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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de educação à Distância

Breve contextualização da filosofia Grega

Joana João Lino

Código: 708224695

Curso: Geografia
Disciplina: filosofia (2º ano)

Pemba, 2023
Folha de Feedback
Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação do Subtota
máxima tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA  Rigor e coerência
s 6ª edição em das
4.0
Bibliográfi citações e citações/referências
cas bibliografia bibliográficas
Recomendações de melhoria:
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Índice
Folha de Feedback.........................................................................................................1

Recomendações de melhoria:........................................................................................2

1. Introdução...............................................................................................................4

1.1. Objectivos...........................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral...............................................................................................4

1.2. Metodologia........................................................................................................4

2. Revisao da Literatura..............................................................................................5

2.1. O nascimento da filosofia: criação grega ou origem oriental.............................5

2.2. Origens gregas da filosofia.................................................................................6

2.3. Períodos da filosofia grega.................................................................................7

2.4. Fontes da filosofia grega.....................................................................................8

4. Referencias Bibliográficas....................................................................................10
1. Introdução
O presente trabalho tem como tema Breve contextualização da filosofia Grega. Portanto
qualquer tentativa de escrever uma Filosofia grega é, a priori, malfadada, pois os limites
em que se inscrevem tal tentativa podem ser tão estritos que a sua leitura não acrescente
muito às necessidades do leitor no sentido de conhecer o significado das teses expostas
por autores tão importantes e longínquos no tempo. Obviamente, quem trabalha com a
Filosofia é, em certa dose, um intruso, e não consegue, a despeito de suas melhores
intenções, deixar de invadir e propor determinada leitura para determinado tópico, mas
isto é algo absolutamente eventual, e fruto de certa adição filosófica que nos atinge, mas
que pode ser controlada, não por um especialista, mas por alguma contenção, mesmo a
contra gosto, o que não é algo realmente simples.

1.1. Objectivos
Para Marconi & Lakatos (2002, P.24) “toda pesquisa deve ter um objectivo determinado
para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar. ” Definir objectivos de
pesquisa é um requisito para desenvolver uma pesquisa científica.

1.1.1. Objectivo Geral


Para Andrade (2009) o objectivo geral está ligado ao tema de pesquisa.

 Conhecer a história da filosofia grega;


1.1.2. Objectivos Específicos
De acordo com Marconi & Lakatos (2003, P.219) os objectivos específicos “apresentam
carácter mais concreto. [...], permitindo, de um lado, atingir o objectivo geral e, de
outro, aplicá-lo a situações particulares. ” Portanto, os objectivos específicos são o
desmembramento do objectivo geral, facilitando o percurso da pesquisa

 Explicar as fontes da filosofia Grega;


 Descrever os periodos da filosofia antiga;

 Destinguir a historia da filosofiia antiga;

1.2. Metodologia
Gil (2008) diz que metodologia descreve os procedimentos a serem seguidos na
realização da pesquisa. para o presente trabalho usei a revisao bibliografica usando
manuais, links, obras que fala sobre o tema em destaque.
2. Revisao da Literatura

2.1. O nascimento da filosofia: criação grega ou origem oriental


Segundo Burnet (1994), a filosofia é reconhecida como uma criação do génio grego, ou
seja, ela teria nascido em Mileto, cidade localizada em uma colónia grega (Jónia) da
Ásia Menor, actual Turquia, no século VI antes de Cristo, com Tales de Mileto.

A esse respeito, porém existem divergências, contestações, que podemos encontrar


mesmo entre os antigos, entre historiadores do século XVIII, e entre orientalistas em
geral, que não crêem ser a Filosofia uma criação original da Grécia, mas que elementos
anteriores oriundos de outras civilizações já conteriam elementos que desdobrar-se-iam
no que hoje conhecemos como Filosofia.

Esses últimos apresentaram provas aparentes de que sua posição deveria vigorar,
retirando do pensamento grego a originalidade no que concerne a tão disputado saber.
Várias foram as vozes que questionaram a origem grega da Filosofia, tais como os
sacerdotes egípcios, que não duvidaram em fundar a Filosofia na sabedoria egípcia; os
hebreus alexandrinos, que sustentaram ser a Filosofia devedora de Moisés; os gregos do
último período da filosofia grega, como Numênio, um neopitagórico, que sustentava ser
Platão um Moisés que falava ático (Burnet, 1994); e até mesmo os apologistas cristãos,
como Clemente de Alexandria, que julgava ser Platão um filósofo judaizante (Conche,
1991), mesmo que historiadores como Momigliano negassem fortemente tal afirmação,
sustentando que antes de Alexandre Magno, os gregos não conheciam a existência dos
judeus, e que Platão mesmo ignorava a existência de Moisés (1991).

