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DIDACTICA DE EXPRESSAO MUSICAL E ARTE DRAMATICA

O conceito de Didáctica

Didáctica - é a capacidade de tomar decisões acertadas sobre o que e como ensinar,


considerando quem são os nossos alunos e por que o fazemos; considerando ainda quando e
onde e com que se ensina”.

Didáctica como o estudo da teoria geral da instrução, ou como a arte de ensinar, ou como o
processo de ensino aprendizagem, ou como o conhecimento, ou como o processo docente
educativo, entre muitas outras concepções.

A Didáctica é um ramo da ciência pedagógica que tem como objectivo ensinar métodos e
técnicas que possibilitem a aprendizagem do aluno por parte do professor ou instrutor.

O objecto de estudo da didáctica e o ensino, assim por exemplo a Matemática, Física,


Biologia e como outras disciplinas considera-se como ciências da aprendizagem, em
oposição à didáctica, ciência do ensino.

Os elementos da acção didáctica são:

O professor, o aluno, a disciplina (matéria ou conteúdo), o contexto da aprendizagem, as


estratégias metodológicas.

Relação da didáctica com a pedagogia

Pedagogia é a reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e orientar a prática


educativa.

Pedagogia é um conjunto de técnicas, princípios, métodos e estratégias da educação e do


ensino, relacionados à administração de escolas e à condução dos assuntos educacionais em
um determinado contexto.

Por outro lado, a Pedagogia é definida como a reflexão metódica sobre a educação para
esclarecer e orientar a prática educativa.

Ensino Básico ou Ensino Primário constitui o nível de ensino escolar ou formal


correspondente aos primeiros anos de, educação concretamente da 1ª e 7ª classes no Sistema
Nacional da Educação moçambicano.
A Pedagogia e a Didáctica reflectem sobre como deve ser orientado todo o processo de
formação e desenvolvimento da personalidade humana.

Diferença entre pedagogia e a Didáctica

O que difere duma área da outra é o objecto de estudo. Enquanto à Pedagogia do Ensino
Básico se ocupa do acto educativo; pela prática educativa, das políticas, paradigmas,
decorrentes do ensino básico, a Didáctica se ocupa pela reflexão do processo de ensino e de
aprendizagem. A Pedagogia é uma ciência ampla ao processo educativo e a Didáctica, como
um dos Ramos da Pedagogia, é restrita ao processo de ensino e de aprendizagem.

Expressão

- Acto ou efeito de exprimir ou de se exprimir, maneira de exprimir ou de se exprimir através


da escrita ou da fala (ex: avaliação da expressão oral; liberdade de expressão; deu livre
expressão ao seu pensamento).

- Manifestação de um sentimento íntimo ou do carácter através do jogo da fisionomia ou de


gestos (ex: expressão corporal; expressão de alegria; expressão do rosto; expressão triste).

- A palavra expressão tem muitos sentidos por exemplo em Matemática vimos que expressão
é o Conjunto de letras e de números ligados uns aos outros por sinais de operações algébricas
e que indica as operações que convirá efectuar sobre as medidas de grandeza dadas ou
desconhecidas para lhes deduzir a medida de uma grandeza dependente delas (ex: expressão
algébrica; expressão numérica).

- Revelação de pensamento (s) por meio de palavras ou de gestos: a arte como forma de
expressão

- Aspecto do rosto que revela aquilo que se sente; semblante; fisionomia: uma expressão de
felicidade

- Entoação especial; ênfase.

Breve historial da música

Desde o início do século XX, alguns musicólogos estabeleceram uma "antropologia musical",
que tende a provar que, mesmo se alguém tem um certo prazer ao ouvir uma determinada
obra, não pode vivê-la da mesma forma que os membros das etnias aos quais elas se destinam.
Nos círculos académicos, o termo original para estudos da música genérica foi "musicologia
comparativa", que foi renomeada em meados do século XX para "etnomusicologia", que
apresentou-se, ainda assim, como uma definição insatisfatória.

Há evidências de que a música é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a


observação dos sons da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a
necessidade ou vontade de uma actividade que se baseasse na organização de sons. Embora
nenhum critério científico permita estabelecer seu desenvolvimento de forma precisa, a
história da música confunde-se com a própria história do desenvolvimento da inteligência e da
cultura humana.

A música não pode ser completamente conhecida e por isso é tão difícil enquadrá-la em um
conceito simples, ou seja, o ouvinte não pode alcançar a totalidade dos objectivos do
compositor. Por isso reinterpreta o "material musical" de acordo com seus próprios critérios,
que envolvem aquilo que ele conhece, sua cultura e seu estado emocional. E é por causa dessa
diversidade de interpretações e também das diferentes funções em que a música pode ser
utilizada se conclui que a música não pode ter uma só definição precisa, que abarque todos os
seus usos e géneros.

Importância da DIDÁCTICA de educação e expressão musical

A música é uma linguagem muito expressiva e as canções são veículos de emoções e


sentimentos, e podem fazer com que a criança reconheça nelas seu próprio sentir.

A música representa uma importante fonte de estímulos, equilíbrio e felicidade para a criança
e tem um poder criador e libertador, tornando-se um poderoso recurso educativo a ser
utilizado na pré-escola. É preciso que a criança seja habituada a expressar-se musicalmente
desde os primeiros anos de vida, para que a música venha a se constituir numa faculdade
permanente do seu ser.

Assim como os defensores do ensino de música do início do século XX, os intelectuais da


escola nova também se inspiravam nos modelos de escolarização de países europeus. Percebe-
se, por exemplo, que algumas das ideias de Fernando de Azevedo assumem um paralelo com
a obra de um pedagogo francês chamado Chasteau em Lições de pedagogia (livro para o uso
dos alunos da escola normal), publicado originalmente em 1899 na França. Segundo esse
manual:
A música eleva o espírito, estimula a sensibilidade, sôbre a qual se pode edificar todo o plano
educativo. Representando o lado puramente estético da educação popular, até sôbre êste
aspecto merece ser muito apreciada. – Depois, sob o ponto de vista moral, a música apresenta,
para a juventude, uma poderosa couraça contra os perigos doutros prazeres, e isto pelo
sentimento puro e elevado que ela cultiva. Finalmente sob o ponto de vista disciplinar, o canto
que acompanha as marchas, os exercícios, as saídas e as entradas dos alunos, impede a
desordem e o tumulto, ao mesmo tempo que ministra um alimento salutar à actividade nativa
dos alunos, distraindo-os, alegrando-os, facilitando-lhes poderosamente o seu trabalho. É por
isso que até o ensino de gimnástica costuma ser acompanhado dum canto bem ritmada
(CHASTEAU, 1899, p. 370).

