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A música (do grego mousiké, "das Musas" ou "das belas-artes") é basicamente uma arte
e ciência que combina harmoniosamente os sons.
O fenômeno da música tem várias interpretações. Desde uma simples percepção até a
evocação de um mundo psicológico, a música pode ser arte, entretenimento ou a
expressão de uma cultura.
A música (do grego μοσσική τέτνη - musiké téchne, a arte das musas) constitui-se
basicamente de uma sucessão de sons e silêncio organizada ao longo do tempo. É
considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Actualmente não
se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações
musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser
considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal
função.
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E é nesse ponto que o consenso deixa de existir. As perguntas que decorrem desta
simples constatação encontram diferentes respostas, se encaradas do ponto de vista do
criador (compositor), do executante (músico), do historiador, do filósofo, do
antropólogo, do linguista ou do amador. E as perguntas são muitas:
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reinterpreta o "material musical" de acordo com seus próprios critérios, que envolvem
aquilo que ele conhece, sua cultura e seu estado emocional.
A abordagem naturalista
De acordo com a primeira abordagem, a música existe antes de ser ouvida; ela pode
mesmo ter uma existência autônoma na natureza e pela natureza. Os adeptos desse
conceito afirmam que, em si mesma, a música não constitui arte, mas criá-la e expressá-
la sim. Enquanto ouvir música possa ser um lazer e aprendê-la e entendê-la sejam fruto
da disciplina, a música em si é um fenômeno natural e universal. A teoria da
ressonância natural de Mersenne e Rameau vai neste sentido, pois ao afirmar a natureza
matemática das relações harmônicas e sua influência na percepção auditiva da
consonância e dissonância, ela estabelece a preponderância do natural sobre a prática
formal. Consideram ainda que, por ser um fenômeno natural e intuitivo, os seres
humanos podem executar e ouvir a música virtualmente em suas mentes sem mesmo
aprendê-la ou compreendê-la. Compor, improvisar e executar são formas de arte que
utilizam o fenômeno música.
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Para um outro grupo, a música não pode funcionar a não ser que seja percebida. Não há,
portanto, música se não houver uma obra musical que estabelece um diálogo entre o
compositor e o ouvinte. Este diálogo funciona por intermédio de um gesto musical
formante (dado pela notação) ou formalizado (por meio da interpretação). Neste grupo
há quem defina música como sendo "a arte de manifestar os afectos da alma, através do
som" (Bona). Esta expressão informa as seguintes características: 1) música é arte:
manifestação estética, mas com especial intenção a uma mensagem emocional; 2)
música é manifestação, isto é, meio de comunicação, uma das formas de linguagem a
ser considerada, uma forma de transmitir e recepcionar uma certa mensagem, entre
indivíduos considerados, ou entre a emoção e os sentidos do próprio indivíduo que
entona uma música; 3) utiliza-se do som, é a idéia de que o som, ainda que sem o
silêncio pode produzir música, o silêncio individualmente considerado não produz
música.
Definição negativa
Uma vez que é difícil obter um conceito sobre o que é a música, alguns tendem a definí-
la pelo que não é:
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A música não é totalizante. Ela não tem o mesmo sentido para todos que a
ouvem. Cada indivíduo usa a sua própria emotividade, sua imaginação, suas
lembranças e suas raízes culturais para dar a ela um sentido que lhe pareça
apropriado. Podemos afirmar que certos aspectos da música têm efeitos
semelhantes em populações muito diferentes (por exemplo, a aceleração do
ritmo pode ser interpretada frequentemente como manifestação de alegria), mas
todos os detalhes, todas as sutilezas de uma obra ou de uma improvisação não
são sempre interpretadas ou sentidas de maneira semelhante por pessoas de
classes sociais ou de culturas diferentes.
Definição social
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As práticas musicais não podem ser dissociadas do contexto cultural. Cada cultura
possui seus próprios tipos de música totalmente diferentes em seus estilos, abordagens e
concepções do que é a música e do papel que ela deve exercer na sociedade. Entre as
diferenças estão: a maior propensão ao humano ou ao sagrado; a música funcional em
oposição à música como arte; a concepção teatral do Concerto contra a participação
festiva da música folclórica e muitas outras.
Falar da música de um ou outro grupo social, de uma região do globo ou de uma época,
faz referência a um tipo específico de música que pode agrupar elementos totalmente
diferentes (música tradicional, erudita, popular ou experimental). Esta diversidade
estabelece um compromisso entre o músico (compositor ou intérprete) e o público que
deve adaptar sua escuta a uma cultura que ele descobre ao mesmo tempo que percebe a
obra musical.
Para ilustrar esse problema cultural da representação das obras musicais pelo ouvinte, o
musicólogo Jean-Jacques Nattiez (Fondements d’une sémiologie de la musique 1976)
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cita uma história relatada por Roman Jakobson em uma conferência de G. Becking,
linguista e musicólogo, pronunciada em 1932 no Círculo Línguístico de Praga:
História da música
História da música
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Há, portanto, tantas histórias da música quanto há culturas no mundo e todas as suas
vertentes têm desdobramentos e subdivisões. Podemos assim falar da história da música
do ocidente, mas também podemos desdobrá-la na história da música erudita do
ocidente, história da música popular do ocidente, história da música do Brasil, História
do samba, história do fado e assim sucessivamente.
Teoria musical
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Análise musical
Qualquer que seja o método e o objetivo estético, o material sonoro a ser usado pela
música é tradicionalmente dividido de acordo com três elementos organizacionais:
melodia, harmonia e ritmo. No entanto, quando nos referimos aos aspectos do som
nos deparamos com uma lista mais abrangente de componentes: altura, timbre,
intensidade e duração. Eles se combinam para criar outros aspéctos como: estrutura,
textura e estilo, bem como a localização espacial (ou o movimento de sons no espaço), o
gesto e a dança.
Na base da música, dois elementos são fundamentais: O som e o tempo. Tudo na música
é função destes dois elementos. É comum na análise musical fazer uma analogia entre
os sons percebidos e uma figura tridimensional. A sinestesia nos permite "ver" a música
como uma construção com comprimento, altura e profundidade.
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A segunda organização pode ser concebida visualmente como a dimensão vertical. Daí
o nome altura dado a essa característica do som. O mais agudo, de maior freqüência, é
dito mais alto. O mais grave é mais baixo. O elemento organizacional associado às
alturas é a melodia. A melodia é definida como a sucessão de alturas ao longo do tempo,
mas estas alturas estão inevitavelmente sobrepostas à duração e intensidade que
caracterizam o ritmo e portanto essas duas estruturas são indissociáveis. Outra metáfora
visual que freqüentemente é utilizada é a da cor. Cada altura representaria uma cor
diferente sobre o desenho rítmico. Não é à toa que muitos termos utilizados na descrição
das alturas, escalas ou melodias também são usados para as cores: tom, tonalidade,
cromatismo. Também não deve ser fruto do acaso o fato de que tanto as cores como os
sons são caracterizados por fenômenos físicos semelhantes: as alturas são variações de
freqüências em ondas sonoras (mecânicas). As cores são variações de freqüência em
ondas luminosas (eletromagnéticas). Assim como o ritmo, a melodia pode seguir
estruturas definidas como escalas e tonalidades (música tonal), que determinam a forma
como a melodia estabelece tensão e repouso em torno de um centro tonal. O compositor
também pode optar por criar melodias em que a tensão e o repouso não decorrem de
relações hierárquicas entre as notas (música atonal).
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Villa-Lobos).
Cada som tocado em uma música tem também seu timbre característico. Definido da
forma mais simples o timbre é a identidade sonora de uma voz ou instrumento musical.
É o timbre que nos permite identificar se é um piano ou uma flauta que está tocando, ou
distinguir a voz de dois cantores. Acontece que o timbre, por si só, é também um
conjunto de elementos seqüenciais e simultâneos. Uma série infinita de freqüências
sobrepostas que geram uma forma de onda composta pela freqüência fundamental e seu
espectro sonoro, formado por sobretons ou harmônicos. E o timbre também evolui
temporalmente em intensidade obedecendo a uma figura chamada envelope. É como se
o timbre reproduzisse em escala temporal muito reduzida o que as notas produzem em
maior escala e cada nota possuísse em seu próprio tecido uma melodia, um ritmo e uma
harmonia próprias.
Segundo o tipo de música, algumas dessas dimensões podem predominar. Por exemplo,
o ritmo bem marcado e fortemente periódico tem a primazia na música tradicional dos
povos africanos. Na maior parte das culturas orientais, bem como na música tradicional
e popular do ocidente, é a melodia que representa o valor mais destacado. A harmonia,
por sua vez, é o ideal mais elevado da música erudita ocidental.
Estes elementos nem sempre são claramente reconhecíveis. Onde estará o ritmo ou a
melodia no som de uma serra elétrica incluída em uma canção de rock industrial ou em
uma composição eletroacústica? Mas se considerarmos apenas o jogo dos sons e do
tempo, a organização do seqüencial e do simultâneo e a seleção dos timbres, a música
nestas composições será tão reconhecível quanto a de uma cantata barroca.
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Gêneros musicais
Gênero musical
Assim como existem várias definições para música, existem muitas divisões a
agrupamentos da música em gêneros, estilos e formas. Dividir a música em gêneros é
uma tentativa de classificar cada composição de acordo com critérios objetivos que não
são sempre fáceis de definir.
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As apresentações musicais são cada vez mais realizadas pelo mundo, seja em datas
festivas, ou em compromissos de artistas. A música sempre foi uma atração, desde a
antiguidade.
Cada uma dessas divisões possui centenas de subdivisões. Gêneros, subgêneros e estilos
são usados numa tentativa de classificar cada música. Em geral é possível estabelecer
com um certo grau de acerto o gênero de cada peça musical, mas como a música não é
um fenômeno estanque, cada músico é constantemente influenciado por outros gêneros.
Isso faz com que subgêneros e fusões sejam criados a cada dia. Por isso devemos
considerar a classificação musical como um método útil para o estudo e
comercialização, mas sempre insuficiente para conter cada forma específica de
produção. A divisão em gêneros também é contestada assim como as definições de
música porque cada composição ou execução pode se enquadrar em mais de um gênero
ou estilo e muitos consideram que esta é uma forma artificial de classificação que não
respeita a diversidade da música. Ainda assim, a classificação em gêneros procura
agrupar a música de acordo com características em comum. Quando estas características
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Métodos de composição
Métodos de composição
Cada gênero define um conceito e um método de composição, que passa pela definição
de uma forma, uma instrumentação e também um "processo" que pode criar sons
musicais. A gama de métodos é muito grande e vai desde a simples seleção de sons
naturais, passando pela composição tradicional que utiliza os sistemas de escalas,
tonalidades e notação musical e varia até a música aleatória em que sons são escolhidos
por programas de computador, obedecendo a algoritmos programados pelo compositor.
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Crítica musical
Crítica musical é uma prática utilizada, sobretudo pelos meios de comunicação para
comentar o valor estético de uma obra, intérprete ou conjunto musical. Um texto crítico
freqüentemente refere-se a um espetáculo ou álbum na época de seu lançamento. O
assunto é complexo e polêmico, pois, desde os tempos em que a sua prática era levada a
cabo por curiosos freqüentadores da vida social e, conseqüentemente, dos espetáculos
musicais, nunca se tornou claro qual o seu objetivo principal, nem mesmo quais os
destinatários - o público, o artista ou ambos.
Ao longo do século XX, notou-se que, mesmo sem finalidade ou utilidade aparente, a
crítica musical passou a despertar forte curiosidade nos que não freqüentavam os
espetáculos musicais e assim se apropriavam dos pontos de vista emanados nas críticas.
Com o estabelecimento do comércio musical, os músicos e produtores musicais, em
nome da captura das platéias e dos compradores, passaram a manipular seu conteúdo
com diversos tipos de favorecimento aos críticos. Com a vulgarização desta prática, a
isenção da crítica passou a ser questionada. Ainda assim, ela consegue influenciar o
público e uma crítica em um veículo respeitado pode, dentro de certos limites, promover
o sucesso ou o fracasso dos artistas, álbuns e espetáculos.
A indústria cultural além de lançar tendências através de bandas pagas, agrupadas por
redes de comunicação, também faz uso da crítica para vender sua mercadoria com
artigos pagos, manipulação dos meios de comunição e a massificação de determinados
estilos musicais. A prática de comprar a execução de uma música em horários de grande
audiência é chamada no Brasil de "jabaculê" ou simplesmente "jabá".
Educação musical
Educação Musical
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Actuação
O cantor jamaicano Bob Marley durante uma apresentação em Zurich (Suíça) em 1980
A música só existe quando executada ou reproduzida, por isso a atuação é seu aspecto
mais importante. Enquanto não executada a música é apenas potencial. É na execução
que ela se torna um existente. A atuação pode se estender da improvisação de solos às
bem organizadas apresentações repletas de rituais, como o moderno concerto clássico, o
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Solos e conjuntos
A execução pode ser feita individualmente e neste caso é chamada de solo, palavra que
vem do italiano e significa "sozinho". O extremo oposto é a execução em conjuntos
vocais, instrumentais ou mistos.
Muitas culturas mantêm fortes tradições nas atuações de solos como, por exemplo, na
música clássica indiana, enquanto que outras, como em Bali, têm ênfase nas atuações de
conjuntos. Mas o mais comum é uma uma mistura das duas. Conjuntos podem ter
solistas permanentes (como o vocalista ou guitarrista principal da banda de rock) ou
ocasionais (como o solista do concerto erudito).
