EM
SITUAÇÃO DE RISCO
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A busca de soluções para o problema é, portanto, um
problema de responsabilidade pública.
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Nesse viés foram criadas as normas de proteção a criança e ao
adolescente em situação de risco.
Violência intrafamiliar e institucional são formas agressivas e cruéis de se relacionar no interior das
famílias, na escola e em instituições como albergues e internatos, produzindo danos físicos, emocionais,
sexuais e, por vezes, até a morte. A violência intrafamiliar e a violência institucional são produzidas
frequentemente tendo como justificativa educar e corrigir erros de comportamentos de crianças e
adolescentes.
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As violências social, intrafamiliar e institucional se expressam sob diferenciadas formas e, quando
relacionadas às crianças e adolescentes, costumam ser classificadas como negligência, abuso
físico, abuso sexual e abuso psicológico.
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Abuso físico é todo ato violento com uso da força física de forma intencional, não
acidental, praticada por pais, responsáveis, familiares ou por outras pessoas, com o
objetivo de ferir, lesar ou destruir a criança ou adolescente, deixando ou não marcas
evidentes em seus corpos e, muitas vezes, provocando a morte. Essa é a forma de
violência mais frequentemente identificada, inclusive pelos serviços de atendimento à
saúde.
Algumas síndromes provocadas pela violência física já foram identificadas pela literatura
médica, tais como a síndrome do bebê sacudido. Essa é decorrente das fortes sacudidas
no bebê, geralmente menor de 6 meses.
Abuso sexual constitui todo ato ou jogo sexual com intenção de estimular sexualmente a
criança ou o adolescente, ou visando a utilizá-los para obter satisfação sexual. Essa
categoria abrange as relações hétero ou homossexuais, cujos agressores estão em estágio
de desenvolvimento psicossocial mais adiantado que o da criança ou do adolescente.
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O abuso sexual é um problema de saúde pública, definido como todas as formas de atividades
sexuais, nas quais, as crianças e adolescentes não têm condições maturacionais e psicobiológicas
de enfrentamento. O abuso pode ocorrer contra a vontade da criança ou adolescente ou pela
indução de sua vontade, através das relações de poder e confiança entre a vítima e o agressor, bem
como, pelo uso de violência física ou psicológica (ameaças e barganhas).
O abuso sexual pode ocorrer em dois diferentes contextos, o intrafamiliar e o extrafamiliar. O abuso
intrafamiliar ou incestuoso ocorre dentro do ambiente doméstico, no qual o abusador exerce uma
função de confiança, cuidado e poder em relação à criança. O abuso extrafamiliar é perpetrado fora
das relações familiares, envolvendo, por exemplo, vizinhos ou desconhecidos e os casos de
pornografia infantil e exploração sexual comercial.
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SINDROME DE MUNCHAUSEN
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Um estudo realizado por Rosenberg reuniu 117 casos em que foi possível traçar os perfis do
perpetrador e da vítima.
1) a maioria dos casos são provocados pela mãe, 2) a mãe é afetuosa, cuidadosa e permanece
quase todo tempo com a criança hospitalizada, 3) a mãe nega simular os sintomas nos filhos, mesmo
quando confrontada, 4) a mãe apresenta tratamento psicoterápico prévio, 5) a aparente devoção da
mãe sensibiliza e engana a equipe de saúde, 6) a mãe aprecia e estimula procedimentos médicos
sofisticados, ainda que potencialmente perigosos, 7) a preocupação do perpetrador não parece
proporcional à aparente gravidade da doença, 8) várias visitas ao médico, estudos e internações
hospitalares, 9) doença da vítima é incomum e de difícil diagnóstico, 10) várias recaídas da vítima e
má resposta ao tratamento, 11) elaboração de várias hipóteses diagnósticas inconsistentes, 12)
exames complementares não concordam com estado físico da criança, 13) 44% dos sintomas
encontrados nesta síndrome são de sangramentos e 42% são depressão do sistema nervoso central.
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Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao
adolescente são aplicáveis sempre que os direitos
reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
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A violência que atinge crianças e adolescentes tem muitas faces e aqui se abordam suas principais
manifestações: estrutural, intrafamiliar, institucional e delinqüencial.
A violência estrutural é aquela que incide sobre a condição de vida das crianças e
VIOLÊNCIA adolescentes, a partir de decisões histórico-econômicas e sociais, tornando
ESTRUTURAL vulneráveis suas condições de crescimento e desenvolvimento.
A maior expressão desse tipo de violência é o fato de, dentre 60 mil crianças e
adolescentes brasileiros de 0 a 17 anos (Censo de 2000), 20 milhões (34,8%) se
encontrarem em situação de pobreza.
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Nas medidas de proteção encontra-se o “coração do Estatuto” definindo precisamente as condições
em que se autoriza ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário buscar os fins a
que o Estatuto se dirige, isto é, sempre que os direitos reconhecidos no Estatuto forem ameaçados ou
violados.
As medidas socioeducativas são voltadas para adolescentes infratores, como forma ressocialização
social.
