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O PAPEL DO COMPLEXO DE DEFESA DA CIDADANIA

PARA A PERMANÊNCIA E O SUCESSO ESCOLAR DO


ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI

RESUMO: O trabalho tem por objetivo analisar o papel do Complexo de Defesa da


Cidadania na permanência e sucesso escolar de adolescentes em conflito com a lei, em Picos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990, resultou de um amplo processo de
crítica dos antigos modelos assistenciais e repressivos que, durante a maior parte do século
XX, direcionaram políticas voltadas para a infância e a juventude pobre ou em conflito com a
lei no país. O novo modelo proposto pelo ECA, voltado sobretudo para a garantia dos direitos
da infância e juventude tem sido alvo de duras críticas por seu suposto caráter excessivamente
liberal e por sua responsabilidade quanto à impunidade de adolescentes infratores. Os meios
de comunicação, por sua vez, colaboram na deslegitimação do ECA, ao dar destaque a atos de
violência cometidos por (ou atribuídos a) crianças e jovens, geralmente pobres, e assim ganha
força um senso comum favorável à redução da idade penal. Conseqüentemente, corre-se o
risco de um retrocesso das políticas nesse setor, com o retorno a um tratamento apenas
punitivo da questão. Estudar a dinâmica institucional que envolve jovens em conflito com a
lei pode, deste modo, contribuir para um debate público mais qualificado e um
aperfeiçoamento das políticas públicas nessa área.

PALAVRAS CHAVE: Cidadania. Adolescente. Conflito com a lei. Educação.


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1 INTRODUÇÃO

A presença de um grande número de crianças e adolescentes pobres nas ruas dos


principais centros urbanos do Brasil permanece como um dos principais símbolos das
desigualdades sociais existentes no país.
Essa população jovem está especialmente exposta à violência, além de enfrentar
maiores obstáculos para ter acesso às condições que permitiriam o exercício de sua cidadania
plena. A história das iniciativas institucionais e das políticas públicas voltadas para esse setor
da população no Brasil indica que, paradoxalmente, o tema foi, durante muito tempo, tratado
mais como um problema que ameaçava a ordem pública do que como um desafio para a
cidadania.
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O aprofundamento dos estudos sobre as políticas adotadas para jovens em conflito


com a lei no país, bem como sobre as trajetórias tanto sociais quanto institucionais desses
jovens podem, em contrapartida, contribuir para que o debate público sobre tais problemas
seja mais qualificado, evitando-se propostas demagógicas que dificilmente darão respostas
adequadas a tais questões.

2 O ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI

A questão social expressa conjunturas de época que, dependendo dos níveis de


exacerbação da concentração de renda, penaliza em maior ou menor proporção os segmentos
sociais destituídos do capital, conseqüentemente apartados dos meios de produção.
É pois na relação capital e trabalho que a dominação/exploração é forjada, provocando
tensos efeitos sobre as relações sociais, requerendo do Estado Burguês medidas interventivas
no sentido de conter as reações da população (MARX, 1988).
Idosos, mulheres, negros, índios, camponeses, crianças e adolescentes estão entre as
categorias marginalizadas pelo modelo de produção neoliberal, requerendo portando do
Estado, mecanismos capazes de trabalhar inclusão desses segmentos ou pelo menos o seu
controle ideológico (PEREIRA, 2009).
O sistema legal é um desses instrumentos de controle e, nessa perspectiva o Brasil já
teve dois Códigos de Menores. O primeiro nascido sob decreto 17.943, de 12 de outubro de
1927 e o segundo código em conformidade com a Lei nº 6697, de 1970.
O primeiro código tinha concepção política que implicava em instrumento de
proteção e vigilância da infância e da adolescência vítimas de omissão e transgressão da
família em seus direitos básicos.
A visão de criança e adolescente para o código de menores (1927) era a do menor
abandonado ou delinqüente, portanto, objeto da vigilância da autoridade pública, no caso, o
juiz.
Embora tendo sido criado à época o conselho de Proteção aos Menores, associação
pública com personalidade jurídica, esses órgãos tinham seus membros nomeados
exclusivamente pelo governo na condição de delegados da assistência e proteção aos menores,
cuja missão era apenas de auxílio ao juiz de menores na proteção e vigilância, não havendo,
portanto, instrumento de fiscalização no cumprimento da lei, tendo em vista que o conselho
de proteção aos menores fiscalizava a si mesmo.
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Embora na condição de decreto, o código de 1927 vigorou legalmente até 1979