Objecto de estudo da música

É a educação musical

Música - origem - Sons e instrumentos

A música é um dos principais elementos da nossa cultura. Há indícios de que desde a pré-
história já se produzia música, provavelmente como consequência da observação dos sons da
natureza. É de cerca do ano de 60.000 a.C. o vestígio de uma flauta de osso e de 3.000 a.C. a
presença de liras e harpas na Mesopotâmia. No panteão grego, por exemplo, Apolo é a
divindade que rege as artes. Por isso vemos várias representações suas, nas quais ele porta
uma lira. Vale lembrar que na Grécia Antiga apenas a música e a poesia eram consideradas
manifestações artísticas da maneira como as compreendemos actualmente.

História da Musica

Os sons produzem uma sensação física em nós.

Escutar é ser capaz de ir além do simples ouvir, é captar o sentido dos sons, perceber e
compreender sua estrutura, sua forma, seu sentido, é prestar atenção e estar interessado
naquilo que está ouvindo. E quanto maior o conhecimento de sons e de música, maior será
nossa compreensão.

Definição da Musica

A criação, a performance, o significado e até mesmo a definição de música variam de acordo


com a cultura e o contexto social.
Música é a combinação de ritmo, harmonia e melodia, de maneira agradável ao ouvido. No
sentido amplo é a organização temporal de sons e silêncios (pausas). No sentido restrito, é a
arte de coordenar e transmitir efeitos sonoros, harmoniosos e esteticamente válidos, podendo
ser transmitida através da voz ou de instrumentos musicais.

A música é uma manifestação artística e cultural de um povo, em determinada época ou


região. A música é um veículo usado para expressar os sentimentos.

A música evoluiu através dos séculos, resultando numa grande variedade de géneros musicais,
entre eles, a música sacra ou religiosa, a erudita ou clássica, a popular e a tradicional ou
folclórica. Cada um dos géneros musicais possui uma série de subgéneros e estilos.

A música (do grego μουσική τέχνη - musiké téchne, a arte das musas), é uma forma de arte
que se constitui na combinação de vários sons, ritmos e o silêncio, seguindo uma pré-
organização ao longo do tempo.

É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana.

Não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais
próprias.

Um dos poucos consensos é que ela consiste em uma combinação de sons e de silêncios,
numa sequência simultânea ou em sequências sucessivas e simultâneas que se desenvolvem
ao longo do tempo. Neste sentido, engloba toda combinação de elementos sonoros.

Isto porque a música pode incluir variações nas características do som (altura, duração,
intensidade e timbre) que podem ocorrer sequencialmente (ritmo e melodia) ou
simultaneamente (harmonia). Ritmo, melodia e harmonia são entendidos aqui apenas em seu
sentido de organização temporal, pois a música pode conter propositadamente harmonias
ruidosas (que contém ruídos ou sons externos ao tradicional) e arritmias (ausência de ritmo
formal ou desvios rítmicos).

A Música é uma palavra de origem grega - vem de musiké téchne, a arte das musas - e se
constitui, basicamente, de uma sucessão de sons, entremeados por curtos períodos de silêncio,
organizada ao longo de um determinado tempo. Assim, é uma combinação de elementos
sonoros que são percebidos pela audição. Isso inclui variações nas características do som, tais
como duração, altura, intensidade e timbre, que podem ocorrer em diferentes ritmos, melodias
ou harmonias. Características dos sons Em música, a duração de um som está relacionada ao
tempo, mas não como ele é medido, por exemplo, em um relógio.

Musa Euterpe: aquela que dá júbilo

FIGURA

A música como uma forma da arte, considerada por muitos


como sua principal função

Porque ela se constitui basicamente em combinar sons e silêncio seguindo uma pré-
organização ao longo do tempo. É considerada por diversos autores como uma prática cultural
e humana.

Dentro das "artes", a música pode ser classificada como uma arte de representação, uma arte
sublime, uma arte de espectáculo, isto é, Para indivíduos de muitas culturas, a música está
extremamente ligada à sua vida em diversas utilidades não só como arte, mas também como a
militar, educacional ou terapêutica (musicoterapia)

Expressão em Musica ou expressão musical

É o conjunto de todas as características de uma composição musical que podem variar de


acordo com a interpretação englobando assim em geral variações de andamento (cinética
musical) e de intensidade (dinâmica musical) bem como a forma com que as notas são tocadas
individualmente (acentuacao-staccatto, tenuto, legato), ou em conjunto (articulação ou
fraseado).

Definição da Arte

Arte do termo latino ars, significado técnica e.ou habilidade pode ser entendida como a
actividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por
meio de uma grande variedade de linguagens, tais como: arquitectura. Desenho, escultura,
pintura, escrita, musica, dança teatro e cinema em suas variedades combinações. O processo
criativo se dá a partir da percepção com o intuito de expressar emoções e ideias, objectivando
um significado único e diferente para cada obra.

Artes dramáticas

Também conhecidas como artes Cénicas

São todas as formas de arte que se desenvolvem num palco ou local de representação para um
público.

As artes cénicas (chamadas ainda de artes performativas) são todas as formas de arte que se
desenvolvem num palco ou local de representação para um público. Muitas vezes estas
apresentações das artes cénicas podem ocorrer em praças e ruas. Assim podemos dizer
também que este palco pode ser improvisado. Ou seja, o palco é qualquer local onde ocorre
uma apresentação cénica. Podemos destacar as seguintes classes: Teatro, ópera, dança, circo,
comédia, (assim como happening, são formas de expressão artísticas que podem ser também
consideradas cénicas).

Importância das artes dramáticas e habilidades para o aluno

Tem importância ao aluno se familiarizar com as diferentes linguagens cénicas, através de


conteúdos teóricos e práticos que estimulam os aspectos visuais, sonoros, entre outros. Desse
modo, o indivíduo tem uma visão crítica e reflexiva sobre o mundo, estando apto para levar
demandas da sociedade para os palcos.

Além disso estabelece competências no aluno nos seguintes moldes ou habilidades:

 Boa comunicação; improvisação;


 Atenção;
 Raciocínio rápido;
 Simpatia;
 Criatividade;
 Carisma.

Perguntas

Toda combinação de sons e silêncios é música?

Música é arte? Ou de outra forma, a música é sempre arte?

O que faz com que a música seja música é algum aspecto objectivo ou ela é uma
construção da consciência e da percepção?

A música existe antes de ser ouvida?

R: A abordagem naturalista

De acordo com a primeira abordagem, a música existe antes de ser ouvida; ela pode mesmo
ter uma existência autónoma na natureza e pela natureza. Os adeptos desse conceito afirmam
que, em si mesma, a música não constitui arte, mas criá-la e expressá-la sim. Enquanto ouvir
música possa ser um lazer e aprendê-la e entendê-la seja fruto da disciplina, a música em si é
um fenómeno natural e universal.

Importância da música

Música acalma, estimula a memória, alivia dores e ajuda no exercício físico

Ouvir música pode trazer muitos benefícios para a saúde, corpo e mente.

