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Licenciatura em Biologia
Universidade Save
Massinga
2021
Flora Lázaro Maholela
Universidade Save
Massinga
2021
Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3
1.3. Metodologias.....................................................................................................................2
3. Conclusão................................................................................................................................10
4. Bibliografia.............................................................................................................................11
1. Introdução
A pesquisa científica possui diversas modalidades, cada qual desenvolvida por um ou mais
métodos. Entre suas modalidades, há dois tipos que são gerais e abrangem outras formas de
pesquisar: a pesquisa qualitativa e a pesquisa quantitativa. Neste presente trabalho, procuraremos
entender sobre essas duas modalidades, suas aplicações e diferenças, além da possibilidade de
interligação entre as elas.
Pesquisar é uma necessidade de todos os indivíduos. Tem como sinónimo a busca, a indagação.
Para alcançar a qualificação como um processo de investigação científica, requer emprego de
metodologia científica. As pesquisas geram as ciências, e por sua vez, as tecnologias. Abrangem
todas as áreas onde actua o homem, desde a produção de utensílios domésticos, passa pela
produção industrial, agricultura, telecomunicação, informática, até a biotecnologia. Por meio
dela, tem o homem explorado de forma mais rápida e eficiente o meio ambiente, o espaço, a
melhoria do sector agro-pecuário e da qualidade da educação, além de novas descobertas nas
áreas médica, farmacêutica, informática, entre outras.
Ao elaborar esse trabalho, procuramos alcançar as seguintes finalidades:
1.3. Metodologias
Como metodologias para tornar possível a realização deste presente trabalho, recorreu-se á
leituras bibliográficas de várias obras que abordam sobre o conteúdo em estudo, de acordo com
as referências apresentadas na bibliografia.
2. O que é pesquisa científica?
Severino, (2003), afirma que entende-se como ciência um acervo de conhecimentos científicos
que se renova com a pesquisa para cada vez mais resolver problemas, desenvolver
procedimentos, equipamentos, produtos e responder a questões. Ainda pode-se definir que a
ciência é todo um conjunto de atitudes e actividades racionais, dirigidas ao sistemático
conhecimento, com objectivo limitado, capaz de ser submetido à verificação.
Segundo Koche (2009), a ciência nada mais é que a possibilidade de encontrar respostas
plausíveis, com confiabilidade, e que podem a qualquer momento passar por um processo de
revisão critica, fundamentada e sistematizada.
Richardson (1999) afirmar que pesquisa é um processo de construção do conhecimento que tem
por objectivo gerar novos conhecimentos ou refutá-los, constituindo-se num processo de
aprendizagem tanto do indivíduo que a realiza, quanto da sociedade, na qual esta se desenvolve.
Para que uma pesquisa seja considerada científica, é necessário que seja desenvolvida de maneira
organizada e sistemática, seguindo um panejamento previamente estabelecido pelo pesquisador.
É no panejamento da pesquisa que se determina o caminho a ser percorrido na investigação do
objecto de estudo.
A pesquisa científica é o conjunto de procedimentos sistematizados, baseados em raciocínio
lógico, na busca de soluções para os problemas nas diversas áreas, utilizando metodologia
científica e que pode ser replicada, testada e confirmada através de estudos, observações e
experimentações. É o desenvolvimento efectivo de uma investigação bem planejada, feita e
redigida seguindo as normas metodológicas provenientes da ciência. Usualmente, a pesquisa
surge de uma dúvida, que por sua vez leva à formulação de um problema que deverá ser
resolvido por meio da utilização de um método científico.
1.1. Importância da pesquisa científica
Para alcançar a qualificação como um processo de investigação científica, requer emprego de
metodologia científica. As pesquisas geram as ciências, e por sua vez, as tecnologias. Abrangem
todas as áreas onde actua o homem, desde a produção de utensílios domésticos, passa pela
produção industrial, agricultura, telecomunicação, informática, até a biotecnologia. Por meio
dela, tem o homem explorado de forma mais rápida e eficiente o meio ambiente, o espaço, a
melhoria do sector agro-pecuário e da qualidade da educação, além de novas descobertas nas
áreas médica, farmacêutica, informática, entre outras.
