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Ámon Bόris Jaime


Ana Paula Saidia Segunda
Carlos Mendes
Eurico Ernesto
Jafina Daudo
Quido Teodosio
Rajabo Samihana Arige
Rogério Fernando
Sonância ferreira Daniel

Evolução dos Efectivos

Curso de licenciatura em ensino Básico

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
1

Ámon Bόris Jaime


Ana Paula Saidia Segunda
Carlos Mendes
Eurico Ernesto
Jafina Daudo
Quido Teodosio
Rajabo Samihana Arige
Rogério Fernando
Sonância ferreira Daniel

Evolução dos Efectivos

Curso de licenciatura em ensino Básico

Trabalho em grupo de carácter avaliativo a


ser entregue ao docente da cadeira de Carta
Escolar e Micro planificação da Educação,
leccionado no curso de licenciatura em
Ensino Básico, 5oAno, 1o semestre sob
orientação do MA. Rita Benjamim Matere
Jafar

Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado

2023
2

Índice
1. Introdução..................................................................................................................3

1.1. Objectivo Geral......................................................................................................3

1.2. Objectivos específicos............................................................................................3

2. Evolução dos efectivos escolares...............................................................................4

2.1. Alunos por professor e tempos lectivos..............................................................5

2.2. Necessidades de salas de aulas...........................................................................6

3. Crescimento absoluto e crescimento relativo.........................................................8

3.1. Crescimento absoluto..........................................................................................8

3.2. Crescimento relativo...........................................................................................9

3.3. Crescimento Absoluto constante por ano...........................................................9

3.4. Taxas de crescimento médio anual...................................................................10

4. Índice da Evolução de matriculas.........................................................................11

4.1. Evolução dos Alunos Matriculados..................................................................11

5. Conclusão.............................................................................................................13

6. Referencias Bibliográficas...................................................................................14
3

1. Introdução
O presente trabalho tem como tema a evolução dos efectivos no qual dentro destes os
autores olhara com profundidade descrevendo sobre o crescimento absoluto,
crescimento relativo e o índice de evolução da matrícula.

Sempre é um desfio do milénio a evolução massiva dos efectivos nas escolas dai urge a
necessidade de planifica-los para melhor a sua gestão e para que isso ocorra sem
constrangimentos necessitamos de conhecer o crescimento absoluto do efectivo,
crescimento relativo e a evolução das matriculas nas nossas escolas.

Quanto a organização segue as normas de realização de um trabalho do campo usadas


na Universidade Rovuma no qual obedece a seguinte estrutura: Introdução onde a autora
fez uma breve apresentação sobre o tema a desenvolver, o desenvolvimento que é a
parte da revisão literária onde o autor abordou o tópico com profundidade usando
algumas obras específicas para o tema, conclusão onde a autora deu a sua reflexão em
torno do tema ou seja a súmula do compreendido e por ultimo vem as referências
bibliográficas aqui consta todos os autores e as obras consultadas na realização do
presente tema.

1.1. Objectivo Geral


 Compreender sobre a evolução dos efectivos

1.2. Objectivos específicos


 Explicar a evolução absoluta dos efectivos;
 Reconhecer a evolução relativa dos efectivos;
 Interpretar a evolução das matrículas;
4

2. Evolução dos efectivos escolares


As taxas brutas de escolarização têm tendência crescente ao longo dos anos para todos
cenários e níveis, a excepção do EP, nos cenários 1 e 2, no ano 2029. O número de
alunos cresce na mesma proporção que a taxa de escolarização chegando a atingir o pico
com cerca de 11.6, 9.2 e 10.7 milhões de alunos para os cenários 0, 1, 2
respectivamente. No ES1 e ES2 as Taxas Brutas de Escolarização crescem em todos os
cenários, contudo, o cenário 2 apresenta maior crescimento de 2014 a 2019, no ES1 e
ES2, com cerca de 70% e 46%, respectivamente. Com o crescimento das taxas brutas de
escolarização no ES, o número de alunos também cresce, chegando a atingir em 2029,
aproximadamente 2,6 milhões no cenário 0 e 2,9 e 3 milhões de alunos nos cenários 1 e
2, respectivamente.

