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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA


CURSO DE ENGENHARIA ELÈCTRICA
DISCIPLINA DE METODOS DE ESTUDOS

1° Ano

TEMA:

Ciência e Conhecimento Científico

Edilaine Albertina João Chassala

Beira, Maio de 2023


Edilaine Albertina João Chassala

TEMA:
Ciência e Conhecimento científico

Docente: Américo Msopela

Beira, Maio 2023


Índice
Introdução………………………………………………………………………1
Ciência e conhecimento cientifico……………………………………………..2
Características do conhecimento…………………………………………….....2
Método Científico……………………………………………………………..3
Natureza da Ciência…………………………………………………………...3,4
Componentes da Ciência………………………………………………………4
Classificação e divisão da Ciência……………………………………………..4,5
Visão histórica da ciência……………………………………………………....5,6
Visão Grega Pré-socráticos…………………………………………………….6,7
Abordagem Platónica…………………………………………………………..8
Abordagem Aristóteles……………………………………………………...…9
Abordagem da ciência moderna…………………………………………........10
Empirismo…………………………………………………………………….10
Abordagem da ciência segundo Newton……………………………………...10,11
Abordagem da ciência segundo Galileu………………………………………11
Resumo………………………………………………………………………..12
Abrastrat………………………………………………………………………13
Conclusão..……………………………………………………………………14
Introdução
A formação do conhecimento científico passa, de forma obrigatória, pela compreensão de que
a ciência atende a um procedimento metódico cujo objetivo é conhecer, interpretar e intervir
na realidade. Isto é, a conhecimento científico é composto principalmente por três
elementos: a observação, a experimentação e as leis.
Ciência e Conhecimento Científico
Ciência propõe a aquisição sistemática de conhecimentos sobre a natureza com a finalidade
de melhoria da qualidade de vida, intelectual ou material.
1. Toda matéria, em qualquer forma e composição molecular, pode ser objeto de estudo.
2. Busca do saber, uma forma de compreender-se os fenômenos relacionados à existência
humana.
Características do conhecimento científico
Uma das principais características do conhecimento científico é a sistematização, pois
consiste num saber ordenado, ou seja, formado a partir de um conjunto de ideias que são
formadoras de uma teoria.

Outro fator que caracteriza o conhecimento científico é o princípio da verificabilidade.


Determinada ideia ou teoria deve ser verificada e comprovada sob a ótica da ciência para que
possa fazer parte do conhecimento científico.

O conhecimento científico é um produto resultante da investigação científica surge não


apenas da necessidade de encontrar soluções para problemas de ordem prática da vida diária,
mas do desejo de fornecer explicações que possam ser testadas e criticadas através de provas
empíricas e da discussão

Ciência
A ciência é um modo de conhecer fundamentado em um método, o método científico. O
método é o modo de funcionamento das ciências, é fundamentado na observação, na
experimentação e na produção de teorias e leis.
Exemplo de ciências:
Ciências exatas
As ciências exatas produzem conhecimento baseado em expressões quantitativas, testando as
suas hipóteses de forma rigorosa com base em experimentos ou cálculos. Ciências exatas são
aquelas que só admitem princípios, consequências e fatos rigorosamente demonstráveis.

São exemplos de ciências exatas a matemática, a física, a astronomia, a engenharia, a química


e até mesmo certos ramos da Biologia ou da economia.

Ciências naturais

Ciências naturais são ciências que descrevem, ordenam e comparam os diversos fenômenos


naturais existentes, isto é, os componentes da natureza e os processos que nela têm lugar. O
objetivo é determinar quais são as relações existentes entre esses elementos, formulando leis
e regras.

Pode distinguir-se entre ciências exatas (como a física e química) e ciências


predominantemente descritivas (biologia, incluindo a microbiologia e a paleontologia,
geografia, geologia, cristalografia, etc.).
O campo de atividade das ciências naturais é constituído principalmente pela investigação
sem uma aplicação concreta. Fazem parte das ciências naturais a biologia, a geologia e a
medicina, por exemplo.