É através do conhecimento que se pode compreender e fazer as transformações na realidade,
porém isso vai depender da base teórica dos pesquisadores, ou seja, seu modo de ver o homem
em suas relações com a natureza e com os outros homens. Havendo diferentes visões de mundo,
de homem e de análise da realidade, também aparecem diferentes concepções de ciência e
métodos, ou seja, caminhos diferentes pelos quais se chega a determinados resultados, por
exemplo: dialéctico, positivista, estruturalista, qualitativos, quantitativos e outros.
Assim, os estudos científicos vêem produzindo conhecimentos, ciências e tecnologias, por meio
da geração de procedimentos, produtos, métodos para proporcionar qualidade de vida a todos.
Brinberg & McGrath (1985) preconizam que a validade não é uma característica que pode ser
comparada com técnicas, mas um estado ideal, ou seja, um conceito a ser perseguido pelos
pesquisadores. Eles afirmam ainda que, na ciência social moderna, o termo validade tem relação
com uma série de significados: convergência, correspondência, diferenciação, equivalência,
generalidade, repetição, entre outros.
De acordo com Martins (2004) nas pesquisas quantitativas, como o pano de fundo é basicamente
a filosofia positivista, a validade é um atributo que tem uma relação directa com a objectividade,
com a possibilidade de repetição do experimento, com o fato de a pesquisa estar aberta à
verificação por outras pessoas e com a capacidade de generalização. Sendo assim, para que uma
pesquisa de natureza quantitativa seja considerada válida, outro pesquisador tem que desenvolvê-
la e conseguir chegar ao mesmo resultado que fora encontrado. Nesse contexto, a ciência tem
carácter explicativo e é vista de maneira mais objectiva.
A validade seria referente à semelhança entre o conceito e suas medidas, ao grau em que uma
medida representa precisamente o que se espera.
A confiabilidade de uma pesquisa científica é a confiança que a mesma traz.
Mello, Leão e Paiva Jr (2011) entendem a confiabilidade como a consistência com que um
procedimento de pesquisa irá avaliar um fenómeno da mesma maneira em diferentes tentativas.
Contudo, Flick (2008) assegura que a pesquisa qualitativa tem seus critérios próprios de rigor
científico que asseguram a legitimidade dos dados gerados em sua utilização.
Os instrumentos de medição do mundo físico, em geral, oferecem um grau de confiança bastante
elevado, devido à relativa estabilidade dos fenómenos observados. No entanto, nem sempre o
mesmo acontece em relação às medidas de variáveis do universo social, onde a instabilidade dos
fenómenos e factos observados dificultam a própria construção de instrumentos de aferição, uma
vez que as contínuas modificações do ambiente tornam mais difíceis à determinação da
constância das medidas, isto é, normalmente dificultam um elevado grau de confiabilidade.
(MARTINS, 2006).
A busca pela precisão numérica capaz de ser validada, confirmada e replicada representa a
principal forma de construção de conhecimento em algumas áreas das ciências sociais. Os
trabalhos que seguem a pesquisa quantitativa ainda são vistos por alguns pesquisadores como
estudos realizados com maior rigor e neutralidade. A pesquisa qualitativa, embora tenha
ampliado seu espaço e ganhado destaque, ainda é bastante questionada por alguns pesquisadores,
que dizem que esta não possui o mesmo rigor de colecta e análise de dados da pesquisa
quantitativa, bem como a força da generalização dos resultados encontrados. (Oliveira e
Piccinini, 2009).
Segundo Valles (1997), a generalização dos resultados buscada e considerada como critério de
qualidade dos trabalhos clássicos, ou seja, os quantitativos de cunho positivista, deve ser
consideradas como equivalente à noção de transferibilidade adoptada como critério de boa
qualidade nas investigações qualitativas.
A transferibilidade deve-se entender não a reprodução dos resultados encontrados (generalização)
sob as mesmas condições mantidas em estudos anteriores, mas, a possibilidade de utilização dos
procedimentos e resultados encontrados em situações semelhantes, respeitados as peculiaridades
dos novos contextos.
