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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Tutor:
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Índice
1. Introdução..................................................................................................................3
a) Objectivo Geral......................................................................................................3
b) Objectivos específicos................................................................................................3
Metodologia de pesquisa...................................................................................................3
2. Conceituação da ciência.............................................................................................4
3. O Conhecimento.....................................................................................................7
4. Conclusão.................................................................................................................12
5. Referências Bibliográficas.......................................................................................13
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1. Introdução
Dentro deste trabalho vou falar sobre a ciência e a construção do conhecimento. Ora a
ciência está tão fortemente entrelaçada com o mundo moderno que é difícil pontuar a
sua importância. A ciência contribui para o aumento da expectativa de vida, fornece
equipamentos, medicamentos e dispositivos para a manutenção da saúde. Permite o
aumento da produção de alimentos e amplia a oferta de comida. Devido à ciência, hoje
há várias formas de se obter energia, por meio de combustíveis, do Sol, da água ou dos
ventos. A ciência oferece soluções para um quotidiano mais prático, seguro e
confortável."
a) Objectivo Geral.
b) Objectivos específicos
Cabe ainda, consoante Moreira e Caleffe (2006, p. 74), informar que este trabalho
do campo é de cunho principalmente bibliográfico, onde “é desenvolvida a partir de
material já elaborado”. Documentos digitais, contidos em sites, também serviram
para ilustrar o trabalho, a fim de fazer a temática mais entendível. Assim, foram
determinados os objectivos do trabalho, a escolha dos documentos e sua
acessibilidade, a análise dos tais, seguida da apresentação dos resultados.
Com relação ao corpus, este foi constituído dos textos obtidos dos livros e das
informações dos sítios da internet, para a possível análise acerca da ciência e a
construção do conhecimento.
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2. Conceituação da ciência
Francis Bacon (1561-1626) tem no "Novum organum" uma obra fundamental em que
compreende a ciência como um novo órgão, um novo sentido do pensamento. Com ele
tem início o carácter "prometéico" da ciência: não um saber contemplativo e
desinteressado, mas um saber instrumental, que possibilite a dominação da natureza:
Bacon propôs uma separação entre a ciência e as humanidades (estas preocupadas com
a justiça, com as pessoas, com a natureza, com o sagrado) e foi forte propulsor do
empiricismo, difundindo a crença de que o ponto de partida de todo conhecimento
deveria ser a observação, a descrição fiel da realidade, isenta de julgamentos e
interpretações.
Por fim, Galileu Galilei (1564-1642) é reconhecido por muitos como o pai do método
científico. Seu trabalho é menos filosófico do que o dos dois pensadores citados
anteriormente, mas foi sobretudo ele quem enfatizou a atitude empírica na pesquisa
científica e, rompendo com as indicações de Aristóteles que eram tomadas sem
questionamentos por outros pesquisadores, buscou medir os fenómenos e fazer
observações quantitativas. Dentre suas diversas contribuições (como a lei da inércia)
destaca-se a teoria heliocêntrica, por meio da qual pôde comprovar as ideias de
Copérnico, e pela qual foi submetido a julgamento durante a Inquisição em Roma, em
1633. Foi obrigado a se retratar publicamente do conceito de rotação da Terra em torno
do Sol.
A ciência, pois, é uma forma de conhecimento que, compreendida num sentido mais
específico, surge historicamente no século XVI, dentro do processo da Modernidade de
ruptura com o mundo feudal e eclesiástico, embasada filosoficamente pelo Iluminismo e
originada com o Renascimento. "O discurso científico tem a intenção confessada de
produzir conhecimento, numa busca sem fim da verdade" (Alves, 1987: 170). Para
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conseguir alcançar esse conhecimento mais adequado, mais fiel à realidade, a ciência
busca o desejado equilíbrio entre as duas dinâmicas do conhecimento, isto é, a constante
renovação e a consolidação dos conhecimentos já construídos.
Essas características são também levantadas por Alves. Para o autor, contudo, não se
deve falar em ruptura do conhecimento científico com o senso comum. Embora eles
sejam "muito diferentes" um do outro (Alves, 1987: 37), "existe uma continuidade entre
o pensamento científico e o senso comum" (Ibidem: 17). Com isso, o autor argumenta
que a ciência não deve ser vista como uma forma de conhecimento completamente
distante do fazer humano, dotada de autoridade inquestionável. Entre as características
da ciência, ainda conforme o autor, destacam-se a busca de ordem, a formulação de
modelos e leis que explicam o funcionamento dos fenómenos e da natureza, o abandono
dos valores e a busca de um saber objectivo, o uso de hipóteses e de experimentação
que permite medir os eventos com precisão e o rigor do pensamento com a utilização do
raciocínio lógico.
Torna-se mais fácil compreender a ciência após a delimitação das outras formas de
conhecimento. Afinal, o conhecimento científico nasce da proposta de um
conhecimento diferente dos demais, porque busca compensar as limitações do
conhecimento religioso, artístico e do senso comum. A busca de um conhecimento mais
confiável da realidade está presente desde a pré-história:
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"Mas, o que é ciência? Quando o homem do paleolítico encontrou um mamute,
percebeu imediatamente que não podia enfrentá-lo. Fugiu correndo e, na
incoerência aterrorizada da corrida, caiu e feriu o joelho num sílex.
Compreendeu que o sílex era mais duro que o joelho. Ora, o homem é o único
animal que reuniu essas diversas experiências para formular uma hipótese de
trabalho (...) [após construir uma arma para enfrentar o mamute, o homem]
concebera uma hipótese de trabalho e verificara experimentalmente o seu valor.
