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Antropologia

Métodos em Antropologia

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni

Revisão Textual:
Aline Gonçalves
Métodos em Antropologia

• A Dimensão Epistemológica dos Estudos Antropológicos;


• Principais Métodos em Antropologia;
• Técnicas em Antropologia.


OBJETIVOS

DE APRENDIZADO
• Ver quais são os principais referenciais teórico-metodológicos e técnicas utilizados na pesquisa
antropológica, bem como as questões relativas à validação epistemológica da Antropologia;
• Verificar o que permite caracterizar o conhecimento produzido pela Antropologia como
“científico” e as possíveis caracterizações desta na área das ciências humanas e sociais, con-
forme seu aporte;
• Compreender melhor a Antropologia como área de conhecimento científico.
UNIDADE Métodos em Antropologia

Contextualização
Leia atentamente a notícia publicada no portal do jornal português “Expresso das Nove”,
de 12 de julho de 2011, disponível em: https://bit.ly/3iDfMx7

Algo que aparece muito claramente no texto veiculado é que, antes de os arqueólogos
se precipitarem a comunicar o que pensam ser um “achado” acerca de civilizações do
passado, é preciso ter certeza de que a informação com a qual trabalham é verdadeira.

A notícia refere-se à possibilidade de uma verdade reveladora sobre povos do passado


ser veiculada como ciência. Ou seja, a ciência ou os procedimentos científicos é que
dotariam determinada informação de credibilidade.

Mas como, na Antropologia, pode-se alcançar o estatuto de ciência em seus processos


investigatórios no sentido de se alcançar a credibilidade referida na notícia que lemos?

Uma boa alternativa é utilizar e validar o método. São os métodos que orientam
rigorosamente os procedimentos de investigação científica, propondo diferentes técnicas
de abordagem dos objetos de interesse da ciência antropológica.

Nesta unidade, estudaremos, portanto, as diferentes abordagens metodológicas e téc-


nicas que constituem o campo da pesquisa antropológica e que conferem ao seu conhe-
cimento a credibilidade que faltou aos pesquisadores dos Açores, com base na notícia
que acabamos de ler.

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A Dimensão Epistemológica
dos Estudos Antropológicos
Em termos epistemológicos, a Antropologia define-se como Ciência Humana, uma
vez que privilegia o estudo da dimensão cultural da existência humana (costumes, tradi-
ções, morais, indumentária, estética etc.), cujos caracteres são transmitidos por meio de
processos de aprendizagem; também como Ciência Social, já que aborda, ainda, a exis-
tência humana no âmbito dos grupos aos quais os homens pertencem ou com os quais
interagem, tecendo teias de relações sociais; e, por fim, como Ciência Natural, pois não
escapa ao seu escopo a dimensão biotípica do Homem, ou seja, suas características
físicas, hereditariamente determinadas ou influenciadas pelo meio natural.

Epistemologias: Toda experiência social produz e reproduz conhecimento, e ao fazê-lo,


pressupõe uma ou várias epistemologias. Epistemologia é toda a noção ou ideia, reflectida
ou não, sobre as condições do que conta como conhecimento válido. É por via do conhe-
cimento válido que uma dada experiência se torna intencional e inteligível. Não há pois
conhecimento sem prática e actores sociais (SANTOS, 2009, p. 9).

Não se deve esquecer, também, de uma dimensão mais reflexiva, que tem como cer-
ne o intelecto do Homem, fazendo parte de uma Antropologia Filosófica que, associada
à Filosofia, é outra vertente do pensamento antropológico. É imprescindível dizer
que aquilo que permite que determinado campo de investigação seja efetivamente dado
como ciência é o recurso ao método. Por sua vez, o método consiste em etapas defini-
das do processo de investigação científica. Uma ciência também é a natureza de seus
objetos de investigação e, dependendo de sua constituição, um tipo de método é mais ou
menos adequado para o seu estudo. Desse modo, os métodos das ciências naturais são
tão distintos daqueles das ciências humanas, e os destas, por sua vez, dos das sociais.

Mas o que ocorre, especificamente, com os métodos em Antropologia? Como eles


se constituem se, em verdade, trata-se de um campo que dialoga com três naturezas ou
tipos distintos de ciências?