quando foi substituído pelo segundo código em conformidade com a Lei nº 6697. A
concepção política desse documento implicava num pesado instrumento de controle social da
infância e da adolescência no Brasil, ditas, “vítimas da omissão e transgressão da família, da
sociedade e do Estado em seus direitos básicos” (PEREIRA, 2009, p. 1).
Nesta lei observa-se que já se admite a questão social sob o foco criança e adolescente
como um campo que transcende da vida privada à vida pública, envolvendo, portanto, família,
estado e sociedade, embora essa retórica legal não se concretizasse na prática, visto que a
visão de criança e adolescente não era ratificada como sujeito de direito e sim como “menor
em situação irregular”, objeto de medidas judiciais (BRASIL, 1979).
O código 6697/70 também não abria espaço à participação de outros atores, centrando
os poderes sobre o menor na autoridade policial, judiciária e administrativa. Desse
mecanismo, muitas atrocidades contra crianças e adolescentes foram registradas pela
imprensa e conselhos de direitos humanos, já que do ponto de vista legal, a fiscalização do
cumprimento da lei e das diretrizes de proteção e vigilância eram da competência exclusiva
do Estado na pessoa do juiz e seu corpo de auxiliares.
Segundo Pereira (2009), esses códigos eram inspirados nos modelos paradigmáticos
da política da criança e do adolescente à época vigente na Europa, principalmente na França.
Resumia-se em trancafiá-los em colônias de altos muros com o objetivo de esconder as
mazelas do sistema, limpando das vias públicas o incômodo que envergonhava as estruturas
sociais.
Conforme Pereira (2009), as Fundações de Assistência e bem-estar do Menor Carente,
antigas FEBEMs são instituições inspiradas nesse modelo europeu. O Estado não tinha a
despeito da criança e do adolescente a visão de situação de risco, transformando o objeto em
questão em um divisor de águas: o normal diante do anormal, o delinqüente em contraponto
ao virtuoso, o perigoso versus o inofensivo. O simples fato de existir indigente na via pública
já se constituía em algo assustador para a sociedade, daí uma das inúmeras explicações ao
termo “menor” ao invés de criança e adolescente. É que eles eram menores em direito e em
cidadania mesmo.
À medida que o capitalismo encrudece com as crises dos anos 60, 70 e 80, segundo
Hutz (2002) as FEBEMs tornam-se pequenas para tamanho número de crianças e
adolescentes em regime institucional. A insipiência das medidas ditas “de 1ressocialização”, o
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O termo ressocialização é bastante questionado atualmente no meio jurídico, uma vez que ressocializar sugere a
preexistência de sujeitos sociais que já vivenciaram plenamente a cidadania. Tendo em vista que por razões
econômicas e estruturais esta não é a realidade posta à maioria dos adolescentes em conflito com a lei, a
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barulho feito pelos próprios internos, os altos níveis de reincidência, cerca de 92%, e a ação
conjunta de entidades de defesa dos direitos humanos e da imprensa, revelando à sociedade a
gravidade da situação,levou o Estado a repensar a política, criando uma nova lei, a de nº
8069/90 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil – ECA.
O ECA é fundado numa concepção política de desenvolvimento social voltado para
todo o conjunto da população infanto-juvenil e não apenas à criança pobre, garantindo
proteção àquelas consideradas em risco social e pessoal.
Para Pereira (2009, p. 4), “a visão do ECA não é mais a de menor, que por ser pobre já
seria considerado um quase delinqüente e sim, de criança e adolescente sujeito de direito e
pessoa em condição peculiar de desenvolvimento”. Observa-se que o termo menor, pelo
próprio significado já diminuía a criança e o adolescente, sobremaneira os pobres, ferindo
letalmente o princípio constitucional de que todos são iguais perante a lei. A nova filosofia é
de proteção e promoção e não mais de discriminação, embora na prática, suplantar esses
estigmas seja ainda uma tarefa árdua das instituições de defesa dos direitos humanos e da
sociedade como um todo.
Com a promulgação da Constituição (1988) e a conseqüente regulamentação dos
direitos através do ECA institui-se instâncias de controle e participação social nas três
esferas da administração, juntas formando um colegiado, quais sejam: Conselhos de Direitos
Paritários, formados por membros do Estado e da sociedade civil, e a criação no nível
municipal dos Conselhos Tutelares, formados por membros eletivos da sociedade local e
encarregados de zelar pelos direitos da criança e do adolescente. Esses conselhos são
subsidiados financeiramente por multas de impostos pessoas físicas e jurídicas, repassados
pelo Estado para essas instâncias com o precípuo objetivo de mantê-las nas suas atividades
específicas.
Os conselhos como mecanismos de participação e de legitimidade social iniciam-se no
Brasil, como fruto da organização e das lutas sociais. A mediação povo-poder por meio dos
conselhos como esferas públicas de exercício do poder no Brasil, surgem nas décadas de
1970-93 (PEREIRA, 2009).
Dentre os tipos básicos de conselhos criados ao longo desse período, destaca a autora,
alguns aparecem na cena política a partir da iniciativa popular ainda no contexto ditatorial, a

