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Índice

Introdução ............................................................................................................................... 1
Consideração Sobre o Método Científico .................................................................................. 2
O método científico................................................................................................................... 2
Tipos de Métodos Científicos .................................................................................................... 2
Método Indutivo ....................................................................................................................... 3
Método Dedutivo ...................................................................................................................... 4
Método Hipotético-dedutivo ..................................................................................................... 4
Método Dialético ...................................................................................................................... 4
Método Fenomenológico........................................................................................................... 4
Conclusão ................................................................................................................................ 5
Referências .............................................................................................................................. 6

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Introdução
Não há ciência sem o emprego de métodos científicos. Método é a forma de
proceder ao longo de um caminho. Métodos científicos são um conjunto de
procedimentos pelos quais se propõem problemas científicos.
Colocam-se à prova hipóteses científicas. O método se constitui no caminho de
construção do discurso científico. Ele é a trajetória que o pesquisador percorre para
conhecer o objeto (fenômeno/fato investigado) em busca de construir um conhecimento
racional e sistemático. O método enquanto construção, resultante de um processo por
meio do qual o homem procura conhecer a natureza e a sociedade, deve ser compreendido
e explicado como resultado de relações entre homens em contextos históricos particulares
e singulares. Diante disso, ele se altera refletindo o desenvolvimento e as rupturas nos
diferentes momentos da história.
Percebendo o mundo, o homem constrói trajetórias para conhecer e explicar os
fenômenos.
O homem cria diversos caminhos para apreender, compreender e explicar o que
o cerca. Esses caminhos podem ser percorridos por pontos diferentes, ora pela razão, ora
pela percepção, ou então, pela convergência entre esses pontos.
No nosso dia a dia associamos método com ordem e organização. Pois bem, na
esfera do conhecimento, da investigação (pesquisa) ou de qualquer actividade intelectual,
o vocábulo método está associado ao termo metodologia, que é o estudo dos métodos
utilizados no processo de conhecimento.
A importância do método científico nas ciências sociais reside em que, por meio
dela, é possível realizar investigações que entreguem resultados correctos, objectivos e
válidos, do ponto de vista científico.
Historicamente, uma das maiores dificuldades das ciências sociais tem sido
demostrar a qualidade e validade de seus resultados. Isso ocorre porque seus objectivos
de estudo são dinâmicos, as metodologias de pesquisa que se aplicam são práticas que
seguem principalmente as diretrizes típicas das tradições de pesquisa qualitativas.
Os métodos científicos das ciências sociais se apresentam como uma alternativa
para gerar conhecimento sobre problema relacionados as interações humanas. Isso deve-
se o facto de propor ferramentas para validação objectivas das informações colectadas
durante o processo de pesquisa.
Normalmente a comunidade científica endossa as suas teorias que derivam da
aplicação de método científico neste campo da ciência. No entanto muitas destas teorias
são derivadas em aberto para refutação, pois não são consideradas ‘‘perfeitas’’.