Para qualquer ciência, é primordial um objeto sobre o qual será aplicado determinado
método de investigação. Vamos chamar esse objeto de fenômeno. Ora, facilmente po-
demos identificar que a Psicologia, por exemplo, investiga fenômenos do comportamento
humano; que a Economia estuda fenômenos econômicos; que a Climatologia estuda
fenômenos climáticos etc. E na Antropologia, qual ordem de fenômenos é estudada?

Sabemos que seu objeto, muito objetivamente, é a relação dos homens com ou-
tros homens e com o meio.

Poderia haver objeto mais amplo? Ou, como queiram, menos preciso?

Ocorre que as ciências, pelo rigor metodológico que direciona seus procedimentos,
carecem exatamente de objetividade. Como ser objetivo com um objeto tão complexo
ou mesmo subjetivo?

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Dividir o objeto em três dimensões elementares já é um indício de objetividade.

Desta forma, o Homem, na sua dimensão física, é objeto da Antropologia Física ou


Biológica, ramo que utiliza métodos apensos à própria Biologia para estudos sobre aspectos
morfológicos (tamanho da caixa craniana, estatura, compleição física etc.) e fisionômicos. É
objeto da Antropologia Humana tudo aquilo que se refere à dimensão cultural do Homem,
desde a cultura material (objetos concretos, tridimensionais) até a imaterial (rituais, festas,
danças etc.). E são objeto da Antropologia Social as estruturas que conformam os fenôme-
nos sociais (família, hierarquias sociais, tipos de matrimônio, religiosidade etc.).

Isso dito para que possamos compreender que, desde uma perspectiva epistemológica,
muitos e diversos são os métodos que constituem a ciência antropológica.

O que os conecta são as etapas e o rigor com o qual estas devem ser cumpridas: obser-
vação e classificação dos fenômenos, coleta empírica de dados, análise dos dados coleta-
dos, estabelecimento de correlações entre fenômenos distintos e, por fim, generalizações.

Figura 1 – Sítio arqueológico Iowa


Fonte: Wikimedia Commons

Se distanciarmos a lupa, veremos que todas as ciências acabam realizando percurso


similar a esse, senão idêntico, caminhando do indutivo para o dedutivo. Mas, ao aproxi-
marmos o olhar, por quão peculiares sejam os objetos da Antropologia, suas pesquisas
se distinguem radicalmente de outras ciências, inclusive humanas e sociais.

Há duas distinções elementares no que tange aos métodos em Antropologia, consi-


derando seus campos de investigação: o biológico e o cultural.

Não apenas os métodos são distintos, são também as técnicas.

Enquanto o método consiste em um conjunto de regras ou etapas pelas quais deve


passar o processo de investigação científica, almejando a identificação de leis gerais, a
técnica consiste na forma pela qual determinado conjunto de dados é obtido.

Mudando o método, mudam-se as técnicas de pesquisa.

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A pesquisa antropológica, por constituir-se como científica, não apenas utiliza um mé-
todo e um conjunto de técnicas, mas, concomitantemente, pode valer-se de mais de uma
abordagem metodológica e de técnicas distintas para o estudo do mesmo fenômeno.
O que faremos a seguir é elencar os principais métodos em Antropologia, associando
a eles as técnicas mais usuais.

Principais Métodos em Antropologia


O método histórico
Faz-se uso do método histórico quando determinado fenômeno cultural só pode ser ex-
plicado se investigadas as suas raízes no passado. O recurso, na Antropologia, ao método
histórico se valida na necessidade de se compreender algo no presente recuando ao passa-
do, no qual se possam identificar as origens do fenômeno, bem como mapear, no processo
histórico, o desenvolvimento desse mesmo fenômeno, identificando transformações, perma-
nências e rupturas que expliquem a configuração de determinado objeto no presente.
Trata-se de uma pesquisa de caráter histórico, reveladora do presente cultural dos
homens e das sociedades.
Por exemplo, interessa ao antropólogo compreender por que, na superstição popu-
lar, costuma-se pedir a “São Longuinho” quando alguém perde algo e deseja reencon-
trá-lo. Ainda que o indivíduo que assim age não saiba, em realidade, por que o faz, o
método histórico permite identificar as origens dessa crendice na existência de um Santo
nominado Longinus no universo religioso do catolicismo. Trata-se do centurião que teria
perfurado, com uma lança, o pulmão de Jesus Cristo durante a crucificação. Sua lança
teria sido perdida por séculos e encontrada por um monge de nome Pedro Bartolomeu
apenas durante a Primeira Cruzada, enterrada em Antioquia. É evidente que, normal-
mente, aquele que recorre a “São Longuinho” para encontrar algo não conhece as
raízes desse tipo de superstição, mas, nas mentalidades, esse é um importante indicador
acerca da transmissão que se deu, por séculos, de algo relacionado a um evento pretérito
e que veio recebendo, no devir histórico, distintas significações.

