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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

RELATÓRIO DE AULA

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

De: Augusta Wendo Victorino

Cadeira: MIE

Curso: Ciências da Educação

Especialidade: Educação Especial

A Docente:

____________________

Madalena Walinga Marcos, PhD

BENGUELA, 21 DE ABRIL DE 2023


REPÚBLICA DE ANGOLA
MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

RELATÓRIO DE AULA

METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
EM CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

De: Augusta Wendo Victorino

Cadeira: MIE

Curso: Ciências da Educação

Especialidade: Educação Especial

A Docente:

____________________

Madalena Walinga Marcos, PhD

BENGUELA, 21 DE ABRIL DE 2023


ÍNDICE

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
1.1. CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................ 5
1.2. O CONHECIMENTO CIENTÍFICO COMO UMA ESTRUTURA FUNCIONAL 5
1.2.1. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS ........... 5
1.2.2. A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E SUA TIPOLOGIA............................... 10
1.3. NÍVEIS DO CONHECIMENTO ............................................................................... 12
1.4. TEORIAS CIENTÍFICAS ............................................................................................. 14
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 16
INTRODUÇÃO

O conhecimento científico tem se demarcado pela sua complexibilidade,


que inclusive envolvi-se intimamente com a história da universidade, pois este
é o seu berço.

Neste caso, o conhecimento científico é corfulado na universidade como


consequência da crítica e análise feitas aos objectos, fenómeno e fáctos. Com
isso, surge a necessidade de que este conhecimento siga regras para a sua
efectivação, comprovação e universalidade.

Estas regras são amplamente estudadas e fornecidades pela


metodologia de Investigação, responsável pela formulação científica nas
universidades.

Então, noto a sua importância porque fornece as ferramentas


necessárias ao individuo para que alcance os melhores resultados em sua
pesquisa e não fique a deriva.

Para tal, neste relatório, empreenderemos uma pesquisa bibliográfica


em busca de informação que nos ajude a conhecer a Metodologia de
Investigação em Ciências Humanas e Sociais. Tomando como objectivos
específicos, os seguintes:

1. Conceituar as palavras basicas relacionadas com a Metodologia de


Investigação;
2. Apresentar o conhecimento científico como uma estrutura funcional;
3. Enumerar os níveis do conhecimento;
4. Conceituar a teoria científica

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1.1. CONCEITOS BÁSICOS

Método “é a ordem que se deve impor aos diferentes processos


necessários para atingir um certo fim ou um resultado desejado. Nas ciências,
entende-se por método o conjunto de processos empregados na investigação e
na demonstração da verdade” Cervo e Bervian (2002, p. 23) p 20

Pesquisa é “Um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e crítico,


que permite descobrir fatos novos ou dados, relações Período 1 25 UNIDADE 1
! ou leis, em qualquer campo do conhecimento (ANDEREGG apud LAKATOS;
MARCONI, 1991, p. 154). P 24 e 25

Para Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, estudo


sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da
organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa
ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente, significa o estudo
dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.
P12

Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como o (...) procedimento


racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos
problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo
constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a
apresentação e discussão dos resultados. P12

Fonseca (2002, p. 11-2), ciência “É o saber produzido através do


raciocínio lógico associado à experimentação prática. Caracteriza-se por um
conjunto de modelos de observação, identificação, descrição, investigação
experimental e explanação teórica de fenômenos. O método científico envolve
técnicas exatas, objetivas e sistemáticas. Regras fixas para a formação de
conceitos, para a condução de observações, para a realização de
experimentos e para a validação de hipóteses explicativas. P14

1.2. O CONHECIMENTO CIENTÍFICO COMO UMA ESTRUTURA


FUNCIONAL
1.2.1. PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO E SUAS CARACTERÍSTICAS

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Para Minayo (2002, p.26) os momentos que a pesquisa percorre são
chamados de “ciclo da pesquisa, ou seja, um processo de trabalho em espiral
que começa com uma dúvida, um problema, uma pergunta e termina com um
produto provisório capaz de dar origem a novas interrogações”.

 Escolha do assunto/tema de investigação.