Nível Cenario 0 Cenário 1 Cenário 2


201 201 2024 202 201 201 2024 202 201 201 2024 202
8 9 9 8 9 9 8 9 9
5,453,945

5,779,080

5,453,945

5,779,080

5,453,945

5,779,080
EP1

4,870,271

5,423,748

4,870,271

5,423,748

4,870,271

5,423,748
EP-1º
ciclo

1,029,247

1,029,247

1,029,247
982,725

982,725

982,725
EP2

3,508,523

3,508,523

3,141,446
3,141,446

3,141,446

3,508,523
EP-2º
ciclo

8,932,271

8,932,271

8,011,717
8,011,717

8,011,717

8,932,271
Total EP

6,436,670

6,808,327

6,436,670

6,808,327

6,436,670

6,808,327
1,716,722

1,716,722

1,381,271
1,381,271

1,381,271

1,716,722
767,476

828,572

767,476

828,572

767,476

828,572
ES1

957,195

957,195

670,181
670,181

670,181

957,195
312,747

307,064

312,747

307,064

312,747

307,064
ES2
5

Total

2,673,917

2,673,917

2,051,452
2,051,452

2,051,452

2,673,917
1,080,223

1,135,636

1,080,223

1,135,636

1,080,223

1,135,636
ES

Aluno

11,606,18

11,606,18

10,063,16
10,063,16

10,063,16

11,606,18
7,516,893

7,943,963

7,516,893

7,943,963

7,516,893

7,943,963
s SNE

8
% 14% 14% 20% 23% 14% 14% 20% 23% 14% 14% 21% 30%

alunos
no ES

2.1. Alunos por professor e tempos lectivos


Nos cenários 1 e 2, o número de alunos por professor tende a reduzir aproximando-se do
número de alunos por turma. Em contrapartida, no cenário 0, a proporção de professores
que leccionam 2 turnos mantêm-se constante, com uma média de 20%.

Sendo assim, o número médio de alunos por professor é menor que o número médio de
alunos por turma.

Tabela 2: relação alunos professores (publico)

Nível Cenário 0

EP1, 1º e 2º 64 66 66 66 64 66 57 54 64 66 61 55
ciclo
EP2 33 35 33 35 33 35
ES1 39 43 43 43 39 43 42 40 39 43 42 40
ES2 30 28 28 28 30 28 28 29 30 28 28 29
Alfabetizando/ 12 23 25 25 12 23 25 25 12 23 25 25
Alfabetizador

O tempo lectivo dos professores no ES permanecerá constante ao longo dos anos no


cenário 0 com uma média de 19.4 tempos lectivos por professor, dos quais 14,1 é para
professores do ES2. Contrariamente ao cenário 0, os outros dois apresentam um ligeiro
aumento do tempo lectivo para professores do mesmo nível de ensino (ES), com 20
6

tempos lectivos, a partir de 2022, no ES1 e, até 2029 o ES2 atingirá cerca de 16,1
tempos lectivos, partindo de 14.3, em 2020.
Com base na tabela abaixo, é possível constatar que o cenário 0 terá maior número de
professores no EP, devendo alcançar um efectivo de cerca de 134 mil professores até o
fim da vigência do plano estratégico. Até 2024, o cenário 1 prevê um aumento de 125
mil professores, efectivo que irá apresentar uma redução de 7 mil professores, até 2029.
No cenário 2, o número de professores aumenta de 116 mil em 2019, para 122 mil em
2024 e 126 mil, em 2029.
Quanto ao ES o número de professores cresce em todos os cenários, conforme mostra a
tabela abaixo:

2.2. Necessidades de salas de aulas


O rápido crescimento dos efectivos escolares verificados em todos cenários, colocam
desafios acrescidos ao Sector no campo das construções escolares.
No Ensino Primário, até 2018 o Sector contava com cerca de 12.7 mil escolas do EP1
em funcionamento, com um total de 52 mil salas de aulas, das quais 24.5 são
convencionais (de cimento) e 8 mil de tijolo. As restantes (20 mil) salas são de
construção precária e necessitam de reabilitação. O EP2 funciona com 8 mil escolas
com um total de 40.4 mil salas de aulas, sendo 28,7 mil convencionais e de tijolos e as
restantes (11,7 mil) de construção precária. Também temos um total de mais de 4200
salas afectadas pelos recentes ciclones Idai e Kenneth no norte e centro do Pais e mais
1000 pelas recentes chuvas e ventos fortes no período chuvoso, do fim do ano 2019 e
início do ano 2020.Seria importante elaborar um plano da resposta e recuperação bem
coordenado pelo MINEDH/DIEE e os parceiros de Grupo de Coordenação de EeE para
acelerar a acomodação e o atendimento de mais de 381.000 alunos afectados.
Para a solução do problema das turmas ao ar livre, nas zonas rurais será potenciada a
construção de salas de aula com materiais mistos (salas “Mistas”), com programas de
envolvimento comunitário, incluindo capacitação e assistência técnica das comunidades,
para além da priorização das cotas de novas salas de aula para as províncias e distritos,
onde esse fenómeno se verificar mais acentuado. Nas zonas urbanas, com turmas ao ar
livre e turmas congestionadas, será priorizada a construção com recurso a projectos à
altura do MINEDH, como forma de resolver o problema da escassez de terra urbana.
Em média, o Sector precisará de construir no período de implementação deste plano,
adoptando o cenário 2, cerca de 800 salas de aulas por ano, para o Ensino Primário.
7

Um factor importante neste período, será a garantia da resiliência da construção escolar,


aplicando a estratégia introduzida em 2017, com base nas recomendações técnicas do
“Projecto Escolas Seguras” e os pacotes do projecto protótipo resiliente de
infraestruturas escolares conforme a zonificação de risco já definida. A aplicação dessa
estratégia será extensiva a escolas construídas por organizações, comunidades e
particulares, conforme a legislação a ser implementada a partir de 2020.
No ES1, o Sector possui 598 escolas, com 6.7 mil salas convencionais, e 514 de tijolo e
as restantes 180 de construção precária. O ES2 funciona em 269 escolas com 4 mil salas
de aulas, sendo que 3.946 são salas convencionais e as restantes 40 são salas precárias.
No geral, existem 220 salas precárias no ES e as de construção precária serão
substituídas ao longo do período de implementação do PEE.
Um grande esforço no início da década será dedicado à reconstrução do parque escolar
danificado pelos eventos naturais extremos do final do quinquénio passado e à criação
de resiliência institucional nesta área, continuando a execução dos actuais programas de
reforço (retrofitting) da infraestrutura antiga e reforçando institucionalmente o sector
das construções escolares para lidar de uma forma mais eficaz com as situações de
emergência.

O cenário 0 exige a construção de uma média de 1,5 mil salas por ano. No cenário 1, a
exigência é maior, uma vez que o número de alunos do ES irá aumentar de forma
acentuada. Assim, será necessário construir cerca de 2 mil salas de aulas, anualmente,
para cobrir as necessidades da expansão do ensino. O cenário 2 mostra que será
necessário construir cerca de 2,2 mil salas.
Com vista à sustentabilidade dos programas nesta área, deverá ser iniciado um
programa de manutenção do parque escolar, aplicando-se a Política e Estratégia de
Manutenção dos Edifícios Públicos, conforme a estratégia definida para as construções
escolares e ainda o disposto na nova legislação de aquisições do Estado, quanto à
inclusão de cláusulas contratuais de manutenção das novas obras pelos empreiteiros
envolvidos.
Com vista a melhorar a eficácia e a eficiência dos programas de construção escolar
serão introduzidas mudanças estruturais no sector das construções e equipamentos
escolares, a nível administrativo, de gestão e de políticas, obedecendo particularmente
aos seguintes princípios:
8

