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MÓDULO 1

AULA DE
TECLADO/PIANO

Professor: ROGERIO
SANTOS
APRESENTAÇÃO

O Ser Humano possui em sua vida sete


“dimensões”: Física, Espiritual, Intelectual, Social,
Profissional, Afetiva e Familiar. De todas as
realizações do Homem, a Arte é a que mais
intrinsecamente permeia todas essas dimensões da
existência humana. E de todas as Artes, a mais
antiga é a Música.
Assim como o percurso da História do Homem, na
suas lutas e realizações, se desenvolve na medida
de milênios, do mesmo modo a Arte, expressão
espontânea, necessidade da humanidade, floresce
em tempos igualmente amplos. É uma exigência a
tal ponto irresistível que não há momento do viver
humano, por mais árduo que possa ser, que não se
empenhe na criação artística.
A música é nossa mais antiga forma de expressão,
possivelmente até mais antiga que a linguagem. De
fato, a música é o Homem, muito mais que as
palavras, pois estas são símbolos abstratos. A
música toca nossos sentimentos mais
profundamente que a maioria das palavras e nos faz
responder com todo nosso ser.
Muito antes de o ser humano aprender a pintar,
esculpir, escrever ou projetar algo, já sabia a
produzir e apreciar os sons. Obviamente esses sons
seriam hoje considerados apenas ruídos, mas
considerando que “música é a arte de manipular os
sons”, o que o Homem primitivo produzia era
música, ou um “embrião” musical.
O “instrumento” musical mais antigo que existe é a
voz humana. Com ela, o homem aprendeu a
produzir os mais diversos sons, e a agrupar esses
sons, formando as primeiras linhas melódicas.
Depois inventou os instrumentos musicais, que se
multiplicaram e evoluíram ao longo da História.
Muitos destes desapareceram, e a Música mudou
muito em todo este tempo. Mas o gosto do ser
humano pela música permanece intacto.
Para se estudar a Música, é preciso antes saber o
que é música. A música não pode ter nenhuma
definição objetiva, pois ela conserva um caráter de
abstração, o que a torna algo sem uma definição
fechada ou precisa. Ela é uma arte sem corpo físico,
ao contrário do que acontece com a pintura,
escultura, literatura ou a arquitetura, daí sua
abstração. Pode-se dizer que ela não tem um
significado, mas o produz em determinados
contextos; ou seja, só é possível entendê-la através
do vínculo estabelecido entre a música e os
contextos (sociais, culturais, físicos) a ela ligados.
A música sempre foi uma parte importante da vida
cotidiana e da cultura geral do homem. Hoje vê-se a
Música sendo transformada em mero produto pela
“Indústria do Entretenimento”. Muitas vezes ela se
torna um simples ornamento que permite preencher
noites vazias com idas a concertos ou shows,
organizar festividades públicas, etc. Há um
paradoxo, então: as pessoas ouvem, atualmente,
muito mais música do que antes, mas esta
representa, na prática, bem pouco, e possui, muitas
vezes, não mais que uma mera função decorativa.
Mas em todo o Mundo ela ainda mantém vivo seu
caráter social, de transmitir sentimentos, de servir de
elo com a Divindade, de perpetuar a História, a
língua, a cultura e as tradições de cada povo.
A música é mais sublime das Artes, a arte que
homens e Anjos compartilham.
Deve ser ensinada como uma língua, e não como
mera técnica e prática, sem vida.
No princípio, todas as Artes estavam vinculadas à
Arquitetura: Pintura, Escultura, Música, etc… Com o
passar do tempo, a Pintura e a Escultura ganharam
um status de Artes autônomas. A Pintura saiu das
paredes e passou para as telas. A Escultura passou
a ter corpo independente das edificações. Mas a
Música continuou, e continua ligada à Arquitetura, ao
espaço (construído ou não), pois música é acústica,
e a acústica depende do meio onde o som é
produzido. Uma mesma música tocada em
ambientes diferentes nunca soará da mesma forma.
Cada instrumento ou estilo musical funciona de
