O documento discute a aplicabilidade do Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Ele define que crianças são pessoas com até 12 anos incompletos e adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos. O Estatuto se aplica de forma universal, protegendo todos os jovens sem distinção. O critério usado é o biológico, reconhecendo as particularidades do desenvolvimento nessa fase da vida. A emancipação pode ocorrer em situações específicas previstas em lei para permitir que menores de idade exerçam atos da vida
O documento discute a aplicabilidade do Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Ele define que crianças são pessoas com até 12 anos incompletos e adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos. O Estatuto se aplica de forma universal, protegendo todos os jovens sem distinção. O critério usado é o biológico, reconhecendo as particularidades do desenvolvimento nessa fase da vida. A emancipação pode ocorrer em situações específicas previstas em lei para permitir que menores de idade exerçam atos da vida
O documento discute a aplicabilidade do Estatuto da Criança e do Adolescente no Brasil. Ele define que crianças são pessoas com até 12 anos incompletos e adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos. O Estatuto se aplica de forma universal, protegendo todos os jovens sem distinção. O critério usado é o biológico, reconhecendo as particularidades do desenvolvimento nessa fase da vida. A emancipação pode ocorrer em situações específicas previstas em lei para permitir que menores de idade exerçam atos da vida
e do Adolescente Amanda Máximo APLICABILIDADE DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
AULA 3 Aplicabilidade do Estatuto da Criança e do Adolescente 1. APLICAÇÃO
São consideradas crianças as pessoas com até 12 (DOZE)
anos incompletos e adolescentes aqueles entre 12 (DOZE) e 18 (DEZOITO) anos incompletos.
Em casos excepcionais, pode-se aplicar o Estatuto da
Criança e do Adolescente a pessoas com idade entre 18 e 21 anos. Dispõe sobre os direitos dos jovens a Lei 12.852, de 5 de agosto de 2013, traçando os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude.
Além de criar o Sistema Nacional de Juventude –
SINAJUVE, também define pessoas jovens aquelas com idade entre 15 e 29 anos.
A aplicação do Estatuto da Juventude, quando se tratar de
adolescentes com idade entre 15 e 18 anos incompletos, está condicionada à não contrariedade ao Estatuto da Criança e do Adolescente. A determinação das idades para a aplicabilidade do Estatuto de maneira correta é de suma importância. Isso também corrobora para a abordagem adequada das medidas a serem tomadas frente às situações apresentadas.
Deve-se delimitar e determinar a política pública pertinente
para cada fase da vida da criança e do adolescente. Pela vulnerabilidade da pessoa, nessa fase da vida, requer sejam adequadas todas as formas de garantia dos direitos à criança e ao adolescente.
Mais importante ainda, é a forma como se aplicam os
determinados estatutos quando da repreensão e ressocialização do adolescente infrator. Quando uma criança ou adolescente necessita de ajuda ou de uma forma mais incisiva de repreensão, por atos não aceitos pela sociedade, não se pode adotar as políticas aplicadas aos maiores de idade quando do cometimento de crimes e infrações penais.
É necessário um cuidado na aplicação do ECA quando se
trata da criança e do adolescente em virtude de suas particularidades. Roberto Barbosa Alves (2008, p. 08) assim, argumenta: O ECA permitiu que o direito dos menores cedesse lugar ao direito da infância e da juventude. A opção teve como fundamento o abandono da doutrina da situação irregular em favor da doutrina da proteção integral. Consequentemente substituiu- se uma justiça de menores, tuitiva e paternalista, por uma justiça da infância e da juventude adequado ao direito cientifico e as normas constitucionais. O estatuto proscreveu o termo menor e preferiu os vocábulos crianças e adolescentes para definir, respectivamente, as pessoas de até 12 anos e aquelas que tenham entre 12 e 18 anos (art. 2º). A distinção, a nosso ver, utiliza melhor técnica que a Convenção da ONU e a maior parte das leis estrangeiras, que se referem ao menor como toda pessoa de menos de 18 anos de idade. A superioridade do conceito adotado pelo o Estatuto pode ser notada especialmente quando se fala do processo por ilícito penal, cujo único sujeito ativo é o adolescente. Ao longo dos anos, criou-se uma maior preocupação quanto ao tratamento direcionado às crianças e aos adolescentes, atendendo as suas necessidades através de políticas públicas de atuação que garantissem o atingimento da finalidade de proteger e cuidar das pessoas que se encontram nessas idades e requerem maior atenção. A evolução do direito e das relações sociais aumentou ainda mais o cuidado com todas as classes mais vulneráveis, não sendo diferente com aqueles outrora tratados como menores.