O problema é que tal posição, contrária à ideia do milagre grego, recebeu sérios
questionamentos já no século XIX. Isso não significa afirmar que não tenha havido
sobre a Grécia influências importantes de outras culturas, e influências importantes.

Podemos encontrar essas influências em variados âmbitos, como na cerâmica, na


escultura, na matemática, na astronomia. Mas podemos reconhecer que transmitir uma
arte não pressupõe uma língua comum, ou abstracta, tão-somente imitação (Burnet,
1994), e que, mesmo na matemática e na astronomia, o universo referencial entre os que
transmitiram e os que receberam a influência não é necessariamente o mesmo, pois
facilmente podemos observar que o emprego da matemática no Egipto possuía um
carácter prático, regras de medição das cheias do Nilo, por exemplo, enquanto na
astronomia os babilónios tinham como interesse básico a adivinhação; ou seja, o que
surge desse tipo de preocupação é o carácter prático dessas disciplinas, que visavam
sobretudo o útil (Burnet, 1994).

Não é o caso da Filosofia, pois esta tem, e tinha, a necessidade de uma linguagem
abstracta, uma terminologia especializada, pois não era a utilidade o que estava em
questão, mas o aspecto teórico, na medida em que buscava a verdade. As influências
recebidas pelo mundo grego, seja no campo das ciências ou da arte, adquiriam uma
nova forma. Os gregos extrapolaram as influências recebidas, a matemática passa a ter
um interesse diverso, buscando estabelecer um estudo científico dos números,
fundamentado por demonstrações teóricas. No caso da astronomia, a preocupação
babilónia não passou da fase empírica, restringindo-se a propostos astrológicos, sem o
interesse científico no qual se pautavam os gregos, que se interessaram mais em
desenvolver esforços no sentido de responder, mesmo que erroneamente, questões sobre
a terra – entendida como uma esfera que repousava sobre o nada e que não era o centro
do universo, mas que girava em torno dele – ou apresentar uma teoria sobre a natureza
dos eclipses solares lunares.

2.2. Origens gregas da filosofia


Afirmamos que não houve uma origem oriental da Filosofia, mas existem, segundo
Reale (1993), “formas de vida espiritual” que serviram de preparação para o surgimento
da Filosofia na Grécia.

São elas:

I. Os poemas homéricos (Ilíada e Odisséia): eles teriam como característica o


sentido de harmonia, proporção, limite e medida, que serão temas caros à
filosofia grega. Além disso, a narrativa dos poemas busca, de algum modo,
estabelecer razões, o que resultaria, como na investigação propriamente
filosófica posterior, uma antecipação das ideias de “causa” e “princípio” (p.20),
por exemplo;
II. Os deuses da religião pública e sua relação com a Filosofia: nesse quesito, há
concepção de que tudo é divino, seja no sentido de que todas as coisas que
acontecem são decorrentes dos deuses, inclusive os fenómenos da natureza e da
vida humana. Os deuses seriam “forças naturais diluídas em formas humanas
idealizadas, o que faria da religião grega uma “religião naturalista”: então
teríamos uma religião pública naturalista, do mesmo modo que a primeira
filosofia foi naturalista;
III. A religião dos mistérios: sobretudo o Orfismo, especialmente a sua doutrina da
transmigração das almas e sua concepção dualista de alma e corpo, sendo o
último considerado o corpo da alma, concepções que encontramos em Pitágoras
e Platão dentre outros (p.24);
IV. As condições sócio-político-econômicas: com a criação da polis, o indivíduo
passa a se reconhecer na cidade-estado, sendo que o fim de ambos coincide, bem
como a liberdade de ambos (p.26), liberdade expressa nas constituições de cada
cidade-estado (p.27). Outro factor que contribui foi a expansão das colónias
gregas para a Ásia Menor e para a Magna Grécia (Itália). É interessante salientar
que nesse período a Jônia, e por consequência Mileto, cresceram notavelmente,
seja economicamente, devido ao comércio, seja culturalmente, em função do
desenvolvimento político, incisivamente na arte (pintura), na literatura e na
arquitectura (Barnes, 1997, p.11).

2.3. Períodos da filosofia grega


A filosofia grega compreende o período de 585 a.C., com Tales de Mileto, a 529 d.C.,
quando do édito e Justiniano proibindo o ensino da filosofia pagã nas escolas cristãs.