maneira ideal em determinados tipos de ambientes
arquitetônicos, pois deve ser levado em
consideração o volume sonoro e o volume do
ambiente, o eco (que pode ser prejudicial ou
fundamental), a relação músico/ouvinte, e muitos
outros aspectos.
Ao longo da História, a Música esteve tão
dependente da Arquitetura, que esta era composta
em função da edificação onde ela sempre era
executada (a música sacra nas catedrais, a música
da corte nos salões dos castelos). Mesmo a música
do povo, tocada nas praças e nas ruas, carregavam
em sua estrutura a “aura” do espaço adjacente, do
estorno construído. O vazio e seu entorno também é
arquitetura, pois arquitetura é a “arte de organizar o
espaço”.
Com a popularização da música, a partir do Século
XIX, quando esta ficou cada vez mais acessível a
públicos cada vez maiores, é que começou a ocorrer
o contrário: a Arquitetura dependente da Música.
Foram então projetadas as primeiras salas de
concerto, com sua concepção arquitetônica toda
voltada para as questões acústicas.
Este é o tema deste presente estudo: pesquisar a
História da Música, analisando em todos os aspectos
sua relação com a arquitetura, em como estas duas
Artes evoluíram juntas, bem como os aspectos
sociais, culturais e ideológicos que determinaram
cada uma destas duas Artes.
ÍNDICE
MÓDULO 1: Definições Básicas ................................................. 4 MÓDULO 2: Aprendendo a se
Localizar....................................17 MÓDULO 3: Iniciando no mundo dos
acordes........................... 36 MÓDULO 4: Aprendendo a construir acordes ........................... 54
MÓDULO 5: Entrando no mundo da improvisação .................. 88 MÓDULO 6: Descobrindo a
função dos acordes...................... 123 MÓDULO 7: Explorando notas e
sensações ............................ 153 MÓDULO 8: Incrementando acordes e tonalidades .................
174 MÓDULO 9: Improvisando em funções harmônicas ............... 200 MÓDULO 10:
Aprendendo recursos do Jazz .......................... 239 MÓDULO 11: Expandindo e trabalhando as
ideias.................. 261 MÓDULO 12: Tocando com o coração e com o cerébro ......... 281 Como
Ler Tablatura .................................................................. 331
Aula 1
A Música e sua história
A música é companhia constante do homem, desde os primórdios. Na
Grécia Antiga era grandemente valorizada em todas as atividades, inclusive
militares, estando presente em rituais, esportes e atividades do cotidiano.
Nos períodos seguintes era utilizado como meio para transmissão de
conhecimentos, expressão de sentimentos e ideias, elo com o sagrado, etc.
Por ser um arte com livre acesso a todas as camadas da sociedade, deve ser
considerada com seriedade. O músico não é apenas aquele que toca um
instrumento, mas aquele que, fazendo uso de instrumento sonoro, toca as
pessoas, os ouvintes, transmitindo a estas mais que sons, mas impressões,
ideias e sentimentos. Um mestre chinês disse certa vez: “Escuta música
produz alegria ou pensar. Portanto, não devemos escutá-la sem
reverência”.
A responsabilidade dos músicos é grande, amadores ou profissionais. Por
isso, cabe ao músico ou estudante de música o necessário empenho,
dedicação, disciplina, estudo e perseveranças na busca do aprimoramento
técnico de suas habilidades. Ludwig Van Beethoven disse: “O músico é 90%
transpiração e 10% inspiração”. Isso quer dizer que o trabalho é árduo, pois
estamos tratando de arte.
A teoria musical é um conjunto de noções que têm como objetivo auxiliar e
facilitar a prática musical. Com ela surge a oportunidade da consciência
musical, ou seja, saber o que fazendo destas ou daquela forma. Teoria sem
prática é inútil e prática sem teoria nos torna músicos irresponsáveis que,
entregues à própria sorte executam e produzem de forma instintiva, sem
embasamento e referências técnicas.