Hoje, os termos “criança” ou “adolescente” são os mais
corretos para o tratamento de pessoas nessa fase da vida. Tratar a criança e o adolescente, atendendo o caráter de formação presente em sua situação biológica e fisiológica, é garantir que na medida de suas diferenças, todos sejam tratados de forma igual.
Esta é a necessidade de um programa específico e diferente,
com legislação própria, que, se fosse orientado do mesmo modo como se faz com os maiores de idade, não teria efeito e nem atingiria o seu objetivo. 2. CARÁTER UNIVERSAL
Sem qualquer distinção, diferentemente do que se pregava e
de onde era visualizada a necessidade de atuação, todas as crianças e adolescentes são englobadas pelo sistema de garantia dos direitos fundamentais.
Há aqui uma proteção maior e mais eficaz quando da
aplicabilidade do direito a eles inerentes. A universalidade no sistema de garantias nada mais é do que garantir que todas as crianças e adolescentes, sem qualquer discriminação por nascimento, situação familiar, etnia, cor, crença, deficiência, condição econômica, deixem de ser contemplados com todos os direitos pertencentes a eles.
Assim, não há falar em privilégios ou grupo específico de
atuação, mas a abrangência de todos que precisam ou irão necessitar de seu amparo futuramente. Todas as crianças e adolescente têm hoje um sistema de leis e normas que pretendem garantir que nenhum de seus direitos sejam violados, assim como não sejam expostos a situações incompatíveis com a sua idade e formação.
A realidade hoje requer grande atenção, principalmente às
crianças e aos adolescentes, em que o risco de predisposição para situações ruins, é bem maior. Com isso, visa garantir o sistema de proteção universal, de forma mais ampla, bem como que essas situações não ocorram, assim como agir da forma correta a qualquer um que necessitar de sua proteção.
Como vimos, não cabe fazer juízo de preferências e
urgências. Todas as crianças e os adolescentes estão sujeitos às normas e garantias que as guardam de problemas que podem vir a aparecer.
Neste contexto, todos devem ser resguardados de tudo que
possa prejudicar a sua formação regular e correta. 3. CRITÉRIO NO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
Para ser fixado no âmbito de aplicação e atuação do Estatuto
da Criança e do adolescente, levou-se em consideração o critério biológico.
Vislumbrou-se uma maior segurança por ser mais objetivo e
igualitário, quando da determinação do grupo sobre o qual recai. Através de estudos, confirmou-se que a formação completa do cérebro e a totalidade de capacidade de responsabilidade por seus atos só se perfaz na fase adulta.
Ainda, na fase da infância e da adolescência, a pessoa recebe
diversos impulsos, em que na maioria das vezes ainda não possui o discernimento correto para correspondê-lo da forma mais adequada. Nessa fase da vida, o cérebro não freia muitos impulsos e emoções, o que pode levar a pessoa a fazer o que não é correto.
Também, é reduzida a nossa facilidade na sensação de
prazer e satisfação, mais frequentes na infância, impulsionando sempre novos estímulos. O tratamento diferenciado se dá pelas características peculiares nessa fase.
Variações hormonais, de humor, são comuns nesta fase
juvenil, em que há a necessidade de tratamento diferenciado por meio de lei especial para ampará-los.
