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Funcionamento
No alto-falante ocorre a transformação inversa aquela do microfone: a
corrente elétrica é transformada em vibrações mecânicas do ar, reconstituindo o
som inicial. Para tanto, é necessário o uso de uma bobina, um diafragma (um cone
circular ou eplíptico, geralmente de papelão por ter peso menor ou polipropileno,
um plástico), um imã permanente (ou um eletroímã) e uma suspensão chamada
"aranha". O diafragma fica preso na carcaça de metal por meio de um sistema de
suspensão de borracha ou espuma localizado ao redor de sua borda externa
(chamado de "surround" ou borda). Na parte central do cone, fica a bobina,
posicionada entre os pólos de um imã permanente e em suspensão pela "aranha",
um disco de tecido ondulado grosso coberto com resina que facilita a
movimentação da mesma.
Liga-se o enrolamento da bobina aos fios de saída do amplificador.
No momento em que surgir corrente elétrica nestes fios surgirá um campo
magnético na bobina. Este irá interagir com o campo natural do imã permanente,
criando uma reação de atração ou repulsão - conseqüentemente gerando o
movimento do diafragma, que está livre para movimento, sendo sustentado pela
"aranha". Esta movimentação diafragmática criará uma turbulência ritmada no ar,
conseqüentemente, ondas sonoras.
Resumindo: o som produzido por um alto-falante nada mais é do que
uma turbulência ritmada no ar, causada pelo movimento do diafragma, resultado
da interação do campo magnético da bobina com o do imã permanente.
Para melhorar a reprodução o alto-falante passou a ser montado em
uma caixa acústica.
Tipos de Alto-falantes:
· Alto-falante a bobina móvel: Alto-falante dinâmico.
· Alto-falante dinâmico: Aquele em que uma bobina, ligada mecanicamente a
um diafragma flexível, se move pela ação de forças magnéticas; alto-falante
a bobina móvel.
· Alto-falante eletrostático: Alto-falante em que a membrana elástica é
acionada por forças eletrostáticas.
Fundamentos do som
Para entender como funcionam os alto-falantes, primeiro você precisa
entender como funciona o som.
Dentro de nossos ouvidos há uma pequena pele chamada de tímpano.
Quando o tímpano vibra, o cérebro interpreta as vibrações como sons; é por isso
que você ouve, e mudanças rápidas na pressão do ar, também faz o tímpano vibrar
.
Um objeto produz som quando ele vibra no ar (o som também pode
viajar por líquidos e sólidos, mas o ar é o meio de transmissão quando ouvimos os
alto-falantes). Quando algo vibra, ele move as partículas de ar ao redor. Essas
partículas de ar, por sua vez, movem as partículas de ar ao redor delas, carregando
o pulso da vibração através do ar, de uma forma desordenada.
Para ver como isso funciona, vamos dar uma olhada em um objeto
simples que vibra: o sino. Quando você toca um sino, o metal vibra, curvando-se
para dentro e para fora, rapidamente. Quando ele se curva para fora para um lado,
ele empurra para fora as partículas de ar ao redor daquele lado. Essas partículas
então colidem com as partículas em frente a elas, que colidem com as partículas
em frente a elas e assim por diante. Quando o sino se curva de volta, ele puxa para
dentro essas partículas de ar ao redor, criando uma queda na pressão que puxa para
dentro mais partículas ao redor, criando outra queda na pressão que puxa para
dentro as partículas, mesmo que estejam afastadas, e assim por diante. Essa queda
de pressão é chamada de refração.
Desse modo, um objeto que vibra envia uma onda de pressão
oscilante através da atmosfera. Quando a onda oscilante alcança seu ouvido, ela
faz com que o tímpano vibre para frente e para trás. Nosso cérebro interpreta esse
movimento como som.
Diferenciando o som
Ouvimos sons de objetos que vibram de maneiras diferentes devido às
variações de:
· Freqüência da onda sonora - uma freqüência de onda mais alta
simplesmente significa que a pressão do ar oscila mais rápido. Ouvimos isso
como um tom mais alto. Quando há menos oscilações em um espaço de
tempo, o tom é mais baixo.
· Nível de pressão do ar - isso é a amplitude da onda, que determina o quão
alto está o som. As ondas sonoras com amplitudes maiores movem mais
nossos tímpanos, e registramos essa sensação como um volume mais alto.
Um microfone funciona mais ou menos como nossos ouvidos. Ele
tem um diafragma que é o que vibra com as ondas sonoras nessa área. O sinal de
um microfone fica codificado em uma fita ou CD como um sinal elétrico. Quando
você reproduz esse sinal em seu aparelho de som, o amplificador o envia para os
alto-falantes, que o reinterpretam em vibrações físicas. Bons alto-falantes são
otimizados para produzir uma oscilação extremamente precisa, exatamente como
as que são captadas pelo microfone. Na próxima seção, vamos ver como os
alto-falantes realizam isso.