O evento musical
Festivais de música
Além dos próprios shows e eventos feitos por algumas bandas e grupos isolados,
existem também os festivais de música, onde são apresentados diversos grupos e
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artistas, na maioria das vezes com o mesmo gênero, mas muitas vezes com gêneros
diversos. Podem ocorrer uma única vez ou periodicamente. Um dos festivais mais
conhecidos foi o de Woodstock, tradicional festival de rock nos EUA. Alguns festivais
como o Live 8 têm abrangência global, outros são limitados à região em que ocorrem,
como os brasileiros Chivas Jazz Festival, Abril Pro Rock e Festival Pré Amp e o
português Super Bock Super Rock. Em alguns casos, um evento planejado para ter
abrangência local ganha importância e é extrapolado para outras localidades, como o
famoso Rock in Rio que após três edições no Rio de Janeiro passou a ter edições no
exterior, como a de 2004 em Lisboa e as edições previstas para 2006 e 2007 em Lisboa
e Sydney.
Composição audiovisual
Banda sonora
Banda sonora
Chama-se Banda sonora ou trilha sonora ao conjunto das peças musicais usadas num
filme. Pode incluir música original, criada de propósito para o filme, ou outras peças
musicais, canções e excertos de obras musicais anteriores ao filme.
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Vocal (cantada)
Suite
Prelúdio
Peça musical de forma livre. Não tem compasso nem andamento determinado. Serve
muitas vezes como introdução de peças musicais maiores como óperas, compositores
como Verdi, Bizet, e muitos outros utilizavam o prelúdio como aberturas de suas
óperas.
Sonata
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sonatas que são escritas para mais de um instrumento que tem o nome de: duo, trio,
quarteto e etc, porém a estrutura é sempre a mesma.
Quando a peça é escrita para uma orquestra, chama-se Sinfonia, ou quando é escrita
para orquestra, mas com um instrumento principal solando chama-se Concerto,
obedecendo sempre o número de movimentos que para o concerto são somente três e
para sinfonia variam de três movimentos a cinco movimentos.
Fuga
É uma composição musical de estilo complexo que reúne arte e ciência. Consiste a fuga
no desenvolvimento do tema príncipal (Sujeito), de acôrdo com certas e determinadas
leis, e com a qual tudo mais, direta ou indiretamente se relaciona. Pelas entradas
sucessivas do tema príncipal, sempre em vozes diferentes, tem-se a impressão de que as
vozes procura fugir e se perseguem umas ás outras, vindo daí a origem da palavra Fuga.
Diversos compositores do barroco escreveram fugas para diversos instrumento,
destacando-se as obras A Arte da Fuga e a "Toccata e Fuga em Ré Menor para Órgão"
de J. S. Bach.
Música Religiosa
Balé
É um gênero musical que desde a Idade Média é muito apreciado, e consiste da dança
acompanhada da música, o gênero é muito parecido com a ópera, porem é diferente,
pois os bailarinos não falam nenhuma palavra e tem que se expressar pela encenação,
balés de Tchaikovsky (O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida e O Quebra-Nozes), Léo
Delibes (Coppélia) e Adolphe Adam (Giselle) e muitos outros são considerados Balés
de Repertório, na qual são encenados em várias casa de balés.
Ópera
É uma grande composição que exige muita força de vontade do compositor para ser
criada, pois o compositor deve criar uma música para cada instrumento da orquestra, e
ainda fazer a música para o libreto, criando assim uma música harmoniosa. A ópera
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geralmente é dividida em atos, e pode ser séria, dramática, ou cômica (ópera bufa). O
inventor deste grande gênero musical que envolve encenação, teatro, canto, música,
iluminação, e até às vezes balé, foi o compositor italiano renascentista Cláudio
Monteverdi com a sua ópera L'Orfeo, ópera de 5 atos. Outros compositores dedicaram a
vida inteira à ópera, como: Verdi (óperas como Aida, Um Baile de Máscaras,
Rigoletto), Puccini (óperas como Madame Butterfly, Turandot, La Bohème), Rossini (O
Barbeiro de Sevilha, La Cenerentola, Guglielmo Tell, L'Italiana in Algeri), Mozart
(óperas como O Rapto do Serralho, As bodas de Fígaro, A Flauta Mágica) e centenas de
outros compositores.
Por extenso, teoria musical pode ser considerada qualquer enunciado, crença, ou
concepção de música (Boretz, 1995).
Assim como em qualquer área do conhecimento, a teoria musical possui várias escolas,
que podem possuir conceitos divergentes. A própria divisão da teoria em áreas de
estudo não é consenso, mas de forma geral, qualquer escola possui ao menos:
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Cifra e Partitura.
Pode-se afirmar que há poucas décadas a antropologia conquistou seu lugar entre as
ciências. Primeiramente, foi considerada como a história natural e física do homem e do
seu processo evolutivo, no espaço e no tempo. Se por um lado essa concepção vinha
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satisfazer o significado literal da palavra, por outro restringia o seu campo de estudo às
características do homem físico. Essa postura marcou e limitou os estudos
antropológicos por largo tempo, privilegiando a antropometria, ciência que trata das
mensurações do homem fóssil e do homem vivo.
Em sua acepção original, era o estudo das sociedades primitivas, todavia, com o
desenvolvimento da Antropologia, o termo primitivo foi abandonado por se acreditar
que exaltaria o preconceito étnico. Assim, atualmente se diz que etnologia é o estudo
das características de qualquer etnia, isto é, agrupamento humano - povo ou grupo
social - que apresenta alguma estrutura socio-econômica homogênea, onde em geral os
membros têm interações cara a cara, e há uma comunhão de cultura e de língua. Este
estudo visa estabelecer linhas gerais e de desenvolvimento das sociedades.
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A etnomusicologia surgiu no final do século XIX e início do século XX, sob o nome de
musicologia comparativa (Vergleichende Musikwissenschaft), sendo definida por Guido
Adler (1885) como o ramo da musicologia que teria como tarefa a comparação das
obras musicais, especialmente as canções folclóricas dos vários povos da terra, para
propósitos etnográficos, e a classificação delas de acordo com suas várias formas. A
mudança do nome é atribuída a Jaap Kunst, no seu livro Musicologia, de 1950.
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O som é um fenômeno causado pelos mais diversos objetos e se propaga através dos
diferentes estados físicos da matéria.
Na cadeia geração e recepção acústica inclui-se o indivíduo que recebe o efeito sonoro e
o evento que dá origem ao fenômeno. A acústica é considerada uma ciência que abrange
diversas disciplinas e por elas é abrangida
Engenharia Acústica
Física acústica
A física acústica investiga a forma como a energia sonora se transmite através dos
meios materiais de propagação, seus efeitos e interações com os meios sólido, líquido,
gasoso e plasma.
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Determinando o valor 1 ao som, quase inaudível (folha friccionada em outra, som muito
pouco intenso ao ouvido humano), o som mais intenso que o homem pode ouvir será 1
trilhão de vezes mais intenso.
A sensibilidade auditiva está entre 600 e 4000 Hz, e diminui significativamente abaixo e
acima desses limites.
Numa sala fechada, a onda sonora é refletida várias vezes pelas paredes, teto, soalho e a
intensidade fica mais ou menos invariável (exceto, junto da fonte sonora, onde é maior).
Otto von Guericke, em 1650, provou que o som não se propaga no vácuo.
Arquitetura acústica
Música
A observação de que a altura do som produzido por uma corda vibratória varia com o
seu comprimento é atribuída a Pitágoras (séc. VI a.C.) descoberta que o levou à da
escala musical, em que ainda se baseia a música ocidental.
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Medicina
Os médicos em geral focam seu interesse nas pregas vocais e nos ouvidos humanos.
Pesquisam através da medição dos níveis de ruído os malefícios ocasionados pelo
fenômeno sonoro e sua poluição. Utilizam a acústica e o som para diagnósticos
precisos.
Usam métodos acústicos para alívio de dores, destruição de cálculos, tratamentos dos
mais diversos.
Em 1863, Helmholtz fez estudos sobre a análise dos sons e a teoria da audição para
explicar como se faz, na cóclea (parte anterior do labirinto, ou orelha interna), a
discriminação da freqüência dos sons. É como se existissem ressoadores escalonados
que na realidade não existem.
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Índice
1 Indicações
2 Processo
3 Musicoterapeuta
4 Musicoterapia no Futuro
5 Bibliografia
6 Ligações externas
Indicações
Os musicoterapeutas trabalham com uma gama variada de pacientes. Entre estes estão
incluídas pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental,
paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes e idosos.
O trabalho musicoterápico pode ser desenvolvido dentro de equipas de saúde
multidisciplinares, em conjunto com médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas
ocupacionais, fisioterapeutas e educadores.Também pode ser um processo autônomo
realizado em consultório.
O uso da música como método terapêutico vem desde o início da história humana.
Alguns dos primeiros registros a esse respeito podem ser encontrados na obra de
filósofos gregos pré-socráticos.
Processo
O processo da musicoterapia pode se desenvolver de acordo com vários métodos.
Alguns são receptivos, quando o musicoterapeuta toca música para o paciente. Este tipo
de sessão normalmente se limita a pacientes com grandes dificuldades motoras ou em
apenas uma parte do tratamento, com objetivos específicos. Na maior parte dos casos a
musicoterapia é ativa, ou seja, o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta,
dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. A forma como o
musicoterapeuta interage com os pacientes depende dos objetivos do trabalho e dos
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métodos que ele utiliza. Em alguns casos as sessões são gravadas e o terapeuta realiza
improvisações ou composições sobre os temas apresentados pelo paciente. Alguns
musicoterapeutas procuram interpretar musicalmente a música produzida durante a
sessão. Outros preferem métodos que utilizem apenas a improvisação sem a necessidade
de interpretação. Os objetivos da produção durante uma sessão de musicoterapia são
não-musicais, por isso não é necessário que o paciente possua nenhum treinamento
musical para que possa participar deste tratamento.
Musicoterapeuta
O profissional responsável por conduzir o processo musicoterápico é chamado
musicoterapeuta. A formação desse profissional é feita em cursos de graduação em
musicoterapia ou como especialização para profissionais da área de saúde (medicina ou
psicologia). Em alguns países a musicoterapia também pode ser parte de uma formação
em arteterapia, que envolve, além da música, técnicas de artes plásticas e dança.
Musicoterapia no Futuro
Ultimamente tem-se desenvolvido novas formas terapêuticas na área da musicoterapia,
entre elas é a musicoterapia digital, ou por outras palavras musicoterapia com base nos
instrumentos electrónicos tal como guitarras eléctricas, sintetizadores, baterias
electrónicas, etc...
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Aberta a audiência pública pelo vereador Dr. Carlos Eduardo, do PSB e da Comissão de Higiene
e Saúde Pública, no sentido de discutir a pertinência da musicoterapia nos serviços de saúde
pública do Município do Rio de Janeiro. Além do vereador, a mesa foi composta por Madalena
Libério, Sandra Lobo, Lizete Vaz, A MT Lia Rejane Mendes Barcellos, a Sra. Ilma Mascarenhas
de Araújo e a Presidente do CLAM e da AMT-RJ Marly Chagas.
Designando como “boa notícia”, o vereador Carlos Eduardo explanou sobre seu Projeto de Lei
Municipal que estabelece a Semana do Musicoterapeuta no Calendário Oficial do Município.
Ressaltando a militância dos musicoterapeutas, na pessoa da presidente da AMT-RJ, Marly
Chagas, o vereador imagina uma semana repleta de campanhas ilustrativas e educativas que
falem da profissão e ressaltem sua importância. Em sua fala, lamenta ainda a pouca divulgação
do campo, enumerando alguns dos serviços que são prestados nos serviços de saúde do
município.
A palavra foi passada então à professora MT Lia Rejane que, de início, definiu musicoterapia e
teceu distinções conceituais importantes nesse trabalho, como música, paciente, terapeuta.
Logo em seguida a Professora utilizou um caso clínico para ilustrar a dinâmica de seu trabalho,
de forma lírica em muitos momentos. Sua fala foi encerrada com os aplausos emocionados dos
presentes, estudantes, profissionais, parentes, pacientes e colegas de trabalho dos
musicoterapeutas, que lotavam o Plenário Teotônio Vilela.
Foi então passada a palavra à Dra Madalena Libério, que fez um rápido histórico da
implementação dos CAPs, contextualizando o drama da internalização e do sofrimento
psíquico. Descreveu também a incorporação de musicoterapeutas às equipes e à essa luta,
lembrando também a relevância do Instituto Franco Basaglia nesse processo de incorporação
desses novos profissionais.Retomando a questão do sofrimento psíquico, aponta que muitas
vezes esse tipo de paciente não consegue se expressar verbalmente e que a intervenção do
musicoterapeuta, estabelecendo canais de comunicação com esse indivíduo ininteligível.
Considera esse tipo de profissional importante nas equipes, no sentido de ser um facilitador
dos vínculos dos usuários com a equipe. Encerrou elogiando a iniciativa do dia e, mais uma vez,
o sucesso dos musicoterapeutas nas equipes.
A seguir, a Dra Sandra Lobo abriu com uma saudação ao ato e aos musicoterapeutas,
recordando sua formação musical de pianista, tendo ela estudado no próprio Conservatório
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Brasileiro de Música, articulando sua própria história com intrínseca relação entre a música e o
ser humano. Lembrou a surpresa dos primeiros relatos que ouviu sobre a musicoterapia e
mostrou que seu trabalho frente ao CIAD (Centro Integrado de Atendimento ao Deficiente
Mestre Candeia), fundado na idéia de reabilitação e de equipes trans e interdisciplinares.
Salientou também a importância da inclusão do musicoterapeuta nessas equipes de
reabilitação e seu perfil adequado à sua integração às mesmas. Declarou também que a
proposta do musicoterapeuta no trabalho com as potencialidades do paciente faz com que
este seja atingido de “forma especial”.Alertou para desafios e obstáculos da luta dos
musicoterapeutas frente às instâncias políticas e burocráticas, nomeando como “processo de
luta” a mobilização da classe no sentido de abrir mercado no Município. Encerando sua fala,
mais uma vez congratulou-se com os presentes, disponibilizando-se como aliada nessa
empreitada.