expressão torna-se inadequada para expressar a ação sistemática do Estado na inserção social dessa parcela da
população. A insipiência do sistema na condução de suas metas de ressocialização é expressa através dos
indicadores: 29% da clientela atendida reincidiam em atos infracionais no antigo regime de FEBEMs, embora
depois do ECA e da substituição para as fundações CASA e CDCs esse númerotenha caído para 3,21%
(PEREIRA, 2009).
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exemplo dos conselhos comunitários, e outros foram criados por exigências constitucionais e
legais, como os conselhos de políticas públicas e os de direitos.
Os conselhos são assim, instâncias de proposição e fiscalização na comunidade, tendo
esta o direito e o dever de utilizar os mecanismos de defesa e proteção de interesses difusos e
coletivos para casos de omissão e transgressão por parte de autoridades públicas.
Do Código de Menores ao ECA observou-se no Brasil uma mudança radical na visão
do ser criança e adolescente. Porém, as políticas de promoção desses segmentos no país
requerem no conjunto, medidas concretas e sólidas interfaces setoriais no sentido de dar vida
plena às letras da lei. Segundo Pereira (2009) este é um desafio posto a Estado e sociedade
que já se protela por duas décadas após da vigência do ECA.
A doutrina da proteção integral propõe mudanças de paradigmas no tratamento para
com crianças e adolescentes no Brasil. Estes, desde o ECA (1990) não são mais seres passivos
e sim sujeito de direito em condição peculiar de desenvolvimento. Desse reconhecimento tem-
se que as principais mudanças quanto ao tratamento ocorrem exatamente com o adolescente
em conflito com a lei, que será enfocado no próximo tópico.
A delinqüência é um termo jurídico em desuso, tendo em vista que o adolescente é
inimputável perante a lei. É o mesmo que dizer que antes de completar 18 anos ele não pode
ser julgado e penalizado da mesma forma e com as mesmas medidas que o adulto e sim
pautado no ECA (1990). Porem, uma vez praticada a infração, termo usada para substituir a
cultura da delinqüência, estão sujeitos a medidas sócio-educativas.
As medidas sócio-educativas podem ser compreendidas de acordo com Hutz (2002)
como atividades que são impostas pelas autoridades competentes aos adolescentes que
pratiquem qualquer ato que configure uma infração penal. Correspondem a advertências,
reparação do dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, regime de semi-
liberdade ou a perda da liberdade, ou seja, a internação em um estabelecimento tido como
educacional, por um período não superior a 45 dias corridos (ECA, 1990).
A advertência correspondente à mais branda das medidas sócio-educativas. Consiste
em admoestar verbalmente o adolescente perante seus pais, ou seus responsáveis. É um
aconselhamento também extensivo à família, núcleo em que mediante observação e avaliação
das condições de permanência dessa criança ou adolescente, o juiz aplica essa medida,
confiando na capacidade dos pais em prover, proteger e educar, por entender que em primeiro
lugar deve estar a família como principal referencia da educação e proteção integral (ECA,
1990).
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Já a obrigação em reparar o dano consiste no fato de ressarcir o patrimônio, e/ou se