Luckesi et al. (1986) entendem que assunto se refere a uma área
do conhecimento. Assunto é mais amplo, enquanto tema é mais
específico, é extraído de um assunto genérico. A escolha do tema
é a decisão mais difícil do processo. É resultado da interação de
fatores internos e externos. A seleção de um tema pode,
inicialmente, nascer da curiosidade do pesquisador. Essa
curiosidade pode estar atrelada a uma incompreensão teórica,
uma dúvida ou mesmo um questionamento relacionado ao
cotidiano da organização. É também necessário que o
pesquisador faça uma reflexão pessoal sobre suas habilidades,
conhecimento, preferências, segurança, aptidões, interesse e
afinidade com o tema. Reflexões sobre o significado e a
relevância do tema na atualidade, contribuição, repercussão do
estudo para o conhecimento e para a organização são, da mesma
forma, essenciais.
 Delimitação e problematização do tema.
Delimitar o tema é colocar uma moldura, fazer um recorte, é focar
o tema em um ângulo específico, dizer o que fica dentro e o que
fica fora do estudo, é a colocação de fronteiras em relação às
variáveis, ao tempo, ao objeto de estudo e às pessoas que
participarão da pesquisa.
Após a definição do tema, é preciso formular um problema de
pesquisa, isto é, problematizá-lo, pois o processo de pesquisa
desencadeia-se a partir de uma dúvida, um questionamento. O
problema de pesquisa é também chamado por alguns autores de
“questão norteadora da pesquisa” ou simplesmente questão de
pesquisa. Problematizar o tema, segundo Quivy e Campenhoudt
(1992), é procurar enunciá-lo na forma de uma pergunta de

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partida, mediante a qual o investigador tenta exprimir o que
procura saber, elucidar e compreender. Na concepção de Luckesi
et al. (1986, p.178), problematizar o tema “é sempre uma
pergunta, uma curiosidade, um desafio que move o homem a
investigar, a procurar saber, a desvendar os mistérios, a superar
interrogações, a vencer desafios”.
 Reunir a documentação bibliográfica disponível.
Essa etapa envolve o levantamento bibliográfico, o processo de
leitura, as normas de redação científica e as normas de
documentação. É a fase da pesquisa em que se busca ampliar o
conhecimento sobre o tema objeto de estudo. Na visão de
Limoeiro Cardoso (apud MINAYO, 1996, p.89): O conhecimento
se faz a custo de muitas tentativas e da incidência de muitos
feixes de luz, multiplicando os pontos de vista diferentes. A
incidência de um único feixe de luz não é suficiente para iluminar
um objeto. O resultado dessa experiência só pode ser incompleto
e imperfeito, dependendo da perspectiva em que a luz é irradiada
e da sua intensidade. A incidência a partir de outros pontos de
vista e de outras intensidades luminosas vai dando formas mais
definidas ao objeto, vai construindo um objeto que lhe é próprio. A
utilização de outras fontes luminosas poderá formar um objeto
inteiramente diverso ou indicar dimensão inteiramente nova ao
objeto. A revisão da base teórica conceitual inclui a pesquisa
bibliográfica e a documental. O primeiro passo para a pesquisa
bibliográfica é, naturalmente, pesquisar o acervo de bibliotecas:
livros, periódicos especializados, trabalhos acadêmicos
(monografias, dissertações e teses). Importante é buscar
diferentes correntes teóricas e pontos de vista de autores para
ampliar e sedimentar a posição que o pesquisador adotará na
investigação. A pesquisa documental inclui as publicações gerais
(jornais e revistas especializadas ou não), governamentais
(MATTAR, 1999).
 Justificativa

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Explicar as razões da escolha do tema, ou melhor, os fatores que
contribuíram para a decisão.
Trata-se da relevância de tal investigação ser realizada. A
justificativa deve articular a relevância intelectual e prática do
problema pesquisado, diz Deslandes (2002), e descrever “os
motivos vivenciais e teóricos que impulsionaram a escolha do
objetivo”, complementa Minayo (1996, p.99). Para justificar a
relevância da pesquisa, sugere-se o levantamento bibliográfico de
pesquisas já realizadas, identificando os problemas que foram
pesquisados e aqueles que não foram pesquisados. Quanto à
relevância prática, devem-se informar os benefícios que podem
decorrer da resposta ao problema de pesquisa. Castro (1978,
p.56) expõe que um trabalho pode ser justificado a partir de sua
importância, originalidade e viabilidade. Para o autor, um trabalho
é importante “quando está de alguma forma ligado a uma questão
crucial que polariza ou afeta um segmento substancial da
sociedade.
 Determinar os objetivos ou os propósitos do estudo.
Porém, nem sempre os passos dessa caminhada dão-se de
forma linear, como está colocado aqui: escolha do tema,
delimitação e problematização do tema de pesquisa, reunião da
documentação bibliográfica e elaboração da revisão da base
teórica conceitual. Essa seqüência auxilia muito a caminhada,
mas, muitas vezes, o problema só fica claramente definido após a
determinação dos objetivos da pesquisa. Os objetivos precisam
ter: clareza e precisão: “Um objetivo claro e preciso é aquele que
exclui a possibilidade de que seu propósito seja confundido com
outro qualquer” (GIL, 1999, p.41); e realismo: ao se definir um
objetivo, o investigador deve ter certeza de que irá alcançá-lo. Se
o problema é uma questão a investigar, o objetivo é um resultado
a alcançar, diz Vergara (1997). É comum classificar os objetivos
em geral e específicos. O objetivo geral tem dimensões mais
amplas e é articulado a outros objetivos mais específicos.
 Procedimentos metodológicos.
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Nesse momento, é preciso planejar: Quais são as informações
necessárias para responder ao problema de pesquisa? Onde elas
estão: nas pessoas? Quem são essas pessoas? Onde essas
pessoas estão? Em documentos? Quais são esses documentos?
De que forma obtê-las? Como trabalhar essas informações? A
resposta exige uma reflexão apurada, que considere aspectos
favoráveis e desfavoráveis de cada alternativa, pautada nas
Normas de Conduta Ética na Pesquisa que envolve seres
humanos. autonomia e defendê-los em sua vulnerabilidade);
ponderação A ética na pesquisa implica: consentimento livre e
esclarecido dos sujeitos envolvidos (tratá-los com dignidade,
respeitá-los em sua entre riscos e benefícios tanto atuais como
individuais ou coletivos; e relevância social da pesquisa com
vantagens significativas para os sujeitos da pesquisa com justiça
e equidade.
 Etapa de execução
Para Mattar (1999) a etapa de execução da pesquisa envolve três
momentos: a preparação do campo, o campo, o processamento e
análise.
Na preparação do campo, o autor (p.67) sugere as seguintes
atividades: construção, pré-teste e reformulações do instrumento
de pesquisa e do manual de campo; impressão do instrumento e
do manual de campo; formação da equipe de campo:
recrutamento, seleção e treinamento; e distribuição do trabalho
entre a equipe. No campo, tem-se “a coleta de dados e a
conferência, verificação e correção dos preenchimentos dos
instrumentos de coleta de dados”, segundo Mattar (1999, p.67).
No processamento e na análise, é feita a digitação, o
processamento, a análise e a interpretação dos dados. É o
momento de relacionar os dados coletados com o problema e os
objetivos da pesquisa, de “forma a permitir abstrações,
conclusões, sugestões e recomendações relevantes para
solucionar ou ajudar na solução do problema ou para sugerir a
realização de novas pesquisas [...]” (MATTAR, 1999, p.67).

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 A comunicação dos resultados
Esse é momento quando o que foi feito, por que foi feito, para que
e como são transformados em informações organizadas e claras.
Nesse encadeamento das idéias, pode-se: explicar, isto é,
descrever, evidenciar, o que está implícito; discutir, isto é,
comparar as idéias contrárias; demonstrar por meio da
argumentação, ou seja, do raciocínio lógico, da evidência racional
dos fatos de maneira ordenada (KÖCHE, 1997).

1.2.2. A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E SUA TIPOLOGIA

A pesquisa pode ser diferenciada quanto à natureza, aos métodos (ou


abordagens metodológicas), quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos.
E em que residiria cada uma dessas diferenças?

Quanto à natureza, a pesquisa pode ser básica ou aplicada.

A pesquisa básica objetiva gerar conhecimento novo para o avanço da


ciência, busca gerar verdades, ainda que temporárias e relativas, de interesses
mais amplos (universalidade), não localizados. Não tem, todavia, compromisso
de aplicação prática do resultado. Por exemplo, estudar as propriedades de
determinado mineral. A pesquisa básica pode ser classificada em de avaliação
e de diagnóstico. De avaliação: atribui valor a um fenômeno estudado. Para
tanto, necessita de parâmetros bem estabelecidos de comparação ou
referência. Pode ter seu foco nos procedimentos ou nos resultados. Já a
pesquisa de diagnóstico busca traçar um panorama de uma determinada
realidade.