As atitudes impensadas, frente aos motivos e especificações
já expostos, demonstram o ensejo de atenção especial. Assim, quando se fala de atos e fatos que se enquadram no ECA, há todo um enquadramento em princípios e regras específicas, que norteiam a adequação da aplicação da norma à pessoas ainda em desenvolvimento fisiológico, biológico e psicológico. 4. EMANCIPAÇÃO
O instituto da Emancipação ocorre quando o menor de idade
atinge a capacidade civil por concessão dos pais, que através do poder familiar e cumprindo os requisitos impostos por lei, autorizam sua efetivação.
Apenas nas hipóteses apresentadas em lei e por causas que
justifiquem a ratificação do ato é que que se pode emancipar um menor de idade. As hipóteses de emancipação estão elencadas no Art. 5º do Código Civil Brasileiro: Art. 5o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I. pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II. pelo casamento; III. pelo exercício de emprego público efetivo; IV. pela colação de grau em curso de ensino superior; O Código Civil traz as hipóteses e causas em que ocorre a emancipação.
Não é apenas a mera existência de vontade de emancipar ou
de ser emancipado.
Deve haver uma justificativa amparada de forma legal para
sua confirmação. A emancipação cessa o poder familiar dos pais ou responsáveis, dando ao menor o poder de realizar atos negociais sem assistência, bem como agir com lhe aprouver, sem a necessidade de autorização, que seria necessário no caso contrário, qual seja, a inexistência de emancipação.
Há uma liberdade do menor, quando emancipado, de realizar
atos, tidos como ilegítimos, caso não houvesse a emancipação. O que não se pode confundir é a autorização para realização de atos da vida civil, com a antecipação da maturidade fisiológica do menor.
Não há como acelerar o crescimento do adolescente em
todos os seus aspectos: biológico, físico, químico, psicológico, emocional, entre outros. O que a lei permite é que, frente a casos específicos, com autorização de quem detém o poder familiar, ou por situações específicas, o menor tome providências de sua vida, sem ter que passar pelo crivo de quem possui a responsabilidade por seus atos.
Por ainda se encontrar em formação, não há como antecipar
o seu amadurecimento natural. De acordo com Maria Helena Diniz a incapacidade é a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil, devendo ser sempre encarada estritamente, considerando-se o princípio de que, a capacidade é a regra e a incapacidade a exceção (2015,p.170).
A emancipação pode ser voluntária ou judicial. Este último
caso ocorre quando há necessidade de intermédio da justiça por falta da participação dos pais ou destituição do poder familiar. Quanto aos efeitos da sentença que homologa a emancipação cabe destacar:
Quando concedida por sentença, deve o juiz comunicar, de
ofício, a concessão ao oficial de Registro Civil. A emancipação legal (casamento, emprego público etc.) independe de registro e produzirá efeitos desde logo, isto é, a partir do ato ou fato que a provocou. [...] A emancipação legal decorre, [...], de determinados acontecimentos a que a lei atribui esse efeito. (GONÇALVES, 2013, p.135). A emancipação é irrevogável. Mesmo cessando os motivos ou circunstâncias que a ensejaram, não volta ao status anterior aquele que foi emancipado.
Daí o total cuidado que deve ter quem vai emancipar um
menor e ao menor que será emancipado, uma vez que este deverá arcar com todas as responsabilidades por seus atos após a homologação da emancipação. Todos os direitos e garantias fundamentais, aplicados à criança e ao adolescente não são afastados do indivíduo após sua emancipação. Continuam inerentes a ele até sua total maturidade fisiológica.
Caso seja necessário invocar tais preceitos e normas, estes
estarão sempre prontos para aplicação. REFERÊNCIAS
ALVES, Roberto Barbosa. Direito da infância e da juventude.
São Paulo: Saraiva, 2008;
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro Teoria
Geral do Direito Civil. São Paulo: Saraiva, 2015;
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro – Parte