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Universidade Rovuma
Campus de Nacala
Junho, 2023
Amisse Manuel Mutuca
Amulia José Fernando
José Manecas
Universidade Rovuma
Campus de Nacala
Junho, 2023
Índice
Introdução...................................................................................................................................3
Inspecção Escolar........................................................................................................................4
Objectivos da Inspecção.............................................................................................................5
Conclusão..................................................................................................................................14
Referências Bibliográficas........................................................................................................15
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Introdução
Este trabalho visa desenvolver os conceitos da inspecção escolar, sobre os quais uma
instituição de escolar vem a exercer um funcionamento eficiente obedecendo as leis e os
parâmetros em que a instituição exige. Resulta de uma investigação mais vasta em fase
preliminar como pesquisa bibliográfica, consulta da internet sobre vários autores e sites, e ate
mesmo websites, dedicada aos conteúdos como: a conceituacao da inspecção escolar, os
objectivos de inspecção escolar, tipos da inspecção escolar, competências da inspecção e suas
fontes da inspecção escolar, o papel da inspecção, a sua postura do inspector escolar bem
como os deveres e tarefas da inspecção escolar.
O objectivo da pesquisa é de fundamentar sobre o desenvolvimento de conceitos da inspecção
escolar como parte integrante das actividades relacionadas nas instituições escolares.
O serviço de inspecção é de extraordinário valor, porquanto constitui verdadeiro sustentáculo
da actividade, e, em geral, da conduta profissional do professor. Além disso, permite a mais
completa distribuição de escolas e constitui a mais sólida garantia do professorado, quando
trabalha e cumpre os seus deveres com exactidão
Para melhor discutir este tema que é tão comum norteia-se todo o descontentamento
com a educação, provocando desinteresse, aliada a falta de preparo dos agentes
educacionais. Para enfrentar o problemas e os desafios que fluem nas instituições de
ensino, é necessário compreendê-la, entender o que está acontecendo hoje com as
escolas na sala de aula, na família e na sociedade, para melhor discutir este tema que é
tão comum mais pouco entendido.
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Inspecção Escolar
A Supervisão escolar que deve ser entendida como orientação profissional auxilio,
colaboração e assistência dadas por pessoas competentes em matéria de educação quando e
onde forem necessárias, visando ao aperfeiçoamento da situação total de ensino e
aprendizagem. Ela difere com a inspecção o facto de a inspecção ser um órgão técnico e
profissionalizado do estado que comprova como se realiza o processo educativo e contribui
com propostas fundamentadas para melhoria do desempenho das instituições educativas,
fiscalizando, criticando e censurando.
Objectivos da Inspecção
Inspecção Escolar tem como objectivo observar, orientar e examinar as unidades que
compõem os sistemas de ensino para o seu desenvolvimento.
A Inspecção é um tipo de checagem que elenca itens para serem verificados a partir de um
apanhado de regras. O seu objectiva é identificar se as condições para a execução das tarefas
estão em conformidade com o padrão de qualidade.
Garantir da qualidade;
Aperfeiçoar e manutenção dos padrões;
Avaliar o desempenho dos professores e das escolas;
Controlar da instrução;
Encorajar e gestão de mudanças e do desenvolvimento;
Identificar das necessidades da escola;
A recolha de dado;
Aprovar o desenvolvimento profissional para professores;
Aconselhar as escolas;
Reforçar a supervisão dos directores de escolas;
Fornecer de informações ao Ministério de Educação e aos outros parceiros.
Cada tipo de Inspecção poderá ser conduzido através de várias estratégias, tais como:
Conforme Melo (2008) competência de um inspector é vista de modo particular o facto de que
ela implica saber dialogar com a equipe (saber se expressar), argumentar e conversar com os
demais que trabalham com ele. Ser competente é auxiliar na planificação e realizações das
suas actividades. É levar ideias para os profissionais melhorarem de forma legal a sua prática
educativa.
A inspecção escolar é uma das funções compreendidas da Educação Nacional, que define as
carreiras para a actuação em administração, planejamento, inspecção, supervisão e orientação
educacional.
Constitui-se ainda, em uma das categorias de trabalhadores que devem ser considerados como
os profissionais da Educação no país. Estes profissionais são trabalhadores em educação. E
sendo trabalhadores em educação, devem ser habilitados em administração, planejamento,
supervisão, inspecção e orientação educacional, deve enquanto há necessidade de os mesmos
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terem atribuições que lhes conferem ser inspectores escolares. Trata-se de uma função de
verificadora da conformidade legal das escolas e de correctiva dos desvios dos actos e
procedimentos. Suas atribuições e práticas de trabalho confirmam que se trata de uma função
de regulação de controlo do sistema de ensino.
A inspecção escolar tem, segundo De Grouwe (2006, p. 56), uma relação muito forte com o
Estado, o qual representa junto à sociedade. Por tais razões, é vista, muitas vezes, como os
olhos e a mão do Estado, junto às comunidades escolares. A sua acção é, portanto, de
controlo, daí o seu carácter impopular. Os Inspectores Escolares exercem as actividades
relativas à vigilância, à avaliação externa, à verificação das obrigações e procedimentos
legais.
As funções base da inspecção escolar são, segundo Meuret (2002, p 32): exercer o controle
externo das escolas, tanto no domínio pedagógico como no administrativo/financeiro, oferecer
a orientação e a sustentação/apoio às instituições escolares em suas acções educacionais e
exercer a intermediação entre as escolas e o sistema gestor, isto é, a ligação ou comunicação
bidirecional, no sentido de uma melhor articulação do sistema educacional:
Planejar, coordenar, orientar, acompanhar e avaliar as actividades pedagógicas,
visando a promoção de melhor qualidade no processo ensino-aprendizagem;
Propor e implementar políticas educacionais específicas para educação;
Definir em conjunto com a equipe escolar o projecto político-pedagógico da escola;
Coordenar e/ou executar as deliberações colectivas do conselho de escola, das
respeitadas directrizes educacionais da secretaria de educação e a legislação em vigor;
Promover acções conjuntas com outros órgãos e comunidades, de forma a possibilitar
o aperfeiçoamento do trabalho na rede escolar;
Promover a integração escola x família x comunidade, visando à criação de condições
favoráveis de participação no processo ensino-aprendizagem;
Trabalhar junto com todos os profissionais da área de educação numa perspectiva
colectiva e integrada de coordenação pedagógica do processo educativo desenvolvido
na unidade de ensino;
Participar do processo de avaliação escolar e recuperação de alunos, analisando
colectivamente as causas do aproveitamento não satisfatório e propor medidas para
superá-los;
Orientar o corpo docente e técnico no desenvolvimento de suas competências
profissionais, assessorando pedagogicamente e incentivando o espírito de equipe;
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dos estabelecimentos; e num terceiro momento, a instituição passa a ser entendida não mais
como algo localizável, mas como a “forma” de produzir e reproduzir as relações sociais ou a
“forma geral” dessas relações que se instrumentalizarão nos estabelecimentos ou nos
dispositivos o cargo de inspecção escolar (Rodrigues, Souza, 1987).
Exige-se desse profissional uma postura crítica, reflexiva e fundamentada numa conduta ética
e democrática. É Sabido que este especialista surge para organizar a instituição em
conformidade com a normalização em vigor. Logo, torna-se uma actividade complexa, uma
vez que o desafio para a legislação actual é organizar a escola enquanto espaço privilegiado
de aprendizagem, em que devem ser assegurados os direitos de todos os segmentos –
professor, aluno, funcionários e comunidade externa para a construção de uma gestão escolar
democrática participativa.
Não basta organizar o ensino, faz-se necessário pensar no funcionamento da instituição como
um todo. Lidar com essa questão requer mudanças nas práticas e nas relações entre os agentes
educacionais.
Nesse sentido o inspector Escolar deve: orientar a direcção da escola na aplicação das normas
referentes ao quadro pessoal; tomar providências que assegurem o funcionamento regular da
escola; e verificar a regularidade do funcionamento da escola tomando as providências
necessárias; propor a instauração de sindicância ou inquérito administrativo; assegurar a
autenticidade e a fidedignidade da escrituração escolar; fazer cumprir a legislação pertinente à
gratuidade do ensino.
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O inspector Escolar tem ainda como atribuição a orientação da Escola pública na capacitação
e aplicação de recursos financeiros.
Propor a criação e registro de caixa escolar para administrar os recursos financeiros da escola:
orientar a direcção da escola sobre a organização e funcionamento de caixas escolares;
informar e esclarecer a direcção da escola sobre a necessidade da participação da Assembleia
Escolar, na composição da Caixa escolar, na aplicação de seus recursos e na prestação de
contas; auxiliar a direcção da escola na identificação de possíveis fontes de recursos ou de
estratégias para a obtenção e aplicação; propor a celebração de convénios que concorram para
a melhoria do ensino ministrado na escola; interpretar com a direcção da escola a legislação
que trata da celebração de convénios; esclarecer a direcção da escola quanto às exigências e
procedimentos referentes à celebração de convénios.
Nas instituições de ensino, sua actuação é bastante ampla, não se limitando às tarefas de
fiscalização e inspecção da ordem, pois também é um sujeito activo no processo educacional e
membro da comunidade educadora, podendo cuidar de aspectos administrativos e até
pedagógicos do meio. São algumas tarefas do inspector educacional as seguintes:
Inspeccionar e monitorar o comportamento de estudantes no ambiente escolar, durante
actividades livres e no transporte;
Prestar apoio durante actividades académicas;
Orientar estudantes e responsáveis;
Cuidar da segurança das instalações escolares relacionadas ao bem-estar dos
estudantes;
Participar da definição de actividades disciplinares; fiscalizar o uso de materiais e
espaços recreativos;
Inspeccionar a limpeza e higiene nas dependências da escola;
Controlar o fluxo de pessoas estranhas;
Vistoriar irregularidades em salas de aula, banheiros, vestiários, biblioteca, salas de
jogos;
Prestar apoio ao corpo docente e à directoria, quando necessário;
Acompanhar o processo de adaptação dos estudantes que acabaram de chegar à
instituição;
Dar orientação quanto ao cumprimento de horários e regras específicas do recinto;
Analisar os grupos em diversos contextos, com os espaços que ocupam, como se
organizam, que linguajar usam em quais brincadeiras praticam;
Identificar as relações de poder e confiança entre estudantes, bem como suas
repercussões nos relacionamentos interpessoais e dinâmica escolar;
Conduzir indivíduos indisciplinados à directoria;
Identificar quaisquer pessoas suspeitas nas proximidades da escola;
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Conclusão
O exercício de cada profissão não deve satisfazer apenas as necessidades financeiras, mas
deve sim, ser gratificante à pessoa que exerce a profissão. Por se constatar diferentes atitudes
por parte dos professores perante a inspecção escolar, é importante que o professor saiba da
relevância do trabalho do inspector escolar porque, em todo o sistema educativo existe
o serviço de inspecção.
O inspector por si só, estará sempre entre dois ‘’ focos’’, porque tem obrigações perante as
autoridades administrativas, e perante as instituições escolares. O inspector escolar deve
ajudar a tomar as decisões e a realizar os planos de actividades.
O seu objectiva é identificar se as condições para a execução das tarefas estão em
conformidade com o padrão de qualidade.
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Referências Bibliográficas
Biase, Érica Giaretta. O papel do inspetor escolar no processo democrático.
De Grouwe, A. L'État et l'inspection scolaire: analyse de relations er modèles d'action.
2006. Tese (Doutorado) - École Doctorale de Sciences, Instituto d'Études Politiques,
Paris.
Decreto Presidencial nº 13/2005 de 4 de Fevereiro Despacho da Primeira Ministra de
28/03/2005 Decreto Presidencial nº 18/2005 de 31 de Março Estatuto Orgânico do
MEC, Despacho (de 28 de Março de 2005)
Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4039/1/A%20Inspec
%C3%A7%C3%A3o%20escolar.pdf. acesso em: 14/062023.
Disponível: http://edivanioavila.wordpress.com/2023/06/14/o-papel-do-inspetor-escolar/
Acesso em 14/06/2023
MeneseS, João Gilberto de Carvalho. Princípios e métodos de inspeção escolar. São Paulo:
Saraiva, 1977.
Meuret, D. Les recherches sur l'efficacitté et l'equité des etablissements scolaires: leçons
pour l'inspection. 2002.
Nóvoa, A. (1993). The portuguese state and teacher educational reform: a sociohistorical
perspective to changing patterns of control. In T. S. Popkewitz (Ed.), Changing
patterns of power. Social regulation and teacher educational reform (pp. 53-86).
Albany: State University of New York Press.