Retomando a palavra, o vereador Carlos Eduardo criticou a política orçamentária da Prefeitura
frente à não-realização de concurso para musicoterapeuta. Deu-se início então à fala da Dra
Lisete Vaz.
A Presidente da Fundação Franco Basaglia diz-se muito honrada com o convite para essa mesa
e ressaltou, em suas palavras, a “qualidade desse movimento social” e a importância de como
está sendo feito: de forma legal, constitucional, legítimo. Traçou breve histórico da pareceria
com a Coordenação de saúde Mental e posteriormente com o CBM, em 1996, quando foram
chamados os primeiros musicoterapeutas , no primeiro concurso público realizado. Falou da
qualidade dos profissionais atuantes e de sua percepção da musicoterapia como prática
produtora de saúde, alcançando sucesso em situações tidas por ela como “limítrofes”.
Encerrou também parabenizando a todos pelo evento que chamou de “participação cidadã”
dos musicoterapeutas. Disse trazer também consigo um abraço do Dr. Domingos Sávio do
Nascimento Alves, reforçando o vínculo de sua instituição com o movimento profissional dos
musicoterapeutas.
Em seguida foi dada a palavra à Sra. Ilma Mascarenhas de Azevedo, que fez um emocionado
depoimento sobre a experiência da musicoterapia junto a seu filho, após passagens juntos a
inúmeros especialistas. Encerrou com sua fala de apoio, como cidadã, à maior inserção dos
musicoterapeutas nos serviço público municipal de saúde. Após sua fala, foi exibido o vídeo
“Musicoterapia: fazendo a Diferença”, com depoimentos de gestores e profissionais
associados à essa prática de saúde.
Sob intensos aplausos iniciou-se os depoimentos de algumas usuárias da musicoterapia:
Primeiramente a Sra. Nadege de Souza Cruz Serra Lima Filha, paciente da Clínica Social
Ronaldo Millecco do Conservatório Brasileiro de Música- Centro Universitário, dissertando
sobre os efeitos diretos em sua auto-estima e o processo de crescimento pessoal advindo do
trabalho em musicoterapia. A seguir, Dra Idmê Teixeira Falcão, psiquiatra, trouxe um
depoimento comovente de sua luta junto ao filho autista, agora adulto, que só encontrou
ressonância junto à musicoterapia. Encerrando os emocionados depoimentos, a Sra. Zenith
Miranda, que estava acompanhada de sua família, além de sua musicoterapeuta da ABBR,
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(Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação). Seu depoimento, denso, que narrava a luta
contra o câncer, recebendo atuação musicoterápica tanto em reabilitação (ABBR) quanto em
oncologia (INCA – Instituto Nacional de Câncer). Declamou um poema escrito para a ocasião,
“Um Grito de Socorro Ecoa na Cãmara”, levando os presentes às lágrimas. Encerrou com o
cântico “Deus é Fiel”, trazendo um clima de comoção ao Plenário.
Após o tocante depoimento, o vereador Carlos Eduardo recebeu documento da ABBR
reivindicando maior atenção por parte das autoridades municipais junto a essa tradicional
instituição.
Seguiu-se então a apresentação do coral “Musicalidade Brincante”, do Instituto Nise da
Silveira, sob a regência da musicoterapeuta Raquel Siqueira , que dedicou a uma emocionada
Professora Cecília Conde a canção “Carinhoso”.
Ainda sob os longos aplausos à Professora, o vereador Carlos Eduardo passou a palavra à
presidente do CLAM e da AMTRJ, Dra Marly Chagas, que começou se definindo como uma
“representante de guerreiros”, ressaltando a diretoria da AMTRJ e a categoria profissional que
representa. Questionou de forma crítica o conceito de saúde instaurado em nosso município,
relativizando-os com as propostas da musicoterapia para a área de saúde. Entende ela que o
Estado tem obrigação de produzir saúde, citando as políticas de humanização do atendimento
em saúde e o Programa de Saúde da Família como exemplos constitucionais desse
compromisso. Lembrou também o compromisso de todos os envolvidos com os excluídos,
acreditando na potência da musicoterapia na composição de intervenções que tragam saúde.
Conclama que mudemos a vida, e seus sentidos envolvidos. Ressalta a musicoterapia e os
musicoterapeutas, numa homenagem musical em que conclamou os presentes a cantar
“Canções e Momentos”.
Encerrando a manhã de discussão em alto nível, o vereador Carlos Eduardo, médico, resumiu a
jornada como uma “manhã inesquecível”, apontando para as emoções e paixões envolvidas
nesse ato, segundo ele, “o marco de uma nova era”. Agradeceu à mesa, à platéia e à sua
assessoria. A seguir, uma estrondosa ovação tomou conta do Plenário e, no saguão de entrada
da Cãmara, deu-se início a uma ciranda na qual todos os presentes dançaram.
Sem mais
Marcello Santos
Relator
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Musicoterapia
Adriana Zimbarg - Publicado em 17.01.2007
alcançar melhor integração pessoal e social fazendo com que, conseqüentemente, essa pessoa tenha uma
melhor qualidade de vida.
Essa técnica de tratamento já vem sendo utilizada a milhares de anos, porém com o aparecimento de
remédios químicos, que tem um resultado nem sempre melhor porem mais rápido, a musicoterapia foi
deixada de lado pela sociedade moderna e só voltou a ser levada a serio como fator terapêutico no final dos
anos 70.
É muito fácil perceber o impacto que o som e a musica tem em nossas vidas, mesmo em simples momentos
do nosso cotidiano. Exemplos como o choro de uma criança, a sirene de uma ambulância, o latido de um
cachorro, sons esses que causam um impacto no ouvinte. Esse impacto gera uma reação, que pode ser
calmante ou estressante, e a partir desses princípios é que a musicoterapia é trabalhada.
A musicoterapia também trabalha como um canalizador e libertador de energia, através de sons e ritmos.
Os sons, a liberação vocal, as harmonias usadas fazem com que a pessoa abra seus canais de
comunicação deixando assim o consciente sujeito a resposta do emocional. O trabalho do musicoterapeuta
nesse momento é fazer com que a pessoa em questão canalize e libere emoções de modo que se sinta
aliviada e revigorada após a seção.
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Se você acha que os benefícios da musicoterapia param por aí você se engana: a música ainda traz
benefícios para aqueles que ainda nem entraram no mundo. Já se foi comprovado que a música é
extremamente beneficial ao feto e a mulher grávida. O uso de musica clássica durante a gravidez
tranqüilizam tanto a gestante como o bebê, ajudando também na hora do parto.
ANTROPOLOGIA
Divisões e campo
A Antropologia, sendo a ciência da humanidade e da cultura, tem um campo de
investigação extremamente vasto: abrange, no espaço, toda a terra habitada; no tempo,
pelo menos dois milhões de anos, e todas as populações socialmente organizadas.
Divide-se em duas grandes áreas de estudo, com objetivos definidos e interesses
teóricos próprios: a Antropologia Física (ou Biológica) e a Antropologia Cultural, que
se centram no desejo do homem de conhecer a sua origem, a capacidade que ele tem de
conhecer-se, nos costumes e no instinto.
Considerações
Para pensar as sociedades humanas, a antropologia preocupa-se em detalhar, tanto
quanto possível, os seres humanos que as compõem e com elas se relacionam, seja nos
seus aspectos físicos, na sua relação com a natureza, seja na sua especificidade cultural.
Para o saber antropológico o conceito de cultura abarca diversas dimensões: universo
psíquico, os mitos, os costumes e rituais, suas histórias peculiares, a linguagem, valores,
crenças, leis, relações de parentesco, entre outros tópicos.
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Primórdios
Entre os romanos merece destaque o poeta Lucrécio, que tentou investigar as origens da
religião, das artes e se ocupou da discurso. Outro romano, Tácito analisou a vida das
tribos germânicas, baseando-se nos relatos dos soldados e viajantes. Salienta o vigor dos
germanos em contraste com os romanos da sua época. Agostinho, um dos pilares
teológicos do Catolicismo, descreveu as civilizações greco-romanas “pagãs”, vistas
como moralmente inferiores às sociedades cristianizadas. Em sua obra já discutia, de
maneira pouco elaborada, a possibilidade do “tabu do incesto” funcionar como norma
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Embora não existisse como disciplina específica, o saber antropológico participou das
discussões da Filosofia, ao longo dos séculos. Durante a Idade Média muitos escritos
contribuíram para a formação de um pensamento racional, aplicado ao estudo da
experiência humana, como é o fez o administrador francês Jean Bodin, estudioso dos
costumes dos povos conquistados, que buscava, em sua análise, explicações para as
dificuldades que os franceses tinham em administrar esses povos. Com o advento do
movimento iluminista, este saber foi estruturado em dois núcleos analíticos: a
Antropología Biológica (ou Física), de modo geral considerada ciência natural, e a
Antropologia Cultural, classificada como ciência social.
O século XVIII
Até o século XVIII, o saber antropológico esteve presente na contribuição dos cronistas,
viajantes, soldados, missionários e comerciantes que discutiam, em relação aos povos
que conheciam, a maneira como estes viviam a sua condição humana, cultivavam seus
hábitos, normas, características, interpretavam os seus mitos, os seus rituais, a sua
linguagem. Só no século XVIII, a Antropologia adquire a categoria de ciência, partindo
das classificações de Carlos Lineu e tendo como objeto a análise das "raças humanas".
O legado desta época foram os textos que descreviam as terras, a (Fauna, a Flora, a
Topografia) e os povos “descobertos” (Hábitos e Crenças). Algumas obras que falavam
dos indígenas brasileiros, por exemplo, foram: a carta de Pero Vaz de Caminha (“Carta
do Descobrimento do Brasil”), os relatos de Hans Staden, “Duas Viagens ao Brasil”, os
registros de Jean de Léry, a “Viagem a Terra do Brasil”, e a obra de Jean Baptiste
Debret, a “Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. Além destas, outras obras falavam
ainda das terras récem-descobertas, como a carta de Colombo aos Reis Católicos. Toda
esta produção escrita levantou uma grande polémica acerca dos indígenas. A
contribuição dos missionários jesuítas na América (como Bartolomeu de Las Casas e
Padre Acosta ajudaram a desenvolver a denominada “teoria do bom selvagem”, que via
os índios como detentores de uma natureza moral pura, modelo que devia ser assimilado
pelos ocidentais. Esta teoria defendia a idéia de que cultura mais próxima do estado
"natural" serviria de remédio aos males da civilização.
O século XIX
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No Século XIX, por volta de 1840, Boucher de Perthes utiliza o termo homem pré-
histórico para discutir como seria sua vida cotidiana, a partir de achados arqueológicos,
como utensílios de pedra, cuja idade se estimava bastante remota. Posteriormente, em
1865, John Lubock reavaliou numerosos dados acerca da Cultura da Idade da Pedra e
compilou uma classificação em que enumerava as diferenças culturais entre o
Paleolítico e Neolítico.
A antropologia evolucionista
Teoria
Com fundamento nestas concepções, as primeiras grandes obras da antropologia,
consideravam, por exemplo, o indígena das sociedades não europeias como o primitivo,
o antecessor do homem civilizado: afirmando e qualificando o saber antropológico
como disciplina, centrando o debate no modo como as formas mais simples de
organização social teriam evoluido, de acordo com essa linha teórica essas sociedades
caminhariam para formas mais complexas como as da sociedade europeia.
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Método
O método concentrava-se numa incansável comparação de dados, retirados das
sociedades e de seus contextos sociais, classificados de acordo com o tipo (religioso, de
parentesco, etc), determinado pelo pesquisador, dados que lhe serviriam para comparar
as sociedades entre si, fixando-as num estágio específico, inscrevendo estas
experiências numa abordagem linear, diacrônica, de modo a que todo costume
representasse uma etapa numa escala evolutiva, como se o próprio costume tivesse a
finalidade de auxiliar esta evolução. Entendiam os evolucionistas que os costumes se
demarcavam como substância, como finalidade, origem, individualidade e não como um
elemento do tecido social, interdepedente de seu contexto.
Pensadores
A sistematização do conhecimento acerca destes povos, primitivos, ocorreu em
gabinetes, sem qualquer contato com os povos, recorrendo apenas a relatos escritos de
viajantes diversos. A produção dos antropológos deste período é o resultado desta
compilação cega das culturas humanas. O principal autor foi Lewis Henry Morgan.
A antropologia difusionista
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Representantes e obras
Friedrich Ratzel
Grafton Elliot Smith
William James Perry
William H. R. Rivers
Fritz Graebner - Methode del Ethnologie, 1891
Fr. Wilhelm Schmidt, fundador da revista Anthropos
Com Émile Durkheim começam os fenómenos sociais a ser definidos como objetos de
investigação socio-antropológica e, a partir da análise da publicação de Regras do
"Método Sociológico", em 1895, começa-se a pensar que os fatos sociais seriam muito
mais complexos do que se pretendia até então. No final do século XIX, juntamente com
Marcel Mauss, Durkhéim se debruça nas representações primitivas, estudo que
culminará na obra "Algumas formas primitivas de classificação", publicada em 1901.
Inaugura-se então a denominada "linhagem francesa" na Antropologia.
O século XX
Nos EUA, Franz Boas desenvolve a idéia de que cada cultura tem uma história
particular e considerava que a difusão de traços culturais acontecia em toda parte. Nasce
o relativismo cultural, e a antropologia estende a investigação ao trabalho de campo.