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Consideração Sobre o Método Científico
Como conhecimento metódico, sistemático, programado, a Ciência tem como
principal objetivo a busca da verdade sobre as coisas, os fatos, as ideias. Este, no entanto,
também é o objetivo das demais formas de conhecimento.
O conhecimento científico tem uma característica especial: os raciocínios e as
técnicas que utiliza podem ser claramente identificados. Quando sabemos exatamente
qual foi o caminho seguido, poderemos proceder com exatidão à verificação dos passos
percorridos até o resultado final. Esse caminho seguido, o roteiro seguro que guia o
cientista em suas investigações, é o método por ele utilizado.
O método científico
O método científico surge com a Ciência Moderna após a decadência da Idade
Média que compreendeu o período do século V ao XV (datado por historiadores). Com o
Renascimento (séculos XIV e XVI) houve um intenso intercâmbio de conhecimento a
respeito de antigos tratados sobre astronomia e física, bem como o aperfeiçoamento de
instrumentos de navegação, como a luneta e mais tarde telescópio, por Galileu Galilei.
Antes, porém, foi o polonês Nicolau Copérnico que hipotetizou sobre o cosmos e
heliocentrismo indicando a ideia da terra girando em torno da órbita do Sol. A hipótese
de Copérnico foi confirmada mais tarde por Galileu Galilei considerado o “pai da ciência
moderna”.
Galileu então, confirma, comprova a hipótese ao criar o telescópio com o qual
se pôde observar os corpos celestes, alcançar a visualização das imperfeições na Lua e
em outros planetas; o que contestou a antiga concepção de um cosmos fechado. Com isso,
seguiu Kepler, entre outros cientistas, a compreenderem uma nova norma de concepção
do mundo físico. A ideia da busca constante de explicações, soluções, bem como de novas
avaliações de resultados ganhou forças a partir do século XVI.
O método científico passa então a ser concebido como um conjunto de regras
básicas para desenvolver uma experiência, a fim de produzir novo conhecimento, bem
como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. A ciência passa também a ser
definida, conforme Apollinário (2006) como uma das formas de conhecimento,
coexistindo com a religião, com a arte, com a filosofia e com o próprio senso comum.
Destaca-se, porém, que a ciência moderna surge aceitando somente os
conhecimentos embasados em evidências empíricas, ou seja, a obtenção de alguma
evidência “concreta” do mundo sensível é sempre necessária (VOLPATO, 2013).
E para a obtenção destas evidências é necessário a utilização de um método; por
isso o método científico é tido, conforme Marconi e Lakatos (2000), como o conjunto de
atividades sistemáticas e racionais, que com maior segurança e economia, permite
alcançar o objetivo conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser
seguido, detectando erros e auxiliando nas decisões do cientista.
“sem método científico não se faz ciência”
Tipos de Métodos Científicos
Afirmamos que a observação dos métodos científicos é estritamente necessária
para que sua pesquisa seja considerada científica. Ainda que esses métodos sejam
chamados científicos, isso não significa que sejam utilizados apenas para fazer Ciência.
Muito pelo contrário, se você é um pensador da área da Filosofia, deverá aplicar em suas

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investigações um método de sua escolha ou desenvolvimento que lhe possibilite o
tratamento rigoroso e o resultado eficiente de seu trabalho.
Considerando as formas de organização do raciocínio, podemos classificar os
métodos científicos em: indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo, dialético e
fenomenológico.
Além desses métodos científicos considerados como primordiais e
reciprocamente excludentes na atividade investigativa, temos outros métodos que podem
ser igualmente empregados de forma concomitante com os primeiros, de acordo com as
condições e os objetivos finais a serem alcançados. Esses métodos auxiliares cumprem,
por conseguinte, uma função técnica estratégica.
Método Indutivo
O método indutivo permite que possamos analisar nosso objeto para tirarmos
conclusões gerais ou universais. Assim, a partir, por exemplo, da observação de um ou
de alguns fenômenos particulares, uma proposição mais geral é estabelecida para, por sua
vez, ser aplicada a outros fenômenos. É, portanto, um procedimento generalizador.

Dados particulares
Inferência Verdade geral ou universal
(suficientemente constatados)

Ex: O corvo 1 é negro, o corvo 2 é negro, o corvo 3 é negro e o corvo n é


negro.
Todo o corvo é negro.
O método indutivo realiza-se em três etapas:
a) Observação dos fenômenos: nessa etapa observamos os fatos ou fenômenos e
os analisamos, com a finalidade de descobrir as causas de sua manifestação;
b) Descoberta da relação entre eles: na segunda etapa procuramos, por
intermédio da comparação, aproximar os fatos ou fenômenos, com a finalidade de
descobrir a relação constante existente entre eles;
c) Generalização da relação: nesta última etapa generalizamos a relação
encontrada na precedente, entre os fenômenos e fatos semelhantes, muitos dos quais ainda
não observamos (e muitos inclusive inobserváveis).
Ex: Observo que Pedro, José, João, etc. são mortais; verifico a relação entre ser
homem e ser mortal; generalizo dizendo que todos os homens são mortais.
Qual a justificativa para as inferências indutivas?
Temos expectativas e acreditamos que exista certa regularidade nas coisas, e,
por este motivo, o futuro será como o passado.
Qual a justificativa para a crença de que o futuro será como o passado?
São, principalmente, as observações feitas no passado.
Principal crítica ao Método Indutivo:
Alguns
Salto Todos
(Observados, analisados e indutivo (Não observados, inobservavéis)
examinados)

