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RESUMO
ABSTRACT
This paper presents the criteria used to assign limiting values for the
instrumentation of concrete, earthfill and rockfill dams from Ilha Solteira,
Jaguari, Eng°. Souza Dias (Jupiá) and Paraibuna hydropowerplants and
Paraitinga dam, owned by CESP - Companhia Energética de São Paulo. The
criteria indicates that “attention” or “alert” conditions are reached when
reference values for readings are exceeded or, when measurements start to
indicate a tendency that is different from a pattern established along the years.
1
1 - INTRODUÇÃO
2 - FINALIDADES DA INSTRUMENTAÇÃO
2
Cada barragem representa uma situação única e requer uma solução individual
para seu projeto de instrumentação. Por isto, o fato de algumas barragens
existentes possuírem pouca ou nenhuma instrumentação não é, em absoluto,
sinal de que um sistema de auscultação deva ser instalado. No entanto,
quando os instrumentos adequados são instalados para avaliação da
segurança, é vital que os mesmos sejam lidos e interpretados dentro das
rotinas estabelecidas, pois podem fornecer informações valiosas sobre o
desempenho das estruturas e suas condições de segurança.
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Alguns tipos de aparelhos instalados com a finalidade de pesquisa ou avanço
da técnica de instrumentação civil, simplesmente deixaram de funcionar ainda
durante a fase construtiva ou logo após a construção. Outros, que tinham como
função o monitoramento da fase construtiva e do período inicial de operação
continuam a ser lido até o presente. Determinados tipos de medições foram
extremamente úteis em fases anteriores das obras, porém não o são mais
nesta fase de operação.
4.1 - GENERALIDADES
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disponíveis, como também pela falta de representatividade que tais valores
poderiam apresentar. Em geral, os únicos efeitos de ações que possuíam
limites bem definidos eram as subpressões e temperaturas em estruturas de
concreto: as primeiras a partir de diagramas elaborados com base nos critérios
estabelecidos pelo Bureau of Reclamation, dos EUA e as segundas a partir de
estudos de propagação térmica realizados pelo método dos elementos finitos.
• Determinísticos
• Estatísticos
• Híbridos
Nenhum destes modelos é perfeito e sua utilização deve ser bem criteriosa.
Uma análise efetuada, pela Themag, em todos os instrumentos mostrou que a
grande maioria das leituras apresentava valores coerentes sendo mínimos os
casos que podem ser classificados como de leituras errôneas.
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Avaliações das condições de estabilidade e padrões de percolação,
considerando-se as leituras dos instrumentos, mostraram adequada situação
de segurança estrutural.
Por estas razões optou-se pelo uso do modelo estatístico para a fixação de
“Valores de Referência de Leituras da Instrumentação”.
Levando em conta que as barragens da CESP, objeto deste estudo, têm mais
de 30 anos de construção e operação, possuindo uma extensa série histórica
de leituras, praticamente ininterruptas (exceto em poucos casos), que retratam
as condições por que passaram e sabendo através da análise de relatórios e
inspeções que o comportamento das mesmas é normal, decidiu-se empregar a
estatística como ferramenta nestes estudos. Uma das hipóteses básicas foi a
de que, se os valores medidos pelos mesmos instrumentos permanecerem
variando dentro de uma determinada faixa, ao longo do tempo, mantendo-se
todas as outras condições idênticas às passadas, o comportamento das
estruturas continuará dentro da normalidade. Outras duas premissas foram de
que os valores medidos obedecem a uma distribuição normal e o grau de
confiança deve ficar entre 70% e 100%.
Os conceitos básicos estatísticos utilizados contemplaram: distribuição
contínua; distribuição normal ou de Gauss; distribuição “t“ de Student; intervalo
de confiança; testes de hipótese e significância (teste F); regressão linear
simples e correlação; regressão linear múltipla e correlação.
Foram adotados limites que garantissem que pelo menos 95% das leituras da
série histórica estivessem dentro da faixa (Figura 1 e 2).