Ela tem sido usada, inclusive, por médicos e terapeutas como tratamento.
Ouvir música não é só um entretenimento e uma medida para acalmar e relaxar – ela pode
trazer diversos benefícios para a saúde, como alívio de dores, melhora da memória e até
mesmo um estímulo para a prática de actividade física.

Além disso, funciona como um “remédio” para vários problemas.

Isso acontece porque a música activa o centro de prazer do cérebro, assim como o sexo e o
chocolate, por exemplo. Ela libera dopamina e causa uma sensação de bem-estar e, por isso,
tem sido usada por médicos, terapeutas e preparados físicos como tratamento de diversos
problemas – e tem trazido óptimos resultados.

Benefícios da música para a Saúde humana

Em relação à actividade física, a música pode ajudar a embalar o exercício e torná-lo mais
fácil e mais prazeroso, como mostrou a reportagem da Marina Araújo.

Segundo o músico e empresário Alexandre Casa Nova, a música é um estímulo importante


para quem se exercita porque disfarça a sensação de fadiga, dor e cansaço e, no lugar, traz um
sentimento bom de alegria e motivação, deixando a pessoa mais confortável.

Mesmo acontece com a música para dormir ou acordar. Sons mais graves e lentos, por
exemplo, ajudam a pessoa a se desligar das preocupações e, comprovadamente, facilitam o
sono e combatem a insónia. Por outro lado, sons animados, energéticos e acelerados são bons
durante a manhã para despertar e ajudar a acordar.

Há ainda o benefício da música durante o período de gestação – ela é capaz de acalmar os


recém-nascidos e reduzir, por exemplo, em até dez dias a permanência deles na UTI neonatal,
como mostrou a reportagem do Phelipe Siani (veja no vídeo abaixo).

Essa identificação dos pequenos com a música começa, no entanto, depois da 21ª semana de
gestação, como explicou a pediatra Ana Escobar.

Isso porque, na 20ª semana, o aparelho auditivo do bebé, apesar de já estar pronto para
receber vibrações sonoras, ainda tem o conduto auditivo externo bloqueado por um tecido de
células que protege o desenvolvimento do tímpano. A partir da 21ª semana, essa parede se
rompe, o tímpano entra em contacto com o líquido amniótico e começa a receber e processar
vibrações, fazendo com o que o bebé comece a ouvir.
Musicoterapia

O repórter Phelipe Siani mostrou a história do Edson, um garoto que foi diagnosticado com
autismo aos 6 anos de idade. O menino tinha dificuldades para falar, mas na frente do
videogame, costumava se soltar.

Por isso, os pais recorreram à musicoterapia, um tratamento que começou a deixar o Edson
mais calmo, atento e com interesse pelo mundo em sua volta. Com o tempo, os resultados
foram ainda melhores: ele começou a interagir com as pessoas, a cumprimentá-las e a
procurá-las também – tudo reflexo da música dentro da vida do menino.

Principais géneros musicais

Música erudita ou clássica

Música erudita ou clássica é uma música bem elaborada, que foge das tradições populares. É
uma música culta, caracterizada pela simetria e equilíbrio sonoro. Teve sua origem na
necessidade de aumento do poder expressivo das melodias nos ofícios religiosos.

A música erudita ou clássica é caracterizada por uma música refinada e agradável,


apresentada de forma instrumental, que chegou ao ápice com os grandes génios da música,
entre eles, Haendel, Bach, Haydn, Mozar e Beethoven.

A expressão "música clássica" passou a ser usada para representar a evolução musical no
século XIX, chamado século de ouro, dos grandes compositores.

Ópera

Ópera é uma obra dramática em que o teatro, a música e a poesia se completam. A ópera é um
género teatral dramático, encenado junto com a música instrumental e o canto, no qual se
sobressai um solista, representado por cantores com timbres vocais que vão do mais agudo até
os mais graves.

A ópera é encenada com os elementos do teatro, como enredo, coreografia e vestuário


característico, em conjunto com a música instrumental e o canto.

Ópera é o plural de opus, que no latim significa obra de arte. A ópera surgiu na Itália, e é
geralmente apresentada em latim ou italiano.
Música popular

Música popular é aquela que tem uma letra predominantemente romântica, jovem, dançante e
com refrões fáceis de memorizar. O rock foi um dos mais bem sucedidos géneros da música
popular, seguido da música romântica.

A música popular brasileira recebeu influência de diversas escolas, entre elas a de João
Gilberto, com a precisão técnica e a interpretação contida, e a escola de Elis Regina, com
interpretação sentimental, em que a emoção importa mais do que a técnica. Michael Jackson e
Madona serviram de parâmetro para o pop americano e para um grande número de
seguidores.

A música popular cantada por grandes nomes do showbiz, com melodias suaves e ritmos
dançantes, se enraizou na cultura da juventude urbana, virou sucesso comercial e é um dos
mais bem sucedidos gêneros da música contemporânea.

Música tradicional

Música tradicional ou folclórica é aquela que simboliza as tradições e costumes de um povo,


passadas de geração a geração, como parte dos valores e da identidade de um povo. A música
tradicional representa as crenças e as tradições de uma determinada região.

Grande parte da música folclórica possui letra de fácil memorização e está ligada às
festividades, envolvendo danças típicas de uma determinada cultura.

A música tradicional ou folclórica, está intimamente ligada à música popular. O fado, o tango,
o samba, o frevo, o forró, a música de viola, a música sertaneja, o maracatu, o reggae, o blues,
entre outras, se perpetuaram e muitas delas exercem grande influência na música moderna.

Dança

O que é a dança?

Dança é a arte de movimentar expressivamente o corpo seguindo movimentos ritmados, em


geral ao som de música.

A dança é praticada desde os tempos pré-históricos, e por isso geralmente se diz que ela é
uma expressão cultural que acompanha a humanidade desde os seus primórdios. É
considerada a mais completa das artes, pois envolve elementos artísticos como a música, o
teatro, a pintura e a escultura, sendo capaz de exprimir tanto as mais simples quanto as mais
fortes emoções.

O significado da dança vai além da expressão artística, podendo ser vista como um meio para
adquirir conhecimentos, como opção de lazer, fonte de prazer, desenvolvimento da
criatividade e importante forma de comunicação. Através da dança, uma pessoa pode
expressar o seu estado de espírito. A dança pode ser acompanhada por instrumentos de
percussão ou melódicos, ou ainda pela leitura de diferentes textos.

A dança teve forte influência nas sociedades ao longo dos tempos. Como via de socialização e
disseminação de cultura, proporcionou ao mundo o conhecimento sobre a diversidade cultural
dos diferentes povos em todo mundo, especialmente através das danças folclóricas.

Tipos de dança

Há diversos tipos de dança, praticados em vários períodos da história e em todos os lugares do


mundo. Por isso, é praticamente impossível falar de todos eles. Vamos listar algumas das
danças mais conhecidas e praticadas actualmente:

Balé: originou-se no século XVI, durante o Renascimento, e sofreu inúmeras modificações ao


longo do tempo. Hoje, existem muitos estilos de balé, dentre os quais o clássico e o
contemporâneo.