Era sem dúvida uma actividade científica." (Laborit, 1988: 23).
De acordo com outro autor, "a ciência tem as suas origens nas necessidades de conhecer
e compreender (ou explicar), isto é, nas necessidades cognitivas" (Maslow, 1979: 206).
De um conhecimento difuso, espalhado, assistemático e desorganizado, passa-se a um
trabalho de arranjo segundo certas relações, de disposição metódica. Esse processo é
fundamental para a composição de campos específicos do conhecimento.
Michel Serres (1989), no tratado que organiza sobre a história da ciência, apresenta as
principais eras científicas ou do conhecimento, isto é, eras marcadas por uma grande
sistematização dos conhecimentos: a Matemática no Egipto Antigo e Mesopotâmia, a
Grécia Clássica, a Intermediação Árabe, a Teologia da Idade Média e a Ciência
Moderna (que, em sentido estrito, é a única forma de conhecimento que realmente pode
ser classificada como "científica").
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2.3. A ciência na pós-modernidade
3. O Conhecimento
O dicionário Houaiss Electrónico (2009) dá diversos significados para o termo
conhecimento, dentre os quais, destacaremos as três primeiras definições:
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Religioso – advém da revelação divina e sobrenatural. (MARCONI e
LAKATOS, 2010).
Segundo Bardine (n.d), a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela,
teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento.
Para Laville (1999), o Conhecimento faz do ser humano um ser diverso dos demais, na
medida em que lhe possibilita fugir da submissão à natureza. A acção dos animais na
natureza é biologicamente determinada, por mais sofisticadas que possam ser, por
exemplo, a casa do joão-de-barro ou a organização de uma colmeia, isso leva em conta
apenas a sobrevivência da espécie.
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O homem actua na natureza não somente em relação às necessidades de sobrevivência,
(ou apenas de forma biologicamente determinada) mas se dá principalmente pela
incorporação de experiências e conhecimentos produzidos e transmitidos de geração a
geração, através da educação e da cultura, isso permite que a nova geração não volte ao
ponto de partida da que a precedeu. Ao actuar o homem imprime sua marca na natureza,
torna-a humanizada. E à medida que a domina e transforma, também amplia ou
desenvolve suas próprias necessidades. Uns dos melhores exemplos desta atuação são as
cidades.
Mas a realidade não se deixa revelar facilmente. Ela é constituída de numerosos níveis e
estruturas, de um mesmo objecto podemos obter conhecimento da realidade em diversos
níveis distintos.
Em outras palavras, a realidade é tão complexa que o homem, para apropriar-se dela,
teve de aceitar diferentes tipos de conhecimento.
Conhecimento Empírico.
Conhecimento Científico.
Conhecimento Filosófico.
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Conhecimento Teológico.
Laville (1999), o conhecimento científico vai além da visão empírica, preocupa-se não
só com os efeitos, mas principalmente com as causas e leis que o motivaram, esta nova
percepção do conhecimento se deu de forma lenta e gradual, evoluindo de um conceito
que era entendido como um sistema de proposições rigorosamente demonstradas e
imutáveis, para um processo contínuo de construção, onde não existe o pronto e o
definitivo, “é uma busca constante de explicações e soluções e a reavaliação de seus
resultados”. Este conceito ganhou força a partir do século XVI com Copérnico, Bacon,
Galileu, Descartes e outros.
No seu conceito teórico, é tratado como um saber ordenado e lógico que possibilita a
formação de ideias, num processo complexo de pesquisa, análise e síntese, de maneira
que as afirmações que não podem ser comprovadas são descartadas do âmbito da
ciência. Este conhecimento é privilégio de especialistas das diversas áreas das ciências.
Emergente da experiência, “suas hipóteses assim como seus postulados, não poderão ser
submetidos ao decisivo teste da observação”. O objecto de análise da filosofia são
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ideias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades
materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial directa ou
indirecta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico.
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4. Conclusão
A ciência pode ser vista como produto do desenvolvimento histórico e social dos
processos de produção de conhecimento, sendo mais um elemento da realidade a ser
estudado e descrito do que uma categoria "científica". Ao colocar em suspensão a
categoria de cientificidade, o autor passa a compreender a ciência dentro de um espectro
teórico mais amplo e mais crítico.
Outros estudos relevantes são aqueles que se debruçam sobre a comunicação científica,
isto é, sobre as formas como os cientistas se comunicam entre si, trocam informações e
referenciam uns aos outros na produção do conhecimento científico.
O conhecimento do censo comum e o conhecimento científico divergem em significado
e na operacionalidade, porém convergem no ato de informar - no tocante que cada um
possui sua maneira de estabelecer comunicação. O autor deste trabalho observou que
muitos imaginam que estes sistemas de conhecimento jamais teriam condições de se
auto completarem, e foi verificado o conhecimento empírico possibilita o auxílio à
formação do científico, quando o primeiro serve de estímulo ao segundo. Estas
discussões aqui realizadas não abarcam toda carga de relações entre os dois níveis de
conhecimento comparados, no entanto, as informações extraídas e manipuladas em
diálogo serviram para elucidar sobre a estreita ligação entre estes tipos de saber.
Partindo da idealização de que o conhecimento do censo comum pode auxiliar na
composição do conhecimento científico, é aguardado que novos trabalhos sejam
produzidos e que apresentem, em complementaridade, processos do saber popular para
o científico.
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5. Referências Bibliográficas
LABORIT, H. (1988). Deus não joga dados. São Paulo: Trajetória Cultural
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