Aplicada A pesquisa aplicada é dedicada à geração de conhecimento


para solução de problemas específicos, é dirigida à busca da verdade para
determinada aplicação prática em situação particular. Por exemplo, estudar o
efeito dos estilos de liderança no clima organizacional em certa empresa para
melhorar as relações interpessoais no ambiente de trabalho. Pode ser
chamada também de proposição de planos, pois busca apresentar soluções
para determinadas questões organizacionais.

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Quanto à abordagem ou metodologia, a pesquisa obedece a um ou a
dois métodos, ou à conjugação de ambos: - abordagem ou método quantitativo;
- abordagem ou método qualitativo. Tais abordagens e métodos têm
características diferentes, mas carregam caráter complementar, não
excludente. Alguns autores, a exemplo das estudiosas da temática Menga
Lüdke e Marli André (1999), afirmam que uma pesquisa não seria somente
quantitativa, pois na escolha das variáveis o pesquisador estaria operando com
aspectos qualitativos. Também não seria somente qualitativa, porquanto
haveria quantificação na escolha das variáveis a serem estudadas. Assim,
talvez pareça desafiadora, ou ultrapassada, a discussão sobre a possibilidade
de uma pesquisa ser somente qualitativista ou quantitativista.

Método ou abordagem quantitativa É mais utilizado em pesquisas de


ciências naturais. É uma abordagem ou método que emprega medidas
padronizadas e sistemáticas, reunindo respostas pré-determinadas, facilitando
a comparação e a análise de medidas estatísticas de dados. É facilmente
apresentada em pouco tempo, de aplicação recomendável nos seguintes
casos: - categorias de análise não pré-determinadas; - estudo das questões
com profundidade; - avaliação de informações sobre menor número de
fenômenos em estudo; - descrição detalhada sobre os fenômenos observados.

Método ou abordagem qualitativa É mais apropriado a pesquisas da


área das ciências sociais. É baseado na interpretação dos fenômenos
observados e no significado que carregam, ou no significado atribuído pelo
pesquisador, dada a realidade em que os fenômenos estão inseridos.
Considera a realidade e a particularidade de cada sujeito objeto da pesquisa. O
processo é descritivo, indutivo, de observação que considera a singularidade
do sujeito e a subjetividade do fenômeno, sem levar em conta princípios já
estabelecidos. Permite generalizações de forma moderada, tendo em vista que
parte de casos particulares. Veja-se ao final do capítulo sexto do livro, nas
páginas 88 a 101, texto sobre a questão objetivista, mais afeita ao método
quantitativo, e acerca da questão subjetivista, que tem corte de método
qualitativo.

Quanto aos objetivos Quanto aos objetivos, as pesquisas podem ser:

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Pesquisas exploratórias Conforme leciona Gil (1991), pesquisas
exploratórias objetivam facilitar familiaridade do pesquisador com o problema
objeto da pesquisa, para permitir a construção de hipóteses ou tornar a
questão mais clara. Os exemplos mais conhecidos de pesquisas exploratórias
são as pesquisas bibliográficas e os estudos de caso. São empregadas para: -
levantamentos/estudos bibliográficos; - análise de exemplos que auxiliem a
compreensão do problema; - levantamentos e entrevistas com pessoas
envolvidas com o problema objeto da pesquisa; - estudo de caso.

Pesquisas descritivas Buscam a descrição de características de


populações ou fenômenos e de correlação entre variáveis. São apropriadas a
levantamentos. São empregadas, por exemplo, nos seguintes tipos de
investigação: - levantar opiniões; - levantar atitudes, valores e crenças; -
descobrir correlação entre variáveis (por exemplo, correlação entre a
preferência por determinado lazer e nível cultural ou de renda das pessoas); -
levantar nível de escolaridade, preferência por candidatos, renda, gênero,
gosto, origem, raça, idioma e outras características de uma população.

Pesquisas explicativas Essas têm uso mais restrito. Empregam o


método experimental de pesquisa, e são dotadas de complexidade, servindo
para identificar atributos ou fatores que determinam a ocorrência de
fenômenos. São encontradas, geralmente, em pesquisas tipificadas quanto ao
5 procedimento como experimental ou ex-post facto.

Quanto aos procedimentos, técnicas ou tipos de pesquisa, as mais


conhecidas são: estudo de caso; pesquisa documental; pesquisa bibliográfica;
levantamento; ex-post facto; pesquisa participante; pesquisa-ação; pesquisa
etnográfica; pesquisa fenomenológica; pesquisa experimental.