Dança contemporânea: surgida nos anos 1960, a dança contemporânea é hoje uma das mais
praticadas e estudadas pelos profissionais da dança. É caracterizada pela mistura de estilos e
pela improvisação.

Jazz: popularizado nos Estados Unidos no início do século XX, o jazz é fruto da mistura de
elementos de origem africana e europeia, como o balé e a dança moderna.

Dança moderna: os movimentos de dança moderna nascem, no início do século XX, como
uma reacção a algumas limitações e regras do balé. Caracteriza-se pela maior liberdade dos
movimentos. A pioneira da dança moderna é a dançarina norte-americana Isadora Duncan.

Dança de salão: dança de salão é um nome genérico que se dá a diversos estilos de dança em
dupla, como a gafieira, a sala, o samba, a rumba, o forró, o tango e o bolero. Actualmente, há
diversas escolas que ensinam dança de salão e clubes onde as pessoas se reúnem para praticar
e se divertir.
Origem e história da dança

Origem: a dança na Pré-História

A dança é uma das formas de expressão mais antigas usadas pelo ser humano. Seus primeiros
registros remontam à Pré-História, mais especificamente ao período Paleolítico, também
conhecido como Idade das Pedras. Por volta do ano 9000 a.C., os seres humanos já dançavam.

A prova disso está na arte rupestre - conjunto de representações artísticas feitas nas paredes e
nos tetos das cavernas. Na Pré-História, a dança era uma manifestação ritual que servia para
garantir a protecção das actividades diárias relacionadas à sobrevivência (como a caça e a
pesca).

A dança na Antiguidade

Tal como no período pré-histórico, a dança era muito importante na Antiguidade. No Egito
Antigo, a dança cumpria função religiosa e, para os antigos egípcios, dançar era uma forma de
entrar em sintonia com os deuses. Tanto as danças quanto a música estavam relacionadas a
eventos importantes da sociedade egípcia, como o trabalho, as festas e os funerais.

Na Grécia Antiga, a dança era uma manifestação cultural que fazia parte do quotidiano. Os
gregos dançavam em festividades, rituais religiosos, procissões, casamentos etc. Dependendo
da ocasião, essas danças podiam ser executadas individualmente ou em grupo. Nas peças de
teatro, havia danças coreografadas.

Um dado interessante sobre a dança na Grécia Antiga é o fato dela ser ensinada às crianças na
escola. Acreditava-se que tanto o exporte quanto a dança eram actividades essenciais ao pleno
desenvolvimento físico e espiritual do cidadão.

Há também na Bíblia referências a danças sagradas ou profanas, como o rei Davi (2 Samuel
6:14) e profetas de Baal (I Reis 18:26).

A dança na Idade Média

O cristianismo tentou combater a dança como um ritual de idolatria. Manifestações corporais,


como a dança, também podiam ser consideradas pecaminosas. Apesar disso, a Igreja não
conseguiu proibir a dança, que era praticada sobretudo pelos camponeses, mas também pela
nobreza.
A dança medieval mais comum era as chamadas danças circulares ou danças de roda. Já nos
meios palacianos um dos tipos de dança mais famosos era a basse, uma dança de casais
bastante popular no século XIV.

A dança no Renascimento

Durante o Renascimento surgiram escolas de dança artística. Também nesse período a dança
passou a ser objecto de estudo, com o surgimento de professores e manuais dedicados ao
tema.

De um modo geral, houve uma grande valorização da dança nas cortês, que incluíam a dança
em suas maiores festividades. Foi nessa época, nas cortes italianas, que surgiu o balé clássico.
O primeiro grande espectáculo de balé ocorreu em 1581.

No Renascimento, a dança basse ainda é muito praticada pela nobreza, seja na Itália ou na
França. Trata-se de um tipo de dança coreografada que geralmente envolvia mais de um casal.

A dança no século XIX

A dança do século XIX ficou marcada pela ascensão da valsa. De origem camponesa, a valsa
invadiu os salões da alta sociedade, mas sem deixar de causar algum escândalo. Até então, as
danças entre casais guardavam certo distanciamento. A proximidade provocada pelo "abraço"
da valsa não era vista com bons olhos pelos mais conservadores.

Outro marco importante do século XIX é a popularização e difusão do balé. Houve


transformações importantes, como a introdução do tutu (saia feita de tule) e a consolidação da
chamada "dança na ponta dos pés", que caracteriza o balé até os dias de hoje.

A dança nos séculos XX e XXI

O século XX é marcado pelo advento da dança moderna e pela influência de dançarinos de


fora da Europa. No início do século, os mestres da dança vêm sobretudo dos Estados Unidos.

Precursora da dança moderna, a coreógrafa e bailarina Isadora Duncan (1877-1927) trouxe


maior liberdade aos movimentos do balé, novas técnicas e maior despojamento no figurino.

A partir da década de 1960, surge a dança contemporânea, caracterizada pela mistura de


vários estilos de dança, como os balés clássico e moderno e o jazz. Uma das maiores marcas
da dança contemporânea é o improviso e a liberdade dos movimentos.
O drama definição

No campo da arte, a palavra drama contém múltiplos significados. Segundo os dicionários


Houaiss e Aulete, "drama" pode significar: "forma narrativa em que se figura ou imita a acção
directa dos indivíduos", "texto em verso ou prosa, escrito para ser encenado" ou mesmo a
"encenação desse texto". Por analogia, pode ser, ainda, "qualquer narrativa no âmbito da prosa
literária em que haja conflito ou atrito", podendo ser conto, novela, romance etc., ou mesmo
toda a arte dramática.

O termo é também encontrado no cinema, na televisão, no rádio, significando um texto


ficcional, peça teatral ou filme de carácter "sério", não cómico, que apresenta um
desenvolvimento de fatos e circunstâncias compatíveis com os da vida real.

Na vida quotidiana, um conjunto de acontecimentos complicados, difíceis ou tumultuosos


pode ser um drama, assim como um acontecimento que causa dano, sofrimento, dor. Mas
estes são apenas alguns dos significados mais conhecidos.

Significado de Drama

O que é Drama:

Drama é uma expressão usada para designar uma situação comovente, que envolve sofrimento
ou aflição. Exemplos: "O drama das crianças abandonadas", "O drama das vítimas de guerra",
"O drama dos sem-terra" etc.

No sentido figurado, a palavra drama é frequentemente usada para caracterizar um


comportamento que demonstra um certo exagero nas suas queixas sobre uma determinada
situação: "Ele está fazendo drama".

Origem da palavra drama

Originalmente a palavra drama vem do grego "drama", que significa "acção", e era usada com
relação à arte teatral. E é isso que caracteriza o género dramático - o fato de apresentar a
encenação de um texto. Um drama é um texto cuja história é caracterizada por um desenrolar
de acontecimentos semelhantes aos da vida real.

