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Supervisão Escolar
Objetivos……………………………………………………………………………………..….…1
Metodologias………………………………...…………………………………………………….1
supervisão.........................................................................................................................................2
supervisão escolar.............................................................................................................................3
tipos de supersvisao..........................................................................................................................4
Níveis de supervisão…………………………………………………………………………….....5
conclusão........................................................................................................................................11
referências bibliográficas................................................................................................................12
Introdução
A supervisão escolar no âmbito do processo ensino aprendizagem é uma função que exige uma
ação continua, busca constante de mecanismos que favoreçam o ensinar e aprender.
A questão central deste exame é: ”Como se dão as relações entre ensino e aprendizagem e como
o supervisor e a equipe escolar podem intervir para encontrar meios que transformem as
dificuldades em sucesso?” Porque a educação é antes de tudo organizar as experiências dos
indivíduos na vida fora e dentro da escola, onde sabemos que quem educa se preocupa com o
sucesso do educando no mundo lá fora. A interação humana é a principal aliada ao
desenvolvimento deste processo. Os pais, professores e demais membros da comunidade devem
agir mutuamente com o intuito de superar as deficiências do ensino aprendizagem.
Sabemos que educar é antes de tudo organizar conhecimentos. E onde tem conhecimentos há
experiência de vida, vida que desenvolve a personalidade, que garante a sobrevivência e futuro
inovador. É por isso que dizemos o homem faz a sociedade ou a sociedade faz o homem a crescer
e multiplicar os seus conhecimentos. Com o Objetivos
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Metodologias
Todos procedimento metodológico tem como objetivo delimitar o cominho a ser percorrido pelo
pesquisador na tentativa de relacionar a teoria com a vivência. “A metodologia da origem ao
método, e e o método que possibilita a pesquisa” (Artur, 2011, p.14)
Segundo Andrade, Velosa (1976), “a supervisão consiste em melhorar o ensino, assegurando que
professores empreguem métodos corretos e predeterminados para o ensino na sala de aula e em
todo o sistema docente.” Nesta visão, a figura do Supervisor desponta como elemento de
intermediação associada à ideia de mudança e cabe ao Supervisor a tarefa de pesquisar, planejar,
criar estratégias, e avaliar o ensino.
A conceptualização da palavra supervisão segundo Pereira (2012), “surge de uma visão por cima,
em inglês «to oversee» ou seja a capacidade de ver mais além, de maior conhecimento, de
sugerir, de analisar processos evolutivos de desempenho e até mesmo dar ordens.”
Avançando a perspectiva educacional, Alarcão e Tavares (2003) citado por Pereira (2012),
afirmam que “a supervisão é uma actividade que visa o desenvolvimento e a aprendizagem dos
profissionais, a partir da assessoria de todas actividades que tenham influência no PEA.”
Estas perspectivas apresentam interpretações diferentes na medida em que, Pereira (2012), faz
menção ao supervisor; “Como alguém com alto grau de formação capaz de realizar uma análise
profunda não somente no sentido de detestar as falhas e ser capaz de elaborar soluções, não
apenas para as preocupações do presente mas também das que estão por vir, atuando
antecipadamente;”
E por outro lado apresentam-se que buscando o suporte em grupos e ambientes construtivos,
consideram que a supervisão apoia os profissionais no sentido de permitir com que haja troca de
experiências e desenvolvimento profissional durante a realização das suas actividades.
Estes aspectos combinados fazem da supervisão uma área mediadora dos comportamentos e
atitudes desejáveis para uma organização, neste caso a escola onde o termo supervisão enquadra-
se, importando-nos o sector pedagógico na especificidade dos recursos humanos (os professores)
no sentido de esclarecer possíveis equívocos, melhorando a sua actuação e consequentemente o
desempenho profissional.
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Por fim, a supervisão está voltada muito mais para a ação crítica-reflexiva do que simplesmente
para a vistoria de um trabalho rotineiro e o professor deve buscar na supervisão o auxílio, o
apoio, a sugestão, o acompanhamento para a qualidade e transformação do processo de ensino-
aprendizagem.
SUPERVISÃO ESCOLAR
Outro autor que concordando com o foco na figura do professor no que concerne a supervisão
pedagógica é Nérici (1986) citado por Uamusse (2012, p. 2), “ao considerar as acções da
supervisão pedagógica como voltadas para os professores, prioritariamente a aqueles que revelam
dificuldades na prática pedagógica, procurando com eles concertar planos que levem a bom
termo o PEA.”
Com base nos pressupostos de Cherinda et al., (2009) e Nérici (1986) citado por Uamusse (2012,
p. 2), invoca-se Vieira (1993), que trazendo uma abordagem sustentável e ajustada, “considera a
supervisão escolar como um processo de monotorização sistemática de prática pedagógica,
através de procedimentos de reflexão e experimentação que abrangem as dimensões analítica e
interpessoal da observação de aulas, da didática e da formação profissional.”
De acordo com Rangel (2002, p. 77),afirma que “a supervisão escolar refere-se à abrangência da
função cujo “olhar sobre” o pedagógico oferece condições de coordenação e orientação.”
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“A supervisão escolar centra-se nas actividades desenvolvidas pela pessoal do professor,
na sala de aulas com alicerces no currículo e no PEA, e que o supervisor as analisa e
interpreta, no contexto dos objectivos do sistema de ensino, e por sua vez procura
desenvolver condições de apoio ao professor, baseadas no diálogo para a correção,
melhoria e inovação nas ações e mecanismos de abordagem educativa (prática
pedagógica).”
Há que salientar a necessidade da Supervisão Pedagógica decorrer num ambiente que permita
com os envolvidos partilhem diferentes experiências e actuem como verdadeiros profissionais
não só interessados com o desenvolvimento profissional, mas conscientes de que estarão
contribuindo para a qualidade de ensino a partir da mudança individual, que influencia para a
mudança coletiva, dinamiza a aquisição de melhores resultados educacionais.
TIPOS DE SUPERSVISAO
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Níveis de supervisão
Geral
Como órgão técnico especial do sistema escolar, imprime orientação e caráter ao mesmo. É
extensa, atuando em sentido pedagógico- administrativo. “O aspecto mais importante da
supervisão escolar, consiste na função unificadora do sistema escolar.” (Cubberley 2011).
Específica ou particular
Para tudo existe princípios e métodos. “A supervisão não foge a regra. Para que ela possa
realizar um trabalho eficaz tem que obedecer alguns princípios a saber: Científico, democrático,
cooperativo, construtivo, objectiva, permanente, abrangente e avaliativo” (Souza 2011, p.14).
Estes princípios auxiliarão na execução das ações e serão primordiais para que o objectivo do
processo educacional seja alcançado. Todavia, a Supervisão escolar se baseia em fundamentos
filosóficos e científicos.
Dentro deste contexto, da Supervisão como um “olhar grande” se apresenta como figura
importantíssima no contexto escolar. A sua importância consiste em:
Estruturar e dinamizar ações levando em conta aspectos que facilitem a busca pela
melhoria de qualidade do ensino e aprendizagem, tendo como objetivo o aperfeiçoamento
do processo educativo; - dinamizar ações levando em conta aspectos que facilitem a busca
pela melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem, tendo em vista o aperfeiçoamento do
processo educativo.
Estimular a manutenção de um clima favorável ao processo educativo; - antever possíveis
situações que podem comprometer o sucesso do processo de ensino-aprendizagem e
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buscar soluções colectivas; manter, na instituição escolar, a unidade, a sequência e a
integração curricular, com relação as classes, aos conteúdos e a metodologia adotada;
Garantir a observância da política e da filosofia educacional;
Estimular a realização profissional do professor como pessoa; - assegurar um clima
favorável ao processo educativo;
Desafiar o professor para a formação continuada.