Fazendo som
Na última seção, vimos que o som viaja em ondas de oscilação de
pressão do ar e que ouvimos os sons diferentemente, dependendo da freqüência e
amplitude dessas ondas. Também aprendemos que os microfones convertem as
ondas sonoras em sinais elétricos, que podem ser codificados em CDs, fitas, LPs,
etc. Os reprodutores convertem essa informação de volta em uma corrente elétrica
para ser usada nos aparelhos de som.
Um alto-falante é essencialmente a máquina da conversão final, o
inverso do microfone. Ele leva o sinal elétrico e o converte de volta em vibrações
físicas para criar as ondas sonoras. Quando tudo está funcionando como deve, o
alto-falante produz aproximadamente as mesmas vibrações que o microfone
originalmente gravou e codificou em uma fita, CD, LP, etc.
Tipos de condutores
Woofer
Tweeter
Midrange
Woofers são os condutores maiores, projetados para produzir sons de
baixa freqüência. Tweeters são unidades muito menores, projetadas para produzir
freqüências mais altas. Os alto-falantes Midrange produzem uma variação de
freqüência na metade do âmbito do som.
Se você pensar sobre isso, verá que faz muito sentido. Para criar
ondas de freqüências mais altas, ondas nas quais os pontos de pressão alta e
pressão baixa estão próximos, o diafragma do condutor deve vibrar mais
rapidamente. Isso é difícil de fazer com um grande cone por causa da massa do
cone. O oposto é mais difícil conseguir: um condutor pequeno que vibre
suficientemente devagar para produzir sons de baixa freqüência. É mais adequado
para movimentos rápidos.
A
unidade comum de travessia de um alto-falante: a freqüência é dividida por
indutores e capacitores e depois enviada pelos condutores woofer, tweeter e
midrange.
O diafragma é carregado
alternadamente com uma corrente positiva e uma negativa, baseando-se na variação do
sinal elétrico de áudio. Quando o diafragma está positivamente carregado, ele oscila para a
placa frontal, e quando é carregado negativamente ele oscila para a placa traseira. Desse
modo, ele reproduz precisamente o padrão gravado das oscilações do ar.
Amplificadores valvulados
No início dos anos do áudio, as válvulas faziam a atividade de
dispositivos ativos. Atualmente ainda são utilizadas em aparelhos High End e em
caixas amplificadas para instrumentos (guitarra elétrica). Um amplificador
valvulado geralmente funciona sob altas tensões de alimentação e baixas
correntes, o que torna necessário o uso de transformadores de saída para adequar
as impedâncias de saída do amplificador (altas) com as baixas impedâncias dos
alto falantes. Os valvulados podem ser montados em topologia Single-End, onde
apenas uma válvula amplifica todo o sinal, mas com baixo rendimento (classe A) e
com topologia Push-Pull onde pares de válvulas são conectadas ao transformador
de saída de forma que cada válvula de cada par amplifique apenas um semi-ciclo
(positivo ou negativo) do sinal de áudio. São muito usadas válvulas pentodo de
potência como elementos de saída tais como KT88, KT66, 6550, EL34, EL84,6L6
e 6V6 entre outras.
Amplificadores transistorizados
Com a invenção dos transístores, as válvulas foram pouco a pouco
substituídas por estes novos amplificadores, devido às vantagens de menor
consumo de energia, maior durabilidade, menor tamanho e custo menor. Os
amplificadores transistorizados têm comportamento diferente dos valvulados, a
distorção é diferente e não necessitam de transformadores de saída para casar as
impedâncias dos alto-falantes. Hoje os amplificadores transistorizados podem ser
construídos com transístores bipolares ou MOSFETs ou ainda circuitos integrados.
Classes de Amplificadores
As classes de amplificadores diferenciam-se quanto ao método de
operação, eficiência, linearidade e capacidade de potência de saída.
Os amplificadores podem ser classificados em:
· Classe A - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz
durante os 360 graus do sinal de entrada.
· Classe B - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz
durante apenas 180 graus do sinal de entrada (apenas um semi-ciclo)
· Classe AB - situam-se entre os amplificadores de Classe A e os de Classe B,
de forma que o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor)
conduz durante mais do que 180 graus do sinal de entrada, mas não na sua
totalidade.
· Classe C - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz
durante menos do que 180 graus do sinal de entrada.
· Classe D - operam modulando o sinal de entrada na forma de pulsos (PWM,
"pulse width modulation"), controlando o dispositivo eletrônico de saída
(válvula ou transistor) através de dois níveis de tensão, os quais fazem com
que o dispositivo conduza ou entre em corte
· Classe F - alta eficiência (idealmente 100%) e alta potência de saída. Usado
principalmente para aplicações de RF e microondas.