Drama é toda encenação onde o Cómico está misturado ao trágico, é uma série de episódios
complicados, comoventes ou patéticos.
Dentre as várias formas de expressões dramáticas, destacam-se a tragédia, a comédia, a farsa,
o auto e o próprio drama.

O que é arte dramática

A Arte Dramática procura estabelecer um paralelismo entre a teoria e a prática, a obra e a


representação. ... Dramaturgia, Encenação, Representação e Performance/Happening são os
parâmetros escolhidos num palco em constante transformação.

O que significa a palavra dramática?

Dramático é um adjectivo que qualifica tudo aquilo que está relacionado ao drama, ou seja, a
uma acção comovente e que envolve sofrimento ou aflição. Ser dramático é ser exagerado nas
suas queixas, é fazer drama, é ser angustiante, é tornar comoventes seus relatos, é tentar
enternecer e sensibilizar o outro.

Quando uma pessoa te chama de dramática?

Se você já tentou conversar sobre o assunto, mas ele sempre te chama de dramática,
exagerada ou diz que você está procurando problemas onde não existem, é um sinal!
Provavelmente ele não quer conversar sobre o assunto porque sabe que você está certa e ficará
em um beco sem saída.

O que é género dramático exemplos?

O que é o Género dramático: O género é baseado em acção e diálogo, sendo a narração uma
característica secundária nesse tipo de texto. Os textos são produzidos em prova ou em verso
e são usados para dar vida a dramatizações no cinema, no teatro ou na televisão.

O que faz uma pessoa ser dramática?

Uma pessoa dramática é aquela que pratica acções comoventes envolvendo aflição e
sofrimento com exagero e frequência. É literalmente fazer drama, tornando suas queixas
maiores do que são para sensibilizar alguém.

A musica na pré-historia

A palavra música, do grego mousikê, que quer dizer "arte das musas", é uma referência à
mitologia grega e sua origem não é clara. Muitos acreditam que a música já existia na pré-
história e se apresentava com um carácter religioso, ritualístico em agradecimento aos deuses
ou como forma de pedidos pela protecção, boa caça, entre outros. Se pensarmos que a dança
aparece em pinturas rudimentares da pré-história não é difícil acreditar que a música também
fazia parte dessas organizações. Nessa época podemos imaginar que muitos sons produzidos
provinham, principalmente, dos movimentos corporais e sons da natureza e, assim como nas
artes visuais e na dança, a música começou a ser aprimorada utilizando-se de objectos dos
mais diversos. Ainda para reflectirmos sobre o assunto e reforçar a teoria sobre a música na
pré-história basta lembrarmos da existência de tribos indígenas que mantêm total isolamento
das sociedades organizadas e vivem ainda de forma rudimentar (paradas em um período da
pré-história) e que possuem rituais envolvendo a música, utilizando a percurssão corporal, a
voz e objectos primários, básicos desenvolvidos para esse fim.

A humanidade possui uma relação longa com a música, sendo essa uma das formas de
manifestação cultural mais antigas.

Ainda na pré-história, há mais de 50 mil anos, os seres humanos começaram a desenvolver


acções sonoras baseadas na observação dos fenómenos da natureza.

Os ruídos das ondas quebrando na praia, os trovões, a comunicação entre os animais, o


barulho do vento balançando as árvores, as batidas do coração; tudo isso influenciou as
pessoas a também explorarem os sons que seus próprios corpos produziam. Como, por
exemplo, os sons das palmas, dos pés batendo no chão, da própria voz, entre outros.

Nessa época, tais experimentações não eram consideradas arte propriamente e estavam
relacionadas à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.

A música na antiguidade

Muitos historiadores apontam a música na antiguidade impregnada de sentido ritualístico e


como instrumento mais utilizado a voz, pois por meio dela se dava a comunicação e nessa
época o sentido da música era esse, comunicar-se com os deuses e com o povo. Observamos
que, na Grécia, a música funcionava como uma forma de estarem mais próximos das
divindades, um caminho para a perfeição. Nessa época, a música era incorporada à dança e ao
teatro, formando uma totalidade, e ao som da lira eram recitados poemas. As tragédias gregas
encenadas eram inteiramente cantadas acompanhadas da lira, da cítara e de instrumentos de
sopro denominados aulos. Um destaque importante na antiguidade foi Pitágoras, um grande
filósofo grego que descobriu as notas e os intervalos musicais.
Já em Roma a música foi influenciada pela música grega, pelos etruscos e pela música
ocidental. Os romanos utilizavam a música na guerra para sinalizar acções dos soldados e
tropas e também para cantar hinos as vitórias conquistadas, também possuíam um papel
fundamental na religião e em rituais sagrados, assim como no Egito, onde os egípcios
acreditavam na "origem divina" da música, que estava relacionada a culto aos deuses.
Geralmente os instrumentos eram tocados por mulheres (chamadas sacerdotisas). Os chineses,
além de usarem a música em eventos religiosos e civis tiveram uma percepção mais apurada
da música e de como esse reflectia sobre o povo chegando a usar a música como "identidade"
ou forma de "personalizar" momentos históricos e seus imperadores.

A evolução da música

Música no egito

No egito antigo, ainda em 4.000 a.c., a música era muito presente, configurando um
importante elemento religioso. Os egípcios consideravam que essa forma de arte era uma
invenção do deus thoth e que outro deus, osíris, a utilizou como uma maneira para civilizar o
mundo.

A música era empregada de forma a complementar os rituais sagrados em torno da


agricultura, que era farta na região e os instrumentos utilizados eram harpas, flautas,
instrumentos de percussão e cítara - que é um instrumento de cordas derivado da lira.

A música na mesopotâmia

Na região da mesopotâmia, localizada entre os rios tigre e eufrates, habitavam os povos


sumérios, assírios e babilónios. Foram encontradas harpas de 3 a 20 cordas na região onde os
sumérios viviam e estima-se que sejam objectos com mais de 5 mil anos. Também foram
descobertas cítaras que pertenceram ao povo assírio.

A música na china e na índia

Na Ásia - em torno de 3.000 a.c. - a actividade musical prosperou na índia e china. Nessas
regiões, ela também estava fortemente relacionada à espiritualidade.

O instrumento mais popular entre os chineses era a cítara e o sistema musical utilizado era a
escala de cinco tons - pentatônica.
Já na índia, em 800 a.c., o método musical era o de "ragas", que não utilizava notas musicais e
era composto de tons e semitons.

A música na Grécia e Roma

Podemos observar que a cultura musical na Grécia antiga funcionava como uma espécie de
elo entre os homens e as divindades. Tanto que a palavra "música" provém do termo grego
mousikē, que significa "a arte das musas". As musas eram as deusas que guiavam e
inspiravam as ciências e as artes.

É importante ressaltar que Pitágoras, grande filósofo grego, foi o responsável por estabelecer
relações entre a matemática e a música, descobrindo as notas e os intervalos musicais.