Ciências sociais

Estudam o comportamento humano, as relações humanas e o seu desenvolvimento em


sociedade. Nessa área de estudo estão incluídas disciplinas como a antropologia, o direito, a
história, a psicologia, a sociologia, a filosofia social, a economia social, a política social, o
direito social.

As ciências sociais estudam as normas de convivência do homem e dos modos da sua


organização social. O termo "ciência social" também é usado para designar o grupo formado
pelas ciências do direito, sociologia e ciências políticas.

Método Científico
Apesar da ciência não possuir um método único, é comum identificar como método duas
concepções:

Indutiva: parte das observações para a construção de uma teoria.

Dedutiva: parte da teoria para a sua verificação.

Nesse sentido, é possível compreender que o pensamento tradicional sobre a ciência se


mantenha, apesar de, atualmente, comportar uma grande gama de interpretações sobre sua
forma.

Assim, a concepção comum do método científico é vista como um ciclo de produção de um


conhecimento lógico e sistemático, fundamentado em evidências.

Observação: olhar atento e crítico sobre o real, identificar questões relevantes.

Identificação do problema: é a pergunta de partida que orienta a investigação científica, "o


que se quer saber".

Formulação de hipótese: cria-se uma resposta para o problema, uma ideia do que é ou como
pode ser resolvido.

Verificação: colocar à prova a hipótese, verificar se há falhas. Se houver problemas a


hipótese deve ser reciclada e o passo refeito.

Conclusão: a partir da análise dos dados coletados, conclui-se algo, um conhecimento novo
sobre o problema.

Comunicação: a conclusão ou teoria deve ser publicada para ser avaliada pela comunidade
científica.

Natureza da Ciência
A palavra ciência pode ser entendida em dois conceitos:
Latu sensu: contem o significado de "conhecimento";
Stricto sensu: refere-se a um conhecimento que permite apreender e/ou registrar fatos, os
demostrando por suas causas constitutivas ou determinantes.
Quando se fala na natureza da ciência, podem ser apontadas duas dimensões: a compreensiva
(contextual ou de conteúdo) e a metodológica (operacional), contendo aspetos lógicos e
técnicos. Pode-se definir o aspeto logico da ciência como o método de raciocínio e de
inferência sobre fenómenos já conhecidos ou a serem pesquisados; em outras palavras, pode-
se considerar que "o aspeto logico constitui o método para construção de proposições e
enunciados", objetivando, dessa maneira uma descrição, interpretação, explicação e
verificações precisas.
Componentes da Ciência
Objetivo ou finalidade: preocupação em distinguir a característica comum ou as leis gerais
que regem os eventos;
Função: aperfeiçoamento, através do crescente acervo de conhecimento, da relação do
homem com o seu mundo;
Objetos: pode ser material: aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar,
de modo geral, ou formal, o enfoque especial, entre as diversas ciências que possuem o
mesmo objeto material.
Classificação e Divisão da Ciência
A complexidade e diversidade do universo, assim como dos fenómenos que nele se
manifestam, aliadas a necessidade do homem entendimento dos mesmos, levaram ao
surgimento de diversos ramos de estudo e ciências especificas as quais precisam de uma
classificação, seja de acordo com sua ordem de complexidade, ou de acordo com seu
conteúdo: objeto ou temas, diferença de enunciados e metodologia empregada (MARCONI;
LAKATOS,2011).
Divisão e classificação das ciências segundo Augusto Comte

Ciências

Matemáticas
Teóricas: Aritmética, Geometria, Álgebra
Aplicadas: Mecânica Racional, Astronomia.

Físico-Químicas
 Físico-química, Mineralogia, Geologia
Geografia Física
Biológicas
      Botânica, Zoologia, Antropologia
Morais
Psicológicas: Psicologia, Lógica, Estética, Moral
  Históricas: História, Geografia Humana, Arqueologia
  Sociais e Políticas: Sociologia, Direito, Economia, Política.

Metafisicas
Cosmologia Racional, Psicologia Racional, Teologia Racional.

Ciências e Formas Factuais


A primeira e mais fundamental diferença existente entre as ciências se refere as ciências
formais (estudo das ideias) e as ciências factuais (estudo dos fatos). Entre as primeiras,
encontram-se a logica e a matemática, que não tendo relação com algo encontrado na
realidade, não pode valer-se dos contatos com essa realidade para convalidar formulas. Por
outro lado, a física e a sociologia, sendo ciências factuais, referem-se a fatos que
supostamente ocorrem no mundo e, em consequência, recorrem à observação e a
experimentação para comprovar (ou refutar) suas fórmulas (hipóteses).

Visão Histórica da Ciência


A ciência enquanto fruto do desejo ou necessidade de conhecer apresenta-se como um dos
elementos mais essenciais do ser humano. Já nos mitos cosmogónicos mais importantes das
grandes civilizações, a ciência ou conhecimento aparece como elemento definidor por
excelência do Homem.
Criado à imagem e semelhança do seu criador, o homem carrega a centelha do fogo ou da luz
do conhecimento divino. Conhecimento este não apenas dado, mas também roubado,
arrancado por forca da transgressão, tal como encontramos no mito de prometeu ou no livro
do Genesis.
Em ambas tradições, a judaico-cristã e a greco-romana, a ciência dada por Deus parece
insuficiente para o homem que busca ir alem. Já não basta ser imagem e semelhança, mas
deseja ser a matriz mesma, a fonte. Não mais criatura, mas criador.
Estas imagens míticas primordiais são uma boa pista para pensarmos o desenvolvimento da
ciência e a pesquisa científica ao longo da história ocidental.
Dentro destas concepções, o conhecimento ou ciência, era, a princípio, um dom, um presente
de Deus- na perspetiva judaico-cristã fala -se de dons preternaturais, ou seja, alem da
natureza. A transgressão dos limites impostos pela divindade, entretanto, levou a uma
desfiguração desta condição original, fazendo do conhecimento não mais um dom, mas uma
conquista, fruto do trabalho e do sacrifício.
É aí que se inicia a ciência como categoria histórica: fruto da observação, da indagação, do
esforço, da pesquisa. O homem agora destituído dos dons preternaturais, expulso do paraíso,
acorrentado ou preso na caverna, inicia uma nova relação com o mundo, consigo mesmo e
com seu criador, fadado a suprir esta ontológica necessidade de conhecer através de suas
limitadas faculdades: os sentidos, a inteligência e a vontade.
O universo agora se apresenta como um enigma avassalador, ora magnifico -nas suas
maravilhas e encantos – ora terrível – na sua implacabilidade destruidora. E a sede de
conhecimento aliada à escassez de respostas, determina a eclosão de um processo que, mais
que a necessidade de se alimentar, proteger ou reproduzir, representará uma forca
incomparável na história.
Já nos relatos mais antigos, como na Bíblia e nos livros mesopotâmicos, nos poemas épicos e
gestas das mais diversas civilizações, identifica-se a distinção entre o conhecimento revelado
o adquirido, a ciência humana. Este movimento compreensivo do espírito, envolvendo
questionamento e trabalho intelectivo pode ser considerado o início da pesquisa científica
propriamente dita. São as descobertas que se fazem por meio da observação, da análise e
classificação dos fenómenos, onde mais tarde se acrescentara a experimentação.
No campo da história da medicina, por exemplo, é comum encontramos nos documentos da
antiguidade -assim como nos relatos etnográficos sobre outros povos chamados "primitivos"-
descrição de conhecimentos revelados por divindade ao lado de outros transmitidos por
tradição histórica e justificados apenas pela observação empírica e o bom senso. É o caso de
remédios e poções extraídas de certas plantas para curar determinadas doenças comuns, como
desarranjo intestinal ou dor de barriga, descobertas por logica dedução ou acaso.
É certo, entretanto, que a coexistência entre estas duas formas de conhecimento ou ciência
não se davam de maneira equilibrada ou equivalente nas sociedades antigas.
Sem dúvida, durante muito tempo, a ciência revelada ou divina gozou de um prestígio e uma
importância infinitamente maior nestas civilizações, pelo menos no plano ideológico.
Visão Grega Pré-socráticos
Os primeiros filósofos gregos foram chamados de pré-socráticos e buscaram a descoberta de
um princípio originário de todo o universo.
Os filósofos pré-socráticos foram os primeiros filósofos do ocidente. Tales de Mileto,
considerado o primeiro filosofo, não se conteve com as explicações cosmogónicas fornecidas
pela mitologia grega para explicar a origem de tudo, e parte para uma observação natural em
busca de um princípio racional de tudo que fizesse sentido. Sua atitude do início a filosofia
há, aproximadamente,2600 anos.
Os primeiros filósofos foram chamados de pré-socráticos.
Objetivos dos pré-socráticos
Tales de Mileto, um comerciante da região da jónia que gostava de buscar novos
conhecimentos, foi considerado o primeiro filosofo. Como matemático e astrónomo, contam
os historiadores que Tales teria previsto um eclipse total do sol, no ano de 585 a.C.,
utilizando cálculos e conhecimentos de Astronomia. Esse momento seria, segundo os
historiadores da filosofia antiga, o ápice do amadurecimento intelectual de Tales, o que nos
faz supor que a filosofia tenha surgido, mais precisamente, em uma data próxima a da
previsão do eclipse.
Tales observou a natureza e supos que o princípio de tudo estaria contido nela própria. A sua
análise foi motivada pela falta de coerência das mitologias, ao tentarem explicar o
surgimento de tudo, com histórias fantasiosas que envolviam deuses e titãs. As observações
de Tales o fizeram supor que o princípio de tudo seria a água, pois notou que essa substância
esta presente em todas as formas de vida.
A atitude de Tales o colocou no posto de primeiro filosofo e também fez florescer um
proceder filosófico que impulsionou os estudos de vários outros pré-socráticos, os quais,
assim como Tales, queriam descobrir a verdadeira origem do universo. Todos eles buscaram
essa origem na própria natureza, com base na observação empírica do meio em que viviam.
Essa atitude fez com que o ser humano fosse parando aos poucos de creditar os fenómenos
naturais pouco conhecidos a intervenções divinas e forcas sobrenaturais.
Tomas de Aquino foi m padre e professor católico medieval, representante do período
escolástico que o apresentou a filosofia. Aquino foi aluno de Alberto Magno, escolástico que
o apresentou a filosofia de Aristóteles. Alberto Magno era defensor da união entre fé e razão
para a construção do saber católico, defendendo veementemente o papel das disciplinas do
trivium (Gramática, logica e Retorica) e do quadrivium (Aritmética, Geometria,
Astronomia e Música) na formação dos teólogos cristãos.
Chamado por alguns de " o príncipe da escolástica", Tomas de Aquino foi o principal
representante desse período. Foi ele quem, de fato, introduziu Aristóteles na filosofia
medieval, pois o autor não foi tao explorado pelos patrísticos e escolásticos (anteriores a
Aquino), como aconteceu com Platão. O aristotelismo, ao contrário do neoplatonismo que
dominou a filosofia europeia, ficou por conta dos filósofos árabes, como Al-Farabi e
Averróis.
Filósofos pré-socráticos: principal ideia
Os filósofos pré-socráticos nutriam esse mesmo objetivo: encontrar o princípio gerador ou
matéria primordial de todo o universo. Por isso, as suas ideias são bem-parecidas. Os
estudiosos sempre se esbarram nas dificuldades que o tempo e o modo de escrita dos pré-
socráticos colocaram. Não há como fazer um estudo aprofundado de um filosofo pré-
socrático, pois as obras são escassas e fragmentadas. No entanto, é notório que eles
buscavam fundamentar o que chamavam de arche (princípio originário), por meio da
observação da physis (natureza).