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FIGURA 1 – Distribuição com intervalos de aceitação e rejeição para um grau
de confiança.
Na Figura 1, tem-se:
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X 1 = µ – (2,021 . Sd) e X 2 = µ + (2,021 . Sd) para um número de dados do
estudo entre 30 e 60.
282
Cota piezométrica (m)
280
278
276
274
272
270
14/11/1984 11/8/1987 7/5/1990 31/1/1993 28/10/1995 24/7/1998 19/4/2001
Período
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Foram efetuadas análises de correlação das leituras com as ações atuantes, a
saber: nível d’água montante, nível d’água jusante, diferença de nível d’água
entre montante e jusante e temperatura. Para alguns instrumentos, tais como
os piezômetros e medidores de vazão, foram examinadas as correlações das
leituras com o nível d’água de montante, com o nível d’água de jusante e com a
diferença de nível d’água (montante-jusante).
3,00
2,00
Mont/Jus (mm)
Deslocamento
1,00
0,00
-1,00
-2,00
-3,00
-4,00
14/11/1984 11/8/1987 7/5/1990 31/1/1993 28/10/1995 24/7/1998 19/4/2001
Período
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Nas barragens em estudo, a maioria dos aparelhos indica ou uma estabilização
de leituras (Caso 1) ou variações em consonância com as oscilações do nível
d’água do reservatório ou com a temperatura ambiente (Caso 2).
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Também foram rejeitadas correlações cujo fator de significância “F”, fosse
incompatível com a hipótese de significância da correlação para o nível
adotado de 5% (100% - 95%).
Adotaram-se limites que garantissem que, pelo menos, 95% das leituras
históricas estariam dentro da faixa.
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PARAITINGA - PZ-10 - VALORES DE REFERÊNCIA
641
640,5
Cota Piezométrica (m)
640
639,5
639 P
638,5
638
637,5
637
698 700 702 704 706 708 710 712 714 716
NA Montante (m)
Cota Piez. (m) Limite Sup. Limite Inf. Linear (Cota Piez. (m) )
Também, neste caso foram propostos limites que garantissem que 95% dos
registros históricos se enquadrassem na faixa estabelecida. A diferença em
relação ao caso anterior consistiu no fato de que a faixa foi definida em relação
à correlação entre as leituras e o nível d’água do reservatório.
No caso dos piezômetros instalados nas estruturas de concreto das UHE Ilha
Solteira e Eng?
. Souza Dias (Jupiá), além dos Valores de Referência de Leituras
foram também fixados, deterministicamente, “Limites de Alerta”, configurando
uma faixa de variação.
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As linhas dos “Limites de Alerta” foram definidos, para dois pares de valores
dos níveis d´água de montante (Hm) e de jusante (Hj) levando em
consideração o efeito da existência e funcionamento efetivo dos drenos para
redução das subpressões.
Toda Situação de Alerta deve ser imediatamente analisada de modo que nunca
seja necessário o acionamento de uma Situação de Emergência.
No caso dos piezômetros instalados nas estruturas de concreto das UHE Ilha
Solteira e Eng? . Souza Dias (Jupiá), foi fixado, deterministicamente, um “Limite
de Emergência” como uma linha definida a partir do critério de projeto utilizado
para verificar a estabilidade dos blocos estruturais.
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em correspondência da galeria de montante, redução de 2/3 da diferença
(Hm–Hj).
5 - CONCLUSÕES
6 - AGRADECIMENTOS
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Souza Dias (Jupiá), Paraibuna e Paraitinga, neste trabalho. Agradecem às
importantes contribuições dos engenheiros Cláudio Casarin, Lia Marina Knapp,
Kenia Damasceno Kimura, Manfredo de Vicenzo e Marcelo Cardoso Gontijo.
Especial agradecimento ao Prof. Dr. Waldemar Coelho Hachich pelo valioso
suporte na parte estatística do trabalho.
7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13. Davis M. Levine, Mark L. Berenson and David Stephen – Estatística: Teoria
e Aplicações – 1998 / 2000.
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