No que concerne ao apoio e acompanhamento que os supervisores devem dar aos professores
pode-se observar que os ganhos também recaem para as Instituições de Ensino de acordo com
Almeida e Soares (2010) “porque se encontram relacionados com a formação contínua dos
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professores, à planificação escolar, à avaliação e gestão democrática. Ora vejamos de forma
discriminada:”
Entretanto, acredita-se que a supervisão vem para conduzir a realização progressiva dos
objectivos Institucionais a partir do acompanhamento e apoio que se observa sobre os recursos
humanos, concebendo novas oportunidades de desenvolvimento como instituição educativa e de
formação dos seus quadros garantindo que o PEA seja amplo e abrangente (gestores escolares,
pessoal docente e não docente), num ambiente em que a comunicação flui horizontal e
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verticalmente, garantindo o fortalecimento do espírito de trabalho em equipa e a renovação do
aprendizado.
A escola constitui uma organização inserida num meio social que comporta uma comunidade
responsável por permitir com que o PEA decorra obedecendo os moldes previamente
estabelecidos. Para o efeito, temos em destaque neste subtítulo as figuras dos gestores escolares
(responsáveis pelo acompanhamento contínuo do trabalho do professor com suporte na realização
das actividades de supervisão pedagógica) e os professores como responsáveis por tornar possível
o PEA na sala de aulas, daí que nos debruçaremos sobre as implicações da Supervisão
Pedagógica para os gestores escolares e professores.
De modo específico e discriminado temos o grupo de gestores escolares e professores, que pela
natureza das funções que desempenham na escola os efeitos da supervisão pedagógica recaem de
formas diferentes, isto é de acordo com Bielinski et. al., (1973, p.53) “o gestor escolar não é o
elemento executor directo do PEA, mas sim é quem impulsiona a acção porque chefia e controla
o grupo de professores para garantir o cumprimento dos planos institucionais,”
Daí que para Oliveira (2000) citado por Cabaço (2012, p. 54), a supervisão escolar implica para
os gestores escolares: A Administração e a gestão (conselho executor, conselho administrativo,
conselho pedagógico e coordenador do estabelecimento de ensino); A coordenação e liderança
pedagógica e curricular (ao longo do ano, ciclo ou curso – estruturas de orientação educativa); O
acompanhamento e orientação profissional e ou de formação.”
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Moreira (2003) citado por Cabaço (2012, p. 54), acrescenta que “os detentores dos cargos de
gestão devem apoiar e orientar os professores no desempenho das suas tarefas, coordenar e
avaliar projectos e actividades assumindo a função de supervisores.” Analisando as perspectivas
de Oliveira (2000) e Moreira (2003) citados por Cabaço (2012), assume-se que “diante da
supervisão pedagógica os gestores escolares são os agentes impulsionadores das mudanças e
inovações na aprendizagem do Professor, visto que mobilizam novos saberes e com o diálogo
realizam um intercâmbio critico sobre a acção educativa, com vista ao trabalho colectivo e o
alcance do objectivo comum.”
Partindo do pressuposto que os supervisores devem apoiar o Professor no exercício das suas
funções, ajudando-o a enfrentar cientificamente os problemas diagnosticados durante a prática
pedagógica, Moreira (2003) citado por Cabaço (2012, p. 51), afirmam que “para os professores a
supervisão pedagógica tem implicações na acção pedagógica na medida em que é um instrumento
que contribui para a transformação dos sujeitos e das suas práticas.”
Na sequência invoca-se Alarcão (2000) citado por Cabaço (2012, p. 53), numa perspectiva da
formação, “isto é, para o autor supracitado a supervisão pedagógica implica para os professores
uma melhoria na qualidade do ensino a partir da formação inicial e contínua dos professores,
promovendo o desenvolvimento profissional dos agentes educativos e o desenvolvimento da
aprendizagem organizacional.”