retratar perante a vítima. Essa é uma medida de sanção, embora também seja educativa, que
provoca constrangimento ao adolescente e assim, embora a lógica não seja punitiva e sim
levar o infrator a repensar a atitude e a se auto-entender como futuro responsável por seus atos
(ECA, 1990).
A Prestação de Serviços gratuitos à Comunidade - PSC trata-se de uma medida que
está presente na política de justiça e segurança em geral, visto que esta pode ser benéfica à
sociedade e não configura a perda da liberdade do sujeito, segundo o ECA (1990).
Dependendo da gravidade da infração cometida, ele apenas é levado a exercer na comunidade
serviços públicos que o ajudem na sua reabilitação, ensinem-lhe um ofício e concorram, por
conseguinte, para a sua inserção no mercado formal de trabalho, observadas as fase previstas
na Consolidação das Leis do Trabalho, que estabelece o ofício na condição de aprendiz a
pessoas de no mínimo 14 anos completos, observadas as condições de salubridade e a
natureza de ser peculiar em desenvolvimento com direito, portanto, a vivenciar essa
experiência, gozando dos direitos trabalhistas a que faz jus todo e qualquer trabalhador, a
começar pela digna remuneração, resguardado ainda o direito e o dever de freqüentar a escola.
A Liberdade Assistida - LA, segundo o ECA (1990) consiste na designação feita pelo
juiz de uma pessoa capacitada para acompanhar o caso, preferencialmente ligada a uma
entidade de atendimento por um período de no mínimo seis messes, podendo ser prorrogada,
revogada ou substituída mediante avaliação do acompanhante ou do defensor.
Ele é então mantido junto à família, devendo, pois ser acompanhado por um
responsável a fim de que alcance o objetivo desta medida. A Liberdade Assistida conforme
Silva (2005) é uma medida que tem como objetivo modificar o comportamento deste
adolescente, nos casos em que o mesmo não estar em perigo e também não oferece risco para
a sociedade.
A medida de Semi-Liberdade é considerada na maioria dos casos uma medida de
transição para o meio aberto, possibilitando a realização de atividades externas, tendo como
pressupostos obrigatórios, segundo o ECA, a escolarização com a vigilância de matrícula e
freqüência e rendimento no ensino regular, bem como o trabalho aproveitando
preferencialmente recursos da comunidade, sendo que a aplicação não contempla prazo para
encerramento, sujeito também a avaliação e redação de relatório formal para informar à
autoridade competente.
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A internação deve ser realizada em instituições com fins de recuperação, no caso, o