Sabe-se que na Roma antiga, muitas manifestações artísticas foram heranças da cultura grega,
como a pintura e a escultura. Supõe-se, dessa forma, que o mesmo ocorreu com a música.
Entretanto, diferentes dos gregos, os romanos usufruíam dessa arte de maneira mais ampla e
quotidiana.

A música na idade média

Durante a idade média a igreja católica esteve bastante presente na sociedade europeia e
ditava a conduta moral, social, política e artística.

Naquela época, a música teve uma presença marcante nos cultos católicos. O papa Gregório i
- século vi - classificou e compilou as regras para o canto que deveria ser entoado nas
cerimónias da igreja e intitulou-o como canto gregoriano.

Outra expressão musical do período que merece destaque são as chamadas cantigas de santa
Maria, que agregam 427 composições produzidas em galego-português e divididas em quatro
manuscritos.

Uma importante compositora medieval foi hidelgard von bingen, também conhecida como
sibila do reino.

Na Idade das Trevas ou Idade Média a Igreja tinha forte influência sobre os costumes e
culturas dos povos em toda a Europa. Muitas restrições eram impostas e, por essa razão,
observamos o predomínio do canto gregoriano ou cantochão, porém houve um grande
desenvolvimento da música mesmo com o direcionamento da igreja nas produções culturais e
nessa fase a música popular também merece destaque com o surgimento dos trovadores e
menestreis. É importante citar, na Idade Média, Guido d'Arezzo, um monge católico que
"criou a pauta de cinco linhas, na qual definiu as alturas das notas e o nome de cada uma (...).
Nasciam, assim, os nomes das notas musicais que conhecemos: dó, ré, mi, fá, sol, lá e si."
(LDP, p.264).

A música no renascimento

Já na época renascentista - que compreende o século xiv até o século xvi - a cultura sofreu
transformações e os interesses estavam voltados para a razão, a ciência e o conhecimento do
próprio ser humano.

Tais preocupações se reflectiram também na música, que apresentava características mais


universais e buscava se distanciar dos costumes da igreja.

Uma característica significativa da música nesse período foi a polifonia, que compreende a
combinação simultânea de quatro ou mais sons.

Podemos citar como um grande compositor da renascença thomas weelkes.

A música no barroco

A partir do século xvii, o movimento barroco promove mudanças marcantes no cenário


musical.

Foi um período bastante fértil e importante para a música ocidental e apresentava novos
contornos tonais, com a utilização do modo jônico (modo “maior”) e modo eólio (modo
“menor”).

O surgimento das óperas e das orquestras de câmaras também acontece nessa fase, assim
como o virtuosismo dos músicos ao tocar os instrumentos. Os maiores representantes da
música barroca foram António vivaldi, johann sebastian bach, domenico scarlatti, entre
outros.

A música barroca foi assim designada para delimitar o período da história da música que vai
do aparecimento da ópera e do oratório até a morte do compositor, maestro e instrumentista
Johann Sebastian Bach. A música barroca foi muito fértil contendo elaborações, brilhantismo
e imponência não vistos anteriormente na história da música, fato esse, talvez, devido à
oposição aos modos gregorianos até então vigentes. A criação aflorou no período barroco e
diversos géneros musicais foram criados.
A música no classicismo

No classicismo, que corresponde ao período em torno de 1750 e 1830, a música adquire


objectividade, equilíbrio e clareza formal, conceitos já utilizados na Grécia antiga.

Nessa época, a música instrumental e as orquestras ganham ainda mais destaque. O piano
toma o lugar do cravo e novas estruturas musicais são criadas, como a sonata, a sinfonia, o
concerto e o quarteto de cordas.

Os artistas que se sobressaíram são haydn, mozart e beethoven.

Nesse período, a música instrumental passa a ter maior destaque, adquirindo "porte",
elegância e sofisticação. São sons suaves e equilibrados. Nesse período criou-se, ainda, a
sonata, e os espectáculos de ópera passam a ter um brilho maior, bem como as orquestras se
desenham e passam a ter grande relevância.

A música no romantismo

No século xix, o movimento cultural que surgiu na Europa foi o romantismo. A música
predominante tinha como qualidades a liberdade e a fluidez, e primava também pela
intensidade e vigor emocional.

Esse período musical é inaugurado pelo compositor alemão beethoven - com a sinfonia nº3 - e
passa por nomes como chopin, schumann e sua esposa clara shumann, wagner, verdi,
tchaikovsky, r. Strauss, entre outros.

Diferente da música no classicismo, que buscava o equilíbrio, no romantismo a música


buscava uma liberdade maior da estrutura clássica e uma expressão mais densa e viva,
carregada de emoções e sentimentos. Os músicos, nessa fase, se libertam e visam, por meio da
música, exprimir toda sua alma.

A música no século XX

No século xx, a música ganha nova roupagem e uma grande transformação ocorre com o
surgimento do rádio.

Novas tecnologias e suportes para a gravação e divulgação musical ajudam a popularizar essa
linguagem artística e projectar cantores e compositores, já que eles não dependiam somente
dos concertos musicais.
Com uma cartela de opções mais variadas, o público começa a ter contacto com outros tipos
de música.

É importante também destacar a presença da música atonal - ou seja, que não possui um
centro tonal nem uma tonalidade preponderante. Há também a dodecafônica, que trata as doze
notas da escala cromática como equivalentes.

Alguns artistas também passam a incorporar novos elementos em suas produções, como
instrumentos até então pouco explorados e objectos sonoros.

Um exemplo é o multi-instrumentista brasileiro hermeto pascoal, que tira sons tanto de flautas
e pianos como de objectos do cotidiano como chaleiras, pentes, copos d'água e brocas de
dentistas. A compositora adriana calcanhoto também possui um projecto de música infantil
que faz uso de diversos brinquedos para produzir suas composições.

Podemos citar como grandes nomes da música do século xx o brasileiro heitor villa-lobos, o
russo igor stravinsky, o nigeriano fela kuti, a pianista carioca chiquinha gonzaga, o norte-
americano louis armstrong, a francesa lili boulanger, o argentino astor piazzolla, e muitos
outros.

Podemos dizer que, esse período, para a música, foi uma verdadeira revolução. O entusiasmo
foi grande, inovações, criações, novidades, tendências, gêneros musicais apareceram. Foi um
período rico para a música, impulsionado pela rádio, e pelo surgimento de tecnologias para
gravar, reproduzir e distribuir essa arte.

No início do século XX, o interesse por novos sons fez os compositores incorporarem uma
grande quantidade de instrumentos e objectos sonoros à música. Compositores como Leroy
Andersen, que compôs uma obra para máquina de escrever e orquestra, Hermeto Pascoal que
criou músicas com sons produzidos por garrafas, ferramentas, conversas e grunhidos de
porcos e Ottorino Respighi, que escreveu uma obra para orquestra e rouxinou intitulada
"Pinheiros de Roma".

