Você está na página 1de 16

Amisse Manuel Mutuca

Amulia José Fernando


José Manecas

Desenvolvimento do Conceito de Inspecção Escolar

Universidade Rovuma
Campus de Nacala
Junho, 2023
Amisse Manuel Mutuca
Amulia José Fernando
José Manecas

Desenvolvimento do Conceito de Inspecção Escolar

Trabalho em grupo de carácter avaliativo,


da cadeira de Supervisão e Inspecção
Educacional, leccionada por Docente
Suzete Magalhães Dinis, do curso de
AGE, regime EAD, 5° ano, 2023.

Universidade Rovuma
Campus de Nacala
Junho, 2023
Índice
Introdução...................................................................................................................................3

Inspecção Escolar........................................................................................................................4

Desenvolvimento de conceitos de Inspecção Escolar.............................................................4

Conceito etimológico da Inspecção Escolar........................................................................4

Definição da Inspecção Escolar..................................................................................................4

Objectivos da Inspecção.............................................................................................................5

Tipos de inspecção escolar..........................................................................................................6

Competências da Inspecção Escolar...........................................................................................6

Fontes da Inspecção escolar........................................................................................................8

O papel dos Inspectores escolares...............................................................................................9

Postura de um Inspector escolar..............................................................................................9

Deveres de um Inspector Escolar............................................................................................9

Tarefas de um Inspector Escolar...........................................................................................12

Conclusão..................................................................................................................................14

Referências Bibliográficas........................................................................................................15
3

Introdução
Este trabalho visa desenvolver os conceitos da inspecção escolar, sobre os quais uma
instituição de escolar vem a exercer um funcionamento eficiente obedecendo as leis e os
parâmetros em que a instituição exige. Resulta de uma investigação mais vasta em fase
preliminar como pesquisa bibliográfica, consulta da internet sobre vários autores e sites, e ate
mesmo websites, dedicada aos conteúdos como: a conceituacao da inspecção escolar, os
objectivos de inspecção escolar, tipos da inspecção escolar, competências da inspecção e suas
fontes da inspecção escolar, o papel da inspecção, a sua postura do inspector escolar bem
como os deveres e tarefas da inspecção escolar.
O objectivo da pesquisa é de fundamentar sobre o desenvolvimento de conceitos da inspecção
escolar como parte integrante das actividades relacionadas nas instituições escolares.
O serviço de inspecção é de extraordinário valor, porquanto constitui verdadeiro sustentáculo
da actividade, e, em geral, da conduta profissional do professor. Além disso, permite a mais
completa distribuição de escolas e constitui a mais sólida garantia do professorado, quando
trabalha e cumpre os seus deveres com exactidão
Para melhor discutir este tema que é tão comum norteia-se todo o descontentamento
com a educação, provocando desinteresse, aliada a falta de preparo dos agentes
educacionais. Para enfrentar o problemas e os desafios que fluem nas instituições de
ensino, é necessário compreendê-la, entender o que está acontecendo hoje com as
escolas na sala de aula, na família e na sociedade, para melhor discutir este tema que é
tão comum mais pouco entendido.
4

Inspecção Escolar

Desenvolvimento de conceitos de Inspecção Escolar

Conceito etimológico da Inspecção Escolar


Meneses (1977) situa em seu trabalho que a palavra inspecção vem do latim “inspectivo”,
“onis”, e significa “acção de olhar; exame, verificação”. Portanto, de acordo com este autor,
no sentido de acção: “inspecção é acercar-se de alguma coisa ou alguém para compreender,
controlar, cuidar, examinar, fiscalizar, guardar, observar, olhar, revistar, superintender,
supervisor, ver, verificar, vigiar, vistoriar” (Meneses, 1977, p. 23; grifo do autor)
A inspecção em Portugal, que começou sob a forma de inspecções extraordinárias (1771),
passando pela inspecção obrigatória (1835), até chegar à inspecção permanente (1836) e à
inspecção desligada de outras funções (1870), foi descentralizada, pela primeira vez, em
1878. Porém, logo em 1892, a inspecção escolar permanente foi extinta, para só vir a ser
restabelecida em 1901.
Um dos temas com presença constante é o que se refere às funções da inspecção e, ao
contrário do que seríamos levados a pensar, tendo em conta a pressão do controlo político e
administrativo exercido sobre os professores (Nóvoa, 1993).
O conceito de inspecção escolar, apesar de ser mais antigo, continua a ser pouco conhecido e
de limitada familiaridade e é visto como sistema de fiscalização do processo de
funcionamento das escolas ou de trabalho dos professores.

Definição da Inspecção Escolar


Inspecção Escolar “ é aquela ocasião específica em que uma instituição educacional é
examinada e avaliada como um local de ensino, de tal maneira que se possam dar conselhos e
se garanta o aperfeiçoamento do ensino e aprendizagem” 2- “ o processo através do qual a
autoridade principal representada pelos inspectores, controla e avalia o ensino e administração
nas escolas” … (Tait 1993).
Inspecção Escolar é o serviço de orientação, controle e avaliação que articula órgãos de
administração superior do Sistema de Ensino com as redes pública e particular, visando prestar
assistência técnica aos estabelecimentos de ensino e zelar pelo fiel cumprimento da legislação e
normas vigentes, verificando o cumprimento das normas referentes, ao ensino e oferecendo
assessoramento ao pessoal envolvido nas actividades técnico-administrativo, a fim de assegurar-
lhes dinamicamente, a eficiência e a unidade do trabalho educacional.
5

Há que distinguir uma diferença muito visível.

A Supervisão escolar que deve ser entendida como orientação profissional auxilio,
colaboração e assistência dadas por pessoas competentes em matéria de educação quando e
onde forem necessárias, visando ao aperfeiçoamento da situação total de ensino e
aprendizagem. Ela difere com a inspecção o facto de a inspecção ser um órgão técnico e
profissionalizado do estado que comprova como se realiza o processo educativo e contribui
com propostas fundamentadas para melhoria do desempenho das instituições educativas,
fiscalizando, criticando e censurando.

Objectivos da Inspecção
Inspecção Escolar tem como objectivo observar, orientar e examinar as unidades que
compõem os sistemas de ensino para o seu desenvolvimento.

A Inspecção é um tipo de checagem que elenca itens para serem verificados a partir de um
apanhado de regras. O seu objectiva é identificar se as condições para a execução das tarefas
estão em conformidade com o padrão de qualidade.
 Garantir da qualidade;
 Aperfeiçoar e manutenção dos padrões;
 Avaliar o desempenho dos professores e das escolas;
 Controlar da instrução;
 Encorajar e gestão de mudanças e do desenvolvimento;
 Identificar das necessidades da escola;
 A recolha de dado;
 Aprovar o desenvolvimento profissional para professores;
 Aconselhar as escolas;
 Reforçar a supervisão dos directores de escolas;
 Fornecer de informações ao Ministério de Educação e aos outros parceiros.

Tipos de inspecção escolar


Existem muitos tipos de inspecção. Eles incluem:

Inspecção-geral ou total – abrange a inspecção dos aspectos da instituição entanto que um


lugar de aprendizagem.
6

Inspecção parcial – concentra-se em alguns aspectos de uma instituição


Inspecção de controlo – visita que se faz a uma instituição após ter sido inspeccionada. O
objectivo principal deste tipo de inspecção é avaliar o nível de progresso ou desenvolvimento
após a inspecção ou visita inicial.
Inspecção especial ou inquérito específico – pode ter como objectivo a constatação de
factos, a investigação de problemas, a confirmação dos professores e a resolução de conflitos.

Cada tipo de Inspecção poderá ser conduzido através de várias estratégias, tais como:

 Inspecção individual – um inspector inspecciona uma ou uma serie de escolas;


 Inspecção em equipa – onde a equipa de inspecção inspecciona uma escola.
 Inspecção em bloco – “é uma forma de inspecção feita a determinado distrito ou zona
por uma equipa de inspectores (Malawi, Handbook for inspectors, Ministry of
education,1982).

Competências da Inspecção Escolar


Artigo 1

O Ministério da Educação e Cultura é o órgão central do aparelho de Estado que, de acordo


com os princípios, objectivos, políticas e prioridades definidos pelo Governo, planifica,
coordena, dirige e desenvolve actividades no âmbito da educação e cultura, contribuindo para
a elevação da consciência patriótica, o reforço da unidade nacional e da moçambicanidade.

Conforme Melo (2008) competência de um inspector é vista de modo particular o facto de que
ela implica saber dialogar com a equipe (saber se expressar), argumentar e conversar com os
demais que trabalham com ele. Ser competente é auxiliar na planificação e realizações das
suas actividades. É levar ideias para os profissionais melhorarem de forma legal a sua prática
educativa.
A inspecção escolar é uma das funções compreendidas da Educação Nacional, que define as
carreiras para a actuação em administração, planejamento, inspecção, supervisão e orientação
educacional.
Constitui-se ainda, em uma das categorias de trabalhadores que devem ser considerados como
os profissionais da Educação no país. Estes profissionais são trabalhadores em educação. E
sendo trabalhadores em educação, devem ser habilitados em administração, planejamento,
supervisão, inspecção e orientação educacional, deve enquanto há necessidade de os mesmos
7

terem atribuições que lhes conferem ser inspectores escolares. Trata-se de uma função de
verificadora da conformidade legal das escolas e de correctiva dos desvios dos actos e
procedimentos. Suas atribuições e práticas de trabalho confirmam que se trata de uma função
de regulação de controlo do sistema de ensino.
A inspecção escolar tem, segundo De Grouwe (2006, p. 56), uma relação muito forte com o
Estado, o qual representa junto à sociedade. Por tais razões, é vista, muitas vezes, como os
olhos e a mão do Estado, junto às comunidades escolares. A sua acção é, portanto, de
controlo, daí o seu carácter impopular. Os Inspectores Escolares exercem as actividades
relativas à vigilância, à avaliação externa, à verificação das obrigações e procedimentos
legais.
As funções base da inspecção escolar são, segundo Meuret (2002, p 32): exercer o controle
externo das escolas, tanto no domínio pedagógico como no administrativo/financeiro, oferecer
a orientação e a sustentação/apoio às instituições escolares em suas acções educacionais e
exercer a intermediação entre as escolas e o sistema gestor, isto é, a ligação ou comunicação
bidirecional, no sentido de uma melhor articulação do sistema educacional:
 Planejar, coordenar, orientar, acompanhar e avaliar as actividades pedagógicas,
visando a promoção de melhor qualidade no processo ensino-aprendizagem;
 Propor e implementar políticas educacionais específicas para educação;
 Definir em conjunto com a equipe escolar o projecto político-pedagógico da escola;
 Coordenar e/ou executar as deliberações colectivas do conselho de escola, das
respeitadas directrizes educacionais da secretaria de educação e a legislação em vigor;
 Promover acções conjuntas com outros órgãos e comunidades, de forma a possibilitar
o aperfeiçoamento do trabalho na rede escolar;
 Promover a integração escola x família x comunidade,  visando à criação de condições
favoráveis de participação no processo ensino-aprendizagem;
 Trabalhar junto com todos os profissionais da área de educação numa perspectiva
colectiva e integrada de coordenação pedagógica do processo educativo desenvolvido
na unidade de ensino;
 Participar do processo de avaliação escolar e recuperação de alunos, analisando
colectivamente as causas do aproveitamento não satisfatório e propor medidas para
superá-los;
 Orientar o corpo docente e técnico no desenvolvimento de suas competências
profissionais, assessorando pedagogicamente e incentivando o espírito de equipe;
8

 Desenvolver estudos e pesquisas na área educacional com vistas à melhoria do


processo ensino-aprendizagem;
 Coordenar a elaboração de forma colectiva de planos curriculares, planos de cursos,
visando à melhoria do processo ensino-aprendizagem, coordenando e avaliando sua
execução;
 Coordenar a organização das Instituições de Ensino por meio de instrumentos de
gestão escolar, representados pelo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI),
Programa de Auto avaliação Institucional (PAI) e Regimento Escolar;
 Desempenhar outras funções afins.
 O Inspecção Escolar tem livre acesso às Instituições de Ensino da Rede particular, a
fim de obter informações que possam facilitar o cumprimento de suas tarefas.

Fontes da Inspecção escolar


As vezes há inspectores, escolhidos por concurso de títulos e provas, devendo possuir
conhecimentos técnicos e pedagógicos demonstrados de preferência no exercício de funções
de magistério, de auxiliar de administração escolar ou na direcção de estabelecimento de
ensinos (Meneses, 1977).
No cumprimento da atribuição que lhe foi conferida no que se refere à inspecção dos
estabelecimentos de ensino. Também à figura do inspector escolar é como entendida aqui
como uma instituição social, portanto produzida historicamente e composta por um sistema de
regras e é atravessada pelas relações de poder que circulam no cenário educacional. Em vez
de tentar achar uma definição em relação a essa função e a esse profissional, pensa-se também
sobre os modos que garantiram o seu surgimento, a sua produção e, enfim, a sua
institucionalização. Num outro lado, o facto de que as instituições de ensino necessitam de
uma fiscalização esse profissional pode ser de entre um que é atribuído o poder de
inspeccionar vinculado pelo ministério que superintende.
As contribuições da Análise Institucional ajudam a reflectir sobre o status de naturalidade das
instituições educacionais e questioná-las, servindo como possibilidade de alternativa às
cristalizações do campo educacional.
A ideia de “instituição” passou a ser usada com ênfases muito diferentes, sendo possível
identificar três momentos: num primeiro momento as instituições são pensadas como
estabelecimentos de cuidados, ou seja, a serviço da acção terapêutica; num segundo momento
as instituições passam a ser entendidas como dispositivos que estariam instalados no interior
9

dos estabelecimentos; e num terceiro momento, a instituição passa a ser entendida não mais
como algo localizável, mas como a “forma” de produzir e reproduzir as relações sociais ou a
“forma geral” dessas relações que se instrumentalizarão nos estabelecimentos ou nos
dispositivos o cargo de inspecção escolar (Rodrigues, Souza, 1987).

O papel dos Inspectores escolares


No seu trabalho de inspector desempenhará várias funções com o objectivo de melhorar a
qualidade do ensino e aprendizagem nas escolas e universidades.

A função maior será de:

 Controlar e avaliar os padrões de ensino


 Orientar, aconselhar e apoiar os professores
 Garantir a responsabilização das instituições perante o público, governo e os alunos
 Facilitar e gerir mudanças educacionais.

Postura de um Inspector escolar


As acções do Inspector não se limitam, evidentemente, apenas nas aplicações de normas, mas,
também, nas acções de revisão ou mudanças na legislação, numa perspectiva crítica adequada
à realidade social a que se destina, dando conhecimento à administração do Sistema das
consequências da aplicação dessas mesmas normas. (BIASI, 2009).

Exige-se desse profissional uma postura crítica, reflexiva e fundamentada numa conduta ética
e democrática. É Sabido que este especialista surge para organizar a instituição em
conformidade com a normalização em vigor. Logo, torna-se uma actividade complexa, uma
vez que o desafio para a legislação actual é organizar a escola enquanto espaço privilegiado
de aprendizagem, em que devem ser assegurados os direitos de todos os segmentos –
professor, aluno, funcionários e comunidade externa para a construção de uma gestão escolar
democrática participativa.

Não basta organizar o ensino, faz-se necessário pensar no funcionamento da instituição como
um todo. Lidar com essa questão requer mudanças nas práticas e nas relações entre os agentes
educacionais.

Deveres de um Inspector Escolar


Integrar-se na elaboração do Plano de Desenvolvimento da Escola; sensibilizar a comunidade
escolar para a importância do Plano de Desenvolvimento da Escola; participar das discussões
10

dos usuários e profissionais da escola sob seu Plano de Desenvolvimento, esclarecendo as


funções da comunidade escolar; auxiliar professores e especialistas a definir os componentes
do Plano de Desenvolvimento da Escola, orientando-os sobre sua elaboração; subsidiar e
escola na elaboração e desenvolvimento do seu projecto pedagógico; esclarecer a escola sobre
os padrões básicos (currículo, recursos humanos e insumos) indispensáveis à elaboração do
processo pedagógico; orientar a escola na definição de sua proposta curricular, adequando-se
às especificidades socioculturais da região e às necessidades, prioridades e possibilidades da
comunidade à qual atende; analisar o calendário escolar considerando as especificidades da
escola, as peculiaridades regionais e locais e as referências legais, zelando pelo seu
cumprimento; participar da implementação do projecto pedagógico da escola, propondo a
revisão de suas práticas educativas, quando necessário; orientar a escola na elaboração e
revisão de normas regimental consoante as directrizes estabelecidas em seu próprio projecto;
orientar a escola para a realização e a utilização de estudos e pesquisas que visem à melhoria
da qualidade do ensino; encaminhar à escola os resultados da avaliação externa, orientando-a
para a análise dos mesmos; subsidiar a escola na elaboração de estudos e projectos de
pesquisa que visem à melhoria de ensino e à inovação pedagógica; promover o intercâmbio
entre escolas e outras instituições para troca de experiências pedagógicas; colaborar com a
escola, orientando-a na definição de seu plano de capacitação de recursos humanos; subsidiar
o levantamento e as necessidades de treinamento e capacitação dos profissionais da escola, a
partir dos resultados da avaliação; promover a integração das propostas de treinamento e
capacitação de conjuntos de escolas de seu sector e da jurisdição; tomar providências para que
as propostas de capacitação se efectivem; orientar a direcção da escola na aplicação das
normas referentes à Assembleia Escolar como instrumento de gestão democrática da escola;
incentivar a integração das escolas entre si e destas com a comunidade.

O inspector Escolar deve ainda assegurar o funcionamento regular da escola, interpretando e


aplicando as normas do ensino.

Nesse sentido o inspector Escolar deve: orientar a direcção da escola na aplicação das normas
referentes ao quadro pessoal; tomar providências que assegurem o funcionamento regular da
escola; e verificar a regularidade do funcionamento da escola tomando as providências
necessárias; propor a instauração de sindicância ou inquérito administrativo; assegurar a
autenticidade e a fidedignidade da escrituração escolar; fazer cumprir a legislação pertinente à
gratuidade do ensino.
11

O inspector Escolar tem ainda como atribuição a orientação da Escola pública na capacitação
e aplicação de recursos financeiros.

Dessa forma cabe ao Inspector Escolar:

Propor a criação e registro de caixa escolar para administrar os recursos financeiros da escola:
orientar a direcção da escola sobre a organização e funcionamento de caixas escolares;
informar e esclarecer a direcção da escola sobre a necessidade da participação da Assembleia
Escolar, na composição da Caixa escolar, na aplicação de seus recursos e na prestação de
contas; auxiliar a direcção da escola na identificação de possíveis fontes de recursos ou de
estratégias para a obtenção e aplicação; propor a celebração de convénios que concorram para
a melhoria do ensino ministrado na escola; interpretar com a direcção da escola a legislação
que trata da celebração de convénios; esclarecer a direcção da escola quanto às exigências e
procedimentos referentes à celebração de convénios.

Quanto ao processo de organização do atendimento escolar em nível regional e local o


Inspector Escolar tem também atribuições definidas, tais como:

Orientar as escolas e órgãos municipais de educação quando o levantamento da demanda


escolar; informar a escola sobre os critérios, procedimentos e instrumentos necessários à
realização do cadastro escolar; articular a integração entre as escolas, órgãos municipais de
educação e a comunidade, buscando estratégias adequadas de divulgação e realização do
cadastro escolar; participar da definição da proposta de organização do atendimento à
demanda escolar do município; analisar com as escolas e autoridades municipais as condições
efectivas de atendimento à demanda escolar do município; auxiliar a direcção da escola, no
levantamento de estratégias diferenciadas de organização escolar, para atendimento à
demanda nos diversos graus de modalidades de ensino; orientar e acompanhar processos de
criação, organização de escolas; orientar a direcção da escola e a entidade mantenham quanto
às exigências e requisitos necessários à criação e organização de escolas e participar da
instrução do processo; elaborar o relatório; homologar o Regimento e o Calendário Escolar,
assinalar juntamente com o Secretário e o Director da Escola a relação nominal dos
concluintes das classes, candidatos à obtenção de diplomas ou certificados de habilitações
profissionais, visar processo de autorização para leccionar, secretariar e dirigir
estabelecimento de ensino e ainda: verificar, permanentemente, no que se refere à legislação
12

do ensino, a situação legal e funcional do pessoal administrativo, técnico e docente,


encaminhando relatório específico ao Órgão competente.

Tarefas de um Inspector Escolar


A principal função de assistentes de estudantes é garantir que a disciplina e ordem sejam
mantidas no ambiente educacional, sem que haja qualquer tipo de censura ou intimidação,
assegurando que não haja comprometimento da liberdade necessária para o aprendizado e
desenvolvimento.