 Diversificação de estratégias construtivas, introduzindo novos, mais rápidos e


eficazes sistemas construtivos nomeadamente, sistemas pré-fabricados, sistemas
industrializados de construção rápida, padronização de elementos construtivos,
diversificação de materiais de construção e aplicação de materiais locais e
técnicas alternativas de construção e gestão dos projectos de construção;

 Doseamento mais eficaz no recurso a grandes e pequenos empreiteiros, de modo


a agrupar as obras em lotes diversificados, de acordo com a sua complexidade,
acessibilidade, extensão no terreno e garantia da qualidade pretendida;

 Desconcentração da estrutura central de gestão dos programas de construção


(DIEE), introduzindo a “não objecção” dos processos de aquisição de obras e
serviços relacionados e uma maior autonomia administrativa do Sector,
garantindo um maior controlo dos recursos alocados às construções, não só de
funcionamento, como também de investimento, e uma eficaz e mais sistemática
monitoria da qualidade das obras, tendo como foco a realização integral dos
programas de construção, em cada província e em cada campanha;

 Maior eficácia na gestão técnica provincial, optimizando o papel da assistência


técnica na capacitação institucional e no suporte e apoio à execução, num
sistema em que o monitor provincial esteja aliado ao resultado da execução das
actividades, capacitando os técnicos das unidades provinciais, para cada etapa do
processo e monitorando constantemente o alcance dos objectivos;

 Planificação estratégica da rede escolar, com recurso a uma Carta Escolar


abrangente e que permita realizar o diagnóstico da rede escolar a cada momento
e o prognóstico do seu desenvolvimento, em função dos critérios de expansão e
prioridades do PEE, colaborando com outras entidades a vários níveis, como
governos provinciais, distritais e municipais, tendo em conta a materialização
efectiva dos resultados e o alinhamento das prioridades aos vários níveis
administrativos.

3. Crescimento absoluto e crescimento relativo


Segundo Alpiaça (2000), a diferença entre os números de dois recenseamentos da
população global exprime o seu "crescimento absoluto".
3.1. Crescimento absoluto
9

Po = População global do ano 0


Pn = População global do ano N
n = Número de anos que separam os dois recenseamentos, onde crescimento absoluto =
(Pn -Po).
Exemplo pode considerar que no ano 1848 Moçambique registou uma população de
7.480.000 e em 1857 aumentou para 8.788.000.
O crescimento absoluto da população da Moçambicana entre 1948 e 1957 foi de:
8.788 .00−7.480 .000=1308.000

3.2. Crescimento relativo


Vós podeis também preferir calcular o crescimento relativo no lugar do crescimento
absoluto. Neste caso, exprimireis este último sob forma de percentagem da população
global do primeiro ano.
P n−P0
Crescimento relativo=
Pn
Exemplo (com base nos dados anteriores) O crescimento relativo da população da
Moçambicana entre 1948 e 1957 era de:
8.788.000−4.480.000
=0,1748 que representa uma percentagem de:
7.480.000
0,1749 ×100=17,49 %
Podem agora ir mais longe e determinar o crescimento absoluto e relativo por ano. Bem
entendido vamos supor que o crescimento da população não se opera de uma só vez mas
depois dum número absoluto que fica constante dum ano ao outro. Esta hipótese não é
forçosamente sempre válida mas ela facilita a comparação no tempo e entre diferentes
países.
No caso do crescimento absoluto constante por ano, o cálculo é simples:
Vocês dividem o crescimento absoluto observado entre duas datas de recenseamento
pelo número de anos passados:

3.3. Crescimento Absoluto constante por ano


∆ P k- Crescimento absoluto constante da população
Pt - População de 1848
Ptn- População de 1867
n−¿Número de anos passados
10

Ptn =Pt
∆ P k=
n

Exemplo O número absoluto constante de crescimento da população da


Moçambique, entre 1848 e 1867 foi de:

11.958−7.480
seja 235.740 pessoas por ano
9

Se uma população aumenta desta maneira, quer dizer por um número constante de
pessoas cada ano, observarão uma linha direita relacionando este contorno de
crescimento num gráfico. Neste caso, trata-se de "crescimento linear". Mas em geral, as
variáveis, como aquelas da população não se desenvolvem de modo linear. Toda a
constante no contorno do crescimento produz-se provavelmente de maneira relativa. Em
outros termos, a população tende a aumentar por um crescimento relativo constante de
um ano para o outro.

3.4. Taxas de crescimento médio anual


A medida que exprime o crescimento relativo constante por ano duma variável (aqui a
variável é a população total) durante um período determinado é a "taxa de crescimento
anual médio". O método mais simples para calcular é a fórmula bem conhecida dos
interesses compostos. Convém notar com cuidado que a taxa de crescimento anual
médio não se obtém dividindo o crescimento relativo, para todo o período, pelo número
de anos do período. Por exemplo, seria errado dizer que a taxa de crescimento anual
médio, seria obtido dividindo 17,49% por 9. A razão aparece claramente pelo exame do
modo de cálculo de taxas de crescimento anual. Para este efeito, podem utilizar os
símbolos precedentes Po, Pn e juntar-lhes o símbolo "r" que representa a taxa de
crescimento anual médio.
Suponhamos que partimos do ano "0" com a população , e que a taxa de crescimento
seja igual à "r". O ano seguinte, quer dizer o ano 1, será:
P1=P0 + P¿ …
O crescimento relativo seria igual á r, o crescimento absoluto é P0Evidentemente igual
à r, e este crescimento absoluto se junta a população P0do ano 0
P1=P0 + P0 r , pode assim ser escrita
P1=P0 (1+r )
Se a taxa de crescimento é constante e continua a ser igual a r do ano 1 ao ano 2, então
teremos:
11

P2=P1 (1+r )
Se a taxa de crescimento é constante e continua a ser igual a r do ano 1 ao ano 2, então
teremos:
2
P2=P0 × ( 1+r ) × ( 1+r )=P0 (1+ r )
Pn=P 0 ( 1+r )n
Generalizando esta formula a n anos podemos escrever.

4. Índice da Evolução de matrículas

4.1. Evolução dos Alunos Matriculados


O Ensino primário em Moçambique mostrou uma tendência de crescimento durante a
última década. Como exemplo disso, entre 1993 e 1999, o número de alunos
matriculados no EP1 aumentou em cerca de 871.000 o que representa um crescimento
absoluto na taxa bruta de escolaridade em 32 pontos percentuais, isto de 60 por cento
para 92 por cento durante o mesmo período, (World Bank, 2003).
Por outro lado, o EP2 também registou um crescimento no número de alunos.
Estimativas apontam para um aumento em cerca de 65 por cento do efectivo escolar,
isto é, de 119.000 alunos em 1993 para cerca de 193.000 alunos em 1999. Este
crescimento pode ser atribuído em parte à expansão da rede escolar principalmente nas
zonas rurais, onde o número de escolas quase que duplicou durante o período. Como
resultado do aumento do número de alunos matriculados, as taxas brutas de escolaridade
conheceram um crescimento assinalável ao longo do mesmo período, contudo, em
termos relativos, o EP2 registou menor crescimento deste indicador (em 8 pontos
percentuais) contra os 32 pontos percentuais registados ao nível do EP1. A Tabela
mostra a evolução dos alunos matriculados no ensino primário, para um determinado
número de anos seleccionados.
1993 1995 1997 1999
Ensino Número TBE Número TBE Número TBE Número TBE
Primario de alunos (em de alunos (em de alunos (em de alunos (em
%) %) %) %)
EP1 1,237,06 60,3 1,436,831 68,3 1,780,881 82,7 2,108,790 92,3
3
EP2 118,909 16,7 136,464 18,7 164,078 22,0 193,523 24,4
12