Figura 2 – Estátua em homenagem a São Longuinho em Braga, Portugal


Fonte: Wikimedia Commons

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O método estatístico
É utilizado para quantificar e demonstrar estatisticamente, por meio de gráficos, da-
dos que possam se referir tanto à dimensão biológica da Antropologia quanto à social
e à cultural.

Quando se compara, estatisticamente, o índice de aumento de estatura em determi-


nado grupo humano ao longo do tempo, utiliza-se o método estatístico no campo da
Antropologia Biológica ou Física; quando se utiliza a estatística para indicar o índice
de crescimento demográfico de determinado grupamento humano, já se passa para o
campo da Antropologia Social; quando se utiliza a estatística para demonstrar a perda
de fiéis de determinada religião, entra-se no campo da Antropologia Cultural. O que
demonstra o quanto os métodos podem variar e se mesclam.

Figura 3
Fonte: Freepik

O trabalho consiste em coletar dados, os quais são posteriormente transporta-


dos para uma linguagem quantitativa e demonstrados estatisticamente por meio de
quadros, gráficos e tabelas, dando uma compreensão visual a determinada sentença.
Esses instrumentos permitem ao antropólogo comparar dados estatísticos e estabele-
cer relações causais.

Por exemplo, a comparação entre quadros indicativos de índices de mortalidade em


determinada região, por meio de crimes violentos, permite saber sobre o agravamen-
to ou atenuação do fenômeno da criminalidade naquela região. Também é útil para
compreender os grupos indígenas e seus processos migratórios ou aumento e
diminuição populacional.

Método etnográfico/etnológico
Consiste no registro (origem do termo “grafos”, de “grafia”) sobre os modos de vida
de determinada sociedade.

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A etnografia era o estudo dos povos considerados sem grafia (e, muitas vezes, sem
história). Aqui cabe fazermos uma rápida distinção sobre a etnografia e a antropo-
logia: “Em termos esquemáticos, antes do final do século XIX, o etnógrafo e o antro-
pólogo, aquele que descrevia e traduzia os costumes e aquele que era construtor de
teorias gerais sobre a humanidade, eram personagens distintos” (CLIFFORD, 2008,
p. 8). Como aponta James Clifford, o método etnográfico foi conduzindo a atividade
do antropólogo, sobretudo, no contexto colonial quando a Antropologia Cultural e a
Social se constituíram como disciplinas importantes nas ciências.
O método etnográfico observa as experiências dos grupos étnicos, buscando, por
meio da observação, compreender suas características socioculturais. Através da
etnografia, a cultura ocupa um lugar privilegiado, visto que se quer atingir a percep-
ção dos povos e grupos de indivíduos.

Trata-se de um método eminentemente voltado ao estudo das manifestações cultu-


rais, por meio da descrição de suas dinâmicas, para posterior análise.
Mediante a etnografia, pode-se saber sobre todos os aspectos possíveis de sociedades
ágrafas e rurais, desde grupos indígenas isolados até comunidades rurais, distantes dos
centros urbanizados e densamente povoados.
Na Antropologia Cultural, diferentes tipos de estruturação familiar, práticas matri-
moniais, religiosidade, economia, política etc. permitem o estudo comparativo, nesse
caso, etnológico, com a finalidade de se delinear processos de transformação, de tro-
cas e de assimilações.