Gunther (2006) afirma que se relaciona a isto a ênfase no processo indutivo, partindo de
elementos individuais para chegar a hipóteses e generalizações. Entretanto, este processo deve
seguir regras, que não são uniformes, mas específicas a cada circunstância.
Que tem como principal objectivo, proporcionar maior familiaridade com o objecto de estudo.
Muitas vezes o pesquisador não dispõe de conhecimento suficiente para formular adequadamente
um problema ou elaborar de forma mais precisa uma hipótese. Nesse caso, é necessário
“desencadear um processo de investigação que identifique a natureza do fenómeno e aponte as
características essenciais das variáveis que se quer estudar” (Koche, 1997, p. 126).
Os problemas da pesquisa exploratória geralmente não apresentam relações entre variáveis. O
pesquisador apenas constata e estuda a frequência de uma variável.
O panejamento da pesquisa exploratória é bastante flexível e pode assumir carácter de pesquisa
bibliográfica, pesquisa documental, estudos de caso, levantamentos, etc. As técnicas de pesquisas
que podem ser utilizadas na pesquisa exploratória são: formulários, questionários, entrevistas,
fichas para registo de avaliações clínicas, leitura e documentação quando se tratar de pesquisa
bibliográfica.
Pesquisa descritiva
É aquela que analisa, observa, regista e correlaciona aspectos (variáveis) que envolvem fatos ou
fenómenos, sem manipulá-los. Os fenómenos humanos ou naturais são investigados sem a
interferência do pesquisador que apenas “procura descobrir, com a precisão possível, a frequência
com que um fenómeno ocorre, sua relação e conexão com outros, sua natureza e características.
(Cervo, Bervian, 1983, p. 55).
A pesquisa descritiva pode aparecer sob diversos tipos: documental, estudos de campo,
levantamentos, etc., desde que se estude a correlação de, no mínimo, duas variáveis. Podemos
assinalar algumas características da pesquisa descritiva:
Espontaneidade – o pesquisador não interfere na realidade, apenas observa as variáveis
que, espontaneamente, estão vinculadas ao fenómeno;
Naturalidade – os fatos são estudadas no seu habitat natural;
Amplo - grau de generalização – as conclusões leva em conta o conjunto de variáveis que
podem estar correlacionadas com o objecto da investigação.
De acordo com Gil (2002), certas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da
existência de relações entre variáveis, e permitem determinar a natureza dessa relação. Nesse
caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se aproxima da explicativa. Há, porém, pesquisas que,
embora definidas como descritivas com base em seus objectivos, acabam servindo mais para
proporcionar uma nova visão do problema, o que as aproxima das pesquisas exploratórias.
Pesquisa explicativa
Tem como preocupação fundamental identificar factores que contribuem ou agem como causa
para a ocorrência de determinados fenómenos. É o tipo de pesquisa que explica as razões ou os
porquês das coisas. Essa pesquisa pode aparecer sob a forma de pesquisa experimental e estudo
de caso controle (Gil, 2002).
Pesquisa quantitativa
Knechtel (2014), afirma que a pesquisa quantitativa é uma modalidade de pesquisa que atua sobre
um problema humano ou social, é baseada no teste de uma teoria e composta por variáveis
quantificadas em números, as quais são analisadas de modo estatístico, com o objetivo de
determinar se as generalizações previstas na teoria se sustentam ou não. Nesse sentido, a pesquisa
quantitativa está ligada ao dado imediato. O que isso quer dizer? Significa que ela se preocupa
com a quantificação dos dados, comprovando se uma teoria é válida ou não a partir de análises
estatísticas. A pesquisa quantitativa está ligada directamente à quantificação dos dados, na
experimentação, na mensuração e no controle rigoroso dos fatos.
A base da informação na pesquisa quantitativa são os dados, que, nos métodos quantitativos, são
classificados em:
Dados primários: obtidos no campo da pesquisa, directamente com as fontes originais de
informação (sujeitos respondentes e/ou entrevistados);
Dados secundários: dados já processados, normalmente vindos de pesquisas oficiais e/ou
outras fontes credenciadas.
