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NORMATÉCNICA
Procedimento
Esta Norma fixa as condições exigíveis para a proteção de Estrutura localizada dentro do curso d’água e que acom-
taludes e fixação de margens em rios, canais de navega- panha o seu fluxo, desenhando nova linha de margem ar-
ção, lagos, estuários, baías e enseadas, junto a obras por- tificial. Pode produzir um assoreamento entre esta nova
tuárias, bem como recomenda solução que cause o me- linha de margem e a margem original. De forma geral é
nor impacto nas condições ambientais, de conformidade submetida aos esforços longitudinais produzidos pelo es-
com o horizonte do projeto e intensidade de utilização das coamento.
instalações.
3.3 Travessas
2 Documento complementar
Ligações do dorso do dique à margem, com a finalidade
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: de evitar o escoamento entre a parte posterior do dique e
a margem original.
NBR 9782 - Ações em estruturas portuárias, marí-
timas ou fluviais - Procedimento 3.4 Aberturas
2 NBR 12589/1992
d’água e eventual descarga sólida, ou da ação de d’água e considerar algum elemento filtrante, para evitar
ondas residuais; que o escoamento atinja o embasamento da proteção pro-
vocando a fuga dos finos e comprometendo a sua
b) natureza, forma e exposição do talude ou margem estabilidade. Têm-se obtido soluções adequadas e eco-
à ação das águas; nômicas, fazendo combinação das diversas categorias de
obras a seguir:
c) conhecimento das correntes, ondas e variação de
nível d’água, incluindo eventuais ondas e correntes a) taludamento;
formadas pela passagem das embarcações;
b) revestimento;
d) situação e regime das águas pluviais e sua infiltra-
ção no terreno e lençol d’água; c) drenagem do terrapleno.
4.2.1 O projeto de estabilização deve obedecer às indica- a) colocação de faxinas e colchões de material vege-
ções e condições de segurança indicadas na NBR 9782. tal:
As obras de proteção de talude são aquelas executadas - neste tipo de revestimento os elementos cons-
diretamente sobre a margem, não permitindo desconti- titutivos da proteção devem ser dimensionados
nuidade. Estas obras podem ser de caráter temporário ou para resistir às ações hidrodinâmicas, quer do
permanente, dependendo da natureza do material em- próprio escoamento, quer da ação de ondas;
pregado na proteção. Podem ser ainda impermeáveis ou
permeáveis. Deve-se prever uma solução adequada para - deve-se verificar, também, a estabilidade do talu-
evitar colapso nos casos de mudança brusca de nível de;
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- este tipo de proteção é mais utilizado em locais Dependendo da natureza do terrapleno, do nível do lençol
sujeitos à ação moderada de correntes e peque- freático e da possibilidade de afluxo de águas subterrâ-
nas variações do nível de água, onde não se neas, recomenda-se a execução de drenagem profunda
deseja a retenção de vegetação ou detritos car- vertical e/ou horizontal ao longo das margens. As águas
reados pelo escoamento; coletadas devem ser convenientemente conduzidas a
locais previamente preparados, observando-se a cota do
- deve estar embasado sobre camada de granu- nível d’água adjacente. No caso da cota de despejo ser
lometria adequada; projetada abaixo do nível d’água, prevendo o funciona-
mento afogado durante certos períodos, devem ser pro-
e) revestimento asfáltico: jetados e executados dispositivos para impedir a fuga do
material granular do terrapleno. Outras situações de possí-
- este pode ser um revestimento que vai do empre- vel fuga de materiais subjacentes devem ser identificadas
go de pedra com imprimação, no caso mais sim- e prevenidas.
ples, ao uso de concreto asfáltico;
5.3 Fixação de margens ou proteção indireta
- deve ser executado sobre um a cam ada de m ate-
rial filtrante, com drenagem adequada; 5.3.1 A proteção indireta é indicada em regiões onde seja
necessário recompor margens erodidas, quer por razões
Nota: Deve-se tomar cuidado quanto a possível libe-
ração de elementos poluentes no curso d’água,
de melhoria de traçado, quer para proteção de obras mar-
como ocorre com o alcatrão. ginais. Também são indicadas onde o talude da margem
interfere com a soleira do canal de navegação ou bacia de
f) revestimento de concreto sob forma de laje armada espera ou evolução. Estas obras podem ser de caráter
ou não, fundida no local ou pré-moldada: temporário ou permanente.
- o projeto deve seguir dimensionamento estrutural 5.3.1.1 As obras temporárias destinam-se a atender situa-
adequado para resistir aos esforços atuantes; ção emergencial ou em casos em que, após um avanço
indesejado da margem devido a um processo de asso-
- trata-se de estrutura rígida que pode entrar em reamento, torna-se necessária uma drenagem.
colapso no caso de solapamento ou acomoda-
ções de terreno. 5.3.1.2 Nas obras permanentes, o material constituinte de-
ve ter uma vida longa, tais como o enrocamento, gabiões,
Notas: a) Os cuidados comuns a estes tipos de revestimento são
blocos de concreto, etc., conduzindo a obras que, no caso
quanto à proteção do pé do talude, que representa o
ponto mais frágil da obra. Os revestimentos impermeá-
de alterações futuras, podem se tornar onerosas.
veis, ou de baixa permeabilidade, devem contar com
sistema de drenagem adequado para eliminar a pres- Nota: Dependendo das características hidrossedimentológicas
são hidrostática sob o revestimento. Os revestimentos do curso d’água, o projeto pode prever obras impermeá-
permeáveis devem contar com filtros para evitar a fuga veis ou permeáveis. Neste último caso, a obra permite a
do material fino que constitui o talude. Os filtros podem passagem do escoamento com velocidade reduzida, anu-
ser feitos com material granular com dimensões ade- lando o efeito erosivo. Se o curso d’água transportar grande
quadas ou com geotêxteis. carga de sedimentos, possibilitará o assoreamento mais
rápido na região abrigada.
b) Os revestimentos como os asfálticos, as alvenarias e
lajes de concreto têm a qualidade de apresentar melhor 5.3.2 Consideram-se os três seguintes tipos de obras de
acabamento superficial e de não permitir o crescimento
proteção indireta:
de vegetação e retenção de detritos, mantendo sempre
a rugosidade das margens.
a) muros de arrimo;
5.2.3 Drenagem do terrapleno
b) espigões;
5.2.3.1 Deve ser analisada a drenagem do terrapleno con-
tínuo, tendo em vista as precipitações pluviais, possi-
c) diques longitudinais.
bilidades de alagamento e condições do terreno, con-
siderando-se:
5.3.2.1 Muros de arrimo
a) drenagem superficial;
São obras destinadas a regiões onde o talude submerso
b) drenagem profunda. interfere com o canal de navegação ou onde o terrapleno
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