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Os desafios e perspectivas da supervisão escolar não compreendem uma abordagem recente, pois
já em 1998 foram diagnosticados como desafios por Bagnol e Cabral (1998), a fraca capacidade
de acompanhamento em supervisão e inspeção às escolas devido a escassez e qualidade de
recursos humanos, bem como no inadequado funcionamento das Zonas de Influência Pedagógica
(ZIP’s) com funções de apoio ao processo educativo, acompanhamento e supervisão dos
professores das escolas da sua alçada. Os desafios persistem como pode-se perceber abaixo:
Consta ainda do PEE (2012-2016, p. 108), afirma que “a melhoria da comunicação e divulgação
da informação interna e externa, através das potencialidades das novas tecnologias.”
Esta indiferença dos sujeitos, remete a ligação com a ausência de diálogo e excessiva
desvalorização da experiência entre professores, reflectido na manutenção de hierarquias
verticais, isto é, à enfâse que se dá a supervisão realizada pelos técnicos dos níveis superiores em
detrimento da supervisão horizontal que pela sua essência, o que permite construir perspectivas
mais sólidas de actuação e de desenvolvimento interno.
Aliado aos desafios acima encontramos o olhar para as visitas de supervisão como um evento
onde os técnicos superiores dirigem-se as instituições escolares ou educacionais em períodos as
vezes bastante intercalados, num clima formal que inclui a paralisação das aulas de acordo com
ilustra o Plano de Actividades das Supervisões no Sector Pedagógico.
Portanto, os desafios constituem barreiras ao trabalho dos gestores escolares e professores que
após a formação inicial, tem oportunidades limitadas de se beneficiarem da formação em serviço,
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presencial ou por correspondência, aliado ao facto de o trabalho dos gestores escolares e
professores ser influenciado negativamente pelas mudanças constantes dos dispositivos
normativos do sistema de ensino, cabendo-lhes o enquadramento.
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Conclusão
A função supervisora pode ser compreendida como um processo em que um professor, mais
experiente e mais conhecedor do cotidiano escolar, norteia outro professor ou aspirante a
professor no seu desenvolvimento humano e profissional. É importante não esquecer nunca que, a
supervisão ou coordenação é desempenhada por um educador, e deste modo deve combater a
tudo aquilo que desumanizar a escola: a propagação da “ideologia dominante, e o autoritarismo, o
conhecimento desvinculado da realidade, a evasão, a lógica classificatória e excludente
(repetência ou aprovação sem apropriação do saber), a discriminação social na e através da
escola, etc.
As atuais funções da escola exigem cada vez mais um perfil de profissional qualificado para
conseguir atender as demandas que paulatinamente são renovadas pelas transformações sociais
pelas quais passam as sociedades. Conhecimento, competência, profissionalismo, formação
continuada são algumas das condições para a atuação do supervisor neste contexto de mudanças.
Isso nos remeteu a pensar na importância da formação como fator principal e diferencial na ação
didática e curricular do profissional da educação e principalmente do supervisor educacional, que
tem como um dos objetivos da sua prática promover oportunidades coletivas de estudos para que
a equipe docente sinta-se motivada a buscar informações e conhecimentos a fim de desenvolver
um ensino de qualidade e contextualizado de acordo com a realidade.
É evidente o quanto é importante a ação da supervisão nos processos formativos que acontecem
na escola, pois ele deve ser a pessoa que proporciona estes momentos, porém este também deve
procurar uma formação continuada para acompanhar as mudanças constantes na educação, e
desta maneira, também se preparar para poder auxiliar os seus colaboradores sempre que
necessário.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alarcão, I., & Tavares, J. (1987/2003). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma Perspectiva de
Desenvolvimento e Aprendizagem. Coimbra, Almedina.
Nérici, I. G. (1987). Introdução a Supervisão Escolar. (5ª ed.). São Paulo. Brasil; Editora Atlas
S.A. Plano Estratégico da Educação (2012-2016).
Rangel, M. (2002). Supervisão: do sonho a prática em transformação. (6ª ed). São Paulo. Brasil;
Cortez Editora
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