Para Boas, cada cultura estaria associada à sua própria história. Para compreender a
cultura é preciso reconstruir a sua própria história. Surgia o Culturalismo, também
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A antropologia funcionalista
A antropologia estrutural
A Antropologia Estrutural nasce na década de 40. O seu grande teórico é Claude Lévi-
Strauss. Centraliza o debate na idéia de que existem regras estruturantes das culturas na
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mente humana, e assume que estas regras constroem pares de oposição para organizar o
sentindo.
Idéias centrais
Para a Antropologia Estrutural as culturas definem-se como sistemas de signos
partilhados e estruturados por princípios que estabelecem o funcionamento do intelecto.
Em 1949 Lévi-Strauss publica “As estruturas elementares de parentesco”, obra em que
analisa os aborígenes australianos e, em particular, os seus sistemas de matrimônio e
parentesco. Nesta análise, Lévi-Strauss demonstra que as alianças são mais importantes
para a estrutura social que os laços de sangue. Termos como exogamia, endogamia,
aliança, consaguinidade passam a fazer parte das preocupações etnográficas.
Autores e obras
Claude Levi Strauss
o As estruturas elementares do parentesco - 1949.
o Tristes Trópicos - 1955.
o Pensamento selvagem - 1962.
o Antropologia estrutural - 1958
o Antropologia estrutural dois - 1973
o O cru e o cozido - 1964
o O homem nu - 1971
Lévi-Bruhl
Marcel Griaule
o Dieux d´Eau
Marcel Griaule e Germaine Dieterlen
o Le Renard Pâle
O particularismo histórico
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Também conhecida como Culturalismo, esta escola estadunidense, defendida por Franz
Boas, rejeita, de maneira marcante, o evolucionismo que dominou a antropologia
durante a primeira metade do século XX.
Principais idéias
A discussão desta corrente gira em torno da idéia de que cada cultura tem uma história
particular e de que a difusão cultural se processa em várias direções. Cria-se o conceito
de relativismo cultural, vendo também a evolução como fenômeno que pode decorrer do
estado mais simples para o mais complexo.
Representantes
Franz Boas
C. Wissler
A. Kroeber
R. Lowie
Representantes
Ruth Benedict
Margaret Mead
Gregory Bateson
R. Linton
A. Kardiner
Tibia
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A antropologia interpretativa
Por fim foi incapaz de se restringir a apenas um aspecto daquela sociedade, que ele
achava que não poder ser extirpado e analisado separadamente do resto,
desconsiderando, entre outras coisas, a própria passagem do tempo. Foi assim que ele
chegou ao que depois foi apelidada de antropologia hermenêutica. Sua tese começa
defendendo o estudo de "quem as pessoas de determinada formação cultural acham que
são, o que elas fazem e por que razões elas crêem que fazem o que fazem".
Uma das metáforas preferidas de Geertz, para definir o que fará a Antropologia
Interpretativa, é a leitura das sociedades enquanto textos ou como análogas a textos. A
interpretação ocorre em todos os momentos do estudo, da leitura do "texto", pleno de
significado, que é a sociedade na escrita do texto/ensaio do antropólogo, por sua vez
interpretado por aqueles que não passaram pelas experiências do autor do texto escrito.
Todos os elementos da cultura analisada devem portanto ser entendidos à luz desta
textualidade, imanente à realidade cultural.
Idéias centrais
A Antropologia Interpretativa analisa a cultura como hierarquia de significados,
pretendendo que a etnografia seja uma “descrição densa”, de interpretação escrita e cuja
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Representantes e obras
Geertz
o Observando o Islão - 1968 Ed. brasileira 2004
o A interpretação das culturas - 1973. Ed. brasileira 1979 (condensada)
o Saber local - 1983 Ed. brasileira 2004
o Nova Luz Sobre a Antropologia - 2000 Ed. brasileira 2001
Antropologia visual
Antropologia da Imagem
Outros movimentos
Debates pós-modernos
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Idéias centrais
Privilegia a discussão acerca do discurso antropológico, mediado pelos recursos
retóricos presentes no modelo das etnografias.
Politiza a relação observador-observado na pesquisa antropológica, questionando a
utilização do "poder" do etnógrafo sobre o "nativo".
Crítica dos paradigmas teóricos e da “autoridade etnográfica” do antropólogo. A
pergunta essencial é:'quem realmente fala em etnografia? O nativo? Ou o nativo visto
pelo prisma do etnógrafo?
A etnografia passa a ser desenvolvida como uma representação polifónica da
polissemia cultural, e nela deveriam estar claramente presentes as vozes dos vários
informantes.
ETNOLOGIA
(200 anteriores)
(200 posteriores)
Subcategorias
Há, nesta categoria 16 subcategorias (dentre um total de 32).
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A E H
A C (continuação) F (continuação)
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Mainstream
Massa crítica
(sociologia)
Matabicho
Matemática
Aplicada às
Ciências Sociais
Matriarcado
Memória coletiva
Metacontingência
Mileurista
Minoria
Misantropia
Mito das três raças
Mobilidade social
Mod
A Etnografia (do grego έθνος, ethno - nação, povo e γράυειν, graphein - escrever) é
por excelência o método utilizado pela antropologia na coleta de dados. Baseia-se no
contato inter-subjetivo entre o antropólogo e seu objeto, seja ele uma tribo indígena ou
qualquer outro grupo social sob qual o recorte analítico seja feito.
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Profissões da música
Músico
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Compositor
Produtor musical
Arranjador
Maestro
Improvisador
DJ
Índice
1 Origem
2 Notação padrão
o 2.1 Representações das durações
o 2.2 Representações das alturas
o 2.3 Expressão
2.3.1 Dinâmica musical
2.3.2 Cinética musical
3 Outras notações
o 3.1 Tablatura
o 3.2 Cifras
4 Ver também
5 Ligações externas
6 Referências
Origem
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Os primeiros neumas, apenas como marcas junto das palavras. Fragmento de Laon,
Metz, meados do século X
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O conhecimento deste tipo de notação foi perdido juntamente com grande parte da
cultura grega após a invasão romana.
O sistema moderno teve suas origens nas neumas(do latim: sinal ou curvado), símbolos
que representavam as notas musicais em peças vocais do canto gregoriano, por volta do
século VIII. Inicialmente, as neumas , pontos e traços que representavam intervalos e
regras de expressão, eram posicionadas sobre as sílabas do texto e serviam como um
lembrete da forma de execução para os que já conheciam a música. No entanto este
sistema não permitia que pessoas que nunca a tivessem ouvido pudessem cantá-la, pois
não era possível representar com precisão as alturas e durações das notas.
Para resolver este problema as notas passaram a ser representadas com distâncias
variáveis em relação a uma linha horizontal. Isto permitia representar as alturas. Este
sistema evoluiu até uma pauta de quatro linhas, com a utilização de claves que
permitiam alterar a extensão das alturas representadas. Inicialmente o sistema não
continha símbolos de durações das notas pois elas eram facilmente inferidas pelo texto a
ser cantado. Por volta do século X, quatro figuras diferentes foram introduzidas para
representar durações relativas entre as notas.
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Batista, chamado Ut queant Laxis. Como Guido d'Arezzo utilizou a italiano em seu
tratado, seus termos se popularizaram e é essa a principal razão para que a notação
moderna utilize termos em italiano.
Nesta época o sistema tonal já estava desenvolvido e o sistema de notação com pautas
de cinco linhas tornou-se o padrão para toda a música ocidental, mantendo-se assim até
os dias de hoje. O sistema padrão pode ser utilizado para representar música vocal ou
instrumental, desde que seja utilizada a escala cromática de 12 semitons ou qualquer de
seus subconjuntos, como as escalas diatônicas e pentatônicas. Com a utilização de
alguns acidentes adicionais, notas em afinações microtonais também podem ser
utilizadas.
Notação padrão
Simbologia da notação musical
A notação musical padrão é escrita sobre uma pauta de cinco linhas. Por isso também é
chamada de pentagrama. O conjunto da pauta e dos demais símbolos musicais,
representando uma peça musical é chamado de partitura. Seguem-se alguns dos
elementos que podemos encontrar numa partitura.
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Figuras musicais - Valores ou figuras musicais são símbolos que representam o tempo
de duração das notas musicais. São também chamados de valores positivos.
Os símbolos das figuras são usados para representar a duração do som a ser executado.
As notas são mostradas na figura abaixo, por ordem decrescente de duração. Elas são:
semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.
Antigamente existia ainda a breve, com o dobro da duração da semibreve, a longa, com
o dobro da duração da breve e a máxima, com o dobro da duração da longa, mas essas
notas não são mais usadas na notação atual. Cada nota tem metade da duração da
anterior. Se pretendermos representar uma nota de um tempo e meio (por exemplo, o
tempo de uma mínima acrescentado ao de uma colcheia) usa-se um ponto a seguir à
nota.
Nota pontuada é uma nota musical que é seguida com um ponto logo a sua frente. Este
ponto adiciona metade do valor da nota que o precede.
Nota pontuada
Pausas - representam o silêncio, isto é, o tempo em que o instrumento não produz som
nenhum, sendo chamados valores negativos. As pausas se subdividem também como as
notas em termos de duração. Cada pausa dura o mesmo tempo relativo que sua nota
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Clave - clave de Sol, clave de Fá, clave de Dó. Propõe toda a representação musical a
uma que mais se adeque ao instrumento que a irá reproduzir. Por exemplo, as vozes
graves usam geralmente a clave de Fá, enquanto que as mais agudas usam a clave de
Sol. Costuma dizer-se que a clave de Fá começa onde acaba a clave de Sol. De um
modo geral, é a clave que define qual a nota que ocupará cada linha ou espaço na pauta.
Alturas - a altura de cada nota é representada pela sua posição na pauta em referência à
nota definida pela clave utilizada, como mostrado abaixo:
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Uma vez que um sustenido ou bemol tenha sido aplicado a uma nota, todas as notas de
mesma altura manterão a alteração até o fim do compasso. No compasso seguinte, todos
os acidentes perdem o efeito e, se necessário, deverão ser aplicados novamente. Se
desejarmos anular o efeito de um acidente aplicado imediatamente antes ou na chave de
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tonalidade, devemos usar um bequadro, que faz a nota retornar à sua condição natural.
No exemplo visto acima podemos notar que a terceira nota do primeiro compasso
também é sustenida, pois o acidente aplicado à nota anterior permanece válido e só é
anulado pelo bequadro que faz a quarta nota voltar a ser um Lá natural. O segundo
compasso é semelhante a não ser pelo acidente aplicado que é um bemol. No terceiro
compasso, uma nota Sol, um Lá dobrado bemol e um Fá dobrado sustenido. Embora
tenham nome diferente e ocupem posições diferentes na clave, os acidentes aplicados
fazem com que as três notas soem exatamente iguais.
Expressão
Expressão (música)
Dinâmica musical
A intensidade das notas pode variar ao longo de uma música. Isso é chamado de
dinâmica. A intensidade é indicada em forma de siglas que indicam expressões em
italiano sob a pauta.
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Cinética musical
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Tempo rubato - Indica que o músico pode executar com pequenas variações de
andamento ao seu critério.
Outras notações
Tablatura
A tablatura é uma notação que representa como colocar os dedos num instrumento
(nos trastes de uma guitarra, por exemplo) em vez das notas, permitindo aos músicos
tocar o instrumento sem formação especializada. Esta notação tornou-se comum para
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Cifras
Cifra é um sistema de notação musical usado para indicar através de símbolos gráficos
ou letras os acordes a serem executados por um instrumento musical (como por
exemplo uma guitarra). São utilizadas principalmente na música popular, acima das
letras ou partituras de uma composição musical, indicando o acorde que deve ser tocado
em conjunto com a melodia principal ou para acompanhar o canto.
Os acordes menores são grafados pelas letras acima, acompanhados da letra "m"
minúscula. Ex: Cm indica um acorde de Dó menor. Há outras alterações quando se
utilizam tetracordes ou intervalos dissonantes. Ex: Cm7 indica acorde de Dó menor com
sétima.
Educação Musical
Música
Notação ABC
Simbologia da notação musical
Tablatura
Terminologia musical
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Ligações externas
Breve História da Notação Musical
Notação Musical
A notação musical e o músico popular
Esta é uma lista dos símbolos e termos utilizados em partituras na notação musical
moderna.
Índice
1 Linhas
2 Notas e pausas
3 Marcas de interrupção
4 Claves
5 Acidentes e armaduras de clave
6 Fórmula de compasso
7 Articulação
8 Dinâmica
9 Acentuação
10 Ornamentos
11 Oitavas
12 Marcas de pedal
13 Repetições e codas
14 Ver também
15 Ligações externas
Linhas
Pauta ou Pentagrama
São cinco linhas e quatro espaços. A pauta musical serve para escrever
as partituras(feitas com notas, pausas, claves, etc.)
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Linhas de compasso
Usada para separar dois compassos.
Barra final
Marca o fim de uma composição.
Notas e pausas
Valores de duração de notas e pausas não são definidas absolutamente, mas são
proporcionais à duração das demais notas e pausas. Para efeito de definição a duração
de uma semibreve será tomada como uma "duração de referência" (R).
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Máxima
Arcaica. Não é mais usada desde a música medieval.
Duração R × 8
]
Longa
Arcaica. Não é mais usada desde a música medieval.
Duração: R × 4
Breve
Arcaica. Não é mais usada desde a música medieval.
Duração: R × 2
Semibreve
É a nota usada atualmente como referência de tempo
Duração: R
Mínima
Duração: R/2
Semínima
Duração: R/4
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Colcheia
Duração: R/8
Semicolcheia
Duração: R/16
Fusa
Duração: R/32
Semifusa
Duração: R/64
Quartifusa
Uso extremamente raro
Duração: R/128
Notas unidas
linhas de união conectam grupos de colcheias e notas menores, para
facilitar a leitura.
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Nota pontuada
O uso de pontos à direita da nota permite prolongar a duração de uma
nota. Um ponto aumenta a duração de uma nota em metade do tempo
original. Dois pontos aumentam três quartos da duração original, três
pontos aumentam sete oitavos e assim por diante. Pausas também
podem ser pontuadas da mesma forma que as notas.
Compassos de espera
Marcação abreviada de pausa, indicando por quantos compassos deve-
se manter a pausa.
Marcas de interrupção
Marca de respiração
Em uma partitura vocal, indica o momento correto de fazer uma
inspiração.
Cesura
Indica que o músico deve silenciar completamente seu instrumento
entre uma nota e a próxima.
Claves
Claves definem a faixa de altura ou a tessitura que a pauta representa.
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Clave de Sol
O centro da espiral define a linha onde ela pousa como o Sol3
(aproximadamente 392 Hz). Na posição mostrada, o Sol3 está na
segunda linha da pauta.
Clave de Dó
Esta clave indica qual linha representa o Dó central do piano - Dó3
(aproximadamente 262 Hz). Nesta posição é a terceira linha que assume
a nota Dó4.
Clave de Fá
A linha entre os pontos indica o Fá abaixo do Dó central do piano, ou
Fá2 (aproximadamente 175 Hz). Nesta posição a quarta linha indica a
nota Fá2.
Clave de percussão
Usada para instrumentos sem altura definida, em geral instrumentos de
percussão. Cada linha ou espaço representa um instrumento diferente
em um conjunto de percussão, tal como uma bateria. Dois estilos de
clave de percussão são mostrados aqui.
As claves de Dó, Fá e Sol podem ser modificadas por números de oitavas. Um oito ou
quinze sobre a clave indica que a tessitura da pauta será elevada em uma ou duas oitavas
respectivamente. De forma similar um oito ou quinze sob a clave rebaixa a tessitura em
uma ou duas oitavas respectivamente.
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Dobrado bemol
Abaixa a altura da nota em seu nível em um tom(dois semitons).
Bemol e meio
Abaixa a altura da nota que se segue em três quartos de tom.
Bemol
Abaixa a altura da nota que se segue em um semitom.
Meio bemol
Abaixa a altura da nota que se segue em um quarto de tom.
Bequadro
Cancela qualquer acidente prévio na mesma nota.
Meio sustenido
Eleva a altura da nota que se segue em um quarto de tom.
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Sustenido
Eleva a altura da nota que se segue em um semitom.
Sustenido e meio
Eleva a altura da nota que se segue em três quartos de tom.
Dobrado sustenido
Eleva a altura da nota em seu nível em um tom(dois semitons).
Armadura de clave - define a tonalidade da música, indicando quais notas têm sua
altura modificada por bemóis ou sustenidos durante toda a música ou até que uma nova
armadura de clave seja utilizada. Se nenhum acidente for colocado junto à clave, o tom
da música é Dó maior ou Lá menor. Os exemplos mostrados estão em clave de sol.
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Fórmula de compasso
A marcação de Tempo define a métrica das notas, a duração dos compassos e a pulsação
da composição.
Fórmula de compasso
O númerador indica o tamanho do compasso em batidas ou pulsos. O
denominador indica qual valor de nota (em frações de uma semibreve)
serve de referência de tempo para o pulso. Por exemplo 4/4 indica que
há quatro pulsos por compasso e a semínima (1/4 de uma semibreve) é a
unidade de tempo.
Tempo quaternário
Este é o tempo mais usado e representa abreviadamente uma fórmula de
4/4.
Tempo 2/2
Indica um tempo de 2/2.
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Marca de metrônomo
Escrita no início da partitura, indica precisamente a duração de uma
unidade de tempo (ou de um pulso), em batidas por minuto. Neste
exemplo, a marca indica que 120 unidades de tempo (semínimas)
ocupam um minuto, ou que a pulsação é de 120 batidas por minuto (120
BPM).
Articulação
Ligadura
A ligadura é um sinal de forma semicircular que se coloca acima ou
abaixo das notas para ligar sons. Existem 3 tipos de ligadura: valor,
portamento, e de frase ou fraseado. A de valor é a união de duas ou
mais notas da mesma altura e mesmo nome. As durações das notas são
somadas e ela é tocada como uma única nota. A ligadura de portamento
liga duas notas de nomes diferentes. A ligadura de frase ou fraseado liga
três ou mais notas de nomes diferentes.
Legato
Notas cobertas por este símbolo devem ser tocadas sem nenhuma
interrupção como se fossem uma só.
Glissando
Uma variação contínua de altura entre os dois extremos.
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Marca de fraseado
Indica como as notas devem ser ligadas para formar uma frase. A
execução varia de acordo com o instrumento.
Tercina
Condensa três notas na duração que normalmente seria ocupada por
apenas duas. Se as notas forem unidas por uma barra de ligação, as
chaves ao lado do número podem ser omitidas. Grupos maiores podem
ser formados e recebem o nome genérico de quiálteras, em que um certo
número de notas é condensado na duração da maior potência de dois
menor que aquele número. Por exemplo, seis notas tocadas na duração
que seria ocupada por quatro notas.
Acorde
Três ou mais notas tocadas simultaneamente. Se apenas duas notas são
tocadas isso é chamado de intervalo.
Dinâmica
Dinâmica musical é a forma como a intensidade ou volume de som varia ao longo da
música.
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Pianissimo
Execução muito suave.
Piano
Suave.
Mezzo-piano
Suave, mas ligeiramente mais forte que o piano.
Mezzo-forte
Metade da intensidade do forte.
Forte
Execução com intensidade elevada.
Fortissimo
Muito forte.
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Sforzando
Denota um aumento súbito de intensidade.
Crescendo
Um crescimento gradual do volume. Esta marca pode ser estendida ao
longo de muitas notas para indicar que o volume cresce gradualmente
ao longo da frase musical.
Diminuendo
Uma diminuição gradual do volume. Pode ser estendida como o
crescendo.
Acentuação
Acentos indicam como notas individuais devem ser tocadas. A combinação de vários
símbolos pode indicar com mais precisão a execução esperada.
Staccato
A nota é destacada das demais por um breve silêncio. Na prática há uma
diminuição no tempo da nota. Literalmente significa "destacado".
Staccatissimo
A nota é mais curta ficando mais separada das demais.
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Marcato
O tempo é precisamente como indicado na partitura.
Pizzicato
Uma nota de um instrumento de corda com arco, em que a corda é
pinçada ao invés de tocada com o arco.
Harmônica natural
Tocada em um instrumento de corda pela divisão suave da corda em
frações da série harmônica. Produz um timbre diferente da execução
normal.
Tenuto
Uma nota sustentada. A combinação de um tenuto com um staccato
produz um "portato. ou portamento em que cada nota é tocada pelo
tempo normal, como o marcato mas levemente ligada às notas vizinhas.
Fermata
Uma nota sustentada indefinidamente ao gosto do executante. Na
prática pode aumentar ou reduzir a duração da nota, mas é mais
freqüente o uso para prolongar a nota, principalmente em codas.
Também pode ser usada para indicar uma cadenza.
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Sull'arco
Em um instrumento de corda, a nota é produzida pela subida do arco.
Giù arco
Como o anterior, mas na descida do arco.
Ornamentos
Ornamentos provocam diversas alterações na altura, duração ou forma de execução de
cada nota.
Trilo ou trinado
Uma alternância rápida entre a nota especificada e o semitom
imediatamente mais agudo, durante toda a duração da nota.
Mordente
A execução da nota especificada seguida do semitom abaixo do
especificado e a volta à altura normal, durante o valor da nota Equivale
a tocar três notas ligadas no tempo do valor da nota. Na forma da figura
é chamado de mordente inferior. Sem a linha vertical, o semitom
inserido na nota é acima da nota normal e o mordente é chamado de
superior.
Grupetto
Combina um mordente superior e um inferior nesta ordem pela duração
da nota (equivale a tocar cinco notas ligadas). Se o símbolo for
invertido o mordente inferior é tocado primeiro.
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appoggiatura
A primeira metade da duração da nota principal é tocada com a altura
da nota ornamental.
acciaccatura
Semelhante à appoggiatura, mas a nota ornamental é tocada muito
rapidamente e não chega a "roubar" metade do tempo da nota principal.
Oitavas
Ottava alta
Ou oitava acima. Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas uma
oitava acima do escrito.
Ottava bassa
Ou oitava abaixo. Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas uma
oitava abaixo do escrito.
Quindicesima alta
Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas duas oitavas acima do
escrito.
Quindicesima bassa
Notas abaixo da linha pontilhada são tocadas duas oitavas abaixo do
escrito.
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Marcas de pedal
Marcas de pedal usadas pelos pianistas.
Inicia pedal
Indica ao pianista que pise no pedal de sustentação.
Libera pedal
Indica ao pianista que solte o pedal de sustentação.
Repetições e codas
Tremolo
Uma nota repetida rapidamente. Se a marca está entre duas notas então
elas devem ser alternadas rapidamente.
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Simile
Indica que os grupos precedentes de compassos ou tempos devem ser
repetidos.
Chaves de volta
Denotam que uma passagem repetida deve ser tocada de forma
diferente a cada vez. A chave 1 é tocada antes da repetição, o trecho
anterior é repetido e quando chega novamente ao mesmo ponto, a
execução passa para a segunda chave. Pode haver variaçãoes para uma
terceira repetição e assim sucessivamente.
Da capo
Indica que o músico deve repetir a última parte. Em obras extensas,
freqüentemente indica voltar ao início da peça. Se seguido por al fine
indica que a música só deve ser repetida até a marca fine. Se for seguida
por al coda a música deve ir até a marca de coda (ver abaixo) e pular
para o trecho final.
Dal segno
Indica que a execução deve ir para o segno mais próximo. É seguido
por al fine ou al coda, da mesma forma que da capo.
Segno
Marca usada com dal segno.
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Coda
Indica um pulo para a frente na música até a passagem final, indicada
pelo mesmo sinal. Só é usada depois que a música já foi executada uma
vez e uma indicação D.S. al coda ou D.C. al coda foi seguida.
Pauta é o nome do conjunto de linhas utilizado para escrever as notas musicais de uma
partitura, no sistema de notação da música ocidental. Atualmente a pauta contém 5
linhas e por isso também é chamada às vezes de pentagrama.
As pautas surgiram na idade média. Foram aperfeiçoadas por Guido D'Arezzo para
representar as alturas das notas musicais, suas durações e o compasso da música, nos
ensinamentos de música e no canto gregoriano. As primeiras pautas tinham uma única
linha e eram colocadas sobre a letra da canção. A altura era representada pela distância
das notas em relação à linha. Como isso não era muito preciso, o sistema evoluiu
gradativamente para uma pauta de quatro linhas, chamada de tetragrama.
No século XV, uma quinta linha foi adicionada e esta configuração é utilizada até hoje.
Os símbolos das notas podem ser escritos sobre cada uma das cinco linhas ou dentro dos
quatro espaços da pauta. A altura das notas depende desta posição.
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Para definir qual nota ocupa cada linha ou espaço e a faixa das notas representadas no
pentagrama, são utilizadas as claves, que permitem adaptar a escrita para as diferentes
vozes ou instrumentos musicais.
Normalmente, em uma partitura, cada instrumento ou voz é representado por uma pauta.
No entanto alguns instrumentos que possuem grande extensão e permitem a execução
simultânea de melodia e acompanhamento, como o piano, o órgão ou o acordeão,
necessitam de mais de uma pauta. Este conjunto de duas ou mais pautas é chamado de
sistema. A figura abaixo é um sistema para instrumento de teclado. As duas pautas são
lidas simultaneamente como se fossem uma única.
Em partituras escritas para conjuntos musicais, os sistemas também são utilizados para
representar a execução simultânea de todas as vozes, como na partitura para coral
mostrada a seguir.
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Clave
As claves servem para indicar ao músico como ler o pentagrama. Como a notação
musical é relativa, cada nota pode ocupar qualquer linha ou espaço na pauta. A clave
indica qual a posição de uma das notas e todas as demais são lidas em referência a essa
nota. Cada tipo de clave define uma nota diferente de referência. Dessa maneira, a
"chave" usada para decifrar a pauta é a clave, pois é ela que vai dizer como as notas
devem ser lidas. Daí vem o termo "clave", derivado do latim "clavis", que significa
"chave". A figura abaixo mostra as claves mais freqüentes e as notas que elas definem.
A nota destacada ao final de cada pauta é a nota de referência.
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Índice
1 Tipos de claves
o 1.1 Clave de sol
o 1.2 Clave de fá
o 1.3 Clave de dó
o 1.4 Clave de percussão
2 Ligações externas
Tipos de claves
De maneira geral, a clave serve para dar nome e altura a nota.
As várias claves existem para permitir a escrita para instrumentos musicais ou vozes,
que possuem tessituras diferentes, ou seja, alguns são muito mais graves ou agudos do
que os outros. Quando se utilizam apenas as cinco linhas e quatro espaços da pauta, só é
possível representar nove notas musicais, mas a maior parte dos instrumentos possui
uma extensão muito maior, exigindo a utilização de linhas e espaços suplementares
acima ou abaixo da pauta. O uso de até três linhas suplementares acima ou abaixo é
praticamente inevitável na maior parte das composições, mas se usarmos muitas linhas
suplementares a leitura se torna muito difícil. Ao utilizar claves diferentes podemos
fazer com que a maior parte das notas utilizadas pelo instrumento estejam representadas
dentro da pauta e que o mínimo de linhas suplementares sejam utilizadas.
Embora já tenham existido muitas claves, só três continuam sendo usadas na notação
musical moderna: a clave de sol, a de fá e a de do. O desenho das claves sofreu diversas
alterações desde sua criação. Em sua forma moderna, uma clave de sol se assemelha a
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Cada uma das claves pode, teoricamente, ocupar qualquer linha na pauta, mas como
apenas algumas possibilitam os melhores resultados, na prática as posições utilizadas
são aquelas mostradas na figura abaixo.