Nas instituições de ensino, sua actuação é bastante ampla, não se limitando às tarefas de
fiscalização e inspecção da ordem, pois também é um sujeito activo no processo educacional e
membro da comunidade educadora, podendo cuidar de aspectos administrativos e até
pedagógicos do meio. São algumas tarefas do inspector educacional as seguintes:
 Inspeccionar e monitorar o comportamento de estudantes no ambiente escolar, durante
actividades livres e no transporte;
 Prestar apoio durante actividades académicas;
 Orientar estudantes e responsáveis;
 Cuidar da segurança das instalações escolares relacionadas ao bem-estar dos
estudantes;
 Participar da definição de actividades disciplinares; fiscalizar o uso de materiais e
espaços recreativos;
 Inspeccionar a limpeza e higiene nas dependências da escola;
 Controlar o fluxo de pessoas estranhas;
 Vistoriar irregularidades em salas de aula, banheiros, vestiários, biblioteca, salas de
jogos;
 Prestar apoio ao corpo docente e à directoria, quando necessário;
 Acompanhar o processo de adaptação dos estudantes que acabaram de chegar à
instituição;
 Dar orientação quanto ao cumprimento de horários e regras específicas do recinto;
 Analisar os grupos em diversos contextos, com os espaços que ocupam, como se
organizam, que linguajar usam em quais brincadeiras praticam;
 Identificar as relações de poder e confiança entre estudantes, bem como suas
repercussões nos relacionamentos interpessoais e dinâmica escolar;
 Conduzir indivíduos indisciplinados à directoria;
 Identificar quaisquer pessoas suspeitas nas proximidades da escola;
13

 Informar sobre mudanças nas salas de aula e outras dependências da escola;


 Solicitar pequenos reparos;
 Organizar filas e agrupamento de estudantes;
 Abrir e fechar salas de aulas;
 Conciliar conflitos e corrigir acções de intimidação entre estudantes;
 Fotocopiar materiais didácticos;
 Fiscalizar brincadeiras que possam não ser adequadas ao contexto escolar;
 Coibir o uso de fumo, álcool e outras substâncias entorpecentes dentro da escola;
 Auxiliar estudantes com deficiência;
 Identificar responsáveis por actos e vandalismo e depredação do património escolar;
 Analisar e verificar factos comunicados por estudantes;
 Fazer o controle das carteiras de identificação escolar;
 Impedir a evasão de aulas.
14

Conclusão

O exercício de cada profissão não deve satisfazer apenas as necessidades financeiras, mas
deve sim, ser gratificante à pessoa que exerce a profissão. Por se constatar diferentes atitudes
por parte dos professores perante a inspecção escolar, é importante que o professor saiba da
relevância do trabalho do inspector escolar porque, em todo o sistema educativo existe
o serviço de inspecção.
O inspector por si só, estará sempre entre dois ‘’ focos’’, porque tem obrigações perante as
autoridades administrativas, e perante as instituições escolares. O inspector escolar deve
ajudar a tomar as decisões e a realizar os planos de actividades.
O seu objectiva é identificar se as condições para a execução das tarefas estão em
conformidade com o padrão de qualidade.
15

Referências Bibliográficas
Biase, Érica Giaretta. O papel do inspetor escolar no processo democrático. 
De Grouwe, A. L'État et l'inspection scolaire: analyse de relations er modèles d'action.
2006. Tese (Doutorado) - École Doctorale de Sciences, Instituto d'Études Politiques,
Paris.
Decreto Presidencial nº 13/2005 de 4 de Fevereiro Despacho da Primeira Ministra de
28/03/2005 Decreto Presidencial nº 18/2005 de 31 de Março Estatuto Orgânico do
MEC, Despacho (de 28 de Março de 2005)
Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4039/1/A%20Inspec
%C3%A7%C3%A3o%20escolar.pdf. acesso em: 14/062023.
Disponível: http://edivanioavila.wordpress.com/2023/06/14/o-papel-do-inspetor-escolar/
Acesso em 14/06/2023
MeneseS, João Gilberto de Carvalho. Princípios e métodos de inspeção escolar. São Paulo:
Saraiva, 1977.
Meuret, D. Les recherches sur l'efficacitté et l'equité des etablissements scolaires: leçons
pour l'inspection. 2002.
Nóvoa, A. (1993). The portuguese state and teacher educational reform: a sociohistorical
perspective to changing patterns of control. In T. S. Popkewitz (Ed.), Changing
patterns of power. Social regulation and teacher educational reform (pp. 53-86).
Albany: State University of New York Press.

Você também pode gostar