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Código :41231306
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Índice
1.0 Introdução ..................................................................................................................... 4
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1.0 Introdução
O presente estudo é referente ao modulo de Metodologias de Investigação Cientifica, que se
enquadra na licenciatura em ensino de Geografia. O mesmo fará um estudo detalhado sobre a
ciência assim como o processo de construção de conhecimento. No mesmo trabalho teremos a
visão de diferentes autores sobre o tema, olhando para as características, tipos e importância da
ciência assim como do conhecimento.
Este trabalho tem como objectivo geral compreender a ciência e a construção de conhecimento.
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Capitulo 2: Fundamentação Teórica
A etimologia da palavra encontra-se no latim scientia, substantivo cuja raiz é o verbo scire,
saber. Mas este significado é hoje tão lato, e mesmo tão vago e impreciso, que não nos ajuda
muito no esclarecimento e compreensão do conceito. De facto, há muitos tipos de saber, mas só
um deles mereceu ser designado de científico. É claro que, implicitamente, isto implica, desde
logo, uma valorização do conhecimento científico em detrimento dos outros tipos de saber que
igualmente dizem o mesmo mundo, evidentemente de modos diferentes e a partir de
perspectivas diferentes.
De acordo com Pereira (2003) ciência é a actividade que propõe a aquisição sistemática de
conhecimentos sobre a natureza biológica, social e tecnológica com a finalidade de melhoria da
qualidade de vida, intelectual e material (pág. 88)
Para Campbell (1990) a ciencia ee o conhencimento ou um sistema de conhencimento que
abarca verdades gerais ou a operacao de leis gerais especialmente obtidas e testadas atraves do
metodo cienticico. (pag 106)
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A ciência é um modo de conhecer fundamentado em um método, o método científico. O
método é o modo de funcionamento das ciências, é fundamentado na observação, na
experimentação e na produção de teorias e leis.
Objetiva: a ciência é um conhecimento que pressupõe uma objetividade, ou seja, busca ser
imparcial, com a mínima influência dos interesses pessoais, com linguagem clara, rigorosa e
precisa para evitar ambiguidades.
Verificável: todas as teorias científicas são postas à prova. Teorias que não resiste à
verificação são descartadas. A verificação deve ser realizada pelo próprio cientista ou por
qualquer pessoa e também passa pelo julgamento da comunidade científica.
Controlada: todos os elementos das ciências devem ser controladas para possibilitar a sua
verificação e reprodução.
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2.5 Classificação da ciência
Problemas ambientais atuais, como poluição e aquecimento global, podem ser associados aos
avanços da ciência, como a criação de automóveis, de máquinas e de substâncias químicas
sintéticas. No entanto, o contínuo avanço científico é uma das formas para a superação de tais
problemas, por meio do desenvolvimento de novas técnicas, materiais e hábitos menos danosos
ao planeta e mais sustentáveis.
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utilizados pela ciência para formular e resolver problemas de aquisição objectiva do
conhecimento, de uma maneira sistemática.
Estabelecer um problema;
Formular hipóteses;
Pesquisar sobre o problema;
Realizar experiencias para testar suas hipóteses /colecionar dados;
Analisar os dados/ resultados;
Tirar conclusões e por fim
Comunicar resultados.
Na visão do Freixo (2011) conhecimento pode ser entendido como o processo pelo qual se
determina a relação entre o sujeito e o objeto. O mesmo autor explica que conhecer é
incorporar um conceito novo, ou original, sobre um facto ou fenômeno qualquer. O
conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida
cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e
artigos diversos. (pág. 67).
Edgar Morin (2003) afirma que o conhecimento opera por selecção de dados significativos:
separa e une; hierarquiza e centraliza. Estas operações, que utilizam a lógica, são de facto
comandadas por princípios de organização do pensamento ou paradigmas, princípios ocultos
que governam a nossa visão das coisas e do mundo sem que disso tenhamos consciência.
Olhando para as definições do Freixo e Edgar Morim pode- se considerar conhecimento como
sendo uma forma de apreensão da realidade. Essas representações fundamentam-se nos
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sentidos e na percepção; na memória, na imaginação e no intelecto; na ideia de aparência e de
realidade e na ideia de verdade ou falsidade.
3.3Tipos de conhecimento
Entre todos os animais, nós, os seres humanos, somos os únicos capazes de criar e transformar
o conhecimento; somos os únicos capazes de aplicar o que aprendemos, por diversos meios,
numa situação de mudança do conhecimento; somos os únicos capazes de criar um sistema de
símbolos, como a linguagem, e com ele registrar nossas próprias experiências e passar para
outros seres humanos.
Essa característica é o que nos permite dizer que somos diferentes dos gatos, dos cães, dos
macacos e dos leões.
Ao criarmos este sistema de símbolos, através da evolução da espécie humana, permitimo-nos
também ao pensar e, por consequência, a ordenação e a previsão dos fenômenos que nos cerca.
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3.3.1 Conhecimento popular ou senso comum
O senso comum é o nome dado ao tipo de conhecimento humano que descreve crenças e
proposições que uma pessoa acha correta, sem, no entanto obtê-la de um conhecimento
esotérico, investigação ou estudo.
O senso comum é uma forma de conhecimento informal, espontâneo, adquirido do contato
direto com o mundo, geralmente obt ido por tentativa ou erro. No senso comum são realizadas
ações que achamos que produzem um resultado eficiente, mas não temos como descrever a
cadeia de eventos que levam a este resultado. Esta forma de conhecimento é a primeira do ser
humano, e acaba sendo utilizada pela grande maioria das pessoas nas atividades mais
corriqueiras da vida cotidiana.
Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser
confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo .
O conhecimento religioso talvez seja tão antigo quanto o conhecimento popular. Faz parte da
característica humana buscar explicações para suas dúvidas.
O conhecimento religioso implica na crença de verdades obtidas de forma divina ou
sobrenatural, e desta forma são geralmente infalíveis e cujas evidências não podem ser
comprovadas, sendo geralmente relegadas à fé ou crença pessoal. Desta forma, o conhecimento
religioso se baseia em dogmas que não podem ser refutadas nem submetidas à análise
científica. O conhecimento religioso ou teológico apoia-se na fé e tem sua origem nas
revelações do sobrenatural. Na compreensão humana essas manifestações são divinas e trazem
a mensagem de um ser superior. Quantas autoridades divinas e invisíveis já são nomeadas por
nós, exemplos: Buda, Maomé, Jeová e Jesus Cristo.
A função do conhecimento religioso é, como em qualquer tipo de conhecimento, o de fornecer
respostas para nossas perguntas. Neste caso, não são perguntas científicas, mas perguntas
relacionadas às nossas dúvidas existenciais, aos nossos anseios, destinos e laços que nos
remetem a uma entidade superior.
Exemplo:
Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em Duende;
acreditar em reencarnação; acreditar em espírito.
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3.3.3 Conhecimento filosófico
Na visão de Matallo Júnior (1989) O conhecimento filosófico é aquele que é obtido pelo ato de
filosofar, isto é, através de uma análise mental em busca de respostas para certas interrogações.
(Pág. 89).
É fruto do raciocínio e da reflexão humana. É o conhecimento especulativo sobre
fenômenos, gerando conceitos subjetivos. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo,
ultrapassando os limites formais da ciência.
O conhecimento filosófico diferencia -se do conhecimento científico pelo fato de abarcar
ideias, relações conceituais e raciocínios lógicos que por vezes não podem ser observados, nem
mensurados e nem reproduzidos.
As perguntas que a Filosofia tenta responder são diferentes daquelas que a Ciência consegue
responder. Enquanto a Ciência é fortemente baseada em fatos, tentando estabelecer leis e
padrões, a Filosofia é especulativa, baseada principalmente na argumentação.
Perguntas como “Porque um corpo cai?” ou “Porque alguém morre?” ou ainda “Como
prolongar a vida?” são objetos de estudo da Ciência. Perguntas como “Existe alma?” ou “Se as
almas existem, como se ligam ao corpo” ou ainda “Até que ponto a eutanásia é um
procedimento ético” são objetos de estudo da Filosofia.
Exemplo:
"O homem é a ponte entre o animal e o além-homem" (Friedrich Nietzsche
De acordo com Matallo Júnior (1989), o conhecimento científico começa a partir do momento
em que as explicações saem do campo da opinião (eu acho que) e entram no mundo do método
da ciência (eu sei que). O mesmo autor nos ensina que o conhecimento científico tem início em
problemas que visam solucionar questões práticas ou explicar irregularidades em padrões da
natureza. Esses problemas criam teorias que devem ser validadas por um programa
investigativo de pesquisa. Tais programas visam determinar leis que explicam e permitem fazer
previsões. ciência é extremamente rigorosa em suas proposições, que, por sua vez, são
fortemente baseada em fatos verdadeiros.
Marconi e Lakatos (2008) nos ensinam que o conhecimento científico é basicamente factual
(baseado em fatos), mas também pode ser racional e formalizado (caso da Lógica e da
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Matemática). A ciência factual distingue dois tipos de fatos: os fatos naturais (que deram
origem às ciências exatas, biológicas, da terra e da saúde) e os fatos sociais (que deram origem
às ciências humanas, tais como a Sociologia, a Antropologia, o Direito, a Economia, a
Psicologia, a Educação, a Política)
Exemplo:
Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração
dos batráquios.
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4.0 Conclusão
Chegando ao fim do presente estudo, pode se concluir que ciência é um com junto de
conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematiza dos e
verificáveis que fazem referência a objectos de uma mesma natureza. elas podem ser
classificadas em quatro grupos, a saber: ciências matemáticas, ciências naturais, ciências
humanas ou sociais e. ciências aplicadas.
em relação a construção do conhecimento, ao longo da pesquisa foi possível distinguir quatro
tipos de conhecimento: o conhecimento popular ou senso comum, o conhecimento religioso, o
conhecimento filosófico e o conhecimento científico. percebeu-se que também não existe um
conhecimento que seja melhor do que outro; eles são diferentes, com características próprias e
bem específicas. cada um deles, dentro de seu escopo, possui o mesmo objetivo: responder às
nossas dúvidas atuais e criar novas dúvidas. apesar do conhecimento científico ser o mais
sistematizado, podemos afirmar com certeza que a ciência não é o único caminho que leva à
verdade.
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5.0 Bibliografia
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