MÚSICA
A música em várias definições:
. “É a consagração do som” – Luiz Spohr, violonista alemão
. “É o próprio amor” – Carl Maria Von Weber
. “É a linguagem universal porque todos os sentimentos humanos são
expressos e feitos bem claros a todos os homens” – Franz Liszt .
. “A música é presente e graça de Deus, não uma invenção dos Homens” –
Martinho Lutero . 1
“A música faz jorrar o fogo do espirito do homem” – L. Van Beethoven .
“A arte de combinar tonalidades e sons de maneira agradável ao ouvido” –
Dicionário Luft .
“É a arte do som” – Osvaldo Lacerda .
“... uma das belas-artes que está relacionada com a combinação de sons
do ponto de vista da beleza, da forma e da expressão do pensamento ou da
emoção” – Livro: O livro da Música – Keith Spence

Propriedades do som
O som é produzido pelas vibrações do corpo elásticos. Estas vibrações se
propagam pelo ar através de ondas sonoras que são reconhecidas pelo
nosso ouvido como som. As vibrações regulares produzirão sons com uma
altura definida e, por isso mesmo, perfeitamente reproduzíveis. Já as
vibrações irregulares produzirão sons de altura indefinida chamados
Ruídos. Todos som resultante de vibrações regulares deve ter 4
propriedades:

OBS: a primeira letra que está em negrito é o macete das propriedades da


música, o que podemos chamar de DITA
Duração- Propriedade que considera a duração de um som produzido. Este
som pode ser longo ou breve.
Intensidade- Se refere à força ou volumes sonoros produzidos pelas
vibrações. Esta propriedade distingue os sons fortes dos fracos
Timbre- Esta propriedade constitui-se da “impressão digital” sonora
Altura- Propriedade determinada pelo número de vibrações. O som pode
ser grave, médio ou agudo.
Chamada também de “a cor” dos instrumentos, esta propriedade permite
distinguir os sons produzidos por diversos instrumentos e associá-los a um
objeto específico. A música que ouvimos é formada pela combinação
destas propriedades sonoras e organizadas de maneira característica;
MELODIA – sequência de notas musicais que mantém relação umas com as
outras, criando um significado musical
HARMONIA – Conjunto de duas ou mais melodias que se sobrepõem e
interagem criando um amplo sentido musical em vários níveis
RITMO- A proporção com o que os sons são produzidos em um
determinado tempo
AULA 2
CONHECENDO O SEU INSTRUMENTO
Talvez você se pergunte: existe a diferença entre o piano e o
teclado? É muito comum que as pessoas acabem se confundindo no
momento de diferenciar pianos e teclados, justamente pelo fato de os dois
instrumentos terem muitas características parecidas.
Entretanto, esses dois objetos possuem diversas diferenças,
principalmente para quem está tocando.
Além disso, cada um deles tem o seu estilo musical para ser tocado com
mais beleza e singularidade.
Para te ajudar a descobrir quais são as diferenças entre piano e teclado,
preparamos uma explicação com todas as discrições sobre esses
instrumentos que você precisa saber!

PIANO
O piano é um instrumento em que cada pressão de dedo sobre as teclas
faz com que um mecanismo de cordas seja ativado, ou seja, se trata de um
objeto mecânico. Além disso, possui uma vida útil muito maior do que os
teclados e podem ser restaurados com o passar do tempo
Os pianos permitem que os músicos exercitem mais a sua coordenação
motora, tanto das mãos, quanto dos pés, já que conta com pedais que
precisam ser usados harmonicamente com a música.
TIPOS DE PIANO

Piano de cauda: possui armação e cordas colocadas horizontalmente e


necessita de um grande espaço para ser colocado, pois seu corpo é
bastante volumoso.
Piano vertical: sua armação e cordas são colocadas verticalmente
e a sua estrutura pode ser feita de metal ou madeira.
Piano Digital: muito parecido com o teclado, o piano digital guarda
sons em sua memória e também possui funcionalidades para alterar
os tons e adicionar á melodia
TECLADO
O teclado pode ser tocado de diversas formas, onde cada uma de
suas teclas simule um som específico, de acordo com o efeito que
foi escolhido no instrumento. O teclado possui uma qualidade de
som muito maior do que os pianos, já que se trata de um
instrumento eletrônico.

Os teclados permitem que você grave sons em sua memória.


Portanto, se você criou uma melodia que deseja usar futuramente ou
que quer guardar, basta salvar que o instrumento a manterá.

TIPOS DE TECLADO
Arranjador: possuem ritmos e timbres variados, com diferentes tipos
de acompanhamentos como: pop, jazz, balada, samba, dance e
muitos outros.
Sintetizador: sua principal função é produzir sons de forma artificial,
usando diferentes tipos de técnicas.
Workstation: possui diversos timbres e ferramentas que podem ser
usadas para construir performances profissionais.
Controlador: esse tipo de teclado permite que suas informaçõe sejam
trocadas e passadas para computadores com o auxilio de cabos
ANATOMIA DO TECLADO E NOTAS
MUSICAIS (NATURAIS E
SUSTENIDAS(#)/BEMÓIS(b))

Tanto no teclado quanto no piano, a anatomia tem um conjunto de


teclas BRANCAS e teclas PRETAS organizadas de forma harmônica.
Como já sabemos as TECLAS BRANCAS fazem soar as notas DÓ,
RÉ, MI, FÁ, SOL, LA, SI. Já as TECLAS PRETAS fazem soar as
notas DÓ#(RÉb), RÉ#(MIb), FÁ#(SOLb), SOL#(LÁb) e LÁ#(SIb).
Desta forma, as notas sempre irão se repetir ao longo das demais
teclas.
Nos chama a atenção que sempre teremos uma DUPLA e um TRIO
de teclas pretas isso
forma um padrão de 5 teclas que nos dará um direcionamento ao
longo do teclado da seguinte forma:
MACETE
 antes das duas teclas PRETAS, teremos a nota DÓ

 fechando o conjunto após as DUAS TECLAS PRETAS, teremos


a nota MI

 antes de três teclas PRETAS teremos a nota FÁ

 fechando o conjunto após as três teclas PRETAS teremos a nota


SI.

 Com essas três referencias DÓ, MI, FÁ E SI podemos nos


localizar em qualquer teclado.
NOTAS CRESCENTE E
DECRESCENTE
MÓDULO 2

AULA 3
CONHECENDO A LETRA DA
SEGUINTE MÚSICA:

EXEMPLO 1

Parabéns pra você


Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida
TRABALHANDO COM NOTAS
Parabéns Pra você
Tom: DÓ

SOL SOL LA SOL DO SI


pa ra béns pra vo cê

SOL SOL LA SOL RE DO DO


nes ta da ta que ri da

MI MI SOL MI DO SI LA
mui tas fe li ci da des

FA FA MI DO RE DO DO
mui tos a nos de vi da

EXEMPLO 2
BRILHA BRILHA ESTRELHINHA

Brilha Brilha estrelinha

Eu queria ser você

Lá no céu azul ficar

Como diamante brilhar

Brilha Brilha estrelinha

Eu queria ser você

TOM: C
DO DO SOL SOL LA LA SOL
SOL
Bri lha Bri lha es tre li nha

FA FA MI MI RE RE DO
Eu que ri a ser vo cê

SOL SOL FA FA MI MI RE
Lá no céu a zul fi car

SOL SOL FA FA MI MI RE RE
Co mo di a man te bri lhar

DO DO SOL SOL LA LA SOL SOL


Bri lha Bri lha es tre lin ha

FA FA MI MI RE RE DO
Eu que ri a ser vo cê

AULA 4
ACORDES

A maioria das bibliografias define “acorde” como a união de três ou mais notas
tocadas simultaneamente. Há inúmeras combinações possíveis de se fazer
com notas, resultando nos mais diversos acordes. Então, para facilitar a vida
dos músicos, cada acorde recebe um nome. Esse nome é baseado nas notas
fundamentais que conhecemos (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si).

Para se formar os acordes, deve-se utilizar os dedos 1-3-5 da mão direita,


enquanto os da esquerda, de forma inicial, poderá utilizar apenas o dedo 5

FORMAÇÃO DOS ACORDES


MAIORES NATURAIS
TRÍADES (TRÊS NOTAS)

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