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• A indução não pode transmitir a certeza e a evidência;
• O salto de um para todos exigiria uma observação infinita.
Método Dedutivo
O método dedutivo parte de argumentos gerais para argumentos particulares.
Primeiramente, são apresentados os argumentos que se consideram verdadeiros e
inquestionáveis para, em seguida, chegar a conclusões formais, já que essas conclusões
ficam restritas única e exclusivamente à lógica das premissas estabelecidas. A questão
fundamental da dedução está na relação lógica que deve ser estabelecida entre as
proposições apresentadas, a fim de não comprometer a validade da conclusão.
Se, por um lado, o método dedutivo possibilita levar o investigador do conhecido
para o desconhecido com uma margem pequena de erro, por outro, esse mesmo método
tem seu alcance bastante limitado, já que sua conclusão não pode em hipótese alguma
ultrapassar o conteúdo enunciado nas premissas.
Exemplo de raciocínio dedutivo: Premissa maior: o ser humano é mortal,
Conclusão: Logo, “X” é mortal.
Método Hipotético-dedutivo
Ele tem em comum com o método dedutivo o procedimento racional que transita
do geral para o particular, e com o método indutivo, o procedimento experimental como
sua condição fundante. Assim, a abordagem do método hipotético-dedutivo é a de buscar
a verdade eliminando tudo o que é falso. Portanto, Popper defende estes momentos no
processo investigatório:
1. Problema: formulação de uma ou mais hipóteses a partir das teorias
existentes;
2. Solução: dedução de consequências na forma de proposições;
3. Testes de falseamento: tentativas de refutação, entre outros meios, pela
observação e experimentação.
Método Dialético
O método dialético é uma possibilidade de caminho na construção do saber
científico no campo das ciências humanas. Ele torna-se a trajetória percorrida pelo sujeito
(pesquisador) na busca de conhecer e perceber-se na construção desse conhecimento do
objeto (fenômeno/fato investigado) que se constrói e desconstrói nas interações entre o
sujeito e o objeto. Na Dialética, o pensamento passa necessariamente por uma afirmação
ou tese inicial, a construção de sua contradição, ou antítese dela, para se chegar a uma
síntese.
Método Fenomenológico
Preconizado por Husserl, o método fenomenológico não é dedutivo nem
indutivo. Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como ela é. A realidade é
construída socialmente e entendida como o compreendido, o interpretado, o comunicado.
Então, a realidade não é única: existem tantas quantas forem as suas
interpretações e comunicações. O sujeito/ator é reconhecidamente importante no processo
de construção do conhecimento (GIL, 1999; TRIVIÑOS, 1992).
Os métodos auxiliares são: Experimental, Estatístico, Histórico, comparativo,
Clínico e Observacional.

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Conclusão
O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma
experiência a fim de produzir conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos
pré-existentes. É baseado na junção de evidências observáveis, empíricas, e mensuráveis,
com o uso do raciocínio lógico.
Primeiramente propõem-se hipóteses para explicar certos fenômenos. As
hipóteses são usadas para prever novos fenômenos. Então desenvolvem-se experimentos
que testam essas previsões.
Então teorias são formadas juntando-se hipóteses de certa área, em uma estrutura
coerente de conhecimento. Isto ajuda na formulação de novas hipóteses, bem como coloca
as hipóteses em um conjunto de conhecimento maior.
Portanto, torna-se evidente, a partir deste trabalho, a importância do uso dos
métodos científicos e tipicar. Resultando assim para a elaboração de trabalhos científicos,
no âmbito geral das variadas áreas do saber.
No entanto, maiores pesquisas e estudos a cerca do tema são necessários visando
à definição clara e científica de conceitos, importância e modos de se trabalhar e utilizar
essa metodologia no ensino,

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Referências
GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo:
Harbra, 1986.
CERVO, A.L.; BREVIAN, P.A; DA SILVA, R. Metodologia científica. São
Paulo: McGraw-Hill, 2007 e edições anteriores.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica.
7 ed. São Paulo: Atlas, 2010 e edições anteriores.
MEZZAROBA, O.; MONTEIRO, C. S. Manual de metodologia da pesquisa no
direito. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 21 ed. São
Paulo: Cortez, 2000.
TRUJILLO FERRARI, A. Metodologia da ciência. 2.ed. Rio de Janeiro:
Kennedy, 1974.

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