Figura 4 – O grupo étnico Mursi é um dos mais populosos na Etiópia


e habitam uma região das mais isoladas no continente africano
Fonte: Wikimedia Commons

A evolução da Antropologia fez com que substituíssemos a palavra “Tribo” por “Etnias” e,
mais tarde, por “Grupo Étnico”. Além de esvaziar os preconceitos, a mudança de denomina-
ção demonstra algo mais específico, ou seja, os grupos étnicos com as suas diversas espe-
cificidades culturais.

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Método estrutural
O método estrutural foi usado no início da antropologia pensando analisar as di-
versas estruturas contidas dentro das comunidades. Compreender essas estruturas foi,
durante muito tempo, o mote da disciplina antropológica e trouxe a curiosidade sobre o
funcionamento das sociedades fora do continente europeu.

Foi, ainda, devido ao método estrutural, cuja meta era perceber parte do exótico do
excêntrico, que muitos pesquisadores preferiram adentrar as comunidades nos continen-
tes africanos e asiáticos. Essa análise trouxe novos campos de interesse e esses cientistas
precisaram se despir das suas noções ocidentais para compreender as estruturas dos
outros grupos étnicos em questão.

O problema ocasionado pelo método estrutural foi que pressupunha “a existência


de homogeneidade e de relativa estabilidade na sociedade ou comunidade estudada”
(FELDMAN-BIANCO, 1987, p. 356).

Método genealógico
Permite a reconstrução de todas as teias de parentesco que conectam o indivíduo a
uma identidade partilhada no âmbito da família, das redes de matrimônio, das normas
de sucessão e de hereditariedade, dos direitos e deveres de um sobre o outro na institui-
ção familiar, das morais acerca da sexualidade etc.

Figura 5
Fonte: Adaptado de Freepik

A origem de determinado grupamento pode, também, vir à luz por meio da pesquisa
genealógica, que permite, dentre outras coisas, identificar antepassados e chegar a nú-
cleos formadores simples de sociedades complexas.

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São necessários dados que possam levar à construção da árvore (ou árvores) genealó-
gica que se deseja erigir, valendo tanto de informações orais quanto documentais acerca
de matrimônios, descendências, nascimentos, mortes etc.
É importante chamar a atenção para o fato de que sistemas de parentesco, que cons-
tituem a base do método genealógico, não estão pautados exclusivamente na consangui-
nidade, em sociedades monogâmicas e patriarcais, como as do Ocidente complexo, mas
podem assumir as mais distintas formas, sendo imprescindível ao antropólogo relativizar
essas práticas para chegar ao profundo da sua compreensão.

Método funcionalista
Foca os aspectos funcionais de sistemas culturais, ou seja, tanto se preocupa com o modo
como funcionam, efetivamente, determinadas práticas, quanto foca seus esforços compreen-
sivos sobre a função que essas práticas acabam cumprindo no contexto do grupo.
As funções a serem identificadas passam, também, pelas articulações que constituem
não só as culturas, mas complexos culturais que interligam distintos sistemas.
A funcionalidade é fator determinante da identidade cultural e identificá-la pode ser
etapa fundamental para a compreensão da dimensão cultural da existência humana.

Técnicas em Antropologia
A título de sistematização, a tabela a seguir apresenta as mais recorrentes técnicas
utilizadas na pesquisa antropológica, além de suas mais básicas funções e objetivos.

Tabela 1 – Técnicas recorrentes na pesquisa antropológica


Observação Coleta de dados a partir do que se vê e ouve em determinado grupo.
Quando são observados fenômenos, sistematica-
Sistemática mente, por um tempo determinado.
A observação é feita no
Direta lugar de observação.
A observação é
Indireta feita por terceiros.
Participante Quando o observador permanece em campo.
Entrevista Trata-se da inquisição direta daquele que deve prestar informações ao pesquisador.
Dirigida Quando há um roteiro pré-elaborado a ser seguido.
Livre Quando não há um roteiro.
Série de perguntas escritas, submetida ao preenchimento daquele que
Formulário prestará informações.