2.2.3. Classificação da pesquisa científica quanto aos procedimentos
Pesquisa bibliográfica - é baseada na consulta de todas as fontes secundárias
relativas ao tema que foi escolhido para realização do trabalho. Essa pesquisa abrange
todas as bibliografias encontradas em domínio público como: livros, revistas,
monografias, teses, artigos de Internet.
Pesquisa documental - é a pesquisa que se baseia na colecta de dados, de
documentos escritos ou não, através das fontes primárias, realizadas em bibliotecas,
institutos e centros de pesquisa, museus, acervos particulares (igrejas, escolas, bancos,
postos de saúde, cartórios, hospitais) e públicos (documentos de órgãos oficiais como
ofícios, leis, escrituras) e outros como fontes estatísticas, fontes do direito, livros de
apuração, balancetes contáveis e financeiros e comunicações realizadas pelos meios
de comunicação orais e audiovisuais (rádio, televisão, filmes, mapas).
Pesquisa de campo - é utilizada para gerar conhecimentos relativos a um problema,
testar uma hipótese, ou provocar novas descobertas em uma determinada área. Baseia-
se em projectos de pesquisa que determina as hipóteses, os objectivos e a metodologia
utilizada para efectuar as observações controladas, as variáveis a serem observadas e
analisadas, a amostragem, a técnica de colecta de dados, a preparação das informações
e a análise estatística.
Pesquisa de laboratório - é uma investigação em que o pesquisador manipula as
variáveis e faz os seus controles. A pesquisa é realizada em ambientes fechados, reais
ou artificiais, geralmente controlados. A maioria dessas pesquisas é experimental,
feitas com pessoas, animais, vegetais e minerais.
3. Conclusão
Finda a realização deste presente trabalho, chegamos á conclusão de que A pesquisa científica é o
conjunto de procedimentos sistematizados, baseados em raciocínio lógico, na busca de soluções
para os problemas nas diversas áreas, utilizando metodologia científica e que pode ser replicada,
testada e confirmada através de estudos, observações e experimentações. É o desenvolvimento
efectivo de uma investigação bem planejada, feita e redigida seguindo as normas metodológicas
provenientes da ciência. Usualmente, a pesquisa surge de uma dúvida, que por sua vez leva à
formulação de um problema que deverá ser resolvido por meio da utilização de um método
científico.
Percebeu-se ainda que a pesquisa científica só é possível ser classificada mediante o
estabelecimento de alguns critérios que podem ser: quanto á abordagem, quanto aos objectivos da
pesquisa e quanto aos procedimentos usados para a colecta de dados durante a pesquisa.
Os objectivos da pesquisa foram alcançados com sucesso.
4. Bibliografia
Bagno, Marcos. Pesquisa na Escola o que é como se faz. 21 ed. São Paulo: Loyola, 2007.
Barbier, René. A Pesquisa-Ação. Tradução de Lucie Didio. Brasília: Liber Livro Editora,
2004. 159 p. - (Série Pesquisa em Educação, v. 3)
Manchope, Elenita Conegero Pastor. Metodologia Científica. Aula ministrada ao PDE 2008
campus de Cascavel, 15 Out. 2008.
Demo, Pedro. Educar Pela Pesquisa. 8 ed. Campinas: Autores Associados, 2007.
Gil, A. C. (2007. 208p.).Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas;
Knechtel, Maria do Rosário. Uma abordagem teórico-prática Metodologia da pesquisa em
educação dialogada. Curitiba: Intersaberes, 2014.
Valles, M.S. (1997). Técnicas cualiltativas de investigacion social: Reflexion metodológica y
prática profesional Madri;
Lakatos, E. M.; Marconi, M. de A.( 2009. 315p).Fundamentos de metodologia científica. 6.
ed. São Paulo: Atlas.
Mezzaroba, O. Monteiro, C. S.(2008. 344p).Manual de metodologia da pesquisa no Direito.
4. Ed. São Paulo: Saraiva.