Ligações externas
· Tipos e Diferenças Entre Amplificadores - Artigo sobre os diversos tipos de
amplificadores de áudio
· Classes de Amplificação - Seleção de mensagens num fórum de discussão
acerca das diferentes classes de amplificação sonora
· Fator de Amortecimento em Amplificadores de Áudio - Seleção dos
melhores posts em um fórum de discussão sobre esta característica
· Sensibilidade e Níveis de Sinal em Amplificadores - Seleção de mensagens
num fórum de discussão explorando estes parâmetros.
Caixa acústica
· Caixa acústica ou Caixa de Som, no Brasil, ou Sonofletor ou Coluna, em
Portugal, é uma caixa construída em volta de um alto-falante para melhorar
sua reprodução sonora.
· Geralmente a caixa é construída em madeira ou plástico com uma abertura
para se instalar o(s) alto-falante(s).
· Caixa acústica doméstica.
· Função
· A finalidade desse aparato é impedir que se misturem as ondas sonoras
dianteiras e traseiras emitidas pelos alto-falantes, o que causa interferência
destrutiva e anula o som. No entanto, também são usadas para melhorar a
acústica da reprodução sonora tanto em resposta em freqüência quanto em
tempo de resposta.
· As caixas acústicas normalmente possuem mais de um alto-falante no
intuito de cobrir melhor todas as faixas de freqüências audíveis (em torno de
20Hz a 20kHz para seres humanos). As unidades pequenas são chamadas de
tweeters e são responsáveis pelos sons agudos. As unidades de média
freqüência são chamadas de mid-ranges e as de freqüências graves de
woofer.
· Para otimizar o funcionamento de cada tipo de alto-falante, o sinal que
chega à caixa passa por um circuito divisor de freqüências (crossover em
inglês), uma espécie de filtro eletrônico que distribui o espectro sonoro
adequadamente entre as diversas unidades. Assim, após esse filtro somente
os agudos são passados para os tweeters, os médios para os mid-ranges e
somente os graves para os woofers.
· Para audição em aparelhos de som de alta fidelidade são usadas caixas
acústicas aos pares para obter o efeito da estereofonia. Em cinemas e
home-theaters são usados múltiplas caixas acústicas para obter o efeito de
surround.
· Tipos de aparelhos
· Existem vários tipos de caixas acústicas, e no seu projeto são usados os
parâmetros T/S dos alto-falantes.
· Selada
· As caixas acústicas seladas, ou suspensão acústica são caracterizadas pelo
completo isolamento da massa de ar traseira do falante em relação a da
dianteira. Como o ar dentro da caixa é comprimido e expandido conforme a
movimentação do cone do alto-falante, a pressão interna tem efeito similar a
uma mola, expelindo o cone quando ele entra e puxando o cone quando ele
sai. Esta é uma caixa relativamente fácil de ser projetada, sendo sua única
variável o volume interno de ar livre.
· No entanto, a suspensão (ou mola) acústica é bastante menos linear que a
mecânica. Daí ser aconselhável projectar o altifalante e a caixa de forma que
a força de restituição predominante seja a mecânica.
· Acusticamente, ela é caracterizada por tempos de resposta rápidos, isto é, a
variação do tempo de resposta do alto-falante varia pouco em função da
freqüência, ficando geralmente abaixo de 10ms. Assim, ela é responsável
por graves rápidos e precisos, percebido em tambores e bumbos rápidos.
Porém, sua desvantagem é a extensão dos graves, isto é, a resposta em
freqüência cai relativamente bastante conforme se entra na região dos
sub-graves (<50Hz). A resposta dum altifalante numa caixa deste tipo está
180 graus fora de fase acima da ressonância com a resposta abaixo da
ressonância.
· No entanto, abaixo da ressonância o nível sonoro é tão baixo que existe
pouco efeito audível, daí que neste tipo de caixa só se considera a resposta
dum driver acima da ressonância. Quanto maior for a força do íman mais
rapidamente se dá esta mudança de fase, daí que ímans mais fortes
representam melhores transientes mas pior extensão do grave.
· Passa Banda
·
· Caixas Passa Banda ou Band-Pass são caracterizadas por reproduzir
somente uma faixa de freqüência. Seu projeto é muito complicado e difícil
de acertar, e seu comportamento se assemelha a de uma dutada. Dependendo
da configuração de dutos, são chamadas de 4ª ou 6ª ordem. Em som
automotivo é ideal para aplicação em sedãs e camionetes.
·
· Linha de Transmissão
· É uma caixa moderna e diferente das anteriores. Ela pouco se parece com
uma caixa, pois na verdade não é selada nem tem dutos, mas sim se
assemelha a um grande corredor na traseira do alto-falante, cuja área é
equivalente à do cone, aberto na outra extremidade. Possui um projeto
refinado e alia o baixo tempo de resposta de uma caixa selada com a
extensão de resposta de uma caixa dutada. Entretanto, seu uso é restrito
devido a suas grandes dimensões.