Por meio dessas definições, podemos perceber como a Antropologia é uma ciência
baseada em diferentes métodos e comprometida com o rigor necessário para as análises
dos indivíduos, das sociedades e da cultura como um todo. Diversas vezes os métodos
são utilizados de maneira correlata, tudo em função das análises das quais se quer fazer
e das hipóteses que se busca comprovar.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
O Lugar da Cultura
BHABHA, H. O Lugar da Cultura. 1994.
Os Argonautas do Pacífico Ocidental
BRONISLAW, M. Os Argonautas do Pacífico Ocidental. 1922.
Os mortos e os outros
CARNEIRO DA CUNHA, M. Os mortos e os outros. 1978.
Evolucionismo Cultural: textos de Morgan, Taylor e Frazer
CASTRO, C. Evolucionismo Cultural: textos de Morgan, Taylor e Frazer. Editora
Zahar, 115 p. 2005.
Arqueologia da violência – Antropologia Política
CLASTRES, P. Arqueologia da violência – Antropologia Política. Cosac Naify. 2004.
Aprender Antropologia
LAPLANTINE, F. Aprender Antropologia. Editora Brasiliense, 206 p. 2009.
Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches
LATOUR, B. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Editora
EDUSC. 2002.
Jamais fomos modernos
LATOUR, B. Jamais fomos modernos. 157 p. 1991.
A oleira ciumenta
LÉVI-STRAUSS, C. A oleira ciumenta. Edições 70, 248 p. 2010.
Mito e significado
LÉVI-STRAUSS, C. Mito e significado. Edições 70, 85 p. 2007.
Tristes trópicos
LÉVI-STRAUSS, C. Tristes trópicos. Companhia das Letras, 456 p. 1996.
De perto e de longe
LÉVI-STRAUSS, C. De perto e de longe. Cosac & Naify. 272 p. 2005.
O olhar distanciado
LÉVI-STRAUSS, C. O olhar distanciado. Edições 70, 424 p. 2010.
Maíra
RIBEIRO, D. Maíra. Editora Brasiliense, 353 p. 1976.
O povo brasileiro: a formação e sentido do Brasil
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formação e sentido do Brasil. Global Editora,
368 p. 1995.

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O que é mito
ROCHA, E. O que é mito. Editora Brasiliense, 104 p. 1996.
O que é etnocentrismo
ROCHA, E. O que é etnocentrismo. Editora Brasiliense. 76 p. 1985.

Leitura
Sem palavras: etnografia, hegemonia e quantificação
https://bit.ly/36ams2N
“Aromas de urze e de lama”: reflexões sobre o gesto etnográfico
https://bit.ly/3lasxjO
Etnicidade, eticidade e globalização
https://bit.ly/3fP1F8l
Os (des)caminhos da identidade
https://bit.ly/36anc85
O lugar (e em lugar) do método
https://bit.ly/3fD8TvJ
Antropologia: saber acadêmico e experiência iniciática
https://bit.ly/369i0kJ
O olhar etnográfico e a voz subalterna
https://bit.ly/369i97L
Poder e silenciamento na representação etnográfica
https://bit.ly/3mdIgA0
A cena: lançando sombra sobre o real
https://bit.ly/2V6Mmhu
Individualidade e liminaridade: considerações sobre os ritos de passagem e a modernidade
https://bit.ly/3mb9WFU
O mundo dos bens, vinte anos depois
https://bit.ly/2JhhOa4
Este obscuro objeto do desejo etnográfico: o museu
https://bit.ly/3fDavWj
Fundamentos empíricos da razão antropológica: a criação do PPGAS e a seleção das espécies científicas
https://bit.ly/2JiOxM9
Anti-antirrelativismo
https://bit.ly/366chMH
Introdução à dádiva
https://bit.ly/3fEAih0
O ocidente, Espelho partido: uma avaliação parcial da antropologia social,
acompanhada de algumas perspectivas
https://bit.ly/3fDXrA5

