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Algumas diferenas entre os Cdigos de Menores e o Estatuto da Criana e do Adolescente

Fonte: Rosemary Ferreira de Souza Pereira - tese de mestrado em Servio Social da PUC-SP

Comparativo entre os Cdigos de Menores (1927 e 1979) e o Estatuto da Criana e do Adolescente

Aspecto
Considerado

Cdigo de menores (Decreto n


17943, de 12/10/27)

Cdigo de menores (Lei n 6697/79) e


Lei 4513/64

Estatuto da Criana e do Adolescente


(Lei n 8069/90)

Concepo polticasocial implcita

Instrumento de proteo e vigilncia


da infncia e adolescncia, vtima da
omisso e transgresso da famlia,
em seus direitos bsicos.

Instrumento de controle social da


infncia e da adolescncia vtima da
omisso e transgresso da famlia, da
sociedade e do Estado em seus direitos
bsicos.

Instrumento de desenvolvimento social,


voltado para o conjunto da populao
infanto-juvenil do pas, garantindo
proteo especial quele segmento
considerado de risco social e pessoal.

Viso da criana e
do adolescente

Menor abandonado ou delinqente,


objeto de vigilncia da autoridade
pblica (juiz).

Mecanismos de
participao

Institui o Conselho de Assistncia e


Proteo aos Menores, como
associao de utilidade pblica, com
personalidade jurdica. As funes
dos Conselheiros, nomeados pelo
Governo, eram auxiliar o Juzo de
Menores, sendo os Conselheiros
denominados Delegados da
Assistncia e Proteo aos Menores.
Era de competncia do juiz,
auxiliado pelo Conselho de
Assistncia e Proteo aos Menores.

Fiscalizao do
cumprimento da lei

Menor em situao irregular, objeto de


medidas judiciais.

No abria espao participao de


outros atores, limitando os poderes da
autoridade policial judiciria e
administrativa.

Era de competncia exclusiva do Juiz e


de seu corpo de auxiliares.

Sujeito de direitos e pessoa em


condio peculiar de desenvolvimento.
Institui instncias colegiadas de
participao (Conselhos de Direitos,
paritrios, Estado e Sociedade Civil),
nas trs instncias da administrao, e
cria no nvel municipal os Conselhos
Tutelares, formado por membros
escolhidos pela sociedade local e
encarregados de zelar pelos direitos de
crianas e adolescentes.
Cria instncias de fiscalizao na
comunidade, podendo estas utilizarem
os mecanismos de defesa e proteo
dos interesses difusos e coletivos para
casos de omisso e transgresses por
parte das autoridades pblicas.

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