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PESSOA LEGISLAÇÃO ATO PRATICADO MEDIDA
APLICAVEL
CRIANÇA (ATÉ 12 ECA ATO INFRACIONAL MEDIDA DE PROTEÇÃO
ANOS)
ADOLESCENTE (12 A ECA ATO INFRACIONAL MEDIDA DE PROTEÇÃO E
18 INCOMPLETOS MEDIDA SOCIEDUCATIVA
MAIOR CAPAZ CODIGO CRIME OU PENA PRIVATIVA DE
PENAL CONTRAVENÇÃO LIBERDADE OU RESTRITIVA
DE DIREITO – MULTA.
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CARACTERISTICAS:
A primeira característica das medidas de proteção é que elas podem ser aplicadas de forma
preventiva, para evitar a violação de um direito que está ameaçado, ou corretiva, para
remediar os efeitos da violação de um direito e restabelecer (ou estabelecer) a ordem jurídica
justa – o estado em que a criança tem todos os seus direitos fundamentais garantidos e
atendido
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PRINCÍPIOS DAS MEDIDAS DE PROTEÇÃO
Embora o Estado tenha o dever de participar, sendo o primeiro responsável pela efetivação de
direitos das crianças e adolescentes, sua atuação na vida dos cidadãos deve ser limitada. Por
isso, a política de atendimento deve ser pautada na intervenção mínima e precoce.
Deste modo, a intervenção deve ser precoce, mas nem tanto de modo a interferir de forma
desnecessária na dinâmica familiar, sem fundamentos claros e legítimos para intervir em relação
à ameaça ou violação a um direito. Por outro lado, a intervenção precoce pretende a eficiência
máxima da medida interventiva.
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Privacidade, proporcionalidade e atualidade
De outro lado, a lei não omite a responsabilidade parental, de modo que a intervenção familiar para
aplicação de medidas de proteção deve ser feita de tal forma que os pais assumam a sua
responsabilidade para com a criança, e não de modo a eximi-los dos deveres que decorrem do poder
familiar.
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MEDIDAS DE PROTEÇÃO EM ESPÉCIE
O Estatuto da Criança e do Adolescente traz, no seu art. 101, um rol exemplificativo das medidas
aplicáveis nas hipóteses de ameaça ou violação de direitos da criança e do adolescente por ação ou
omissão da sociedade, por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável, ou em razão de sua própria
conduta.
A primeira medida proposta pela lei é de encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de
responsabilidade. Trata-se da mais branda entre as medidas de proteção, objetivando a assunção pelos
pais da responsabilidade que possuem em seu papel parental com a repactuação de suas
responsabilidades familiares e, ao mesmo tempo, concretizando o direito da criança e do adolescente à
convivência familiar.
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Orientação, apoio e acompanhamento temporários
Importante destacar que a aplicação da medida não cria o programa, mas depende de um
programa já existente em funcionamento. A eficácia da medida, portanto, depende da sociedade
e do Estado, através da atuação do Poder Executivo.
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Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou
ambulatorial
O acolhimento institucional é uma das medidas mais sensíveis e interventivas, pois retira a
criança e do adolescente do convívio familiar para inseri-la em um ambiente institucional. Pode
ser aplicada pelo Conselho Tutelar em caráter emergencial, comunicando imediatamente o
Ministério Público para que este ingresse com a ação de Medida de Proteção para homologação
e acompanhamento da medida aplicada.
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Colocação em família substituta
A última medida aplicável arrolada pelo Estatuto é a colocação em família substituta89, que se dá
nas modalidades de guarda, tutela ou adoção. É medida de aplicação exclusiva pelo Poder
Judiciário, e não poderá ocorrer sem a instauração do devido processo legal.
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DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL
I – advertência;
IV – liberdade assistida;
§2º. Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.
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DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
Trata-se de medida mais rígida dentre as não privativas de liberdade, pois importa em maior numero de
obrigações ao menor.
Em regra, essa medida é aplicada a menores que são reincidentes em infrações menos gravosas,
entretanto também pode ser aplicada aos que cometeram infrações mais graves, mas que, realizado o
estudo social, foi verificado que a melhor opção é deixá-los com sua família, para que possam se
reintegrar à sociedade. Também é aplicado aos que estavam em regime de semiliberdade ou de
internação, quando é constatado que já se recuperaram parcialmente e não são um perigo à sociedade.
Durante o período de liberdade assistida o menor é acompanhado por uma equipe interdisciplinar
responsável por promover socialmente o menor, fiscalizar sua frequência escolar, a família, o trabalho
etc.
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DO REGIME DE SEMILIBERDADE
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DA INTERNAÇÃO
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REMISSÃO
Remissão significa clemência, indulgência, perdão, renúncia. O artigo 126 do Estatuto prevê a
remissão como maneira de exclusão, suspensão ou extinção do processo para apuração do ato
infracional.Trata-se portanto, de um perdão dado ao adolescente.
c) convertê-la em perdão.
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