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Alteridade e experiência: antropologia e teoria etnográfica


https://bit.ly/2V2r84m
Humanidade e Animalidade
https://bit.ly/369jATH
O retorno do nativo
https://bit.ly/3lgz1y0
Políticas da Natureza: como fazer ciência na democracia
https://bit.ly/3maAbw8
O ofício do antropólogo, ou como desvendar evidências simbólicas
https://bit.ly/3677g6n
A personalização do embrião humano: da transcendência na biologia
https://bit.ly/37qyhl1
O privilégio da periferia
https://bit.ly/33hWvfM
De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana
https://bit.ly/37f1HCe
A antropologia numa era de confusão
https://bit.ly/33kn8AZ
Antropologia no Brasil: um roteiro
https://bit.ly/33Btuft
Comida e antropologia: uma breve revisão
https://bit.ly/2JbTS8v
Imagem, magia e imaginação: desafios ao texto antropológico
https://bit.ly/3o2PmYT
Subjetividade e crítica cultural
https://bit.ly/37afLNB
Os antropólogos e suas linhagens
https://bit.ly/3nVzozF
Três ensaios breves
https://bit.ly/3nYOJ2h
A alteridade em contexto: a antropologia como ciência social no Brasil
https://bit.ly/3q2A34b
A análise antropológica de rituais
https://bit.ly/37fm7Lq
Temas ou teorias? O estatuto das noções de ritual e de performance
https://bit.ly/2KF4LQx

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O índio hiper-real
https://bit.ly/2Jblrii
Do engajamento ao desprendimento
https://bit.ly/39gKBXg
Antropologias mundiais: cosmopolíticas, poder e teoria em antropologia
https://bit.ly/3l95vKu
A globalização popular e o sistema mundial não hegemônico
https://bit.ly/368rdtw
Raça é signo
https://bit.ly/3fA0ZDA
Em busca de um léxico para teorizar a experiência territorial contemporânea
https://bit.ly/3l94fae
Em memória de tempos melhores: os antropólogos e a luta pelo direito
https://bit.ly/366DYoE
A situação etnográfica: andar e ver
https://bit.ly/3fKrZAo
As grandes cidades e a vida do espírito
https://bit.ly/3fEQQpi
No limite de uma certa linguagem
https://bit.ly/3672yFO
Novas formas econômicas: um relato das terras altas da Papua-Nova Guiné
https://bit.ly/365udqK
A antropologia e o advento da fertilização in vitro no Reino Unido: uma história curta
https://bit.ly/3fDIwGj

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Referências
BAROJA, J. C. As bruxas e o seu mundo. Lisboa: Vega, Coleção Janus, 1978.

BENTO, V. E. S.; Totem e tabu: uma semiologia psicanalítica em Freud?. Estudos de


Psicologia, Campinas, v. 24, n. 3, jul./set. 2007.

CATÃO, F. O fenômeno religioso. São Paulo: Letras & Letras, 1995.

CLIFFORD, J. A Experiência Etnográfica. Antropologia e Literatura no século XX. Org.


e rev. técnica José Reginaldo Santos Gonçalves. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008.

FELDMAN-BIANCO, B. (org.). Antropologia das sociedades contemporâneas: mé-


todos. São Paulo: Editora Global, 1987.

FREUD, S. Totem et tabou. France: Payot, 1965.

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PEREIRA, J. C. A magia nas intermitências da religião. Revista Nures, n. 5, jan./abr. 2007.

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PRITCHARD-EVANS, E. E. Os Nuer: uma descrição do modo de subsistência e das


instituições políticas de um povo nilota. São Paulo: Editora Perspectiva, 2005.

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ões do mundo. São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência “Raimundo Lúlio”, 2007.

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Almedina, 2009.

SILVA, G. V. da. Reis, santos e feiticeiros: Constâncio II e os fundamentos místicos da


Basileia. (337–361). Vitória: EDUFES, 2003.

SILVA, R. M. de S. Sobre o Deus de Sócrates. Dissertação de Mestrado apresentada


na Universidade de São Paulo, 2001.

SILVA, S. C. Universo mágico em Roma: representações e práticas de feitiçaria. En-


saios de História, Franca, v. 9, n. 1/2, 2004.

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d’Auguste, v. 1. Paris: Les Belles Lettres, 1976.

ZABALA, J. de M. Demonologia en Apuleyo. In: ALVAR, J.; BLÁNQUEZ, C.; WAGNER,


C. G. (ed.). Heroes, semidioses y daimones. Madrid: Ediciones Clásicas, s/d.

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