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REDENÇÃO/PA
2020
CLAUDIANE CONCEIÇÃO REZENDE
SEBASTIAO VICENTE DE SALLES
WESLLEN DOS SANTOS RODRIGUES COSTA
REDENÇÃO/PA
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 LINHA DO TEMPO OS DIREITOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES............4
3 Serviço social e intersetorialidade.........................................................................9
4 O Assistente social instrumentos e técnicas.......................................................11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................13
6 REFERÊNCIAS................................................................................................14
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1 INTRODUÇÃO
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, principal instrumento
normativo sobre os direitos da criança e do adolescente, completa 30 anos em 13 de
julho de 2020. Trata-se de uma legislação precursora nas normativas de direitos
humanos, em um cenário mundial de compromisso com a Convenção sobre os
Direitos da Criança (ONU, 1989) e em um processo de redemocratização do País,
com a Constituição Federal (BRASIL, 1988).
E o assistente social atua nas áreas das políticas sociais públicas e
privadas, ou seja, o assistente social é requisitado para o planejamento, a gestão e a
execução de políticas, programas, projetos e serviços sociais, e por meio da adoção
do Estatuto, o Brasil aderiu a um novo paradigma de tratamento das questões
relacionadas à proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes, a saber, a
doutrina da proteção integral, que considera crianças e adolescentes sujeitos de
direitos e garantias fundamentais, em condição peculiar de desenvolvimento e,
portanto, em situação de absoluta prioridade, e anuncia a responsabilidade
compartilhada entre Estado, sociedade e família na garantia de uma infância e
adolescência dignas, saudáveis e protegidas.
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de salto triplo os três pulos necessários à efetiva implementação da lei. São eles:
infantil, atendimento psiquiátrico, entre outros. Assim seria uma rede de proteção
consolidada, mas sabemos que não é isso que temos. É por isso que CREAS,
CRAS e o Conselho Tutelar recebem muita expectativa e ficam sobrecarregados.
É comum ouvir críticas dos assistentes sociais e conselheiros
tutelares a respeito da falta de uma estrutura que possibilite o trabalho Inter setorial,
pela ausência de um órgão gestor.
A partir de tantas dificuldades, O que esperar da “prioridade
absoluta”, prevista no artigo 227 da Constituição, se nem o judiciário trata a questão
como uma prioridade absoluta.
Uma pesquisa de 2013 da Datafolha apontou que 81% da população
brasileira se declarou mais ou menos, pouco ou nada informada sobre os direitos
das crianças, previstos na Constituição e no ECA.
No entanto, de acordo com a mesma pesquisa, 94% das pessoas se
posicionaram a favor do cumprimento da regra de prioridade absoluta à criança pelo
governo federal, estadual e municipal.
“É preciso conversar, trocar, se inspirar e lembrar que estamos
trabalhando todos pelos direitos humanos e pela proteção das crianças. A política
deve ser feita em rede. A criança e o adolescente são de responsabilidade de
todos”, Guilherme Perisse 2017.
A intersetorialidade deve representar um espaço de
compartilhamento de saber e de poder, de estruturação de novas linguagens, de
novas práticas e de novos conceitos e que, atualmente, não se encontram
estabelecidos ou suficientemente experimentados em meio aos conselhos
municipais gestores. Sua construção, que se manifesta em inúmeras iniciativas, é
parte de um processo transformador no modo de planejar, realizar e avaliar as ações
Inter setoriais. Assim, passa a cobrar das instituições e dos sujeitos envolvidos um
reordenamento na implementação das manifestações pontuais no conjunto das
políticas públicas.
A intersetorialidade incorre, portanto, em mudanças na organização,
tanto dos sistemas e serviços de políticas públicas como em todos os outros setores
da sociedade, além de trazer a necessidade de revisão do processo de formação
dos profissionais que atuam nessas áreas.
A pesquisa sobre A efetividade da participação social revela que a
intersetorialidade ainda se estabelece como um processo desafiante a ser exercido,
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante esses 30 anos de lutas por melhoras do ECA possibilitou
avanços, como a proteção conferida pelos Conselhos Tutelares e até mesmo a
redução da mortalidade infantil nas últimas décadas. Em boa parte, isso ocorreu por
força do Estatuto, somado à luta diária de muitas pessoas que atuam na área e não
medem esforços para assegurar os direitos da infância e juventude.
Porem infelizmente, ainda hoje, quase 30 anos após o início da
vigência do Estatuto da Criança e do Adolescente, encontramos no Brasil um
contexto adverso na área da infância e da juventude, evidenciado por indicadores
das demandas reprimidas nos setores da saúde, da educação e de direitos
fundamentais, em intensidade tal que a própria condição humana, por vezes, se
mostra aviltada. Mudar esse quadro não é algo que requeira novas leis, sendo
necessário apenas que consigamos fazer cumprir o ECA em sua integralidade, bem
como outros dispositivos legais que asseguram os direitos de nossa infância e
juventude.
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6 REFERÊNCIAS
KRAMER, S.; LEITE, M. I. (Orgs.). Infância: fios e desafios da pesquisa. 5ªed.
Campinas: Papirus, 1996.
Lei número 11.525 de 25 de setembro de 2007. Inclui conteúdos que trate dos
Direitos da Criança e dos Adolescentes no Currículo de Ensino Fundamental.
CANDAU, Vera. Educação em Direitos Humanos. Revista Nova américa, Rio de
Janeiro, nº 78, 1998.
PONTES, Reinaldo. Mediação e serviço social. 3. ed. São Paulo, Cortez, 2002.
SILVA, Jurema Alves Pereira da. O papel da entrevista na prática do serviço social.
In: Em Pauta. Rio de Janeiro: Faculdade de Serviço Social da UERJ, n. 6,1995.
Ivonei Sfoggia, procurador-geral de Justiça, que por dez anos foi promotor da área
da infância e juventude