Todos os sons podem ser aproveitados em música, pois oferecem muitas possibilidades de
enriquecer uma composição.
A música na antiguidade

Música da antiguidade, na história da música, designa a música desenvolvida na idade antiga,


no seio das primeiras civilizações a utilizarem a escrita, estabelecidas em várias partes do
mundo.

A música desta época estabeleceu as bases para todo o desenvolvimento musical posterior.

As primeiras civilizações musicais se estabeleceram principalmente nas regiões férteis ao


longo das margens de rios na Ásia central, como as aldeias no vale do Jordão, na
mesopotâmia, índia (vale do indo actualmente no Paquistão), Egipto (rio Nilo) e china (huang
he). A iconografia dessas regiões é rica em representações de instrumentos musicais e de
práticas relacionadas à música. Os primeiros textos destes grupos apresentam a música como
actividade ligada à magia, à saúde, à metafísica e até à política destas civilizações, tendo
papel frequente em rituais religiosos, festas e guerras. As cosmogonias de várias destas
civilizações possuem eventos musicais relacionados à criação do mundo e suas mitologias
frequentemente apresentam divindades ligadas à música.

A música da antiguidade clássica, sobretudo a música grega estabeleceu as bases para todo o
sistema de modos e escalas utilizado na música ocidental.

Mesopotâmia

-Sumérios

Dentre os povos da Mesopotâmia, os Sumérios foram os que mais se destacaram


culturalmente. De origens incertas, este povo estabeleceu uma civilização há cerca de 6 mil
anos. A rica cultura de Summer floresceu e influenciou, por mais de 3 mil anos, todos os
povos da Ásia Central, como os assírios, cananeus, egípcios, fenícios, babilónios e hebreus. A
música exercia papel importante nos ritos solenes ou familiares. Não foram encontrados
registros de um sistema de notação musical, mas alguns documentos cuneiformes datados dos
séculos XVIII a.C. a XV a.C. atestam a existência de uma elaborada teoria musical. Trabalhos
de tradução publicados pelo padre Gurney e Marcele Duchesne-Guillemin entre 1963 e 1969
revelam que estas tábuas tratavam de um sistema de afinação para uma Lira de 9 cordas e, por
extensão, permitem estabelecer que os sumérios possuíam, além das escalas pentatônicas mais
usuais, uma escala diatônica de sete sons.
Foram encontrados também, vestígios de diversos instrumentos avançados para a época. Uma
harpa de cordas percutidas, ancestral do Piano, flautas de cana e de prata, liras de cinco a onze
cordas, uma espécie de alaúde de braço longo e uma harpa com coluna de apoio (por volta do
Século XXV a.C.).

Assírios

Os assírios deixaram vasta documentação de sua cultura musical na forma de pinturas,


esculturas, baixos-relevos e textos literários. Os músicos tinham papel proeminente na
sociedade e são mais reverenciados que os sábios. A música, para este povo, era associada ao
poder e os músicos dos povos conquistados sempre eram poupados e levados até as cidades
assírias para que sua arte pudesse ser absorvida. Este é o primeiro povo que se tem notícia a
formar grandes orquestras que podiam chegar a 150 componentes entre cantores e
instrumentistas.

Neste artigo, ira se abordar sobre um pouco da historia da musica, da origem e dos conceitos
epistemiologicos da musica.

A musica na idade moderna

Quando se ouve uma musica executada por uma orquestra, o termo música clássica é
empregado em dois sentidos diferentes. As pessoas às vezes, usam a expressão „música
clássica‟ considerando toda a música dividida em duas grandes partes: „clássica‟ e „popular‟.
De acordo com diversos estudiosos em música e musicólogos, entretanto, „Música Clássica‟
tem sentido especial e preciso: é a música composta entre 1750 e 1810, que inclui a música de
Haydn, Mozart, Beethoven e outros. As composições de outros autores, não podem ser
consideradas clássicas. Ouvir Bach ou Vivaldi significa dizer que estao ouvindo música
barroca, se referir-se a Chopin, Verdi ou Wagner estarao ouvindo música do período
romântico. Se quiserem generalizar, pode se dizer que gostam de música Erudita. A qui não
se falara da música dita popular com as suas várias definições, pois essas podem levar o
sujeito a estados de muita alegria ou mesmo de grande depressão. Aquelas que falam do amor
entre homem e mulher podem ilustrar o que estao querendo dizer. Podem causar entusiasmo
de alegrias ou levar o sujeito a cometer erros em nome desse amor; pode elevar o sentimento
como, pode também, rebaixá-lo a ponto de deixá-lo na sarjeta. A música Erudita em todos os
seus períodos tende a levar o sujeito ao equilíbrio, pois, uma onda sonora causa mudanças na
pressão do ar na medida em que se move através dele. Desta forma, quando os temas musicais
fluentes, diminuem a velocidade da pulsação do coração e da respiração, pode-se mergulhar
em um mundo de harmonia que lhe transmite paz, tranquilidade e relaxamento. Composições
cheias de tranquilidade evocam as imagens que vão até as fronteiras de sua percepção,
comovendo ao ouvinte profundamente. Por isso, quando se ouve um “canto Gregoriano” ou
uma música mais tranquila (harmônica), tende a se acalmar e a entrar num estado de
relaxamento e reflexão. Por isso, muitas pessoas, ao ouvirem música dessa natureza sentem
sonolência devido ao relaxamento dos músculos provocado pelo ar rarefeito. Pode se dizer
que a “Música” é a arte de combinar os sons e o silêncio. Se parar-se para perceber os sons
que estão a sua volta, concluir-se-ia que a música é parte integrante da vida ds pessoas, ela é
criação da vida das pessoas quando as pessoas cantam batucam ou ligam um rádio ou TV.
Hoje a música se faz presente em todas as mídias, pois ela é uma linguagem de comunicação
universal, é utilizada como forma de “sensibilizar” o outro para uma causa de terceiro, porém,
esta causa vai variar de acordo com a intenção de quem a pretende, seja ela para vender um
produto, ajudar o próximo, para fins religiosos, para protestar, intensificar noticiário, e entre
outros.