Consistente com as estimativas do World Bank sobre a evolução do número de alunos


matriculados no ensino primário, a Figura 1 mostra a tendência dos efectivos escolares
neste nível de ensino, concretamente para duas classes seleccionadas (1ª e 7ª), por
género e durante dois períodos distintos (1992 e 2003). Nela constata-se um
crescimento tanto no número de rapazes como das raparigas matriculadas. Contudo, os
rapazes mostram-se substancialmente em maior número (em todas as classes que
compõem o Ensino Primário) do que as raparigas e esta diferença é mais acentuada na
1ª classe, porém na 7ª classe, há uma tendência de redução deste “gap”. Mas, isto sugere
que à medida que se vai alcançando níveis de escolaridade mais elevados, menores são
as probabilidades de se encontrar uma rapariga, o que significa que as taxas de
retenção2 ou permanência das raparigas no sistema de ensino ainda são menores em
comparação com os rapazes. No ESG1, e contrariamente ao EP1, a tendência dos alunos
matriculados mostra um crescimento acentuado nos últimos anos, a partir do ano 2000,
após ter conhecido períodos de relativa estabilidade na década passada. Este
crescimento é notório para ambos os sexos..
As tendências sobre o número de professores também ajudam a fornecer uma ideia
sobre o funcionamento do sistema de educação. A Figura 3 mostra o rácio entre alunos e
professores ao nível do ensino primário (EP1 e EP2) e as tendências em termos
absolutos sobre o número de professores, desde 1992 a 2003.
O rácio alunos por professor registou um crescimento assinalável desde 1992 a 1997
chegando a ser superior ao crescimento no número dos professores do ensino primário.
Isto se deve ao facto de que, durante este período o número de alunos matriculados ter
aumentado mais do que a capacidade de oferta de professores ao nível do sistema. Mas
tendências recentes mostram uma redução do rácio alunos por professor, situando-se
este actualmente em cerca de 62 alunos por professor, a nível nacional, e em termos
provinciais, a Zambézia apresenta o maior rácio (cerca de 72 alunos por professor).
Embora o número de professores apresente uma tendência crescente, porém este ainda
está aquém de satisfazer as exigências recomendáveis3 de modo a garantir um contacto
suficiente entre alunos e professor.
Por sua vez, dados sobre o mesmo rácio para o ESG1 mostram um aumento neste,
principalmente nos últimos anos, em comparação a 1992. Por exemplo, actualmente
estima-se em 47 o rácio alunos por professor contra os 17 alunos por professor
registados em 1992, em parte devido ao aumento acelerado do numero de alunos nos
últimos anos ao nível do ESG1
13

5. Conclusão
Portanto, a melhoria de desempenho não se restringe ao comprometimento dos alunos
durante os estudos e realizações das avaliações. São necessárias ações reais, adequadas,
duradouras e comprometedoras da comunidade para a comunidade escolar, além da
adequação, valorização, estabilidade e comprometimento da equipe gestora e do corpo
docente na condução de seus trabalhos para que esta situação se reverta, isto é, os
índices da evolução do efectivo continuem evoluindo e possam atingir a meta proposta
pelo MINED para o ano de 2030, para que toda a sociedade possa usufruir dos
benefícios desta educação de qualidade que o estado de moçambicano deve oferecer.
14

6. Referencias Bibliográficas
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Publica
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Will we make it? / L'éducation pour tous en 2015 Un objectif accessible? UNESCO
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