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ECA: conheça o Estatuto da Criança e do Adolescente!

Já pensou em combater a violência infantil no Brasil? Apoie


entidades sérias do terceiro setor!

Transforme a vida de crianças e


adolescentes

Índice A Lei nº 8.069, conhecida como


Por que foi criado? Estatuto da Criança e do
Constituição Cidadã
Adolescente (ECA), foi criada em 13
Qual é a sua importância?
O que o ECA garante? de julho de 1990. A norma que
Quais são os deveres dos Conselheiros Tutelares?
dispõe sobre a proteção integral à
O que diz o ECA sobre o trabalho infantil?
Prevenção e combate ao trabalho infantil: criança e ao adolescente é bastante
ChildFund Brasil e Fundação Telefônica Vivo
famosa no mundo inteiro, pela
amplitude de seus preceitos e pela
forma como protege nossas crianças.

Você o conhece? Ainda não? Então continue a leitura e aprenda mais sobre o ECA!

Por que foi criado?

Na década de 70, surgiu o Código de Menores, uma lei de proteção aos menores —
ao menos em teoria. De acordo com seu primeiro artigo, ele dispunha sobre
assistência, proteção e vigilância a menores de até 18 anos em situação irregular.

Fruto de uma época autoritária, visto que estávamos em plena Ditadura Militar, não
demonstrava preocupação em compreender e atender à criança e ao adolescente.
De acordo com o entendimento da época, o “menor em situação irregular é aquele
que se encontrava abandonado materialmente, vítima de maus-tratos, em perigo
moral, desassistido juridicamente, com desvio de conduta ou o autor da infração
penal”.

Vê-se que não há diferenciação entre o menor infrator e o menor em situação de


abuso, o que uniformiza o afastamento deles da sociedade. Em outras palavras, o
Código de Menores objetivava apenas a punição dos menores infratores.

Constituição Cidadã
Com o advento da Constituição de 1988, também chamada de Constituição Cidadã,
difundiu-se os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, além do fomento à
participação popular. Como fruto dos movimentos sociais que realmente defendiam
seus direitos, nasceu o Estatuto da Criança e do Adolescente, que reúne normas
para garantir a tão sonhada proteção.

Qual é a sua importância?

A Constituição Federal estabeleceu a família, a sociedade e o Estado como


responsáveis pela formação e estruturação dos indivíduos, conforme dispõe o artigo
227:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao


adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-
los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.

É o reconhecimento das crianças e dos adolescentes como sujeitos de direitos


protegidos pela lei. A importância do ECA deriva exatamente disso: reafirmar a
proteção de pessoas que vivem em períodos de intenso desenvolvimento
psicológico, físico, moral e social.

Portanto, veio para colocar a Constituição em prática. Essa prática, conforme nossa
Lei Maior, dá-se pelo Estado, por meio da promoção de programas de assistência
integral à saúde da criança, do adolescente e do jovem, sendo também admitida
a participação de entidades não governamentais, mediante políticas específicas.

O que o ECA garante?

O ECA (Estatuto da Criança e


do Adolescente) é o
documento que traz a
Doutrina da Proteção Integral
dos Direitos da Criança, que
coloca a criança e o
adolescente como sujeitos de
direito com proteção e
garantias específicas, como dito anteriormente. Para que isso seja alcançado,
estruturou-se em dois princípios fundamentais:

1. Princípio do Interesse do Menor: todas as decisões que dizem respeito ao


menor devem levar em conta seu interesse superior. Ao Estado, cabe garantir
que a criança ou o adolescente tenham os cuidados adequados quando pais
ou responsáveis não são capazes de realizá-los;
2. Princípio da Prioridade Absoluta: contido na norma constitucional (artigo 227),
ele estabelece que os direitos das crianças e dos adolescentes devem ser
tutelados com absoluta prioridade.

Considerando esses princípios, o ECA tenta garantir aos menores os direitos


fundamentais que todo sujeito possui: vida, saúde, liberdade, respeito, dignidade,
convivência familiar e comunitária, educação, cultura, esporte, lazer,
profissionalização e proteção no trabalho. Enfim, tudo para que possam exercer a
cidadania plena.

Quais são os deveres dos Conselheiros Tutelares?

Conforme dispõe o artigo 131 do ECA, Conselho Tutelar é o órgão que possui o
dever de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. Para que
isso seja possível, são funções dos conselheiros, dentre outras:

Atender as crianças e adolescentes cujos direitos foram ameaçados ou


violados, bem como os menores que praticaram ato infracional;
Atender e aconselhar os pais ou responsável (encaminhar para serviços de
apoio à família, cursos de orientação, tratamentos psicológicos);
Promover e incentivar, na comunidade e nos grupos profissionais, ações de
divulgação e treinamento para o reconhecimento de sintomas de maus-tratos
em crianças e adolescentes.

O que diz o ECA sobre o trabalho infantil?

O ECA segue o disposto na Constituição de 1988, que proíbe o trabalho noturno,


perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16
anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. É também proibido o
trabalho realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento
físico, psíquico, moral e social, além daquele realizado em horários e locais que não
permitam a frequência à escola.

Portanto, a regra é a proibição do trabalho infantil. Ela tem sido afastada em alguns
casos por autorização judicial, principalmente quando a ocupação é indispensável à
sua própria subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos.

Prevenção e combate ao trabalho infantil: ChildFund


Brasil e Fundação Telefônica Vivo
O Brasil é um dos países comprometidos em eliminar as piores formas de trabalho
infantil até 2015 e de erradicar a totalidade do trabalho infantil até 2020, conforme
proposta da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Com o fim de contribuir para esta finalidade, a Fundação Telefônica Vivo e o
ChildFund Brasil atuam em parceria, desde 2012, no Vale do Jequitinhonha, em
Minas Gerais, na prevenção e combate ao trabalho infantil. A iniciativa mapeou as
áreas de maiores riscos e hoje, com dois anos de trabalho, já apresenta resultados
positivos para crianças e adolescentes, além de toda a comunidade envolvida.

Dentre o universo de crianças e adolescentes identificados em situação de


vulnerabilidade, 74% encontrava-se em situação de trabalho infantil ou trabalho
adolescente desprotegido no início do projeto. Em dois anos de atuação, a parceria
já retirou 46% dessas crianças e adolescentes atendidas da situação de trabalho
infantil e trabalho adolescente desprotegido.

O ECA é o melhor guia de como lidar e como educar socialmente todas as crianças e


adolescentes respeitando sua dignidade humana, sua vida, sua liberdade, sua saúde
e todos os seus direitos. Como o Estado não consegue suprir as necessidades desse
grupo, as entidades do terceiro setor, como o ChildFund, devem intervir para ajudar a
fornecê-las!

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