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XXXIII SEMINÁRIO NACIONAL DE GRANDES BARRAGENS / XXXIII LARGE DAMS NATIONAL SEMINAR
TEMA 126 ENVELHECIMENTO POR DETERIORAÇÃO E REINSTRUMENTAÇÃO DE BARRAGENS / THEME 126
AGING BY DETERIORATION AND RE-INSTRUMENTATION OF DAMS
DATA (27 DE OUTUBRO DE 2021)
REINSTRUMENTAÇÃO DE BARRAGENS
CORRADO PIASENTIN
Eng. Civil – Diretor - Piasex Assessoria e Consultoria
CHRISTIANO TEIXEIRA
Eng. Civil – D.Sc. - Piasex Assessoria e Consultoria
THIAGO PECIN
Eng. Civil – D.Sc. - Piasex Assessoria e Consultoria
RESUMO
ABSTRACT
The main cases of re-instrumentation of dams are defined particularly for old dams
with insufficient, inadequate or no instrumentation and special cases associated to
important anomalies or ad hoc investigations. The basic differences between
instrumentation designs for old and new dams are described. An account is given of
some cases of re-instrumentation of dams, in which the authors played a role.
1. INTRODUÇÃO
No primeiro caso, geralmente associado a barragens antigas, é comum que não sejam
encontrados também informações e/ou projetos de referência, sendo necessário,
antes de se conceber o projeto de instrumentação, elaborar estudos para
conhecimento prévio da estrutura (p.ex.: geometria, sistema de drenagem interno,
condições do maciço compactado, entre outros).
O segundo caso deve ser tratado de forma específica, em função do aspecto a ser
analisado. Por exemplo, anomalias como trincas ou fissuras, surgências de água com
ou sem carreamento, reação álcali-agregado, problemas de instabilidade,
deformações acentuadas ou, de uma forma geral, qualquer fenômeno inesperado ou
acima dos limites definidos em projeto.
A idade das barragens associa-se aos riscos que representam, sendo inclusive um
item de classificação legal das estruturas para efeito de aplicação da Lei 12.334/2010
(Lei de Segurança de Barragens), conforme as regulamentações da Portaria ANM
70.389/2017, Resolução ANA 236/2017 e Resolução ANEEL 696/2015.
Tomando como base as estatísticas dos acidentes (Boletim 99 - ICOLD), que mostra
que a maioria dos problemas ocorre durante o primeiro enchimento do reservatório e
nos primeiros anos subsequentes, quanto mais antiga uma barragem, mais segura
ela seria.
Quanto aos casos de anomalias específicas, será visto adiante que o projeto de
reinstrumentação não se restringe aos poucos tipos de instrumentos citados aqui.
Estes casos são particulares e não permitem agrupamentos, nem mesmo por tipo de
estrutura.
As razões típicas para se instrumentar uma barragem são diversas, podendo-se citar,
de maneira ampla, a verificação de hipóteses e desempenhos, avaliação da
segurança associada a incertezas conhecidas e desconhecidas, vigilância de
incertezas conhecidas, acompanhamento de problemas específicos, dentre outros.
O plano da instrumentação para monitorar uma nova barragem deve ser executado
pelo engenheiro ou pela empresa de engenharia que projetou o empreendimento, fez
as análises de estabilidade, estudos de percolação, estudos geológicos e geotécnicos
e acompanhou a construção. Enfim, conhece bem as propriedades dos materiais das
estruturas, das ombreiras e fundações e fez uma previsão do comportamento da
barragem.
Mas, e no caso de muitas barragens antigas sem informações, em que tudo é novo
para o engenheiro recém-chegado no empreendimento? Como se elabora um plano
de instrumentação? O caminho já foi relatado por Peck (1984): busque as questões
que precisam ser respondidas. Quais são as respostas necessárias para uma
barragem antiga? Se for possível achá-las, será possível desenvolver um bom projeto
de reinstrumentação.
5.4 Os Critérios do Projeto de Instrumentação de Barragens
Pode-se afirmar que não existem critérios gerais, tanto para estruturas antigas como
novos projetos, para a instrumentação das barragens, pois cada caso é diferente dos
demais, em virtude dos seguintes aspectos:
Tipo de barragem;
Altura e extensão da estrutura;
Características dos materiais de construção;
Características das fundações;
Importância da finalidade da barragem (produção de energia, contenção de
rejeitos, abastecimentos d’água, etc.);
Importância da barragem sob aspecto de segurança (Dano Potencial
Associado - DPA).
A segunda barragem, de terra e altura máxima de 13 m, foi construída sobre uma sela
para fechamento do reservatório. Existiam poucas informações sobre o projeto e a
construção e não havia instrumentos de monitoramento instalados. A estrutura foi
classificada como Dano Potencial Associado (DPA) alto. Inicialmente, efetuou-se um
levantamento topográfico da barragem e suas ombreiras e, em seguida, foram
realizadas investigações geotécnicas de campo. Coletaram-se amostras
indeformadas para realização de ensaios de laboratório e a posterior caracterização
do maciço terroso. Procedeu-se então à instalação de piezômetros do tipo
Casagrande nas fundações e maciços, em cinco furos de sondagem, necessários
para avaliar o fluxo, que aflorava no pé do maciço. Com base nas informações
coletadas, foram efetuadas análises de estabilidade e especificados drenos de alívio
no pé da barragem.
É uma barragem convencional, do tipo terra homogênea, com altura máxima da ordem
de 60 m. A crista possui extensão aproximada de 540 m e largura de 10 m. O sistema
de drenagem interna é composto por filtro chaminé, com topo coincidente com a
elevação do NAmax_normal. Na base, o dreno vertical é ligado a um tapete drenante
(sanduíche), que se estende até o pé do talude de jusante.
O nível máximo normal do reservatório (água) só foi alcançado após três anos de
operação da barragem, com volume de rejeitos acumulados ocupando apenas parte
do volume do reservatório.
A Usina Elevatória de Traição, localizada sobre o rio Pinheiros, em São Paulo, foi
construída no período de 1938-1940. A barragem é uma estrutura de concreto de
gravidade maciça com altura máxima de 24 m, constituída de 4 blocos abrigando as
quatro unidades, um bloco central com o sangradouro e uma eclusa na direita
hidráulica. Os blocos das unidades têm 13 m de largura e o do sangradouro 6,80 m.
As fundações são constituídas de silte arenoso a argiloso compacto, produtos da
alteração de rocha migmatítica.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A definição de barragem antiga não é uma questão direta. Todo caso deve ser
analisado de forma individualizada. Estruturas em operação permitem um
conhecimento prévio do estado de conservação a partir das inspeções de campo, mas
existem restrições, por exemplo, com relação ao tipo de instrumento que pode ser
adotado em um projeto.
Grandes e pequenas;
Construídas recente e antigamente;
Para acumulação de água, rejeito ou para geração de energia;
De diversos tipos – terra, concreto, enrocamento.
8. PALAVRAS-CHAVE
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS