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Universidade Rovuma
Campus de Nacala
Maio, 2023
Amisse Manuel Mutuca
Amulia José Fernando
José Manecas
Universidade Rovuma
Campus de Nacala
Maio, 2023
Índice
Introdução.............................................................................................................................. 3
Conclusão ............................................................................................................................ 15
Introdução
Ao nível de muitos países em particular no nosso país a educação tem recebido muitas críticas
relacionadas com a qualidade de ensino e a eficácia do seu processo e resultados. As críticas
têm sido dirigidas a escola, professor, currículo, alunos, dirigentes, ambiente escolar e outros
aspectos. Nesta conformidade, exige-se a combinação de sinergias para suprir as lacunas
existentes e contrariar tudo o que é dito e analisado como negativo sobre a escola, usando para
o efeito todas as estratégias disponíveis para promover e visibilizar a qualidade em todos os
aspectos da vida dos nossos formandos. Portanto, oferecer qualidade de instrução
(transmissão de conhecimentos e técnicas); socialização (transmissão de normas, valores e
crenças, hábitos e atitudes) e estimulação (promoção do desenvolvimento integral do
educando). Não basta ter professores especializados nas suas disciplinas, ter um director
pedagógico que planifica e vela pelos professores, ter funcionários competentes na escola, ter
alunos e pais e encarregados que colaboram com a escola.
Supervisão é uma palavra latina. Super significa „de cima‟ e visão significa „ver‟. No sentido
comum do termo, Supervisão significa ver de perto (acompanhar) as actividades dos outros
para certificar se de acordo com o planejado e se estão cumprindo o cronograma estabelecido.
Supervisão significa acompanhar de perto, monitorar, checar, avaliar e orientar o trabalho de
outras pessoas.
Num sentido mais restrito, a Supervisão Pedagógica assume-se igualmente como uma
plataforma comum de reflexão, aprendizagem e integração de saberes e competências quer
numa dimensão pedagógico-didática quer numa dimensão prático-moral. A integração
partilhada é a via privilegiada da co-construção de conhecimento e da identidade profissional
dos professores.
"É uma supervisão mais autocrática, superficial, quase que tratando apenas dos sintomas, sem
averiguações mais profundas das causas determinantes" (Andrade, 1976:12). Como se
observa, este modelo de supervisão até certo ponto é o mais fácil e simples. Entretanto,
incorre em certos riscos semelhantes a estes: Tratar pessoas e situações como se fossem todas
iguais; Considerar os problemas isoladamente; Actuar de maneira empírica e talvez injusta;
Provocar atitudes emocionais negativas no professor.
Não se pode negar uma certa importância a este tipo de supervisão, pois, num sentido amplo,
a supervisão sempre encerra algum aspecto correctivo. A maneira de correcção mais
consentânea, é o estudo da situação, com a busca cooperativa de solução, atendendo as
circunstâncias específicas de cada caso.
Alarcão (1999, in Santos et al., 2008) sugere quatro focos para o exercício e a análise
da supervisão pedagógica: formativo, operativo (proporciona melhor instrução), investigativo
(promove a reflexão) e consultivo (orienta e aconselha).
Neagley e Evans (1961, citado em Alves, 2013, p. 6) referem que supervisão consiste num “
serviço técnico destinado fundamentalmente a estudar e melhorar cooperativamente todos os
factores que influem no crescimento e desenvolvimento do educando".
• Método científico
a) Conferência individual do supervisor com o professor, a fim de explicar lhe como funciona
o método e obter o seu consentimento para observa-lo em plena aula;
d) Depois, nova observação em plena aula, para observação da melhoria ou não do seu
desempenho, de seguida nova conferencia individual
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• Método não-directivo
c) Após as observações sem plena aula ou de outro qualquer aspecto da acção do professor,
realiza-se a conferência individual. Nessa conferência, o supervisor deve repetir, com outras
palavras, aquilo que o professor ou o que pretendeu fazer, para constatar que se era aquilo
mesmo que queria dizer ou fazer e, em torno da questão ou questões em foco, haverá diálogo;
d) Os passos seguintes, de desdobramento dos trabalhos e o próprio professor quem indica,
como novas observações, novos diálogos;
O método de ajuda mútua consiste em trabalho integrado entre supervisor e professor, visando
ao aperfeiçoamento do processo de ensino-aprendizagem e, ao mesmo tempo,
aperfeiçoamento por cooperação mútua, do supervisor e professor.
d) Depois de algum tempo, nova observação em aula, seguida de nova conferencia para
discussão e avaliação dos resultados, e assim adiante.
• Método clínico
Para Wilson Abreu (2003), a Supervisão Clínica deverá responder a um conjunto de variáveis
relacionadas com a gestão, formação e suporte emocional, sendo que o processo de supervisão
clínica desenrolar-se-á segundo um ciclo de seis etapas: objectivo, identificação do problema,
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Wilson Correia Abreu, em Supervisão, Qualidade e Ensinos Clínicos: Que Parcerias para a
Excelência em Saúde. Cadernos Sinais Vitais, 2003, p19, entende a Supervisão Clínica,
como um ciclo constituído por seis fases conforme podem apurar pela digitalização do
extracto constante na sua publicação.
Estágios do método
c) Após cada experiência, e feita adequada avaliação dos resultados, em trabalho conjunto
d) Desde que o outro qualquer professor se interesse pela experiencia, o supervisor procurara
estimula-lo, colocando-se a disposição do mesmo para ajuda-lo a também fazer sua
experiência.
O supervisor, a fim de aplicar este método de supervisão, precisa apresentar quatro condições
pessoais básicas, tais como: espírito científico, curiosidade intelectual, disposição para tentar
inovações e disponibilidade para novos trabalhos.
Fase Fiscalizadora
Conforme diz Nérici (1978), este período da supervisão é considerado a fase em que
há confusões com a inspeção escolar. A fase fiscalizadora é demarcada pela característica do
supervisor direccionar o seu trabalho mais para a função técnica e administrativa. Tal acção
era voltada para o cumprimento das leis de ensino, das condições do prédio, das situações
legais dos docentes, do cumprimento das datas e prazos de actos escolares (provas,
transferências, matrículas, férias, documentação dos educandos, dentre outros). Pode-se dizer
que esta etapa da supervisão prioriza o seguimento de padrões rígidos e inflexíveis e esses
segmentos eram os mesmos adoptados por todo o país. Não havia respeito com as diferenças e
individualidades de cada região, de cada instituição e de cada aluno.
Fase Construtiva
Portanto, através destes cursos, conforme menciona Nérici (1978), era possível
identificar os “erros” praticados na actuação do professor em sala de aula e, posteriormente,
realizar trabalhos acerca dos próprios “erros” para tentar saná-los, buscando novos conceitos e
metodologias.
Fase Criativa
Para Nérici (1978), a fase criativa é quando a supervisão passa a ser diferenciada e
separada da inspecção escolar. A partir desta fase, a supervisão escolar passa a ter como
principal finalidade o aprimoramento de todo o processo ensino--aprendizagem. Deve-se
ressaltar que o papel do supervisor nessa fase é o de permitir que todos os envolvidos no
âmbito educacional (professores, pais, alunos, funcionários em geral), participem activamente
de todas as decisões, no sentido de um trabalho cooperativo e democrático.
Segundo Nérici (1978), esta forma de supervisão emite ordens e controla o seu comprimento,
funcionando como sendo capaz de encontrar soluções para todas as dificuldades, qual
“repositório da sabedoria didáctico--pedagógica”. Esta forma de supervisão procura impor –
se pela autoridade e pela intimidação, ao invés de captar a confiança e desenvolver a
cooperação entre ele e o professor, não utilizando da possível cooperação entre as partes,
sacrificando o seu espírito criador, dentre outras.
Novamente Nérici (1978), nos fala que o supervisor democrático caracteriza- se pela
habilidade de respeitar a individualidade dos seus companheiros de trabalho, estimular a
iniciativa e criatividade dos professores, e, aplicar possíveis normas de relações humanas,
estimulando o espírito de grupo entre os protagonistas do processo ensino-aprendizagem.
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Conclusão
A Supervisão Pedagógica destina-se ao apoio pedagógico aos docentes, por isso mesmo
considerando a educação e a ciência como uma de suas áreas prioritárias, buscando ofertar o
apoio na formação e qualificação de recursos humanos e favorecer o crescimento e a
autonomia do indivíduo, aprimorando as suas capacidades de ensinar, de investigar, de
valorizar a cultura e de evoluir no plano da consciência política. Esta formação integral busca
superar as visões justapostas das diversas ciências, culturas e técnicas, dando o suporte
técnico didático-pedagógico que lhe proporcione cada vez melhores condições para o
exercício de sua função.
Referencias Bibliográficas
Alarcão, I. & Tavares, J. (1987). Supervisão da Prática Pedagógica – Uma perspectiva de
desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina.
Alarcão, I., & Tavares, J. (2003). Supervisão da prática pedagógica - uma perspectiva de
desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina.