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Amisse Manuel Mutuca

Amulia Jose Fernando


José Manecas

Desenvolvimento do Conceito da Supervisão Pedagógica

Universidade Rovuma
Campus de Nacala
Maio, 2023
Amisse Manuel Mutuca
Amulia José Fernando
José Manecas

Desenvolvimento do Conceito da Supervisão Pedagógica

Trabalho em grupo de carácter avaliativo,


da cadeira de Supervisão e Inspecção
Educacional, leccionada por Docente
Suzete Magalhães Dinis, do curso de
AGE, regime EAD, 5° ano, 2023.

Universidade Rovuma
Campus de Nacala
Maio, 2023
Índice
Introdução.............................................................................................................................. 3

Conceito da Supervisão Pedagógica ....................................................................................... 4

Elementos da Supervisão Pedagógica ..................................................................................... 5

Métodos da Supervisao Pedagogica...................................................................................... 10

Práticas da Supervisão Pedagógica ....................................................................................... 11

Instrumentos da Supervisão Pedagógica ............................................................................... 12

Fases da Supervisão Pedagógica .......................................................................................... 12

Conclusão ............................................................................................................................ 15

Referencias Bibliográficas ................................................................................................... 16


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Introdução
Ao nível de muitos países em particular no nosso país a educação tem recebido muitas críticas
relacionadas com a qualidade de ensino e a eficácia do seu processo e resultados. As críticas
têm sido dirigidas a escola, professor, currículo, alunos, dirigentes, ambiente escolar e outros
aspectos. Nesta conformidade, exige-se a combinação de sinergias para suprir as lacunas
existentes e contrariar tudo o que é dito e analisado como negativo sobre a escola, usando para
o efeito todas as estratégias disponíveis para promover e visibilizar a qualidade em todos os
aspectos da vida dos nossos formandos. Portanto, oferecer qualidade de instrução
(transmissão de conhecimentos e técnicas); socialização (transmissão de normas, valores e
crenças, hábitos e atitudes) e estimulação (promoção do desenvolvimento integral do
educando). Não basta ter professores especializados nas suas disciplinas, ter um director
pedagógico que planifica e vela pelos professores, ter funcionários competentes na escola, ter
alunos e pais e encarregados que colaboram com a escola.

É necessário igualmente um dispositivo de acompanhamento constante, monitoria


colaborativa em todo o processo de ensino e aprendizagem. Um dispositivo que faz diferença,
que provoca mudança no contexto profissional, melhoria das aprendizagens e em última
instância que promove o sucesso escolar. Eis a razão de trazer uma reflexão acrescentada
sobre a supervisão pedagógica ao serviço do desenvolvimento pessoal docente e melhoria das
aprendizagens nas escolas.
Este trabalho tem como objectivo de desenvolver alguns conceitos de supervisão no lado de
alguns conteúdos como: conceito da supervisão pedagógica, elementos da supervisão
pedagógica, práticas da supervisão pedagógica, perfil do supervisor pedagógico, métodos da
supervisão pedagógica, instrumentos da supervisão pedagógica, fases da supervisão
pedagógica.
Na efectivação destes conteúdos foi a pesquisas bibliográficas que através desta explorou-se
alguns manuais dos autores em destaque nas referências bibliográficas nos sites da internet e
outros materiais concernentes ao trabalho.
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Conceito da Supervisão Pedagógica

Supervisão é uma palavra latina. Super significa „de cima‟ e visão significa „ver‟. No sentido
comum do termo, Supervisão significa ver de perto (acompanhar) as actividades dos outros
para certificar se de acordo com o planejado e se estão cumprindo o cronograma estabelecido.
Supervisão significa acompanhar de perto, monitorar, checar, avaliar e orientar o trabalho de
outras pessoas.

A supervisão Pedagógica é entendida como um processo dinâmico, contínuo e


sistemático. O supervisor é um dos principais líderes do processo educativo, ou seja, é um dos
grandes responsáveis pela melhoria do processo ensino-aprendizagem.

Num sentido mais restrito, a Supervisão Pedagógica assume-se igualmente como uma
plataforma comum de reflexão, aprendizagem e integração de saberes e competências quer
numa dimensão pedagógico-didática quer numa dimensão prático-moral. A integração
partilhada é a via privilegiada da co-construção de conhecimento e da identidade profissional
dos professores.

"É uma supervisão mais autocrática, superficial, quase que tratando apenas dos sintomas, sem
averiguações mais profundas das causas determinantes" (Andrade, 1976:12). Como se
observa, este modelo de supervisão até certo ponto é o mais fácil e simples. Entretanto,
incorre em certos riscos semelhantes a estes: Tratar pessoas e situações como se fossem todas
iguais; Considerar os problemas isoladamente; Actuar de maneira empírica e talvez injusta;
Provocar atitudes emocionais negativas no professor.

Não se pode negar uma certa importância a este tipo de supervisão, pois, num sentido amplo,
a supervisão sempre encerra algum aspecto correctivo. A maneira de correcção mais
consentânea, é o estudo da situação, com a busca cooperativa de solução, atendendo as
circunstâncias específicas de cada caso.

D‟Antola (1983) define a Supervisão Pedagógica como um processo técnico-pedagógico que


visa a promoção e a manutenção da unidade de actuação docente com vistas a realização dos
objectivos educacionais do estabelecimento de ensino, por meio de um serviço planejado que
possibilite a eficiência e a eficácia da acção educativa, sua finalidade básica é a promoção da
melhoria do sistema de ensino-aprendizagem. (MEC, 1979 apud D‟ Antola, 1983, p. 39).
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Trata-se de um conjunto de acções, tarefas e actividades de desempenhadas por indivíduos ou


grupo de indivíduos que visam a melhoria da produtividade do ensino em seus aspectos
qualitativos e quantitativos. (S.SG., 1981 apud D‟ Antola, 1983, p. 39).

Elementos da Supervisão Pedagógica


Percebe-se que a supervisão pedagógica tem o sentido de promover e preparar para
a mudança, algumas medidas que serão sempre necessárias. Como afirma Pires
(1990), o supervisor pedagógico pode amenizar e/ou canalizar os possíveis
conflitos para que o processo de mudanças ocorra naturalmente.

Alarcão (1999, in Santos et al., 2008) sugere quatro focos para o exercício e a análise
da supervisão pedagógica: formativo, operativo (proporciona melhor instrução), investigativo
(promove a reflexão) e consultivo (orienta e aconselha).

Perfis da Supervisor Pedagógico


Wallance (1991, citado em Asseque.p.23) define supervisor, em sentido amplo, como alguém
que “tem o dever de monitorar e melhorar a qualidade do ensino desenvolvido por outros
colegas, numa determinada situação educativa”.

Neagley e Evans (1961, citado em Alves, 2013, p. 6) referem que supervisão consiste num “
serviço técnico destinado fundamentalmente a estudar e melhorar cooperativamente todos os
factores que influem no crescimento e desenvolvimento do educando".

De acordo com MINEDH (2003), o supervisor deve mostrar condições específicas,


características, postura e formas de actuação, pressupondo que seja:

• Competente, experiente, idóneo, social e cooperativo;

• Criativo, crítico, dinâmico, responsável, comunicativo, respeitável;

• Capaz de apoiar os gestores educacionais, técnicos e professores na identificação e busca de


soluções dos problemas que afectam o desempenho do sistema educativo;

• Capaz de dominar as políticas, estratégias, documentos orientadores, normativos e da


principal legislação do sector de educação;
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• Conhecedor dos princípios elementares de gestão, planificação e administração do sistema


educativo;

Métodos da Supervisão Pedagógica


Nérici (1987) apresenta os seguintes métodos como os principais para a supervisão escolar:
método científico, método não-directivo, método de faces múltiplas, método de ajuda mútua,
método clínico e de osmose.

• Método científico

O método científico consiste em observar o professor em seu desempenho magistral para,


depois em trabalho individualizado, ser orientado para superar as suas dificuldades e melhorar
a sua acção educativa.

Objectivos do método científico.

 O método científico tem os seguintes objectivos:

a) Aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem, por meio de estudo do


comportamento do professor em classe;

b) Melhor conhecimento sobre o processo de ensino-aprendizagem.

 O método científico desenvolve-se da seguinte maneira:

a) Conferência individual do supervisor com o professor, a fim de explicar lhe como funciona
o método e obter o seu consentimento para observa-lo em plena aula;

b) Análise e interpretação dos dados colhidos durante a observação da aula;

c) A seguir, a conferência individual com o professor, para expor-lhe os resultados da


observação e, através de diálogo amigável, orienta-lo para a superação dos aspectos negativos
constatados;

d) Depois, nova observação em plena aula, para observação da melhoria ou não do seu
desempenho, de seguida nova conferencia individual
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• Método não-directivo

O método não-directivo consiste na aplicação da não-directiva em supervisão, oferecendo


estímulos e amplas oportunidades para que cada participante do processo do
ensinoaprendizagem tomar consciência do seu desempenho e, por si, encontre os cominhos
necessários para a melhoria da sua actuação.

 Objectivos de método não-directivo.

O método não-directivo concentra-se no aperfeiçoamento do processo de


ensinoaprendizagem, por meio de oportunidades dados ao professor de ter mais consciência
das suas percepções, objectivos, necessidades e aspirações, o que o auxiliara a desenvolver-se,
aumentando lhe a habilidade de analisar, avaliar e interpretar o que se passa em torno de si e
do seu trabalho, ajudando, assim, a tornar a sua acção pedagógica mais significativa e
eficiente.

 O método não-directivo obedece os seguintes procedimentos:

a) O professor relata ao supervisor as suas próprias dificuldades e, de seguida, elabora o plano


de auto-aperfeiçoamento;

b) Com base do plano elaborado pelo professor, o supervisor dá a orientação solicitada ou


observa o professor em plena aula, nos aspectos solicitados pelo professor;

c) Após as observações sem plena aula ou de outro qualquer aspecto da acção do professor,
realiza-se a conferência individual. Nessa conferência, o supervisor deve repetir, com outras
palavras, aquilo que o professor ou o que pretendeu fazer, para constatar que se era aquilo
mesmo que queria dizer ou fazer e, em torno da questão ou questões em foco, haverá diálogo;
d) Os passos seguintes, de desdobramento dos trabalhos e o próprio professor quem indica,
como novas observações, novos diálogos;

e) Durante as conferencias individuas, o supervisor, se necessário, fará perguntas que induzem


o professor a melhor analisar ou aprofundar as suas ideias e, por sua vez o professor é quem
toma decisões.

Desvantagens de método não-directivo

Este modelo apresenta desvantagens:


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a) Os planos de acção de aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem são


elaborados pelo próprio professor;

b) Falta de objectividade de muitos professores;

c) Requer bastante maturidade do professor, a fim de autoavaliar-se e de apresentar planos de


aperfeiçoamento objectivos à supervisão;

• Métodos de faces múltiplas ou mistas

O método de faces múltiplas consiste na planificação das mais variadas técnicas de


supervisão, que podem variar de caso para caso em função das características e cada situação
e das características de pessoas envolvidas.

 Objectivos do método de faces múltiplas ou mistas

O método de faces múltiplas visa ao aperfeiçoamento do professor, com actualização de


técnicas que se afiguram mais apropriados a situação e à pessoa. Para este método, torna-se
difícil estabelecer um procedimento, uma vez que pode variar de caso para caso. E cada caso
terá um desenvolvimento próprio, decorrente de estruturação, em ordem adequada, das
técnicas seleccionadas para cada um.

 A aplicação deste método requer, por parte do supervisor:

a) Segurança no uso das variadas técnicas de supervisão;

b) Bastante prática na utilização das mesmas a fim de aplica-las com oportunidade e em


situação adequadas s as mesmas.

• Método de ajuda mútua ou interpessoal

O método de ajuda mútua consiste em trabalho integrado entre supervisor e professor, visando
ao aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem e, ao mesmo tempo,
aperfeiçoamento por cooperação mútua, do supervisor e professor.

 Objectivos do método de ajuda mútua ou interpessoal

O método de ajuda mútua ou interpessoal tem os seguintes objectivos:

a) Aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem;


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b) Aperfeiçoamento, por efeito da acção mútua, do supervisor e professor.

 O método de ajuda mútua ou interpessoal pode ser desenvolvido da seguinte maneira:

a) Observação de trabalhos de classe, por solicitação do professor e com base em ficha


organizada por cooperação entre o supervisor e professor;

b) Conferência individual com o professor, a respeito das observações efectuadas em classe,


como avaliação do supervisor e professor;

c) Chegando ambos a um acordo quanto as deficiências recíprocas, há a elaboração de plano


de aperfeiçoamento para ambos, podendo, para tal fim, serem utilizados as variadas técnicas
da supervisão;

d) Depois de algum tempo, nova observação em aula, seguida de nova conferencia para
discussão e avaliação dos resultados, e assim adiante.

• Método clínico

O método clínico consiste fundamentalmente em tornar o supervisor amigo do professor, a


confiança mútua seja mola propulsora do trabalho de seu aperfeiçoamento pedagógica. A
aproximação interpessoal entre supervisor e professor da o inicio de trabalho de observação
da acção didáctica do professor, afim de torna-la mais integrada e eficiente.

 Objectivos do método clínico Os objectivos do método clínico são os seguintes:

a) Desenvolver clima de confiança e amizade entre supervisor e professor;

b) Desenvolver a capacidade de observação do professor para, na medida do possível, tornar


se o seu próprio supervisor;

c) Trabalhar para o crescimento profissional do professor;

d)Desenvolver o trabalho da supervisão com base na realidade profissional do professor, a fim


de evitar o mais possível insegurança e desconfiança.

Para Wilson Abreu (2003), a Supervisão Clínica deverá responder a um conjunto de variáveis
relacionadas com a gestão, formação e suporte emocional, sendo que o processo de supervisão
clínica desenrolar-se-á segundo um ciclo de seis etapas: objectivo, identificação do problema,
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contextualização, planeamento, implementação e avaliação.


O trajecto da supervisão incide sobre situações reais, sobre indivíduos em interacção e sobre
dinâmicas de colaboração. A resolução de problemas, a tomada de decisão ou a definição de
uma personalidade estão dependentes de uma interacção entre a teoria e a prática bem como
com a configuração do “modus operandis” e de processos de autonomização que deverá ser
progressiva.

Wilson Correia Abreu, em Supervisão, Qualidade e Ensinos Clínicos: Que Parcerias para a
Excelência em Saúde. Cadernos Sinais Vitais, 2003, p19, entende a Supervisão Clínica,
como um ciclo constituído por seis fases conforme podem apurar pela digitalização do
extracto constante na sua publicação.

Considera-se que, a supervisão clínica é um modelo que implica um espírito de colaboração


entre o supervisor e o professor e entre estes e os seus colegas; mas implica também uma
actividade continuada que engloba a planificação e a avaliação conjuntas para além da
observação e da análise (Alarcão e Tavares, 2003, p.24).

Estágios do método

O método clínico de supervisão desenvolve-se através de cinco estágios, a saber: reunião de


pré-observação, observação, analise e estratégia, reunião de supervisão e análise de
pósreunião.

• Método por Osmose

O método por osmose consiste em promover experiências pedagógicas com a colaboração de


professores voluntários, na esperança de provocar contágio nos demais professores.
Objectivos do método por osmose

 O método por osmose tem os seguintes objectivos:


a) Promover aplicação de métodos e técnicas de ensino, ou outro qualquer procedimento
didáctico, já consagrados, mais não postos em práticas na escola;
b) Promover aplicação de novos procedimentos didácticos e avaliar-lhes a validade;
c) Contagiar indirectamente, os outros professores, para renovarem o seu comportamento
didáctico, tendo em vista o melhoramento do processo de ensino e aprendizagem.
Procedimentos do método por osmose
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 Os procedimentos do método por osmose são os seguintes:

a) O supervisor aproxima-se do professor mais curiosos e dispostos a experimentarem e, de


acordo com a formação de cada um, planifica aplicação de novos procedimentos didácticos

b) Durante a efectivação dos projectos de experiencias, o supervisor acompanhará os


trabalhos, podendo funcionar como ajudante do professor.

c) Após cada experiência, e feita adequada avaliação dos resultados, em trabalho conjunto

d) Desde que o outro qualquer professor se interesse pela experiencia, o supervisor procurara
estimula-lo, colocando-se a disposição do mesmo para ajuda-lo a também fazer sua
experiência.

O supervisor, a fim de aplicar este método de supervisão, precisa apresentar quatro condições
pessoais básicas, tais como: espírito científico, curiosidade intelectual, disposição para tentar
inovações e disponibilidade para novos trabalhos.

Práticas da Supervisão Pedagógica


Como resultado identificou-se que as actividades desenvolvidas pelos supervisores
escolares caracterizam-se pelo acompanhamento dos professores, atendimento aos alunos e
pais, substituição de professores, aplicação e correcção de simulações, avaliações,
diagnósticos, dentre outras actividades que não são.
A visão do supervisor como parceiro e companheiro do trabalho pedagógico. A função
primordial é de orientar para a acção educativa abrangente, dentro dos princípios legais e de
formação integral.
Partindo do princípio de que as funções da supervisão são múltiplas e significativas, faz se
necessário destacar algumas delas conforme Brigs e Justman apud Nérici (1978, p. 42-43),
que são:
Ajudar os professores a melhor compreenderem os objectivos reais da educação e o papel
especial da escola na consecução dos mesmos;
Auxiliar os professores a melhor compreenderem os problemas e necessidades dos jovens
educandos e atender, na medida do possível, a tais necessidades;
Exercer liderança de sentido democrático, sob as formas de promoção do aperfeiçoamento
profissional da escola e de suas actividades, buscando relações de cooperação de seu pessoal e
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estimulando o desenvolvimento dos professores em exercício, colocando sempre a escola


mais próxima da comunidade;
Estabelecer fortes laços morais entre os professores quanto ao seu trabalho, de tal forma que
operem em estreita e esclarecida cooperação, para que os mesmos fins gerais sejam atingidos;
Identificar qual o tipo de trabalho mais adequado para cada professor, distribuindo tarefas,
mas de forma que possam desenvolver suas capacidades em outras direcções promissoras;
Ajudar os professores a adquirir maior competência didáctica;
Orientar os professores principiantes a se adaptarem à sua profissão;
Avaliar os resultados dos esforços de cada professor, em termos do desenvolvimento dos
alunos, segundo os objectivos estabelecidos;
Ajudar os professores a diagnosticar as dificuldades dos alunos na aprendizagem e a elaborar
planos de ensino para superação das mesmas;
Auxiliar a interpretar o programa de ensino para a comunidade, de tal modo que o público
possa compreender e cooperar nos esforços da escola;
Levar o público a participar dos problemas da escola e recolher suas sugestões a esse respeito;
Proteger o corpo docente contra exigências descabidas de parte do público, quanto ao
emprego de tempo e energia dos professores.

Instrumentos da Supervisão Pedagógica


Os instrumentos da supervisão pedagógica são materiais destinados a reencaminhacao no
campo da supervisão onde esta submersa. Isto faz com que alguém reflicta sobre os planos de
assistência de aulas, fichas de assistência de aulas, o livro de ponto, o livro de turma, o cartão
e o mapa de efectividade, o plano de desenvolvimento da escola, o plano anual de actividades
as fichas de avaliação qualitativa de desenvolvimento de competências em diferentes níveis.

Fases da Supervisão Pedagógica


A supervisão escolar requer meios que transformem o professor em um profissional
cada vez mais consciente, eficiente e (co) responsável no processo educativo. Desde então, a
supervisão educacional passou por três fases distintas, apresentadas a seguir.
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Fase Fiscalizadora

Conforme diz Nérici (1978), este período da supervisão é considerado a fase em que
há confusões com a inspeção escolar. A fase fiscalizadora é demarcada pela característica do
supervisor direccionar o seu trabalho mais para a função técnica e administrativa. Tal acção
era voltada para o cumprimento das leis de ensino, das condições do prédio, das situações
legais dos docentes, do cumprimento das datas e prazos de actos escolares (provas,
transferências, matrículas, férias, documentação dos educandos, dentre outros). Pode-se dizer
que esta etapa da supervisão prioriza o seguimento de padrões rígidos e inflexíveis e esses
segmentos eram os mesmos adoptados por todo o país. Não havia respeito com as diferenças e
individualidades de cada região, de cada instituição e de cada aluno.

Fase Construtiva

Esta modalidade da supervisão é conhecida por fase construtiva e/ou supervisão


orientadora. A actuação do supervisor nesta fase sofre uma mudança significativa mediante a
fase anterior. A supervisão orientadora é caracterizada por passar a ter reconhecimento de que
é necessária uma melhoria na actuação dos professores. A partir de então, os especialistas em
supervisão começaram a promover cursos de aperfeiçoamento e actualização dos professores.

Portanto, através destes cursos, conforme menciona Nérici (1978), era possível
identificar os “erros” praticados na actuação do professor em sala de aula e, posteriormente,
realizar trabalhos acerca dos próprios “erros” para tentar saná-los, buscando novos conceitos e
metodologias.

Fase Criativa

Para Nérici (1978), a fase criativa é quando a supervisão passa a ser diferenciada e
separada da inspecção escolar. A partir desta fase, a supervisão escolar passa a ter como
principal finalidade o aprimoramento de todo o processo ensino--aprendizagem. Deve-se
ressaltar que o papel do supervisor nessa fase é o de permitir que todos os envolvidos no
âmbito educacional (professores, pais, alunos, funcionários em geral), participem activamente
de todas as decisões, no sentido de um trabalho cooperativo e democrático.

Supervisão Escolar Autocrática

A supervisão autocrática é aquela que prioriza a acção autoritária do supervisor, que


determina todas as ordens, sugestões e direcções para a melhoria do processo de ensino.
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Segundo Nérici (1978), esta forma de supervisão emite ordens e controla o seu comprimento,
funcionando como sendo capaz de encontrar soluções para todas as dificuldades, qual
“repositório da sabedoria didáctico--pedagógica”. Esta forma de supervisão procura impor –
se pela autoridade e pela intimidação, ao invés de captar a confiança e desenvolver a
cooperação entre ele e o professor, não utilizando da possível cooperação entre as partes,
sacrificando o seu espírito criador, dentre outras.

Supervisão Escolar Democrática

É notório o fato de a supervisão escolar democrática ser aquela em que a actuação do


supervisor é baseada na liberdade de expressão, respeito, compreensão, e criatividade. O
trabalho desenvolvido não é feito de forma impositiva, e sim, democrática, onde tomada de
decisões envolve todos os responsáveis pelo processo educativo.

Novamente Nérici (1978), nos fala que o supervisor democrático caracteriza- se pela
habilidade de respeitar a individualidade dos seus companheiros de trabalho, estimular a
iniciativa e criatividade dos professores, e, aplicar possíveis normas de relações humanas,
estimulando o espírito de grupo entre os protagonistas do processo ensino-aprendizagem.
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Conclusão

Este trabalho abordou-se sobre aspectos da supervisão pedagógica no campo da educação no


geral, destaca-se a análise e orientação de diversas actividades pedagógicas, adopção de
estilos de liderança que sejam eficientes e eficazes, sempre preocupando-se pelo conceito da
supervisão pedagógica, seus elementos, praticas supervisivas, perfis do supervisor
pedagógico, métodos instrumentos e fases da supervisão, tendo em vista as condições
necessárias para que o aprendizado seja contínuo.

Anteriormente, o supervisor actuava somente garantindo a eficiência escolar através da


inspecção dos docentes. Contudo, outras atribuições surgiram à essa profissão, cujo objectivo
principal é o de propiciar aos indivíduos uma educação de qualidade, que o forme como ser
humano livre e ciente dos seus direitos e deveres na sociedade. O supervisor garante que o
trabalho pedagógico seja de qualidade e voltado à acção humanizadora, tornando possível
uma sociedade capaz de reinvenções e de melhorias.

A Supervisão Pedagógica destina-se ao apoio pedagógico aos docentes, por isso mesmo
considerando a educação e a ciência como uma de suas áreas prioritárias, buscando ofertar o
apoio na formação e qualificação de recursos humanos e favorecer o crescimento e a
autonomia do indivíduo, aprimorando as suas capacidades de ensinar, de investigar, de
valorizar a cultura e de evoluir no plano da consciência política. Esta formação integral busca
superar as visões justapostas das diversas ciências, culturas e técnicas, dando o suporte
técnico didático-pedagógico que lhe proporcione cada vez melhores condições para o
exercício de sua função.

As referências bibliográficas do trabalho demonstram um vasto leque de pesquisa no campo


da supervisão pedagógica.
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Referencias Bibliográficas
Alarcão, I. & Tavares, J. (1987). Supervisão da Prática Pedagógica – Uma perspectiva de
desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina.

Alarcão, I. (org.) (2000). Escola Reflexiva e Supervisão. Uma escola em desenvolvimento e


aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina.

Alarcão, I., & Tavares, J. (2003). Supervisão da prática pedagógica - uma perspectiva de
desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina.

Andrade, M.M. (1999). Introdução á Metodologia do Trabalho Cientifico: elaboração de


trabalho na graduação. (4ª ed.). São Paulo: Atlas.

Disponível em <https://repositorio.ufmg.br › arlete_barzenski Acesso em> 14 de Maio de 2023.


Disponível em:
<http://guaiba.ulbra.tche.br/pesquisas/2003/resumos/pedagogia/coloquios/reconstrução_super
Acesso em 15 de Maio de 2023.

MINED - Aprovada na XXI Sessão Ordinária do Conselho de Ministros 29/11/09.

MINED (2003). Manual de Apoio à Supervisão Pedagógica. Maputo: MINED/DNEB/INDE

NÉRICI, I. G. Introdução à Supervisão Escolar. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1978.

Nerici, Imideo Giuseppe, Introdução à Supervisão Escolar, Atlas, 1976.

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