Para facilitar o estudo, os historiadores da filosofia reuniram os pré-socráticos em "escolas
filosóficas", de acordo com sua proximidade geográfica que também coincide com a
proximidade de ideias. As escolas pré-socráticas são:
● Jonica Escola
● Italica Escola
● Pluralistas Escola
● Eleatica Escola.
Abordagem Platónica
Na época que Platão viveu (sec. IV a.C.), era muito comum a concepção de que o homem
conhece a partir dos seus sentidos. No entanto, para muitos sábios da época, o conhecimento
não só começava como também não poderia ir alem da sensibilidade. É notável neste período
a máxima protagoriana:"o homem é a medida de todas as coisas . Isso equivale dizer que caa
ser esta tao somente encerrado em suas representações subjetivas que ou era impossível uma
verdade absoluta (mas uma particular, de cada um) ou que era impossível qualquer
conhecimento.
Esse modo de pensar devem da filosofia de Heraclito para quem tudo esta em movimento.
Ora, se questiona Platão, se tudo esta em movimento, no momento mesmo em que se
determina algo, este já mudou, já se transformou e, com isso, o conhecimento torna-se
impossível! Da mesma forma, se só existem verdades subjetivas, particulares ou relativas, a
própria ideia de verdade não existe absolutamente, o que também impossibilita o erro,
portanto, o conhecimento.
Para superar essa noção de realidade transitória, Platão precisa mostrar como nossos sentidos
são capazes de nos enganar e que, por isso, devemos procurar em outro lugar o fundamento
do conhecer. Este "lugar" é a alma.
Platão pensa que é a inteligência que garante a estabilidade dos seres sensíveis. Isso quer
dizer que a transitoriedade evidenciada nas coisas sensíveis não podem dar razão de si e por
si mesmas. Dai é preciso buscar compreender que todo conhecimento provem do raciocínio
que alcança a forma dos objetos, forma esta que guarda consigo mesma uma identidade
atemporal e indestrutível.
O homem deve, pois, buscar ascender do mundo sensível ao inteligível para ter um real
conhecimento dos seres. Deve, antes de mais nada, abandonar suas pre-concepções, seus pré-
juízos, seus pontos de vistas destorcidos pelas opiniões irrefletidas e, a partir disso, começar a
escola rumo as ideias.
Ideia, segundo Platão, é um princípio inteligível, que não sofre geração nem corrupção,
sendo, portanto, fundamento do conhecimento das coisas. Todavia, o homem somente
consegue alcançar as ideias pela sua razão, pelo pensamento reflexivo que ao abstrair todas as
particularidades físicas dos objetos estudados, consegue intuir a forma determinante de cada
ser, conferindo-lhe estabilidade e permitindo ser conhecido.
Abordagem Aristóteles
Começando então este pequeno passeio pela história da ciência, faremos nossa primeira
parada na Grécia antiga, mais exatamente no seculo 4 a.C., onde encontraremos um medico
de Estagira, cidade de Macedónia, que dividia seu tempo entre a prática profissional e a
dedicação plena a busca do conhecimento.
Seu nome era Aristóteles. Ele foi discípulo de Platão, que por sua vez foi discípulo de
Sócrates. Todos filósofos, palavra que significa "amigos da sabedoria".
A importância desses três homens é tanta que muito do modo como pensamos hoje,
principalmente no mundo ocidental, vem das ideias que eles desenvolveram há mais de dois
mil anos.
Para entendermos o papel de Aristóteles na história da ciência devemos primeiro entender o
ambiente atual em que ele viveu e que ajudou a construir.
Se hoje o conhecimento humano é um conjunto de muitas disciplinas, estudadas cada uma
por um tipo de especialista, nos tempos de Aristóteles os filósofos se esforçavam para
dominar todas as formas de conhecimento. Ser filosofo na Grécia Clássica podia significar
ser ao mesmo tempo escritor, poeta, músico, matemático, geómetra, político, teólogo e, claro,
cientista.
Mas, antes de Aristóteles, a ciência – pelo menos a ciência natural da qual tratamos aqui- não
tinha muito prestígio entre alguns dos mais importantes filósofos. Platão, o mestre de
Aristóteles, considerava o mundo natural inferior ao mundo das ideias, onde residia a
verdadeira perfeição, da qual este nosso mundo seria apenas um conjunto de sombras
imperfeitas.
Ideia do Aristóteles, nisto também foi pioneiro, pois não era apenas um observador curioso e
contemplativo da natureza. Foi um observador metódico, cujo rigor na descrição e registro de
seus estudos sobre os animais impressionou ate Charles Darwin, mais de vinte seculos
depois.
Só por valorizar a observação metódica da natureza, rompendo com a ma vontade que
filósofos de então tinham contra esta prática, Aristóteles já teria feito uma contribuição
enorme ao progresso científico.
Mas há outra coisa, tao importante quanto ou mais ainda. Ninguém há de negar que
associamos nossa ciência moderna ao pensamento analítico. Não é assim? Temos o
pensamento científico como um raciocínio exato e esmerado, onde não cabe qualquer
resquício de contradição.
Abordagem da Ciência Moderna
Francis Bacon
Nascido em 22 de janeiro de 1561, Francis Bacon era de uma família Londrina de posses.
Sua educação foi voltada para a carreira política. Com apenas 12 anos, Bacon ingressou no
Trinty college da Universidade de Cambridge, marcando a excelência de sua educação. Pela
mesma instituição, passaram Isaac Newton, Charles Darwin, Alan Turing e outros nomes da
ciência contemporânea ocidental.
Com 23 anos de idade, Bacon foi eleito para o parlamento via eleição como deputado na
camara dos comuns. Alem da ocupação de cargo político, trabalhou durante o resto de sua
vida para a coroa britânica como funcionário publico, ocupando vários cargos diferentes,
chegando a ocupar posições nobres por conta de sua herança, tornando-se barão e visconde.
Em 1621, Bacon foi exonerado por conta de uma condenação por corrupção.
Filosofo, escritor, cientista e político, esta última foi a principal ocupação de francis Bacon,
um dos mais importantes pensadores da Modernidade. Bacon é o responsável por um
método que inaugura o modo moderno de fazer-se ciência: o método baseado no
conhecimento indutivo, que visa a uniformizar os processos de pesquisa científicos para
tornar a ciência uma fonte de conhecimento seguro. Bacon influenciou cientistas e filósofos
de sua época e deixou as bases para a formulação de uma filosofia empirista que
permanece atual.
Empirismo
O acerto de Aristóteles estava em reconhecer na vivencia pratica e empírica a fonte primeira
do conhecimento. Seu erro, na visão de Bacon, estava no método: o método aristotélico era
suficiente apenas para a compreensão logica da linguagem e para as disputatios medievais,
mas não para trazer a tona um novo conhecimento.
Abordagem da Ciência Moderna Segundo Galileu
Um dos principais expoentes do processo de elaboração da ciência moderna foi, sem dúvida,
Galileu Galilei (1564-1642). Junto com Copérnico, Kepler e Newton seu nome é referenciado
como um dos grandes personagens que pensaram os problemas surgidos quando se admite
que a Terra se move e o Sol está no centro do sistema dos movimentos planetários. Galileu
foi o primeiro astrônomo a utilizar o telescópio como um instrumento de observação do céu
que lhe forneceu indícios relevantes contra o universo ptolomaico-aristotélico, pois Galileu
observou, dentre outras coisas, que a Lua tem relevo; que existem mais estrelas do que vemos
a olho nu; que Júpiter tem satélites; fora essas observações, Galileu elaborou um conjunto de
argumentos para dar plausibilidade à Terra se mover. Além disto, seu nome também figura
como um dos grandes da mecânica, quando da elaboração da lei da queda dos graves.
Contudo, além dessas contribuições eminentemente científicas, Galileu também foi um
pensador dos problemas da física, tratando tanto dos métodos adequados para esta ciência
como da solidificação da física como autônoma no que concerne ao desenvolvimento de seus
trabalhos. Em outras palavras, Galileu pode ser visto tanto como um físico como um filosofo.

Abordagem da Ciência Segundo Newton


Newton estabeleceu leis que descrevem o movimento e o equilíbrio dos corpos, que passaram a
ser conhecidas como "as leis de Newton". Essas leis, por exemplo, fundamentam as construções
da Engenharia Civil, nos permitindo chegar à Lua e colocar satélites em órbita da Terra,
determinando com precisão as trajetórias dos planetas no Sistema Solar. Outras contribuições não
menos notáveis são a invenção do cálculo diferencial e integral, também atribuída a Leibniz, e os
seus estudos sobre a natureza da luz.
Resumo
Há muito tempo o homem utiliza do conhecimento, no antigo sistema feudal, por exemplo, os
camponeses mesmo muitas vezes analfabetos sabiam o momento certo de plantar, adubar e
colher seus alimentos, esse conhecimento era passado de geração para geração por meio de
uma educação informal baseada nas experiências pessoais que passou a ser chamado de
conhecimento popular ou senso comum, mas com o tempo o homem passou a desenvolver um
novo conhecimento utilizando procedimentos científicos que baseava na pesquisa e estudos, na
busca de provar e explicar de modo racional “o porque” e “o como” as coisas aconteciam
chamado então esse novo conhecimento de conhecimento cientifico. O que diferencia esses
dois conhecimentos seriam sua forma de observação e os métodos e instrumentos utilizados.
Enquanto o conhecimento popular é superficial, baseado nas experiências pessoais, sensitivo,
subjetivo, assistemático e acrítico o conhecimento científico é baseado em fatos e provas,
utilizando métodos científico em suas pesquisas e estudos, é sistemático e busca de maneira
racional e lógica explicar o objeto estudado.
Palavras-Chave: Ciência, conhecimento científico.

Abstract
Long ago man uses knowledge, in the old feudal system, for example, the peasants even often
illiterate knew the right time to plant, fertilize and harvest their food, this knowledge was
passed from generation to generation through an informal education based on personal
experiences that came to be called popular knowledge or common sense, But over time man
began to develop new knowledge using scientific procedures which was based on research
and studies, on the quest to prove and explain in a rational way "the why" and "the how"
things happened called then this new knowledge of scientific knowledge. What differentiates
these two knowledges would be their form of observation and the methods and instruments
used. While popular knowledge is superficial, based on personal experiences, sensitive,
subjective, unsystematic and uncritical, scientific knowledge is based on facts and evidence,
using scientific methods in its research and studies, it is systematic and seeks in a rational and
logical way to explain the object studied.
keywords: Science, scientific knowledge.
Conclusão
A ciência é um estudo sistemático da estrutura e do comportamento do mundo físico e natural
através da observação e da experiência. Envolve observações imparciais e experimentação.
Conhecimento científico é o conhecimento adquirido a partir de atividades científicas, como
pesquisa científica, experimentação, observação.
Bibliografia
Lakatos, E. M. Metodologia científica. 5 ed. Atlas, 2007. Cap. 1.  Wazlawick, R. S..
Metodologia de Pesquisa para Ciência da Computação. Ed. Campus/Elsevier, 2009
Boletim Técnico do IFM, n. 6, 2005
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