A música existe e sempre existiu como produção cultural, pois de acordo com estudos
científicos, desde que o ser humano começou a se organizar em tribos primitivas pela África,
a música era parte integrante do cotidiano dessas pessoas. Acredita-se que a música tenha
surgido a 50.000 anos, onde as primeiras manifestações tenham sido feitas no continente
africano, expandindo-se pelo mundo com o dispersar da raça humana pelo planeta. A música,
ao ser produzida e/ou reproduzida, é influenciada diretamente pela organização sociocultural
e econômica local, contando ainda com as características climáticas e o acesso tecnológico
que envolvem toda a relação com a linguagem musical. A música possui a capacidade estética
de traduzir os sentimentos, atitudes e valores culturais de um povo ou nação. A música é uma
linguagem local e global. Na pré-história o ser humano já produzia uma forma de música que
lhe era essencial, pois sua produção cultural constituída de utensílios para serem utilizados no
dia-a-dia, não lhe bastava, era na arte que o ser humano encontrava campo fértil para projetar
seus desejos, medos, e outras sensações que fugiam a razão. Diferentes fontes arqueológicas,
em pinturas, gravuras e esculturas, apresentam imagens de músicos, instrumentos e
dançarinos em ação, no entanto não é conhecida a forma como esses instrumentos musicais
eram produzidos. Das grandes civilizações do mundo antigo, foram encontrados vestígios da
existência de instrumentos musicais em diferentes formas de documentos. Os sumérios, que
tiveram o auge de sua cultura na bacia mesopotâmia a milhares de anos antes de Cristo,
utilizavam em sua liturgia, hinos e cantos salmodiados, influenciando as culturas babilônica,
caldéia, e judaica, que mais tarde se instalaram naquela região. A cultura egípcia, por volta de
4.000 anos a.C., alcançou um nível elevado de expressão musical, pois era um território que
preservava a agricultura e este costume levava às cerimônias religiosas, onde as pessoas
batiam espécies de discos e paus uns contra os outros, utilizavam harpas, percussão, diferentes
formas de flautas e também cantavam. Os sacerdotes treinavam os coros para os rituais
sagrados nos grandes templos. Era costume militar a utilização de trompetes e tambores nas
solenidades oficiais. Na Ásia, a 3.000 a.C., a música se desenvolvia com expressividade nas
culturas chinesa e indiana. Os chineses acreditavam no poder mágico da música, como um
espelho fiel da ordem universal. A “cítara” era o instrumento mais utilizado pelos músicos
chineses, este era formado por um conjunto de flautas e percussão.

A música chinesa utilizava uma escala pentatônica (cinco sons). Já na Índia, por volta de 800
anos a.C., a música era considerada extremamente vital. Possuíam uma música sistematizada
em tons e semitons, e não utilizavam notas musicais, cujo sistema denominava-se “ragas”,
que permitiam o músico utilizar uma nota e exigia que omitisse outra.

A teoria musical só começou a ser elaborada no século V a.C., na Antiguidade Clássica. São
poucas as peças musicais que ainda existem deste período, e a maioria são gregas. Na Grécia
a representação musical era feita com letras do alfabeto, formando “tetracordes” (quatro sons)
com essas letras. Foram os filósofos gregos que criaram a teoria mais elaborada para a
linguagem musical na Antiguidade. Pitágoras acreditava que a música e a matemática
formavam a chave para os segredos do mundo, que o universo cantava, justificando a
importância da música na dança, na tragédia e nos cultos gregos. É de conhecimento histórico
que os romanos se apropriaram da maioria das teorias e técnicas artísticas gregas e no âmbito
da música não é diferente, mas nos deixaram de herança um instrumento denominado
“trompete reto”, que eles chamavam de “tuba”. O uso do “hydraulis”, o primeiro órgão cujos
tubos eram pressionado pela água, era freqüente. Hoje é possível dividir a história da música
em períodos específicos, principalmente quando pretendemos abordar a história da música
ocidental, porém é preciso ficar claro que este processo de fragmentação da história não é tão
simples, pois a passagem de um período para o outro é gradual, lento e com sobreposição. Por
volta do século V, a igreja católica começava a dominar a Europa, investindo nas “Cruzadas
Santas” e outras providências, que mais tarde veio denominar de “Idade das Trevas” (primeiro
período da Idade Média) esse seu período de poder.
De acordo com o site http://www.oliver.psc.br/historia%20musica.htm (2011), podemos
dividir a história da música em períodos distintos, cada qual identificado por um estilo. É
claro que um estilo musical não se faz da noite para o dia. É um processo lento e gradual,
sempre com os estilos sobrepondo-se uns aos outros. Mas, para efeito de classificação,
costuma-se dividir a História da Música do Ocidente em seis grandes períodos: 1. Música
Medieval até cerca de 1450; 2. Música Renascentista 1451 – 1600; 3. Música Barroca 1601 –
1750; 4. Música Clássica 1751 – 1810; 5. Música Romântica 1811 – 1900; 6. Música
Moderna - 1901 em diante. E para o presente trabalho tratar-se-ao especialmente a música
moderna no século ⅩⅩ ate hoje.

Durante esta época, por volta dos séculos V ao XIV, a Educação Musical era muito
valorizada e bem vista na sociedade. Como nos conta Fonterrada (2008, p. 32):
“Acreditavase que, sem a música, nenhuma disciplina poderia ser perfeita.” Porém,
esta mesma Educação Musical foi objeto de opressão das crianças. A infância não era
percebida e muito menos respeitada como atualmente busca-se que seja. Na realidade
não existia conceito de infância. Crianças serviam apenas para colaborar com o bem-
estar dos adultos, principalmente os das altas elites da Igreja. Assim elas eram
treinadas e ensinadas a usarem ao máximo suas habilidades artísticas musicais para o
agrado de quem detinha o poder na época. Havia muitas

Educação musical é o conjunto de práticas educacionais que transmitem o conhecimento


prático e teórico de uma forma racional. Essa prática é utilizada a centenas de anos, como na
Grécia, que buscava o valor da música e sua educação. Com a evolução do ensino, aparece as
preocupações com a educação musical das crianças e com a inserção social das massas no
ensino musical, sendo assim os educadores musicais da escola antiga começaram a quebrar o
patamar rígido e estático da educação musical e começaram a enxergar o ensino como um
objeto de estudo que vai além do cenário escolar e acadêmico, eles olharam para o individuo e
buscaram novas formas de educar, principalmente de se integrar socialmente levando a
música para todos.

Entre alguns grandes educadores podemos observar algumas semelhanças e diferenças.


Dalcroze um dos grandes educadores acreditava em uma transformação da massa através do
educador musical, sua ideia de metodologia é base importante para nossa definição como o
pensamento de unir a escuta com o movimento corporal, através deste fundamento já
podemos ter algumas ideias integração de massa. Kodaly também tinha um conceito de
massa, porem de uma forma mais erudita e patriota, com o objetivo de integrar a musica no
cotidiano das pessoas formando um publico para musica de concerto.

Koellreutter propunha que a educação acompanhasse a evolução tecnológica, cientifica e


econômica para se ter um reflexo no cotidiano atual do aluno, desenvolvendo as faculdades
indispensáveis aos profissionais de qualquer área.

O conceito de educação musical está interligado entre todos os educadores, o que se


diferencia entre os conceitos é o contexto social, histórico e cultural em que o educador está
inserido. A educação musical adquiriu um caráter social, de integração, inserção e
preocupação com o ser humano, ela não está mais voltada ao ensino musical de alto nível,
mas sim para o ensino básico, a musicalização em si. O mais importante é saber que a
Educação musical pode sim influenciar qualquer tipo de sociedade dando a ela um senso mais
humano de conquistas.

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