Complexo de Defesa da Cidadania – CDC. constitui medida grave, sendo que estas devem ser
adotadas, portanto somente em caráter excepcional (ECA, 1990).
Justifica essa excepcionalidade, muitas vezes questionada por pessoas da sociedade,
porque estudos convergentes em áreas afins atestam que a perda da liberdade não se apresenta
como uma intervenção eficaz, uma vez que não altera ou modifica os comportamentos nem
atitudes de quem a ela se submete. Além de configurar-se em uma ausência de experiências
importantes e de fundamental relevância no desenvolvimento, reproduz dentro da instituição
atos de violência, abuso e maus-tratos que o próprio estado, por ser agente dessas práticas,
não consegue coibir e prevenir (SILVA, 2005).
Na esfera governamental, segundo o artigo 90 do ECA, as instituições de acolhimento
a adolescentes em conflitos com a lei são a Fundação CASA – Centro de Atendimento Sócio-
Educativo ao Adolescente e o CDC – Complexo de Defesa da Cidadania, cuja política propõe
uma estrutura moderna, voltada para a educação e para a promoção da cidadania. Ademais,
tendo em vista que os adolescentes não estão no CASA nem no CDC para serem punidos e
sim para reinserção social, torna-se contraditório cercear-lhe a liberdade, justificada portanto
apenas em casos em que se trata de proteção ou perigo iminente e em casos em que ele
representa perigo à sociedade (ALMEIDA, 2005).
O CDC, como entidade formal a quem cabe juntamente com a Fundação CASA, a
execução dessas medidas previstas no artigo 90/VII do ECA, deve estar capacitado com uma
estrutura mínima, preconizada pelo SINASE, que garanta a esses adolescentes a permanência
de no máximo dois por cada cômodo de acomodação, área de sol e de lazer, cantina e
alimentação balanceada, aparelho de televisão, de som, jornais, revistas, brinquedos,
equipamentos para atividades ocupacionais, cultura esporte, lazer e acompanhamento
educacional e objetos de uso pessoal. Atividades e instrumental, portanto, de reconhecida
eficácia para o desenvolvimento físico, mental e social.
Para que isso aconteça, a equipe mínima prevista nas normas do SINASE – Sistema
Nacional de Atendimento Sócio-Educativo, para composição da estrutura de recursos
humanos para essas instituições são de: um diretor, um coordenador técnico, dois assistentes
sociais, dois psicólogos, um pedagogo, um advogado, sócio-educadores na proporção não
excedente a um pra cada cinco adolescentes.
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3 MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa caracteriza-se como exploratória, de natureza qualitativa, realizada em


Picos - PI, no Complexo de Defesa da Cidadania.
Para a coleta de dados, foi construído um roteiro de entrevista semi-estruturado, do
qual constaram questões relacionadas ao serviço e à prática profissional das pessoas que
atuam no CDC de Picos.
Foram entrevistados 3 educadores sociais, onde os dados foram agrupados por
questões e posteriormente categorizados sob a forma de quadros, para análise e conclusão.

5 CONCLUSÃO

A pesquisa revelou no conjunto que quanto à estrutura física, o CDC é resultado de


uma adaptação de um albergue para adultos, ligado a uma penitenciária masculina, atualmente
penitenciária regional feminina. Essa adaptação tem procurado atender às normas do
SINASE, conseguindo corresponder minimamente ao estabelecido.
Quanto à população atendida, atualmente resume-se a apenas seis internos cumprindo
medida sócio-educativa de perda da liberdade. Esses número foi amplamente reduzido em
face de as demais medidas serem agora de responsabilidade dos profissionais do CRAS e do
CREAS.
Quanto à prevalência da sócio-educação às medidas sancionatórias, constatou-se que o
índice de evasão escolar é ainda enorme e que a atuação da equipe profissional na
aplicabilidade fica extremamente comprometida em razão da desintegração entre o CDC, a
família e a escola, embora esses adolescentes sejam amparados legalmente quanto a esse
direito.

5 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Eloísa Machado de. Adolescentes suspeitos ou acusados da autoria de atos


infracionais em São Paulo: Convênio Ilanud/Febem-SP/PAJ - infância e juventude, Revista
Brasileira de Ciências Criminais v.10, n.38 (abr./jun. 2005), p.165-209

BRASIL, Constituição da República Federativa. Gráfica do Senado Federal, 1988


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BRASIL, Código de Menores. Decreto 17943, de 12/10/1927.

BRASIL, Código de Menores. Lei 6697/79.

BRASIL, Estatuto da criança e do adolescente. Lei 8069/90

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

HUTZ, Cláudio Simon. Situações de risco e vulnerabilidade na infância e na adolescência:


aspectos teóricos e estratégias de intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.

MARX, Karl. O capital: crítica de economia política. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988
(Os economistas).

PEREIRA, Rosemary Ferreira de Souza. Algumas diferenças entre o código de menores e o


Estatuto da criança e do adolescente. Tese de mestrado em serviço social da PUC, São
Paulo, 2009.

SILVA, Moacyr Motta da. VERONESE, Josiane Rose Petry. A Tutela Jurisdicional dos
Direitos da Criança e do Adolescente. 1a. ed. São Paulo: LTR, 2005.

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