Clave de sol
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partituras antigas ou para fins de estudo, principalmente na França, esta clave também
pode ocupar a primeira linha, permitindo representar uma tessitura ligeiramente mais
aguda.
Quando esta clave está na segunda linha, o dó central do piano ocupará a primeira linha
suplementar inferior. Por esta razão, esta clave é utilizada para representar a mão direita
em instrumentos de teclado. Utilizam esta clave, a maior parte dos instrumentos de
madeira(flautas, clarinete, oboé), os metais mais agudos (trompete, trompa, flugelhorn),
bem como o violino, o violão e alguns instrumentos de percussão obedientes à série
harmônica. As vozes mais agudas (Soprano e Contralto e tenor) também são
normalmente escritas em clave de sol.
Clave de fá
Nesta clave, a linha de referência é indicada pelos dois pontos e assume a nota Fá-2. A
posição mais frequente é a quarta linha. Com esta configuração, a nota Dó-3 do central
do piano ocupa a primeira linha suplementar superior. Por esta razão, costuma-se dizer
que a clave de fá começa onde a de sol termina.
Clave de dó
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A nota Dó-3 é indicada pelo centro da figura (o encontro entre os dois Cs invertidos).
Originalmente a clave de dó foi criada para representar as vozes humanas. Cada voz era
escrita com a clave de dó em uma das linhas. O alto era representado com a clave na
terceira linha, o tenor na quarta linha e o mezzo-soprano era representado com a clave
de Dó na segunda linha. Este uso se tornou cada vez menos frequente e esta clave foi
substituída pelas de sol para as vozes mais agudas e a de fá para as mais graves. Hoje
em dia, a posição mais frequente é a mostrada na figura, com o dó na terceira linha,
representando uma tessitura média, exatamente entre as de sol e fá. Um dos únicos
instrumentos a utilizar esta clave na sua escrita normal é a viola. Esta clave também
pode aparecer ocasionalmente em passagens mais agudas do trombone. Seu uso vocal
ainda é utilizado quando são utilizadas partituras antigas.
Clave de percussão
Esta clave não tem o mesmo uso das demais. Sua utilização não permite determinar a
altura das linhas e espaços da pauta. Serve apenas para indicar que a clave será utilizada
para representar instrumentos de percussão de altura não determinada, como uma
bateria, um tambor ou um conjunto de congas. Neste caso as notas são posicionadas
arbitrariamente na pauta, indicando apenas as alturas relativas. Por exemplo em uma
bateria, o bumbo pode ser representado na primeira linha por ser o tambor mais grave e
um chimbal pode estar em uma das linhas mais altas por se tratar de instrumento mais
agudo.
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Tempo (música)
Na terminologia musical, tempo é o nome dado à pulsação básica subjacente de uma
composição musical qualquer. Cada “clique” do metrônomo corresponde a um tempo.
Os tempos se agrupam em valores iguais e fixam-se dentro de divisões das pautas
musicais conhecidas como compassos.
Índice
1 Tempo musical x conceito de tempo
2 Tempo musical x ritmo
3 Tempo musical x andamento
4 Ligações externas
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Conhecendo que existe tempo, e este define a relação de distância e quantidade entre
um acontecimento e outro, este é o conceito cabível também à questão musical,
excepcionalmente quando o elemento temporal é o som. Neste caso, o tempo define,
nesta ordem:
Sendo que, quando este som for o último da música, o espaço entre ele e o próximo já
não mais é classificado nesta música (que se encontrará num estado onde seu tempo
parou de ser considerado e, com isso, ela deixou de existir no momento).
Podemos considerar que, a música depende completamente do tempo para existir pois,
se o tempo parasse, não seria possivel um evento musical ou sequer o som (que depende
do início e termino de uma vibração que, por sua vez, ocorre num intervalo de tempo).
Um som depende do momento para iniciar, existir e deixar de existir, bem como, de
modo mais abstrato, com a música ocorre o mesmo: em algum momento ela passa a ser
considerada existente e seu tempo passa a ser algo organizado (no sentido de estar sendo
considerado ocorrente) com um início e necessariamente com um final.
Por exemplo: uma música pode durar dois minutos. Este é o tempo que ela utiliza para
se manifestar (todos seus sons e pausas ocorrem neste período). O músico pode até
desconhecer a importância desta quantidade de tempo, pois usa outra linguagem que
traduz esta forma de física para a forma de música. Este termo do tempo em sí, pensado
musicalmente, é representado pelo ritmo e suas atribuições. Logo, desconhecendo que,
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na forma cientifica (não que a músical não o seja) a peça dura dois minutos. Cada
compasso, equivale a uma divisão definida por um grupo de pulsações com valores
iguais entre si e que, juntas, estas pulsações agregam a noção de quantidade de tempo.
Dentro destes compassos, poderão haver inúmeros sons e pausas sonoras. Deste modo,
podemos estabelecer a relação música x tempo, sendo que em um compasso é dividido
em tempos de valores iguais a um tempo predefinido. Se uma música usa a fórmula de
compasso 3/4 e uma semínima é igual a 60 (um segundo), em cada compasso haverá 3
batidas totalizando 3 segundos.
Portanto, cria-se uma unidade de medida que relaciona música e tempo, que neste caso é
unidade de tempos musicais por segundo ou segundos por unidade de tempo.
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que musicalmente o obrigaria a modificar todos os valores das notas musicais e pausas
existentes na peça (o que trará um grande trabalho).
Se por outro lado, ele decide mudar o elemento do tempo real por exemplo, de 2
minutos para 4 minutos de duração, ele altera a relação física da situação estabelecendo
que o tempo musical irá valer mais segundos, o que dispensará recondicionar o valor
das notas e pausas. Portanto, como sugeria Stravinsky, o tempo musical é elástico.
Assim como na física estabelecemos a relação "tempo musical por segundo" na música
usamos o valor batidas por minuto, sendo que o "relógio" da música é o metrônomo,
que transforma através de um mecanismo de proporção este valor, podemos saber o
tempo musical com facilidade. Portanto, se ajustamos um metronomo para o valor 90
(do nosso exemplo), ele irá executar 90 batidas em um minuto. A notação musical
estabelece qual nota musical terá o valor de um batimento (tempo musical) e partido
disso, o músico passa a ter a capacidade de organização elementar do tempo da obra.
Tonalidade
Tonalidade, em referência às escalas maiores e as menores, é a hierarquização interna
das notas dessas escalas, onde algumas notas ou graus das escalas têm preponderância
sobre as outras. Assim, todas as notas e por consequência os acordes, representam as
funções de tônica, que é a sensação de final ou de repouso dentro da música, de
subdominante, que é a sensação de tensão crescente, e de dominante, que, ao mesmo
tempo representa a tensão máxima na música, por suas notas serem totalmente diversas
da tônica, é também a preparação para a tônica, marcando o início do retorno.
Tonalidade é um sitema de sons baseados nas Escalas maior, menor, menor harmônica e
menor melódica, onde os graus da escala são observados de acordo com sua função
dentro da harmonia. Cada um dos graus de uma escala desempenha funções próprias na
formação e concatenação dos acordes. A palavra função serve para estabelecer a
sensação que determinado grau (ou acorde) nos dá dentro da frase harmônica. Ao ouvir
uma escala, percebemos que as notas repousam em certos graus e criam tensão em
outros, o repouso absoluto é feito no grau I, centro de todos os movimentos. Assim,
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cada grau tem função definida em relação à tônica de uma escala, criando momentos
estáveis, instáveis e menos instáveis cuja variação motiva a continuidade da música até
o repouso final.
Os acordes formados sobre o grau I de uma escala, têm sentido conclusivo (estável) e
geralmente aparecem na finalização de uma música. O acorde principal da função tônica
é aquele cuja nota fundamental (primeira nota do acorde, ou seja, a nota que define o
nome do acorde) é também o grau I da escala, podendo ser substituido por acordes
formados sobre os graus VI ou III, que também estabelecem repouso.
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Tem sentido suspensivo (instável) e pede resolução na tônica ou nos graus substitutos
da mesma. O acorde principal da função dominante tem sua fundamental no grau V da
escala, podendo ser substituído pelo grau VII. Muitos músicos interpretam a tríade
sobre o grau VII como uma tétrade do grau V desprovida de fundamental.
Analogamente, a tétrade sobre o grau VII é interpretado como uma sobreposição de
quatro terças sobre o grau V, também com a omissão da fundamental.
Compasso (música)
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de linhas verticais desenhadas sobre a pauta. A soma dos valores temporais das notas e
pausas dentro de um compasso deve ser igual à duração definida pela fórmula de
compasso.
Índice
1 Fórmula de compasso
o 1.1 Numerador
2 Classificações dos compassos
o 2.1 Compasso simples
o 2.2 Compasso composto
o 2.3 Compasso binário
o 2.4 Compasso ternário
o 2.5 Compasso quaternário
o 2.6 Compasso complexo
2.6.1 Compassos complexos particulares
2.6.2 Combinações de compassos complexos
3 Ligações externas
Fórmula de compasso
Em uma fórmula de compasso, o denominador indica em quantas partes uma semibreve
deve ser dividida para obtermos uma unidade de tempo (na notação atual, a semibreve é
a medida com maior duração possível para ser atribuída a um tempo, sendo ela tomada
como referência para as demais durações). O numerador define quantas unidades de
tempo o compasso contém. No exemplo abaixo estamos perante um tempo de "quatro
por quatro". Isso significa que a unidade de tempo tem duração de 1/4 da semibreve
(uma semínima) e o compasso tem 4 unidades de tempo. Neste caso, uma semibreve iria
ocupar todo o compasso. Cada compasso pode ter qualquer combinação de notas e
pausas, mas a soma de todas as durações nunca pode ser menor nem maior que quatro
unidades de tempo (Neste exemplo).
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Certas composições podem ter uma estrutura rítmica que alterna fórmulas de compasso
de uma forma sempre igual. Neste caso, todas as fórmulas podem ser indicadas no
início da partitura ou da seção correspondente.
Numerador
Compasso simples
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possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Os tipos mais comuns de
compassos simples possuem 2 ou 4 no denominador (2/2, 2/4, 3/4 ou 4/4)...
Compasso composto
Compasso binário
Célula rítmica formada por dois tempos. O pulso é forte - fraco, ou seja, o primeiro
tempo do compasso é forte e o segundo é fraco. Um ritmo binário pode ser simples ou
composto. Exemplos de binários simples são os compassos 2/8, 2/4, 2/2. Alguns
exemplos de binário composto são 6/4 6/8, 6/16, desde que haja divisão binária.
Compasso ternário
Métrica formada por três tempos. Também o ternário pode ser simples (por exemplo
3/4, 3/2) ou composto (como 9/8, 9/16, sempre em divisão ternária). O principal ritmo a
utilizar o ternario simples é a valsa. A forma composta é usada principalmente em
danças medievais, na música erudita e no jazz.
Compasso quaternário
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Compõe-se de quatro tempos. Pode ser formada pela aglomeração de dois binários,
simples ou compostos. A aglomeração pode ser notada quando o primeiro tempo é
acentuado, segundo e quarto são fracos e o terceiro tem intensidade intermediária.
São alguns exemplos de compasso quaternário simples 4/2, 4/4, 4/8, 4/16. De
quaternários compostos, podemos citar 12/4, 12/8, 12/16.
Compasso complexo
Uma característica auditiva não nos permite realizar compassos acima de quatro tempos
sem contá-los ou subdividi-los em outros. Por isso, os compassos acima de 4 tempos
apresentam sempre uma subdivisão interna em partes menores ou iguais a 4 tempos.
Alguns compositores utilizam compassos com métricas 5/4, 5/8, 7/8, 10/8, 11/8 e várias
outras, trata-se sempre de aglomerações. No 5/4, por exemplo, trata-se da justaposição
de um 2/4, seguido de um 3/4 (ou vice-versa). Outro exemplo é o 7/4 que pode se
formar por um 2/4, um 3/4 e outro 2/4, ou por um 4/4 e um 3/4 e assim por diante, de
tantas maneiras quanto for possível dividir em unidades binárias, ternárias e
quaternárias. Também pode-se dizer compasso irregular ou alternado.
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Ut queant laxis,
Resonare fibris,
Mira gestorum,
Famuli tuorum,
Solve polluti,
Labii reatum.
Tradução: "Para que os teus servos possam cantar as maravilhas dos teus actos
admiráveis, absolve as faltas dos seus lábios impuros".
Mais tarde ut foi substituído por do, sugestão feita por Giovanni Battista Doni, um
músico italiano que achava a sílaba incômoda para o solfejo, e foi adicionada a sílaba si,
como abreviação de Sante Iohannes ("São João"). A sílaba sol chegou a ser mais tarde
encurtada para so, para uniformizar todas as sílabas de modo a terminarem todas por
uma vogal, mas a mudança logo foi revertida.
As sílabas ut, ré, mi, fa, sol e la, chamadas vozes, não correspondiam a alturas absolutas
na escala, mas apenas a graus num hexacorde. A altura das notas era designada por
letras de A a G. A partir de um trecho escrito num modo eclesiástico qualquer, podia-se
transpô-lo de uma quarta, quinta ou oitava sem modificar nenhuma das vozes sobre as
quais o trecho seria cantado. Uma sequência ré-mi-fa transposta de uma quarta
continuava a ser considerada ré-mi-fa, na solmização, e não sol-lá-si bemol como no
sistema actual, embora fosse designada por G-A-Bb em vez de D-E-F. Mais tarde, nos
países latinos, adoptou-se a designação "dó ré mi fá sol lá si dó" para representar
"C D E F G A B C".
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Já os países de línguas germânicas utilizam, além das sete letras universais, a letra H,
exclusivamente para a nota si natural, sendo a letra B utilizada para representar o si
bemol. Nessas línguas, as alterações para as outras notas são feitas acrescentando-se a
terminação is no lugar de # ("sustenido") e es para b ("bemol"). Nas notas lá e mi,
representadas pelas letras A e E, respectivamente (as únicas vogais do conjunto), na
terminação para representar bemol (por padrão es) há a contração da vogal que
representa a nota e a vogal e do sufixo (As para lá bemol e Es para mi bemol; no
entanto, Ases e Eses são lá dobrado bemol e mi dobrado bemol, respectivamente)
Portanto:
Ces (dó bemol), C (dó natural), Cis (dó sustenido)
Des (ré bemol), D (ré natural), Dis (ré sustenido)
Es (mi bemol), E (mi natural), Eis (mi sustenido)
Fes(fá bemol), F (fá natural), Fis (fá sustenido)
Ges (sol bemol), G (sol natural), Gis (sol sustenido)
As (lá bemol), A (lá natural), Ais (lá sustenido)
B (si bemol), H (si natural), His (si sustenido)
Breve
Breve é o nome da nota musical que tem duração equivalente ao dobro da semibreve.
Esta nota foi utilizada até a idade média, sobretudo no Canto gregoriano. Durante este
período, a breve era a nota mais curta - daí o seu nome. Atualmente a breve é a nota
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mais longa que pode ser escrita com uma única figura, mas é utilizada raramente, pois,
sua duração é maior que a maioria dos compassos.
Semibreve
Semibreve é o nome da Nota musical de maior duração na notação musical padrão. Por
ser a nota mais longa em uso (só e mais curta que a breve, arcaica) ela é usada como
referência para as durações relativas de todas as demais notas. Quando dividida em
duas, quatro, oito, desesseis, trinta e duas ou sessenta e quatro partes, obtemos,
respectivamente, a mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.
Mínima
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A mínima é representada por um círculo vazio com haste. Quando a nota é escrita até a
terceira linha da pauta a haste fica à direita da nota e virada para cima. Quando a nota
está acima da terceira linha, a haste fica à esquerda da nota e virada para baixo. A pausa
com duração de mínima é uma linha grossa que preenche a metade inferior do terceiro
espaço da pauta (colada à terceira linha).
A semibreve é representada por um círculo vazio sem haste e sua pausa é uma linha
grossa que preenche a metade superior do terceiro espaço da pauta (colada à quarta
linha).
Semínima
Colcheia
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Colcheia é o nome da Nota musical cuja duração é de 1/8 de uma semibreve ou metade
de uma semínima.
Quando há mais de uma colcheia na seqüência elas são agrupadas para facilitar a leitura.
O agrupamento é feito mantendo a figura e sua haste e substituindo a bandeirola por
uma linha de união entre as hastes. Quando a maior parte das notas do grupo está abaixo
da terceira linha, o agrupamento é feito acima da nota. Quando a maior parte está acima
da terceira linha o agrupamento é feito abaixo das notas. Em geral o agrupamento é feito
de forma a compor uma unidade de tempo (duas colcheias em compassos 2/4, 3/4 ou
4/4, três colcheias em compassos compostos - 6/8, 9/8 ou 12/8 e quatro colcheias em
compassos 2/2 ou 4/2).
Semicolcheia
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Quando há mais de uma semicolcheia na seqüência elas são agrupadas para facilitar a
leitura. O agrupamento é feito mantendo a figura e sua haste e substituindo as
bandeirolas por duas linhas de união entre as hastes. Quando a maior parte das notas do
grupo está abaixo da terceira linha, o agrupamento é feito acima da nota. Quando a
maior parte está acima da terceira linha o agrupamento é feito abaixo das notas. Em
geral o agrupamento é feito de forma a compor uma unidade de tempo (quatro
semicolcheias em compassos 2/4, 3/4 ou 4/4, seis semicolcheias em compassos
compostos - 6/8, 9/8 ou 12/8 e oito semicolcheias em compassos 2/2 ou 4/2).
Fusa (música)
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Fusa é o nome da Nota musical cuja duração é de 1/32 de uma semibreve ou metade de
uma semicolcheia.
A fusa é representada por um círculo preenchido com haste e três bandeirolas. Quando a
nota é escrita até a terceira linha da pauta a haste fica à direita da nota e virada para
cima. Quando a nota está acima da terceira linha, a haste fica à esquerda da nota e
virada para baixo. As bandeirolas sempre ficam à direita da haste A pausa com duração
de fusa é uma linha curta na diagonal, com três bandeirolas.
Quando há mais de uma fusa na seqüência elas são agrupadas para facilitar a leitura. O
agrupamento é feito mantendo a figura e sua haste e substituindo as bandeirolas por três
linhas de união entre as hastes. Quando a maior parte das notas do grupo está abaixo da
terceira linha, o agrupamento é feito acima da nota. Quando a maior parte está acima da
terceira linha o agrupamento é feito abaixo das notas. Em geral o agrupamento é feito de
forma a compor uma unidade de tempo (oito fusas em compassos 2/4, 3/4 ou 4/4, doze
fusas em compassos compostos - 6/8, 9/8 ou 12/8 e dezesseis fusas em compassos 2/2
ou 4/2). Subgrupos de quatro notas são unidos por uma única linha, para facilitar a
divisão.
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Semifusa
Quando há mais de uma semifusa na seqüência elas são agrupadas para facilitar a
leitura. O agrupamento é feito mantendo a figura e sua haste e substituindo as
bandeirolas por quatro linhas de união entre as hastes. Quando a maior parte das notas
do grupo está abaixo da terceira linha, o agrupamento é feito acima da nota. Quando a
maior parte está acima da terceira linha o agrupamento é feito abaixo das notas. Em
geral o agrupamento é feito de forma a compor uma unidade de tempo (dezesseis
semifusas em compassos 2/4, 3/4 ou 4/4, vinte e quatro semifusas em compassos
compostos - 6/8, 9/8 ou 12/8 e trinta e duas semifusas em compassos 2/2 ou 4/2).
Subgrupos de oito notas são unidos por uma única linha, para facilitar a divisão.
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Composição musical
Uma composição musical ou peça musical é uma peça original de música feita para
repetidas execuções (em oposição à música de improvisação em que cada performance é
única). A música pode ser preservada na memória ou através de um sistema de escrita
e/ou notação. As composições podem ser feitas para a voz humana, geralmente
contendo letras, assim como para instrumentos musicais.
Composição Musical pode também significar o processo pelo qual uma peça se origina
e a disciplina acadêmica que estuda seus métodos e técnicas. Quem executa este
trabalho é chamado de compositor. Ao realizar a composição, ele deve ter conhecimento
da teoria musical e das características do gênero musical para o qual a música está
sendo composta. Essa escolha determina, entre outras coisas, o ritmo, a instrumentação
utilizada e a duração da composição.
Música tonal
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Chama-se música tonal aquela composta segundo o sistema tonal, também chamado
de tonalidade, que dominou a música ocidental desde aproximadamente o fim da Idade
Média até meados do século XIX. O sistema tonal ainda hoje domina a música popular
(rock'n'roll, canções populares etc.), e está sendo reintroduzido por alguns compositores
eruditos, como Penderecki e Arvo Pärt.
Para entender o sistema tonal, é preciso entender o que são escalas musicais . Pode-se
fazer uma analogia com a física atômica e com a mecânica quântica: assim como um
elétron num átomo de hidrogênio não pode ocupar qualquer posição ao redor do núcleo,
mas apenas aquelas permitidas pelas equações da mecânica quântica, na música nem
todas as frequências audíveis são permitidas, mas apenas aquelas que fazem parte da
escala musical adotada. Todas as escalas musicais se baseiam numa freqüência
fundamental que é o la3, definido pela Conferência Internacional de Londres de 1953
como sendo 440 Hz. É o lá que se escreve no segundo espaço da clave de sol. As
freqüências de todas as outras notas se determinam a partir do la3 baseando-se em
equações matemáticas.
Uma noção fundamental para a linguagem musical é a noção de intervalo. Diz-se que o
intervalo é a "distância entre as notas". Fisicamente, o intervalo é definido da seguinte
maneira: se a frequência de uma nota é f1, e a de outra nota é f2, o intervalo entre elas é
O teclado de um piano é um exemplo bem claro de que que apenas freqüências discretas
são utilizadas na música. Assim como, no átomo de hidrogênio, o elétron pode saltar de
um nível quântico para outro, mas não pode ficar entre dois níveis quânticos
consecutivos permitidos pela teoria, no teclado do piano o menor salto que podemos dar
(o menor intervalo possível) é chamado um semitom (ou meio tom). Vemos, por
exemplo, que há uma tecla preta entre o dó e o ré. Esta tecla preta é chamada dó
sustenido ou ré bemol. Vemos também que não há nenhuma tecla ente o mi e o fá, nem
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Ocorre que o compositor de música tonal não usa numa composição todos os sons da
escala cromática. Apenas sete dessas notas são escolhidas (por exemplo: dó-ré-mi-fá-
sol-lá-si; neste caso tem-se a escala de dó maior), e usar somente essas, usando algumas
vezes uma ou outra nota que não pertence à escala para dar "cor", ou seja, uma nota
"cromática" ("croma" significa cor em grego). Note que na escala de dó maior, a
distância entre uma nota e a seguinte é de um tom, exceto entre o mi e o fá, e entre o si e
o dó da escala seguinte, que é de meio tom. Para construir uma escala que soe
melodicamente igual à escala de dó maior, mas começando na nota ré, usa-se as notas
ré-mi-fá#-sol-lá-si-dó# - é necessário acrescentar sustenidos, do contrário a escala não
soará melodicamente igual à escala de dó maior. Repare que na escala de ré maior, a
distância entre a terça e a quarta (fá#-sol), bem como a sétima e a prima (dó#-ré), a
distância é novamente de meio tom.
1. tônica
2. sobretônica
3. mediante
4. subdominante
5. dominante
6. sobredominante
7. sensível ou subtônica
Toda escala maior tem sua relativa menor. A tônica da relativa menor está uma terça
menor abaixo da tônica da escala maior. Uma terça menor abaixo do dó está o lá;
portanto, a relativa de dó maior é lá menor. Assim, a relativa de ré maior é si menor, a
relativa de mi maior é dó sustenido menor, etc.
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Há três tipos de escala menor: natural, harmônica e melódica. A escala natural tem
tantos sustenidos ou bemóis que sua relativa maior, e nas mesmas notas. Por exemplo, a
escala natural de Si menor tem dois sustenidos (Dó e Fá), e sua relativa maior, em Ré,
também tem dois sustenidos nas mesmas notas. A escala menor harmônica é semelhante
à escala menor natural, com a diferença de que o último grau (sensível) sempre é
aumentado de um tom. A escala menor melódica é peculiar, pois quando as notas são
dispostas de maneira descendente a escala é idêntica à menor natural, mas quando as
notas são dispostas de maneira ascendente, o sexto grau é diminuído de um semitom e o
sétimo é aumentado de um semitom.
Note-se que a tonalidade de um trecho também determina como será o final, no sistema
tonal. Se uma canção está em lá maior, terminará também em lá.
Apesar de parecer complexo, o sistema tonal dominou a música ocidental por vários
séculos, até que Wagner compôs Tristão e Isolda - a ópera estreou em 1865. Em três
horas e meia de música, Wagner provou que era possível compor música expressiva e
até mesmo apaixonada completamente fora do sistema tonal - a tonalidade nunca se
define em Tristão e Isolda. Lá pelo começo do século XX, muitos compositores
começaram a achar que o sistema tonal estava esgotado. Muitas obras primas tinham
sido criadas dentro dele, isso é verdade, mas será que estamos condenados a usar
sempre as mesmas fórmulas, ou devemos buscar alguma coisa nova? Esta é a pergunta
que muitos compositores aparentemente se faziam, e parece que vários deles optaram
pela segunda alternativa. Na busca de originalidade, Debussy, por exemplo, utilizou-se
da escala hexatônica, ou escala de tons inteiros; mais tarde Arnold Schoenberg criou o
dodecafonismo. Entretanto, nem todos os compositores eruditos do século XX
abandonaram o sistema tonal, ainda bastante presente em obras de compositores como
Prokofiev, Shostakovitch, Kodály, Joaquín Rodrigo e, mais recentemente, Arvo Pärt e
Krzysztof Penderecki.
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Muitos musicólogos têm atribuido a cada uma das tonalidades um caráter, expressão ou
colorido especial. Não se pode determinar de um modo absoluto o caráter de cada tom,
pois isso depende de reações subjetivas de cada indivíduo. Contudo, alguns
musicólogos, como Gevaert e Lavignac, caracterizam os tons de acordo com a tabela
que apresentamos a seguir. Seguimos aqui a seguinte ordem, de fácil compreensão aos
músicos: começando com seis sustenidos (fá sustenido maior), vamos diminuindo um
sustenido (ou bemolizando) a cada passo, de forma que a tônica cai uma quinta a cada
passo:
Tons maiores
Tons menores
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É preciso deixar bem claro que a tonalidade sozinha não determina o caráter de um
trecho musical. Assim, por exemplo, a Quinta Sinfonia de Beethoven tem um caráter
dramático e violento, assim como a Sonata Patética, o Concerto para Piano no. 3 e
outras peças de Beethoven e Mozart escritas nessa mesma tonalidade (dó menor). No
entanto, o Concerto para piano no. 2 de Rachmaninoff é uma peça romântica clara e
luminosa, onde não há o menor sinal de angústia ou qualquer sentimento opressivo - e
está escrito em dó menor, a mesma tonalidade da Quinta de Beethoven!