1.3. NÍVEIS DO CONHECIMENTO


CONHECIMENTO POPULAR

O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta


numa seleção operada com base em estados de ânimo e emoções: como o
conhecimento implica uma dualidade de realidades, isto é, de um lado o sujeito

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cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, e este é possuído, de certa forma,
pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objeto conhecido. É
também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o objeto, não
pode ser reduzido a uma formulação geral.

1.3.1. CONHECIMENTO FILOSÓFICO o conhecimento fIlosófico é valorativo,


pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não poderão ser
submetidas à observação: "as hipóteses fIlosóficas baseiamse na
experiência, portanto, este conhecimento emerge da experiência e não
da experimentação" (Trujillo, 1974: 12);
1.3.2. CONHECIMENTO RELIGIOSO O conhecimento religioso, isto é,
teológico, apóia-se em doutrinas que contêm proposições sagradas
(valorativas), por terem sido reveladas pelo sobrenatural (inspiracional)
e, por esse motivo, tais verdades são consideradas infalíveis e
indiscutíveis (exatas); é um conhecimento sistemático do mundo
(origem, significado, fmalidade e destino) como obra de um criador
divino; suas evidências não são verificadas: está sempre implícita uma
atitude de fé perante um conhecimento revelado.
1.3.3. CONHECIMENTO CIENTÍFICO Finalmente, o conhecimento científico é
real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda
"forma de existência que se manifesta de algum modo" (frujillo,
1974:14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas
proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou falsidade conhecida
através da experiência e não apenas pela razão, como ocorre no
conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber
ordenado logicamente, formando um sistema de idéias (teoria) e não
conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica da
verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não
podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ,ciência.
Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo,
absoluto ou mal e, por este motivo, é aproximadamente exato: novas
proposições e o desenvolvimento de técnicas podem reformular o
acervo de teoria existente.

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1.4. TEORIAS CIENTÍFICAS

"Teoria científica é o conjunto de conhecimentos que procura explicar,


com alto grau de exatidão, fenômenos abrangentes da natureza, ou seja, é
diferente do significado da palavra "teoria" utilizada no dia a dia, no senso
comum, quando dizemos que algo “é apenas uma teoria”, no sentido de que é
uma mera especulação. Um exemplo de teoria científica é a Teoria da
Evolução, que explica como espécies se transformam ao longo do tempo.

O método científico engloba a observação de um fato; elaboração de


uma “pergunta” acerca desse fato, com base em uma teoria que precisa ser
explicada; e formulação de uma hipótese, consistindo em possíveis respostas
testáveis para esta pergunta.

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CONCLUSÃO

Terminado o trabalho, cheguei a conclusão de que a Metodologia de


Investigação em Ciências Humana e Sociais utilizadas na Educação, serve de
suporte técnico e não só, para a efectivação do conhecimento científico nesta
área.

Conceituei as palavras básicas relacionadas com a Metodologia de


Investigação, como sendo: Método, a organização imposta à investigação;
Pesquisa, a forma como será obtido este conhecimento; e Ciência responsável
por moldar este conhecimento de forma a ser aceite na comunidade científica.

Apresentei o conhecimento científico como uma estrutura funcional, que


se organiza da seguinte forma:

 Escolha do assunto/tema de investigação.


 Delimitação e problematização do tema.
 Reunir a documentação bibliográfica disponível.
 Explicar as razões da escolha do tema
 Determinar os objetivos ou os propósitos do estudo
 Procedimentos metodológicos
 Etapa de execução
 A comunicação dos resultados

Os níveis do conhecimento tratado neste relatório foram: o conhecimento


Popular, o conhecimento filosófico, o conhecimento religioso e o conhecimento
científico, aquele desenvolvido na universidade.

A teoria científica foi conceituada da melhor maneira, se apresentando


estática enquanto for aceite, mas uma vez questionada e sobre posta a nossa
tese.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GERHARDT, T. E. e SILVEIRA, D. T. Métodos de pesquisa. SEAD/UFRGS. –


Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.

ZANELLA, Liane Carly Hermes. Metodologia de pesquisa (2. ed.).


Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração/UFSC, 2011.

NASCIMENTO, F. P. Classificação da Pesquisa. Natureza, método ou


abordagem metodológica, objetivos e procedimentos. Brasília: Thesaurus,
2016. DISPONIVEL EM
http://franciscopaulo.com.br/arquivos/Classifica%C3%A7%C3%A3o%20da%20
Pesquisa.pdf

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica

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