O estabelecimento de períodos no que concerne à filosofia grega é necessariamente


arbitrário em função de que nem sempre tais períodos obedecem rigidamente à
cronologia. Cientes deste carácter arbitrário, proporemos a seguinte divisão:

a) Período cosmológico ou naturalista: esse período tem como característica básica


a pergunta pela origem e natureza das coisas e do Cosmos, e é onde nós temos
os chamados pré-socráticos;
b) Período antropológico ou humanista: esse período representa o esquecimento da
preocupação e investigação acerca da origem das coisas e do Cosmos, e passa a
preocupar-se com as questões referentes ao homem. É o período relativo aos
Sofistas e a Sócrates;
c) Período das grandes sínteses: é o período mais rico da filosofia grega, onde há a
preocupação essencial com os fundamentos do conhecimento e da moralidade, e
de vários outros problemas filosóficos;
d) Período ético/epistemológico: é o período referente ao epicurismo, estoicismo e
cepticismo, onde afloram uma plêiade de preocupações éticas, como, por
exemplo, o ideal de sábio, e questões relativas à possibilidade do conhecimento
e o estabelecimento de critérios de verdade;
e) Período transcendente ou religioso: é o período em que temos a retomada de
Platão e Pitágoras, onde é deixada de lado a investigação sobre a realidade
sensível, passando-se a tratar do supra-sensível. É o momento no qual a razão
perde vitalidade, deixando de ser o critério único para explicar a realidade.

2.4. Fontes da filosofia grega


i. Platão e Sofistas;
ii. Aristóteles (sobretudo no livro primeiro da Metafísica onde ele faz uma
história, ou revisão, das doutrinas dos primeiros filósofos, normalmente crítica,
buscando mostrar a insuficiência argumentativa dos mesmos);
iii. Teofrasto (A opinião dos Físicos);
iv. Estoicos; (v) Céticos (Sexto Empírico, que tem por método salientar as variadas
contradições encontradas em determinadas doutrinas);
v. Neoplatonismo (Plotino);
vi. Biografias e Doxografias (doxógrafos são os que relatam as doutrinas dos
filósofos gregos). O exemplo mais conhecido é a Vida e doutrinas dos Filósofos
Ilustres de Diógenes Laércio;
vii. As sucessões dos filósofos: uma sucessão pode possuir dois aspectos: (a)
funciona como uma prática institucional (Academia, Liceu), na qual um
sucessor é apontado ou escolhido; ou (b) a postulação de um suposto vínculo
doutrinal, real ou aparente, entre filósofos e escolas;
viii. Outras fontes: Clemente de Alexandria, Estobeu;
ix. Comentadores: Alexandre de Afrodísia, Simplício, Proclo.
3. Conclusão

Durante a realização do presente trabalho de carácter científico percebeu-se que a


história da filosofia antiga é dividida em mais quatro períodos, Período pré-socrático ou
cosmológico, período socrático ou antropológico, período sistemático e período
helenístico ou Greco-romano. No período pré-socrático ou cosmológico, há uma
preocupação em compreender a origem do cosmo e os fenómenos da natureza. Este
período se estende do final do século VI a.C. Até o final do século V a.C. No período
socrático ou antropológico, investigam-se as questões humanas, tais como a ética, os
comportamentos e conhecimentos humanos. Este período se estende do final do século
V a.C. Ao final do século IV a.C. No período sistemático, procura-se centrar
principalmente a figura de Aristóteles por sistematizar tudo o que fora pensado até
então. Este período se estende do final do século IV a.C. Até o final do século III a.C.
No período helenístico ou greco-romano, acompanham-se as transformações da cultura
grega quando esta (Grécia) passa a fazer parte do Império romano e, mais tarde, surge o
cristianismo que influencia no desenvolvimento posterior. Este período se estende do
final do século III a.C. Até o século VI depois de Cristo.
4. Referencias Bibliográficas
Andrade, M.M. (2009). Introdução à Metodologia do Trabalho Científico: Elaboração
de Trabalhos na Graduação. 9. ed. São Paulo: Atlas.
Burnet, J. (1994). O despertar da filosofia grega. São Paulo: Siciliano,

Duby, G. (1993). O tempo das Catedrais. A arte e a sociedade, «Nova História» 8,


Editorial Estampa, Lisboa,

Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, Apostila.


Gil, A, C. (2008). Métodos e Técnica de Pesquisa Social. 7ªed.). São Paulo: Martins
fonte.

LE Goff, J, (1983). A Civilização do Ocidente Medieval, col. «Imprensa Universitária»


32, Editorial Estampa, Lisboa, vol. I, esp. caps I e V.

Marconi, M.A. & Lakatos, E.M. (2002). Técnicas de Pesquisa: Planejamento, Execução
de Pesquisas, Amostragens e Técnicas de Pesquisas, Elaboração, Análise e
Interpretação de Dados. 5. ed. São Paulo: Atlas.
Marconi, M.A. & Lakatos, E.M. (2003). Fundamentos da Metodologia Científica. 5 ed.
SP: Atlas,
Reale, G.(1993). História da filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 5 vols.

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