A tonalidade de ré menor mostra também seu caráter lúgubre, por exemplo, no quarteto
"A Morte e a Donzela" (Der Tod und das Mädchen) de Schubert (D. 810)
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O musicólogo Sir Denis Forman, autor de A Night at the Opera, ao comentar a cena
pastoral no segundo ato de Orfeu e Eurídice de Gluck (Dança dos Espíritos
Abençoados), nota que ela está escrita em fá maior, "o que era de rigueur para todas as
cenas pastorais" naquela época, "ninguém sabe por que". A Sinfonia Pastoral (6a) de
Beethoven também está escrita na mesma tonalidade.
Embora uma melodia possa ser tocada em qualquer tonalidade, e muitas vezes se
transporte uma melodia de um tom para outro para facilitar sua execução por uma voz
ou instrumento diferente, a escolha da tonalidade não é indiferente, e o próprio
Beethoven era de opinião que as tonalidades têm sim, cada uma delas, um caráter
próprio.
Uma outra coisa que deve ficar bem clara é que o caráter expressivo do sistema tonal
não implica de maneira nenhuma que seja impossível escrever música altamente
expressiva fora dele. Assim, Debussy escreveu música altamente expressiva fora do
sistema tonal. A partitura de Tristão e Isolda de Wagner é universalmente reconhecida
como de alto impacto emocional, no entanto sua tonalidade é altamente duvidosa ou
inexistente.
Transporte
Transportar uma peça de música significa executá-la ou transcrevê-la numa tonalidade
diferente da original. Isto muitas vezes é feito para permitir a execução de uma peça
musical por uma voz diferente ou um instrumento diferente. O transporte pode ser
escrito ou mental. No transporte mental, que é mais difícil, o cantor ou instrumentista
simplesmente lê uma nota mas canta ou executa outra, subindo ou descendo alguns
graus. É óbvio que os intervalos entre cada nota e a seguinte da linha melódica têm que
ser mantidos, para que a melodia não se altere. No transporte escrito, que é bem mais
fácil, alguém já fez isso para ele.
Tonalidades vizinhas
Um outro conceito muito importante de se entender quando se aborda a música tonal é o
conceito de tonalidades vizinhas. Definição: Diz-se que duas tonalidades são vizinhas
uma da outra quando ambas têm o mesmo número de alterações, ou uma alteração a
mais, ou uma alteração a menos. Exemplo: mi maior e lá bemol maior são vizinhas: a
primeira tem 4 sustenidos; a segunda tem 4 bemóis. Mi maior (4 sustenidos) também é
vizinha de lá maior (3 sustenidos) e si maior (5 sustenidos). Dó maior não tem nenhuma
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alteração; suas vizinhas são sol maior (1 sustenido) e fá maior (1 bemol), e suas
respectivas relativas menores. Dó maior não é vizinha de ré maior, já que ré maior tem
dois sustenidos a mais.
O estudo das 32 sonatas para piano de Ludwig van Beethoven fornece abundantes dados
sobre como funcionava a forma de sonata no apogeu do seu desenvolvimento histórico.
Música atonal
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Música atonal, em terminologia musical, é toda a música que não segue a escala
musical de sete sons específica do estilo tonal, não tendo, portanto, uma tonalidade
preponderante.
O termo é utilizado geralmente em referência à música não tonal produzida após a Era
romântica e raramente em referência à música produzida antes do surgimento do
sistema tonal.
Ligações externas
Improvisação Atonal (Jazz) Na música tonal, as alterações de um acorde são
geralmente consideradas meramente notas de colorido que não afetam a função
básica de um acorde.
Na música atonal, entretanto, um acorde é geralmente pedido especificamente
por causa de sua sonoridade única, e não por causa da função dele numa
progressão.
Instrumento musical
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Índice
1 Características dos instrumentos musicais
o 1.1 Componentes
1.1.1 Elemento produtor de som
1.1.2 Corpo
1.1.3 Caixa de ressonância
1.1.4 Elementos de estímulo e controle
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1.1.5 Acessórios
o 1.2 Tessitura e registro
1.2.1 Altura determinada
1.2.2 Altura indeterminada
2 Classificação
3 Instrumentos
o 3.1 Instrumentos de cordas
o 3.2 Instrumentos de percussão
o 3.3 Instrumentos de sopro
o 3.4 Instrumentos de teclas
o 3.5 Instrumentos musicais eléctricos
o 3.6 Acessórios
4 Bibliografia
Em princípio, qualquer objeto pode ser usado para produzir sons e utilizado na música,
mas costuma-se utilizar este termo para designar objetos feitos especificamente com
este objetivo.
Isso se deve ao fato de que, em um instrumento musical, é possível controlar com mais
precisão as características do som produzido. Em geral considera-se um som como
musical quando podemos controlar uma ou mais de suas características: timbre, altura
(grave, médio e agudo), duração (do som e/ou do silêncio) e intensidade.
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Componentes
Corpo
Caixa de ressonância
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Câmara cheia de ar, com formatos variados que serve principalmente para reforçar a
intensidade sonora. O formato da câmara de ressonância permite reforçar apenas
determinadas freqüências, atenuando outras. Isso possibilita um controle mais preciso
do timbre do instrumento. Na maioria dos casos a caixa de ressonância faz parte do
corpo do instrumento, como em um piano, um violão ou um tambor. Em outros casos
está incorporado ao próprio elemento produtor de som, como em um agogô.
Acessórios
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Tessitura e registro
Altura determinada
Quando as notas do instrumento podem ser afinadas de acordo com escalas definidas,
estes instrumentos são conhecidos como instrumentos de altura definida. Quase todos
os instrumentos de cordas e sopros têm altura definida. Alguns instrumentos de
percussão, como o xilofone, a celesta e os tímpanos também possuem altura definida.
Para que a altura seja definida, não é necessário que o instrumento possa variar a
freqüência das notas durante a execução, mas somente que as notas possam ser afinadas
com precisão em relação a outros instrumentos. Há, por exemplo alguns ton-tons que
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possuem altura definida, mesmo que as suas notas não possam ser alteradas durante a
execução.
Altura indeterminada
Quando as notas produzidas pelo instrumento não podem ser precisamente afinadas,
diz-se que eles possuem altura indefinida, não definida ou indeterminada. Em geral
tratam-se de instrumentos não harmônicos, ou seja, possuem uma grande quantidade de
parciais não harmônicos em seu timbre, o que torna a afinação difícil ou impossível. A
maioria dos instrumentos de altura não definida são instrumentos de percussão, como
tambores, pratos, gongos e sinos. Existem alguns instrumentos de cordas e sopros com
altura indefinida, como o berimbau e o kazoo.
Por não possuírem altura determinada, estes instrumentos podem ser utilizados em
músicas de qualquer tonalidade sem que haja problemas de afinação. Em geral é
possível definir o registro dos instrumentos embora não sua altura. Um bumbo, por
exemplo, possui registro mais grave que uma caixa, e um tamborim, por sua vez, é mais
agudo do que ambos.
Classificação
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Instrumentos
Instrumentos de cordas
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Alaúde
Baixo
Baixo elétrico
Balalaica
Bandolim
Banjo
Berimbau
Cavaquinho
Charango
Cembalo
Cítara
Clavicórdio
Contrabaixo
Cravo
Craviola
Dulcimer
Espineta
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Guitarra
Guitarra acústica
Guitarra eléctrica
Guitarra inglesa
Guitarra portuguesa
Harpa
Kantele - (Derivado da Cítara)
Koto
Lira
Piano
Rebab
Saltério
Sanfona
Sangen
Siamise
Sitar
Ukulele
Viola
Viola caipira
Viola da gamba
Viola-de-cocho
Violino
Violoncelo
Rabeca
Piano de madeira
Instrumentos de percussão
Nos idiofones percutidos, é a vibração de todo o instrumento musical que produz o som.
Exemplos:
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Agogô
Afoxé
Bateria (pratos)
Bloco sonoro
Caneca
Carrilhão
Castanhola
Caxixi
Chimbal
Chocalho
Ganzá
Marimba
Pandeireta (soalhas)
Pandeiro (soalhas)
Pandeirola
Pratos
Reco-reco
Sino
Sinos tubulares
Triângulo(ferrinhos)
Xilofone
Xequerê
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Nos membranofones percutidos o som é produzido por uma membrana esticada, tal
como uma pele, tecido ou membrana de material sintético. Exemplos:
Atabaque
Batá
Bateria (tambores)
Caixa
Cuíca
Djembê
Pandeireta (pele)
Pandeiro (pele)
Repinique
Surdo
Tambor
Tamborim
Tom-tom
Zabumba
Instrumentos de sopro
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Trompa
Bombardino
Clarineta (ou clarinete)
Clarone
Corne-inglês
Escaleta (ou piânica)
Fagote
Flauta transversal (Flauta)
Flauta doce
Flauta baixa
Flautim
Flugelhorn
Gaita
Gaita-de-fole
Órgão
Oboé
Ocarina
Pífaro
Pife brasileiro
Saxofone (alto, baixo, tenor)
Trompa
Trompete (de pisto, de chave)
Trombone (Trombone de vara, alto, baixo)
Tuba (ou Bombardon)
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Instrumentos de teclas
Acordeão
Celesta
Clavicórdio
Cravo
Ondas Martenot
Órgão
Piano
Electrofones
Órgão eletrônico
Piano digital
Sampler
Sintetizador
Teremim
teclado
Acessórios
Captador
Diapasão
Encordoamentos
Palhetas
Afinadores
Estojos
Bancos de pé
Tarrachas
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Manivelas
Cifra (música)
Cifra é um sistema de notação musical usado para indicar através de símbolos gráficos
ou letras os acordes a serem executados por um instrumento musical (como por
exemplo uma guitarra). As cifras são utilizadas principalmente na música popular,
acima das letras ou partituras de uma composição musical, indicando o acorde que deve
ser tocado em conjunto com a melodia principal ou para acompanhar o canto.
A imagem abaixo mostra dois exemplos de cifras, sobre uma partitura. Sobre o primeiro
compasso, um diagrama de acorde, indica os pontos no braço do violão em que as
cordas devem ser pressionadas para formar o acorde (neste caso um acorde de Fá
maior). No segundo compasso, é utilizada uma cifra em forma de texto. Neste caso é
apenas o símbolo do acorde que é indicado (Lá sustenido maior).
Exemplos de cifras
Índice
1 Forma gráfica
2 Forma textual
o 2.1 Regra de formação
o 2.2 Inversão do acorde
3 Referências
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Forma gráfica
Forma textual
A forma mais comum das cifras, no entanto, utiliza letras números e símbolos musicais
para indicar a nota fundamental do acorde e sua estrutura, indicando se ele é maior ou
menor.
Regra de formação
130
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Nome do acorde
Nome da nota
Naturais Sustenidos Bemóis
Lá A A# Ab
Si B Bb
Dó C C#
Ré D D# Db
Mi E Eb
Fá F F#
Sol G G# Gb
Tríades
Cifra Descrição
G Tríade maior (Sol, Si, Ré)
Gm Tríade menor (Sol, Sib, Ré)
G° ou Gdim Tríade diminuta (Sol, Sib, Ré♭)
G+ ou Gaum Tríade aumentada (Sol, Si, Ré#)
Tétrades
Cifra Descrição
G7 acorde com sétima ou sétima dominante(Sol, Si, Ré, Fá)
G7M ou Gmaj7 acorde com sétima maior (Sol, Si, Ré, Fá#)
Gm7 ou G-7 acorde menor com sétima (Sol, Sib, Ré, Fá)
Gm7(b5) acorde menor com sétima e quinta diminuta(Sol, Sib, Ré♭, Fá)
G7° ou G7dim acorde com sétima diminuta (Sol, Sib, Réb, Fáb)
G7(b5) acorde com sétima e quinta diminuta (Sol, Si, Ré♭, Fá)
131
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G7(#5) acorde com sétima e quinta aumentada (Sol, Si, Ré#, Fá)
G7M(#5) acorde com sétima maior e quinta aumentada (Sol, Si, Ré#, Fá#)
Gm(7M) acorde menor com sétima maior (Sol, Sib, Ré, Fá#)
G6 acorde de sexta (Sol, Si, Mi, Fá)
Gm6 acorde menor com sexta(Sol, Sib, Mi, Fá)
Uma vez que a cifra indica apenas a estrutura do acorde, a altura não é indicada e a
mesma cifra pode ser transposta quantas oitavas acima ou abaixo forem necessárias. Por
exemplo, a tríade maior apresentada na tabela acima pode ser tocada com a fundamental
Sol na terceira oitava (Sol3, Si3, Ré4), ou em qualquer outra oitava, como Sol4, Si4, Ré5
ou Sol2, Si2, Ré3. Não é necessário indicar a altura da fundamental na cifra. Em geral o
próprio músico escolhe a transposição mais adequada a cada trecho de uma composição.
Inversão do acorde
Além das formas indicadas nas tabelas acima, é possível indicar acordes em que a
sequência das notas é invertida e uma das notas mais agudas é usada como baixo. Para
indicar a inversão, utiliza-se a mesma notação acima, indicando qual das notas deve ser
o baixo do acorde, separada por uma barra. A primeira inversão é obtida movendo a
nota fundamental oitava acima, passando a segunda nota a ser o baixo. A segunda
inversão é realizada, movendo o baixo da primeira inversão oitava acima.
Por exemplo, se o acorde de Sol maior - G (Sol, Si, Ré) for invertido uma vez, teremos
G/B (Si, Ré, Sol oitava acima). Na segunda inversão o acorde é G/D (Ré, Sol oitava
acima, Si oitava acima). A terceira inversão não é indicada pois é igual ao acorde
original, apenas todas as notas são tocadas uma oitava acima. A inversão de qualquer
acorde pode ser indicada da mesma forma, bastando indicar o acorde original e a nota
que será a mais baixa na inversão - por exemplo um acorde com sétima G7 (tétrade) em
sua segunda inversão seria G7/D (Ré, Fá, Sol oitava acima, Si oitava acima).
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